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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Setor de Ciências Sociais Aplicadas
Departamento de Contabilidade
REDAÇÃO E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DE ACORDO COM
AS NORMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
CURITIBA
2011
MARCELO CHAVES DE JESUS
REDAÇÃO E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DE ACORDO COM
AS NORMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Manual de normas para elaboração de
documentos científicos apresentado ao Programa
de Mestrado em Contabilidade da Universidade
Federal do Paraná.
CURITIBA
2011
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - MODELO DE CAPA PARA PROJETO DE PESQUISA.........................27 
FIGURA 2 - MODELOS DE LOMBADAS..................................................................29 
FIGURA 3 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO.........................................................31 
FIGURA 4 - MODELO DE LISTAS DE ILUSTRAÇÕES INDIVIDUAIS .....................33 
FIGURA 5 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO DE DISSERTAÇÃO........................41 
FIGURA 6 - EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA ............................................42 
FIGURA 7 - MODELO DE ERRATA..........................................................................43 
FIGURA 8 - MODELO DE TERMO OU FOLHA DE APROVAÇÃO ..........................44 
FIGURA 9 - MODELO DE MARGENS DE PÁGINAS ...............................................50 
FIGURA 10 - CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS....................................................50 
FIGURA 11 - CONFIGURAÇÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS ...................51 
FIGURA 12 - CONFIGURAÇÃO DE TIPO E TAMANHO DE LETRA .......................52 
FIGURA 13 - CONFIGURAÇÃO DE PARÁGRAFO..................................................53 
FIGURA 14 - RECUO EM CITAÇÃO LONGA...........................................................54 
FIGURA 15 - EXEMPLO DE LINHA VIÚVA ..............................................................55 
FIGURA 16 - PASSOS PARA INSERIR NUMERAÇÃO DE PÁGINAS.....................56 
FIGURA 17 - PASSOS PARA INSERIR QUEBRA DE SEÇÃO ................................57 
FIGURA 18 - CONFIGURAÇÃO DE PAGINAÇÃO INDEPENDENTE ......................58 
FIGURA 19 - MENU REFERÊNCIAS........................................................................82 
FIGURA 20 - MENU CITAÇÕES E BIBLIOGRAFIA..................................................83 
FIGURA 21 - INSERIR CITAÇÃO .............................................................................83 
FIGURA 22 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (LIVRO COM UM AUTOR) .........84 
FIGURA 23 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (LIVRO COM MAIS DE UM
AUTOR) ....................................................................................................................85 
FIGURA 24 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (ARTIGO DE REVISTA) .............86 
FIGURA 25 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (ARTIGO DE CONGRESSO) .....87 
FIGURA 26 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (EDIÇÃO REV. OU AMP.) ..........88 
FIGURA 27 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (NORNA TÉCNICA)....................89 
FIGURA 28 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (TESES E DISSERTAÇÕES) .....90 
FIGURA 29 - INSERIR BIBLIOGRAFIA ....................................................................91 
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – REQUISITOS PARA REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO ......................11 
QUADRO 2 - ESTRUTURA COMPLETA DE PROLETO DE PESQUISA.................26 
QUADRO 3 - PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA....37 
QUADRO 4 - ESTRUTURA DE TESES E DISSERTAÇÕES....................................39 
QUADRO 5 - MODELO DE ESTRUTURA PARA DISSERTAÇÕES E TESES ........48 
QUADRO 6 - RELAÇÃO DE EXPRESSÕES LATINAS ............................................70 
SUMÁRIO
1  INTRODUÇÃO......................................................................................................6 
2  PROJETOS DE PESQUISA .................................................................................7 
3  TRABALHOS CIENTÍFICOS ................................................................................9 
3.1  Requisitos para redação e apresentação .............................................................9 
3.1.1  Coerência.....................................................................................................11 
3.1.2  Imparcialidade..............................................................................................11 
3.1.3  Originalidade ................................................................................................12 
3.1.4  Precisão .......................................................................................................13 
3.1.5  Acuidade ......................................................................................................14 
3.1.6  Clareza.........................................................................................................14 
3.1.7  Objetividade/Concisão .................................................................................15 
3.1.8  Ordem/Harmonia..........................................................................................15 
3.1.9  Simplicidade.................................................................................................16 
4  APRESENTAÇÃO E FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS ........17 
4.1  Aspectos gramaticais e ortográficos ...................................................................17 
4.1.1  Conjugação verbal .......................................................................................18 
4.1.2  Expressões numéricas.................................................................................18 
4.1.3  Siglas ...........................................................................................................21 
4.1.4  Abreviaturas .................................................................................................22 
4.1.5  Fórmulas e equações...................................................................................23 
4.1.6  Remissivas...................................................................................................24 
4.1.7  Uso de aspas, itálico e negrito .....................................................................24 
4.2  Estrutura de documentos científicos...................................................................25 
4.2.1  Estrutura do projeto de pesquisa .................................................................25 
4.2.1.1  Capa .........................................................................................................27 
4.2.1.2  Lombada...................................................................................................28 
4.2.1.3  Folha de rosto...........................................................................................30 
4.2.1.4  Curriculum vitae........................................................................................31 
4.2.1.5  Lista de ilustrações e tabelas....................................................................32 
4.2.1.6  Lista de abreviaturas e siglas....................................................................34 
4.2.1.7  Lista de Símbolos .....................................................................................35 
4.2.1.8  Sumário.....................................................................................................35 
4.2.1.9  Elementos textuais....................................................................................36 
4.2.2  Estrutura de teses e dissertações ................................................................38 
4.2.2.1  Capa e lombada........................................................................................39 
4.2.2.2  Folha de rosto...........................................................................................40 
4.2.2.3  Errata ........................................................................................................42 
4.2.2.4  Termo ou folha de aprovação ...................................................................43 
4.2.2.5  Dedicatória................................................................................................44 
4.2.2.6  Agradecimentos........................................................................................45 
4.2.2.7  Epígrafe ....................................................................................................45 
4.2.2.8  Resumo.....................................................................................................46 
4.2.2.9  Elementos textuais....................................................................................47 
4.3  Formatação e apresentação...............................................................................49 
4.3.1  Formato do papel e impressão.....................................................................49 
4.3.2  Margens .......................................................................................................49 
4.3.3  Espaçamento entrelinhas.............................................................................50 
4.3.4  Tipo e tamanho de letra ...............................................................................51 
4.3.5  Parágrafo .....................................................................................................52 
4.3.6  Paginação ....................................................................................................55 
4.4  Organização do texto..........................................................................................58 
4.4.1  Títulos de seções .........................................................................................59 
4.4.2  Numeração progressiva ...............................................................................60 
4.5  Citações..............................................................................................................61 
4.5.1  Citação direta ...............................................................................................62 
4.5.2  Citação indireta ............................................................................................62 
4.5.3  Citação de citação........................................................................................63 
4.5.4  Indicação da fonte nas citações ...................................................................63 
4.5.4.1  Sistema autor-data....................................................................................63 
4.5.4.2  Sistema numérico .....................................................................................64 
4.5.4.3  Indicação do autor ....................................................................................65 
4.5.4.4  Documento sem autoria............................................................................66 
4.5.4.5  Indicação de data......................................................................................67 
4.5.4.6  Indicação de páginas ................................................................................68 
4.5.5  Sinais e convenções ....................................................................................68 
4.6  Notas de rodapé .................................................................................................69 
4.6.1  Notas de referência......................................................................................70 
4.6.2  Notas explicativas ........................................................................................71 
4.6.3  Apresentação das notas de rodapé..............................................................71 
4.7  Ilustrações e/ou figuras.......................................................................................72 
4.8  Quadros..............................................................................................................73 
4.9  Tabelas...............................................................................................................73 
4.10  Referências ..................................................................................................74 
4.10.1  Elementos de referência ...........................................................................75 
4.10.2  Apresentação dos elementos de referência..............................................76 
4.10.2.1  Indicação da autoria..................................................................................76 
4.10.2.2  Indicação do título da obra........................................................................79 
4.10.2.3  Indicação da edição ..................................................................................80 
4.10.2.4  Indicação de notas tipográficas.................................................................80 
4.10.2.5  Utilizando o gerenciador de referências do Microsoft Office Word 2007®
.82 
5  REFERÊNCIAS ..................................................................................................92 
 
1 INTRODUÇÃO
A elaboração de trabalhos científicos constitui parte significativa no
desenvolvimento e apresentação dos estudos destinados à produção científica, seja
na forma de trabalhos acadêmicos como monografias, dissertações e teses, ou na
forma de relatórios de pesquisa ou artigos científicos. A ferramenta mais utilizada
atualmente para edição destes trabalhos científicos é, certamente, o computador por
meio de programas editores (ou processadores) eletrônicos de textos, planilhas e
figuras. Desta forma, este manual técnico tem por objetivo apresentar os
procedimentos referentes à edição de trabalhos científicos de forma adequada às
Normas para Apresentação de Documentos Científicos da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), que por sua vez, apóiam-se nas normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) e no Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR-
2). Somente para fim de simplificar a redação, este trabalho se refere às Normas
para Apresentação de Documentos Científicos da UFPR, apenas como Normas da
UFPR.
Inicialmente são discutidas as características do projeto de pesquisa cuja
forma de elaboração é considerada um dos fatores essenciais para a garantia da
qualidade do trabalho científico. Por fazer referência a várias formas de
apresentação de pesquisas científicas este manual apresenta na seqüência a
descrição de tais documentos bem como sua adequada forma de elaboração. Dando
continuidade, são apresentadas a estrutura básica dos diferentes trabalhos
científicos, as regras de edição exigidas e a respectiva formatação e aplicação das
regras por meio de editor eletrônico de texto. Dada a diversidade de softwares
editores de texto à disposição dos pesquisadores atualmente, este manual tomou
como base para a apresentação dos exemplos e procedimentos de formatação o
Microsoft®
Office Word 2007 (Word 2007), por julgar-se ser o mais popular.
2 PROJETOS DE PESQUISA
A pesquisa científica constitui-se de um trabalho de construção de
conhecimento baseado em métodos consagrados e munidos de credibilidade, de
modo que seus resultados servem de referência para novas pesquisas e, sobretudo
para o desenvolvimento da sociedade no que se refere ao campo de abrangência
dos estudos empreendidos. Uma das maneiras de se assegurar a credibilidade e a
validade dos resultados da pesquisa científica é a elaboração de um projeto de
pesquisa coeso e robusto do ponto de vista teórico e prático. Sendo assim, “a
observância de procedimentos metodológicos na elaboração [do projeto de
pesquisa] garante o nível de qualidade da pesquisa”. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p.
11).
O projeto de pesquisa pode ser comparado com o alicerce de uma
construção imobiliária. De forma análoga, quanto maiores forem as necessidades de
sustentação da construção, maiores devem ser os cuidados com suas bases. Em
sua fase de elaboração o projeto possibilita ao pesquisador uma visão clara do
problema a ser estudado bem como dos possíveis resultados a serem verificados.
“O projeto bem elaborado descreve os planos, as fases e os procedimentos de uma
pesquisa a ser realizada e evita surpresas, improvisações, inseguranças e
desperdício de tempo e de recursos” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 12). Outros
perigos que ameaçam a efetividade do trabalho científico são apontados por Marconi
e Lakatos (2009, p. 103) que afirmam que a pesquisa “necessita ser planejada com
extremo rigor, caso contrário o investigador, em determinada altura, encontrar-se-á
perdido num emaranhado de dados colhidos, sem saber como dispor dos mesmos
ou até desconhecendo seu significado e importância.”
Cooper e Schindler (2003, p. 92) apresentam os objetivos da proposta de
pesquisa em administração como sendo os seguintes:
a) apresentar a questão de administração a ser pesquisada e relatar sua
importância;
b) discutir os esforços de pesquisa de outros que trabalharam em questões
de administração relacionadas;
8
c) sugerir os dados necessários para resolver a questão de administração
e sugerir como os dados devem ser coletados, tratados e interpretados.
Em seguida, tais autores acrescentam que “uma proposta de pesquisa deve
apresentar o plano, os serviços e as credenciais do pesquisador da melhor forma
possível” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 92). Os objetivos e os quesitos
apresentados neste caso formam as partes principais do projeto de pesquisa, ou
seja, a introdução onde são descritos o tema, o problema, as hipóteses quando for
o caso, os objetivos e a justificativa, e o desenvolvimento composto pelo marco
teórico de referência, pelos procedimentos metodológicos, pela apresentação dos
recursos necessários para realização da pesquisa e pelo cronograma de atividades
a ser seguido.
Segundo Gil (1991, p. 21) “[...] o planejamento da pesquisa pode ser definido
como o processo sistematizado, mediante o qual se pode conferir maior eficiência à
investigação para em determinado prazo alcançar o conjunto das metas
estabelecidas.” Sob este ponto de vista, o projeto de pesquisa é resultado de um
minucioso esforço de planejamento que deve contemplar os objetivos discutidos de
modo a sustentar todo o trabalho de pesquisa.
3 TRABALHOS CIENTÍFICOS
A apresentação dos resultados das pesquisas científicas é um tema que tem
sido discutido em inúmeras obras nos últimos anos, como por exemplo, Ruiz (1985),
Martins (2000), Marion, Dias e Traldi (2002), Severino (2002), Cooper e Schindler
(2003), Martins e Theóphilo (2007), Santos (2007), Tomasi e Medeiros (2008), Vieira
(2008), Beuren (2009), Gil (2009), Marconi e Lakatos (2009), dentre outros, sendo
elas divididas em generalistas – que tratam o assunto de modo amplo – e
específicas – obras mais e direcionadas a determinados ramos do conhecimento ou
a tipos específicos de trabalhos científicos. A apresentação dos resultados da
pesquisa pode ser considerada tão importante quanto a própria pesquisa, pois dela
dependem a publicidade, o entendimento e a eventual aplicabilidade de seu
conteúdo por parte da comunidade, bem como suas contribuições para o progresso
científico.
Ainda que a produção do conhecimento científico seja a principal motivação
para elaboração dos diversos tipos de trabalhos desta natureza, existem outras
razões que condicionam sua forma de apresentação tais como obtenção de grau
acadêmico, participação em eventos de natureza científica, apresentação de
resultados de trabalhos desenvolvidos por grupos permanentes de pesquisa, dentre
outras. Segundo Longaray e Beuren (2009, p. 31) os tipos de trabalhos técnicos que
fazem parte do cotidiano acadêmico são “os artigos de periódicos, as comunicações
científicas, o curriculum vitae, os eventos (comunicação coordenada, simpósio,
mesa-redonda, painel), o memorial descritivo, os papers, os relatórios, as resenhas e
os seminários”.
3.1 Requisitos para redação e apresentação
Dadas as características particulares do trabalho de natureza cientifica, sua
apresentação deve obedecer às “normas técnicas de documentação [e aos]
requisitos de comunicação [e] de lógica” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10), devendo
10
o pesquisador “observar certos elementos básicos na redação do texto, como
objetividade, coerência, clareza, precisão, imparcialidade, uniformidade, aspectos
gramaticais” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10). Segundo Marconi e Lakatos (2009, p.
178), na redação devem-se observar três aspectos básicos: conteúdo, forma e
correção; além dos quatro seguintes critérios:
a) estrutura – conjunto articulado das partes formado pela reunião das
mesmas em determinada ordem ou organização, tendo em vista o
relacionamento entre elas, determinando a função do todo.
b) conteúdo – apresentação de idéias básicas e coerentes.
c) expressão – forma e correção.
d) adequação – correspondência ao tema proposto.
As autoras citadas apresentam ainda outros elementos básicos ou
“qualidades” exigidas para uma “boa” redação conforme segue (MARCONI;
LAKATOS, 2009, p. 178):
a) simplicidade
b) clareza
c) precisão
d) concisão
e) imparcialidade
f) originalidade
g) objetividade
h) ordem
i) harmonia
j) acuidade
Observando-se o encadeamento dos conceitos apresentados e suas
respectivas definições é possível sintetizá-los conforme se pode observar no
QUADRO 1 a seguir. A “correção”, tal como referida por Marconi e Lakatos (2009, p.
178) é um aspecto que perpassa todos os demais aspectos e, por isso pode ser
considerada como um pressuposto básico que deve acompanhar tanto o conteúdo
quanto a forma. Os requisitos – detalhados na sequência – podem ser entendidos
11
como características qualitativas intrínsecas inerentes à elaboração de trabalhos
científicos.
Aspectos básicos Elementos relacionados Requisitos
Conteúdo
(O que apresentar)
Idéias básicas e coerentes. Apresentação
dos resultados. Análise, argumentação e
conclusões.
Coerência
Imparcialidade
Originalidade
Precisão
Forma
(Como apresentar)
Estrutura e Expressão Acuidade
Clareza
Objetividade/Concisão
Ordem/Harmonia
Simplicidade
QUADRO 1 – REQUISITOS PARA REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO
FONTE: ADAP. UFPR. Sist. Bibl-s (2007d); MARCONI; LAKATOS (2009)
3.1.1 Coerência
A primeira característica a ser observada em um trabalho científico diz
respeito à coerência com que as informações são apresentadas. Ao discutir as
idéias e constatações referentes à pesquisa o pesquisador deve dar atenção à
consistência das informações de modo que não incorra em contradição. “A
explanação deve se apoiar em dados e provas e não em opiniões que não possam
ser confirmadas” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10), ou seja, as afirmações do autor
devem estar fundamentadas em uma base científica. A coerência pode ser
relacionada ainda com a “adequação” que, segundo Marconi e Lakatos (2009, p.
178), representa a correspondência com o tema proposto.
3.1.2 Imparcialidade
Ao transmitir suas análises, argumentações e conclusões o pesquisador
deve assumir uma postura imparcial, ou seja, deve evitar que o resultado
apresentado seja desvirtuado em função de interesses alheios ao processo
científico. “Na redação de documentos técnico-científicos, o autor não deve fazer
12
prevalecer seu ponto de vista, sua opinião e seus preconceitos. Ao mesmo tempo,
deve evitar idéias preconcebidas [...]” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 12).
Marconi e Lakatos (2009, p. 179) defendem que, “a quem escreve, impõe-se
deixar bem claros os pressupostos da argumentação, do contrário, pode levar o
leitor a conclusões incorretas.” Como exemplo de texto onde faz necessária a
imparcialidade Faraco e Tezza (2009, p. 242) apresentam a resenha crítica,
ressaltando a importância desta característica em tais obras. De acordo com esses
autores “[...] imparcialidade não significa ‘ficar em cima do muro’. É preciso, afinal,
arriscar uma opinião, ou a resenha não terá sentido”. Percebe-se que a interação do
pesquisador com a pesquisa e com sua apresentação deve ser livre de
contaminação e ainda que o julgamento, quando se fizer necessário, deve ser
“exato” e “justo”.
3.1.3 Originalidade
A originalidade, como requisito para elaboração de trabalhos científicos
significa “novidade na forma da exposição e também no conteúdo” (MARCONI;
LAKATOS, 2009, p. 179). A originalidade é requisito obrigatório para teses e
opcional para artigos científicos a serem publicados em periódicos (UFPR. Sist. Bibl-
s, 2007f, p. 13; 2007b, p. 43). Este requisito está diretamente relacionado com o
tema (assunto) a ser abordado. Quanto a este aspecto, Ruiz (1985, p. 59) faz a
seguinte observação:
O estudante universitário imbuído de espírito científico não cede à tentação,
ao comodismo, à mediocridade de escolher assunto pela sua aparente
facilidade; ao contrário, procura assuntos, cujo estudo e aprofundamento lhe
possam trazer contribuição efetiva para o próprio amadurecimento cultural,
e alguma contribuição objetiva ao esclarecer melhor um problema, ao cobrir
uma lacuna, ao corrigir uma falsa interpretação, ao esclarecer aspectos até
então obscuros, ao aprimorar a definição de um conceito ambíguo, ao
promover o aprofundamento sobre tema relevante pelo seu conteúdo e pela
sua atualidade.
Mais adiante, no mesmo texto o autor afirma também que “não se pode
especificar ou delinear um assunto antes de conhecê-lo em sua generalidade, antes
de apreender os múltiplos aspectos sob os quais possa ser estudado, antes de
13
submetê-lo a uma análise preliminar” (RUIZ, 1985, p. 59). O que se depreende de
tais afirmações é que as “lacunas”, “falsas interpretações”, “aspectos obscuros” e
“definições ambíguas” devem apresentar-se desta forma para a comunidade
científica especializada no tema em questão e não para o pesquisador, por conta de
sua reduzida familiaridade com o fenômeno. Esta afirmação baseia-se na percepção
de que o conhecimento científico é produzido a partir do próprio conhecimento. Ou
seja, “todo texto se alimenta de outros textos, outras visões de mundo, outras
palavras, e só existe em função dessas linguagens alheias” (FARACO; TEZZA,
2009, p. 239). Sendo assim, “um tema é original quando tem potencial para
surpreender – não significa que nunca foi estudado, pois isso seria singular”
(VIEIRA, 2008, p. grifo da autora).
3.1.4 Precisão
À medida que o pesquisador discorre sobre os passos percorridos para se
chegar a determinados resultados os conceitos devem se tornar inteligíveis pelo
público leitor de modo que este possa apreender o significado das afirmações da
forma como o autor pretendeu apresentá-las, evitando-se interpretações diversas, ou
até contrárias, àquela que era esperada. O cuidado com as palavras e forma de
apresentação de dados assume um caráter crucial ao passo que mal-entendidos
podem comprometer os resultados do trabalho.
Dentre os aspectos importantes que visam ao entendimento do conteúdo
que se deseja expor pode-se destacar o uso de vocabulário preciso, nomenclatura
técnica aceita no meio científico, evitando linguagem rebuscada e prolixa, uso de
termos e expressões que não indiquem claramente proporções e quantidades como
muito, pouco, nem todos, a maioria e outros termos ou expressões similares,
procurando substituí-los pela indicação precisa em números ou porcentagem,
quando for o caso, ou optando por associá-los a esses dados. Deve-se ainda evitar
o uso de gírias e expressões pouco éticas ou deselegantes e de adjetivos,
advérbios, locuções e pronomes que indiquem tempo, modo ou lugar de forma
imprecisa, tais como aproximadamente, antigamente, em breve, em algum lugar, em
14
outro lugar, dentre outros termos similares (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 11, grifo do
autor).
3.1.5 Acuidade
A acuidade está relaciona com a capacidade de transmissão da “mensagem”
a que se propõe o trabalho de forma eficaz. “Refere-se à capacidade de
discriminação, de estímulo sensorial, de agudeza. Implica observações cuidadosas,
medidas e verificadas, que dependem de palavras com emprego preciso e exato.”
(MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 180).
3.1.6 Clareza
Ao discutir as dificuldades em se produzir documentos científicos de
qualidade, Santos (2007, p. 13) assinala que:
[...] geralmente não se percebe que a pesquisa científica produz,
primeiramente, conhecimento para o pesquisador e, depois, um texto escrito
para um leitor, o que demanda duas competências distintas: a habilidade de
produzir conhecimentos e a habilidade de apresentar conhecimentos por
escrito.
Segundo Cooper e Schindler (2003, p. 484) “os técnicos em pesquisa podem
entender o brilhantismo de um conteúdo mal apresentado, mas a maioria dos
leitores será influenciada pela qualidade do relatório.” Sendo assim, o pesquisador
deve levar em consideração primordialmente a inteligibilidade, em detrimento de
formas figurativas ou outros recursos estéticos, ao utilizar palavras, expressões,
símbolos e outras formas de representação. Os autores citados afirmam ainda que o
texto de pesquisa é criado para transmitir informações de natureza precisa de modo
que deve-se evitar ambiguidade, significados múltiplos e alusões e ter o cuidado de
escolher as palavras certas, ou seja, aquelas que transmitam pensamentos de forma
acurada, clara e eficiente. Quando são utilizados conceitos e construtos, por
15
exemplo, eles devem ser definidos operacional ou descritivamente (COOPER;
SCHINDLER, 2003, p. 492). A fim de transmitir idéias claras, objetivas e coerentes o
pesquisador deve “expressar-se bem, enfocando imagens e comparações, usando
palavras adequadas ou outros recursos mais eficientes.” (MARCONI; LAKATOS,
2009, p. 178). “A clareza de raciocínio é indispensável para a aplicação do método
científico e deve refletir-se na clareza com que se escreve.” (BARRASS1
, 1979 apud
MARCONI; LAKATOS, 2009, p.179).
3.1.7 Objetividade/Concisão
“O relatório de pesquisa contém resultados, análises de resultados,
interpretações, conclusões e, algumas vezes, recomendações. O pesquisador é o
especialista no assunto e conhece os detalhes como ninguém. Como o relatório de
pesquisa é uma comunicação decisiva de mão única, ele impõe uma obrigação
especial de manter a objetividade.” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 484). O
pesquisador deve tomar o cuidado de ater-se ao assunto em questão por mais
atraentes que lhe apareçam os detalhes dos exemplos ou fatos que possam ter
alguma relação com o estudo, mas que não acrescentem informação relevante que
contribuía para seu entendimento. “O tema deve ser tratado de maneira direta e
simples, obedecendo a uma sequência lógica e coordenada de apresentação das
idéias e evitando o desvio do assunto com considerações irrelevante.” (COOPER;
SCHINDLER, 2003, p. 484).
3.1.8 Ordem/Harmonia
Estes dois conceitos representam não só a estrutura formal do trabalho
científico, que geralmente segue uma sequência predeterminada ou comumente
1
BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros
e estudantes. São Paulo: T. A. Queiroz, Edusp, 1979
16
utilizada, mas, sobretudo a construção lógica da argumentação necessária para
demonstrar os resultados que se apresentam como solução para o problema
proposto.
A demonstração baseia-se num processo de reflexão por argumentação, ou
seja, baseia-se na articulação de idéias e fatos, portadores de razões que
comprovem aquilo que se quer demonstrar. Essa articulação é conseguida
mediante a apresentação de argumentos. Esses argumentos fundam-se nas
conclusões dos raciocínios e nas conclusões dos processos de
levantamento e caracterização dos fatos.
O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos são
logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos.
(SEVERINO, 2002, p. 183)
A ordem e a harmonia devem caracterizar a sequência de apresentação das
idéias e também a forma que as informações não textuais ou gráficas são inseridas
no corpo do trabalho. “A informação e as idéias devem ser compreensíveis e
apresentadas em ordem lógica. Faz-se necessário explicações suficientes, claras,
integrais, com os dados dispostos de forma ordenada.” (MARCONI; LAKATOS,
2009, p. 180).
3.1.9 Simplicidade
As características anteriores apresentadas impõem certo grau de
simplicidade ao texto científico. No entanto o pesquisador deve envidar esforços no
sentido de que a leitor médio tenha capacidade e apreender a mensagem de
maneira otimizada. Segundo Severino (2003, p. 84) “[...] impõe-se um estilo sóbrio e
preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística.”
O autor defende ainda que sejam evitados “a pomposidade pretensiosa, o
verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental.” (SEVERINO, 2002,
p. 84). De acordo com Marconi e Lakatos (2009, p. 179) “a simplicidade no escrever
significa clareza de pensamento.”
4 APRESENTAÇÃO E FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
A estrutura dos trabalhos científicos e suas regras de formatação seguem
geralmente um padrão único para cada tipo de documento estabelecido pela ABNT
por meio das Normas Técnicas. Tais padrões são adaptados por algumas
instituições de modo que atendam às necessidades específicas de apresentação ou
de identificação.
A estrutura apresentada a seguir obedece aos critérios estabelecidos pelas
Normas da UFPR que, praticamente reproduzem as Normas Técnicas, exceto em
determinados casos. Os aspectos gerais de formatação e apresentação dizem
respeito às regras gerais aplicáveis principalmente aos documentos técnico-
científicos podendo, por sua abrangência servir como diretrizes para a apresentação
de outros tipos de documentos. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 30). Tais aspectos
gerais podem ser classificados em aspectos gramaticais e de formatação.
4.1 Aspectos gramaticais e ortográficos
A redação de documentos científicos de obedecer, dentre outras, às regras
de ortografia, pontuação, acentuação e concordância verbal por razões obvias. No
entanto algumas regras destinam-se a contribuir para que as características
qualitativas da produção científica escrita sejam preservadas. Dentre estas regras
incluem-se as relativas à conjugação verbal, à apresentação de valores numéricos,
símbolos, datas, siglas, abreviaturas, fórmulas e equações e de remissivas.
18
4.1.1 Conjugação verbal
O emprego dos verbos deve assegurar em primeiro lugar a impessoalidade.
Para tanto deve-se utilizar sua conjugação na forma impessoal2
, observando para
“dados referentes aos resultados de observações, questionamentos e experiências
[...] formas verbais indicativas de passado”, enquanto que “generalidades, verdades
imutáveis, fatos e situações estáveis devem ser expressos em formas verbais
indicativas no presente.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 13).
4.1.2 Expressões numéricas
A forma de apresentação dos números no decorrer do texto deve basear-se
nos critérios descritos a seguir (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 13-23).
1) Números cardinais devem ser escritos:
a) por extenso na indicação de um a dez;
b) na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de
grandeza) para indicação de mil, milhão, bilhão, etc., redondos ou
aproximados. Ex.: “Ford faz recall de 166,4 mil carros do Novo Ka”;
c) na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de
sua grandeza) para evitar fraudes, interpretações dúbias, erros de
digitação e outros Ex.: “Cada parte beneficiária dá direito a 1 (um)
voto, não podendo a companhia votar com os títulos que possuir
em tesouraria.”;
d) por extenso no início das frases, devendo-se, sempre que possível,
evitar iniciar as frases com algarismos;
e) preferencialmente por extenso os números expressos em uma só
palavra quando não se quer destacar a quantidade referida;
2
Cf. Folha Online. Fovest – Dicas de gramática. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/
fovest/vimpessoais.shtml> Acesso em: 21/05/2010
19
f) somente em algarismos arábicos quando em uma mesma frase houver
números maiores e menores que 11. Ex.: “Na pesquisa de campo,
foram entrevistados 5 proprietários e 12 arrendatários”.
2) Números ordinais devem ser escritos:
a) em algarismos arábicos até o nono em artigos de leis, decretos,
portarias, entre outros. Ex.: “Artigo 1.º, Artigo 9.º”;
b) por extenso, do primeiro ao décimo nos demais casos, e para indicar
ordem de episódios que não sejam periódicos. Ex.: “Primeira Guerra
Mundial, Segundo Império”;
c) em algarismos arábicos seguidos do símbolo que indica a ordem, sem
espaçamento, do 11.º em diante;
d) em algarismos arábicos, sem o símbolo que indica a ordem, do 10 em
diante em artigos de leis, decretos, portarias, entre outros. Ex.: “Artigo
10, Artigo 11”.
3) Os algarismos romanos são usados para indicar:
a) séculos. Ex.: “Século XIX”;
b) ordenação de títulos de realeza, nobreza e religiosos. Ex.: “D. Pedro I,
João Paulo II”;
c) divisões das Forças Armadas. Ex.: “II Batalhão de Infantaria”;
d) sequência de dinastias reais convencionalmente estabelecidas. Ex.: “I
Dinastia”;
e) sequência de conclaves, reuniões e escritos que se repetem
periodicamente (ver também 2.b). Ex.: “III Olimpíadas de Inverno”.
4) Números fracionários devem ser indicados:
a) por extenso quando o numerador e o denominador forem números
compreendidos entre um e dez. Ex.: “um terço”;
b) em algarismos arábicos quando o denominador for maior que dez. Ex.:
“6/15”;
c) em algarismos arábicos quando na forma decimal. Ex.: “15,75”.
20
5) As porcentagens devem ser representadas em algarismos arábicos
seguidas do símbolo %, sem espaçamento.
6) Quantias monetárias observam os seguintes critérios:
a) deve-se usar algarismos arábicos seguidos da unidade monetária para
valores abaixo de mil, evitando-se o uso do símbolo da unidade
monetária para valores redondos. Ex.: “20 reais, R$ 22,85”;
b) deve-se representar números acima de mil na forma mista (numeral
seguido da palavra que designa a ordem de grandeza) para indicação de
mil, milhão, bilhão, etc., acompanhados da unidade monetária ou do
símbolo da unidade monetária. No caso de valores não inteiros usa-se
apenas o símbolo da unidade monetária em lugar. Ex.: “3 mil reais, R$
3 mil, R$ 2,695 milhões”;
7) A representação de datas deve obedecer aos seguintes critérios:
a) a indicação número do milênio é sempre apresentada antes do termo
milênio, podendo ser feita em numerais ordinais por extenso ou em
algarismos romanos. Ex.: “primeiro milênio d.C., I milênio d.C.”;
b) a indicação do número do século é sempre apresentada depois do termo
século, podendo ser feita em numerais por extenso ou em algarismos
romanos. Ex.: “século vinte e um, século XXI”;
c) na indicação de datas completas, pode-se optar por uma das maneiras
conforme abaixo:
- representar números cardinais dia, mês e ano, separados por ponto
ou barra; Ex.: “31.05.2010, 31/05/2010”;
- pode-se antepor um zero ao número representativo do dia ou mês
para evitar fraude. Ex.: “05.05.2010”;
- representar em números cardinais dia e ano, intercalando-se mês
por extenso. Ex.: “31 de maio de 2010”;
d) a indicação apenas do ano pode ser feita por extenso ou em algarismos
arábicos e, nesse caso, sempre representado por quatro dígitos, sem
ponto de separação de milhar. Ex.: “2010”;
21
e) a indicação dos meses pode ser feita por extenso ou em algarismos
arábicos – nesse caso, utilizam-se dois dígitos. Ex.: “mês 05, mês de
maio”;
f) os dias do mês podem ser indicados por extenso (em números ordinais
ou cardinais) ou em algarismos arábicos com dois dígitos, devendo o
primeiro dia do mês ser escrito sempre em ordinal.
8) Observam-se os critérios abaixo na indicação de horas:
a) deve-se utilizar o padrão de 24 horas;
b) em horas redondas, não se abrevia a palavra horas;
c) nas horas quebradas, deve-se usar “h”, “min” e “s”, sem espaçamento
entre os números. A abreviatura “min” só é necessária quando houver
especificação dos segundos. Ex.: “23 horas, 23h30, 21h30min10s”;
4.1.3 Siglas
A sigla é uma forma de abreviação resultante do “conjunto de letras iniciais
dos vocábulos (normalmente os principais) que compõem o nome de uma
organização, uma instituição, um programa, um tratado, entre outros.” (UFPR. Sist.
Bibl-s, 2007d, p. 23). Sua utilização deve obedecer aos critérios descritos a seguir:
a) deve-se citar apenas siglas já existentes ou consagradas;
b) a sigla e o nome que a originou são escritos de maneira precisa e
completa, de acordo com a convenção ou designação oficial;
c) quando mencionadas pela primeira vez no texto, deve-se escrever
primeiramente a forma por extenso, seguida da sigla entre parênteses.
Ex.: “Universidade Federal do Paraná (UFPR)”;
d) não utilizam-se pontos intermediários ou ponto final. Ex.: errado
“U.F.P.R.”, correto “UFPR”;
e) siglas com até três letras ou com quatro letras ou mais, desde que lidas
letra por letra, são escritas com todas as letras maiúsculas;
22
f) siglas que formam palavras pronunciáveis devem ser escritas com
apenas a primeira letra maiúscula. Ex.: “Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa)”;
g) deve-se manter com maiúsculas e minúsculas as siglas que
originalmente foram criadas com essa estrutura para se diferenciar de
outras, independentemente de seu tamanho. Ex.: “Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Universidade
de Brasília (UnB)”;
h) no caso de siglas de origem estrangeira, deve-se adotar a sigla e seu
nome em português quando houver forma traduzida, mesmo que o seu
nome por extenso em português não corresponda perfeitamente à sigla,
ou adotar a forma original estrangeira quando esta não tiver
correspondente em português. Ex.: “Organização das Nações Unidas
(ONU), British Broadcasting Corporation (BBC)”;
i) adicionar a letra “s” (sempre minúscula) para indicar o plural das siglas
somente quando a concordância gramatical assim o exigir. Ex.: “ONGs”;
4.1.4 Abreviaturas
No uso de abreviaturas deve-se observar os seguintes critérios:
a) deve-se evitá-las ao máximo em textos corridos, utilizando-as
preferencialmente em quadros, tabelas, listas, ou em documentos
específicos, como dicionários, manuais técnicos e almanaques;
b) antes de abreviar uma palavra, deve-se consultar dicionários e/ou outras
fontes de informação3
para verificar se já existem formas padronizadas.
Se isso não for possível, a palavra abreviada deve terminar em
consoante;
c) em palavras que apresentam encontro consonantal, abrevia-se até a
última consoante deste. Ex.: “nasc., constr.”;
3
c.f. NBR 6032:1989. Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas
23
d) “abreviam-se os substantivos terminados pelos sufixos ‘logia’, ‘grafia’,
‘nomia’, ou seus derivados, até as letras l, gr e n, iniciais dos sufixos”
(ABNT, 1989, p. 1), salvo se existir forma usual diferente. Ex.:
- Revista Brasileira de Biologia = R. bras. Biol.,
- Revista Brasileira de Geografia = R. bras. Geogr.,
- Revista Brasileira de Economia = R. bras. Econ.
e) deve-se manter o acento gráfico ou hífen existente na palavra original.
Ex.: “pág. (páginas), séc. (século), dec.-lei (decreto-lei)”;
f) deve-se adicionar a letra “s” (sempre minúscula) para indicar o plural nas
abreviaturas que representam títulos ou formas de tratamento e
naquelas em que a concordância exigir. Ex.: “Drs. (doutores), V. Exas.
(Vossas Excelências)”;
g) deve-se evitar o uso de etc. no fim de uma enumeração de itens, pois
não acrescenta outra informação senão a de que está incompleta,
recomenda-se para tanto, o uso de “entre outros” e de “e outros”;
h) as abreviaturas dos nomes dos estados brasileiros são constituídas
sempre de duas letras, ambas maiúsculas e sem ponto;
i) títulos de periódicos, quando necessários, podem ser abreviados de
acordo com a NBR 6032 da ABNT ou de acordo com as fontes de
referência especializadas na área.
4.1.5 Fórmulas e equações
As fórmulas e equações matemáticas auxiliam o entendimento do método
utilizado para se obter determinado resultado ou para validar os dados
apresentados. As equações podem ser inseridas na sequência do próprio texto ou
destacadas para melhor visualização.
Em meio a um texto, as fórmulas e equações devem ser representadas em
linha, caso em que se permite um espaçamento maior que comporte seus
elementos. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 28). Ex.:  = (∑xiFi)/∑Fi .
24
Quando destacadas do parágrafo, as equações e fórmulas devem ser
centralizadas.
Ex.:
Quando houver várias equações e fórmulas ao longo do texto, deve-se
identificá-las com números seqüenciais (dentro do capítulo ou ao longo do texto),
que serão colocados entre parênteses, na extremidade direita da linha, junto à
margem, de forma que possam ser identificadas.
Ex.: (1)
4.1.6 Remissivas
Remissivas são expressões utilizadas para remeter o leitor para outro ponto
do texto ou do documento. Para remeter a seções, subseções, páginas anteriores e
posteriores, deve-se utilizar o termo ver ou vide ou a expressão ver também, não
sendo necessário seu uso para remeter a ilustrações (gráficos, mapas, entre outros)
visto que elas são inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem.
(UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 29).
4.1.7 Uso de aspas, itálico e negrito
As palavras podem ser destacadas, de modo a ressaltar características
particulares, por meio do uso de aspas, itálico e negrito. Determina-se que seu uso
seja estabelecido antes de se iniciar a digitação do documento, sendo coerente e
uniforme, evitando-se o uso alternado de diferentes tipos de destaque para o mesmo
tipo de expressão (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 38). As Normas da UFPR
estabelecem os seguintes casos em que os destaques podem sem empregados:
25
a) aspas:
- no início e no final de uma citação direta que não exceda três
linhas;
- em expressões do idioma vernáculo usuais apenas no meio
profissional;
- em termos relativizados, isto é, utilizados com significado diferente,
como apelidos e gírias, ou ainda com sentido irônico;
- em definições conceituais de termos.
b) itálico:
- palavras e frases em língua estrangeira e expressões em latim;
- nomenclatura científica (gênero e espécie).
c) negrito:
- letras ou palavras que mereçam ênfase, quando não for possível
dar esse realce pela redação;
- em títulos de documentos (livros, periódicos entre outros) na lista
de referências.
4.2 Estrutura de documentos científicos
As Normas da UFPR determinam que os projetos de pesquisa e os trabalhos
monográficos como trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses
obedeçam a uma estrutura definida forma de elementos obrigatórios e opcionais
sendo que ambos devem ser formatados segundo os critérios de apresentação
específicos conforme apresentado na sequência.
4.2.1 Estrutura do projeto de pesquisa
O projeto de pesquisa pode ser composto de elementos externos, internos e
de apoio conforme se pode observar no QUADRO 2. O projeto de pesquisa exigido
26
como requisito para ingresso nos programas de pós-graduação da UFPR e como
etapa preliminar da elaboração de dissertações e teses deve atender a estrutura
apresentada. Os elementos externos e pré-textuais de natureza opcional podem
variar de acordo com o programa específico enquanto que os elementos pós-
textuais não obrigatórios ficam a critério do autor uma vez que este os considere
necessários a compreensão da proposta. O candidato deve ainda obedecer ao
número limite de páginas quando este for estabelecido.
ELEMENTOS
EXTERNOS
Capa Opcional
Lombada Opcional
ELEMENTOS
INTERNOS
PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto Obrigatório
Curriculum vitae Quando necessário
Lista de
ilustrações
Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de
abreviaturas e
siglas
Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
TEXTUAIS
Introdução
Tema
Problema
Hipótese
Objetivos
Justificativa
Desenvolvimento
Referencial
teórico
Metodologia
Recursos
Cronograma
PÓS-TEXTUAIS
Referências Obrigatório
Glossário Opcional
Apêndice Opcional
Anexo Opcional
Índice Opcional
ELEMENTOS
DE APOIO
Citações
Notas de rodapé
Ilustrações e/ou
figuras
Quadros
Tabelas
Equações e
fórmulas
Siglas
Abreviaturas
Símbolos
QUADRO 2 - ESTRUTURA COMPLETA DE PROLETO DE PESQUISA
FONTE: UFPR. Sist. Bibl-s, (2007c, p. 14-15)
27
4.2.1.1 Capa
Na capa devem constar o nome da instituição/entidade para o qual o projeto
será submetido, o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título do projeto e o subtítulo se
houver, o local e o ano. A FIGURA 1 apresenta o modelo de capa e a disposição de
seus elementos de acordo com as Normas da UFPR (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p.
15).
FIGURA 1 - MODELO DE CAPA PARA PROJETO DE PESQUISA
28
4.2.1.2 Lombada
A lombada ou dorso é a parte da capa que reúne (colados, costurados ou
grampeadas) os cadernos ou folhas do projeto. Seus elementos são a autoria (nome
da organização responsável com a subordinação até o nível da autoria quando se
tratar de entidade ou o nome dos autores quando se tratar de pessoa), o título, o
subtítulo (se houver) e a data. De acordo com o número de folhas do projeto a
lombada pode ser horizontal ou descendente conforme os modelos a seguir.
29
LOMBADA HORIZONTAL LOMBADA DESCENDENTE
FIGURA 2 - MODELOS DE LOMBADAS
De acordo com a NBR 12225/2004 as regras gerais de apresentação da
lombada devem obedecer aos seguintes critérios (ABNT, 2004):
a) o nome do autor deve ser impresso no mesmo sentido da lombada (se
houver mais de um autor, os nomes devem ser impressos um abaixo
do outro nas lombadas horizontais e separados por sinais de
pontuação, espaços ou sinais gráficos nas lombadas descendentes,
abreviando-se ou omitindo-se os prenomes, quando necessário, no
caso de autores pessoais);
30
b) o título deve ser impresso no mesmo sentido dos nomes dos autores,
abreviado, quando necessário;
c) o título de lombada descendente de ser impresso longitudinalmente e
legível do alto para o pé da lombada (ver FIGURA 2). Esta forma
possibilita a leitura, quando o documento está com a face dianteira
voltada para cima.
4.2.1.3 Folha de rosto
O primeiro elemento obrigatório no projeto de pesquisa é a folha que contém
os elementos essenciais de identificação do documento e da proposta. De acordo
com as Normas da UFPR a folha de rosto deve conter (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p.
19):
a) os nomes dos autores centralizados em letras maiúsculas na primeira
linha de texto;
b) o título (claro e preciso, contendo, palavras que identifiquem o seu
conteúdo), centralizado a partir da 13ª linha após os nomes dos
autores;
c) o subtítulo (se houver), claramente subordinado ao título principal,
precedido de dois pontos (:);
d) o número de volume quando o projeto for composto de mais de um
sendo que em cada volume deve constar uma folha de rosto com o
respectivo número de volume;
e) nota indicando o tipo de projeto e o nome da instituição a que é
submetido, observando:
- uma linha em branco após a última linha do título;
- margem esquerda a partir da metade da folha;
- alinhada ou não à margem direita;
- em letras maiúsculas e minúsculas, em tamanho menor.
f) local (cidade) da instituição na qual o projeto foi defendido, centralizado
em letras maiúsculas na penúltima linha;
31
g) ano de apresentação em algarismos arábicos, centralizado na última
linha (FIGURA 3).
FIGURA 3 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO
4.2.1.4 Curriculum vitae
O curriculum vitae é elemento opcional em projetos de pesquisa, porém sua
inclusão pode ser exigida pela entidade à qual se destina. Neste caso deve ser
apresentado em folhas distintas após a folha de rosto. As Normas da UFPR definem
curriculum vitae para fins técnico-científicos como sendo “o conjunto de dados
pessoais apresentados de forma sistemática e objetiva em todas as situações que
32
requeiram informações biográficas e históricas sobre a formação acadêmica e
complementar, as atividades profissionais e de docência, as representações, as
funções e filiações, incluindo a produção científica, literária e artística.” (UFPR. Sist.
Bibl-s, 2007g, p. 15).
O Programa de Mestrado em Contabilidade e Finanças da UFPR e outros
programas de pós-graduação exigem como parte integrante da documentação
necessária para inscrição a apresentação do curriculum vitae elaborado na
plataforma Lattes/CNPq (http://lattes.cnpq.br), juntamente com a documentação
comprobatória das informações nele contidas.
4.2.1.5 Lista de ilustrações e tabelas
A lista de ilustrações é elemento condicional que depende da ocorrência de
ilustrações no corpo do documento. Deve conter o sumário das ilustrações de
acordo com a ordem em que aparecem no texto. As ilustrações podem ser quadros,
gráficos, organogramas, plantas, mapas, desenhos, esquemas, lâminas, retratos,
fluxogramas e fotografias. No projeto de pesquisa a lista de ilustrações sucede a
folha de rosto ou o curriculum vitae, quando for o caso. Pode ser elaborado de
acordo com as seguintes formas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 22):
a) em lista única, neste caso identificada como LISTA DE
ILUSTRAÇÕES, na qual as mesmas devem ser relacionadas conforme
a sequência em que aparecem no texto;
b) em listas específicas de acordo com o tipo de ilustração (LISTA DE
FOTOGRAFIAS, LISTA DE QUADROS, entre outras), sendo que listas
extensas devem ser colocadas em folhas distintas – caso contrário,
podem ser apresentadas na mesma página.
Os critérios para apresentação das listas de ilustrações, de acordo com as
Normas da UFPR devem obedecer aos seguintes critérios (UFPR. Sist. Bibl-s,
2007c, p. 22-23):
a) o título deve ser centralizado, em letras maiúsculas e em negrito,
separado da lista por dois espaços de 1,5 cm;
33
b) a relação de títulos das ilustrações deve conter os seguintes dados:
- tipo de ilustração (QUADRO, MAPA, FIGURA, etc.) e indicativo
numérico de ocorrência no texto, alinhados à margem esquerda;
- título da ilustração separado do indicativo numérico por hífen entre
espaços, grafado de forma idêntica à utilizada no texto (ver item
4.7);
- número da página que contém a ilustração, justificado à direita, na
mesma linha do título ao qual é ligado por uma linha pontilhada
conforme FIGURA 4.
FIGURA 4 - MODELO DE LISTAS DE ILUSTRAÇÕES INDIVIDUAIS
A LISTA DE TABELAS deve ser elaborada de acordo com as mesmas
especificações da lista de ilustrações, porém deve ser disposta em página distinta,
após as listas de ilustrações (se houver). A palavra TABELA deve ser indicada em
maiúsculas no início da linha seguida de hífen e do título da tabela de forma idêntica
ao indicado no texto referente (ver item 4.7).
34
4.2.1.6 Lista de abreviaturas e siglas
As listas de abreviaturas e siglas são elementos condicionais que dependem
da freqüência de ocorrência destas no texto. Devem ser adicionadas após a lista de
tabelas (se houver). As Normas da UFPR não especificam limite mínimo para que se
considere razoável a elaboração da lista, porém alguns autores recomendam que
seja observado o limite de 10 itens (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 152).
As Normas da UFPR recomendam que se elaborem listas distintas para
abreviaturas e siglas sendo que, listas pouco extensas podem figurar
sequencialmente na mesma página, separadas pelo indicativo de tipo (LISTA DE
ABREVIATURAS, LISTA DE SIGLAS). (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 24). As regras
para grafia das expressões correspondentes ao significado das siglas devem seguir
as orientações apresentadas nos itens 4.1.3 e 4.1.4. As listas de abreviaturas e
siglas devem ser apresentadas da seguinte maneira (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p.
25):
a) em página distinta, após a lista de tabelas (se houver);
b) com o título centralizado, em letras maiúsculas em negrito;
c) com dois espaços de 1,5 cm separando o título da lista propriamente
dita;
d) com as abreviaturas e as siglas (em ordem alfabética) alinhadas à
margem esquerda, com letra e entrelineamento normal;
e) com um hífen precedido e seguido de um espaçamento (pode-se optar
por fazer o alinhamento de todos os hífens pelo correspondente à
maior abreviatura ou sigla);
f) com o significado por extenso da abreviatura ou sigla, em letras
maiúsculas/minúsculas, dependendo da necessidade (no caso de
nomes próprios).
35
4.2.1.7 Lista de Símbolos
A lista de símbolos apresenta a relação dos símbolos apresentados no texto
com o devido significado. “Consiste na relação de todos os símbolos ou sinais que
substituem nomes ou ações durante o trabalho [...] na ordem em que foram
apresentados no desenvolvimento da obra, sem indicar as páginas onde se
localizam.” (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 153).
As regras para elaboração da lista de símbolos são as seguintes (UFPR.
Sist. Bibl-s, 2007c, p. 27):
a) em página distinta, após a lista de tabelas (se houver);
b) com o título centralizado, em letras maiúsculas em negrito;
c) com dois espaços de 1,5 cm separando o título da lista propriamente
dita;
d) com as abreviaturas e as siglas (em ordem alfabética) alinhadas à
margem esquerda, com letra e entrelineamento normal;
e) com um hífen precedido e seguido de um espaçamento (pode-se optar
por fazer o alinhamento de todos os hífens pelo correspondente ao
maior símbolo);
f) com o significado por extenso de cada símbolo, em letras
maiúsculas/minúsculas, dependendo da necessidade (no caso de
nomes próprios).
4.2.1.8 Sumário
O último elemento pré-textual no projeto de pesquisa é o sumário que é a
“enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma
ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.” (ABNT, 2003b) Trata-se de
elemento obrigatório e dever ser inserido após a lista de símbolos (se houver). De
acordo com a NBR 6027/2003, quando houver mais de um volume, deve ser incluído
36
o sumário de toda a obra em todos os volumes, de forma que se tenha
conhecimento do conteúdo, independente do volume consultado.
As regras de apresentação do sumário são as seguintes:
a) deve iniciar em página distinta enumerando apenas os elementos
textuais e pós-textuais;
b) é indicado pela palavra SUMÁRIO centralizada, em maiúsculas e
negrito, separada do primeiro item do sumário por dois espaços de 1,5
cm, com entrelineamento simples.
c) cada capítulo, seção ou parte deve apresentar:
- indicativo numérico (ver item 4.4.2);
- título e subtítulo (se houver);
- número da página inicial, ligado ao título por uma linha pontilhada;
d) com a subordinação dos itens (seções primárias, secundárias,
terciárias, quaternária e quinaria) destacada pela tipografia (negrito,
itálico ou grifo) utilizada no texto, alinhada à margem esquerda;
e) com os títulos dos elementos pós-textuais sem indicativo numérico
também relacionados, alinhados à margem esquerda.
4.2.1.9 Elementos textuais
Os elementos textuais no projeto de pesquisa consistem em introdução onde
são abordados o tema, a contextualização e a problemática, as hipóteses, o objetivo
geral e os objetivos específicos e a justificativa e desenvolvimento formado pelo
referencial teórico, procedimentos metodológicos, recursos e cronograma. (UFPR.
Sist. Bibl-s, 2007c, p. 31-33). Uma estrutura alternativa para o projeto de pesquisa é
recomenda pelo Programa de Mestrado em Contabilidade da UFPR e segue a
seguinte organização:
37
1 INTRODUÇÃO Abordagem preliminar do tema e apresentação da
proposta de pesquisa
2 PROBLEMA DA PESQUISA Discussão sobre e problemática a ser investigada
apresentada na forma de uma questão de pesquisa
de forma interrogativa
3 OBJETIVOS Apresentação da questão de pesquisa de forma
afirmativa precedida geralmente por um verbo que
indica a ação principal a ser realizada seguida da
apresentação dos passos necessários para que se
atinja o objetivo específico
3.1 Objetivo Geral
3.2 Objetivos Específicos
4 JUSTIFICATIVA Motivações da pesquisa bem como possíveis
contribuições dos achados para a sociedade
5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Definição quanto ao escopo temporal ou espacial do
estudo e quanto ao objeto a ser estudado
6 MARCO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Discussão acerca de trabalhos anteriores que
servem de base para o estudo proposto
7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
7.1 Caráter teórico-metodológico Caracterização fundamentada da pesquisa quanto a
sua tipologia incluindo:
 Teorias de Base
 Hipóteses
 Desenho da Pesquisa
 Construtos e Definições Operacionais das
Variáveis (incluir quadro com referência)
7.2 Estratégias de Planejamento da
Pesquisa
 abordagem metodológica (Ex.: empirismo,
fenomenologia)
 abordagem com relação ao problema (Ex.:
quantitativo, qualitativo)
 abordagem com relação ao objetivo do estudo
(Ex.: descritivo, causal)
 abordagem quanto à estratégia de pesquisa
(Ex.: survey, estudo de caso)
 abordagem quanto às técnicas de coleta de
dados ou instrumento de pesquisa (Ex.: dados
secundários, questionário, entrevista)
 abordagem quanto aos efeitos do pesquisador
nas variáveis em estudo
 população e amostragem
 tratamento estatístico e análise de dados
8 ORÇAMENTO Descrição dos recursos necessários a
operacionalização da pesquisa sejam financeiros,
materiais e humanos e das respectivas fontes
quando for o caso
9 CRONOGRAMA Plano de metas parciais com as etapas da
elaboração do trabalho indicadas por espaços
temporais divididos em meses, semestres, ou anos.
QUADRO 3 - PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA
A proposta sugerida difere da estrutura indica nas Normas da UFPR,
sobretudo no grau de detalhamento. Os tópicos apresentados são divididos em
tópicos específicos diferentemente do modelo composto apenas pela introdução e
desenvolvimento em que os itens descritos são apresentados geralmente no corpo
38
do texto sem subdivisões, exceto no caso do marco teórico e dos procedimentos
metodológicos. Os demais elementos que compõem a estrutura do projeto de
pesquisa são os elementos pós-textuais (referências, apêndices e anexos) que são
apresentados mais adiantes neste trabalho.
4.2.2 Estrutura de teses e dissertações
As teses e dissertações, também chamadas de trabalhos monográficos,
devem ser elaboradas de acordo com a estrutura padrão estabelecida pela NBR
14724/2005 (ABNT, 2005). No que refere aos trabalhos apresentados aos
programas de pós-graduação da UFPR deve-se observar adicionalmente as normas
da instituição assim como exigências para apresentação dos trabalhos.
De acordo com as Normas da UFPR a estrutura de teses e dissertações
deve estar de acordo a sequência apresentada no QUADRO 4. Os elementos
comuns nos projetos de pesquisa e nos trabalhos monográficos, apresentados na
sessão anterior, serão apenas indicados pelo número de sessão correspondente de
modo que neste tópico serão apresentados apenas os elementos e particularidades
dos trabalhos de obtenção grau. A estrutura de teses e dissertações é formada por
elementos externos e por elementos internos que se dividem em elementos pré-
textuais, textuais e pós-textuais.
39
ELEMENTOS EXTERNOS
Capa Obrigatório
Lombada Opcional
ELEMENTOS INTERNOS
PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto Obrigatório
Errata Opcional
Termo ou folha de aprovação Obrigatório
Dedicatória Opcional
Agradecimento Opcional
Epígrafe Opcional
Resumo na língua vernácula Obrigatório
Resumo em língua estrangeira Obrigatório
Lista de ilustrações Opcional
Lista de tabelas Opcional
Lista de abreviaturas e siglas Opcional
Lista de símbolos Opcional
Sumário Obrigatório
TEXTUAIS
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
PÓS-TEXTUAIS
Referências Obrigatório
Glossário Opcional
Apêndice Opcional
Anexo Opcional
Índice Opcional
QUADRO 4 - ESTRUTURA DE TESES E DISSERTAÇÕES
FONTE: UFPR. Sist. Bibl-s, (2007f, p. 17)
4.2.2.1 Capa e lombada
Os elementos externos nos trabalhos monográficos são a capa que é
obrigatória, diferentemente do projeto, e a lombada que depende do número de
páginas do documento. Os elementos a serem indicados na capa e na lombada,
como também as regras de apresentação são as mesmas referidas nas sessões
4.2.1.1 e 4.2.1.2. As capas das teses e dissertações apresentadas aos programadas
de pós-graduação da UFPR devem ser impressas conforme padrão da instituição,
na Impressa Universitária. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 19).
40
4.2.2.2 Folha de rosto
A folha de rosto em dissertações e teses é elemento obrigatório que contém
a identificação do trabalho como dados sobre o conteúdo de finalidade. Trabalhos
com mais de um volume devem apresentar, cada um, sua própria folha de rosto com
todas as informações e a indicação do respectivo volume. Em trabalhos impressos
apenas em um dos lados da folha deve-se atentar para o fato de que o verso da
folha de rosto destinasse a impressão da ficha catalográfica conforme apresentado a
seguir.
De acordo com as Normas da UFPR anverso/frente da folha de rosto deve
conter (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 24);
a) nome do autor centralizado em letras maiúsculas na primeira linha de
texto;
b) título centralizado a partir da 13ª linha após a indicação da autoria;
c) subtítulo (se houver), claramente subordinado ao título principal,
precedido de dois pontos (quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais
de uma linha, não se utiliza divisão silábica para as palavras);
d) número de volumes (se houver mais de um);
e) nota indicando a natureza acadêmica do trabalho (tese, dissertação e
outros), o objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros),
o nome da instituição a que é submetido e a área de concentração
devendo ser apresentada:
- com uma linha em branco após a última linha do título;
- com margem esquerda a partir da metade da folha;
- alinhada ou não à margem direita;
- com letras maiúsculas e minúsculas, em tamanho menor;
- com uma linha em branco separando o nome do orientador da nota
indicativa da natureza acadêmica.
f) Nome do orientador e/ou professor da disciplina e, se houver, do co-
orientador;
g) Local (cidade) da instituição na qual o trabalho foi defendido,
centralizado em letras maiúsculas na penúltima linha;
h) Ano em algarismos arábicos, centralizado na última linha. FIGURA 5.
41
FIGURA 5 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO DE DISSERTAÇÃO
O verso da folha de rosto destinasse a impressão da ficha catalográfica que
é o conjunto de dados, sistematicamente ordenados, com a descrição do trabalho,
que fornece uma idéia do assunto tratado e de seus aspectos físicos. Deve ser
elaborada por bibliotecário e é impressa em um retângulo de 7,5 x 12,5 cm,
conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano (CCAA2). (UFPR. Sist. Bibl-s,
2007f, p. 30).
42
FIGURA 6 - EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA
4.2.2.3 Errata
A errata é a lista indicativa de erros tipográficos ou de outra natureza com as
devidas correções e a indicação das páginas e linhas em que aparecem no texto.
Elemento opcional, deve ser inserida logo após a folha de rosto sendo quando
encadernada junto ao miolo do trabalho, ou, quando confeccionada após a
encadernação do trabalho, intercalada em seu interior sendo, nesta caso, impressa
em papel avulso. A errata deve apresentar além da indicação da folha,
linha/ilustração, do erro e da devida correção a referência do trabalho,
principalmente quando for publicada em papel avulso, de modo a facilitar sua
identificação. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 32).
43
FIGURA 7 - MODELO DE ERRATA
4.2.2.4 Termo ou folha de aprovação
O termo de aprovação é elemento obrigatório que confirma a defesa e a
aprovação do trabalho. Nos programas de pós-graduação da UFPR o termo de
aprovação é pré-requisito para efeito de cumprimento do depósito legal na Biblioteca
Central da instituição e pose ser apresentado da seguinte maneira:
a) em folha distinta após a folha de rosto;
b) com a expressão termo ou folha de aprovação centralizada em letras
maiúsculas negritadas no tamanho normal na primeira linha do texto;
c) nome autor em letras maiúsculas;
d) título e subtítulo (se houver) em letras maiúsculas;
e) texto de aprovação em letras maiúsculas e minúsculas;
f) nota indicando a natureza acadêmica e a área de concentração;
g) nome do orientador e a instituição a que é filiado em letras maiúsculas
e minúsculas e assinatura;
h) nome dos membros da comissão e instituição a que são filiados em
letras maiúsculas e minúsculas e assinaturas;
i) local em letras maiúscula e minúsculas e a data de aprovação (dia,
mês, ano).
44
FIGURA 8 - MODELO DE TERMO OU FOLHA DE APROVAÇÃO
4.2.2.5 Dedicatória
A dedicatória consiste em uma menção a alguém a quem o autor deseja
fazer uma homenagem ou dedicar o trabalho científico. É elemento opcional apesar
de ser usual em teses e dissertações e quando presente pode ser apresentada em
página distinta, logo após o termo de aprovação, colocada na parte inferior da
página com recuo maior, quando se tratar de dedicatória curta. Não é necessário
que a dedicatória contenha título. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 35)
45
4.2.2.6 Agradecimentos
Agradecimento é menção que o autor faz a pessoas e instituições das quais
recebeu apoio e que contribuíram de maneira relevante para o desenvolvimento do
trabalho. Trata-se também de elemento opção que quando presente pode ser
apresentado conforme segue (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 36):
a) em página distinta, logo após a dedicatória (se houver);
b) com a palavra agradecimentos centralizada em letras maiúsculas em
negrito na primeira linha de texto;
c) com uma linha em branco separando o título do texto, quando longo;
d) colocado na parte inferior direita da página, quando curto.
Os agradecimentos podem ser apresentados na mesma página da
dedicatória quando ambos os textos forem curtos. Neste caso deve-se posicionar os
agradecimentos a partir da metade inferior direita da página, com letra e
entrelineamento normal ou menor, de modo que a última linha do agradecimento
fique posicionada na margem inferior da página. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 36)
Caso dedicatória e agradecimentos estejam na mesma página recomenda-se utilizar
o mesmo recuo e não é necessário utilizar-se a palavra agradecimentos.
4.2.2.7 Epígrafe
Epígrafe é elemento opcional contendo a inscrição de um trecho em prosa
ou composição poética, que de certa forma se relaciona com a construção do
trabalho, seguida de indicação de autoria, com alinhamento à direita. (UFPR. Sist.
Bibl-s, 2007f, p. 39; ABNT, 2005, p. 2): Pode ser colocada em página distinta, após
os agradecimentos e também nas folhas de abertura das seções primárias (ou
capítulos). Neste último caso deve ser colocada logo abaixo do título da seção
alinhada à direita com a indicação da autoria após a epígrafe, não sendo necessário
indicá-la em lista de referências. Em ambos os casos é transcrita com letra e
entrelineamento menor. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 39).
46
4.2.2.8 Resumo
Os trabalhos de conclusão de curso ou de obtenção de grau como teses e
dissertações devem obrigatoriamente conter um resumo do conteúdo apresentado
de forma concisa, com destaque para seus aspectos de maior relevância. Para teses
e dissertações é obrigatória a transcrição do resumo na língua do texto (vernácula) e
em língua estrangeira.
Na elaboração do resumo na língua vernácula devem-se observar as
seguintes regras (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 41):
a) ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do
documento;
b) utilizar frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos
podendo ser escrito em parágrafo único;
c) explicar na primeira frase o tema principal do documento com uma
frase significativa e em seguida a informação sobre a categoria do
tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação, entre
outros);
d) usar verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular;
e) empregar os termos geralmente aceitos e não apenas os de uso
particular;
f) evitar o uso de citações bibliográficas;
g) citar com rigor o domínio de aplicação, o grau de exatidão e o princípio
básico de novos métodos;
h) mencionar nomes geográficos (município, estado e país) ou a
circunscrição (região, distrito, condado) quando necessário.
Deve-se evitar:
a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
b) fórmulas, equações, diagramas, entre outros elementos, que não sejam
absolutamente necessários.
Em teses, dissertações e monografias, o resumo deve ser apresentado:
a) em folha distinta, com a palavra resumo centralizada em letras
maiúsculas em negrito na primeira linha do texto;
47
b) com uma linha em branco separando a palavra resumo do seu
respectivo texto;
c) redigido com o mínimo de 150 e máximo de 500 palavras, empregando
em letra normal e entrelineamento simples;
d) alinhado à margem esquerda, sem recuo de parágrafo;
e) seguido pelas palavras-chave ou descritores (palavras representativas
do conteúdo do trabalho), separadas do resumo pois dois espaços de
1,5 cm, alinhadas à margem esquerda sem recuo de parágrafo.
O resumo em língua estrangeira é obrigatório em teses e dissertações e
pode ser escrito, por exemplo, em inglês (abstract), espanhol (resumen), em francês
(résumé) ou outra língua de grande difusão. Sua apresentação deve seguir as
mesmas regras do resumo em língua vernácula devendo a indicação das palavras-
chaves ou descritores ser feita na mesma língua do resumo.
4.2.2.9 Elementos textuais
Os elementos textuais básicos em trabalhos científicos são a introdução, o
desenvolvimento e as conclusões. Na sequência é apresentado o modelo de
estrutura a ser observada na organização do documento de modo que sua leitura e
compreensão sejam otimizadas. A estrutura apresentada no QUADRO 5 é sugerida
para os trabalhos a serem apresentados ao Programa de Mestrado em
Contabilidade do Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR.
1 INTRODUÇÃO Abordagem preliminar do tema e apresentação da
proposta de pesquisa
1.1 Problema da pesquisa Discussão sobre e problemática investigada
apresentando inclusive a questão de pesquisa de
forma interrogativa e destacada no texto
1.2 Objetivos Apresentação da questão de pesquisa de forma
afirmativa precedida geralmente por um verbo que
indica a ação principal a ser realizada seguida da
apresentação dos passos necessários para que se
atinja o objetivo específico (não confundir com
métodos de coleta de dados)
1.2.1 Objetivo geral
1.2.2 Objetivos específicos
1.3 Justificativa Motivações da pesquisa bem como contribuições dos
achados para a sociedade
Continua
48
Continuação
1.4 Delimitação do estudo Definição quanto ao escopo temporal ou espacial do
estudo e quanto ao objeto a ser estudado
1.5 Estrutura do trabalho Enumeração das seções do documento
2 MARCO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Discussão acerca de trabalhos anteriores que
servem de base para o estudo proposto (também
chamado de fundamentação teórico-empírica por
apresentar não somente as teorias de base para a
pesquisa, mas também resultados de outras
pesquisas sobre o mesmo tema)
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Caráter teórico-metodológico Caracterização fundamentada da pesquisa quanto a
sua tipologia incluindo:
 teorias de base
 hipóteses
 desenho da pesquisa
 construtos e definições operacionais das
variáveis (incluir quadro com referência)
3.2 Estratégias de planejamento da
pesquisa
 abordagem metodológica (Ex.: empirismo,
fenomenologia)
 abordagem com relação ao problema (Ex.:
quantitativo, qualitativo)
 abordagem com relação ao objetivo do estudo
(Ex.: descritivo, causal)
 abordagem quanto à estratégia de pesquisa
(Ex.: survey, estudo de caso)
 abordagem quanto às técnicas de coleta de
dados ou instrumento de pesquisa (Ex.: dados
secundários, questionário, entrevista)
 abordagem quanto aos efeitos do pesquisador
nas variáveis em estudo
 abordagem quanto a dimensão de tempo (Ex.:
transversal ou longitudinal)
3.3 Instrumento da pesquisa Validação dos instrumentos (Ex.: pré-teste de
questionários, teste de confiabilidade, entrevistas
estruturadas, análise de conteúdo)
3.4 População e amostragem Definição da população ou da moldura populacional,
quando for o caso, e dos procedimentos de seleção
da amostra com dados suficientes para que possa
ser verificada se necessário
4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS Apresentação dos dados obtidos e das relações
entre variáveis conforme o caso. Caso haja
hipóteses, esta seção apresenta os resultados dos
testes de hipóteses.
5 CONCLUSÕES Apresentação dos resultados da pesquisa bem como
a rejeição ou não rejeição das hipóteses propostas,
se for o caso, além da apresentação das limitações
da pesquisa e sugestões para pesquisas futuras.
QUADRO 5 - MODELO DE ESTRUTURA PARA DISSERTAÇÕES E TESES
Este modelo de apresentação pode ser adaptado de acordo com o modelo
de pesquisa apesar de poder ser amplamente utilizado nos documentos científicos.
Deve-se ainda observar os requisitos para redação e apresentação, discutidos no
49
capítulo 3. A estrutura completa dos trabalhos monográficos compreende ainda os
elementos pós-textuais apresentados na sequência.
4.3 Formatação e apresentação
Os aspectos gerais de formatação compreendem as regras relativas a
medidas, posicionamento e espaçamentos, dentre outros aspectos visuais. As
Normas Técnicas estabelecem padrões de apresentação específicos para
determinados tipos de documentos científicos de modo que os aspectos gerais
descritos a seguir não se referem a todos os documentos científicos, mas, sobretudo
aos projetos de pesquisa e seus respectivos trabalhos monográficos.
4.3.1 Formato do papel e impressão
O formato para apresentação de documentos deve ser o tamanho A4 (210 x
297 mm) na cor branca. Apesar de a NBR 14724:2005 determinar que seja utilizado
apenas o anverso (frente) do papel as Normas recomendam a impressão frente e
verso, em atenção a questões ambientais (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 30).
4.3.2 Margens
A mancha da página (área que contém o texto) deve possuir margens de 3
cm nas bordas superior e esquerda e de 2 cm nas bordas inferior e direita conforma
FIGURA 9.
50
3 cm
2 cm
2 cm3 cm
FIGURA 9 - MODELO DE MARGENS DE PÁGINAS
A configuração das margens no Word 2007 pode ser observada na FIGURA
10.
FIGURA 10 - CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS
4.3.3 Espaçamento entrelinhas
O espaçamento entrelinhas deve ser de:
51
a) 1,5 linhas ou exatamente 24 pontos para o texto;
b) simples ou exatamente 14 pontos para resumos, referência, notas de
rodapé, citação longa, legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico,
ficha catalográfica, nota indicando a natureza acadêmica;
c) duplo para separar as referências entre si;
d) dois espaços de 1,5 linha (ou 48 pontos) para separar do texto os títulos
das seções e subseções.
A configuração dos espaçamentos de entrelinhas pode ser visualiza na
FIGURA 11 a seguir.
FIGURA 11 - CONFIGURAÇÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS
4.3.4 Tipo e tamanho de letra
As Normas estabelecem para apresentação dos documentos técnico-
científicos, observe-se (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 31):
52
a) tipo de letra Arial;
b) tamanho 12 para todo o texto;
c) tamanho 10 para citação longa, nota de rodapé, legenda de ilustração,
tabela, quadro, gráfico, nota indicando a natureza acadêmica, ficha
catalográfica e paginação.
A configuração do tipo de letra e tamanho da fonte pode ser acessada
diretamente na faixa de opções do Word 2007, conforme demonstrado na FIGURA
12.
FIGURA 12 - CONFIGURAÇÃO DE TIPO E TAMANHO DE LETRA
4.3.5 Parágrafo
Os parágrafos de texto devem ser configurados aproximadamente 1,5 cm da
margem esquerda, sem necessidade de alinhamento à margem direita. A FIGURA
13 indica a forma de configuração.
53
FIGURA 13 - CONFIGURAÇÃO DE PARÁGRAFO
Parágrafos de citação longa devem observar o recuo de 4 cm da margem
esquerda conforme indicado na FIGURA 14.
54
FIGURA 14 - RECUO EM CITAÇÃO LONGA
Recomenda-se ainda que sejam evitadas linhas órfãs ou viúvas (apenas
uma linha de texto no final ou no início da página) conforme exemplificado na
FIGURA 15.
4 cm
55
FIGURA 15 - EXEMPLO DE LINHA VIÚVA
4.3.6 Paginação
As páginas dos documentos devem ser paginadas (numeradas) em
algarismos arábicos, observando que:
a) a capa, a falsa folha de rosto e o verso das folhas (quando todo o texto é
produzido apenas no seu anverso) não são contados na numeração;
b) as páginas pré-textuais são contadas, mas não numeradas;
c) as páginas de texto (a partir da introdução são numeradas no canto
superior direito da página, a 2 cm da borda superior da folha; no caso de
documentos impressos em frente e verso, o verso é paginado no canto
superior esquerdo;
d) em páginas que apresentem tabelas, quadros ou ilustrações impressos
na horizontal (paisagem) ou na vertical (retrato), desde que estes
ocupem a página inteira, a indicação do número é facultativa;
56
e) em documentos com mais de um volume, a numeração das páginas
textuais (em algarismos arábicos) do segundo e demais volumes é
consecutiva ao primeiro;
f) as páginas pós-textuais são numeradas sequencialmente às páginas de
texto;
g) caso os anexos sejam numerados no original, podem conservar a
paginação, entretanto essa numeração não é levada em consideração.
A FIGURA 16 demonstra os passos para inserir a numeração segundo as
especificações apresentadas. Para que a numeração seja iniciada a partir da
introdução, antes de ser inserida como demonstrado a seguir, deve separar o texto
em seções de modo que a paginação possa configurada de modo diferente em cada
uma delas. Para inserir uma nova seção a partir da introdução deve-se seguir os
passos demonstrados na FIGURA 17.
FIGURA 16 - PASSOS PARA INSERIR NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
57
FIGURA 17 - PASSOS PARA INSERIR QUEBRA DE SEÇÃO
Após a inserção de uma nova seção a partir da introdução deve proceder a
inserção da numeração e, em seguida, sua configuração conforme demonstrado na
FIGURA 18.
58
FIGURA 18 - CONFIGURAÇÃO DE PAGINAÇÃO INDEPENDENTE
4.4 Organização do texto
A estrutura dos documentos técnico-científicos deve ser organizada no
sentido de se obter maior clareza na apresentação das idéias principais e suas
idéias base, como, por exemplo, os construtos de primeira ordem, os construtos de
segunda ordem e as variáveis. Uma das maneiras de se organizar o documento é
por meio da utilização de seções, subseções, alíneas e subalíneas.
Desmarcar a opção
“Vincular ao Anterior”
Configurar a margem
de 2 cm superior
Configurar o tipo e tamanho
da fonte “Arial, 10”
59
4.4.1 Títulos de seções
As seções do documento devem estar de acordo com a estrutura formal de
apresentação. Desta forma, em se tratando de trabalhos monográficos, as seções
primárias essenciais são a introdução, o desenvolvimento e a conclusão ou
considerações finais. No entanto, os títulos das seções podem ser definidos por
meio de outras expressões, desde que deixem clara sua adequação aos elementos
textuais fundamentais.
As Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 33; 2007f, p. 54), estabelecem que
sejam considerados os critérios abaixo na atribuição de títulos às seções:
a) dar sequência lógica e ordenada ao assunto;
b) ser claro e objetivo, evitando o uso ora de substantivos para uns, ora de
frases ou verbos para outros;
c) alinhar a segunda linha e subsequentes de títulos longos sob a primeira
letra da linha;
d) evitar títulos de seções isolados no final da página, sem o respectivo
texto;
e) diferenciar tipograficamente os títulos das seções, observando-se a sua
hierarquia, conforme os exemplos a seguir;
- Seção primária: maiúsculas em negrito.
Ex.: 1 PLANEJAMENTO DO LUCRO;
- Seção secundária: maiúsculas sem negrito.
Ex.: 1.1 ESTRUTURA BÁSICA DO ORÇAMENTO;
- Seções terciária, quaternária e quinaria: Somente a primeira letra
da primeira palavra em maiúscula sem negrito.
Ex.: 1.1.3 Diferença entre planejamento e controle.
As seções primárias (ou capítulos) devem iniciar em página distinta exceto
em trabalhos de graduação pouco divididos que não precisam ter suas seções
iniciadas em página distinta (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 35).
60
4.4.2 Numeração progressiva
A numeração progressiva das seções de documentos escritos aplicáveis aos
trabalhos técnico-científicos é estabelecida pela NBR 6024:2003, de modo a expor
numa sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permitir a localização
facilitada dos assuntos abordados (ABNT, 2003, p. 2-3).
As Normas estabelecem que seja adotada a numeração progressiva para as
seções do texto, conforme o estabelecido pela ABNT (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p.
34). Assim, a NBR 6024:2003 estabelece as seguintes regras gerais de
apresentação de numeração progressiva de seções (ABNT, 2003, p. 1):
a) são empregados algarismos arábicos na numeração;
b) o indicativo de seção é alinhado na margem esquerda, precedendo o
título, dele separado por um espaço;
c) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros
a partir de 1;
d) o indicativo de uma seção secundária é constituído pelo indicativo da
seção primária a que pertence, seguido do número que lhe for atribuído
na seqüência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo
processo em relação às demais seções;
e) não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o
indicativo de seção ou de seu título;
f) todas as seções devem conter um texto relacionado com elas;
g) quando for necessário enumerar os diversos assuntos de uma seção
que não possua título, esta deve ser subdividida em alíneas;
h) quando as alíneas forem cumulativas ou alternativas, pode ser
acrescentado, após a penúltima, “e/ou” conforme o caso;
i) a disposição gráfica das alíneas obedece às seguintes regras:
- o trecho final do texto correspondente, anterior às alíneas, termina
em dois pontos;
- as alíneas são ordenadas alfabeticamente;
- as letras indicativas das alíneas são reentradas (recuadas) em
relação à margem esquerda;
61
- o texto da alínea começa por letra minúscula e termina em ponto-e-
vírgula, exceto a última que termina em ponto e, nos casos em que
se seguem subalíneas, estas terminam em vírgula;
- a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a
primeira letra do texto da própria alínea.
j) quando a exposição da idéia assim o exigir, a alínea pode ser
subdividida em subalíneas. As subalíneas devem começar por um hífen,
colocado sob a primeira letra do texto da alínea correspondente, dele
separadas por um espaço;
k) as linhas seguintes do texto da subalínea começam sob a primeira letra
do próprio texto.
4.5 Citações
A construção dos conceitos e a formulação das idéias propostas nos
trabalhos científicos devem sustentar-se em textos científicos anteriores cuja citação
deve obedecer a normas de padronização a fim de “garantir ao documento a
veracidade da literatura científica, a preservação dos direitos autorais, a divulgação e
a circulação do conhecimento científico, assim elevando o nível de qualidade dos
documentos científicos.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 11).
O referencial teórico é uma das características fundamentais da produção
científica. Conforme apresentado anteriormente, por meio do processo dialético
entre o conhecimento existente e as novas idéias, impressões e constatações se
dão os avanços na ciência e as contribuições das pesquisas e trabalhos científicos.
As formas como as citações de trechos ou idéias contidas em textos de
outras obras podem ser feitas variam quanto à forma que pode ser direta ou indireta,
quanto à posição que pode ser no corpo do texto, destacadas ou em notas de
rodapé e ainda quanto à forma de chamada pode ser o tipo autor-data ou numérico.
62
4.5.1 Citação direta
As citações diretas são aquelas em que se reproduz fielmente o texto
original da obra citada “conservando a grafia, a pontuação, uso de maiúsculas e o
idioma original.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 15).
As citações que não ultrapassam três linhas podem ser escritas no corpo do
texto, no mesmo tamanho e estilo de letra. Neste caso as citações devem ser
transcritas entre aspas duplas. Caso a citação contenha também trechos entre
aspas, estas devem ser substituídas por aspas simples. O ponto final, quando
necessário, deve ser escrito após as aspas em citações curtas que não tenham
ponto final no original. Em citações curtas que terminem em ponto final, as aspas
devem ser grafadas após o ponto. Ex.: De acordo com Barros (1991, p. 62),
“interpretar significa buscar o sentido mais explicativo dos resultados da
pesquisa.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 16).
As citações diretas longas – com mais de três linhas – devem ser
destacadas do texto em parágrafo distinto, sem aspas (ver também 4.1.2.3, 4.1.2.4,
4.1.2.5). O ponto final deve ser colocado após a citação (se houver) no original e
após a autoria. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 17).
4.5.2 Citação indireta
Ao reportar a idéia contida em outra obra o pesquisador pode fazê-lo de
modo que o texto não seja reprodução fiel do trecho citado e sim sob a forma de
paráfrase ou de condensação. Nas citações indiretas o sentido original do texto deve
ser mantido tomando-se cuidado inclusive com o contexto para que a idéia
transmitida pelo autor não seja deturpada ao ser tomado apenas em parte.
De acordo com as Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 18), a paráfrase é a
expressão da idéia de outro com as palavras do autor do trabalho. Deve manter
aproximadamente o mesmo tamanho da citação original, observando-se que:
a) é escrita sem aspas;
63
b) com o mesmo tipo e tamanho de letra utilizado no texto no qual está
inserida;
c) é opcional a indicação da(s) página(s);
d) o ponto final é colocado após a indicação de autoria quando esta for feita
entre parênteses.
A condensação por sua vez é mais adequada à citação de trechos longos,
ou mesmo capítulos, seções ou partes de obras sem alteração fundamental da idéia
do autor.
4.5.3 Citação de citação
Nas situações de total impossibilidade de acesso ao texto original a ser
citado, como nos casos de documentos muito antigos ou com barreira linguística, e
que seu conhecimento se deu apenas por meio da citação em outro trabalho tem-se
uma citação de citação. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 19).
4.5.4 Indicação da fonte nas citações
A fonte nas citações pode ser indicada em dois sistemas principais de
apresentação ou sistemas de chamada: o sistema autor-data e o sistema numérico.
4.5.4.1 Sistema autor-data
O sistema de chamada autor-data consiste da indicação do último
sobrenome do autor do texto citado, acompanhado do ano de publicação, número de
64
volume e página. As Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 13) recomendam que
sejam observados os seguintes critérios de apresentação:
a) quando a autoria (sobrenome do autor, instituição responsável, nome
geográfico ou título do documento) for mencionada na sentença, deve-se
indicá-la apenas com a primeira letra maiúscula e mencionar entre
parênteses apenas a data e a(s) página(s), separadas por vírgula;
Ex.: Iudícibus (1997, p. 44) afirma que “a Contabilidade é uma
ciência essencialmente utilitária, no sentido de que responde, por
mecanismo próprio, a estímulos dos vários setores da economia”.
b) quando a autoria (sobrenome do autor, instituição responsável, nome
geográfico ou título do documento) for mencionada após a idéia do autor
ou no final da sentença, deve-se indicá-la em letras maiúsculas entre
parênteses, seguida da data e da(s) página(s), separadas por vírgula;
Ex.: “Na verdade, o empreendedor aprende fazendo. Aprende com
os erros que comete.” (DOLABELA, 1999, p. 62).
4.5.4.2 Sistema numérico
A segunda forma de apresentação de autoria consiste na sua indicação por
meio de algarismos arábicos com “numeração única e consecutiva, remetendo para
lista de referências ao final do capítulo ou do trabalho, na mesma ordem em que
aparece no texto.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 14).
De acordo com as Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 14), a indicação da
numeração da fonte no texto pode ser feita de duas formas:
a) entre parênteses, alinhada ao texto;
b) colocada sobrescrita ao texto, após a pontuação que fecha a citação.
65
4.5.4.3 Indicação do autor
A autoria deve seguir os seguintes critérios com relação à indicação do
nome do autor (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a):
a) em citações com um autor, o sobrenome deve ser escrito apenas com a
primeira letra maiúscula na sentença e todas em maiúsculas pós-
sentença;
b) em citações com dois autores na sentença, os sobrenomes devem ser
separados pela conjunção e. Se forem apresentados pós-sentença,
devem ser escritos em letras maiúsculas, separados por ponto e vírgula;
c) em citações com três autores na sentença, os sobrenomes desses
autores devem ser separados por vírgula e pela conjunção e; Se forem
apresentados pós-sentença, devem ser escritos em letras maiúsculas,
separados por ponto e vírgula;
d) em citações com mais de três autores deve indicar o primeiro seguido da
expressão latina et al. (do latim et alii), que significa “e outros”.
e) em citações de autores com o mesmo sobrenome deve acrescentar as
iniciais de seus prenomes. Ex.: (SILVA, J. C., 1979, p. 36), (SILVA, M.
R., 1979, p. 22). Caso mesmo assim persista a coincidência, colocam-se
os prenomes por extenso;
f) em citação de vários documentos de uma mesma autoria os documentos
devem ser diferenciados pelas respectivas datas de publicação,
separadas por vírgula;
g) em citação de mais de um documento de uma mesma autoria publicados
no mesmo ano, deve-se diferenciar esses documentos acrescentando
letras minúsculas em ordem alfabética após das datas de publicação,
sem espaço, separadas por vírgula. Ex.: (ANDREAS, 1993a, 1993b);
h) autores diferentes e trabalhos diferentes sobre uma mesma idéia ou
argumento citados simultaneamente são apresentados obedecendo uma
ordem cronológica de publicação;
i) em citação de documento cuja responsabilidade intelectual é de uma
entidade coletiva o nome da entidade deve ser escrito por extenso,
66
indicando, se necessário a unidade subordinada. Ex.: (UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de bibliotecas, 2007c, p. 30);
j) em citação de documento cuja responsabilidade intelectual é de órgão
público federal, estadual ou municipal, a jurisdição deve ser indicada e
se necessário a unidade subordinada. Ex.: (CURITIBA. Prefeitura
Municipal, 1996, p. 43);
k) em citação de entidade conhecida por sua sigla, o nome da entidade
deve ser citado primeiramente escrito por extenso, seguido da sigla
entre parênteses. Nas citações subsequentes, pode-se mencionar
apenas a sigla. Ex.: (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA (IBGE), 1980);
l) em citação de documento resultante de evento científico (congresso,
conferência, seminário, simpósio, reunião e outros) deve ser indicado o
seu nome completo, na ordem direta, com letras maiúsculas e
minúsculas na sentença e letras maiúsculas se pós-sentença. Ex.:
(CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 2008);
m) em citação de patente, o nome da entidade e/ou autor devem ser
indicados, seguidos da data;
n) em citação da Bíblia, deve-se indicar o título da parte ou livro seguido do
número do capítulo separado do número do versículo por dois pontos.
Separa-se o versículo inicial e o final por hífen, sem espaço;
o) em citação de leis, decretos, portarias, resoluções, medidas provisórias,
constituição entre outros documentos jurídicos, deve-se a jurisdição
(país, estado ou município) e/ou o órgão responsável, seguidos da data.
4.5.4.4 Documento sem autoria
Os documentos que não contem autoria ou responsabilidade especificada
devem ser indicados pelo título, observando-se os seguintes critérios (UFPR. Sist.
Bibl-s, 2007a, p. 28):
67
a) se o título estiver incluído na sentença, deve ser escrito em letras
maiúsculas e minúsculas;
b) se o título for mencionado após a sentença, deve ter a primeira palavra
grafada em letras maiúsculas. Ex.: (DANÇAS populares brasileiras,
1989, p. 21);
c) se o título for muito longo, deve-se mencionar na primeira vez de forma
completa e nas citações subsequentes menciona-se somente a primeira
palavra seguida de reticências. Ex.: (DANÇAS... 1989, p. 21);
4.5.4.5 Indicação de data
A indicação das datas de publicação dos documentos deve obedecer aos
critérios apresentados a seguir:
a) no sistema autor-data deve-se indicar o ano de publicação indicado na
obra separado por vírgula dos demais elementos da chamada;
b) em citação de documento que não apresenta data de publicação, deve-
se indicar uma data aproximada entre colchetes. Ex: ([19--], p. 768);
c) em citação de informação extraída da internet em que não conste
indicação de data de publicação, deve indicar a data de acesso;
d) em citação de documento que ainda não foi publicado ou que se
encontre em fase de elaboração, deve-se indicar entre parênteses, após
a citação a fase em que se encontra o documento (por exemplo: no
prelo, em fase de elaboração, não publicado, em fase pré-
publicação, submetido a publicação).
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Redação e formatação de trabalhos científicos de acordo com as normas da abnt

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Setor de Ciências Sociais Aplicadas Departamento de Contabilidade REDAÇÃO E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DE ACORDO COM AS NORMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ CURITIBA 2011
  • 2. MARCELO CHAVES DE JESUS REDAÇÃO E FORMATAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS DE ACORDO COM AS NORMAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Manual de normas para elaboração de documentos científicos apresentado ao Programa de Mestrado em Contabilidade da Universidade Federal do Paraná. CURITIBA 2011
  • 3. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - MODELO DE CAPA PARA PROJETO DE PESQUISA.........................27  FIGURA 2 - MODELOS DE LOMBADAS..................................................................29  FIGURA 3 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO.........................................................31  FIGURA 4 - MODELO DE LISTAS DE ILUSTRAÇÕES INDIVIDUAIS .....................33  FIGURA 5 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO DE DISSERTAÇÃO........................41  FIGURA 6 - EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA ............................................42  FIGURA 7 - MODELO DE ERRATA..........................................................................43  FIGURA 8 - MODELO DE TERMO OU FOLHA DE APROVAÇÃO ..........................44  FIGURA 9 - MODELO DE MARGENS DE PÁGINAS ...............................................50  FIGURA 10 - CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS....................................................50  FIGURA 11 - CONFIGURAÇÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS ...................51  FIGURA 12 - CONFIGURAÇÃO DE TIPO E TAMANHO DE LETRA .......................52  FIGURA 13 - CONFIGURAÇÃO DE PARÁGRAFO..................................................53  FIGURA 14 - RECUO EM CITAÇÃO LONGA...........................................................54  FIGURA 15 - EXEMPLO DE LINHA VIÚVA ..............................................................55  FIGURA 16 - PASSOS PARA INSERIR NUMERAÇÃO DE PÁGINAS.....................56  FIGURA 17 - PASSOS PARA INSERIR QUEBRA DE SEÇÃO ................................57  FIGURA 18 - CONFIGURAÇÃO DE PAGINAÇÃO INDEPENDENTE ......................58  FIGURA 19 - MENU REFERÊNCIAS........................................................................82  FIGURA 20 - MENU CITAÇÕES E BIBLIOGRAFIA..................................................83  FIGURA 21 - INSERIR CITAÇÃO .............................................................................83  FIGURA 22 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (LIVRO COM UM AUTOR) .........84  FIGURA 23 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (LIVRO COM MAIS DE UM AUTOR) ....................................................................................................................85  FIGURA 24 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (ARTIGO DE REVISTA) .............86  FIGURA 25 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (ARTIGO DE CONGRESSO) .....87  FIGURA 26 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (EDIÇÃO REV. OU AMP.) ..........88  FIGURA 27 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (NORNA TÉCNICA)....................89  FIGURA 28 - INSERIR FONTE BIBLIOGRÁFICA (TESES E DISSERTAÇÕES) .....90  FIGURA 29 - INSERIR BIBLIOGRAFIA ....................................................................91 
  • 4. LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – REQUISITOS PARA REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO ......................11  QUADRO 2 - ESTRUTURA COMPLETA DE PROLETO DE PESQUISA.................26  QUADRO 3 - PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA....37  QUADRO 4 - ESTRUTURA DE TESES E DISSERTAÇÕES....................................39  QUADRO 5 - MODELO DE ESTRUTURA PARA DISSERTAÇÕES E TESES ........48  QUADRO 6 - RELAÇÃO DE EXPRESSÕES LATINAS ............................................70 
  • 5. SUMÁRIO 1  INTRODUÇÃO......................................................................................................6  2  PROJETOS DE PESQUISA .................................................................................7  3  TRABALHOS CIENTÍFICOS ................................................................................9  3.1  Requisitos para redação e apresentação .............................................................9  3.1.1  Coerência.....................................................................................................11  3.1.2  Imparcialidade..............................................................................................11  3.1.3  Originalidade ................................................................................................12  3.1.4  Precisão .......................................................................................................13  3.1.5  Acuidade ......................................................................................................14  3.1.6  Clareza.........................................................................................................14  3.1.7  Objetividade/Concisão .................................................................................15  3.1.8  Ordem/Harmonia..........................................................................................15  3.1.9  Simplicidade.................................................................................................16  4  APRESENTAÇÃO E FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS ........17  4.1  Aspectos gramaticais e ortográficos ...................................................................17  4.1.1  Conjugação verbal .......................................................................................18  4.1.2  Expressões numéricas.................................................................................18  4.1.3  Siglas ...........................................................................................................21  4.1.4  Abreviaturas .................................................................................................22  4.1.5  Fórmulas e equações...................................................................................23  4.1.6  Remissivas...................................................................................................24  4.1.7  Uso de aspas, itálico e negrito .....................................................................24  4.2  Estrutura de documentos científicos...................................................................25  4.2.1  Estrutura do projeto de pesquisa .................................................................25  4.2.1.1  Capa .........................................................................................................27  4.2.1.2  Lombada...................................................................................................28  4.2.1.3  Folha de rosto...........................................................................................30  4.2.1.4  Curriculum vitae........................................................................................31  4.2.1.5  Lista de ilustrações e tabelas....................................................................32  4.2.1.6  Lista de abreviaturas e siglas....................................................................34 
  • 6. 4.2.1.7  Lista de Símbolos .....................................................................................35  4.2.1.8  Sumário.....................................................................................................35  4.2.1.9  Elementos textuais....................................................................................36  4.2.2  Estrutura de teses e dissertações ................................................................38  4.2.2.1  Capa e lombada........................................................................................39  4.2.2.2  Folha de rosto...........................................................................................40  4.2.2.3  Errata ........................................................................................................42  4.2.2.4  Termo ou folha de aprovação ...................................................................43  4.2.2.5  Dedicatória................................................................................................44  4.2.2.6  Agradecimentos........................................................................................45  4.2.2.7  Epígrafe ....................................................................................................45  4.2.2.8  Resumo.....................................................................................................46  4.2.2.9  Elementos textuais....................................................................................47  4.3  Formatação e apresentação...............................................................................49  4.3.1  Formato do papel e impressão.....................................................................49  4.3.2  Margens .......................................................................................................49  4.3.3  Espaçamento entrelinhas.............................................................................50  4.3.4  Tipo e tamanho de letra ...............................................................................51  4.3.5  Parágrafo .....................................................................................................52  4.3.6  Paginação ....................................................................................................55  4.4  Organização do texto..........................................................................................58  4.4.1  Títulos de seções .........................................................................................59  4.4.2  Numeração progressiva ...............................................................................60  4.5  Citações..............................................................................................................61  4.5.1  Citação direta ...............................................................................................62  4.5.2  Citação indireta ............................................................................................62  4.5.3  Citação de citação........................................................................................63  4.5.4  Indicação da fonte nas citações ...................................................................63  4.5.4.1  Sistema autor-data....................................................................................63  4.5.4.2  Sistema numérico .....................................................................................64  4.5.4.3  Indicação do autor ....................................................................................65  4.5.4.4  Documento sem autoria............................................................................66  4.5.4.5  Indicação de data......................................................................................67  4.5.4.6  Indicação de páginas ................................................................................68 
  • 7. 4.5.5  Sinais e convenções ....................................................................................68  4.6  Notas de rodapé .................................................................................................69  4.6.1  Notas de referência......................................................................................70  4.6.2  Notas explicativas ........................................................................................71  4.6.3  Apresentação das notas de rodapé..............................................................71  4.7  Ilustrações e/ou figuras.......................................................................................72  4.8  Quadros..............................................................................................................73  4.9  Tabelas...............................................................................................................73  4.10  Referências ..................................................................................................74  4.10.1  Elementos de referência ...........................................................................75  4.10.2  Apresentação dos elementos de referência..............................................76  4.10.2.1  Indicação da autoria..................................................................................76  4.10.2.2  Indicação do título da obra........................................................................79  4.10.2.3  Indicação da edição ..................................................................................80  4.10.2.4  Indicação de notas tipográficas.................................................................80  4.10.2.5  Utilizando o gerenciador de referências do Microsoft Office Word 2007® .82  5  REFERÊNCIAS ..................................................................................................92   
  • 8. 1 INTRODUÇÃO A elaboração de trabalhos científicos constitui parte significativa no desenvolvimento e apresentação dos estudos destinados à produção científica, seja na forma de trabalhos acadêmicos como monografias, dissertações e teses, ou na forma de relatórios de pesquisa ou artigos científicos. A ferramenta mais utilizada atualmente para edição destes trabalhos científicos é, certamente, o computador por meio de programas editores (ou processadores) eletrônicos de textos, planilhas e figuras. Desta forma, este manual técnico tem por objetivo apresentar os procedimentos referentes à edição de trabalhos científicos de forma adequada às Normas para Apresentação de Documentos Científicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que por sua vez, apóiam-se nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e no Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR- 2). Somente para fim de simplificar a redação, este trabalho se refere às Normas para Apresentação de Documentos Científicos da UFPR, apenas como Normas da UFPR. Inicialmente são discutidas as características do projeto de pesquisa cuja forma de elaboração é considerada um dos fatores essenciais para a garantia da qualidade do trabalho científico. Por fazer referência a várias formas de apresentação de pesquisas científicas este manual apresenta na seqüência a descrição de tais documentos bem como sua adequada forma de elaboração. Dando continuidade, são apresentadas a estrutura básica dos diferentes trabalhos científicos, as regras de edição exigidas e a respectiva formatação e aplicação das regras por meio de editor eletrônico de texto. Dada a diversidade de softwares editores de texto à disposição dos pesquisadores atualmente, este manual tomou como base para a apresentação dos exemplos e procedimentos de formatação o Microsoft® Office Word 2007 (Word 2007), por julgar-se ser o mais popular.
  • 9. 2 PROJETOS DE PESQUISA A pesquisa científica constitui-se de um trabalho de construção de conhecimento baseado em métodos consagrados e munidos de credibilidade, de modo que seus resultados servem de referência para novas pesquisas e, sobretudo para o desenvolvimento da sociedade no que se refere ao campo de abrangência dos estudos empreendidos. Uma das maneiras de se assegurar a credibilidade e a validade dos resultados da pesquisa científica é a elaboração de um projeto de pesquisa coeso e robusto do ponto de vista teórico e prático. Sendo assim, “a observância de procedimentos metodológicos na elaboração [do projeto de pesquisa] garante o nível de qualidade da pesquisa”. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 11). O projeto de pesquisa pode ser comparado com o alicerce de uma construção imobiliária. De forma análoga, quanto maiores forem as necessidades de sustentação da construção, maiores devem ser os cuidados com suas bases. Em sua fase de elaboração o projeto possibilita ao pesquisador uma visão clara do problema a ser estudado bem como dos possíveis resultados a serem verificados. “O projeto bem elaborado descreve os planos, as fases e os procedimentos de uma pesquisa a ser realizada e evita surpresas, improvisações, inseguranças e desperdício de tempo e de recursos” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 12). Outros perigos que ameaçam a efetividade do trabalho científico são apontados por Marconi e Lakatos (2009, p. 103) que afirmam que a pesquisa “necessita ser planejada com extremo rigor, caso contrário o investigador, em determinada altura, encontrar-se-á perdido num emaranhado de dados colhidos, sem saber como dispor dos mesmos ou até desconhecendo seu significado e importância.” Cooper e Schindler (2003, p. 92) apresentam os objetivos da proposta de pesquisa em administração como sendo os seguintes: a) apresentar a questão de administração a ser pesquisada e relatar sua importância; b) discutir os esforços de pesquisa de outros que trabalharam em questões de administração relacionadas;
  • 10. 8 c) sugerir os dados necessários para resolver a questão de administração e sugerir como os dados devem ser coletados, tratados e interpretados. Em seguida, tais autores acrescentam que “uma proposta de pesquisa deve apresentar o plano, os serviços e as credenciais do pesquisador da melhor forma possível” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 92). Os objetivos e os quesitos apresentados neste caso formam as partes principais do projeto de pesquisa, ou seja, a introdução onde são descritos o tema, o problema, as hipóteses quando for o caso, os objetivos e a justificativa, e o desenvolvimento composto pelo marco teórico de referência, pelos procedimentos metodológicos, pela apresentação dos recursos necessários para realização da pesquisa e pelo cronograma de atividades a ser seguido. Segundo Gil (1991, p. 21) “[...] o planejamento da pesquisa pode ser definido como o processo sistematizado, mediante o qual se pode conferir maior eficiência à investigação para em determinado prazo alcançar o conjunto das metas estabelecidas.” Sob este ponto de vista, o projeto de pesquisa é resultado de um minucioso esforço de planejamento que deve contemplar os objetivos discutidos de modo a sustentar todo o trabalho de pesquisa.
  • 11. 3 TRABALHOS CIENTÍFICOS A apresentação dos resultados das pesquisas científicas é um tema que tem sido discutido em inúmeras obras nos últimos anos, como por exemplo, Ruiz (1985), Martins (2000), Marion, Dias e Traldi (2002), Severino (2002), Cooper e Schindler (2003), Martins e Theóphilo (2007), Santos (2007), Tomasi e Medeiros (2008), Vieira (2008), Beuren (2009), Gil (2009), Marconi e Lakatos (2009), dentre outros, sendo elas divididas em generalistas – que tratam o assunto de modo amplo – e específicas – obras mais e direcionadas a determinados ramos do conhecimento ou a tipos específicos de trabalhos científicos. A apresentação dos resultados da pesquisa pode ser considerada tão importante quanto a própria pesquisa, pois dela dependem a publicidade, o entendimento e a eventual aplicabilidade de seu conteúdo por parte da comunidade, bem como suas contribuições para o progresso científico. Ainda que a produção do conhecimento científico seja a principal motivação para elaboração dos diversos tipos de trabalhos desta natureza, existem outras razões que condicionam sua forma de apresentação tais como obtenção de grau acadêmico, participação em eventos de natureza científica, apresentação de resultados de trabalhos desenvolvidos por grupos permanentes de pesquisa, dentre outras. Segundo Longaray e Beuren (2009, p. 31) os tipos de trabalhos técnicos que fazem parte do cotidiano acadêmico são “os artigos de periódicos, as comunicações científicas, o curriculum vitae, os eventos (comunicação coordenada, simpósio, mesa-redonda, painel), o memorial descritivo, os papers, os relatórios, as resenhas e os seminários”. 3.1 Requisitos para redação e apresentação Dadas as características particulares do trabalho de natureza cientifica, sua apresentação deve obedecer às “normas técnicas de documentação [e aos] requisitos de comunicação [e] de lógica” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10), devendo
  • 12. 10 o pesquisador “observar certos elementos básicos na redação do texto, como objetividade, coerência, clareza, precisão, imparcialidade, uniformidade, aspectos gramaticais” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10). Segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 178), na redação devem-se observar três aspectos básicos: conteúdo, forma e correção; além dos quatro seguintes critérios: a) estrutura – conjunto articulado das partes formado pela reunião das mesmas em determinada ordem ou organização, tendo em vista o relacionamento entre elas, determinando a função do todo. b) conteúdo – apresentação de idéias básicas e coerentes. c) expressão – forma e correção. d) adequação – correspondência ao tema proposto. As autoras citadas apresentam ainda outros elementos básicos ou “qualidades” exigidas para uma “boa” redação conforme segue (MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 178): a) simplicidade b) clareza c) precisão d) concisão e) imparcialidade f) originalidade g) objetividade h) ordem i) harmonia j) acuidade Observando-se o encadeamento dos conceitos apresentados e suas respectivas definições é possível sintetizá-los conforme se pode observar no QUADRO 1 a seguir. A “correção”, tal como referida por Marconi e Lakatos (2009, p. 178) é um aspecto que perpassa todos os demais aspectos e, por isso pode ser considerada como um pressuposto básico que deve acompanhar tanto o conteúdo quanto a forma. Os requisitos – detalhados na sequência – podem ser entendidos
  • 13. 11 como características qualitativas intrínsecas inerentes à elaboração de trabalhos científicos. Aspectos básicos Elementos relacionados Requisitos Conteúdo (O que apresentar) Idéias básicas e coerentes. Apresentação dos resultados. Análise, argumentação e conclusões. Coerência Imparcialidade Originalidade Precisão Forma (Como apresentar) Estrutura e Expressão Acuidade Clareza Objetividade/Concisão Ordem/Harmonia Simplicidade QUADRO 1 – REQUISITOS PARA REDAÇÃO E APRESENTAÇÃO FONTE: ADAP. UFPR. Sist. Bibl-s (2007d); MARCONI; LAKATOS (2009) 3.1.1 Coerência A primeira característica a ser observada em um trabalho científico diz respeito à coerência com que as informações são apresentadas. Ao discutir as idéias e constatações referentes à pesquisa o pesquisador deve dar atenção à consistência das informações de modo que não incorra em contradição. “A explanação deve se apoiar em dados e provas e não em opiniões que não possam ser confirmadas” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 10), ou seja, as afirmações do autor devem estar fundamentadas em uma base científica. A coerência pode ser relacionada ainda com a “adequação” que, segundo Marconi e Lakatos (2009, p. 178), representa a correspondência com o tema proposto. 3.1.2 Imparcialidade Ao transmitir suas análises, argumentações e conclusões o pesquisador deve assumir uma postura imparcial, ou seja, deve evitar que o resultado apresentado seja desvirtuado em função de interesses alheios ao processo científico. “Na redação de documentos técnico-científicos, o autor não deve fazer
  • 14. 12 prevalecer seu ponto de vista, sua opinião e seus preconceitos. Ao mesmo tempo, deve evitar idéias preconcebidas [...]” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 12). Marconi e Lakatos (2009, p. 179) defendem que, “a quem escreve, impõe-se deixar bem claros os pressupostos da argumentação, do contrário, pode levar o leitor a conclusões incorretas.” Como exemplo de texto onde faz necessária a imparcialidade Faraco e Tezza (2009, p. 242) apresentam a resenha crítica, ressaltando a importância desta característica em tais obras. De acordo com esses autores “[...] imparcialidade não significa ‘ficar em cima do muro’. É preciso, afinal, arriscar uma opinião, ou a resenha não terá sentido”. Percebe-se que a interação do pesquisador com a pesquisa e com sua apresentação deve ser livre de contaminação e ainda que o julgamento, quando se fizer necessário, deve ser “exato” e “justo”. 3.1.3 Originalidade A originalidade, como requisito para elaboração de trabalhos científicos significa “novidade na forma da exposição e também no conteúdo” (MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 179). A originalidade é requisito obrigatório para teses e opcional para artigos científicos a serem publicados em periódicos (UFPR. Sist. Bibl- s, 2007f, p. 13; 2007b, p. 43). Este requisito está diretamente relacionado com o tema (assunto) a ser abordado. Quanto a este aspecto, Ruiz (1985, p. 59) faz a seguinte observação: O estudante universitário imbuído de espírito científico não cede à tentação, ao comodismo, à mediocridade de escolher assunto pela sua aparente facilidade; ao contrário, procura assuntos, cujo estudo e aprofundamento lhe possam trazer contribuição efetiva para o próprio amadurecimento cultural, e alguma contribuição objetiva ao esclarecer melhor um problema, ao cobrir uma lacuna, ao corrigir uma falsa interpretação, ao esclarecer aspectos até então obscuros, ao aprimorar a definição de um conceito ambíguo, ao promover o aprofundamento sobre tema relevante pelo seu conteúdo e pela sua atualidade. Mais adiante, no mesmo texto o autor afirma também que “não se pode especificar ou delinear um assunto antes de conhecê-lo em sua generalidade, antes de apreender os múltiplos aspectos sob os quais possa ser estudado, antes de
  • 15. 13 submetê-lo a uma análise preliminar” (RUIZ, 1985, p. 59). O que se depreende de tais afirmações é que as “lacunas”, “falsas interpretações”, “aspectos obscuros” e “definições ambíguas” devem apresentar-se desta forma para a comunidade científica especializada no tema em questão e não para o pesquisador, por conta de sua reduzida familiaridade com o fenômeno. Esta afirmação baseia-se na percepção de que o conhecimento científico é produzido a partir do próprio conhecimento. Ou seja, “todo texto se alimenta de outros textos, outras visões de mundo, outras palavras, e só existe em função dessas linguagens alheias” (FARACO; TEZZA, 2009, p. 239). Sendo assim, “um tema é original quando tem potencial para surpreender – não significa que nunca foi estudado, pois isso seria singular” (VIEIRA, 2008, p. grifo da autora). 3.1.4 Precisão À medida que o pesquisador discorre sobre os passos percorridos para se chegar a determinados resultados os conceitos devem se tornar inteligíveis pelo público leitor de modo que este possa apreender o significado das afirmações da forma como o autor pretendeu apresentá-las, evitando-se interpretações diversas, ou até contrárias, àquela que era esperada. O cuidado com as palavras e forma de apresentação de dados assume um caráter crucial ao passo que mal-entendidos podem comprometer os resultados do trabalho. Dentre os aspectos importantes que visam ao entendimento do conteúdo que se deseja expor pode-se destacar o uso de vocabulário preciso, nomenclatura técnica aceita no meio científico, evitando linguagem rebuscada e prolixa, uso de termos e expressões que não indiquem claramente proporções e quantidades como muito, pouco, nem todos, a maioria e outros termos ou expressões similares, procurando substituí-los pela indicação precisa em números ou porcentagem, quando for o caso, ou optando por associá-los a esses dados. Deve-se ainda evitar o uso de gírias e expressões pouco éticas ou deselegantes e de adjetivos, advérbios, locuções e pronomes que indiquem tempo, modo ou lugar de forma imprecisa, tais como aproximadamente, antigamente, em breve, em algum lugar, em
  • 16. 14 outro lugar, dentre outros termos similares (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 11, grifo do autor). 3.1.5 Acuidade A acuidade está relaciona com a capacidade de transmissão da “mensagem” a que se propõe o trabalho de forma eficaz. “Refere-se à capacidade de discriminação, de estímulo sensorial, de agudeza. Implica observações cuidadosas, medidas e verificadas, que dependem de palavras com emprego preciso e exato.” (MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 180). 3.1.6 Clareza Ao discutir as dificuldades em se produzir documentos científicos de qualidade, Santos (2007, p. 13) assinala que: [...] geralmente não se percebe que a pesquisa científica produz, primeiramente, conhecimento para o pesquisador e, depois, um texto escrito para um leitor, o que demanda duas competências distintas: a habilidade de produzir conhecimentos e a habilidade de apresentar conhecimentos por escrito. Segundo Cooper e Schindler (2003, p. 484) “os técnicos em pesquisa podem entender o brilhantismo de um conteúdo mal apresentado, mas a maioria dos leitores será influenciada pela qualidade do relatório.” Sendo assim, o pesquisador deve levar em consideração primordialmente a inteligibilidade, em detrimento de formas figurativas ou outros recursos estéticos, ao utilizar palavras, expressões, símbolos e outras formas de representação. Os autores citados afirmam ainda que o texto de pesquisa é criado para transmitir informações de natureza precisa de modo que deve-se evitar ambiguidade, significados múltiplos e alusões e ter o cuidado de escolher as palavras certas, ou seja, aquelas que transmitam pensamentos de forma acurada, clara e eficiente. Quando são utilizados conceitos e construtos, por
  • 17. 15 exemplo, eles devem ser definidos operacional ou descritivamente (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 492). A fim de transmitir idéias claras, objetivas e coerentes o pesquisador deve “expressar-se bem, enfocando imagens e comparações, usando palavras adequadas ou outros recursos mais eficientes.” (MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 178). “A clareza de raciocínio é indispensável para a aplicação do método científico e deve refletir-se na clareza com que se escreve.” (BARRASS1 , 1979 apud MARCONI; LAKATOS, 2009, p.179). 3.1.7 Objetividade/Concisão “O relatório de pesquisa contém resultados, análises de resultados, interpretações, conclusões e, algumas vezes, recomendações. O pesquisador é o especialista no assunto e conhece os detalhes como ninguém. Como o relatório de pesquisa é uma comunicação decisiva de mão única, ele impõe uma obrigação especial de manter a objetividade.” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 484). O pesquisador deve tomar o cuidado de ater-se ao assunto em questão por mais atraentes que lhe apareçam os detalhes dos exemplos ou fatos que possam ter alguma relação com o estudo, mas que não acrescentem informação relevante que contribuía para seu entendimento. “O tema deve ser tratado de maneira direta e simples, obedecendo a uma sequência lógica e coordenada de apresentação das idéias e evitando o desvio do assunto com considerações irrelevante.” (COOPER; SCHINDLER, 2003, p. 484). 3.1.8 Ordem/Harmonia Estes dois conceitos representam não só a estrutura formal do trabalho científico, que geralmente segue uma sequência predeterminada ou comumente 1 BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros e estudantes. São Paulo: T. A. Queiroz, Edusp, 1979
  • 18. 16 utilizada, mas, sobretudo a construção lógica da argumentação necessária para demonstrar os resultados que se apresentam como solução para o problema proposto. A demonstração baseia-se num processo de reflexão por argumentação, ou seja, baseia-se na articulação de idéias e fatos, portadores de razões que comprovem aquilo que se quer demonstrar. Essa articulação é conseguida mediante a apresentação de argumentos. Esses argumentos fundam-se nas conclusões dos raciocínios e nas conclusões dos processos de levantamento e caracterização dos fatos. O raciocínio é um processo de pensamento pelo qual conhecimentos são logicamente encadeados de maneira a produzirem novos conhecimentos. (SEVERINO, 2002, p. 183) A ordem e a harmonia devem caracterizar a sequência de apresentação das idéias e também a forma que as informações não textuais ou gráficas são inseridas no corpo do trabalho. “A informação e as idéias devem ser compreensíveis e apresentadas em ordem lógica. Faz-se necessário explicações suficientes, claras, integrais, com os dados dispostos de forma ordenada.” (MARCONI; LAKATOS, 2009, p. 180). 3.1.9 Simplicidade As características anteriores apresentadas impõem certo grau de simplicidade ao texto científico. No entanto o pesquisador deve envidar esforços no sentido de que a leitor médio tenha capacidade e apreender a mensagem de maneira otimizada. Segundo Severino (2003, p. 84) “[...] impõe-se um estilo sóbrio e preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística.” O autor defende ainda que sejam evitados “a pomposidade pretensiosa, o verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental.” (SEVERINO, 2002, p. 84). De acordo com Marconi e Lakatos (2009, p. 179) “a simplicidade no escrever significa clareza de pensamento.”
  • 19. 4 APRESENTAÇÃO E FORMATAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS A estrutura dos trabalhos científicos e suas regras de formatação seguem geralmente um padrão único para cada tipo de documento estabelecido pela ABNT por meio das Normas Técnicas. Tais padrões são adaptados por algumas instituições de modo que atendam às necessidades específicas de apresentação ou de identificação. A estrutura apresentada a seguir obedece aos critérios estabelecidos pelas Normas da UFPR que, praticamente reproduzem as Normas Técnicas, exceto em determinados casos. Os aspectos gerais de formatação e apresentação dizem respeito às regras gerais aplicáveis principalmente aos documentos técnico- científicos podendo, por sua abrangência servir como diretrizes para a apresentação de outros tipos de documentos. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 30). Tais aspectos gerais podem ser classificados em aspectos gramaticais e de formatação. 4.1 Aspectos gramaticais e ortográficos A redação de documentos científicos de obedecer, dentre outras, às regras de ortografia, pontuação, acentuação e concordância verbal por razões obvias. No entanto algumas regras destinam-se a contribuir para que as características qualitativas da produção científica escrita sejam preservadas. Dentre estas regras incluem-se as relativas à conjugação verbal, à apresentação de valores numéricos, símbolos, datas, siglas, abreviaturas, fórmulas e equações e de remissivas.
  • 20. 18 4.1.1 Conjugação verbal O emprego dos verbos deve assegurar em primeiro lugar a impessoalidade. Para tanto deve-se utilizar sua conjugação na forma impessoal2 , observando para “dados referentes aos resultados de observações, questionamentos e experiências [...] formas verbais indicativas de passado”, enquanto que “generalidades, verdades imutáveis, fatos e situações estáveis devem ser expressos em formas verbais indicativas no presente.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 13). 4.1.2 Expressões numéricas A forma de apresentação dos números no decorrer do texto deve basear-se nos critérios descritos a seguir (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 13-23). 1) Números cardinais devem ser escritos: a) por extenso na indicação de um a dez; b) na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de grandeza) para indicação de mil, milhão, bilhão, etc., redondos ou aproximados. Ex.: “Ford faz recall de 166,4 mil carros do Novo Ka”; c) na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de sua grandeza) para evitar fraudes, interpretações dúbias, erros de digitação e outros Ex.: “Cada parte beneficiária dá direito a 1 (um) voto, não podendo a companhia votar com os títulos que possuir em tesouraria.”; d) por extenso no início das frases, devendo-se, sempre que possível, evitar iniciar as frases com algarismos; e) preferencialmente por extenso os números expressos em uma só palavra quando não se quer destacar a quantidade referida; 2 Cf. Folha Online. Fovest – Dicas de gramática. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ fovest/vimpessoais.shtml> Acesso em: 21/05/2010
  • 21. 19 f) somente em algarismos arábicos quando em uma mesma frase houver números maiores e menores que 11. Ex.: “Na pesquisa de campo, foram entrevistados 5 proprietários e 12 arrendatários”. 2) Números ordinais devem ser escritos: a) em algarismos arábicos até o nono em artigos de leis, decretos, portarias, entre outros. Ex.: “Artigo 1.º, Artigo 9.º”; b) por extenso, do primeiro ao décimo nos demais casos, e para indicar ordem de episódios que não sejam periódicos. Ex.: “Primeira Guerra Mundial, Segundo Império”; c) em algarismos arábicos seguidos do símbolo que indica a ordem, sem espaçamento, do 11.º em diante; d) em algarismos arábicos, sem o símbolo que indica a ordem, do 10 em diante em artigos de leis, decretos, portarias, entre outros. Ex.: “Artigo 10, Artigo 11”. 3) Os algarismos romanos são usados para indicar: a) séculos. Ex.: “Século XIX”; b) ordenação de títulos de realeza, nobreza e religiosos. Ex.: “D. Pedro I, João Paulo II”; c) divisões das Forças Armadas. Ex.: “II Batalhão de Infantaria”; d) sequência de dinastias reais convencionalmente estabelecidas. Ex.: “I Dinastia”; e) sequência de conclaves, reuniões e escritos que se repetem periodicamente (ver também 2.b). Ex.: “III Olimpíadas de Inverno”. 4) Números fracionários devem ser indicados: a) por extenso quando o numerador e o denominador forem números compreendidos entre um e dez. Ex.: “um terço”; b) em algarismos arábicos quando o denominador for maior que dez. Ex.: “6/15”; c) em algarismos arábicos quando na forma decimal. Ex.: “15,75”.
  • 22. 20 5) As porcentagens devem ser representadas em algarismos arábicos seguidas do símbolo %, sem espaçamento. 6) Quantias monetárias observam os seguintes critérios: a) deve-se usar algarismos arábicos seguidos da unidade monetária para valores abaixo de mil, evitando-se o uso do símbolo da unidade monetária para valores redondos. Ex.: “20 reais, R$ 22,85”; b) deve-se representar números acima de mil na forma mista (numeral seguido da palavra que designa a ordem de grandeza) para indicação de mil, milhão, bilhão, etc., acompanhados da unidade monetária ou do símbolo da unidade monetária. No caso de valores não inteiros usa-se apenas o símbolo da unidade monetária em lugar. Ex.: “3 mil reais, R$ 3 mil, R$ 2,695 milhões”; 7) A representação de datas deve obedecer aos seguintes critérios: a) a indicação número do milênio é sempre apresentada antes do termo milênio, podendo ser feita em numerais ordinais por extenso ou em algarismos romanos. Ex.: “primeiro milênio d.C., I milênio d.C.”; b) a indicação do número do século é sempre apresentada depois do termo século, podendo ser feita em numerais por extenso ou em algarismos romanos. Ex.: “século vinte e um, século XXI”; c) na indicação de datas completas, pode-se optar por uma das maneiras conforme abaixo: - representar números cardinais dia, mês e ano, separados por ponto ou barra; Ex.: “31.05.2010, 31/05/2010”; - pode-se antepor um zero ao número representativo do dia ou mês para evitar fraude. Ex.: “05.05.2010”; - representar em números cardinais dia e ano, intercalando-se mês por extenso. Ex.: “31 de maio de 2010”; d) a indicação apenas do ano pode ser feita por extenso ou em algarismos arábicos e, nesse caso, sempre representado por quatro dígitos, sem ponto de separação de milhar. Ex.: “2010”;
  • 23. 21 e) a indicação dos meses pode ser feita por extenso ou em algarismos arábicos – nesse caso, utilizam-se dois dígitos. Ex.: “mês 05, mês de maio”; f) os dias do mês podem ser indicados por extenso (em números ordinais ou cardinais) ou em algarismos arábicos com dois dígitos, devendo o primeiro dia do mês ser escrito sempre em ordinal. 8) Observam-se os critérios abaixo na indicação de horas: a) deve-se utilizar o padrão de 24 horas; b) em horas redondas, não se abrevia a palavra horas; c) nas horas quebradas, deve-se usar “h”, “min” e “s”, sem espaçamento entre os números. A abreviatura “min” só é necessária quando houver especificação dos segundos. Ex.: “23 horas, 23h30, 21h30min10s”; 4.1.3 Siglas A sigla é uma forma de abreviação resultante do “conjunto de letras iniciais dos vocábulos (normalmente os principais) que compõem o nome de uma organização, uma instituição, um programa, um tratado, entre outros.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 23). Sua utilização deve obedecer aos critérios descritos a seguir: a) deve-se citar apenas siglas já existentes ou consagradas; b) a sigla e o nome que a originou são escritos de maneira precisa e completa, de acordo com a convenção ou designação oficial; c) quando mencionadas pela primeira vez no texto, deve-se escrever primeiramente a forma por extenso, seguida da sigla entre parênteses. Ex.: “Universidade Federal do Paraná (UFPR)”; d) não utilizam-se pontos intermediários ou ponto final. Ex.: errado “U.F.P.R.”, correto “UFPR”; e) siglas com até três letras ou com quatro letras ou mais, desde que lidas letra por letra, são escritas com todas as letras maiúsculas;
  • 24. 22 f) siglas que formam palavras pronunciáveis devem ser escritas com apenas a primeira letra maiúscula. Ex.: “Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)”; g) deve-se manter com maiúsculas e minúsculas as siglas que originalmente foram criadas com essa estrutura para se diferenciar de outras, independentemente de seu tamanho. Ex.: “Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Universidade de Brasília (UnB)”; h) no caso de siglas de origem estrangeira, deve-se adotar a sigla e seu nome em português quando houver forma traduzida, mesmo que o seu nome por extenso em português não corresponda perfeitamente à sigla, ou adotar a forma original estrangeira quando esta não tiver correspondente em português. Ex.: “Organização das Nações Unidas (ONU), British Broadcasting Corporation (BBC)”; i) adicionar a letra “s” (sempre minúscula) para indicar o plural das siglas somente quando a concordância gramatical assim o exigir. Ex.: “ONGs”; 4.1.4 Abreviaturas No uso de abreviaturas deve-se observar os seguintes critérios: a) deve-se evitá-las ao máximo em textos corridos, utilizando-as preferencialmente em quadros, tabelas, listas, ou em documentos específicos, como dicionários, manuais técnicos e almanaques; b) antes de abreviar uma palavra, deve-se consultar dicionários e/ou outras fontes de informação3 para verificar se já existem formas padronizadas. Se isso não for possível, a palavra abreviada deve terminar em consoante; c) em palavras que apresentam encontro consonantal, abrevia-se até a última consoante deste. Ex.: “nasc., constr.”; 3 c.f. NBR 6032:1989. Abreviação de títulos de periódicos e publicações seriadas
  • 25. 23 d) “abreviam-se os substantivos terminados pelos sufixos ‘logia’, ‘grafia’, ‘nomia’, ou seus derivados, até as letras l, gr e n, iniciais dos sufixos” (ABNT, 1989, p. 1), salvo se existir forma usual diferente. Ex.: - Revista Brasileira de Biologia = R. bras. Biol., - Revista Brasileira de Geografia = R. bras. Geogr., - Revista Brasileira de Economia = R. bras. Econ. e) deve-se manter o acento gráfico ou hífen existente na palavra original. Ex.: “pág. (páginas), séc. (século), dec.-lei (decreto-lei)”; f) deve-se adicionar a letra “s” (sempre minúscula) para indicar o plural nas abreviaturas que representam títulos ou formas de tratamento e naquelas em que a concordância exigir. Ex.: “Drs. (doutores), V. Exas. (Vossas Excelências)”; g) deve-se evitar o uso de etc. no fim de uma enumeração de itens, pois não acrescenta outra informação senão a de que está incompleta, recomenda-se para tanto, o uso de “entre outros” e de “e outros”; h) as abreviaturas dos nomes dos estados brasileiros são constituídas sempre de duas letras, ambas maiúsculas e sem ponto; i) títulos de periódicos, quando necessários, podem ser abreviados de acordo com a NBR 6032 da ABNT ou de acordo com as fontes de referência especializadas na área. 4.1.5 Fórmulas e equações As fórmulas e equações matemáticas auxiliam o entendimento do método utilizado para se obter determinado resultado ou para validar os dados apresentados. As equações podem ser inseridas na sequência do próprio texto ou destacadas para melhor visualização. Em meio a um texto, as fórmulas e equações devem ser representadas em linha, caso em que se permite um espaçamento maior que comporte seus elementos. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 28). Ex.:  = (∑xiFi)/∑Fi .
  • 26. 24 Quando destacadas do parágrafo, as equações e fórmulas devem ser centralizadas. Ex.: Quando houver várias equações e fórmulas ao longo do texto, deve-se identificá-las com números seqüenciais (dentro do capítulo ou ao longo do texto), que serão colocados entre parênteses, na extremidade direita da linha, junto à margem, de forma que possam ser identificadas. Ex.: (1) 4.1.6 Remissivas Remissivas são expressões utilizadas para remeter o leitor para outro ponto do texto ou do documento. Para remeter a seções, subseções, páginas anteriores e posteriores, deve-se utilizar o termo ver ou vide ou a expressão ver também, não sendo necessário seu uso para remeter a ilustrações (gráficos, mapas, entre outros) visto que elas são inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 29). 4.1.7 Uso de aspas, itálico e negrito As palavras podem ser destacadas, de modo a ressaltar características particulares, por meio do uso de aspas, itálico e negrito. Determina-se que seu uso seja estabelecido antes de se iniciar a digitação do documento, sendo coerente e uniforme, evitando-se o uso alternado de diferentes tipos de destaque para o mesmo tipo de expressão (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 38). As Normas da UFPR estabelecem os seguintes casos em que os destaques podem sem empregados:
  • 27. 25 a) aspas: - no início e no final de uma citação direta que não exceda três linhas; - em expressões do idioma vernáculo usuais apenas no meio profissional; - em termos relativizados, isto é, utilizados com significado diferente, como apelidos e gírias, ou ainda com sentido irônico; - em definições conceituais de termos. b) itálico: - palavras e frases em língua estrangeira e expressões em latim; - nomenclatura científica (gênero e espécie). c) negrito: - letras ou palavras que mereçam ênfase, quando não for possível dar esse realce pela redação; - em títulos de documentos (livros, periódicos entre outros) na lista de referências. 4.2 Estrutura de documentos científicos As Normas da UFPR determinam que os projetos de pesquisa e os trabalhos monográficos como trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses obedeçam a uma estrutura definida forma de elementos obrigatórios e opcionais sendo que ambos devem ser formatados segundo os critérios de apresentação específicos conforme apresentado na sequência. 4.2.1 Estrutura do projeto de pesquisa O projeto de pesquisa pode ser composto de elementos externos, internos e de apoio conforme se pode observar no QUADRO 2. O projeto de pesquisa exigido
  • 28. 26 como requisito para ingresso nos programas de pós-graduação da UFPR e como etapa preliminar da elaboração de dissertações e teses deve atender a estrutura apresentada. Os elementos externos e pré-textuais de natureza opcional podem variar de acordo com o programa específico enquanto que os elementos pós- textuais não obrigatórios ficam a critério do autor uma vez que este os considere necessários a compreensão da proposta. O candidato deve ainda obedecer ao número limite de páginas quando este for estabelecido. ELEMENTOS EXTERNOS Capa Opcional Lombada Opcional ELEMENTOS INTERNOS PRÉ-TEXTUAIS Folha de rosto Obrigatório Curriculum vitae Quando necessário Lista de ilustrações Opcional Lista de tabelas Opcional Lista de abreviaturas e siglas Opcional Lista de símbolos Opcional Sumário Obrigatório TEXTUAIS Introdução Tema Problema Hipótese Objetivos Justificativa Desenvolvimento Referencial teórico Metodologia Recursos Cronograma PÓS-TEXTUAIS Referências Obrigatório Glossário Opcional Apêndice Opcional Anexo Opcional Índice Opcional ELEMENTOS DE APOIO Citações Notas de rodapé Ilustrações e/ou figuras Quadros Tabelas Equações e fórmulas Siglas Abreviaturas Símbolos QUADRO 2 - ESTRUTURA COMPLETA DE PROLETO DE PESQUISA FONTE: UFPR. Sist. Bibl-s, (2007c, p. 14-15)
  • 29. 27 4.2.1.1 Capa Na capa devem constar o nome da instituição/entidade para o qual o projeto será submetido, o(s) nome(s) do(s) autor(es), o título do projeto e o subtítulo se houver, o local e o ano. A FIGURA 1 apresenta o modelo de capa e a disposição de seus elementos de acordo com as Normas da UFPR (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 15). FIGURA 1 - MODELO DE CAPA PARA PROJETO DE PESQUISA
  • 30. 28 4.2.1.2 Lombada A lombada ou dorso é a parte da capa que reúne (colados, costurados ou grampeadas) os cadernos ou folhas do projeto. Seus elementos são a autoria (nome da organização responsável com a subordinação até o nível da autoria quando se tratar de entidade ou o nome dos autores quando se tratar de pessoa), o título, o subtítulo (se houver) e a data. De acordo com o número de folhas do projeto a lombada pode ser horizontal ou descendente conforme os modelos a seguir.
  • 31. 29 LOMBADA HORIZONTAL LOMBADA DESCENDENTE FIGURA 2 - MODELOS DE LOMBADAS De acordo com a NBR 12225/2004 as regras gerais de apresentação da lombada devem obedecer aos seguintes critérios (ABNT, 2004): a) o nome do autor deve ser impresso no mesmo sentido da lombada (se houver mais de um autor, os nomes devem ser impressos um abaixo do outro nas lombadas horizontais e separados por sinais de pontuação, espaços ou sinais gráficos nas lombadas descendentes, abreviando-se ou omitindo-se os prenomes, quando necessário, no caso de autores pessoais);
  • 32. 30 b) o título deve ser impresso no mesmo sentido dos nomes dos autores, abreviado, quando necessário; c) o título de lombada descendente de ser impresso longitudinalmente e legível do alto para o pé da lombada (ver FIGURA 2). Esta forma possibilita a leitura, quando o documento está com a face dianteira voltada para cima. 4.2.1.3 Folha de rosto O primeiro elemento obrigatório no projeto de pesquisa é a folha que contém os elementos essenciais de identificação do documento e da proposta. De acordo com as Normas da UFPR a folha de rosto deve conter (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 19): a) os nomes dos autores centralizados em letras maiúsculas na primeira linha de texto; b) o título (claro e preciso, contendo, palavras que identifiquem o seu conteúdo), centralizado a partir da 13ª linha após os nomes dos autores; c) o subtítulo (se houver), claramente subordinado ao título principal, precedido de dois pontos (:); d) o número de volume quando o projeto for composto de mais de um sendo que em cada volume deve constar uma folha de rosto com o respectivo número de volume; e) nota indicando o tipo de projeto e o nome da instituição a que é submetido, observando: - uma linha em branco após a última linha do título; - margem esquerda a partir da metade da folha; - alinhada ou não à margem direita; - em letras maiúsculas e minúsculas, em tamanho menor. f) local (cidade) da instituição na qual o projeto foi defendido, centralizado em letras maiúsculas na penúltima linha;
  • 33. 31 g) ano de apresentação em algarismos arábicos, centralizado na última linha (FIGURA 3). FIGURA 3 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO 4.2.1.4 Curriculum vitae O curriculum vitae é elemento opcional em projetos de pesquisa, porém sua inclusão pode ser exigida pela entidade à qual se destina. Neste caso deve ser apresentado em folhas distintas após a folha de rosto. As Normas da UFPR definem curriculum vitae para fins técnico-científicos como sendo “o conjunto de dados pessoais apresentados de forma sistemática e objetiva em todas as situações que
  • 34. 32 requeiram informações biográficas e históricas sobre a formação acadêmica e complementar, as atividades profissionais e de docência, as representações, as funções e filiações, incluindo a produção científica, literária e artística.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007g, p. 15). O Programa de Mestrado em Contabilidade e Finanças da UFPR e outros programas de pós-graduação exigem como parte integrante da documentação necessária para inscrição a apresentação do curriculum vitae elaborado na plataforma Lattes/CNPq (http://lattes.cnpq.br), juntamente com a documentação comprobatória das informações nele contidas. 4.2.1.5 Lista de ilustrações e tabelas A lista de ilustrações é elemento condicional que depende da ocorrência de ilustrações no corpo do documento. Deve conter o sumário das ilustrações de acordo com a ordem em que aparecem no texto. As ilustrações podem ser quadros, gráficos, organogramas, plantas, mapas, desenhos, esquemas, lâminas, retratos, fluxogramas e fotografias. No projeto de pesquisa a lista de ilustrações sucede a folha de rosto ou o curriculum vitae, quando for o caso. Pode ser elaborado de acordo com as seguintes formas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 22): a) em lista única, neste caso identificada como LISTA DE ILUSTRAÇÕES, na qual as mesmas devem ser relacionadas conforme a sequência em que aparecem no texto; b) em listas específicas de acordo com o tipo de ilustração (LISTA DE FOTOGRAFIAS, LISTA DE QUADROS, entre outras), sendo que listas extensas devem ser colocadas em folhas distintas – caso contrário, podem ser apresentadas na mesma página. Os critérios para apresentação das listas de ilustrações, de acordo com as Normas da UFPR devem obedecer aos seguintes critérios (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 22-23): a) o título deve ser centralizado, em letras maiúsculas e em negrito, separado da lista por dois espaços de 1,5 cm;
  • 35. 33 b) a relação de títulos das ilustrações deve conter os seguintes dados: - tipo de ilustração (QUADRO, MAPA, FIGURA, etc.) e indicativo numérico de ocorrência no texto, alinhados à margem esquerda; - título da ilustração separado do indicativo numérico por hífen entre espaços, grafado de forma idêntica à utilizada no texto (ver item 4.7); - número da página que contém a ilustração, justificado à direita, na mesma linha do título ao qual é ligado por uma linha pontilhada conforme FIGURA 4. FIGURA 4 - MODELO DE LISTAS DE ILUSTRAÇÕES INDIVIDUAIS A LISTA DE TABELAS deve ser elaborada de acordo com as mesmas especificações da lista de ilustrações, porém deve ser disposta em página distinta, após as listas de ilustrações (se houver). A palavra TABELA deve ser indicada em maiúsculas no início da linha seguida de hífen e do título da tabela de forma idêntica ao indicado no texto referente (ver item 4.7).
  • 36. 34 4.2.1.6 Lista de abreviaturas e siglas As listas de abreviaturas e siglas são elementos condicionais que dependem da freqüência de ocorrência destas no texto. Devem ser adicionadas após a lista de tabelas (se houver). As Normas da UFPR não especificam limite mínimo para que se considere razoável a elaboração da lista, porém alguns autores recomendam que seja observado o limite de 10 itens (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 152). As Normas da UFPR recomendam que se elaborem listas distintas para abreviaturas e siglas sendo que, listas pouco extensas podem figurar sequencialmente na mesma página, separadas pelo indicativo de tipo (LISTA DE ABREVIATURAS, LISTA DE SIGLAS). (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 24). As regras para grafia das expressões correspondentes ao significado das siglas devem seguir as orientações apresentadas nos itens 4.1.3 e 4.1.4. As listas de abreviaturas e siglas devem ser apresentadas da seguinte maneira (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 25): a) em página distinta, após a lista de tabelas (se houver); b) com o título centralizado, em letras maiúsculas em negrito; c) com dois espaços de 1,5 cm separando o título da lista propriamente dita; d) com as abreviaturas e as siglas (em ordem alfabética) alinhadas à margem esquerda, com letra e entrelineamento normal; e) com um hífen precedido e seguido de um espaçamento (pode-se optar por fazer o alinhamento de todos os hífens pelo correspondente à maior abreviatura ou sigla); f) com o significado por extenso da abreviatura ou sigla, em letras maiúsculas/minúsculas, dependendo da necessidade (no caso de nomes próprios).
  • 37. 35 4.2.1.7 Lista de Símbolos A lista de símbolos apresenta a relação dos símbolos apresentados no texto com o devido significado. “Consiste na relação de todos os símbolos ou sinais que substituem nomes ou ações durante o trabalho [...] na ordem em que foram apresentados no desenvolvimento da obra, sem indicar as páginas onde se localizam.” (MARTINS; THEÓPHILO, 2009, p. 153). As regras para elaboração da lista de símbolos são as seguintes (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 27): a) em página distinta, após a lista de tabelas (se houver); b) com o título centralizado, em letras maiúsculas em negrito; c) com dois espaços de 1,5 cm separando o título da lista propriamente dita; d) com as abreviaturas e as siglas (em ordem alfabética) alinhadas à margem esquerda, com letra e entrelineamento normal; e) com um hífen precedido e seguido de um espaçamento (pode-se optar por fazer o alinhamento de todos os hífens pelo correspondente ao maior símbolo); f) com o significado por extenso de cada símbolo, em letras maiúsculas/minúsculas, dependendo da necessidade (no caso de nomes próprios). 4.2.1.8 Sumário O último elemento pré-textual no projeto de pesquisa é o sumário que é a “enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede.” (ABNT, 2003b) Trata-se de elemento obrigatório e dever ser inserido após a lista de símbolos (se houver). De acordo com a NBR 6027/2003, quando houver mais de um volume, deve ser incluído
  • 38. 36 o sumário de toda a obra em todos os volumes, de forma que se tenha conhecimento do conteúdo, independente do volume consultado. As regras de apresentação do sumário são as seguintes: a) deve iniciar em página distinta enumerando apenas os elementos textuais e pós-textuais; b) é indicado pela palavra SUMÁRIO centralizada, em maiúsculas e negrito, separada do primeiro item do sumário por dois espaços de 1,5 cm, com entrelineamento simples. c) cada capítulo, seção ou parte deve apresentar: - indicativo numérico (ver item 4.4.2); - título e subtítulo (se houver); - número da página inicial, ligado ao título por uma linha pontilhada; d) com a subordinação dos itens (seções primárias, secundárias, terciárias, quaternária e quinaria) destacada pela tipografia (negrito, itálico ou grifo) utilizada no texto, alinhada à margem esquerda; e) com os títulos dos elementos pós-textuais sem indicativo numérico também relacionados, alinhados à margem esquerda. 4.2.1.9 Elementos textuais Os elementos textuais no projeto de pesquisa consistem em introdução onde são abordados o tema, a contextualização e a problemática, as hipóteses, o objetivo geral e os objetivos específicos e a justificativa e desenvolvimento formado pelo referencial teórico, procedimentos metodológicos, recursos e cronograma. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007c, p. 31-33). Uma estrutura alternativa para o projeto de pesquisa é recomenda pelo Programa de Mestrado em Contabilidade da UFPR e segue a seguinte organização:
  • 39. 37 1 INTRODUÇÃO Abordagem preliminar do tema e apresentação da proposta de pesquisa 2 PROBLEMA DA PESQUISA Discussão sobre e problemática a ser investigada apresentada na forma de uma questão de pesquisa de forma interrogativa 3 OBJETIVOS Apresentação da questão de pesquisa de forma afirmativa precedida geralmente por um verbo que indica a ação principal a ser realizada seguida da apresentação dos passos necessários para que se atinja o objetivo específico 3.1 Objetivo Geral 3.2 Objetivos Específicos 4 JUSTIFICATIVA Motivações da pesquisa bem como possíveis contribuições dos achados para a sociedade 5 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO Definição quanto ao escopo temporal ou espacial do estudo e quanto ao objeto a ser estudado 6 MARCO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Discussão acerca de trabalhos anteriores que servem de base para o estudo proposto 7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 7.1 Caráter teórico-metodológico Caracterização fundamentada da pesquisa quanto a sua tipologia incluindo:  Teorias de Base  Hipóteses  Desenho da Pesquisa  Construtos e Definições Operacionais das Variáveis (incluir quadro com referência) 7.2 Estratégias de Planejamento da Pesquisa  abordagem metodológica (Ex.: empirismo, fenomenologia)  abordagem com relação ao problema (Ex.: quantitativo, qualitativo)  abordagem com relação ao objetivo do estudo (Ex.: descritivo, causal)  abordagem quanto à estratégia de pesquisa (Ex.: survey, estudo de caso)  abordagem quanto às técnicas de coleta de dados ou instrumento de pesquisa (Ex.: dados secundários, questionário, entrevista)  abordagem quanto aos efeitos do pesquisador nas variáveis em estudo  população e amostragem  tratamento estatístico e análise de dados 8 ORÇAMENTO Descrição dos recursos necessários a operacionalização da pesquisa sejam financeiros, materiais e humanos e das respectivas fontes quando for o caso 9 CRONOGRAMA Plano de metas parciais com as etapas da elaboração do trabalho indicadas por espaços temporais divididos em meses, semestres, ou anos. QUADRO 3 - PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA PROJETOS DE PESQUISA A proposta sugerida difere da estrutura indica nas Normas da UFPR, sobretudo no grau de detalhamento. Os tópicos apresentados são divididos em tópicos específicos diferentemente do modelo composto apenas pela introdução e desenvolvimento em que os itens descritos são apresentados geralmente no corpo
  • 40. 38 do texto sem subdivisões, exceto no caso do marco teórico e dos procedimentos metodológicos. Os demais elementos que compõem a estrutura do projeto de pesquisa são os elementos pós-textuais (referências, apêndices e anexos) que são apresentados mais adiantes neste trabalho. 4.2.2 Estrutura de teses e dissertações As teses e dissertações, também chamadas de trabalhos monográficos, devem ser elaboradas de acordo com a estrutura padrão estabelecida pela NBR 14724/2005 (ABNT, 2005). No que refere aos trabalhos apresentados aos programas de pós-graduação da UFPR deve-se observar adicionalmente as normas da instituição assim como exigências para apresentação dos trabalhos. De acordo com as Normas da UFPR a estrutura de teses e dissertações deve estar de acordo a sequência apresentada no QUADRO 4. Os elementos comuns nos projetos de pesquisa e nos trabalhos monográficos, apresentados na sessão anterior, serão apenas indicados pelo número de sessão correspondente de modo que neste tópico serão apresentados apenas os elementos e particularidades dos trabalhos de obtenção grau. A estrutura de teses e dissertações é formada por elementos externos e por elementos internos que se dividem em elementos pré- textuais, textuais e pós-textuais.
  • 41. 39 ELEMENTOS EXTERNOS Capa Obrigatório Lombada Opcional ELEMENTOS INTERNOS PRÉ-TEXTUAIS Folha de rosto Obrigatório Errata Opcional Termo ou folha de aprovação Obrigatório Dedicatória Opcional Agradecimento Opcional Epígrafe Opcional Resumo na língua vernácula Obrigatório Resumo em língua estrangeira Obrigatório Lista de ilustrações Opcional Lista de tabelas Opcional Lista de abreviaturas e siglas Opcional Lista de símbolos Opcional Sumário Obrigatório TEXTUAIS Introdução Desenvolvimento Conclusão PÓS-TEXTUAIS Referências Obrigatório Glossário Opcional Apêndice Opcional Anexo Opcional Índice Opcional QUADRO 4 - ESTRUTURA DE TESES E DISSERTAÇÕES FONTE: UFPR. Sist. Bibl-s, (2007f, p. 17) 4.2.2.1 Capa e lombada Os elementos externos nos trabalhos monográficos são a capa que é obrigatória, diferentemente do projeto, e a lombada que depende do número de páginas do documento. Os elementos a serem indicados na capa e na lombada, como também as regras de apresentação são as mesmas referidas nas sessões 4.2.1.1 e 4.2.1.2. As capas das teses e dissertações apresentadas aos programadas de pós-graduação da UFPR devem ser impressas conforme padrão da instituição, na Impressa Universitária. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 19).
  • 42. 40 4.2.2.2 Folha de rosto A folha de rosto em dissertações e teses é elemento obrigatório que contém a identificação do trabalho como dados sobre o conteúdo de finalidade. Trabalhos com mais de um volume devem apresentar, cada um, sua própria folha de rosto com todas as informações e a indicação do respectivo volume. Em trabalhos impressos apenas em um dos lados da folha deve-se atentar para o fato de que o verso da folha de rosto destinasse a impressão da ficha catalográfica conforme apresentado a seguir. De acordo com as Normas da UFPR anverso/frente da folha de rosto deve conter (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 24); a) nome do autor centralizado em letras maiúsculas na primeira linha de texto; b) título centralizado a partir da 13ª linha após a indicação da autoria; c) subtítulo (se houver), claramente subordinado ao título principal, precedido de dois pontos (quando o título e/ou subtítulo ocuparem mais de uma linha, não se utiliza divisão silábica para as palavras); d) número de volumes (se houver mais de um); e) nota indicando a natureza acadêmica do trabalho (tese, dissertação e outros), o objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros), o nome da instituição a que é submetido e a área de concentração devendo ser apresentada: - com uma linha em branco após a última linha do título; - com margem esquerda a partir da metade da folha; - alinhada ou não à margem direita; - com letras maiúsculas e minúsculas, em tamanho menor; - com uma linha em branco separando o nome do orientador da nota indicativa da natureza acadêmica. f) Nome do orientador e/ou professor da disciplina e, se houver, do co- orientador; g) Local (cidade) da instituição na qual o trabalho foi defendido, centralizado em letras maiúsculas na penúltima linha; h) Ano em algarismos arábicos, centralizado na última linha. FIGURA 5.
  • 43. 41 FIGURA 5 - MODELO DE FOLHA DE ROSTO DE DISSERTAÇÃO O verso da folha de rosto destinasse a impressão da ficha catalográfica que é o conjunto de dados, sistematicamente ordenados, com a descrição do trabalho, que fornece uma idéia do assunto tratado e de seus aspectos físicos. Deve ser elaborada por bibliotecário e é impressa em um retângulo de 7,5 x 12,5 cm, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano (CCAA2). (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 30).
  • 44. 42 FIGURA 6 - EXEMPLO DE FICHA CATALOGRÁFICA 4.2.2.3 Errata A errata é a lista indicativa de erros tipográficos ou de outra natureza com as devidas correções e a indicação das páginas e linhas em que aparecem no texto. Elemento opcional, deve ser inserida logo após a folha de rosto sendo quando encadernada junto ao miolo do trabalho, ou, quando confeccionada após a encadernação do trabalho, intercalada em seu interior sendo, nesta caso, impressa em papel avulso. A errata deve apresentar além da indicação da folha, linha/ilustração, do erro e da devida correção a referência do trabalho, principalmente quando for publicada em papel avulso, de modo a facilitar sua identificação. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 32).
  • 45. 43 FIGURA 7 - MODELO DE ERRATA 4.2.2.4 Termo ou folha de aprovação O termo de aprovação é elemento obrigatório que confirma a defesa e a aprovação do trabalho. Nos programas de pós-graduação da UFPR o termo de aprovação é pré-requisito para efeito de cumprimento do depósito legal na Biblioteca Central da instituição e pose ser apresentado da seguinte maneira: a) em folha distinta após a folha de rosto; b) com a expressão termo ou folha de aprovação centralizada em letras maiúsculas negritadas no tamanho normal na primeira linha do texto; c) nome autor em letras maiúsculas; d) título e subtítulo (se houver) em letras maiúsculas; e) texto de aprovação em letras maiúsculas e minúsculas; f) nota indicando a natureza acadêmica e a área de concentração; g) nome do orientador e a instituição a que é filiado em letras maiúsculas e minúsculas e assinatura; h) nome dos membros da comissão e instituição a que são filiados em letras maiúsculas e minúsculas e assinaturas; i) local em letras maiúscula e minúsculas e a data de aprovação (dia, mês, ano).
  • 46. 44 FIGURA 8 - MODELO DE TERMO OU FOLHA DE APROVAÇÃO 4.2.2.5 Dedicatória A dedicatória consiste em uma menção a alguém a quem o autor deseja fazer uma homenagem ou dedicar o trabalho científico. É elemento opcional apesar de ser usual em teses e dissertações e quando presente pode ser apresentada em página distinta, logo após o termo de aprovação, colocada na parte inferior da página com recuo maior, quando se tratar de dedicatória curta. Não é necessário que a dedicatória contenha título. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 35)
  • 47. 45 4.2.2.6 Agradecimentos Agradecimento é menção que o autor faz a pessoas e instituições das quais recebeu apoio e que contribuíram de maneira relevante para o desenvolvimento do trabalho. Trata-se também de elemento opção que quando presente pode ser apresentado conforme segue (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 36): a) em página distinta, logo após a dedicatória (se houver); b) com a palavra agradecimentos centralizada em letras maiúsculas em negrito na primeira linha de texto; c) com uma linha em branco separando o título do texto, quando longo; d) colocado na parte inferior direita da página, quando curto. Os agradecimentos podem ser apresentados na mesma página da dedicatória quando ambos os textos forem curtos. Neste caso deve-se posicionar os agradecimentos a partir da metade inferior direita da página, com letra e entrelineamento normal ou menor, de modo que a última linha do agradecimento fique posicionada na margem inferior da página. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 36) Caso dedicatória e agradecimentos estejam na mesma página recomenda-se utilizar o mesmo recuo e não é necessário utilizar-se a palavra agradecimentos. 4.2.2.7 Epígrafe Epígrafe é elemento opcional contendo a inscrição de um trecho em prosa ou composição poética, que de certa forma se relaciona com a construção do trabalho, seguida de indicação de autoria, com alinhamento à direita. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 39; ABNT, 2005, p. 2): Pode ser colocada em página distinta, após os agradecimentos e também nas folhas de abertura das seções primárias (ou capítulos). Neste último caso deve ser colocada logo abaixo do título da seção alinhada à direita com a indicação da autoria após a epígrafe, não sendo necessário indicá-la em lista de referências. Em ambos os casos é transcrita com letra e entrelineamento menor. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 39).
  • 48. 46 4.2.2.8 Resumo Os trabalhos de conclusão de curso ou de obtenção de grau como teses e dissertações devem obrigatoriamente conter um resumo do conteúdo apresentado de forma concisa, com destaque para seus aspectos de maior relevância. Para teses e dissertações é obrigatória a transcrição do resumo na língua do texto (vernácula) e em língua estrangeira. Na elaboração do resumo na língua vernácula devem-se observar as seguintes regras (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007f, p. 41): a) ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento; b) utilizar frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos podendo ser escrito em parágrafo único; c) explicar na primeira frase o tema principal do documento com uma frase significativa e em seguida a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação, entre outros); d) usar verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular; e) empregar os termos geralmente aceitos e não apenas os de uso particular; f) evitar o uso de citações bibliográficas; g) citar com rigor o domínio de aplicação, o grau de exatidão e o princípio básico de novos métodos; h) mencionar nomes geográficos (município, estado e país) ou a circunscrição (região, distrito, condado) quando necessário. Deve-se evitar: a) símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; b) fórmulas, equações, diagramas, entre outros elementos, que não sejam absolutamente necessários. Em teses, dissertações e monografias, o resumo deve ser apresentado: a) em folha distinta, com a palavra resumo centralizada em letras maiúsculas em negrito na primeira linha do texto;
  • 49. 47 b) com uma linha em branco separando a palavra resumo do seu respectivo texto; c) redigido com o mínimo de 150 e máximo de 500 palavras, empregando em letra normal e entrelineamento simples; d) alinhado à margem esquerda, sem recuo de parágrafo; e) seguido pelas palavras-chave ou descritores (palavras representativas do conteúdo do trabalho), separadas do resumo pois dois espaços de 1,5 cm, alinhadas à margem esquerda sem recuo de parágrafo. O resumo em língua estrangeira é obrigatório em teses e dissertações e pode ser escrito, por exemplo, em inglês (abstract), espanhol (resumen), em francês (résumé) ou outra língua de grande difusão. Sua apresentação deve seguir as mesmas regras do resumo em língua vernácula devendo a indicação das palavras- chaves ou descritores ser feita na mesma língua do resumo. 4.2.2.9 Elementos textuais Os elementos textuais básicos em trabalhos científicos são a introdução, o desenvolvimento e as conclusões. Na sequência é apresentado o modelo de estrutura a ser observada na organização do documento de modo que sua leitura e compreensão sejam otimizadas. A estrutura apresentada no QUADRO 5 é sugerida para os trabalhos a serem apresentados ao Programa de Mestrado em Contabilidade do Setor de Ciências Sociais Aplicadas da UFPR. 1 INTRODUÇÃO Abordagem preliminar do tema e apresentação da proposta de pesquisa 1.1 Problema da pesquisa Discussão sobre e problemática investigada apresentando inclusive a questão de pesquisa de forma interrogativa e destacada no texto 1.2 Objetivos Apresentação da questão de pesquisa de forma afirmativa precedida geralmente por um verbo que indica a ação principal a ser realizada seguida da apresentação dos passos necessários para que se atinja o objetivo específico (não confundir com métodos de coleta de dados) 1.2.1 Objetivo geral 1.2.2 Objetivos específicos 1.3 Justificativa Motivações da pesquisa bem como contribuições dos achados para a sociedade Continua
  • 50. 48 Continuação 1.4 Delimitação do estudo Definição quanto ao escopo temporal ou espacial do estudo e quanto ao objeto a ser estudado 1.5 Estrutura do trabalho Enumeração das seções do documento 2 MARCO TEÓRICO DE REFERÊNCIA Discussão acerca de trabalhos anteriores que servem de base para o estudo proposto (também chamado de fundamentação teórico-empírica por apresentar não somente as teorias de base para a pesquisa, mas também resultados de outras pesquisas sobre o mesmo tema) 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Caráter teórico-metodológico Caracterização fundamentada da pesquisa quanto a sua tipologia incluindo:  teorias de base  hipóteses  desenho da pesquisa  construtos e definições operacionais das variáveis (incluir quadro com referência) 3.2 Estratégias de planejamento da pesquisa  abordagem metodológica (Ex.: empirismo, fenomenologia)  abordagem com relação ao problema (Ex.: quantitativo, qualitativo)  abordagem com relação ao objetivo do estudo (Ex.: descritivo, causal)  abordagem quanto à estratégia de pesquisa (Ex.: survey, estudo de caso)  abordagem quanto às técnicas de coleta de dados ou instrumento de pesquisa (Ex.: dados secundários, questionário, entrevista)  abordagem quanto aos efeitos do pesquisador nas variáveis em estudo  abordagem quanto a dimensão de tempo (Ex.: transversal ou longitudinal) 3.3 Instrumento da pesquisa Validação dos instrumentos (Ex.: pré-teste de questionários, teste de confiabilidade, entrevistas estruturadas, análise de conteúdo) 3.4 População e amostragem Definição da população ou da moldura populacional, quando for o caso, e dos procedimentos de seleção da amostra com dados suficientes para que possa ser verificada se necessário 4 DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS Apresentação dos dados obtidos e das relações entre variáveis conforme o caso. Caso haja hipóteses, esta seção apresenta os resultados dos testes de hipóteses. 5 CONCLUSÕES Apresentação dos resultados da pesquisa bem como a rejeição ou não rejeição das hipóteses propostas, se for o caso, além da apresentação das limitações da pesquisa e sugestões para pesquisas futuras. QUADRO 5 - MODELO DE ESTRUTURA PARA DISSERTAÇÕES E TESES Este modelo de apresentação pode ser adaptado de acordo com o modelo de pesquisa apesar de poder ser amplamente utilizado nos documentos científicos. Deve-se ainda observar os requisitos para redação e apresentação, discutidos no
  • 51. 49 capítulo 3. A estrutura completa dos trabalhos monográficos compreende ainda os elementos pós-textuais apresentados na sequência. 4.3 Formatação e apresentação Os aspectos gerais de formatação compreendem as regras relativas a medidas, posicionamento e espaçamentos, dentre outros aspectos visuais. As Normas Técnicas estabelecem padrões de apresentação específicos para determinados tipos de documentos científicos de modo que os aspectos gerais descritos a seguir não se referem a todos os documentos científicos, mas, sobretudo aos projetos de pesquisa e seus respectivos trabalhos monográficos. 4.3.1 Formato do papel e impressão O formato para apresentação de documentos deve ser o tamanho A4 (210 x 297 mm) na cor branca. Apesar de a NBR 14724:2005 determinar que seja utilizado apenas o anverso (frente) do papel as Normas recomendam a impressão frente e verso, em atenção a questões ambientais (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 30). 4.3.2 Margens A mancha da página (área que contém o texto) deve possuir margens de 3 cm nas bordas superior e esquerda e de 2 cm nas bordas inferior e direita conforma FIGURA 9.
  • 52. 50 3 cm 2 cm 2 cm3 cm FIGURA 9 - MODELO DE MARGENS DE PÁGINAS A configuração das margens no Word 2007 pode ser observada na FIGURA 10. FIGURA 10 - CONFIGURAÇÃO DAS MARGENS 4.3.3 Espaçamento entrelinhas O espaçamento entrelinhas deve ser de:
  • 53. 51 a) 1,5 linhas ou exatamente 24 pontos para o texto; b) simples ou exatamente 14 pontos para resumos, referência, notas de rodapé, citação longa, legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico, ficha catalográfica, nota indicando a natureza acadêmica; c) duplo para separar as referências entre si; d) dois espaços de 1,5 linha (ou 48 pontos) para separar do texto os títulos das seções e subseções. A configuração dos espaçamentos de entrelinhas pode ser visualiza na FIGURA 11 a seguir. FIGURA 11 - CONFIGURAÇÃO DE ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS 4.3.4 Tipo e tamanho de letra As Normas estabelecem para apresentação dos documentos técnico- científicos, observe-se (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 31):
  • 54. 52 a) tipo de letra Arial; b) tamanho 12 para todo o texto; c) tamanho 10 para citação longa, nota de rodapé, legenda de ilustração, tabela, quadro, gráfico, nota indicando a natureza acadêmica, ficha catalográfica e paginação. A configuração do tipo de letra e tamanho da fonte pode ser acessada diretamente na faixa de opções do Word 2007, conforme demonstrado na FIGURA 12. FIGURA 12 - CONFIGURAÇÃO DE TIPO E TAMANHO DE LETRA 4.3.5 Parágrafo Os parágrafos de texto devem ser configurados aproximadamente 1,5 cm da margem esquerda, sem necessidade de alinhamento à margem direita. A FIGURA 13 indica a forma de configuração.
  • 55. 53 FIGURA 13 - CONFIGURAÇÃO DE PARÁGRAFO Parágrafos de citação longa devem observar o recuo de 4 cm da margem esquerda conforme indicado na FIGURA 14.
  • 56. 54 FIGURA 14 - RECUO EM CITAÇÃO LONGA Recomenda-se ainda que sejam evitadas linhas órfãs ou viúvas (apenas uma linha de texto no final ou no início da página) conforme exemplificado na FIGURA 15. 4 cm
  • 57. 55 FIGURA 15 - EXEMPLO DE LINHA VIÚVA 4.3.6 Paginação As páginas dos documentos devem ser paginadas (numeradas) em algarismos arábicos, observando que: a) a capa, a falsa folha de rosto e o verso das folhas (quando todo o texto é produzido apenas no seu anverso) não são contados na numeração; b) as páginas pré-textuais são contadas, mas não numeradas; c) as páginas de texto (a partir da introdução são numeradas no canto superior direito da página, a 2 cm da borda superior da folha; no caso de documentos impressos em frente e verso, o verso é paginado no canto superior esquerdo; d) em páginas que apresentem tabelas, quadros ou ilustrações impressos na horizontal (paisagem) ou na vertical (retrato), desde que estes ocupem a página inteira, a indicação do número é facultativa;
  • 58. 56 e) em documentos com mais de um volume, a numeração das páginas textuais (em algarismos arábicos) do segundo e demais volumes é consecutiva ao primeiro; f) as páginas pós-textuais são numeradas sequencialmente às páginas de texto; g) caso os anexos sejam numerados no original, podem conservar a paginação, entretanto essa numeração não é levada em consideração. A FIGURA 16 demonstra os passos para inserir a numeração segundo as especificações apresentadas. Para que a numeração seja iniciada a partir da introdução, antes de ser inserida como demonstrado a seguir, deve separar o texto em seções de modo que a paginação possa configurada de modo diferente em cada uma delas. Para inserir uma nova seção a partir da introdução deve-se seguir os passos demonstrados na FIGURA 17. FIGURA 16 - PASSOS PARA INSERIR NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
  • 59. 57 FIGURA 17 - PASSOS PARA INSERIR QUEBRA DE SEÇÃO Após a inserção de uma nova seção a partir da introdução deve proceder a inserção da numeração e, em seguida, sua configuração conforme demonstrado na FIGURA 18.
  • 60. 58 FIGURA 18 - CONFIGURAÇÃO DE PAGINAÇÃO INDEPENDENTE 4.4 Organização do texto A estrutura dos documentos técnico-científicos deve ser organizada no sentido de se obter maior clareza na apresentação das idéias principais e suas idéias base, como, por exemplo, os construtos de primeira ordem, os construtos de segunda ordem e as variáveis. Uma das maneiras de se organizar o documento é por meio da utilização de seções, subseções, alíneas e subalíneas. Desmarcar a opção “Vincular ao Anterior” Configurar a margem de 2 cm superior Configurar o tipo e tamanho da fonte “Arial, 10”
  • 61. 59 4.4.1 Títulos de seções As seções do documento devem estar de acordo com a estrutura formal de apresentação. Desta forma, em se tratando de trabalhos monográficos, as seções primárias essenciais são a introdução, o desenvolvimento e a conclusão ou considerações finais. No entanto, os títulos das seções podem ser definidos por meio de outras expressões, desde que deixem clara sua adequação aos elementos textuais fundamentais. As Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 33; 2007f, p. 54), estabelecem que sejam considerados os critérios abaixo na atribuição de títulos às seções: a) dar sequência lógica e ordenada ao assunto; b) ser claro e objetivo, evitando o uso ora de substantivos para uns, ora de frases ou verbos para outros; c) alinhar a segunda linha e subsequentes de títulos longos sob a primeira letra da linha; d) evitar títulos de seções isolados no final da página, sem o respectivo texto; e) diferenciar tipograficamente os títulos das seções, observando-se a sua hierarquia, conforme os exemplos a seguir; - Seção primária: maiúsculas em negrito. Ex.: 1 PLANEJAMENTO DO LUCRO; - Seção secundária: maiúsculas sem negrito. Ex.: 1.1 ESTRUTURA BÁSICA DO ORÇAMENTO; - Seções terciária, quaternária e quinaria: Somente a primeira letra da primeira palavra em maiúscula sem negrito. Ex.: 1.1.3 Diferença entre planejamento e controle. As seções primárias (ou capítulos) devem iniciar em página distinta exceto em trabalhos de graduação pouco divididos que não precisam ter suas seções iniciadas em página distinta (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 35).
  • 62. 60 4.4.2 Numeração progressiva A numeração progressiva das seções de documentos escritos aplicáveis aos trabalhos técnico-científicos é estabelecida pela NBR 6024:2003, de modo a expor numa sequência lógica o inter-relacionamento da matéria e a permitir a localização facilitada dos assuntos abordados (ABNT, 2003, p. 2-3). As Normas estabelecem que seja adotada a numeração progressiva para as seções do texto, conforme o estabelecido pela ABNT (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007d, p. 34). Assim, a NBR 6024:2003 estabelece as seguintes regras gerais de apresentação de numeração progressiva de seções (ABNT, 2003, p. 1): a) são empregados algarismos arábicos na numeração; b) o indicativo de seção é alinhado na margem esquerda, precedendo o título, dele separado por um espaço; c) o indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1; d) o indicativo de uma seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do número que lhe for atribuído na seqüência do assunto e separado por ponto. Repete-se o mesmo processo em relação às demais seções; e) não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção ou de seu título; f) todas as seções devem conter um texto relacionado com elas; g) quando for necessário enumerar os diversos assuntos de uma seção que não possua título, esta deve ser subdividida em alíneas; h) quando as alíneas forem cumulativas ou alternativas, pode ser acrescentado, após a penúltima, “e/ou” conforme o caso; i) a disposição gráfica das alíneas obedece às seguintes regras: - o trecho final do texto correspondente, anterior às alíneas, termina em dois pontos; - as alíneas são ordenadas alfabeticamente; - as letras indicativas das alíneas são reentradas (recuadas) em relação à margem esquerda;
  • 63. 61 - o texto da alínea começa por letra minúscula e termina em ponto-e- vírgula, exceto a última que termina em ponto e, nos casos em que se seguem subalíneas, estas terminam em vírgula; - a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do texto da própria alínea. j) quando a exposição da idéia assim o exigir, a alínea pode ser subdividida em subalíneas. As subalíneas devem começar por um hífen, colocado sob a primeira letra do texto da alínea correspondente, dele separadas por um espaço; k) as linhas seguintes do texto da subalínea começam sob a primeira letra do próprio texto. 4.5 Citações A construção dos conceitos e a formulação das idéias propostas nos trabalhos científicos devem sustentar-se em textos científicos anteriores cuja citação deve obedecer a normas de padronização a fim de “garantir ao documento a veracidade da literatura científica, a preservação dos direitos autorais, a divulgação e a circulação do conhecimento científico, assim elevando o nível de qualidade dos documentos científicos.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 11). O referencial teórico é uma das características fundamentais da produção científica. Conforme apresentado anteriormente, por meio do processo dialético entre o conhecimento existente e as novas idéias, impressões e constatações se dão os avanços na ciência e as contribuições das pesquisas e trabalhos científicos. As formas como as citações de trechos ou idéias contidas em textos de outras obras podem ser feitas variam quanto à forma que pode ser direta ou indireta, quanto à posição que pode ser no corpo do texto, destacadas ou em notas de rodapé e ainda quanto à forma de chamada pode ser o tipo autor-data ou numérico.
  • 64. 62 4.5.1 Citação direta As citações diretas são aquelas em que se reproduz fielmente o texto original da obra citada “conservando a grafia, a pontuação, uso de maiúsculas e o idioma original.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 15). As citações que não ultrapassam três linhas podem ser escritas no corpo do texto, no mesmo tamanho e estilo de letra. Neste caso as citações devem ser transcritas entre aspas duplas. Caso a citação contenha também trechos entre aspas, estas devem ser substituídas por aspas simples. O ponto final, quando necessário, deve ser escrito após as aspas em citações curtas que não tenham ponto final no original. Em citações curtas que terminem em ponto final, as aspas devem ser grafadas após o ponto. Ex.: De acordo com Barros (1991, p. 62), “interpretar significa buscar o sentido mais explicativo dos resultados da pesquisa.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 16). As citações diretas longas – com mais de três linhas – devem ser destacadas do texto em parágrafo distinto, sem aspas (ver também 4.1.2.3, 4.1.2.4, 4.1.2.5). O ponto final deve ser colocado após a citação (se houver) no original e após a autoria. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 17). 4.5.2 Citação indireta Ao reportar a idéia contida em outra obra o pesquisador pode fazê-lo de modo que o texto não seja reprodução fiel do trecho citado e sim sob a forma de paráfrase ou de condensação. Nas citações indiretas o sentido original do texto deve ser mantido tomando-se cuidado inclusive com o contexto para que a idéia transmitida pelo autor não seja deturpada ao ser tomado apenas em parte. De acordo com as Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 18), a paráfrase é a expressão da idéia de outro com as palavras do autor do trabalho. Deve manter aproximadamente o mesmo tamanho da citação original, observando-se que: a) é escrita sem aspas;
  • 65. 63 b) com o mesmo tipo e tamanho de letra utilizado no texto no qual está inserida; c) é opcional a indicação da(s) página(s); d) o ponto final é colocado após a indicação de autoria quando esta for feita entre parênteses. A condensação por sua vez é mais adequada à citação de trechos longos, ou mesmo capítulos, seções ou partes de obras sem alteração fundamental da idéia do autor. 4.5.3 Citação de citação Nas situações de total impossibilidade de acesso ao texto original a ser citado, como nos casos de documentos muito antigos ou com barreira linguística, e que seu conhecimento se deu apenas por meio da citação em outro trabalho tem-se uma citação de citação. (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 19). 4.5.4 Indicação da fonte nas citações A fonte nas citações pode ser indicada em dois sistemas principais de apresentação ou sistemas de chamada: o sistema autor-data e o sistema numérico. 4.5.4.1 Sistema autor-data O sistema de chamada autor-data consiste da indicação do último sobrenome do autor do texto citado, acompanhado do ano de publicação, número de
  • 66. 64 volume e página. As Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 13) recomendam que sejam observados os seguintes critérios de apresentação: a) quando a autoria (sobrenome do autor, instituição responsável, nome geográfico ou título do documento) for mencionada na sentença, deve-se indicá-la apenas com a primeira letra maiúscula e mencionar entre parênteses apenas a data e a(s) página(s), separadas por vírgula; Ex.: Iudícibus (1997, p. 44) afirma que “a Contabilidade é uma ciência essencialmente utilitária, no sentido de que responde, por mecanismo próprio, a estímulos dos vários setores da economia”. b) quando a autoria (sobrenome do autor, instituição responsável, nome geográfico ou título do documento) for mencionada após a idéia do autor ou no final da sentença, deve-se indicá-la em letras maiúsculas entre parênteses, seguida da data e da(s) página(s), separadas por vírgula; Ex.: “Na verdade, o empreendedor aprende fazendo. Aprende com os erros que comete.” (DOLABELA, 1999, p. 62). 4.5.4.2 Sistema numérico A segunda forma de apresentação de autoria consiste na sua indicação por meio de algarismos arábicos com “numeração única e consecutiva, remetendo para lista de referências ao final do capítulo ou do trabalho, na mesma ordem em que aparece no texto.” (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 14). De acordo com as Normas (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 14), a indicação da numeração da fonte no texto pode ser feita de duas formas: a) entre parênteses, alinhada ao texto; b) colocada sobrescrita ao texto, após a pontuação que fecha a citação.
  • 67. 65 4.5.4.3 Indicação do autor A autoria deve seguir os seguintes critérios com relação à indicação do nome do autor (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a): a) em citações com um autor, o sobrenome deve ser escrito apenas com a primeira letra maiúscula na sentença e todas em maiúsculas pós- sentença; b) em citações com dois autores na sentença, os sobrenomes devem ser separados pela conjunção e. Se forem apresentados pós-sentença, devem ser escritos em letras maiúsculas, separados por ponto e vírgula; c) em citações com três autores na sentença, os sobrenomes desses autores devem ser separados por vírgula e pela conjunção e; Se forem apresentados pós-sentença, devem ser escritos em letras maiúsculas, separados por ponto e vírgula; d) em citações com mais de três autores deve indicar o primeiro seguido da expressão latina et al. (do latim et alii), que significa “e outros”. e) em citações de autores com o mesmo sobrenome deve acrescentar as iniciais de seus prenomes. Ex.: (SILVA, J. C., 1979, p. 36), (SILVA, M. R., 1979, p. 22). Caso mesmo assim persista a coincidência, colocam-se os prenomes por extenso; f) em citação de vários documentos de uma mesma autoria os documentos devem ser diferenciados pelas respectivas datas de publicação, separadas por vírgula; g) em citação de mais de um documento de uma mesma autoria publicados no mesmo ano, deve-se diferenciar esses documentos acrescentando letras minúsculas em ordem alfabética após das datas de publicação, sem espaço, separadas por vírgula. Ex.: (ANDREAS, 1993a, 1993b); h) autores diferentes e trabalhos diferentes sobre uma mesma idéia ou argumento citados simultaneamente são apresentados obedecendo uma ordem cronológica de publicação; i) em citação de documento cuja responsabilidade intelectual é de uma entidade coletiva o nome da entidade deve ser escrito por extenso,
  • 68. 66 indicando, se necessário a unidade subordinada. Ex.: (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de bibliotecas, 2007c, p. 30); j) em citação de documento cuja responsabilidade intelectual é de órgão público federal, estadual ou municipal, a jurisdição deve ser indicada e se necessário a unidade subordinada. Ex.: (CURITIBA. Prefeitura Municipal, 1996, p. 43); k) em citação de entidade conhecida por sua sigla, o nome da entidade deve ser citado primeiramente escrito por extenso, seguido da sigla entre parênteses. Nas citações subsequentes, pode-se mencionar apenas a sigla. Ex.: (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), 1980); l) em citação de documento resultante de evento científico (congresso, conferência, seminário, simpósio, reunião e outros) deve ser indicado o seu nome completo, na ordem direta, com letras maiúsculas e minúsculas na sentença e letras maiúsculas se pós-sentença. Ex.: (CONGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 2008); m) em citação de patente, o nome da entidade e/ou autor devem ser indicados, seguidos da data; n) em citação da Bíblia, deve-se indicar o título da parte ou livro seguido do número do capítulo separado do número do versículo por dois pontos. Separa-se o versículo inicial e o final por hífen, sem espaço; o) em citação de leis, decretos, portarias, resoluções, medidas provisórias, constituição entre outros documentos jurídicos, deve-se a jurisdição (país, estado ou município) e/ou o órgão responsável, seguidos da data. 4.5.4.4 Documento sem autoria Os documentos que não contem autoria ou responsabilidade especificada devem ser indicados pelo título, observando-se os seguintes critérios (UFPR. Sist. Bibl-s, 2007a, p. 28):
  • 69. 67 a) se o título estiver incluído na sentença, deve ser escrito em letras maiúsculas e minúsculas; b) se o título for mencionado após a sentença, deve ter a primeira palavra grafada em letras maiúsculas. Ex.: (DANÇAS populares brasileiras, 1989, p. 21); c) se o título for muito longo, deve-se mencionar na primeira vez de forma completa e nas citações subsequentes menciona-se somente a primeira palavra seguida de reticências. Ex.: (DANÇAS... 1989, p. 21); 4.5.4.5 Indicação de data A indicação das datas de publicação dos documentos deve obedecer aos critérios apresentados a seguir: a) no sistema autor-data deve-se indicar o ano de publicação indicado na obra separado por vírgula dos demais elementos da chamada; b) em citação de documento que não apresenta data de publicação, deve- se indicar uma data aproximada entre colchetes. Ex: ([19--], p. 768); c) em citação de informação extraída da internet em que não conste indicação de data de publicação, deve indicar a data de acesso; d) em citação de documento que ainda não foi publicado ou que se encontre em fase de elaboração, deve-se indicar entre parênteses, após a citação a fase em que se encontra o documento (por exemplo: no prelo, em fase de elaboração, não publicado, em fase pré- publicação, submetido a publicação).