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Década de 1950
Governo Vargas (1951-1954)
Em 1951, começa o novo e último mandato presidencial de Getúlio Vargas.
Para as eleições de 1950 havia 03 candidatos principais: Getúlio Vargas pelo PTB;
Cristiano Machado, do PSD e apoiado pelo então presidente Dutra; e o Brigadeiro
Eduardo Gomes da UDN.
Vargas venceu as eleições com 48,7% dos votos.
Em seu mandato constitucional Vargas aproximou-se de diferentes partidos
políticos coma intenção de diminuir a oposição e colocar-se acima dos conflitos
políticos.
Vargas governou de 1951 a 1954, quando em 24 de agosto de 1954 não
suportando a pressão de seus opositores Getúlio Vargas cometeu suicídio com um
tiro no coração.
“A sanha dos meus inimigos deixo o legado de minha morte, levo o pesar de não
ter podido fazer pelos humildes tudo aquilo que desejava”.
Os anos Dourados
Em outubro de 1955, JK é eleito o Presidente do Brasil com o slogan – Cinquenta
anos em cinco no qual então o candidato prometia que em cinco anos de governo
traria cinqüenta anos de modernização para o Brasil, começava aí o então chamado
Anos Dourados.
Brasília: síntese do progresso
A construção de uma nova capital já estava prevista desde a constituição
de1891.Brasília significava a síntese do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, e em
setembro de 1956 ele conseguiu a aprovação do Congresso para construí-la.
O local escolhido para erguer a nova capital do Brasil foi o centro geográfico do
país, uma área do estado de Goiás que passou a constituir o Distrito Federal. A sede
do governo federal foi transferida do litoral para o interior do Brasil.
Década de 1960
Brasília – uma cidade planejada
A inauguração de Brasília no dia 21 de abril, foi, sem dúvida, um dos momentos
que marcou o ano de 1960 no Brasil. Milhares de pessoas se dirigiram ao Planalto
Central para participar das festividades em comemoração à mudança da capital
federal. Apesar das dificuldades,o sonho do presidente Juscelino estava realizado, e
chegava a hora de transferir os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e alguns
dos principais órgãos públicos brasileiros para a nova cidade.
O projeto de Brasília é de autoria do urbanista Lúcio costa e as principais edificações
foram criadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer
Vista do alto, a planta baixa de da cidade de Brasília assemelha-se a um avião.
A Presidência de Jânio Quadros
O início da década de 1960 foi marcada por conturbações na política brasileira. O
presidente Jânio Quadros e eu sucessor João Goulart não eram bem vistos pelos grupos
conservadores que temiam a participação política dos setores populares.
O medo do Comunismo
Um dos gestos mais polêmicos do governo Jânio, foi a condecoração do líder
revolucionário Ernesto Che Guevara com a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul.
Os conservadores brasileiros, de orientação anticomunista temiam a
aproximação do governo brasileiro de países comunistas.
O impasse da sucessão
Sem apoio popular e político, Jânio renunciou à presidência em 25 de agosto de
1961, com apenas sete meses à frente do governo do país.
Com a renuncia do Presidente, a constituição previa que o vice, à época João
Goulart, deveria assumir a presidência. Jango como era conhecido tinha ligações com
os movimentos trabalhistas e estava em uma viagem a China país comunista no
momento da renuncia de Jânio.
A ala conservadora das Forças Armadas queria que o presidente em exercício o
presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzilli convocasse novas eleições num
prazo de 60 dias para impedir a posse de Jango.
Parlamentarismo: a saída negociada
As negociações entre grupos contrários e favoráveis à posse do presidente Jango
culminaram numa solução intermediária. O presidente tomaria posse, mas uma reforma
constitucional implementaria o Parlamentarismo no Brasil.
Dessa forma, em 7 de setembro de 1961, Jango tomou posse como presidente da
República e o país havia se tornado uma república parlamentarista.
Golpe militar de 1964
A situação de João Goulart tornou-se insustentável após um comício de 13
de março de realizado na Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro,
organizado pela CGT Comando Geral dos Trabalhadores. Discursos defendendo o
estabelecimento de um país de um governo nacionalista e popular alarmaram os
setores conservadores.
A ideia de uma intervenção militar no governo Brasileiro se consolidou após
uma revolta dos marinheiros no Rio de Janeiro. A anistia dos revoltosos foi vista
como desrespeito á alta hierarquia militar e provocou o crescimento da opinião
da forças Armadas ao Governo Goulart.
A resposta dos setores de direita foi a organização de uma manifestação
popular ocorrida em 19 de março de 1964: Marcha da família com Deus pela
liberdade.
Na madrugada d31 de março de 1964 tiveram início a operações militares
que depuseram o Presidente João Goulart.
Partes das tropas do exército saíram de Minas Gerais e ocuparam o Palácio
da Guanabara no Rio de Janeiro.
Em Brasília, ocupada pelas Forças Armadas, o Presidente não teve como
organizar resistência e, no dia 02 de abril , partiu para o exílio no Uruguai.
Construção de um Estado Ditatorial
A partir de abril de 1964, as Forças Armadas assumiram o controle do poder
no Brasil, afirmando que pretendiam estabelecer a ordem social, retomar a
expansão econômica, controlar a inflação e eliminar a corrupção política e
administrativa.
Nos seus discursos, os militares afirmaram, ainda que sua passagem pelo
poder seria rápida. Uma vez extinta a “corrupção e a subversão” o poder político
seria devolvido aos civis. Mas não foi o que aconteceu, eles permaneceram no
poder por 21 anos. Quem o presidente no Golpe?
Década de 1970
Do Regime Militar à Democracia: uma transição
negociada.
A linha dura do poder
O Marechal Artur costa e Silva ex Ministro da Guerra de Castelo Branco,
assumiu em 15 de março de 1967 adotando medidas econômicas menos
rigorosas.
Era o início do Chamado Milagre Econômico, onde o produto interno bruto
brasileiro PIB cresceu 10% ao ano até 1974.
Em 1968 o Deputado Macio Moreira Alves, fez um discurso
responsabilizando os militares pela violência contra os movimentos estudantis e
propondo o boicote aos desfiles de 07 de setembro daquele ano. Os militares
queriam processá-lo, mas a Câmara dos Deputados não permitiu. Em resposta , o
governo decretou o AI-5 – uma das medidas mais duras e contestadas da ditadura
militar.
Em 1969 o Presidente Costa e Silva adoece e os militares impediram que seu
vice e civil Pedro Aleixo, assumisse o poder, indicando para o cargo Emílio
Garrastazu Médice.
A luta armada e a repressão
A guerrilha foi a resposta dos movimentos de oposição ao atos de violência
praticados pelas forças policiais.
A distensão lenta e gradual
O sucessor de Emílio Garrastazu Médice foi o General Ernesto Geisel. Em
seu governo, que começou 1974, Geisel deu início a um processo de abertura
política. Com isso pretendia promover a volta à “normalidade democrática”, após
torturas, exílios e perseguições. Esse processo porém, foi lento, demorou mais de
10 nos para ser concluído.
Governo Figueiredo
O último presidente militar foi o General João Batista Figueiredo. Ao
assumir o governo em março de 1979, ele prometeu concluir a abertura iniciada
por Geisel.
Em agosto de 1970 o Congresso Nacional aprovou a Lei da Anistia que
permitia aos exilados retornar ao Brasil e prometia não investigar os crimes
políticos praticados durante o regime, aí incluídos dos militares.
Os altos índices de inflação fizeram com que os sindicatos voltassem a
organizar manifestações. Um dos que mais se destacaram foi o sindicato dos
metalúrgicos do ABC, em São Paulo.
Tendo como um dos líderes o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, os
metalúrgicos encorajaram graves e manifestações de outras categorias
trabalhistas pelo país. Porém após uma greve ocorrida em 1980, os líderes foram
presos pelo Governo.
Década de 1980
A Redemocratização
A abertura política não foi um ato de generosidade dos militares. Ela nasceu
de uma exigência da sociedade brasileira.
Neste ano o governo criou uma tática para impedir a vitoria do MDB nas
eleições estaduais de 1982. Foi estabelecido o pluripartidarismo, cinco partidos
foram legalmente constituídos: PDS, PMDB, PT, PDT, PTB.
Em 1982 foram realizadas eleições diretas para governador – Os partidos
de oposição venceram nos estados policamentes mais fortes, como São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Diretas Já
Em março de 1983, o jovem deputado do PMDB pelo Mato Grosso do Sul,
Dante de Oliveira, enviou a Câmara Federal um projeto de emenda constitucional
que previa o retorno das eleições diretas para presidente da República.
Com o apoio de diversos setores da sociedade que formando uma frente
suprapartidária, criaram a campanha pelas Diretas Já.
Apesar do grande apoio populkar, o governo militar agiu duramente contra
as Diretas já, censurando a imprensa e pressionando os deputados governantes a
votarem contra o projeto.
Na madrugada de 26 de abril de 1984 a emenda Dante de Oliveira foi
derrotada na Câmara Federal, frustrando milhões de brasileiros.
Em 1985 chegava ao fim o mandato do General João Batista Figueiredo.
A aliança democrática
A eleição indireta para presidente estava marcada para janeiro de 1985.com
a derrota das Diretas-Já, a oposição escolheu o político mineiro Tancredo Neves ,
do PMDB, como seu candidato. Para vice na chapa oposicionista foi escolhido
José Sarney, que havia sido presidente da Arena, partido que apoiava a ditadura,
mas que agora alinhava-se com a oposição. O candidato do PSD, antiga Arena ,
partido do governo, era Paulo Maluf, ex governador de São Paulo.
A eleição de Tancredo e Sarney
Tancredo Neves venceu a eleição indireta. Sua posse estava marcada para
15 de março de 1985. Mas na véspera da posse, Tancredo adoeceu e precisou ser
internado em um hospital de Brasília, onde sofreu várias operações. Fragilizado
pela doença, não resistiu às sucessivas operações e faleceu no dia 21 de abril. Com
isso, o ex-líder do partido da ditadura militar, José Sarney, assumiu a presidência.
Teve assim, início uma nova fase política, de transição para a democracia,
que só se estabeleceria definitivamente com a promulgação da nova Constituição
brasileira, em 1988, e coma primeira eleição direta para Presidente da República
após o regime militar, em 1989.
A consolidação das democracia
Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente da República
democráticamente eleito desde 1060. Foi também o primeiro presidente
brasileiro a sofrer um impeachment. Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso
sucederam com a responsabilidade controlar a inflação e consolidar a
democracia.
O governo Collor
Em 15 de novembro de 1989 os eleitores brasileiros compareceram às urnas
para escolher o presidente da República, após quase 30 anos sem poder
votar para presidente.
Fernando Collor de Mello do PRN e Luiz Inácio Lula da Silva do PT
foram os principais candidatos desta eleição.
Com uma imagem de defensor da ética pública Fernando Collor de
Mello – “O caçador de marajás” venceu Lula e em 15 de março de 1990
foi empossado como primeiro presidente eleito por sufrágio universal
na Nova República.
O fracasso do Plano de governo e outras medidas desgastaram a
imagem de ousadia e eficiência construída por Fernando Collor de
Mello na campanha eleitora l. Todos os meses surgiam denuncia de
corrupção envolvendo o governo federal. A nação discutia até que
ponto o próprio Collor estaria envolvido nas ações ilegais, quando
Pedro Collor fez duras acusações que incriminavam diretamente o
presidente.
Em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou a
abertura do processo de Impeachement, que foi encaminhado para o
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Décadas de 1950 a 1980: transição política no Brasil

  • 1. Década de 1950 Governo Vargas (1951-1954) Em 1951, começa o novo e último mandato presidencial de Getúlio Vargas. Para as eleições de 1950 havia 03 candidatos principais: Getúlio Vargas pelo PTB; Cristiano Machado, do PSD e apoiado pelo então presidente Dutra; e o Brigadeiro Eduardo Gomes da UDN. Vargas venceu as eleições com 48,7% dos votos. Em seu mandato constitucional Vargas aproximou-se de diferentes partidos políticos coma intenção de diminuir a oposição e colocar-se acima dos conflitos políticos. Vargas governou de 1951 a 1954, quando em 24 de agosto de 1954 não suportando a pressão de seus opositores Getúlio Vargas cometeu suicídio com um tiro no coração. “A sanha dos meus inimigos deixo o legado de minha morte, levo o pesar de não ter podido fazer pelos humildes tudo aquilo que desejava”. Os anos Dourados Em outubro de 1955, JK é eleito o Presidente do Brasil com o slogan – Cinquenta anos em cinco no qual então o candidato prometia que em cinco anos de governo traria cinqüenta anos de modernização para o Brasil, começava aí o então chamado Anos Dourados. Brasília: síntese do progresso A construção de uma nova capital já estava prevista desde a constituição de1891.Brasília significava a síntese do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, e em setembro de 1956 ele conseguiu a aprovação do Congresso para construí-la.
  • 2. O local escolhido para erguer a nova capital do Brasil foi o centro geográfico do país, uma área do estado de Goiás que passou a constituir o Distrito Federal. A sede do governo federal foi transferida do litoral para o interior do Brasil. Década de 1960 Brasília – uma cidade planejada A inauguração de Brasília no dia 21 de abril, foi, sem dúvida, um dos momentos que marcou o ano de 1960 no Brasil. Milhares de pessoas se dirigiram ao Planalto Central para participar das festividades em comemoração à mudança da capital federal. Apesar das dificuldades,o sonho do presidente Juscelino estava realizado, e chegava a hora de transferir os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e alguns dos principais órgãos públicos brasileiros para a nova cidade. O projeto de Brasília é de autoria do urbanista Lúcio costa e as principais edificações foram criadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer Vista do alto, a planta baixa de da cidade de Brasília assemelha-se a um avião. A Presidência de Jânio Quadros O início da década de 1960 foi marcada por conturbações na política brasileira. O presidente Jânio Quadros e eu sucessor João Goulart não eram bem vistos pelos grupos conservadores que temiam a participação política dos setores populares. O medo do Comunismo Um dos gestos mais polêmicos do governo Jânio, foi a condecoração do líder revolucionário Ernesto Che Guevara com a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul. Os conservadores brasileiros, de orientação anticomunista temiam a aproximação do governo brasileiro de países comunistas. O impasse da sucessão
  • 3. Sem apoio popular e político, Jânio renunciou à presidência em 25 de agosto de 1961, com apenas sete meses à frente do governo do país. Com a renuncia do Presidente, a constituição previa que o vice, à época João Goulart, deveria assumir a presidência. Jango como era conhecido tinha ligações com os movimentos trabalhistas e estava em uma viagem a China país comunista no momento da renuncia de Jânio. A ala conservadora das Forças Armadas queria que o presidente em exercício o presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzilli convocasse novas eleições num prazo de 60 dias para impedir a posse de Jango. Parlamentarismo: a saída negociada As negociações entre grupos contrários e favoráveis à posse do presidente Jango culminaram numa solução intermediária. O presidente tomaria posse, mas uma reforma constitucional implementaria o Parlamentarismo no Brasil. Dessa forma, em 7 de setembro de 1961, Jango tomou posse como presidente da República e o país havia se tornado uma república parlamentarista. Golpe militar de 1964 A situação de João Goulart tornou-se insustentável após um comício de 13 de março de realizado na Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, organizado pela CGT Comando Geral dos Trabalhadores. Discursos defendendo o estabelecimento de um país de um governo nacionalista e popular alarmaram os setores conservadores. A ideia de uma intervenção militar no governo Brasileiro se consolidou após uma revolta dos marinheiros no Rio de Janeiro. A anistia dos revoltosos foi vista como desrespeito á alta hierarquia militar e provocou o crescimento da opinião da forças Armadas ao Governo Goulart. A resposta dos setores de direita foi a organização de uma manifestação popular ocorrida em 19 de março de 1964: Marcha da família com Deus pela liberdade. Na madrugada d31 de março de 1964 tiveram início a operações militares que depuseram o Presidente João Goulart. Partes das tropas do exército saíram de Minas Gerais e ocuparam o Palácio da Guanabara no Rio de Janeiro.
  • 4. Em Brasília, ocupada pelas Forças Armadas, o Presidente não teve como organizar resistência e, no dia 02 de abril , partiu para o exílio no Uruguai. Construção de um Estado Ditatorial A partir de abril de 1964, as Forças Armadas assumiram o controle do poder no Brasil, afirmando que pretendiam estabelecer a ordem social, retomar a expansão econômica, controlar a inflação e eliminar a corrupção política e administrativa. Nos seus discursos, os militares afirmaram, ainda que sua passagem pelo poder seria rápida. Uma vez extinta a “corrupção e a subversão” o poder político seria devolvido aos civis. Mas não foi o que aconteceu, eles permaneceram no poder por 21 anos. Quem o presidente no Golpe? Década de 1970 Do Regime Militar à Democracia: uma transição negociada. A linha dura do poder O Marechal Artur costa e Silva ex Ministro da Guerra de Castelo Branco, assumiu em 15 de março de 1967 adotando medidas econômicas menos rigorosas. Era o início do Chamado Milagre Econômico, onde o produto interno bruto brasileiro PIB cresceu 10% ao ano até 1974. Em 1968 o Deputado Macio Moreira Alves, fez um discurso responsabilizando os militares pela violência contra os movimentos estudantis e propondo o boicote aos desfiles de 07 de setembro daquele ano. Os militares queriam processá-lo, mas a Câmara dos Deputados não permitiu. Em resposta , o governo decretou o AI-5 – uma das medidas mais duras e contestadas da ditadura militar.
  • 5. Em 1969 o Presidente Costa e Silva adoece e os militares impediram que seu vice e civil Pedro Aleixo, assumisse o poder, indicando para o cargo Emílio Garrastazu Médice. A luta armada e a repressão A guerrilha foi a resposta dos movimentos de oposição ao atos de violência praticados pelas forças policiais. A distensão lenta e gradual O sucessor de Emílio Garrastazu Médice foi o General Ernesto Geisel. Em seu governo, que começou 1974, Geisel deu início a um processo de abertura política. Com isso pretendia promover a volta à “normalidade democrática”, após torturas, exílios e perseguições. Esse processo porém, foi lento, demorou mais de 10 nos para ser concluído. Governo Figueiredo O último presidente militar foi o General João Batista Figueiredo. Ao assumir o governo em março de 1979, ele prometeu concluir a abertura iniciada por Geisel. Em agosto de 1970 o Congresso Nacional aprovou a Lei da Anistia que permitia aos exilados retornar ao Brasil e prometia não investigar os crimes políticos praticados durante o regime, aí incluídos dos militares. Os altos índices de inflação fizeram com que os sindicatos voltassem a organizar manifestações. Um dos que mais se destacaram foi o sindicato dos metalúrgicos do ABC, em São Paulo. Tendo como um dos líderes o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, os metalúrgicos encorajaram graves e manifestações de outras categorias trabalhistas pelo país. Porém após uma greve ocorrida em 1980, os líderes foram presos pelo Governo. Década de 1980
  • 6. A Redemocratização A abertura política não foi um ato de generosidade dos militares. Ela nasceu de uma exigência da sociedade brasileira. Neste ano o governo criou uma tática para impedir a vitoria do MDB nas eleições estaduais de 1982. Foi estabelecido o pluripartidarismo, cinco partidos foram legalmente constituídos: PDS, PMDB, PT, PDT, PTB. Em 1982 foram realizadas eleições diretas para governador – Os partidos de oposição venceram nos estados policamentes mais fortes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Diretas Já Em março de 1983, o jovem deputado do PMDB pelo Mato Grosso do Sul, Dante de Oliveira, enviou a Câmara Federal um projeto de emenda constitucional que previa o retorno das eleições diretas para presidente da República. Com o apoio de diversos setores da sociedade que formando uma frente suprapartidária, criaram a campanha pelas Diretas Já. Apesar do grande apoio populkar, o governo militar agiu duramente contra as Diretas já, censurando a imprensa e pressionando os deputados governantes a votarem contra o projeto. Na madrugada de 26 de abril de 1984 a emenda Dante de Oliveira foi derrotada na Câmara Federal, frustrando milhões de brasileiros. Em 1985 chegava ao fim o mandato do General João Batista Figueiredo. A aliança democrática A eleição indireta para presidente estava marcada para janeiro de 1985.com a derrota das Diretas-Já, a oposição escolheu o político mineiro Tancredo Neves , do PMDB, como seu candidato. Para vice na chapa oposicionista foi escolhido José Sarney, que havia sido presidente da Arena, partido que apoiava a ditadura, mas que agora alinhava-se com a oposição. O candidato do PSD, antiga Arena , partido do governo, era Paulo Maluf, ex governador de São Paulo.
  • 7. A eleição de Tancredo e Sarney Tancredo Neves venceu a eleição indireta. Sua posse estava marcada para 15 de março de 1985. Mas na véspera da posse, Tancredo adoeceu e precisou ser internado em um hospital de Brasília, onde sofreu várias operações. Fragilizado pela doença, não resistiu às sucessivas operações e faleceu no dia 21 de abril. Com isso, o ex-líder do partido da ditadura militar, José Sarney, assumiu a presidência. Teve assim, início uma nova fase política, de transição para a democracia, que só se estabeleceria definitivamente com a promulgação da nova Constituição brasileira, em 1988, e coma primeira eleição direta para Presidente da República após o regime militar, em 1989. A consolidação das democracia Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente da República democráticamente eleito desde 1060. Foi também o primeiro presidente brasileiro a sofrer um impeachment. Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso sucederam com a responsabilidade controlar a inflação e consolidar a democracia. O governo Collor Em 15 de novembro de 1989 os eleitores brasileiros compareceram às urnas para escolher o presidente da República, após quase 30 anos sem poder votar para presidente. Fernando Collor de Mello do PRN e Luiz Inácio Lula da Silva do PT foram os principais candidatos desta eleição. Com uma imagem de defensor da ética pública Fernando Collor de Mello – “O caçador de marajás” venceu Lula e em 15 de março de 1990 foi empossado como primeiro presidente eleito por sufrágio universal na Nova República. O fracasso do Plano de governo e outras medidas desgastaram a imagem de ousadia e eficiência construída por Fernando Collor de
  • 8. Mello na campanha eleitora l. Todos os meses surgiam denuncia de corrupção envolvendo o governo federal. A nação discutia até que ponto o próprio Collor estaria envolvido nas ações ilegais, quando Pedro Collor fez duras acusações que incriminavam diretamente o presidente. Em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de Impeachement, que foi encaminhado para o Senado.