SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para um plano de pormenor de reabilitação urbana

coordenação

Manuel Rocha Ribeiro

Isabel Rute Alves
Cláudia Sousa

Divisão Municipal de Projetos e Planeamento Urbanístico
DIREÇÃO MUNICIPAL DE URBANÍSMO
Departamento Municipal de Planeamento Urbanístico

Porto | 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

PARTE I
EVOLUÇÃO URBANA

1. Objetivos
metodologia
2. Génese
toponímia
aurifícia
ilhas
3. Planeamento
evolução urbana
planos

p1 | sumário

PARTE II
DIAGNÓSTICO E INTENÇÕES

1. Levantamento
conservação
cérceas
funções
2. Análise
síntese comparativa
3. Intenções
base programática
4. Conclusões

|2
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Objetivos | Metodologia
objetivos:




enquadramento territorial da área - plano
oportunidade de elaboração do plano
base programática da intervenção

metodologia:





enquadramento histórico - recolha e análise de fontes documentais
diagnóstico – levantamento e recolha de dados no terreno
análise comparativa
conclusões

p1 | 1. objetivos

|3
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Objetivos | Metodologia
Enquadramento legal do plano





o PDM (Art. 88.º) impõe - forma de execução - UOPG 9
Plano de Pormenor (PP)
a UOPG 9 situa-se na ARU-CEDOFEITA (delib. CMP/22/02/2011)
elaboração do plano – termos de referência – RJIGT (n.1/2, Art.74.º)
modalidade específica - Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana (PPRU) - al.b)/
n.º 2 e al. c)/n.º 5, Art.91.º - A (RJIGT)
 aplicável o RJRU (DL 307/2009 de 23/10) - Secção II do Capítulo II
 aplicável o DL 309/2009 de 23/10 – n.º1, Art.70.º - património cultural
 conceitos, cartografia, qualificação solo – DR 9/2009, 10/2009, 11/2009 (29/05)
Oportunidade de elaboração do plano






cumprir imperativo legal – forma de execução
acentuado abandono e decadência da área – valores patrimoniais em presença
novos instrumentos de reabilitação urbana
atratividade da zona – funções residenciais, comércio e serviços
efeitos regeneradores urbanos propagados a uma área mais vasta – ARUCEDF

p1 | 1. objetivos

|4
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Enquadramento territorial
Freguesia de Cedofeita
quarteirão 9,3 ha.
Norte - Rua de Alvares Cabral
Nascente – Praça da República /e a
Rua de Mártires da Liberdade
Sul – Rua dos Bragas
Poente – Rua de Cedofeita

p1 | 2. génese

|5
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Enquadramento territorial
origens da freguesia de Cedofeita
 associadas ao primitivo povoado que
se desenvolveu à sombra da velha
igreja românica, em várias fases de
desenvolvimento.
 a designação da freguesia tem origem
na construção da igreja – construída
em curto espaço de tempo –
denominou-se “cito-facta”
cedo-feita!

p1 | 2. génese

|6
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Ruas e a Toponímia
Rua de Cedofeita
Antiga estrada medieval - conduzia a Vila do
Conde e Póvoa de Varzim.
Um dos principais eixos de saída da cidade,
Plano de Melhoramentos de 1784 da Junta de
Obras Públicas - suportado pela tributação
do comércio do vinho.
Rua de Álvares Cabral
Rasgada na Quinta dos Pamplonas, Quinta da
Boavista ou Quinta de Santo Ovídio
Topónimo atribuído a 4 de Maio de 1899 em
homenagem a Pedro Álvares Cabral
Delimitação da Quinta dos Pamplonas - Telles Ferreira, 1892 (A.H.M.P)

p1 | 2. génese

|7
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Ruas e a Toponímia
Praça da República
Praça de Santo Ovídio, Campo da Regeneração percurso da antiga estrada de Braga que desde a
Ribeira e a Praça de Santo Elói (Largo dos Loíos) seguia
para o Minho.
Integrado no sítio de Germalde referido já na escritura
de doação do burgo do Porto ao Bispo D. Hugo, em
1120.
Rua dos Mártires da Liberdade
Antiga Rua da Sovela - dos Mártires da Liberdade em
homenagem aos liberais justiçados de 1829.
conhecida no século XVII como Estrada de Santo
Ovídio.
Carta Topográfica do Porto – esc. 1:500 - Telles Ferreira, 1892 ( flh 254- A.H.M.P)

p1 | 2. génese

|8
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Quinta dos Pamplonas

Pintura a óleo da Quinta de Santo Ovídio - Jardins Históricos do Porto | ANDRESEN, Teresa. Coleção Portucale, Edições Inapa, Porto, 2000

p1 | 2. génese

|9
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Quinta dos Pamplonas
A venda parcelar dos terrenos da Quinta foi efetuada
entre 1897 e 1905, sendo dividida em 144 lotes,
medindo cada um deles, 6 metros à frente da rua.
A construção da quase totalidade dos imóveis da rua
foi levada a cabo entre 1897 a 1912.

Planta de Loteamento da Quinta, 1895

p1 | 2. génese

Planta da Cidade do Porto F. Perry Vidal, 1865 - AHMP

| 10
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Ruas e a Toponímia
Rua dos Bragas
Concluída em 1824 em terrenos
pertencentes à Quinta do
Mirante cujos proprietários
eram os ricos negociantes José
Ribeiro Braga e seu irmão
António .Era também conhecida
como Quinta dos Bragas ou
Quinta dos Ribeiro Braga.

Planta da Abertura da Rua dos Bragas - Plantas Antigas 152, (MNL 2 / A’ – 12) (A. H.M. P).

p1 | 2. génese

| 11
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
a Companhia Aurifícia
Fundada a 9 de Setembro 1869 na Rua
dos Bragas por cinco industriais de
ourivesaria, influentes capitalistas do
Porto: Joaquim Rodrigo Pinto, Pedro
Augusto da Costa, José Dias d’ Almeida
Augusto Alberto Corrêa e Miguel
Gonçalves Corado e Silva.

Companhia Aurifícia - Gravura (extrato) século XIX

p1 | 2. aurifícia

| 12
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
a Companhia Aurifícia
A Companhia Aurifícia foi uma
empresa pioneira na transformação
de metais nobres (ouro e prata),
cunhagem de metais (medalhística),
na ferraria, na serralharia, na
laminagem de chumbo, no fabrico
de pregaria e trefilaria de arame.
Os processos de fabrico conjugavam
o saber da manufaturação
especializada com os processos da
nova maquinaria industrial a vapor.
Casa do Administrador , pórtico de entrada de operários (arq. Marques da Silva) e mina de água

p1 | 2. aurifícia

| 13
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
a Companhia Aurifícia
A Aurifícia laborou até Dezembro de
2006, extinguindo completamente a
sua atividade, devido a fatores
externos, e económicos que
inviabilizaram a empresa.
Hoje, mantém-se em atividade a
garagem de recolha de automóveis.
Constitui um exemplar raro da
industrialização do século XIX pela sua
autenticidade do modelo de
património industrial da cidade e do
país.
Carris para vagonetas, edificio de expedição , nave fabril: trefilaria, pregaria e caldeira

p1 | 2. aurifícia

| 14
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
as Ilhas na Rua dos Bragas|Cedofeita

ilha das engomadeiras

ilha do lampião

Com a construção das unidades fabris e consequente necessidade de mão-de-obra surge uma nova tipologia de habitação
para as classes obreiras: as ilhas. O seu esquema assemelha se às primeiras back-to-back houses de Leeds, quer em termos
de tipologias, promotores e finalidade de construção.

p1 | 2. ilhas

| 15
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Planeamento
No início do século XX surgem vários planos e estudos urbanísticos para a cidade do Porto. Em 1932, Ezequiel de Campos
no seu “ Prólogo ao Plano da Cidade do Porto”, aponta para uma urgente melhoria das vias e eixos de comunicação,
apoiando-se nas Avenidas da Boavista e de Marechal Gomes da Costa. Preconizava atividades económicas e administrativas
com expansão para norte e futura zona residencial para poente.

O “Plano Regulador da Cidade do Porto” de Antão de Almeida Garrett
(1952), é o primeiro documento de raiz na ótica do planeamento
urbano que introduz um vetor inédito:
os Zonamentos da Cidade - delimitação de áreas com funções
específicas adaptadas a cada porção do território para que cada
atividade possa obter o máximo de rendimento e eficiência.
Garrett dividiu a cidade do Porto em quatro zonas específicas:
residenciais, especiais, verdes e rurais.
Antão de Almeida Garrett Extrato da Planta de Zonamento

p1 | 3. planeamento

| 16
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Planeamento
O “Plano Director da Cidade” Robert Auzelle (1962) assentava num esquema funcional apoiado na rede viária e de
circulação - pretendia resolver as dificuldades de ligação norte-sul e nascente-poente.

O Plano tem duas preocupações essenciais:
A circulação e a terciarização do Centro - na Baixa
Criação de Centro Direcional, no cruzamento desses dois eixos
fundamentais de circulação

Extrato do Plano Director da Cidade - Robert Auzelle (1962)

p1 | 3. planeamento

Eixo principal este-oeste, prolongamento da Rua Gonçalo Cristóvão para poente

| 17
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Plano de Urbanização para a Zona de Cedofeita
O Plano de Urbanização (1979) para a Associação de Moradores da Zona de Cedofeita, não foi aprovado pelo município
porque “de acordo com deliberações camarárias de 3 e 17 de Julho de 1980 - o preço das expropriações excedia o limite
máximo de 100 contos por fogo”.

planta de urbanização da zona de Cedofeita- (1979) escala 1:500

p1 | 3. planeamento

 construção de 10 blocos de 4 pisos
para habitação social, no interior do
quarteirão, uma escola primária e
um centro de saúde.
 abertura de um arruamento entre a
Rua dos Bragas e a Rua de Álvares
Cabral e um arruamento interior de
articulação com a Rua dos Bragas.
 Definia as implantações e cérceas
para a frente da Rua dos Bragas e no
remate com a Rua de Alvares Cabral.
| 18

Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
PDM de 1993
O “Plano Director Municipal do Porto” de Duarte Castel-Branco (1993) é aprovado tomando a designação de “Porto
Projecto Cidade Nova” que resultou da transformação do Plano Geral de Urbanização (1987)
Pilares de intervenção:
 o esquema viário (com particular
destaque para a VCI);
 a divisão do município em 19 unidades
de ordenamento habitacional.
A área correspondia à Unidade L 1.
As unidades de ordenamento A a L 2 e M a
R, são predominantemente habitacionais,
inseridas em Zona de Protecção Urbanística
e Arquitectónica, (Regulamento PDM,
Secção I, Art.º 18.º.)
extrato da planta de zonamento e hierarquização do sistema viário

p1 | 3. planeamento

| 19
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
Estudo de viabilidade da Companhia Aurifícia – 2000
O projeto de Graça Correia e Eduardo Souto Moura, aquando da Capital Europeia da Cultura, em 2001, pretendia
“aproveitar as instalações da fábrica para aí instalar um núcleo museológico mas também estúdios para artistas, galerias de
exposições e outras valências que se considerassem interessantes para o lugar”.

Estudo de viabilidade de autoria de Souto de Moura - (2000)

p1 | 3. planeamento

Este estudo, não chegou a obter aprovação
formal pela Câmara Municipal do Porto.
Propunha quatro tipos de intervenção:
 A divisão do quarteirão em duas partes e
criação de uma nova frente urbana;
 Conservação e restauro do edifício
existente da Companhia Aurifícia;
 Construção de edifícios de habitação e
comércio e espaços públicos para a nova
frente;
 Estudo para os edifícios de remate da nova
rua, em Álvares Cabral e Rua dos Bragas.
| 20
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
PDM – 2006
Os objetivos definidos , no Plano Diretor Municipal (2006) para UOPG 9 Companhia Aurifícia, são “a recuperação do interior
do quarteirão da Companhia Aurifícia, com a recuperação do edificado existente com valia arquitetónica e a valorização das
áreas verdes, contribuindo para a revitalização da Baixa”.

Extrato da Carta de Qualificação do Solo

p1 | 3. planeamento

Relativamente aos parâmetros urbanísticos a
área deverá ser ocupada maioritariamente
com:
 espaços verdes públicos e privados e
equipamentos, podendo pontualmente
admitir-se habitação, comércio e serviços;
 Deverá ser considerada a ligação viária e
ou pedonal entre as ruas que definem o
quarteirão”.
 A execução esta UOPG deverá ser
concretizada através de um Plano de
Pormenor.
| 21
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Génese e evolução urbana
PDM – 2006
Os Imóveis de Interesse Patrimonial, identificados na Planta de Ordenamento – Carta do Património e no anexo I (...),
correspondem a imóveis que, pelo seu interesse histórico, arquitetónico ou ambiental, devem ser alvo de medidas de
proteção e valorização. (…)”.

Nível
clas.

N.º

Designação

Localização

C11

Edifício de Habitação e
Comércio

R. Mártires da Liberdade

C12

Edifício Albergues Noturnos

R. Mártires da Liberdade

C13

Edifício de Habitação e
Comércio

Rua dos Bragas

C40

Companhia Aurifícia

R. dos Bragas, 230-254

IVC 7

C41

Edifício de Habitação
(Palacete)

R. de Álvares Cabral, 384

IVC 7

C42

Moradia

R. de Álvares Cabral, 306

IVC 7

C44

Moradia e Jardim

R. de Álvares Cabral, 184

IVC 7

C45

Edifício de Habitação Ferreira
Alves & Irmão

R. de Álvares Cabral, 20

IVC 7

Extrato da Carta de Património

p1 | 3. planeamento

| 22
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Registo

Para diagnóstico do estado da estrutura urbana do quarteirão procedeu-se à recolha de
dados sobre o edificado e o espaço público - elaboraram-se fichas de registo.

Foram levantados um total de 114 edifícios, situados no perímetro do quarteirão.
p2 | 1. levantamento

| 23
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Edificado
A recolha de dados sobre o edificado , foi
registada numa ficha individual por cada imóvel,
com a seguinte informação:








Plantas de localização
Fotografia (fachada)
Identificação do topónimo e nºs de polícia
Cadastro (proprietário, matriz, áreas)
Volumetria (n.º de pisos)
Utilização – funções
Estado de conservação

p2 | 1. levantamento

| 24
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Espaço Público

O espaço público foi objeto
de análise e de registo em
ficha por arruamento:






estacionamento
sentidos de transito
passeios
mobilidade
Infraestruturas

p2 | 1. levantamento

| 25
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Espaço público

p2 | 1. levantamento

| 26
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Estado de
conservação

p2 | 1. levantamento

| 27
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Cérceas

p2 | 1. levantamento

| 28
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Usos | funções

p2 | 1. levantamento

| 29
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Interior do quarteirão

p2 | 1. levantamento

| 30
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Síntese comparativa

p2 | 2. análise

| 31
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Síntese comparativa

p2 | 2. análise

| 32
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Síntese comparativa

p2 | 2. análise

| 33
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
base programática

p2 | 3. intenções

Reabilitação de edifícios
Requalificação do interior
do quarteirão;
Salvaguarda dos usos dinâmicas urbanas
Morfologias e relação com
o interior verde;
Controlo dos índices e
volumetrias;
Integração da Aurifícia na
morfologia urbana novas
valências e utilizações;
Requalificação do espaço
público - canais percursos
acessíveis
 Salvaguarda dos valores
patrimoniais
| 34

Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
vocações

consolidar - funções habitacional, serviços e comércio - existente

requalificação do edificado - versus imagem qualificada,
coerente, e forte da frente de rua.
interior de quarteirão continuum
do espaço público - espaços
residuais da cidade a consolidar
e qualificar,
Companhia Aurifícia elemento catalisador destas
mudanças – a importância e
peso na estrutura territorial o
justifica

p2 | 3. intenções

| 35
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Diagnóstico e intenções
Base programática

Fundació Palo Alto . Poble Nou | Barcelona
http://www.paloaltobcn.org

p2 | 3. intenções

| 36
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
a UOPG 9 – companhia aurifícia
estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana

Conclusões
A instalação da Companhia Aurifícia na área em estudo transformou o que foi até ao século XVIII um
simples arrabalde rural da cidade numa estrutura urbana que se desenvolveu definitivamente com a
abertura da Rua Álvares Cabral, após a urbanização da Quinta dos Pamplonas.
A ampliação da fábrica da Aurifícia e a construção das novas frentes urbanas, aconteceram rapidamente nas
primeiras décadas do séc. XX, consolidando os usos residenciais, industriais e comerciais da área. Surge
paralelamente a habitação operária no interior dos lotes, as ilhas.

Após mais de um século de atividade da Companhia Aurifícia, a ausência de dinâmicas de revitalização
natural, física e funcional, com origem no mercado, conduziram ao declínio da área. A desocupação
industrial e o declínio habitacional em finais do séc. XX, não foi devidamente antecipado pelos diversos
instrumentos de planeamento surgidos a partir dos anos 50.
A reabilitação das frentes edificadas, requalificação das vias (espaço público), e o interior de quarteirão,
mantendo a memória e história da Companhia Aurifícia como principal elemento de articulação destas
iniciativas e da história do quarteirão.
O estudo apresenta uma metodologia que identifica os problemas e oportunidades, define uma estratégia,
preconiza ações e faseamento de execução, tendo em vista alcançar determinados resultados.

p2 | 4. conclusões

| 37
Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
estudos para um plano de pormenor de reabilitação urbana

OBRIGADO!

Isabel Alves | Manuel Ribeiro
Cláudia Sousa

Divisão Municipal de Projetos e Planeamento Urbanístico
DIREÇÃO MUNICIPAL DE URBANÍSMO
Departamento Municipal de Planeamento Urbanístico

Porto | 16 de março de 2012

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]
Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]
Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]Maria
 
Tecnico a de protecao civil plano curricular
Tecnico a de protecao civil plano curricularTecnico a de protecao civil plano curricular
Tecnico a de protecao civil plano curricularCátia Mateus
 
Urbanismo E Mobilidade Dr1
Urbanismo E Mobilidade Dr1Urbanismo E Mobilidade Dr1
Urbanismo E Mobilidade Dr1Manuel Campinho
 
Organização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbanaOrganização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbanaIdalina Leite
 
Identidade Regional - AI
Identidade Regional  - AI Identidade Regional  - AI
Identidade Regional - AI Ruben Marinho
 
Conceitos.em.imagens
Conceitos.em.imagensConceitos.em.imagens
Conceitos.em.imagensIdalina Leite
 
As áreas rurais em mudança 2
As áreas rurais em mudança 2As áreas rurais em mudança 2
As áreas rurais em mudança 2Idalina Leite
 
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANO
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANOÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANO
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANOLuís Ferreira
 
14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...
14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...
14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...Gilson Adao
 
A Evolução da Televisão
A Evolução da TelevisãoA Evolução da Televisão
A Evolução da Televisãoefa1
 
Trabalho sobre os telemoveis
Trabalho sobre os telemoveisTrabalho sobre os telemoveis
Trabalho sobre os telemoveisPedro Maciel
 
A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1
A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1
A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1Maria Adelaide
 
Arquitectura Portuguesa
Arquitectura PortuguesaArquitectura Portuguesa
Arquitectura PortuguesaZé Diogo
 
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.turma12c1617
 
Ordenamento do Território
Ordenamento do TerritórioOrdenamento do Território
Ordenamento do TerritórioSuéli d'Avó
 
Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)Idalina Leite
 

Mais procurados (20)

Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]
Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]
Ficha de trabalho_stc_-_ng6-dr2_-_15-03-2010[1]
 
Tecnico a de protecao civil plano curricular
Tecnico a de protecao civil plano curricularTecnico a de protecao civil plano curricular
Tecnico a de protecao civil plano curricular
 
Urbanismo E Mobilidade Dr1
Urbanismo E Mobilidade Dr1Urbanismo E Mobilidade Dr1
Urbanismo E Mobilidade Dr1
 
Organização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbanaOrganização do espaço: a morfologia urbana
Organização do espaço: a morfologia urbana
 
Identidade Regional - AI
Identidade Regional  - AI Identidade Regional  - AI
Identidade Regional - AI
 
Conceitos.em.imagens
Conceitos.em.imagensConceitos.em.imagens
Conceitos.em.imagens
 
Ppt4
Ppt4Ppt4
Ppt4
 
As áreas rurais em mudança 2
As áreas rurais em mudança 2As áreas rurais em mudança 2
As áreas rurais em mudança 2
 
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANO
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANOÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANO
ÁREAS DE FIXAÇÃO HUMANA - GEOGRAFIA 8º ANO
 
14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...
14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...
14ª e 15 ª aulas variáveis biofisicas e sócio económicas [modo de compatibili...
 
Alentejo
AlentejoAlentejo
Alentejo
 
A Evolução da Televisão
A Evolução da TelevisãoA Evolução da Televisão
A Evolução da Televisão
 
Trabalho sobre os telemoveis
Trabalho sobre os telemoveisTrabalho sobre os telemoveis
Trabalho sobre os telemoveis
 
A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1
A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1
A RecuperaçãO Da Qualidade Urbana 1
 
Arquitectura Portuguesa
Arquitectura PortuguesaArquitectura Portuguesa
Arquitectura Portuguesa
 
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
Sociogia o ambiente-riscos e incertezas.
 
Costa portuguesa
Costa portuguesaCosta portuguesa
Costa portuguesa
 
Ordenamento do Território
Ordenamento do TerritórioOrdenamento do Território
Ordenamento do Território
 
Itália
ItáliaItália
Itália
 
Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)Problemas urbanos, soluções (2)
Problemas urbanos, soluções (2)
 

Destaque (9)

Intervenção urbana
Intervenção urbanaIntervenção urbana
Intervenção urbana
 
Pritzker 95-96-97
Pritzker 95-96-97Pritzker 95-96-97
Pritzker 95-96-97
 
Dallas
DallasDallas
Dallas
 
Carlos fernando méndez romero
Carlos fernando méndez romeroCarlos fernando méndez romero
Carlos fernando méndez romero
 
PREMIOS DE FOTOJORNALISMO 2005
PREMIOS DE FOTOJORNALISMO 2005PREMIOS DE FOTOJORNALISMO 2005
PREMIOS DE FOTOJORNALISMO 2005
 
Rota Pritzker
Rota PritzkerRota Pritzker
Rota Pritzker
 
Convento de mafra
Convento de mafraConvento de mafra
Convento de mafra
 
Analise urbana
Analise urbanaAnalise urbana
Analise urbana
 
Intervenção Urbana
Intervenção UrbanaIntervenção Urbana
Intervenção Urbana
 

Semelhante a Aurifícia

Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)Prefeitura de Olinda
 
Cais jose-estelita-diretrizes-urbanísticas
Cais jose-estelita-diretrizes-urbanísticasCais jose-estelita-diretrizes-urbanísticas
Cais jose-estelita-diretrizes-urbanísticasJornal do Commercio
 
Restauro MuCi - Museu da Cidade
Restauro MuCi - Museu da CidadeRestauro MuCi - Museu da Cidade
Restauro MuCi - Museu da CidadeStephanie Ribeiro
 
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)Prefeitura de Olinda
 
Planejamento Urbano em Curitiba
Planejamento Urbano em CuritibaPlanejamento Urbano em Curitiba
Planejamento Urbano em CuritibaDouglas Ferreira
 
Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940
Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940
Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940Cascais - Portugal
 
O projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo RecifeO projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo RecifeJamildo Melo
 
CAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIRO
CAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIROCAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIRO
CAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIROPLANORS
 
História do porto edificio caixa geral de depósitos culturgerst porto
História do porto   edificio caixa geral de depósitos culturgerst portoHistória do porto   edificio caixa geral de depósitos culturgerst porto
História do porto edificio caixa geral de depósitos culturgerst portoArtur Filipe dos Santos
 
Programa Lisboa é Muita Gente
Programa Lisboa é Muita GentePrograma Lisboa é Muita Gente
Programa Lisboa é Muita GenteZesafernandes
 
Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...
Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...
Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...Viegas Fernandes da Costa
 

Semelhante a Aurifícia (20)

Cartilha Patrimonial Aqwa Corporate
Cartilha Patrimonial Aqwa CorporateCartilha Patrimonial Aqwa Corporate
Cartilha Patrimonial Aqwa Corporate
 
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - Minuta Final (28/03/2016)
 
Cais do Porto Maué
Cais do Porto MauéCais do Porto Maué
Cais do Porto Maué
 
Cais jose-estelita-diretrizes-urbanísticas
Cais jose-estelita-diretrizes-urbanísticasCais jose-estelita-diretrizes-urbanísticas
Cais jose-estelita-diretrizes-urbanísticas
 
A FCG e a Investigacao em Arquitectura/ Susana Lobo
A FCG e a Investigacao em Arquitectura/ Susana LoboA FCG e a Investigacao em Arquitectura/ Susana Lobo
A FCG e a Investigacao em Arquitectura/ Susana Lobo
 
Restauro MuCi - Museu da Cidade
Restauro MuCi - Museu da CidadeRestauro MuCi - Museu da Cidade
Restauro MuCi - Museu da Cidade
 
GAZETA SANTA CÂNDIDA DEZEMBRO 2012
GAZETA SANTA CÂNDIDA DEZEMBRO 2012GAZETA SANTA CÂNDIDA DEZEMBRO 2012
GAZETA SANTA CÂNDIDA DEZEMBRO 2012
 
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)
Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda - (12/07/2016)
 
Planejamento Urbano em Curitiba
Planejamento Urbano em CuritibaPlanejamento Urbano em Curitiba
Planejamento Urbano em Curitiba
 
Vila Industrial
Vila IndustrialVila Industrial
Vila Industrial
 
Porto maravilha
Porto maravilhaPorto maravilha
Porto maravilha
 
Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940
Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940
Quando o progresso se une à tradição - Construção da Estrada Marginal em 1940
 
O projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo RecifeO projeto de Lei do Novo Recife
O projeto de Lei do Novo Recife
 
Cv pedromanuelcaldas 2013
Cv pedromanuelcaldas 2013Cv pedromanuelcaldas 2013
Cv pedromanuelcaldas 2013
 
CAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIRO
CAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIROCAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIRO
CAIS MAUÁ- PORTO ALEGRE X PORTO MARAVILHA -RIO DE JANEIRO
 
Apresentação Riviera Santa Maria
Apresentação Riviera Santa MariaApresentação Riviera Santa Maria
Apresentação Riviera Santa Maria
 
História do porto edificio caixa geral de depósitos culturgerst porto
História do porto   edificio caixa geral de depósitos culturgerst portoHistória do porto   edificio caixa geral de depósitos culturgerst porto
História do porto edificio caixa geral de depósitos culturgerst porto
 
Alberto Hargreaves da Costa Macedo
Alberto Hargreaves da Costa MacedoAlberto Hargreaves da Costa Macedo
Alberto Hargreaves da Costa Macedo
 
Programa Lisboa é Muita Gente
Programa Lisboa é Muita GentePrograma Lisboa é Muita Gente
Programa Lisboa é Muita Gente
 
Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...
Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...
Tombamento das Dunas da Ribanceira do Município de Imbituba (SC): parecer téc...
 

Aurifícia

  • 1. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para um plano de pormenor de reabilitação urbana coordenação Manuel Rocha Ribeiro Isabel Rute Alves Cláudia Sousa Divisão Municipal de Projetos e Planeamento Urbanístico DIREÇÃO MUNICIPAL DE URBANÍSMO Departamento Municipal de Planeamento Urbanístico Porto | 16 de março de 2012
  • 2. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana PARTE I EVOLUÇÃO URBANA 1. Objetivos metodologia 2. Génese toponímia aurifícia ilhas 3. Planeamento evolução urbana planos p1 | sumário PARTE II DIAGNÓSTICO E INTENÇÕES 1. Levantamento conservação cérceas funções 2. Análise síntese comparativa 3. Intenções base programática 4. Conclusões |2 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 3. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Objetivos | Metodologia objetivos:    enquadramento territorial da área - plano oportunidade de elaboração do plano base programática da intervenção metodologia:     enquadramento histórico - recolha e análise de fontes documentais diagnóstico – levantamento e recolha de dados no terreno análise comparativa conclusões p1 | 1. objetivos |3 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 4. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Objetivos | Metodologia Enquadramento legal do plano     o PDM (Art. 88.º) impõe - forma de execução - UOPG 9 Plano de Pormenor (PP) a UOPG 9 situa-se na ARU-CEDOFEITA (delib. CMP/22/02/2011) elaboração do plano – termos de referência – RJIGT (n.1/2, Art.74.º) modalidade específica - Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana (PPRU) - al.b)/ n.º 2 e al. c)/n.º 5, Art.91.º - A (RJIGT)  aplicável o RJRU (DL 307/2009 de 23/10) - Secção II do Capítulo II  aplicável o DL 309/2009 de 23/10 – n.º1, Art.70.º - património cultural  conceitos, cartografia, qualificação solo – DR 9/2009, 10/2009, 11/2009 (29/05) Oportunidade de elaboração do plano      cumprir imperativo legal – forma de execução acentuado abandono e decadência da área – valores patrimoniais em presença novos instrumentos de reabilitação urbana atratividade da zona – funções residenciais, comércio e serviços efeitos regeneradores urbanos propagados a uma área mais vasta – ARUCEDF p1 | 1. objetivos |4 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 5. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Enquadramento territorial Freguesia de Cedofeita quarteirão 9,3 ha. Norte - Rua de Alvares Cabral Nascente – Praça da República /e a Rua de Mártires da Liberdade Sul – Rua dos Bragas Poente – Rua de Cedofeita p1 | 2. génese |5 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 6. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Enquadramento territorial origens da freguesia de Cedofeita  associadas ao primitivo povoado que se desenvolveu à sombra da velha igreja românica, em várias fases de desenvolvimento.  a designação da freguesia tem origem na construção da igreja – construída em curto espaço de tempo – denominou-se “cito-facta” cedo-feita! p1 | 2. génese |6 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 7. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Ruas e a Toponímia Rua de Cedofeita Antiga estrada medieval - conduzia a Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Um dos principais eixos de saída da cidade, Plano de Melhoramentos de 1784 da Junta de Obras Públicas - suportado pela tributação do comércio do vinho. Rua de Álvares Cabral Rasgada na Quinta dos Pamplonas, Quinta da Boavista ou Quinta de Santo Ovídio Topónimo atribuído a 4 de Maio de 1899 em homenagem a Pedro Álvares Cabral Delimitação da Quinta dos Pamplonas - Telles Ferreira, 1892 (A.H.M.P) p1 | 2. génese |7 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 8. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Ruas e a Toponímia Praça da República Praça de Santo Ovídio, Campo da Regeneração percurso da antiga estrada de Braga que desde a Ribeira e a Praça de Santo Elói (Largo dos Loíos) seguia para o Minho. Integrado no sítio de Germalde referido já na escritura de doação do burgo do Porto ao Bispo D. Hugo, em 1120. Rua dos Mártires da Liberdade Antiga Rua da Sovela - dos Mártires da Liberdade em homenagem aos liberais justiçados de 1829. conhecida no século XVII como Estrada de Santo Ovídio. Carta Topográfica do Porto – esc. 1:500 - Telles Ferreira, 1892 ( flh 254- A.H.M.P) p1 | 2. génese |8 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 9. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Quinta dos Pamplonas Pintura a óleo da Quinta de Santo Ovídio - Jardins Históricos do Porto | ANDRESEN, Teresa. Coleção Portucale, Edições Inapa, Porto, 2000 p1 | 2. génese |9 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 10. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Quinta dos Pamplonas A venda parcelar dos terrenos da Quinta foi efetuada entre 1897 e 1905, sendo dividida em 144 lotes, medindo cada um deles, 6 metros à frente da rua. A construção da quase totalidade dos imóveis da rua foi levada a cabo entre 1897 a 1912. Planta de Loteamento da Quinta, 1895 p1 | 2. génese Planta da Cidade do Porto F. Perry Vidal, 1865 - AHMP | 10 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 11. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Ruas e a Toponímia Rua dos Bragas Concluída em 1824 em terrenos pertencentes à Quinta do Mirante cujos proprietários eram os ricos negociantes José Ribeiro Braga e seu irmão António .Era também conhecida como Quinta dos Bragas ou Quinta dos Ribeiro Braga. Planta da Abertura da Rua dos Bragas - Plantas Antigas 152, (MNL 2 / A’ – 12) (A. H.M. P). p1 | 2. génese | 11 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 12. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana a Companhia Aurifícia Fundada a 9 de Setembro 1869 na Rua dos Bragas por cinco industriais de ourivesaria, influentes capitalistas do Porto: Joaquim Rodrigo Pinto, Pedro Augusto da Costa, José Dias d’ Almeida Augusto Alberto Corrêa e Miguel Gonçalves Corado e Silva. Companhia Aurifícia - Gravura (extrato) século XIX p1 | 2. aurifícia | 12 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 13. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana a Companhia Aurifícia A Companhia Aurifícia foi uma empresa pioneira na transformação de metais nobres (ouro e prata), cunhagem de metais (medalhística), na ferraria, na serralharia, na laminagem de chumbo, no fabrico de pregaria e trefilaria de arame. Os processos de fabrico conjugavam o saber da manufaturação especializada com os processos da nova maquinaria industrial a vapor. Casa do Administrador , pórtico de entrada de operários (arq. Marques da Silva) e mina de água p1 | 2. aurifícia | 13 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 14. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana a Companhia Aurifícia A Aurifícia laborou até Dezembro de 2006, extinguindo completamente a sua atividade, devido a fatores externos, e económicos que inviabilizaram a empresa. Hoje, mantém-se em atividade a garagem de recolha de automóveis. Constitui um exemplar raro da industrialização do século XIX pela sua autenticidade do modelo de património industrial da cidade e do país. Carris para vagonetas, edificio de expedição , nave fabril: trefilaria, pregaria e caldeira p1 | 2. aurifícia | 14 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 15. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana as Ilhas na Rua dos Bragas|Cedofeita ilha das engomadeiras ilha do lampião Com a construção das unidades fabris e consequente necessidade de mão-de-obra surge uma nova tipologia de habitação para as classes obreiras: as ilhas. O seu esquema assemelha se às primeiras back-to-back houses de Leeds, quer em termos de tipologias, promotores e finalidade de construção. p1 | 2. ilhas | 15 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 16. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Planeamento No início do século XX surgem vários planos e estudos urbanísticos para a cidade do Porto. Em 1932, Ezequiel de Campos no seu “ Prólogo ao Plano da Cidade do Porto”, aponta para uma urgente melhoria das vias e eixos de comunicação, apoiando-se nas Avenidas da Boavista e de Marechal Gomes da Costa. Preconizava atividades económicas e administrativas com expansão para norte e futura zona residencial para poente. O “Plano Regulador da Cidade do Porto” de Antão de Almeida Garrett (1952), é o primeiro documento de raiz na ótica do planeamento urbano que introduz um vetor inédito: os Zonamentos da Cidade - delimitação de áreas com funções específicas adaptadas a cada porção do território para que cada atividade possa obter o máximo de rendimento e eficiência. Garrett dividiu a cidade do Porto em quatro zonas específicas: residenciais, especiais, verdes e rurais. Antão de Almeida Garrett Extrato da Planta de Zonamento p1 | 3. planeamento | 16 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 17. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Planeamento O “Plano Director da Cidade” Robert Auzelle (1962) assentava num esquema funcional apoiado na rede viária e de circulação - pretendia resolver as dificuldades de ligação norte-sul e nascente-poente. O Plano tem duas preocupações essenciais: A circulação e a terciarização do Centro - na Baixa Criação de Centro Direcional, no cruzamento desses dois eixos fundamentais de circulação Extrato do Plano Director da Cidade - Robert Auzelle (1962) p1 | 3. planeamento Eixo principal este-oeste, prolongamento da Rua Gonçalo Cristóvão para poente | 17 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 18. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Plano de Urbanização para a Zona de Cedofeita O Plano de Urbanização (1979) para a Associação de Moradores da Zona de Cedofeita, não foi aprovado pelo município porque “de acordo com deliberações camarárias de 3 e 17 de Julho de 1980 - o preço das expropriações excedia o limite máximo de 100 contos por fogo”. planta de urbanização da zona de Cedofeita- (1979) escala 1:500 p1 | 3. planeamento  construção de 10 blocos de 4 pisos para habitação social, no interior do quarteirão, uma escola primária e um centro de saúde.  abertura de um arruamento entre a Rua dos Bragas e a Rua de Álvares Cabral e um arruamento interior de articulação com a Rua dos Bragas.  Definia as implantações e cérceas para a frente da Rua dos Bragas e no remate com a Rua de Alvares Cabral. | 18 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 19. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana PDM de 1993 O “Plano Director Municipal do Porto” de Duarte Castel-Branco (1993) é aprovado tomando a designação de “Porto Projecto Cidade Nova” que resultou da transformação do Plano Geral de Urbanização (1987) Pilares de intervenção:  o esquema viário (com particular destaque para a VCI);  a divisão do município em 19 unidades de ordenamento habitacional. A área correspondia à Unidade L 1. As unidades de ordenamento A a L 2 e M a R, são predominantemente habitacionais, inseridas em Zona de Protecção Urbanística e Arquitectónica, (Regulamento PDM, Secção I, Art.º 18.º.) extrato da planta de zonamento e hierarquização do sistema viário p1 | 3. planeamento | 19 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 20. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana Estudo de viabilidade da Companhia Aurifícia – 2000 O projeto de Graça Correia e Eduardo Souto Moura, aquando da Capital Europeia da Cultura, em 2001, pretendia “aproveitar as instalações da fábrica para aí instalar um núcleo museológico mas também estúdios para artistas, galerias de exposições e outras valências que se considerassem interessantes para o lugar”. Estudo de viabilidade de autoria de Souto de Moura - (2000) p1 | 3. planeamento Este estudo, não chegou a obter aprovação formal pela Câmara Municipal do Porto. Propunha quatro tipos de intervenção:  A divisão do quarteirão em duas partes e criação de uma nova frente urbana;  Conservação e restauro do edifício existente da Companhia Aurifícia;  Construção de edifícios de habitação e comércio e espaços públicos para a nova frente;  Estudo para os edifícios de remate da nova rua, em Álvares Cabral e Rua dos Bragas. | 20 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 21. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana PDM – 2006 Os objetivos definidos , no Plano Diretor Municipal (2006) para UOPG 9 Companhia Aurifícia, são “a recuperação do interior do quarteirão da Companhia Aurifícia, com a recuperação do edificado existente com valia arquitetónica e a valorização das áreas verdes, contribuindo para a revitalização da Baixa”. Extrato da Carta de Qualificação do Solo p1 | 3. planeamento Relativamente aos parâmetros urbanísticos a área deverá ser ocupada maioritariamente com:  espaços verdes públicos e privados e equipamentos, podendo pontualmente admitir-se habitação, comércio e serviços;  Deverá ser considerada a ligação viária e ou pedonal entre as ruas que definem o quarteirão”.  A execução esta UOPG deverá ser concretizada através de um Plano de Pormenor. | 21 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 22. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Génese e evolução urbana PDM – 2006 Os Imóveis de Interesse Patrimonial, identificados na Planta de Ordenamento – Carta do Património e no anexo I (...), correspondem a imóveis que, pelo seu interesse histórico, arquitetónico ou ambiental, devem ser alvo de medidas de proteção e valorização. (…)”. Nível clas. N.º Designação Localização C11 Edifício de Habitação e Comércio R. Mártires da Liberdade C12 Edifício Albergues Noturnos R. Mártires da Liberdade C13 Edifício de Habitação e Comércio Rua dos Bragas C40 Companhia Aurifícia R. dos Bragas, 230-254 IVC 7 C41 Edifício de Habitação (Palacete) R. de Álvares Cabral, 384 IVC 7 C42 Moradia R. de Álvares Cabral, 306 IVC 7 C44 Moradia e Jardim R. de Álvares Cabral, 184 IVC 7 C45 Edifício de Habitação Ferreira Alves & Irmão R. de Álvares Cabral, 20 IVC 7 Extrato da Carta de Património p1 | 3. planeamento | 22 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 23. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Registo Para diagnóstico do estado da estrutura urbana do quarteirão procedeu-se à recolha de dados sobre o edificado e o espaço público - elaboraram-se fichas de registo. Foram levantados um total de 114 edifícios, situados no perímetro do quarteirão. p2 | 1. levantamento | 23 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 24. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Edificado A recolha de dados sobre o edificado , foi registada numa ficha individual por cada imóvel, com a seguinte informação:        Plantas de localização Fotografia (fachada) Identificação do topónimo e nºs de polícia Cadastro (proprietário, matriz, áreas) Volumetria (n.º de pisos) Utilização – funções Estado de conservação p2 | 1. levantamento | 24 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 25. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Espaço Público O espaço público foi objeto de análise e de registo em ficha por arruamento:      estacionamento sentidos de transito passeios mobilidade Infraestruturas p2 | 1. levantamento | 25 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 26. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Espaço público p2 | 1. levantamento | 26 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 27. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Estado de conservação p2 | 1. levantamento | 27 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 28. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Cérceas p2 | 1. levantamento | 28 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 29. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Usos | funções p2 | 1. levantamento | 29 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 30. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Interior do quarteirão p2 | 1. levantamento | 30 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 31. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Síntese comparativa p2 | 2. análise | 31 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 32. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Síntese comparativa p2 | 2. análise | 32 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 33. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Síntese comparativa p2 | 2. análise | 33 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 34. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções base programática p2 | 3. intenções Reabilitação de edifícios Requalificação do interior do quarteirão; Salvaguarda dos usos dinâmicas urbanas Morfologias e relação com o interior verde; Controlo dos índices e volumetrias; Integração da Aurifícia na morfologia urbana novas valências e utilizações; Requalificação do espaço público - canais percursos acessíveis  Salvaguarda dos valores patrimoniais | 34 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 35. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções vocações consolidar - funções habitacional, serviços e comércio - existente requalificação do edificado - versus imagem qualificada, coerente, e forte da frente de rua. interior de quarteirão continuum do espaço público - espaços residuais da cidade a consolidar e qualificar, Companhia Aurifícia elemento catalisador destas mudanças – a importância e peso na estrutura territorial o justifica p2 | 3. intenções | 35 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 36. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Diagnóstico e intenções Base programática Fundació Palo Alto . Poble Nou | Barcelona http://www.paloaltobcn.org p2 | 3. intenções | 36 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 37. a UOPG 9 – companhia aurifícia estudos para a elaboração de um plano de pormenor de reabilitação urbana Conclusões A instalação da Companhia Aurifícia na área em estudo transformou o que foi até ao século XVIII um simples arrabalde rural da cidade numa estrutura urbana que se desenvolveu definitivamente com a abertura da Rua Álvares Cabral, após a urbanização da Quinta dos Pamplonas. A ampliação da fábrica da Aurifícia e a construção das novas frentes urbanas, aconteceram rapidamente nas primeiras décadas do séc. XX, consolidando os usos residenciais, industriais e comerciais da área. Surge paralelamente a habitação operária no interior dos lotes, as ilhas. Após mais de um século de atividade da Companhia Aurifícia, a ausência de dinâmicas de revitalização natural, física e funcional, com origem no mercado, conduziram ao declínio da área. A desocupação industrial e o declínio habitacional em finais do séc. XX, não foi devidamente antecipado pelos diversos instrumentos de planeamento surgidos a partir dos anos 50. A reabilitação das frentes edificadas, requalificação das vias (espaço público), e o interior de quarteirão, mantendo a memória e história da Companhia Aurifícia como principal elemento de articulação destas iniciativas e da história do quarteirão. O estudo apresenta uma metodologia que identifica os problemas e oportunidades, define uma estratégia, preconiza ações e faseamento de execução, tendo em vista alcançar determinados resultados. p2 | 4. conclusões | 37 Divisão Municipal de Projeto e Planeamento Urbanístico | Porto, 16 de março de 2012
  • 38. estudos para um plano de pormenor de reabilitação urbana OBRIGADO! Isabel Alves | Manuel Ribeiro Cláudia Sousa Divisão Municipal de Projetos e Planeamento Urbanístico DIREÇÃO MUNICIPAL DE URBANÍSMO Departamento Municipal de Planeamento Urbanístico Porto | 16 de março de 2012