SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 49
Baixar para ler offline
Introdução
• A sericultura é uma arte que teve início na China há cerca de 5000
anos e compreende a cultura da amoreira, a criação do bicho-da-
seda e a produção dos fios de seda para a indústria têxtil.
• Cerca de 95% da seda produzida no mundo provém dos casulos do
bicho-da-seda, Bombyx mori. Inseto totalmente domesticado
devido à forte manipulação genética a que foi sujeito, com o
objetivo de obter uma espécie boa produtora de seda.
• O fio de seda é um produto filamentoso de origem proteica, que é
produzida nas glândulas sericígenas das larvas do bicho-da-seda.
Alimentação
• A lagarta do inseto
Bombyx mori L.,
conhecida como o bicho
da seda, é um inseto
monófago, alimenta-se
única e exclusivamente de
folhas de amoreira.
Nestas encontra todos os
nutrientes necessários
para o seu bom
desenvolvimento
fisiológico e produtivo
• Foi introduzida na Europa pelos Gregos e Romanos,
presumivelmente trazida da Pérsia
• A Amoreira cultiva-se desde a antiguidade, há cerca de 4500
anos, para alimentar os bichos-da-seda com as suas folhas:
Árvore asiática
Classificação científica
Reino: Plantae
Família: Moraceae
Ordem: Rosales
Classe: Magnoliopsida
Género: Morus
Espécies: Morus alba L.
Morus nigra L.
Morus rubra L.
"Illustration Morus nigra0". Licensed
under Public domain via Wikimedia
Commons -
Variedades
• As espécies mais
conhecidas são: A
Amoreira Branca, Morus
alba e a Amoreira Negra,
Morus nigra.
• Variedades da Amoreira
Branca: Bellaire,
Chaparral, Stribling, …
• Variedades da Amoreira
Negra: Black Persian,
Riviera, Russian,
Wellington, Chelsea, …
Folhas
• As Folhas têm coloração mais ou menos verde, com uma leve
pilosidade, que as torna ásperas e são serradas.
• São folhas imparipinuladas, trifoliáceas e o limbo está dividido
em três mas pode apresentar-se dividido em cinco.
• As nervuras das folhas são palminérveas.
Produção
• Na China, o seu fruto é utilizado na medicina
tradicional chinesa, para tratamento de
constipações e diabetes.
• O fruto tem um comprimento de 3-4 cm.
• Produz entre 4000 – 10 000 Kg/há de folhas
por ano.
• Armazenamento: Três dias a temperaturas
entre -0,5 a 0ºC, com uma humidade relativa
entre os 90 - 95%.
Ciclo biológico
• É uma árvore de crescimento lento, que pode
alcançar os 6-14 m de altura. A copa é muito
densa e tem folha caduca.
• Pode durar entre 75 – 200 anos e frutifica no
8º - 10º ano, tendo o seu máximo produtivo,
entre o 20º – 25º anos de vida.
Condições ambientais
• Prefere clima temperado
quente, subtropical e
tropical.
• Prefere solos profundos,
ricos, quentes, soltos, de
natureza calcária-argilosa
e permeáveis. O pH deve
situar-se entre os 5,5 –
7,0.
• É tolerante à seca.
Solos
• Adubação com estrume de cavalo, peru ou
porco e composto.
• Terrenos ricos em azoto, fósforo, potássio
(1:1:1).
Pragas e doenças
• Pragas:
As pragas que atacam a árvore, são as
cochinilhas, ácaros e pássaros.
• Doenças:
Míldio, doenças bacterianas e cancros.
• É muito sensível a ventos e humidade
excessiva.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta ou hexapoda
Ordem: Lepidoptera
Família: Bombycidae
Género: Bombyx
Espécie: Bombyx mori
Lineu, 1758
Imagem ''The Century Dictionary and Cyclopedia''
Classificação de Bombyx mori
• Pela origem
o Chinesa
o Japonesa
o Europeia
o Indiana ou Equatorial
o Coreana
• Pelo voltinismo
o Monovoltino
o Bivoltino
o Polivoltino
• Pelo número de ecdises ou mudas
o Três ecdises
o Quatro ecdises
Morfologia Externa
FAO 1990
Cabeça
Placa parietal
mandíbula
labro
antena
clípeo
frontal
ocelos
Cabeça - Aparelho bucal
Torax
O tórax é composto por:
• Protórax
• Mesotórax
• Metatórax
Abdómen
• O abdómen está dividido em dez segmentos
dos quais apenas se distinguem nove já que os
últimos três estão fundidos em placa anal e
patas caudais.
• A partir do terceiro segmento abdominal até
ao sexto e último, há um par de patas falsas
Patas
Morfologia Interna
Sistema Digestivo
• Estomodeu ou intestino
anterior
• Mesentério ou intestino
médio
• Proctodeu ou intestino
posterior
Sistema Digestivo
• O Sistema digestivo depende do estádio de
desenvolvimento
Glândula Sericígena
Tubos de Malpighi
• São os principais órgãos
de excreção do bicho da
seda
• Estão mergulhados na
hemolinfa.
• Regulam a quantidade de
sais e água da hemolinfa
• Excretam principalmente
ácido úrico e também
azoto e fósforo
Sistema respiratório
• Os espiráculos são
pequenas aberturas,
nove pares, servem
para a respiração das
larvas e excreção de
água durante o tempo
no casulo
• O sistema respiratório
é do tipo traqueal
Sistema circulatório
• Sistema circulatório é
do tipo aberto
• A chave do sistema
circulatório é o vaso
dorsal
• O sistema circulatório
leva o alimento a todas
as células
Factores na Criação
• Instalações adequadas
o Temperatura
o Humidade relativa
o Ventilação
o Iluminaçaõ
Ciclo de Vida
1º Instar 4 dias
1ª Muda 1 dia
2º Instar 3 dias
2ª Muda 1 dia
3º Instar 4 -5 dias
3ª Muda 1 dia
4º Instar 5 dias
4ª Muda 2 dias
5º Instar 7-9 dias
Asociación Sericícola de la República Argentina
Ovo
• Tem aproximadamente 1 mm
e pesa 0,5 mg
• Oval e achatado
• Tem um pequeno orifício
chamado micrópilo
• Cor amarela após postura
• Se for fecundado passa a
amarelo-forte, alaranjado e
finalmente cinzento
• A casca é de queratina, uma
substância muito resistente
• Composto por membrana
vitelina que envolve o
protoplasma e um núcleo em
estado embrionário
• Após a quebra do período de
dormência a lagarta sai do ovo ao
fim de 7-21 dias.
Lagarta ou Larva
• O ciclo larvar vai desde a
eclosão do ovo até à fase de
formação do casulo, tem a
duração de cerca de 24 dias
• A lagarta quando sai do ovo tem
de 1 a 3 mm, cor castanha ou
preta, coberta de pelos que
caem em poucos dias
• Depois passa a cinzenta ou
azulada ficando mais clara com
o desenvolvimento.
• Quatro semanas depois da
eclosão pesa 5 a 6 g (10000
vezes o seu peso inicial)
• Tem inicio a formação do casulo
Casulo
Componentes
proteicos
• Fibroína
•Sericina
•P25
Pupa ou Crisálida
• No interior do casulo o
corpo da larva sofre
metamorfoses
• Transforma-se em pupa ou
crisálida
• Depois transforma-se em
mariposa, estado adulto
• Este estádio dura cerca de
10 dias
• Internamente dá-se a
morte do intestino e o
surgimento das asas e
aparelho reprodutor
Adulto
• Para sair do casulo a
mariposa liberta um
líquido alcalino que corrói
uma das extremidades do
casulo abrindo uma
abertura para a sua saída.
• Neste estágio o inseto
não se alimenta
• Fase dedicada à
reprodução da espécie
• Após acasalamento a
fêmea põe 200 a 500 ovos
• Fêmea e macho morrem
• Este estádio dura de 10 a
16 dias
Reprodução
• O acasalamento pode durar de
algumas horas até um dia
• A longevidade das fêmeas é 14
a 15 dias
• A longevidade dos machos é
de 7 a 8 dias
Doenças
• Principais doenças da Bombyx mori
– vírus da poliedrose nuclear
– vírus da poliedrose citoplasmática
– vírus da flacidez infecciosa
– vírus da densonucleose
Produção de seda
• Principais países produtores
– China
– Índia
– Rússia
– Japão
– Brasil
Rota da seda
Produção de Seda
• Os casulos são mergulhados
em água quente
• Cada casulo pode render de
460 a 1000 metros de um
filamento único
• Os filamentos são
combinados para formar os
fios de seda
• São necessários 5 Kg de
casulos para se produzir 1 Kg
de seda
Seda
• A seda é utilizada para
produzir tecidos leves,
brilhantes e macios
• Tem aparência
cintilante, devido à
estrutura triangular da
fibra idêntica ao
prisma que refrata a
luz
• Os chineses tiveram
exclusividade no seu
fabrico por 3000 anos
Nanotecnologia
• Revestimento especial nos
nano túneis das antenas da
mariposa
• Inspiração de camada
oleosa em nanoporos
sintéticos
• Combate de doenças
neurodegenerativas
– Parkinson
– Alzheimer
– Huntington
Decoração
Gastronomia
Bibliografia
• “The Insects na Outline of Entomology” P.J.
Gullan and P.S. Cranston
• “Insectes de France et d’Europe occidentale”
Michael Chinery
• “Manual de Sericultura en Hidalgo” Dr. Alejandro
Rodríguez Ortega et al.
• http://www.dbc.uem.br/laboratorios/Bombyx.ht
m
• http://faostat3.fao.org/browse/Q/QL/E
• http://revistas.bvs-
vet.org.br/bia/article/viewFile/8863/9414
Sites consultados
• http://www.dbc.uem.br/laboratorios/Bombyx.ht
m
• http://faostat3.fao.org/browse/Q/QL/E
• http://revistas.bvs-
vet.org.br/bia/article/viewFile/8863/9414
• http://www.den.ufla.br/siteantigo/Professores/R
onald/Disciplinas/Notas%20Aula/Sericicultura%2
0bichodaseda.pdf
• http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illustrati
on_Morus_nigra0.jpg#mediaviewer/File:Illustrati
on_Morus_nigra0.jpg
Introdução à Sericultura

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Jacqueline Gomes
 
Guia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinosGuia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinosKiller Max
 
Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]
Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]
Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]Pbsmal
 
Sistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de avesSistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de avesMarília Gomes
 
Sistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínosSistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínosMarília Gomes
 
ICSC48 - Criação e manejo de coelhos
ICSC48 - Criação e manejo de coelhosICSC48 - Criação e manejo de coelhos
ICSC48 - Criação e manejo de coelhosRicardo Portela
 
5C's da Criação de Bezerras
5C's da Criação de Bezerras5C's da Criação de Bezerras
5C's da Criação de BezerrasAgriPoint
 
Aula Prática de Apicultura - Módulo 0
Aula Prática de Apicultura - Módulo 0Aula Prática de Apicultura - Módulo 0
Aula Prática de Apicultura - Módulo 0Jefferson Bandero
 
Zootecnia Geral - Coelhos
Zootecnia Geral - CoelhosZootecnia Geral - Coelhos
Zootecnia Geral - CoelhosBruno Anacleto
 
Manejo galinhas caipiras_sistemas_organicos
Manejo galinhas caipiras_sistemas_organicosManejo galinhas caipiras_sistemas_organicos
Manejo galinhas caipiras_sistemas_organicosLenildo Araujo
 
abelhas meliponeas do nordeste
abelhas meliponeas do nordesteabelhas meliponeas do nordeste
abelhas meliponeas do nordesteLenildo Araujo
 
produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho Carls Tavares
 

Mais procurados (20)

Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)Instalações rurais (Bem estar animal)
Instalações rurais (Bem estar animal)
 
Guia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinosGuia de raças de bovinos
Guia de raças de bovinos
 
Biologia das Abelhas
Biologia das Abelhas Biologia das Abelhas
Biologia das Abelhas
 
Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]
Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]
Alimentação e nutrição de ovinos pbsm [modo de compatibilidade]
 
Sistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de avesSistemas de criação e raças de aves
Sistemas de criação e raças de aves
 
Sistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínosSistemas de produção de suínos
Sistemas de produção de suínos
 
ICSC48 - Criação e manejo de coelhos
ICSC48 - Criação e manejo de coelhosICSC48 - Criação e manejo de coelhos
ICSC48 - Criação e manejo de coelhos
 
5C's da Criação de Bezerras
5C's da Criação de Bezerras5C's da Criação de Bezerras
5C's da Criação de Bezerras
 
Slide suínos
Slide suínosSlide suínos
Slide suínos
 
Avicultura
AviculturaAvicultura
Avicultura
 
Mel
MelMel
Mel
 
Aula Prática de Apicultura - Módulo 0
Aula Prática de Apicultura - Módulo 0Aula Prática de Apicultura - Módulo 0
Aula Prática de Apicultura - Módulo 0
 
Prova n2
Prova n2Prova n2
Prova n2
 
Zootecnia Geral - Coelhos
Zootecnia Geral - CoelhosZootecnia Geral - Coelhos
Zootecnia Geral - Coelhos
 
Bichos da seda
Bichos da sedaBichos da seda
Bichos da seda
 
Alimentacao dos equinos
Alimentacao dos equinosAlimentacao dos equinos
Alimentacao dos equinos
 
Manejo galinhas caipiras_sistemas_organicos
Manejo galinhas caipiras_sistemas_organicosManejo galinhas caipiras_sistemas_organicos
Manejo galinhas caipiras_sistemas_organicos
 
abelhas meliponeas do nordeste
abelhas meliponeas do nordesteabelhas meliponeas do nordeste
abelhas meliponeas do nordeste
 
produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho produção de Animal Coelho
produção de Animal Coelho
 
Instalações de aves
Instalações de avesInstalações de aves
Instalações de aves
 

Semelhante a Introdução à Sericultura

Semelhante a Introdução à Sericultura (20)

Aula 9. Fisiologia da Reprodução anjmal.pptx
Aula 9. Fisiologia da Reprodução anjmal.pptxAula 9. Fisiologia da Reprodução anjmal.pptx
Aula 9. Fisiologia da Reprodução anjmal.pptx
 
Aulaporifera
AulaporiferaAulaporifera
Aulaporifera
 
Capítulo 04 - reino das plantas I
Capítulo 04 - reino das plantas ICapítulo 04 - reino das plantas I
Capítulo 04 - reino das plantas I
 
Seminário pteridófitas
Seminário pteridófitasSeminário pteridófitas
Seminário pteridófitas
 
PRAGAS DA ERVA-MATE
PRAGAS DA ERVA-MATEPRAGAS DA ERVA-MATE
PRAGAS DA ERVA-MATE
 
ICSC48 - Criação e manejo de cobaias
ICSC48 - Criação e manejo de cobaiasICSC48 - Criação e manejo de cobaias
ICSC48 - Criação e manejo de cobaias
 
Produção e Reprodução de Roedores e lagomorfos
Produção e Reprodução de Roedores e lagomorfosProdução e Reprodução de Roedores e lagomorfos
Produção e Reprodução de Roedores e lagomorfos
 
ICSC48 - Criação e manejo de camundongos e ratos
ICSC48 - Criação e manejo de camundongos e ratosICSC48 - Criação e manejo de camundongos e ratos
ICSC48 - Criação e manejo de camundongos e ratos
 
Embriologia
EmbriologiaEmbriologia
Embriologia
 
Sequóia Gigante
Sequóia GiganteSequóia Gigante
Sequóia Gigante
 
Reprodução e manejo reprodutivo.pptx
Reprodução e manejo reprodutivo.pptxReprodução e manejo reprodutivo.pptx
Reprodução e manejo reprodutivo.pptx
 
Reino plantae
Reino plantaeReino plantae
Reino plantae
 
Capítulo 09 - vertebrados II
Capítulo 09 - vertebrados IICapítulo 09 - vertebrados II
Capítulo 09 - vertebrados II
 
Embriologia
EmbriologiaEmbriologia
Embriologia
 
Briófitas
BriófitasBriófitas
Briófitas
 
Reprodução Artificial de Peixes
Reprodução Artificial de PeixesReprodução Artificial de Peixes
Reprodução Artificial de Peixes
 
biologia farmácia
biologia   farmácia biologia   farmácia
biologia farmácia
 
ANELIDEOS - MOLUSCOS - EQUINODERMAS.ppt
ANELIDEOS - MOLUSCOS - EQUINODERMAS.pptANELIDEOS - MOLUSCOS - EQUINODERMAS.ppt
ANELIDEOS - MOLUSCOS - EQUINODERMAS.ppt
 
Reino fungi.
Reino fungi.Reino fungi.
Reino fungi.
 
Ecossistema açominas
Ecossistema açominasEcossistema açominas
Ecossistema açominas
 

Mais de Manuela Alves

Mais de Manuela Alves (8)

Viticultura de Precisão vs Viticultura Precisa
Viticultura de Precisão vs Viticultura PrecisaViticultura de Precisão vs Viticultura Precisa
Viticultura de Precisão vs Viticultura Precisa
 
Tuta absoluta
Tuta absolutaTuta absoluta
Tuta absoluta
 
Viticultura na Nova Zelândia
Viticultura na Nova ZelândiaViticultura na Nova Zelândia
Viticultura na Nova Zelândia
 
Túlipa
TúlipaTúlipa
Túlipa
 
Onobrychis viciifolia Scop.
Onobrychis viciifolia Scop.Onobrychis viciifolia Scop.
Onobrychis viciifolia Scop.
 
Oliveira
OliveiraOliveira
Oliveira
 
HERBARIUM
HERBARIUMHERBARIUM
HERBARIUM
 
O linho
O linhoO linho
O linho
 

Último

6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptxErivaldoLima15
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfIedaGoethe
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.HildegardeAngel
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdfCurrículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
Currículo escolar na perspectiva da educação inclusiva.pdf
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
LIVRO A BELA BORBOLETA. Ziraldo e Zélio.
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 

Introdução à Sericultura

  • 1.
  • 2. Introdução • A sericultura é uma arte que teve início na China há cerca de 5000 anos e compreende a cultura da amoreira, a criação do bicho-da- seda e a produção dos fios de seda para a indústria têxtil. • Cerca de 95% da seda produzida no mundo provém dos casulos do bicho-da-seda, Bombyx mori. Inseto totalmente domesticado devido à forte manipulação genética a que foi sujeito, com o objetivo de obter uma espécie boa produtora de seda. • O fio de seda é um produto filamentoso de origem proteica, que é produzida nas glândulas sericígenas das larvas do bicho-da-seda.
  • 3. Alimentação • A lagarta do inseto Bombyx mori L., conhecida como o bicho da seda, é um inseto monófago, alimenta-se única e exclusivamente de folhas de amoreira. Nestas encontra todos os nutrientes necessários para o seu bom desenvolvimento fisiológico e produtivo
  • 4.
  • 5. • Foi introduzida na Europa pelos Gregos e Romanos, presumivelmente trazida da Pérsia • A Amoreira cultiva-se desde a antiguidade, há cerca de 4500 anos, para alimentar os bichos-da-seda com as suas folhas: Árvore asiática
  • 6. Classificação científica Reino: Plantae Família: Moraceae Ordem: Rosales Classe: Magnoliopsida Género: Morus Espécies: Morus alba L. Morus nigra L. Morus rubra L. "Illustration Morus nigra0". Licensed under Public domain via Wikimedia Commons -
  • 7. Variedades • As espécies mais conhecidas são: A Amoreira Branca, Morus alba e a Amoreira Negra, Morus nigra. • Variedades da Amoreira Branca: Bellaire, Chaparral, Stribling, … • Variedades da Amoreira Negra: Black Persian, Riviera, Russian, Wellington, Chelsea, …
  • 8. Folhas • As Folhas têm coloração mais ou menos verde, com uma leve pilosidade, que as torna ásperas e são serradas. • São folhas imparipinuladas, trifoliáceas e o limbo está dividido em três mas pode apresentar-se dividido em cinco. • As nervuras das folhas são palminérveas.
  • 9. Produção • Na China, o seu fruto é utilizado na medicina tradicional chinesa, para tratamento de constipações e diabetes. • O fruto tem um comprimento de 3-4 cm. • Produz entre 4000 – 10 000 Kg/há de folhas por ano. • Armazenamento: Três dias a temperaturas entre -0,5 a 0ºC, com uma humidade relativa entre os 90 - 95%.
  • 10. Ciclo biológico • É uma árvore de crescimento lento, que pode alcançar os 6-14 m de altura. A copa é muito densa e tem folha caduca. • Pode durar entre 75 – 200 anos e frutifica no 8º - 10º ano, tendo o seu máximo produtivo, entre o 20º – 25º anos de vida.
  • 11. Condições ambientais • Prefere clima temperado quente, subtropical e tropical. • Prefere solos profundos, ricos, quentes, soltos, de natureza calcária-argilosa e permeáveis. O pH deve situar-se entre os 5,5 – 7,0. • É tolerante à seca.
  • 12. Solos • Adubação com estrume de cavalo, peru ou porco e composto. • Terrenos ricos em azoto, fósforo, potássio (1:1:1).
  • 13. Pragas e doenças • Pragas: As pragas que atacam a árvore, são as cochinilhas, ácaros e pássaros. • Doenças: Míldio, doenças bacterianas e cancros. • É muito sensível a ventos e humidade excessiva.
  • 14.
  • 15. Classificação científica Reino: Animalia Filo: Arthropoda Classe: Insecta ou hexapoda Ordem: Lepidoptera Família: Bombycidae Género: Bombyx Espécie: Bombyx mori Lineu, 1758 Imagem ''The Century Dictionary and Cyclopedia''
  • 16. Classificação de Bombyx mori • Pela origem o Chinesa o Japonesa o Europeia o Indiana ou Equatorial o Coreana • Pelo voltinismo o Monovoltino o Bivoltino o Polivoltino • Pelo número de ecdises ou mudas o Três ecdises o Quatro ecdises
  • 20. Torax O tórax é composto por: • Protórax • Mesotórax • Metatórax
  • 21. Abdómen • O abdómen está dividido em dez segmentos dos quais apenas se distinguem nove já que os últimos três estão fundidos em placa anal e patas caudais. • A partir do terceiro segmento abdominal até ao sexto e último, há um par de patas falsas
  • 22. Patas
  • 24. Sistema Digestivo • Estomodeu ou intestino anterior • Mesentério ou intestino médio • Proctodeu ou intestino posterior
  • 25. Sistema Digestivo • O Sistema digestivo depende do estádio de desenvolvimento
  • 27. Tubos de Malpighi • São os principais órgãos de excreção do bicho da seda • Estão mergulhados na hemolinfa. • Regulam a quantidade de sais e água da hemolinfa • Excretam principalmente ácido úrico e também azoto e fósforo
  • 28. Sistema respiratório • Os espiráculos são pequenas aberturas, nove pares, servem para a respiração das larvas e excreção de água durante o tempo no casulo • O sistema respiratório é do tipo traqueal
  • 29. Sistema circulatório • Sistema circulatório é do tipo aberto • A chave do sistema circulatório é o vaso dorsal • O sistema circulatório leva o alimento a todas as células
  • 30. Factores na Criação • Instalações adequadas o Temperatura o Humidade relativa o Ventilação o Iluminaçaõ
  • 31. Ciclo de Vida 1º Instar 4 dias 1ª Muda 1 dia 2º Instar 3 dias 2ª Muda 1 dia 3º Instar 4 -5 dias 3ª Muda 1 dia 4º Instar 5 dias 4ª Muda 2 dias 5º Instar 7-9 dias Asociación Sericícola de la República Argentina
  • 32. Ovo • Tem aproximadamente 1 mm e pesa 0,5 mg • Oval e achatado • Tem um pequeno orifício chamado micrópilo • Cor amarela após postura • Se for fecundado passa a amarelo-forte, alaranjado e finalmente cinzento • A casca é de queratina, uma substância muito resistente • Composto por membrana vitelina que envolve o protoplasma e um núcleo em estado embrionário • Após a quebra do período de dormência a lagarta sai do ovo ao fim de 7-21 dias.
  • 33. Lagarta ou Larva • O ciclo larvar vai desde a eclosão do ovo até à fase de formação do casulo, tem a duração de cerca de 24 dias • A lagarta quando sai do ovo tem de 1 a 3 mm, cor castanha ou preta, coberta de pelos que caem em poucos dias • Depois passa a cinzenta ou azulada ficando mais clara com o desenvolvimento. • Quatro semanas depois da eclosão pesa 5 a 6 g (10000 vezes o seu peso inicial) • Tem inicio a formação do casulo
  • 35. Pupa ou Crisálida • No interior do casulo o corpo da larva sofre metamorfoses • Transforma-se em pupa ou crisálida • Depois transforma-se em mariposa, estado adulto • Este estádio dura cerca de 10 dias • Internamente dá-se a morte do intestino e o surgimento das asas e aparelho reprodutor
  • 36. Adulto • Para sair do casulo a mariposa liberta um líquido alcalino que corrói uma das extremidades do casulo abrindo uma abertura para a sua saída. • Neste estágio o inseto não se alimenta • Fase dedicada à reprodução da espécie • Após acasalamento a fêmea põe 200 a 500 ovos • Fêmea e macho morrem • Este estádio dura de 10 a 16 dias
  • 37. Reprodução • O acasalamento pode durar de algumas horas até um dia • A longevidade das fêmeas é 14 a 15 dias • A longevidade dos machos é de 7 a 8 dias
  • 38. Doenças • Principais doenças da Bombyx mori – vírus da poliedrose nuclear – vírus da poliedrose citoplasmática – vírus da flacidez infecciosa – vírus da densonucleose
  • 39.
  • 40. Produção de seda • Principais países produtores – China – Índia – Rússia – Japão – Brasil
  • 42. Produção de Seda • Os casulos são mergulhados em água quente • Cada casulo pode render de 460 a 1000 metros de um filamento único • Os filamentos são combinados para formar os fios de seda • São necessários 5 Kg de casulos para se produzir 1 Kg de seda
  • 43. Seda • A seda é utilizada para produzir tecidos leves, brilhantes e macios • Tem aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra idêntica ao prisma que refrata a luz • Os chineses tiveram exclusividade no seu fabrico por 3000 anos
  • 44. Nanotecnologia • Revestimento especial nos nano túneis das antenas da mariposa • Inspiração de camada oleosa em nanoporos sintéticos • Combate de doenças neurodegenerativas – Parkinson – Alzheimer – Huntington
  • 47. Bibliografia • “The Insects na Outline of Entomology” P.J. Gullan and P.S. Cranston • “Insectes de France et d’Europe occidentale” Michael Chinery • “Manual de Sericultura en Hidalgo” Dr. Alejandro Rodríguez Ortega et al. • http://www.dbc.uem.br/laboratorios/Bombyx.ht m • http://faostat3.fao.org/browse/Q/QL/E • http://revistas.bvs- vet.org.br/bia/article/viewFile/8863/9414
  • 48. Sites consultados • http://www.dbc.uem.br/laboratorios/Bombyx.ht m • http://faostat3.fao.org/browse/Q/QL/E • http://revistas.bvs- vet.org.br/bia/article/viewFile/8863/9414 • http://www.den.ufla.br/siteantigo/Professores/R onald/Disciplinas/Notas%20Aula/Sericicultura%2 0bichodaseda.pdf • http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Illustrati on_Morus_nigra0.jpg#mediaviewer/File:Illustrati on_Morus_nigra0.jpg

Notas do Editor

  1. A sericicultura, é uma arte milenar que começou na China há cerca de 5000 anos. Esta, compreende a cultura da amoreira, a criação do bicho-da-seda e a produção dos fios de seda para a indústria têxtil, sendo considerada uma das atividades agroindustriais mais antigas praticadas pelo Homem. A larva da espécie Bombyx mori, designada por bicho-da-seda é um inseto com grande importância económica, já que os seus casulos são utilizados no fabrico da seda. Cerca de 95% da seda produzida no mundo provém desta espécie. Este inseto encontra-se totalmente domesticado devido à forte manipulação genética a que foi sujeito, com o objetivo de obter uma espécie boa produtora de seda. O fio de seda é um produto filamentoso de origem proteica, que é produzida nas glândulas sericígenas das larvas do bicho-da-seda.
  2. Proteínas, gorduras, hidratos de carbono, fibras e vitaminas, macro e micro elementos. Para a produção de Bombyx mori é necessário em consociação uma boa produção de amoreiras.
  3. Existem 8 espécies, uma pertence à família Bombycidae que é a Bombyx mori e as outras à família Saturniidae
  4. Origem: Japonesa: ovos de cor cinza-arroxeada; casulo branco, alongado e de tamanho médio; ciclo uni e bivoltino, com 4 ecdises. Chinesa: ovos esverdeados; lagartas jovens pouco resistentes ao calor, corpo branco; casulo elíptico ou esférico, branco amarelo-ouro, ou verde; fibra fina e comprida; ciclo menor que a japonesa, uni, bi e polivoltino, com até três ecdises. Europeia: ovos maiores que de outras origens da espécie; lagartas maiores com manchas no corpo, pouca resistência ao calor; ciclo maior; mais susceptíveis a doenças pebrina e poliedrose; casulo oval ou alongado, branco ou rosado; ciclo monovoltino. Indiana ou Equatorial: ovos brilhantes; lagartas menores, mais resistentes ao calor, ciclo curto; casulo conico, pequeno, branco ou esverdeado, pouco teor de seda; fibra fina; ciclo polivoltino. Coreana: ciclo da lagarta curto; casulo alongado, branco ou amarelo; univoltino com três ecdises. Voltinismo: Monovoltinismo (um ciclo anual): ocorre nas regiões frias; ciclo larval mais longo, maior crescimento de corpo; boa qualidade dos casulos; menor resistência a doenças e altas temperaturas e húmidade Bivoltino (dois ciclos anuais): ocorre nas regiões subtropicais; ciclo larval menor; maior resistência ao calor; qualidade inferior dos casulos; mais utilizada pelos sericultores. Polivoltino (vários ciclos anuais): ocorre nas regiões tropicais; ciclo larval curto; maior resistência a doenças e calor; casulos pequenos; baixo teor de seda. Numero de ecdises ou mudas: 3 ecdises: ciclo larval mais curto; resistente a doenças; lagartas e casulos pequenos; fibra mais fina; espécie de origem coreana e chinesa. 4 ecdises: mais utilizada pelos criadores; lagartas e casulos médios. 5 ecdises: mutação da origem de 4 ecdises; lagarta de ciclo longos; casulos maiores; fibra mais grossa.
  5. Morfologia: Cabeça Tórax Abdómen Chifre caudal O corpo larval tem uma forma cilíndrica segmentada, subdividido em 13 anéis, dos quais os três primeiros são os torácicos e os restantes abdominais. Os três anéis torácicos têm inseridas três pares de patas verdadeiras (presentes mesmo no estado de mariposa), que não dão uma grande contribuição para a locomoção da larva mas são usados para a apreensão da folha durante a alimentação. Na área abdominal, estão presentes 5 pares de "falsas patas" assim definidas por não estarem presentes na mariposa e são fundamentais para a locomoção das larvas. A mancha ocular e a mancha em meia lua são elementos hereditários de identificação ligados à espécie, presente na espécie japonesa e ausente na espécie chinesa. Os espiráculos são pequenas aberturas, nove pares, servem para a respiração das larvas.
  6. A cabeça é de forma globular e de natureza quitinosa onde está localizado o aparelho bucal que é do tipo mastigador, os olhos são compostos e a fieira localizado sob a boca é o órgão através do qual a larva atingindo a maturidade, emite o soro sérico formar o casulo. Ocelo – olho dos antrópodes, olho composto, com 6 olhos de cada lado. Clípeo -  Parte compreendida entre a fronte e o labro de alguns insectos, que delimita a margem inferior da cara. Pézon hilador - fieira É constituida dos seguintes apêndices: antenas, olhos e boca. cia cônica denominada fieira por onde é lançada a secreção sérica (o fio de seda). O aparelho bucal da lagarta, é constituído por um lábio superior ou labro, que auxilia na alimentação através de um movimento de vaivém, um lábio localizado ventralmente, onde existe um canal para expelir a secreção sérica, fio de seda, um par de maxilas (esquerda e direita) com pêlos sensoriais na sua superfície, com a função de distinguir o sabor e o odor dos alimentos e um par de mandíbulas bem desenvolvidas e fortes, adaptadas à mastigação. Os ocelos são seis de cada lado da base das antenas, servem apenas para detectar a intensidade da luz, mas não a percepção das formas e cores
  7. O aparelho bucal da lagarta, é constituído por um lábio superior ou labro, que auxilia na alimentação através de um movimento de vaivém, as mandíbulas têm a função de cortar a ingerir as folhas de amoreira, um lábio localizado ventralmente, onde existe um canal para expelir a secreção sérica, fio de seda, um par de maxilas (esquerda e direita) com pelos sensoriais, antenas, na sua superfície, com a função de distinguir o sabor e o odor dos alimentos e um par de mandíbulas bem desenvolvidas e fortes, adaptadas à mastigação.
  8. Cada um dos segmentos torácicos tem ventralmente um par de patas, as patas verdadeiras são cónicas e terminam em unhas distais. As unhas não são usadas na locomoção mas sim para segurar as folhas durante a alimentação
  9. Patas torácicas à esquerda, 3 pares de patas que servem para segurar o alimento, patas verdadeiras que são cónicas e terminam em unhas distais. Patas abdominais à direita, 4 pares de patas + 1 par de patas caudais com funções locomotoras e fixação do alimento.
  10. Internamente a larva é constituída de aparelho digestivo; aparelho circulatório; aparelho respiratório;  sistema muscular; sistema nervoso 1 e 2 e órgãos de reprodução. Os principais órgãos internos são: intestino, glândula serícigena, traqueia, sistema nervoso 1 e 2, tubo de Malpighi, vaso dorsal e órgãos reprodutivos. O sistema digestivo ocupa a maior parte do corpo das larvas no quinto instar
  11. O sistema digestivo da lagarta é um tubo mais ou menos reto, que vai da boca até ao ânus, dividido em três partes: o estomodeu ou intestino anterior, o mesentério ou intestino médio e o proctodeu ou intestino posterior. É no intestino médio , maior, que se dá a absorção do alimento. A boca é sucedida pela cavidade bucal, por uma estreita faringe e pelo esófago, o qual é estreito na sua porção anterior e mais alargado na sua porção posterior, onde apresenta uma válvula cardíaca cujas funções são reter no esófago por algum tempo a porção de folha de amoreira e impedir a regurgitação do alimento que passou para o intestino médio. O intestino médio, também conhecido como intestino grosso, é como um tubo cilíndrico comprido e largo, que sofre um estreitamento na sua porção final, sendo a principal parte do sistema digestivo onde ocorre a digestão e assimilação do alimento. Da alimentação até à eliminação do bolo fecal leva 1 a 1 hora e meia nas lagartas jovens e 2 a 3 horas nas adultas. As fezes são expelidas em forma de uma estrutura hexagonal. Apenas 10 a 20% da folha é ingerida por uma lagarta jovem e 60 a 70% por uma adulta, do alimento ingerido 35 a 45% é aproveitado. Durante o ciclo completo, uma lagarta consome 20 g de folhas, das quais 88% são ingeridos no último estádio lagarta. Desse total, 25% são convertidos em seda.
  12. A forma do aparelho digestivo do bicho da seda modifica-se consoante o estádio de desenvolvimento e etapa de transformação devido às mudança da sua função. Diferentes formas do canal digestivo nas três fases de desenvolvimento: larva, crisálida e mariposa. As crisalidas e mariposas não ingerem qualquer alimento, daí a degeneração do tubo digestivo.
  13. Glândulas sericígenas: As glândulas de seda são labiais, de origem ectodérmica, cilíndricas e tubulares, situadas do lado ventral do corpo sobre o mesenterio. A larva possui um par de glândulas sericígenas, são o segundo maior órgão do corpo; estão localizados em ambos os lados ventrais do intestino médio e posterior ventral e podem ser divididos em três regiões: anterior, médio e posterior. As regiões anteriores da glândula de seda estão reunidos numa única perto da cabeça e ligadas ao canal excretor de seda que é uma parte do aparelho bucal. Os dois tubos são fechados na extremidade posterior e abrem-se no canal excretor da seda, situadas na boca da larva. Cada glândula divide-se em três partes: Posterior, onde é secretada a fibroina Mediana, onde é secretada a sericina Anterior, onde ocorre a junção da fibroina e sericina para formar o fio de seda, que sai pelas fieiras ou fiandeiras do canal excretor da seda. Como existem duas glândulas, o fio de seda é formado por dois filamentos de fibroína, revestidos pela sericina. A seda começa a ser secretada a partir da 3ª idade ou instar, porem na 5ª idade, a glândula cresce rapidamente chegando a pesar 20 a 40% do peso da larva no final do seu desenvolvimento. A glândula sericígena é dividida morfologicamente em três partes: posterior, mediana ou central, e anterior. A parte posterior ou região secretora sintetiza as moléculas de fibroína e a proteína P25, que formam o fio insolúvel. Na região mediana há secreção da sericina, que fornece ao fio uma camada aderente. A parte anterior é responsável em secretar um fio simples de seda pronto para a formação do casulo, nesta região encontra-se também a mucoidina, que auxilia durante a passagem do fio de seda na glândula. A fibroína solidifica no momento que o fio sai, no entanto a camada de mucoidina permanece mole por um certo tempo, permitindo que a larva cole entre si as diferentes camadas de fio para tecer o casulo.
  14. Os tubos de Malpighi são os principais órgãos de excreção do bicho-da-seda. Têm origem no centro do intestino posterior, ramificando em dois tubos, um em cada lado do intestino. Estes ramificam novamente em 3 tubos cada, que se inserem na parede do intestino médio. A excreção é constituída principalmente por ácido úrico, além de outros elementos como o azoto e fósforo. Também atuam na regulação da quantidade de sais e água na hemolinfa, onde os tubos de Malpighi estão mergulhados.
  15. O sistema respiratório é do tipo traqueal. É constituído pelos espiráculos, traqueias e traquéolas. As traqueias são invaginações do exosqueleto, que formam pequenos tubos que se ramificam pelo interior do corpo, penetrando nos tecidos, traquéolas, agindo nas trocas gasosas entre oxigénio e dióxido de carbono no liquido traqueolar. As aberturas externas das traqueias são os espiráculos que além de permitirem a entrada de ar no corpo da larva, facilitam a excreção de água durante o encasulamento. 9 pares de espiráculos laterais excepto no 2º,3º e 12º segmento
  16. O sistema circulatório dos insetos, em geral, é do tipo aberto, isto significa que o fluido circulante, hemolinfa, não se limita aos vasos definidos para a totalidade do seu curso, o sistema circulatório é constituído de um tubo que percorre todo o corpo, levando alimento para todas as células. A hemolinfa penetra nas válvulas torácicas situadas na região dorsal e é impulsionada para a região cefálica, passando pela aorta. O vaso dorsal é o elemento chave, a parte anterior do vaso dorsal é a aorta e a posterior é o vaso cardíaco ou coração.
  17. Temperatura entre os 20 e 30ºC Humidade relativa de 60 a 80%, as lagartas jovens devem ter temperatura e humidade maiores em relação às adultas. Ventilação dado que o espaço vai ficando cheio de dióxido de carbono provindo das fezes dos bichos de seda e dos tratadores. Iluminação sem sol direto, os bichos de seda necessitam de luminosidade para se desenvolverem corretamente, aumentam o consumo e a atividade na presença de luz.
  18. Ínstar: forma que adota um inseto durante una fase determinada. O B. mori apresenta um ciclo de vida típico de Lepidoptera, com quatro estádios distintos: ovo, larva ou lagarta, pupa ou crisálida e adulto ou mariposa, metamorfose completa, as lagartas passam por cinco estádios que são classificados em 1a, 2a, 3a,4a e 5a idade. O bicho da seda tem uma dieta única, alimenta-se exclusivamente de folhas de amoreira fresca, aumentando quase que setenta vezes seu tamanho original e ocupando quatro vezes mais o espaço inicial. Depois de 5 semanas, já na 5ª idade a larva tem cerca de 7 cm de comprimento, ela para de se alimentar, o órgão mais desenvolvido do seu corpo é a glândula sericígena e inicia a fiação do casulo, converte-se em pupa, mais tarde transforma-se em mariposa, como representado no esquema do ciclo de vida. O ciclo de vida dura de 50 a 55 dias. A incubação dura de 7 a 10 dias. A etapa larval tem duas fases A 1ª é a da alimentação e crescimento que dura de 25 a 30 dias. A 2ª é a da construção do casulo que dura 3 a 4 dias. A etapa da pupa(metamorfose dentro do casulo) dura 10 a 14 dias. A etapa mariposa, etapa adulta, com saída do casulo, postura de ovos e morte dura 3 a 5 dias.
  19. Micrópilo - permite a passagem do esperma no momento da fertilização e é o lugar por onde nasce a larva. Mede 1 a 1,3 mm de comprimento, 0,9 a 1,2 mm de largura e 0,5 mm de altura. Variações de cores: esbranquiçado, amarelo palha e amarelo intenso nas primeiras 24 horas, depois passa a rosa, rosa tijolo, podendo assumir depois entre as 36-48 horas (dependendo da temperatura) a cor final que é o castanho acinzentado ou cinzento. A cor acinzentada indica que o ovo é fertilizado, caso a fecundação não ocorra o ovo permanece amarelo. O ovo fertilizado tem densidade de 1,08 sendo mais pesado que a água, enquanto o não fecundado é mais leve. Dependendo da raça são necessários 1500 a 3300 ovos para perfazer uma grama. Após a posturas os ovos são levados para a estivação, período no qual se desenvolve a 1ª fase embrionária do ovo (4 a 5 dias após postura). Nesse período os ovos devem ser mantidos numa temperatura de 25 a 27ºC e a humidade relativa entre 70 e 80%. A sala de estivação deve ser desinfetada antes e depois de cada produção de ovos, com soda caustica a 5% e formol também a 5%.
  20. A larva quando eclode do ovo tem cerca de 3 mm de comprimento e apresenta uma coloração escura com pelos pretos. Neste estádio, a lagarta alimenta-se exclusivamente das folhas da amoreira. A lagarta por crescer muito necessita de trocar de exosqueleto quitinoso, cutícula rígida que limita o tamanho da lagarta, esta troca é designada de muda ou ecdise, ocorrendo 4 mudas de pele, nas quais a lagarta deixa de se alimentar e 5 idades ou instares. No processo da muda, a lagarta levanta a cabeça, o corpo fica tenso, de cor creme e a lagarta inquieta O espaço de tempo entre as mudas de pele são denominados de idade ou instar, passando a larva desde a eclosão até à formação do casulo por cinco idades.
  21. Os casulos devem ser colocados em locais com 23 a 24ºC e humidade relativa entre os 75 e 80% até à emergência dos adultos. A lagarta na 5ª idade, apresenta 7 cm de comprimento e o órgão mais desenvolvido é a glândula sericígena, no final desta idade a lagarta tece um casulo de seda, constituído principalmente pelas proteínas fibroína e sericina, que são produzidas pelas células da glândula da seda e expelidas pela boca. O mecanismo de formação do fio de seda nas glândulas sericígenas é único, e muito estudado. A glândula sericígena é dividida morfologicamente em 3 partes: posterior, mediana ou central e anterior. A parte posterior ou região secretora sintetiza as moléculas de fibroína e a proteína P25, que formam o fio insolúvel. Na região mediana há secreção de sericina, que fornece ao fio uma camada aderente. A parte anterior é responsável em segregar um fio simples de seda pronto para a formação do casulo, nesta região encontra-se também a mucoidina, que auxilia durante a passagem do fio de seda na glândula. A fibroína solidifica-se no momento que o fio sai, no entanto a camada de mucoidina permanece mole por um certo tempo, permitindo que a lagarta cole entre si as diferentes camadas de fio para tecer o casulo. Os casulos apresentam diferentes cores e diferentes formas, que dependem das raças: A branca é relativa às raças chinesas e europeias. A amarela às raças europeias. A esverdeada às raças indianas. Quanto à forma: Arredondada é característica das raças chinesas. Ovalada das raças europeias. Forma de amendoim das raças japonesas. Existe preferência pelos casulos brancos devido a apresentarem maior facilidade no tingimento. A fibroína é o principal componente do fio de seda, e a sericina é uma proteína que possui propriedades adesivas, fundamental para manter as fibras de fibroína unidas. A P25 é uma glicoproteína que tem um papel importante na manutenção da integridade do fio de seda.
  22. A pupa ou crisálida do bicho-da-seda é obtéctea (transparente) ou coberta. Inicialmente a pupa é amarela clara, tornando-se mais escura até o amarelo forte. A sua forma é ovoide, com a cabeça pequena e os olhos grandes. Nas pupas fêmeas existe uma fenda longitudinal dividindo o segmento da extremidade ventral do abdómen, enquanto nos machos há um ponto escuro na margem posterior do mesmo segmento que serve para diferenciar os sexos e é importante, durante o acasalamento. Durante a metamorfose o corpo do inseto sofre profundas transformações, geneticamente determinadas. Estas transformações envolvem a involução de determinadas estruturas anatómicas, como o intestino (através de um processo de morte celular programada – apoptose) e desenvolvimento de novas, como as asas e o aparelho reprodutor.
  23. A emergência da mariposa tem inicio com o auxilio de um liquido alcalino, secretado no intestino que humedece e amolece a casca do casulo facilitando o seu rompimento para a saída do adulto. Tem 2 pares de asas, 3 pares de patas e 1 par de antenas.
  24. A cabeça da mariposa é pequena, com olhos compostos grandes e antenas bipectinadas. O aparelho bucal é atrofiado, como na fase adulta a mariposa não se alimenta, a probóscida (língua) é vestigial e não funcional, o sistema digestivo é menos proeminente do que na lagarta e as patas robustas, as asas anteriores são maiores que as posteriores, porem as fêmeas não podem voar. O abdómen da fêmea é mais grosso que o do macho. O corpo e as asas são cobertos com escamas brancas. O acasalamento pode durar de algumas horas até um dia, porem bastam 30 minutos a uma hora para que ocorra a fecundação de todos os ovos. A longevidade do adulto é de 14 a 15 dias para as fêmeas e 7 a 8 dias para os machos. Após a emergência devem-se eliminar os adultos defeituosos e colocar os outros para acasalar num local escuro, com temperaturas entre os 24 e 28ºC, por 1 a 3 horas. A mariposa fêmea exala um ferormónio que atrai a mariposa macho Após esse período os machos são descartados e as fêmeas colocadas sobre cartões ou tela de algodão cru para que possam efetuar as posturas.
  25. A seda é utilizada para se produzir tecidos leves, brilhantes e macios. Os tecidos são usados em camisas, vestidos, blusas, gravatas, xales, luvas etc. A seda tem uma aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra, parecida com um prisma, que refrata a luz. Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2700 a.C..
  26. Os chineses tiveram exclusividade na fabricação da seda por três mil anos. A seda era considerada a mais valiosa mercadoria da China e gerou a famosa Rota da Seda, a mais importante rota comercial da época. A manufatura da seda era um segredo de estado, muito bem guardado até o ano 300, quando se tornou conhecida na Índia, 3 000 anos após sua descoberta pelos chineses. Em 550 tornou-se conhecida na Europa.
  27. A fibra de seda natural é um filamento contínuo de proteína. O processo de tecelagem da seda continua o mesmo nos dias de hoje. Na sericultura, os casulos são mergulhados em água quente para liberar os filamentos da substância chamada sericina da seda, matando a larva do bicho-da-seda. A substância, ao ser retirada dos fios, deixa estes com a cor brilhante característico da seda. Os filamentos são combinados para formar fios, que são enrolados e finalmente secos. Cada casulo pode render de 458 a mil metros de seda, sendo cada casulo composto por apenas um longo fio . Cerca de cinco quilogramas de casulos são necessários para produzir um quilograma de seda em bruto.
  28. A seda é utilizada para se produzir tecidos leves, brilhantes e macios. Os tecidos são usados em camisas, vestidos, blusas, gravatas, xales, luvas etc. A seda tem uma aparência cintilante, devido à estrutura triangular da fibra, parecida com um prisma, que refrata a luz. Acredita-se que os chineses começaram a produzir seda por volta do ano 2700 a.C..
  29. Gravura superior direita: mariposa do bicho-da-seda e a estrutura do bombicol, primeiro feromônio sexual de um inseto a ser isolado. Tiveram que matar 500 mil fêmeas mariposas para se obter 1 mg da substância ativa. Ferormónios são substâncias químicas secretadas por um indivíduo e que permitem a sua comunicação com outros indivíduos da mesma espécie. Importantes no acasalamento. Um revestimento especial nos nano túneis das antena de uma mariposa da seda é a inspiração para uma camada oleosa semelhante em nanoporos sintéticos. Pesquisadores da Universidade de Michigan lideram o desenvolvimento desta tecnologia melhorada, os nanoporos são essencialmente orifícios perfurados, em chips de silício e são dispositivos de medição minúsculas que permitam o estudo de moléculas individuais ou de proteínas que pode fazer avançar a compreensão de uma classe de doenças neurodegenerativas que incluem doença de Alzheimer, de Parkinson, e doença de Huntington.