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FACULDADE 7 DE SETEMBRO – FA7
   CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO




          BRUNO BEZERRA MONTE


O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA
     INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS




             FORTALEZA – 2011


                                           1
BRUNO BEZERRA MONTE




O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA
     INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS




                Monografia apresentada à Faculdade 7 de Setembro
                como requisito parcial para obtenção do título de
                Bacharel em Administração.

                      Orientador: Prof. Maíso Dias Alves Júnior, MSc.




           FORTALEZA – 2011

                                                                    2
O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA
                  INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS



                                          Monografia apresentada à Faculdade 7 de Setembro
                                          como requisito parcial para obtenção do título de
                                          Bacharel em Administração.



                           ______________________________________
                                    Bruno Bezerra Monte




Monografia aprovada em: ______ / ______ / ______




                           ______________________________________
                                Prof. Maíso Dias Alves Júnior, MSc.




1ºExaminador:______________________________________




2ºExaminador:______________________________________




                           ______________________________________
                                  Prof. Hercílio Brito, MSc. (FA7)
                                   Coordenador do Curso




                                                                                         3
Aos meus pais, que fizeram da nossa
mesa de jantar a melhor sala de aula do mundo.




                                             4
AGRADECIMENTOS

Sobretudo agradeço a Deus, por me dar capacidade física, mental e intelectual de
poder concluir as etapas da minha vida. Pela misericórdia derramada sobre mim
ainda que não merecida.




Aos meus pais que me ensinam a amar Jesus sobre todas as coisas antes de tudo.
Por me apontar o caminho certo e me incentivar, incessantemente, a perseverar em
qualquer circunstância.




Aos meus irmãos Carol e Biel, meus alicerces e herança dos meus pais na minha
vida e companheiros de muitas lutas ainda vindouras.




À Bia, minha melhor amiga, amada e preciosa a quem tenho amor inestimável e
companheira em todas as horas. Obrigado por me inspirar e se arriscar junto
comigo.




Aos professores da Faculdade 7 de Setembro, que sem dúvida alguma confirmaram
que minha escolha foi a melhor. Em especial agradeço ao Professor Maiso Dias
Alves Junior, orientador, amigo e bom sambista a quem devo muito pela paciência e,
sobretudo inspiração que talvez nem mesmo tenha conhecimento que a tenho.
Agradeço também ao Professor Hercílio Brito que com muita destreza conduz a
coordenação do curso de Administração de Empresas e por algumas vezes me
salvou de mim mesmo.




                                                                                 5
RESUMO




O objetivo dessa monografia é analisar por meio de uma pesquisa bibliográfica e
aplicação de questionário a relação entre o perfil empreendedor encontrado nos
empresários e o sucesso obtido em uma incursão internacional. Também se
pretende conferir quais são as principais barreiras que se apresentam para
empresários que queiram se lançar ao mercado internacional. É também a intenção
do presente trabalho apresentar quais são as estratégias necessárias para se obter
sucesso em relações inter comerciais entre duas nações. Após serem elencadas as
dificuldades e as estratégias, o objetivo do trabalho se da pela identificação de
característica pessoais e profissionais que são imprescindíveis para qualquer gestor,
empresário ou administrador interessado em negociar com o estrangeiro.

Palavras Chave: Perfil empreendedor, Comércio Internacional, Estratégias.




ABSTRACT




The purpose of this thesis is to examine through a literature search and
questionnaire the relationship between entrepreneurial profile found in entrepreneurs
and its success in an international foray. Also it is wanted to check which are the
main barriers that are presented to entrepreneurs who want to launch to the
international market. It is also the intention of this paper to present what are the
strategies needed to succeed in international trade relations between two nations.
After being listed difficulties and strategies, the objective of the work is the
identification of personal and professional characteristics that are essential for any
business owner or manager interested in trading with foreign countries.

Keywords: Entrepreneurial profile, International Trade, Strategies




                                                                                     6
ÍNDICE

Introdução ....................................................................................................................... 08
Pressuposto da Pesquisa................................................................................................ 10
Desenvolvimento.............................................................................................................. 11
Problema.......................................................................................................................... 11
Objetivo Geral.................................................................................................................. 11
Objetivo Específico ......................................................................................................... 11
Fundamentação Teórica.................................................................................................. 12
Comércio Exterior............................................................................................................. 12
Empreendedorismo.......................................................................................................... 18
Empreendedorismo no Brasil........................................................................................... 20
Perfil Empreendedor ....................................................................................................... 22
Ingresso no Comércio Internacional ................................................................................ 27
Metodologia...................................................................................................................... 32
Análise de Resultados..................................................................................................... 34
Referências Bibliográficas................................................................................................ 37

Anexo............................................................................................................................... 41




A internacionalização expande negócios, os benefícios são inúmeros: maiores retornos de
investimentos, economia de escala, acesso a recursos críticos, custos menores, clientes mais
fortes, etc.




                                                                                                                                          7
1 INTRODUÇÃO

       Quando se fala em economia brasileira, ainda que de maneira superficial, não
é necessário a ninguém conhecimentos profundos sobre o tópico para que se
constate o papel do Brasil como um player internacional em diversos setores. Neste
caso, o conceito de globalização deve ser analisado de maneira ampla e profunda,
não se limitando ao “lugar comum” ao qual o termo remete. Este trabalho se propõe
exatamente a analisar um produto desse fenômeno chamado Internacionalização.

       A tomada de decisão por parte da gestão de uma empresa em direção a um
processo de internacionalização não é fácil. É preciso responder a três perguntas:

                Onde estou?
                Onde quero ir?
                Como chegar lá?



Para obter essas respostas é necessário um profundo conhecimento sobre a
empresa. Em caso de instituições de médio e grande porte, é necessária também
uma boa equipe de pessoas que consigam pensar sobre o assunto. Mas o objeto de
estudo deste trabalho está na etapa anterior a este processo de tomada de decisão.
Um conhecimento tácito que habita na mente, muitas vezes, apenas do dono da
empresa. O termo “Empreendedorismo” foi usado pelo economista austríaco Joseph
Schumpeter (1950) e segundo ele, o empreendedor é aquele que é capaz de
transformar uma idéia em uma inovação de sucesso. Em seu Livro “Capitalismo,
Socialismo e Democracia” Schumpeter populariza o conceito de “Destruição
Criativa”.

       É sabido que o comércio internacional, quando bem analisado, proporciona
uma grande compreensão para o desenvolvimento econômico dos Estados
nacionais no que diz respeito às PME’s.

       Neste sentido, Maurício Manfré (2007) afirma que:

                            “a    internacionalização   é   um   fenômeno   econômico   de
                            considerável importância no desenvolvimento das empresas,
                            entre outras coisas pelo crescimento e expansão gerado.”
                                                                                         8
As pequenas e médias empresas representam mais de 98% do total de
empresas existentes no Brasil - algo em torno de 5 milhões de empresas - e
respondem por cerca de 60% dos empregos gerados, participando com 43% do
faturamento total dos setores industrial, comercial e de serviços. Serviços,
respondem ainda por cerca de 1 % do total das exportações do país.

      Segundo Claudio Antonelli (2004), considerando que uma das prioridades da
política econômica brasileira é o incremento das exportações; percebe-se a falta de
políticas governamentais específicas e que deveriam ser inseridas no contexto da
realidade mundial, lançando instrumentos que pudessem viabilizar o aumento no
volume dos produtos negociáveis no mercado externo; embora isto não comporte
ainda um julgamento de valor. Políticas de governo à parte, a pesquisa e
desenvolvimento (P&D), tão comentados e necessários no processo de inserção dos
negócios no cenário internacional, não deve prescindir à elaboração, análise e
aplicação dos conceitos e técnicas universais de gestão empresarial.

      Urge uma mudança de cultura, o aumento de capacidade, de competitividade
e de um rápido crescimento no número de pequenas e médias empresas e
empresas emergentes no cenário sócio-econômico brasileiro, comparado à falta da
criação de uma política organizacional voltada para o mercado global, nos leva a
identificar e analisar, através de um diagnóstico sistêmico, tanto da empresa como a
do empreendedor, os fatores inibidores que minimizam a capacidade da empresa
em ultrapassar as fronteiras nacionais. A qualidade dos pequenos empresários que
fazem parte do desenvolvimento econômico, não somente do Brasil, mas da
América Latina das empresas emergentes apresentam quadros alarmantes; de cada
três empresas criadas, duas fecham as portas; Em se tratando das pequenas
empresas, a estatística é ainda mais desesperadora: 99% delas abrem falência
prematuramente, justamente por falta da capacidade de programar um conjunto de
ações gerenciais no ambiente interno do empreendimento. Não se duvida que as
empresas, com características globais, devem viver a lógica da melhor qualidade ao
menor preço, como resultado de sua internacionalização, envolvendo os três
principais níveis de atividades corporativas: estratégia/estrutura, cultura e pessoas,
respaldadas por sólidos investimentos e a aplicação e domínio de novas tecnologias.

                                                                                     9
Na primeira parte deste trabalho, será abordado o conceito de Internacionalização.
Segundo o sociólogo canadense Guy Rocher (1962), é a troca econômica, política
ou cultural entre nações, e as relações que daí resulta pacíficas ou conflituosas, de
complementaridade ou concorrência. De maneira análoga, podemos dizer que a
Internacionalização de uma empresa é um processo de expansão na qual a
empresa se relaciona com outro país através de interação comercial.

      Na   segunda    parte   deste   trabalho,   será       abordado       o   conceito   de
Empreendedorismo a luz dos principais pensadores desta escola.

      Na terceira e ultima parte deste trabalho, a intenção é associar o
Empreendedorismo      como    força   motriz   para      o    inicio   do       processo   de
internacionalização de uma empresa. No livro Empreendedorismo, Hisrich, Peters e
Shepard definem que o comportamento empreendedor abrange: (1) tomar iniciativa,
(2) organizar e reorganizar e (3) aceitar o risco ou o fracasso. Essas mesmas
características são fundamentais para o processo de internacionalização de uma
empresa segundo Marcos Amatucci em seu livro Internacionalização de Empresas –
Teoria, Problemas e Casos (2008).




                                                                                           10
2 DESENVOLVIMENTO




2.1 Problema

Que relação é possível se observar entre o pensamento empreendedor e a
internacionalização de uma empresa brasileira?

2.2 Objetivo Geral

Analisar de que forma o empreendedorismo dentro das empresas brasileiras,
impulsiona ou acelera o processo de internacionalização.

2.3 Objetivos Específicos

- O que é comércio internacional, como funciona, como as empresas brasileiras se
relacionam com o exterior;

- Diagnosticar quais são as principais características necessárias para um
empreendedor que deseja internacionalizar suas operações.

- Identificar as barreiras, as estratégias e as formas de inserção em um mercado
internacional




                                                                              11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo tem como finalidade discutir mais profundamente o universo do
comércio exterior e as suas nuances. Tem como objetivo também, analisar as
afirmações   e    pressuposições    dos    teóricos   acerca   dos   pensamentos
empreendedores. Por ultimo, mas não menos importante, traçar um perfil adequado
de pessoas empreendedoras.

O objetivo da presente monografia é fazer uma analise da relação que se tem entre
o empreendedorismo e o êxito de empresas que se lançaram no mercado
internacional seja para comercialização de bens ou serviços.

3.1 COMÉRCIO EXTERIOR

Ao entrar em uma grande rede de supermercados e olhar para as prateleiras cheias
de produtos importados já se está experimentando os efeitos do comércio exterior. O
Comércio Exterior ou Comércio Internacional nos permite expandir os mercados
tanto para bens como serviços que em outros tempos não estariam disponíveis. É
um dos segmentos da economia que possibilita escolher entre um carro americano,
japonês ou alemão. Graças ao comércio internacional, o mercado goza de um
ambiente mais competitivo o que resulta em preços também mais competitivos.

Mas o que é Comércio Exterior?

O comércio internacional é a troca de bens e serviços entre os países. Este tipo de
comércio dá origem a uma economia mundial, em que os preços da oferta e a
procura, afetam e são afetados por eventos globais. Uma mudança política na Ásia,
por exemplo, poderia resultar em um aumento no custo do trabalho, aumentando
assim os custos de produção para um fabricante de tênis americano com sede na
Malásia, que então resultaria em um aumento no preço praticado para o produto
final. A diminuição do custo do trabalho, por outro lado, resultaria em uma redução
do preço praticado. Operações de comércio exterior, em geral, dão aos
consumidores e países a oportunidade de serem expostos a produtos e serviços não
disponíveis em seus próprios países. Quase todo tipo de produto pode ser
encontrado no mercado internacional: alimentos, roupas, peças de reposição, óleo,
jóias, vinhos, ações, moedas e água bem como serviços: turismo, operações

                                                                                 12
bancárias, consultoria e transporte. Em termos básicos, um produto que é vendido
para o mercado global é uma exportação, e um produto que é comprado no mercado
global é uma importação.

OS MODELOS

O modelo Ricardiano

O comércio exterior permite que os países se utilizem de seus recursos – tecnologia,
mão de obra ou capital - de forma mais eficiente. Como os países são dotados de
diferentes ativos e recursos naturais (terra, trabalho, capital e tecnologia), alguns
países podem produzir o mesmo produto de forma mais eficiente e, portanto, vender
mais barato do que em outros países. Partindo dessas premissas surge o primeiro
modelo de comércio internacional. Se um país não pode eficientemente produzir um
item, ele pode obter o item de outra nação que tem mais conhecimento na produção.
Isto é conhecido como especialização no comércio internacional.

O conceito de especialização é uma das tangentes do modelo proposto pelo inglês
David Ricardo. Em seu livro “On the principles of Political Economy and Taxation” de
1817, Ricardo faz a seguinte analogia em tradução livre:

“Inglaterra e Portugal produzem blusas de algodão e vinho. Inglaterra produz 10 blusas e seis
garrafas de vinho por ano, enquanto Portugal produz seis blusas e 10 garrafas de vinho por ano.
Ambos podem produzir um total de 16 unidades. Portugal, no entanto, leva três horas para produzir
as 10 blusas e duas horas para produzir as seis garrafas de vinho (total de cinco horas). Já Inglaterra,
por outro lado, leva uma hora para produzir 10 blusas e três horas para produzir seis garrafas de
vinho (total de quatro horas).Mas estes dois países percebem que eles poderiam produzir mais,
concentrando-se naqueles produtos com os quais eles têm uma vantagem comparativa. Portugal
começa então a produzir vinho e Inglaterra produz apenas blusas de algodão. Cada país pode agora
criar uma saída especializadas de 20 unidades por ano e comercializar proporções iguais de ambos
os produtos. Como tal, cada país tem agora acesso a 20 unidades de ambos os produtos.”

O conceito por trás do exemplo citado acima é o conceito da Vantagem
Comparativa. Vantagem comparativa é a força motriz do modelo ricardiano que
descreve um mundo no qual os bens são produzidos de maneira competitiva a partir
de um único fator de produção e trabalho que diferem entre países e bens.
Aplicando a teoria com apenas dois bens e dois países, o modelo teórico padrão
mostra que os países irão exportar o bem em que têm vantagem comparativa. O

                                                                                                     13
equilíbrio, que é o foco principal deste modelo, assume o formato dos dois países
completamente especializados e ganhando a partir de comércio entre si.

O modelo de Heckscher–Ohlin

O modelo H-O foi criado por Eli Heckscher e seu aluno Bertil Ohlin em Estocolmo em
1933. É um modelo muito mais complicado do que o modelo ricardiano muito
embora tenha suas bases fundamentadas na concepção da vantagem comparativa
no que diz respeito aos padrões adotados pelo comércio e produção. Na sua
essência, o modelo diz que os países vão exportar os produtos que usem seus
recursos mais abundantes enquanto serão importados produtos que o país sofre
escassez para produzir.

Segundo este modelo, as características próprias de cada nação em relação aos
fatores de produção (terra, trabalho e capital) determinam a vantagem comparativa.
Os países, nesse caso, têm vantagens comparativas nos produtos para os quais os
elementos necessários de produção são relativamente abundantes localmente. Isso
ocorre porque a rentabilidade dos bens é determinada pelo custo dos insumos. Bens
que necessitam de insumos que são abundantes serão mais barato para produzir do
que os bens que necessitam de insumos que são escassos.

O modelo de gravitação

O modelo de gravitação é um modelo importante no comércio internacional e tem
sido utilizado pelos economistas para descrever as interações entre os países. Tem
sido aplicado a um grande número de questões: a migração, a negócios
internacionais e a investimento direto estrangeiro. A idéia é que os padrões
geográficos, em atividades econômicas, podem ser descrito por dois fatores. Um
fator é a massa econômica, muitas vezes descrita pelo PIB. E o outro fator, que é
determinante do modelo, é a distancia dos custos de um país para outro. É uma
idéia muito simples e há uma semelhança com a lei da gravidade de Isaac Newton.
De fato, a idéia foi adaptada por Tinbergen (1962) e Poyhonen (1963) para o
comércio internacional. Segundo Tinbergen, o comércio entre duas nações é
diretamente proporcional ao seu tamanho (econômico) e inversamente proporcional
aos custos do comércio entre os países. Esses custos, de acordo com Poyhonen,
são relacionados a transporte, barreiras tarifárias e língua. Ou seja, há relevância
                                                                                  14
no aspecto da disposição geográfica dos países. A fórmula desenvolvida por
Tinbergen é a seguinte:




Onde:

F: Fluxo de Comércio

M: Massa econômica de cada país

D: Distancia

G: Constante

O modelo gravitacional estima os padrões do comércio internacional. Enquanto a
forma básica do modelo consiste de fatores que têm mais a ver com a geografia e a
espacialidade, o modelo gravitacional tem sido usado também para testar hipóteses
enraizadas nas teorias mais puras do comércio exterior. Essa teoria prevê que o
comércio será baseado no fator de abundância relativa assim como outros modelos
de abundância relativa como o modelo de Heckscher-Ohlin citado acima.

ÓRGÃOS DE REGULAMENTAÇÃO

Com o fim do feudalismo, o capitalismo toma assume a posição de sistema
econômico vigente para o mundo ocidental. Segundo os maiores estudiosos do
sistema, John Locke e Adam Smith, o comércio é o principal pilar do capitalismo e é
a razão do enriquecimento das nações. Durante todo o período mercantilista, leis
chamadas suntuárias foram estabelecidas para controlar o comercio e, sobretudo o
consumo. Essas leis foram fortemente contestadas a medida que a sociedade
moderna se desenvolvia pois elas serviam muito mais para privar e perdurar as
distinções de classes. Com o passar dos anos, o governo deixa de ter o domínio
absoluto do comércio praticado dentro das fronteiras e surge uma idéia de comércio
livre (laissez-faire) que tinha suas idéias cunhadas pelo mesmo Adam Smith. Os
valores do comercio livre foram vistos pela primeira vez em 1776 em sua obra
intitulada “The Wealth of Nations”:




                                                                                 15
“É a máxima de todo mestre prudente de uma família, nunca tentar fazer em casa o que vai custar-
lhe mais para fazer do que comprar.... Se um país estrangeiro pode nos fornecer uma mercadoria
mais barata do que nós mesmos podemos produzir”.

Esse conceito, porém, tem alguns pontos sensíveis que podem levar a sérias
conseqüências econômicas para uma nação. Em um sistema de comércio livre, a
precificação dos produtos é um retrato da oferta e procura. É como imaginar um país
escasso de um recurso, com uma demanda alta, ter que arcar com o preço praticado
por um país com o referido recurso abundante. Os governos, sendo os primeiros e
máximos órgãos de regulamentação de comércio de um dado país passam a
trabalhar com preços virtuais. Estes preços virtuais provêem de políticas
protecionistas que é a maneira mais direta pela qual um governo controla o
mercado.

Comumente, o comércio internacional é regulamentado através de tratados entre
duas nações. A partir da segunda guerra mundial, tratados multinacionais foram
surgindo para criar uma estrutura de comércio internacional que padronizasse a
prática ao redor do mundo. A exemplo disso é possível citar o GATT que
posteriormente viria a ser a OMC. A Organização Mundial do Comércio foi criada em
1995 para substituir o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e tem como
função principal supervisionar o comércio internacional. A OMC trabalha para
garantir a implantação e administração dos acordos discutidos pelos 153 membros.
Serve também como foro de discussões e negociações para eventuais litígios. Além
disso, é dever da OMC examinar e propagar as políticas comerciais nacionais, e
assegurar a coerência e a transparência dessas políticas comerciais através da
vigilância na econômica interna. Outra prioridade da OMC é o auxílio no
desenvolvimento dos países menos desenvolvidos e de baixa renda em transição
para se adaptarem às regras e disciplinas da OMC através de cooperação técnica e
treinamento.

COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL

Historicamente o Brasil manteve uma relação comercial intensa com Portugal que
estabeleceu assim o pacto colonial. Ou seja, os portugueses monopolizavam o
comércio brasileiro e assim foi durante a maior parte da história. Depois, com a
chegada da família real ao Brasil, o que se fez foi a abertura dos portos as nações
                                                                                             16
amigas especialmente a Inglaterra e dessa maneira o Brasil vai passo-a-passo,
abrindo seus portos e por conseqüência, seu comércio para países da Europa
ocidental de uma maneira mais geral. Ou seja, passa-se a diversificar o número de
países com os quais o Brasil faz comércio internacional. No final do século IXX, o
Brasil estabelece uma relação de aproximação com os Estados Unidos. Essa
iniciativa é muita mais conseqüência de um esforço norte americano que tinham a
intenção de aumentar o seu comércio com países da América Latina como um todo
como forma de garantir uma área de influência na região. Vem a velha doutrina
Monroe. América para os americanos. E os americanos buscam influenciar os
países próximos através de grandes acordos comerciais em muitos casos se
tornando o principal parceiro comercial de vários países na América Latina. Era
assim que o Brasil se relacionava com os EUA na época da crise de 29 quando a
economia americana teve problemas e esses problemas foram transferidos em parte
para o Brasil porque os americanos eram os principais compradores de café,
produto fundamental da economia brasileira na época. Nos início dos anos 90, o
Brasil cria junto com Argentina, Paraguai e Uruguai o MERCOSUL. Ou seja, uma
estratégia de comércio mais regionalizada.   O Brasil busca se aproximar de países
vizinhos e estabelecer trocas comerciais bastante favorável sendo assim uma nova
característica do comércio exterior brasileiro. Porém, nos últimos 15 anos é possível
perceber que o MRE estabeleceu uma política de abertura comercial, fazendo do
Brasil um país de intercâmbio multidirecional. Ou seja, o Brasil vai deixar de ser um
país que vai deixar de ter aqueles principais parceiros tradicionais e vai buscar ter
muitos parceiros no mundo inteiro. Hoje o Brasil não é só um país parceiro dos EUA,
da Argentina, do Uruguai, do Paraguai. O Brasil é parceiro de diversos países na
África, Ásia   Europa. O Brasil está tentando se abrir para o mundo para trazer
produtos de todo o mundo e principalmente levar produtos brasileiros para todos os
continentes.

3.2 EMPREENDEDORISMO

O termo “Empreendedorismo” foi usado pelo economista tcheco Joseph Schumpeter
pela primeira vez em 1950 e segundo ele, o empreendedor é aquele que é capaz de
transformar uma idéia em uma inovação de sucesso. Em geral, essa transformação
resulta em novas organizações ou reestrutura organizações já existentes como
resposta a mudanças no ambiente. A forma mais óbvia de empreender é o começo
                                                                                   17
de um novo negócio (Startup Company). Contudo, nos últimos anos, o termo tem se
expandido para incluir formas sociais e políticas de atividades empreendedoras.
Segundo Paul Reynolds, professor de empreendedorismo e criador do Global
Entrepreneurship Monitor, nos EUA, ao chegarem à aposentadoria, metade dos
trabalhadores provavelmente tiveram um período de auto-emprego de 1 ou mais
anos. Um a cada quatro se mantiveram no auto-emprego por um período superior a
5 anos. Participar na criação de um novo negócio é comum em países com a
economia aquecida e nos últimos anos tem sido estudado por professores ao redor
do mundo, o advento de novas empresas sendo este um dos grandes responsáveis
pelo desenvolvimento econômico dos países.

Atividades empreendedoras são sensivelmente diferentes dependendo do tipo de
organização e criatividade envolvidas. Empreendedorismo abrange de pequenos
projetos pontuais (envolvendo o empreendedor informal ou empreendedor de
segunda renda) até grandes mudanças em empresas que geram várias novas
oportunidades de trabalho. Muitos empreendimentos de alto valor buscam “capitais
de risco” ou algum “investidor anjo” como forma de adquirir fundos para montar o
negócio. Hoje, existem várias organizações, governamentais ou privadas, que tem
como razão de ser, o fomento de possíveis novos negócios. Isso inclui agências
especializadas do governo, incubadoras de negócios, parques tecnológicos (ou
Tecnopólos) e algumas ONG’s. Em tempos mais contemporâneos, o termo
empreendedorismo se adaptou de um forma diferente de modo que fosse também
enquadrado alguns elementos que não necessariamente resultam em atividades
formadoras de novos negócios. Assim, o conjunto de suposições que conceituam o
empreendedorismo, também se aplica para iniciativas empreendedoras nas formas
de   empreendedorismo   social,   empreendedorismo   político   ou   conhecimento
empreendedor.

No século 20, o entendimento sobre empreendedorismo deve muito ao trabalho do
economista Austríaco Joseph Schumpeter. Schumpeter elaborou duas teorias
comumente chamadas de Mark I e Mark II. Em Mark I, argumenta que inovação e
mudança tecnológica de uma nação vêm de mentes empreendedoras. À época,
cunhou o termos Unternehmergeist (alemão para empreendedorismo). Ele
acreditava que esses indivíduos eram responsáveis por fazer a economia de um

                                                                               18
país dar certo. Durante o período que lecionou em Harvard, desenvolveu a sua
segunda teoria. Mark II sugeria que os atores que conduzem inovação e economia
são as grandes empresas que possuem recursos para investir em pesquisa e
desenvolvimento.

Joseph Schumpeter, a partir da década de 50, passa a discutir sobre um tema
recorrente no discurso marxista. De acordo com Schumpeter, o empreendedorismo
emprega a chamada destruição criativa. A destruição criativa é amplamente
responsável pelo dinamismo das indústrias em termos de crescimento econômico de
longo prazo. A suposição de que o empreendedorismo conduz ao crescimento
econômico é uma interpretação de fragmentos da teoria do crescimento endógeno e
como tal é muito debatido na academia. O empreendedorismo resultou em novas
indústrias, mas também em novas combinações de fatores atualmente existentes. O
exemplo inicial, citado por Schumpeter no livro “A marcha para o Socialismo”, dizia
que a combinação de um motor a vapor com uma carroça gerava uma tecnologia
capaz de substituir o cavalo. Isso não era de fato uma nova tecnologia, mas uma
combinação de práticas já inventadas. Essa nova prática não substituiu as carroças
puxadas a cavalo de imediato, mas com o tempo o animal foi substituído de vez pela
máquina.

Para Joseph Schumpeter, o empreendedor não suporta correr riscos. Risco seria, no
caso, um fato para os capitalistas. Essa teoria seria discordada por Frank Knight
(1921) e Peter Drucker (1946). Para os dois economistas e também expoentes da
economia, empreendedorismo está diretamente ligado a correr riscos. Nesta
tendência, o perfil empreendedor é descrito como uma pessoa inclinada a colocar
em risco sua carreira e segurança financeira por uma idéia gastando assim, tempo e
dinheiro em um empreendimento incerto. Frank Knight em seu livro “Risco, Incerteza
e Lucro”, define bem as barreiras enfrentadas pelo empreendedor.

      Risco: É um fator medido estatisticamente. Ex: A probabilidade de se tirar
       uma bola branca de um jarro com 5 bolas branca e 5 bolas vermelhas.
      Ambigüidade: É difícil de medir estatisticamente. Ex: A probabilidade de se
       tirar uma bola branca de um jarro com 5 bolas brancas e um número incerto
       de bolas vermelhas.


                                                                                 19
   Incerteza ou Incerteza Knightiana: É impossível medir estatisticamente. Em: A
       probabilidade de se tirar uma bola branca de um jarro onde não se sabem
       quantas bolas brancas ou quantas bolas vermelhas se tem.

As ações empreendedoras, em geral, se utilizam da incerteza knightiana.
Principalmente quando envolve a criação de um negócio novo para o mercado.
Contudo, mesmo que o mercado já exista, não há garantias de êxito. Drucker foi
além dos conceitos de Knight e definiu o empreendedor como alguém que procura
por mudanças, responde a essas mudanças de maneira rápida e transforma essas
mudanças em oportunidades.

A maioria dos economistas concorda que o empreendedorismo é um tempero
necessário para estimular economia, crescimento e as oportunidades de emprego
em todas as sociedades. No mundo em desenvolvimento, pequenas empresas de
sucesso são os motores primários de renda a criação de emprego e redução da
pobreza. Portanto, o apoio do governo para o empreendedorismo é uma estratégia
crucial para o desenvolvimento dessa prática.

3.3 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

De acordo com a pesquisa GEM 2009, o Brasil é o líder em empreendedorismo. A
pesquisa relata que a cada oito adultos, um apresenta perfil empreendedor. Mas o
que isso representa? Como sugerem alguns economistas, o Empreendedorismo é
responsável por parte de desenvolvimento econômico do Brasil. Um olhar mais
profundo sobre algumas das tendências em empreendedorismo no Brasil sugere
que    o   esforço   do   país   para   aumentar   a   sua   cultura   de   inovação   e
empreendedorismo tem como foco, sustentar seu crescimento nos próximos anos.


De acordo com dados da Endeavor Brazil, uma organização que promove o
desenvolvimento do empreendedorismo, os novos negócios, ou “Young business”,
como foram chamados, tem um papel crucial na economia e no futuro do Brasil.
Segundo dados do Sebrae, atualmente as PME’s (Pequenas e Médias Empresas)
são responsáveis por aproximadamente 96% da oferta de cargos no mercado. Essa
categoria de empresas também compreende algo em torno de 98% de todas as
empresas oficialmente reconhecidas pelo governo. Esse dado, vale ressaltar não
leva em conta as empresas que funcionam de modo informal ou irregular. Segundo
                                                                                       20
o estudo Educação Empresarial feito pelo diretor técnico do Sebrae, Luiz Carlos
Barboza, o aumento no número de novas empresas que surgiram no Brasil está
diretamente relacionado ao crescimento do espírito empreendedor nos brasileiros.


Ainda segundo Barboza, é possível ter uma idéia desse crescimento através de
alguns dados. O número de participantes na Brazil’s Global Entrepreneurship Week
subiu de 1.5 milhões em 2008 para 5.3 milhões em 2009. Um fomento ao espírito
empresarial é crucial para um país onde os jovens com idades entre 18 e 24
compreendem 36% da mão de obra desempregada e já reconheceu isso e tem dado
passos determinados a incentivar novos empresários.


O Brasil é bastante consciente em relação ao impacto do crescimento de novas
empresas não só no que diz respeito a emprego, mas também na inovação, e isso
se reflete através dos esforços para apoiar empresas start-ups. Como o Christian
Science Monitor relatou recentemente no estudo “Five Nations boosting their culture
of innovation”, "O que acontece no Brasil simboliza que os continentes do Sul estão
aumentando os esforços para fomentar novos negócios.” Isso se confirma ao
analisarmos algumas posturas do governo como a disponibilidade de R$ 65 milhões
para investimento em projetos start-up através do FINEP. A meta é investir em
10.000 empresas com foco em inovação ao longo de quatro anos e através disso,
gerar 10 novos empregos diretos por empresa.


3.4 PERFIL EMPREENDEDOR

Quem é o empreendedor ?

A figura do empreendedor é definida de várias formas e varia de um autor para o
outro. Mas é possível encontrar pontos de intercessão entre algumas definições. De
acordo com o dicionário Aurélio é definido como uma pessoa que exercita total ou
parcialmente as atividades de:

      Coordenar, iniciar, instituir e controlar mudanças em algum negócio ou
       empresa
      Assumir riscos derivados da natureza dinâmica da sociedade e do
       conhecimento incerto sobre o futuro.

                                                                                   21
Porém, vamos começar por descrever uma pessoa que NÃO é empreendedora. Em
24 de julho de 2002, um artigo da revista EXAME com o título de “Falsas verdades
sobre empreendedores” foi publicado. No artigo o autor explana sobre 6 “mitos” que
cercam o conceito de empreendedor. Um deles diz que “O empreendedorismo não
pode ser ensinado. É uma habilidade inata”. Essa afirmação se opõe ao fato de que
nos Estados Unidos, país onde se observa o maior número de empresas no mundo,
a maioria surge em decorrência de uma eventual demissão. Isso é comprovado
segundo estudo da Ernst & Young, publicado em 2007, que diz que os líderes são
feitos ao longo do tempo. O estudo aponta inicialmente que não há evidencias de
que existe um gene humano que define empreendedorismo como hereditário.
Todavia, há traços na personalidade de cada um que, combinados com experiências
vividas, culminam em atitudes ou negócios visionárias.

Ainda segundo o estudo, existe um grande número de atitudes comportamentais que
caracterizam um empreendedor. Isso inclui o olho para enxergar oportunidades,
inquietude, resiliência e a já citada coragem para correr riscos. Os líderes, como o
estudo da E&Y chama os empreendedores, podem até não ter nascido com
habilidades especiais para empreender, mas certamente a maioria deles embarca
na primeira aventura empresarial com pouca idade como é possível observar no
gráfico abaixo:

         Gráfico 1 – Idade em que os empresários começaram o primeiro negócio

                             Idade em que empresários
                           começaram o primeiro negócio
            Entre 50-59

            Entre 40-49

            Entre 30-39

            Entre 20-29

            Abaixo de 20

                           0%     10%   20%   30%    40%     50%

          Fonte: Ernst & Young (2007)


Mas apesar de começarem ainda jovens, a maioria dos empreendedores não
começa logo de cara com o próprio negócio. De acordo com a pesquisa do estudo,
feito com 685 empreendedores ao redor do mundo, a maioria dos entrevistados

                                                                                  22
relatou uma ou mais transição entre empregos até chegarem onde estão. Isso
significa que eles já tem    um background de experiência fora do mundo do
empreendedorismo antes de lançarem seu próprio negócio.

Compreendendo o Empreendedor

Mas quem pode se tornar um empreendedor? Não existe um perfil único e definitivo.
Os empreendedores bem sucedidos se apresentam em contextos variados no que
diz respeito a idade, nível de renda, gênero e raça. Eles diferem em educação e
experiência. São variadas as características do perfil empreendedor e dentre elas
podemos citar algumas que estão no quadro abaixo:

                  Quadro 1 – Características do Perfil Empreendedor
                 CARACTERÍSTICAS DO PERFIL EMPREENDEDOR

                                           é   o      que   dá    impulso     para     o
                                           desenvolvimento de novos produtos ou
  •      Criatividade
                                           serviços ou formas de fazer negócios. É o
                                           impulso para a inovação e melhoria.


                                           é o que motiva o empresário a trabalho
                                           duro, várias horas por dia, sete dias por
                                           semana, especialmente no início, para
                                           obter      conhecimento     e      controle.
  •      Dedicação
                                           Planejamento e idéias devem ser unidos
                                           pelo trabalhar duro para ter sucesso.
                                           Como diz Roberto Shinyashiki, dedicação
                                           faz acontecer.


                                           é um desejo extremamente forte de
                                           alcançar    o    sucesso.   Ele    inclui   a
                                           persistência e a capacidade de se
  •      Determinação:                     recuperar depois de tempos difíceis. É o
                                           que motiva o empresário a fazer a
                                           décima      ligação   quando      as    nove
                                           anteriores não deram em nada.
  •      Flexibilidade:                    é a capacidade de mover-se rapidamente


                                                                                           23
em       resposta      à      evolução          das
                                          necessidades do mercado. É estar sendo
                                          fiel a uma idéia e ao mesmo tempo, estar
                                          atento às realidades do mercado.
                                          é a capacidade de criar regras e definir
                                          objetivos. É também a capacidade de
    •         Liderança:                  acompanhar       se     essas       regras      são
                                          seguidas e as metas são cumpridas.


                                          é o que incentivou os empresários e o
                                          que os mantém lá. Dá a capacidade para
                                          convencer os outros a acreditar em sua
    •         Paixão:                     visão.     Não        pode         substituir    o
                                          planejamento,       mas      vai    ajudá-los    a
                                          permanecer focados.


                                          dá o empreendedor a capacidade de
    •         Autoconfiança:              ouvir sem ser facilmente influenciado ou
                                          intimidado
                                          É a junção de inteligência com o
    •         Know-How:                   conhecimento          adquirido        em       um
                                          determinado negócio.
Fonte: Elaborado pelo autor (2011)


De acordo com Emanuel Leite o empreendedor é multifuncional com domínio de
informática, trabalham com o que gostam, possuem um bom conhecimento sobre os
princípios básico da administração. Cunha e Ferla (2002) vão além e dizem que
esse profissional estabelece suas próprias metas. Já Michael Gerber (2004) acredita
que esse domínio não pode ser citado como características pois podem muito bem
serem adquiridos ao longo do tempo. Para ele, o empreendedor pode ser chamado
de estrategista e sua principal característica é transformar possibilidade em
probabilidade.

Características Comportamentais Empreendedoras

David McClelland, um psicólogo americano desenvolveu alguns questionários para
auxiliar suas pesquisas. Em 1971 McClelland, eu seu artigo “Motivating economic
                                                                                                24
achievement”, sintetizou em 10 as características básicas do empreendedor e as
ordenou por categoria. Esse trabalho se baseia em seu maior trabalho: a teoria das
necessidades de McClelland. Segundo a teoria, as pessoas adquirem algumas
necessidades ao longo da vida na medida em que vão se relacionando com outros.
McClelland adaptou essa teoria para tentar compreender melhor o comportamento
empreendedor das pessoas. Abaixo estão as 10 Características Comportamentais
Empreendedoras.

          Quadro 2 – Características Comportamentais Empreendedoras
                         CATEGORIA: REALIZAÇÃO
                       CCE: Busca de oportunidades e iniciativa
  Faz as coisas antes de solicitado, ou antes, de forçado pelas circunstâncias; Agem
  para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços; Aproveita portunidades
  fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos, equipamentos,
  terrenos, local de trabalho ou assistência.
                             CCE: Correr riscos calculados
  Avalia alternativa e calcula riscos deliberadamente; Age para reduzir os riscos ou
  controlar os resultados; Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos
  moderados.
                                    CCE: Persistência
  Age diante de um obstáculo significativo; Age repetidamente ou muda de estratégia, a
  fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo; Faz um sacrifício pessoal ou
  desenvolve um esforço extraordinário para completar uma tarefa.
                       CCE: Exigência de qualidade e eficiência
  Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas ou mais barato; Age de
  maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência;
  Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a
  tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.
                                 CCE: Comprometimento
  Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de
  metas e objetivos; Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se
  necessário, para terminar um trabalho; Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e
  coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo, acima do lucro a curto prazo.
                           CATEGORIA: PLANEJAMENTO




                                                                                         25
CCE: Busca de informações
    Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e
    concorrentes; Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um
    serviço; Consulta especialista para obter assessoria técnica ou comercial.

                                     CCE: Estabelecimento de metas
    Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal;
    Define metas de longo prazo, claras e específicas; Estabelece objetivos mensuráveis
    e de curto prazo.
                        CCE: Planejamento e monitoramento sistemáticos
    Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos;
    Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e
    mudanças circunstanciais; Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar
    decisões.
                                           CATEGORIA: PODER
                                  CCE: Persuasão e redes de contato
    Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros; Utiliza pessoas-
    chave como agentes para atingir seus próprios objetivos; Age para desenvolver e
    manter relações comerciais.
                                 CCE: Independência e autoconfiança
    Busca autonomia em relação a normas e controles de outros; Mantém seu ponto de
    vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores;
    Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de
    enfrentar um desafio.
Fonte: McClelland, D. C. Motivating economic achievement. New York: Free Press, 1971



3.5 INGRESSO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Quando uma organização toma a decisão de entrar num mercado internacional, há
uma variedade de considerações em aberto para serem analisadas. Estas
considerações variam de acordo com custo, risco e grau de controle que pode ser
exercido. Porém, não há muito mistério. A estratégia mais simples para entrada em
mercados externos é a exportação, seja utilizando um método direto ou indireto. A
importação também é uma ótima estratégia para alguns casos. A importação de
bens para comercialização fica está diretamente ligada ao valor praticado pelo
vendedor inicial do bem. Mas também existe a importação afim de redução de
custos como, por exemplo, a importação de maquinário em um pólo tecnológico com
                                                                                                26
preço mais barato reduzindo assim o custo de fabricação de um determinado
produto. Formas mais complexas incluem operações globais que pode envolver joint
ventures, ou zonas de processamento de exportação. Tendo decidido pela forma de
estratégia, as decisões têm de ser feitas nos canais específicos.

Mas quais são as principais barreiras a serem transpostas? Segundo relatório da
OMC de 2009 considerando as principais barreiras incidentes sobre quem quer fazer
negócios internacionais é destacado:

      Mercado - que países, quais os segmentos, como gerenciar e implementar
       esforços de marketing, como entrar - com intermediários ou diretamente, com
       que informações?
      Sourcing - fazer ou comprar?
      Investimento e controle - joint venture, parceiro global, aquisição?

Nas decisões na área de mercado, o foco está na cadeia de valor de Porter.

                              Figura 1 – Cadeia de Valor de Porter




       Elaboração: OMC – Organização Mundial de Comércio




A estratégia de acesso deve assegurar que as atividades da cadeia de valor
necessárias sejam realizadas e integradas. Essas atividades são as primarias, que
estão relacionadas ao processo de criação dos produtos ou serviço a ser oferecido,
as de apoio que direta ou indiretamente apóiam as atividades primárias e a margem.
No que diz respeito a sourcing, que é a busca por informações sobre algum possível
parceiro comercial, é importante ter em mente uma boa estratégia para negociar.
Nesse caso, a teoria do modelo gravitacional de Tinbergen (1962), citada no capitulo

                                                                                 27
primeiro deste trabalho, que sugere uma proporcionalidade entre o êxito de um
negócio com a sua proximidade geográfica, é um ótimo auxílio para tomada de
decisão. Referente a investimento e controle, a questão é realmente o quão longe a
empresa deseja controlar seu próprio destino. O grau de risco envolvido, as atitudes
e a capacidade de atingir os objetivos nos mercados-alvo são aspectos importantes
nas decisões.

Philp Kotler cita em seu livro “Os Princípios do Marketing” (2008) que:

“com certeza, a maioria das empresas preferiria permanecer em seus negócios domésticos
se o mercado fosse suficientemente grande e atrativo, pois os administradores não
precisariam aprender a língua e as leis de outro país, lidar com moedas estranhas e
voláteis, enfrentar incertezas e problemas políticos e legais ou ter que redesenhar seus
produtos para atender às diferentes necessidades e expectativas dos consumidores
externos.”

Ainda segundo Kotler, os principais motivos que levam uma empresa a se
internacionalizar são:

      empresas globais oferecendo produtos melhores ou preços menores
      a empresa pode descobrir que alguns mercados externos apresentam
       maiores oportunidades de lucro que no mercado doméstico
      a empresa pode necessitar de uma base mais ampla de consumidores para
       obter economia de escala
      a empresa pode desejar diminuir sua dependência de qualquer mercado e,
       assim reduzir o risco
      os clientes da empresa podem estar indo para o exterior exigindo assim
       serviços internacionais

Mas como ingressar em um mercado internacional? Como tornar uma empresa local
em global? Neste capitulo abordamos até agora possíveis barreiras que incidem
sobre o processo. Falamos também sobre o que justifica uma empresa sair de uma
zona de conforto e se aventurar em mercados inóspitos.

Margaret H. Cunningham, autora de Administração de Marketing (2006) juntamente
com Kotler, identifica cinco estratégias usadas por empresas que obtiveram sucesso
ao buscarem mercados internacionais:
                                                                                     28
1) Estratégias de Inovação Tecnológica – Apresentação e percepção de um produto
superior

2) Estratégias de adaptação de produtos – Modificação em produtos ou serviços já
existentes

3) Estratégias de disponibilidade e segurança - superar os riscos de transporte por
contrariar os riscos percebidos.

4) Estratégias de preço baixo – Preço de penetração

5) Estratégias de total conformidade – Oferecer um produto exatamente igual a um
existente por exigência de um comprador.

Para Kotler, a decisão de como internacionalizar a empresa pode ter um impacto
significante nos resultados. Expandir para mercados internacionais pode ser dar via
algumas das quatro maneiras abaixo:

      exportação
      licenciamento
      joint-venture
      investimento direto

Exportação

É a comercialização e venda direta de um bem ou serviço produzido dentro do país
de origem da empresa em outro país diferente. A exportação é um método
consolidado e tradicional de se alcançar mercados internacionais. Já que na
exportação não há produção em outro país, também não há necessidade para
investimentos em estrutura além daquele já feito. Assim, as despesas associadas a
pratica ficam por conta de todo o processo já conhecido de compra e venda. A
exportação requer harmonia de trabalho entre os quatro players envolvidos:
exportador, importador, meio logístico e governo.

Licenciamento

Licenciamento existencialmente permite que uma empresa no mercado alvo use
propriedade do licenciador. Essas propriedades geralmente são intangíveis como

                                                                                 29
marcas registradas, patentes e métodos de produção. O licenciado paga um valor
em troca do direito de uso da propriedade e em alguns casos, direito a assistências
técnicas. Um exemplo disso é o crescente número de franquias multinacionais que
surgem ao redor do mundo.

Joint Venture

Existem 5 objetivos básicos em uma joint venture: entrada em um mercado, dividir
os riscos, dividir conhecimento tecnológico, desenvolvimento de produtos, e
conformidade com regulamentações do governo. Uma joint venture se justifica
quando:

   1) as   metas   estratégicas   dos   parceiros   convergem   assim   como   sua
      diferenciação competitiva se divergem
   2) o tamanho, poder de mercado e recursos individuais dos parceiros são
      pequenos comparados aos líderes
   3) os parceiros conseguem aprender um com o outro a medida que também se
      consegue limitar o acesso a informações.

Investimento Direto

É a compra direta de partes de empresas em outros países. Envolve transferência
de recursos como capital, tecnologia e pessoal. O investimento estrangeiro direto
pode ser feito através da compra de uma empresa existente ou o surgimento de uma
nova. Essa modalidade oferece um alto nível de controle nas operações bem como
certa habilidade em conhecer os consumidores e o mercado. Contudo, requer alto
investimento financeiro e total comprometimento da direção.




                                                                                 30
4 METODOLOGIA
Este projeto foi desenvolvido através de uma pesquisa documental e pesquisa
bibliográfica, diferenciadas pelo fato da documental utilizar apenas fontes de
pesquisas quer não recebem tratamento analítico, como livros e revistas, mas
também através de projetos e pesquisa on-line. Segundo Lakatos e Marconi (2001),
têm por objetivo descrever completamente um determinado fenômeno.

A coleta de dados para o presente trabalho foi feita, além de pesquisa bibliográfica,
através da aplicação de um questionário. A proposta deste questionário é
diagnosticar um perfil real dos empreendedores se lançaram em incursões
internacionais e, ato continuo, cruzar este perfil com o perfil proposto pelos autores
acima citados. Para que as respostas tenham maior credibilidade e relevância, não
serão identificados os respondentes. Os entrevistados que responderam as
perguntas do questionário são todos responsáveis diretos pelas decisões
estratégicas de sua empresa e obtiveram êxito em seus negócios extra-fronteiriços.
Ao todo foram selecionados 10 empresários sendo eles, 7 homens e 3 mulheres
todos com suas bases operacionais situadas em Fortaleza. A escolha dos
entrevistados se deu através de uma indicação feita pelo Centro Internacional de
Negócios com alguns casos considerados pelo órgão como sendo de sucesso.

O questionário utilizado para obtenção dos dados foi o Teste de Auto-avaliação de
seu Perfil Empreendedor (ambiente, atitudes e know-how) elaborado por José
Dornelas e publicado em seu livro Empreendedorismo – Transformando Idéias em
Negócios.

O objeto de estudo será realizado de forma descritiva, onde as características do
perfil empreendedor serão apresentadas estabelecendo uma relação entre elas e o
êxito obtido por uma empresa ao se lançar em mercados internacionais de forma
explicativa, que se baseia na determinação de um objeto de estudo, na seleção das
variáveis que possam influenciá-lo e definição das formas de controle e observação
dos efeitos que a variável produz sobre o projeto.

Será utilizada como fonte de pesquisa a do tipo terciário que se dá pela seleção de
fontes primárias, que seria na verdade a fonte original sobre o assunto abordado, e
de fontes secundárias, que seriam as análises, opiniões, críticas e etc. das fontes

                                                                                   31
primárias. Baseada na natureza dos dados, a pesquisa será do tipo qualitativa
baseada na coleta de informações, no levantamento de variáveis onde cada caso é
analisado separadamente com a construção de um quadro teórico geral através de
um método indutivo onde a indução leva a conclusões de caráter geral, a partir de
casos particulares. É um processo de raciocínio inverso ao método dedutivo onde a
dedução parte de enunciados mais gerais para chegar a uma conclusão particular, já
a indução parte do registro de fatos singulares para chegar a uma conclusão
ampliada.




                                                                                32
6 CONCLUSÃO
O questionário Teste de auto-avaliação de seu perfil empreendedor (ambiente,
atitudes e know-how) foi aplicado com 10 empreendedores que alcançaram êxito em
suas incursões internacionais. A análise para o questionário proposta pelo autor é
baseada em um ranking pré estabelecido que, leva em consideração o somatório
das respostas e os enquadra em uma determinada categoria. Contudo, antes de
analisarmos as categorias enquadradas é importante analisar as partes do
questionário.

                           Gráfico 2 - Comprometimento e Determinação


           6. Imersão total nas atividades que…

 5. Disposição ao sacrifício para atingir metas
                                                                                                  Insuficiente
        4. Persistência em resolver problemas                                                     Fraco

                       3. Disciplina, dedicação                                                   Regular
                                                                                                  Bom
                    2. Tenacidade, obstinação
                                                                                                  Excelente
        1. Proatividade na tomada de decisão

                                                  0       2       4       6       8        10

Fonte: Elaborado pelo autor (2011)




                              Gráfico 3 – Obsessão pelas Oportunidades



  9. Obsessão em criar valor e satisfaze
              aos clientes
                                                                                                Insuficiente

    8. É dirigido pelo mercado (Market                                                          Fraco
                   driven)                                                                      Regular
                                                                                                Bom
7. Procura ter conhecimento profundo
     das necessidades dos clientes                                                              Excelente


                                             0        2       4       6       8       10

Fonte: Elaborado pelo autor (2011)




                                                                                                                 33
Gráfico 4 – Tolerância ao risco, ambigüidades e incertezas


14. Habilidade em resolver problemas e
           integrar soluções
   13. Tolerância ao estresse e conflitos                                     Insuficiente

   12. Tolerância às incertezas e falta de                                    Fraco
                 estrutura                                                    Regular
         11. Procura minimizar os riscos                                      Bom
     10. Toma riscos calculados (analisa                                      Excelente
            tudo antes de agir)
                                               0   2   4    6    8       10
Fonte: Elaborado pelo autor (2011)




             Gráfico 5 – Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação


        19. Hábil em definir conceitos e
                detalhar idéias
            18. Não tem medo de falhar                                        Insuficiente

        17. Hábil em se adaptar a novas                                       Fraco
                   situações                                                  Regular
 16. Não se conforma com o status quo                                         Bom
 15. Não-convencional, cabeça, aberta,                                        Excelente
              pensador
                                               0   2   4    6     8      10
Fonte: Elaborado pelo autor (2011)




                                     Gráfico 6 – Motivação e Superação


   25. Tem censo de humor e procura…

 24. Ciente de suas fraquezas e forças                                         Insuficiente
                      23. Autoconfiança                                        Fraco

    22. Não se preocupa com status e…                                          Regular
                                                                               Bom
      21. Dirigido pela necessidade de…
                                                                               Excelente
  20. Orientação a metas e resultados

                                           0       2   4    6     8      10

Fonte: Elaborado pelo autor (2011)



                                                                                              34
Gráfico 7 – Liderança


 30. Sabe construir times e trabalhar em
                 equipe
                29. É paciente e sabe ouvir                                     Insuficiente

               28. Transmite integridade e                                      Fraco
                      confiabilidade                                            Regular
                27. Poder de autocontrole                                       Bom
                                                                                Excelente
                          26. Tem iniciativa

                                                0    2     4     6     8   10
Fonte: Elaborado pelo autor (2011)




Em cada uma dessas categorias, observa-se que algumas respostas são quase
uníssonas. Através dessa pesquisa é possível dizer que os entrevistados são
extremamente envolvidos nas atividades que desenvolvem (Gráfico 2), são
antenados aos rumos que o mercado toma e sempre buscam saber das
necessidades de seus cliente (Gráfico 3), procuram minimizar os riscos, mas ainda
assim, de forma unânime, entendem que o risco é absolutamente normal e deve ser
encarado (Gráfico 4), concordando assim com Frank Knight (1921), não tem medo
de falhar e são resilientes para se adaptarem as novas situações (Gráfico 5), não se
preocupam com status nem poder, ou seja, a vaidade                         não é um sentimento
pertinente ao universo empreendedor e isso é reforçado quando se percebe a
orientação por metas e resultados (Gráfico 6) e transmitem confiança e acreditam
que a reputação de um empreendedor deve ser ilibada além de serem proativos
(Gráfico 7).

Analisando o desempenho de acordo com o ranking proposto, observa-se que dos
10 entrevistados apenas 1 ficou abaixo dos 59 pontos. Ao se deparar com o
diagnostico, o entrevistado atribui a baixa pontuação a sua necessidade em
melhorar pontos como disciplina e dedicação, tomar riscos, e habilidade para se
adaptar a novas situações. Na categoria compreendida entre 60 a 89 pontos, o que
caracteriza o individuo como um administrador tradicional, é possível observar a
incidência de 2 dos entrevistados enquadrados neste nível. São obstinados, tem
                                                                                               35
algumas habilidades para conduzir processos internos, mas não são abertos aos
riscos que possivelmente se apresentam. A esses 3 casos, nos quais, segundo os
parâmetros do questionário, não são empreendedores de fato, conclui-se que são
motivados muito mais pelas oportunidades que se aparecem com o crescente
mercado do que propriamente por enxergar ou criar uma necessidade. O restante
dos entrevistados foram todos enquadrados na categoria compreendida entre 120 e
150 pontos e que segundo o ranking são empreendedores e tem tudo para se
diferenciar. Observa-se que todos estão dispostos a tomar riscos e entendem que o
risco e a incerteza são necessários para um negócio dar certo. São extremamente
comprometidos com o trabalho e suas metas, são dirigidos pelo mercado e tem boa
relação com o ambiente.

Portanto conclui-se com o presente trabalho que a inclinação em correr riscos é a
força motriz para se ingressar em um mercado internacional. Todavia é necessário
também um alto comprometimento para que os processos executados junto ao
estrangeiro sejam fiéis ao planejamento inicial de modo que, através de um alto nível
de controle os riscos inerentes ao negócio sejam cada vez mais minimizados. A
adaptabilidade a novas culturas também é ponto fundamental para que se tenha
sucesso. Neste ponto, incide a capacidade de se moldar e compreender o ambiente
em que se está inserido. Por fim, no que diz respeito a barreiras como os impostos,
certificações e conformidades é impreterível que a empresa seja guiada com
confiança e integridade.




                                                                                  36
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                                                                             38
5 ANEXO
       TESTE 1 – AUTO-AVALIAÇÃO DE SEU PERFIL EMPREENDEDOR
                  (AMBIENTE, ATITUDES E KNOW-HOW)




                                                                                     Insuficiente
                Características                                                                     Nota




                                                 Excelente



                                                                   Regular

                                                                             Fraco
                                                             Bom
                                                 5           4     3         2       1


Comprometimento e determinação

1. Proatividade na tomada de decisão

2. Tenacidade, obstinação

3. Disciplina, dedicação

4. Persistência em resolver problemas

5. Disposição ao sacrifício para atingir metas

6. Imersão total nas atividades que desenvolve

Obsessão pelas Oportunidades

7. Procura ter conhecimento profundo das
necessidades dos clientes

8. É dirigido pelo mercado (Market driven)

9. Obsessão em criar valor e satisfaze aos
clientes

Tolerância ao risco, ambigüidade e incertezas

10. Toma riscos calculados (analisa tudo antes
de agir)

11. Procura minimizar os riscos

12. Tolerância às incertezas e falta de
estrutura                                                                                                  39
13. Tolerância ao estresse e conflitos

14. Habilidade em resolver problemas e
integrar soluções




                     Características                                                                       Nota




                                                                                            Insuficiente
                                                        Excelente



                                                                          Regular

                                                                                    Fraco
                                                                    Bom
                                                     5              4     3         2       1


Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação

15. Não-convencional, cabeça, aberta, pensador

16. Não se conforma com o status quo

17. Hábil em se adaptar a novas situações

18. Não tem medo de falhar

19. Hábil em definir conceitos e detalhar idéias

Motivação e superação

20. Orientação a metas e resultados

21. Dirigido pela necessidade de crescer e atingir
melhores resultados

22. Não se preocupa com status e poder

23. Autoconfiança

24. Ciente de suas fraquezas e forças

25. Tem censo de humor e procura estar animado

Liderança

26. Tem iniciativa

27. Poder de autocontrole

28. Transmite integridade e confiabilidade

                                                                                                                  40
29. É paciente e sabe ouvir

30. Sabe construir times e trabalhar em equipe

TOTAL




   1. Atribua à sua pessoa uma nota de 1 a 5 para cada uma das características a
      seguir e escreva a nota na última coluna.

   2. Some as notas obtidas para todas as características.

   3. Analise seu resultado global com base nas explicações ao final.

   4. Destaque seus principais pontos fortes e pontos fracos.

   5. Quais dos pontos fortes destacados são mais importantes para o
      desempenho de suas atribuições atuais na empresa?

   6. Quais dos pontos fracos destacados deveriam ser trabalhados para que o seu
      desempenho na empresa seja melhorado? É possível melhorá-los?


Analise seu desempenho:

120 a 150 pontos: Você já é um empreendedor, possui as características
comuns aos empreendedores e tem tudo para se diferenciar em sua
organização.

90 a 119 pontos: Você possui muitas características empreendedoras e às
vezes se comporta como um, porém pode melhorar ainda mais se equilibrar os
pontos ainda fracos com os pontos fortes.

60 a 89 pontos: Você ainda não é muito empreendedor e provavelmente se
comporta, na maior parte do tempo, como um administrador tradicional e não
um “fazedor”. Para se diferenciar e começar a praticar atitudes
empreendedoras procure analisar os seus principais pontos fracos e definir
estratégias pessoais para eliminá-los.

Menos de 59 pontos: Você não é empreendedor e, se continuar a agir como
age dificilmente será um. Isso não significa que você não tenha qualidades,
apenas que prefere seguir a ser seguido. Se sua posição na empresa exigir um
perfil mais empreendedor, reavalie sua carreira e seus objetivos pessoais.

                                                                               41

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O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS

  • 1. FACULDADE 7 DE SETEMBRO – FA7 CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO BRUNO BEZERRA MONTE O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS FORTALEZA – 2011 1
  • 2. BRUNO BEZERRA MONTE O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS Monografia apresentada à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Maíso Dias Alves Júnior, MSc. FORTALEZA – 2011 2
  • 3. O PERFIL EMPREEDEDOR COMO DIFERENCIAL NA INTERCIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS Monografia apresentada à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. ______________________________________ Bruno Bezerra Monte Monografia aprovada em: ______ / ______ / ______ ______________________________________ Prof. Maíso Dias Alves Júnior, MSc. 1ºExaminador:______________________________________ 2ºExaminador:______________________________________ ______________________________________ Prof. Hercílio Brito, MSc. (FA7) Coordenador do Curso 3
  • 4. Aos meus pais, que fizeram da nossa mesa de jantar a melhor sala de aula do mundo. 4
  • 5. AGRADECIMENTOS Sobretudo agradeço a Deus, por me dar capacidade física, mental e intelectual de poder concluir as etapas da minha vida. Pela misericórdia derramada sobre mim ainda que não merecida. Aos meus pais que me ensinam a amar Jesus sobre todas as coisas antes de tudo. Por me apontar o caminho certo e me incentivar, incessantemente, a perseverar em qualquer circunstância. Aos meus irmãos Carol e Biel, meus alicerces e herança dos meus pais na minha vida e companheiros de muitas lutas ainda vindouras. À Bia, minha melhor amiga, amada e preciosa a quem tenho amor inestimável e companheira em todas as horas. Obrigado por me inspirar e se arriscar junto comigo. Aos professores da Faculdade 7 de Setembro, que sem dúvida alguma confirmaram que minha escolha foi a melhor. Em especial agradeço ao Professor Maiso Dias Alves Junior, orientador, amigo e bom sambista a quem devo muito pela paciência e, sobretudo inspiração que talvez nem mesmo tenha conhecimento que a tenho. Agradeço também ao Professor Hercílio Brito que com muita destreza conduz a coordenação do curso de Administração de Empresas e por algumas vezes me salvou de mim mesmo. 5
  • 6. RESUMO O objetivo dessa monografia é analisar por meio de uma pesquisa bibliográfica e aplicação de questionário a relação entre o perfil empreendedor encontrado nos empresários e o sucesso obtido em uma incursão internacional. Também se pretende conferir quais são as principais barreiras que se apresentam para empresários que queiram se lançar ao mercado internacional. É também a intenção do presente trabalho apresentar quais são as estratégias necessárias para se obter sucesso em relações inter comerciais entre duas nações. Após serem elencadas as dificuldades e as estratégias, o objetivo do trabalho se da pela identificação de característica pessoais e profissionais que são imprescindíveis para qualquer gestor, empresário ou administrador interessado em negociar com o estrangeiro. Palavras Chave: Perfil empreendedor, Comércio Internacional, Estratégias. ABSTRACT The purpose of this thesis is to examine through a literature search and questionnaire the relationship between entrepreneurial profile found in entrepreneurs and its success in an international foray. Also it is wanted to check which are the main barriers that are presented to entrepreneurs who want to launch to the international market. It is also the intention of this paper to present what are the strategies needed to succeed in international trade relations between two nations. After being listed difficulties and strategies, the objective of the work is the identification of personal and professional characteristics that are essential for any business owner or manager interested in trading with foreign countries. Keywords: Entrepreneurial profile, International Trade, Strategies 6
  • 7. ÍNDICE Introdução ....................................................................................................................... 08 Pressuposto da Pesquisa................................................................................................ 10 Desenvolvimento.............................................................................................................. 11 Problema.......................................................................................................................... 11 Objetivo Geral.................................................................................................................. 11 Objetivo Específico ......................................................................................................... 11 Fundamentação Teórica.................................................................................................. 12 Comércio Exterior............................................................................................................. 12 Empreendedorismo.......................................................................................................... 18 Empreendedorismo no Brasil........................................................................................... 20 Perfil Empreendedor ....................................................................................................... 22 Ingresso no Comércio Internacional ................................................................................ 27 Metodologia...................................................................................................................... 32 Análise de Resultados..................................................................................................... 34 Referências Bibliográficas................................................................................................ 37 Anexo............................................................................................................................... 41 A internacionalização expande negócios, os benefícios são inúmeros: maiores retornos de investimentos, economia de escala, acesso a recursos críticos, custos menores, clientes mais fortes, etc. 7
  • 8. 1 INTRODUÇÃO Quando se fala em economia brasileira, ainda que de maneira superficial, não é necessário a ninguém conhecimentos profundos sobre o tópico para que se constate o papel do Brasil como um player internacional em diversos setores. Neste caso, o conceito de globalização deve ser analisado de maneira ampla e profunda, não se limitando ao “lugar comum” ao qual o termo remete. Este trabalho se propõe exatamente a analisar um produto desse fenômeno chamado Internacionalização. A tomada de decisão por parte da gestão de uma empresa em direção a um processo de internacionalização não é fácil. É preciso responder a três perguntas:  Onde estou?  Onde quero ir?  Como chegar lá? Para obter essas respostas é necessário um profundo conhecimento sobre a empresa. Em caso de instituições de médio e grande porte, é necessária também uma boa equipe de pessoas que consigam pensar sobre o assunto. Mas o objeto de estudo deste trabalho está na etapa anterior a este processo de tomada de decisão. Um conhecimento tácito que habita na mente, muitas vezes, apenas do dono da empresa. O termo “Empreendedorismo” foi usado pelo economista austríaco Joseph Schumpeter (1950) e segundo ele, o empreendedor é aquele que é capaz de transformar uma idéia em uma inovação de sucesso. Em seu Livro “Capitalismo, Socialismo e Democracia” Schumpeter populariza o conceito de “Destruição Criativa”. É sabido que o comércio internacional, quando bem analisado, proporciona uma grande compreensão para o desenvolvimento econômico dos Estados nacionais no que diz respeito às PME’s. Neste sentido, Maurício Manfré (2007) afirma que: “a internacionalização é um fenômeno econômico de considerável importância no desenvolvimento das empresas, entre outras coisas pelo crescimento e expansão gerado.” 8
  • 9. As pequenas e médias empresas representam mais de 98% do total de empresas existentes no Brasil - algo em torno de 5 milhões de empresas - e respondem por cerca de 60% dos empregos gerados, participando com 43% do faturamento total dos setores industrial, comercial e de serviços. Serviços, respondem ainda por cerca de 1 % do total das exportações do país. Segundo Claudio Antonelli (2004), considerando que uma das prioridades da política econômica brasileira é o incremento das exportações; percebe-se a falta de políticas governamentais específicas e que deveriam ser inseridas no contexto da realidade mundial, lançando instrumentos que pudessem viabilizar o aumento no volume dos produtos negociáveis no mercado externo; embora isto não comporte ainda um julgamento de valor. Políticas de governo à parte, a pesquisa e desenvolvimento (P&D), tão comentados e necessários no processo de inserção dos negócios no cenário internacional, não deve prescindir à elaboração, análise e aplicação dos conceitos e técnicas universais de gestão empresarial. Urge uma mudança de cultura, o aumento de capacidade, de competitividade e de um rápido crescimento no número de pequenas e médias empresas e empresas emergentes no cenário sócio-econômico brasileiro, comparado à falta da criação de uma política organizacional voltada para o mercado global, nos leva a identificar e analisar, através de um diagnóstico sistêmico, tanto da empresa como a do empreendedor, os fatores inibidores que minimizam a capacidade da empresa em ultrapassar as fronteiras nacionais. A qualidade dos pequenos empresários que fazem parte do desenvolvimento econômico, não somente do Brasil, mas da América Latina das empresas emergentes apresentam quadros alarmantes; de cada três empresas criadas, duas fecham as portas; Em se tratando das pequenas empresas, a estatística é ainda mais desesperadora: 99% delas abrem falência prematuramente, justamente por falta da capacidade de programar um conjunto de ações gerenciais no ambiente interno do empreendimento. Não se duvida que as empresas, com características globais, devem viver a lógica da melhor qualidade ao menor preço, como resultado de sua internacionalização, envolvendo os três principais níveis de atividades corporativas: estratégia/estrutura, cultura e pessoas, respaldadas por sólidos investimentos e a aplicação e domínio de novas tecnologias. 9
  • 10. Na primeira parte deste trabalho, será abordado o conceito de Internacionalização. Segundo o sociólogo canadense Guy Rocher (1962), é a troca econômica, política ou cultural entre nações, e as relações que daí resulta pacíficas ou conflituosas, de complementaridade ou concorrência. De maneira análoga, podemos dizer que a Internacionalização de uma empresa é um processo de expansão na qual a empresa se relaciona com outro país através de interação comercial. Na segunda parte deste trabalho, será abordado o conceito de Empreendedorismo a luz dos principais pensadores desta escola. Na terceira e ultima parte deste trabalho, a intenção é associar o Empreendedorismo como força motriz para o inicio do processo de internacionalização de uma empresa. No livro Empreendedorismo, Hisrich, Peters e Shepard definem que o comportamento empreendedor abrange: (1) tomar iniciativa, (2) organizar e reorganizar e (3) aceitar o risco ou o fracasso. Essas mesmas características são fundamentais para o processo de internacionalização de uma empresa segundo Marcos Amatucci em seu livro Internacionalização de Empresas – Teoria, Problemas e Casos (2008). 10
  • 11. 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Problema Que relação é possível se observar entre o pensamento empreendedor e a internacionalização de uma empresa brasileira? 2.2 Objetivo Geral Analisar de que forma o empreendedorismo dentro das empresas brasileiras, impulsiona ou acelera o processo de internacionalização. 2.3 Objetivos Específicos - O que é comércio internacional, como funciona, como as empresas brasileiras se relacionam com o exterior; - Diagnosticar quais são as principais características necessárias para um empreendedor que deseja internacionalizar suas operações. - Identificar as barreiras, as estratégias e as formas de inserção em um mercado internacional 11
  • 12. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo tem como finalidade discutir mais profundamente o universo do comércio exterior e as suas nuances. Tem como objetivo também, analisar as afirmações e pressuposições dos teóricos acerca dos pensamentos empreendedores. Por ultimo, mas não menos importante, traçar um perfil adequado de pessoas empreendedoras. O objetivo da presente monografia é fazer uma analise da relação que se tem entre o empreendedorismo e o êxito de empresas que se lançaram no mercado internacional seja para comercialização de bens ou serviços. 3.1 COMÉRCIO EXTERIOR Ao entrar em uma grande rede de supermercados e olhar para as prateleiras cheias de produtos importados já se está experimentando os efeitos do comércio exterior. O Comércio Exterior ou Comércio Internacional nos permite expandir os mercados tanto para bens como serviços que em outros tempos não estariam disponíveis. É um dos segmentos da economia que possibilita escolher entre um carro americano, japonês ou alemão. Graças ao comércio internacional, o mercado goza de um ambiente mais competitivo o que resulta em preços também mais competitivos. Mas o que é Comércio Exterior? O comércio internacional é a troca de bens e serviços entre os países. Este tipo de comércio dá origem a uma economia mundial, em que os preços da oferta e a procura, afetam e são afetados por eventos globais. Uma mudança política na Ásia, por exemplo, poderia resultar em um aumento no custo do trabalho, aumentando assim os custos de produção para um fabricante de tênis americano com sede na Malásia, que então resultaria em um aumento no preço praticado para o produto final. A diminuição do custo do trabalho, por outro lado, resultaria em uma redução do preço praticado. Operações de comércio exterior, em geral, dão aos consumidores e países a oportunidade de serem expostos a produtos e serviços não disponíveis em seus próprios países. Quase todo tipo de produto pode ser encontrado no mercado internacional: alimentos, roupas, peças de reposição, óleo, jóias, vinhos, ações, moedas e água bem como serviços: turismo, operações 12
  • 13. bancárias, consultoria e transporte. Em termos básicos, um produto que é vendido para o mercado global é uma exportação, e um produto que é comprado no mercado global é uma importação. OS MODELOS O modelo Ricardiano O comércio exterior permite que os países se utilizem de seus recursos – tecnologia, mão de obra ou capital - de forma mais eficiente. Como os países são dotados de diferentes ativos e recursos naturais (terra, trabalho, capital e tecnologia), alguns países podem produzir o mesmo produto de forma mais eficiente e, portanto, vender mais barato do que em outros países. Partindo dessas premissas surge o primeiro modelo de comércio internacional. Se um país não pode eficientemente produzir um item, ele pode obter o item de outra nação que tem mais conhecimento na produção. Isto é conhecido como especialização no comércio internacional. O conceito de especialização é uma das tangentes do modelo proposto pelo inglês David Ricardo. Em seu livro “On the principles of Political Economy and Taxation” de 1817, Ricardo faz a seguinte analogia em tradução livre: “Inglaterra e Portugal produzem blusas de algodão e vinho. Inglaterra produz 10 blusas e seis garrafas de vinho por ano, enquanto Portugal produz seis blusas e 10 garrafas de vinho por ano. Ambos podem produzir um total de 16 unidades. Portugal, no entanto, leva três horas para produzir as 10 blusas e duas horas para produzir as seis garrafas de vinho (total de cinco horas). Já Inglaterra, por outro lado, leva uma hora para produzir 10 blusas e três horas para produzir seis garrafas de vinho (total de quatro horas).Mas estes dois países percebem que eles poderiam produzir mais, concentrando-se naqueles produtos com os quais eles têm uma vantagem comparativa. Portugal começa então a produzir vinho e Inglaterra produz apenas blusas de algodão. Cada país pode agora criar uma saída especializadas de 20 unidades por ano e comercializar proporções iguais de ambos os produtos. Como tal, cada país tem agora acesso a 20 unidades de ambos os produtos.” O conceito por trás do exemplo citado acima é o conceito da Vantagem Comparativa. Vantagem comparativa é a força motriz do modelo ricardiano que descreve um mundo no qual os bens são produzidos de maneira competitiva a partir de um único fator de produção e trabalho que diferem entre países e bens. Aplicando a teoria com apenas dois bens e dois países, o modelo teórico padrão mostra que os países irão exportar o bem em que têm vantagem comparativa. O 13
  • 14. equilíbrio, que é o foco principal deste modelo, assume o formato dos dois países completamente especializados e ganhando a partir de comércio entre si. O modelo de Heckscher–Ohlin O modelo H-O foi criado por Eli Heckscher e seu aluno Bertil Ohlin em Estocolmo em 1933. É um modelo muito mais complicado do que o modelo ricardiano muito embora tenha suas bases fundamentadas na concepção da vantagem comparativa no que diz respeito aos padrões adotados pelo comércio e produção. Na sua essência, o modelo diz que os países vão exportar os produtos que usem seus recursos mais abundantes enquanto serão importados produtos que o país sofre escassez para produzir. Segundo este modelo, as características próprias de cada nação em relação aos fatores de produção (terra, trabalho e capital) determinam a vantagem comparativa. Os países, nesse caso, têm vantagens comparativas nos produtos para os quais os elementos necessários de produção são relativamente abundantes localmente. Isso ocorre porque a rentabilidade dos bens é determinada pelo custo dos insumos. Bens que necessitam de insumos que são abundantes serão mais barato para produzir do que os bens que necessitam de insumos que são escassos. O modelo de gravitação O modelo de gravitação é um modelo importante no comércio internacional e tem sido utilizado pelos economistas para descrever as interações entre os países. Tem sido aplicado a um grande número de questões: a migração, a negócios internacionais e a investimento direto estrangeiro. A idéia é que os padrões geográficos, em atividades econômicas, podem ser descrito por dois fatores. Um fator é a massa econômica, muitas vezes descrita pelo PIB. E o outro fator, que é determinante do modelo, é a distancia dos custos de um país para outro. É uma idéia muito simples e há uma semelhança com a lei da gravidade de Isaac Newton. De fato, a idéia foi adaptada por Tinbergen (1962) e Poyhonen (1963) para o comércio internacional. Segundo Tinbergen, o comércio entre duas nações é diretamente proporcional ao seu tamanho (econômico) e inversamente proporcional aos custos do comércio entre os países. Esses custos, de acordo com Poyhonen, são relacionados a transporte, barreiras tarifárias e língua. Ou seja, há relevância 14
  • 15. no aspecto da disposição geográfica dos países. A fórmula desenvolvida por Tinbergen é a seguinte: Onde: F: Fluxo de Comércio M: Massa econômica de cada país D: Distancia G: Constante O modelo gravitacional estima os padrões do comércio internacional. Enquanto a forma básica do modelo consiste de fatores que têm mais a ver com a geografia e a espacialidade, o modelo gravitacional tem sido usado também para testar hipóteses enraizadas nas teorias mais puras do comércio exterior. Essa teoria prevê que o comércio será baseado no fator de abundância relativa assim como outros modelos de abundância relativa como o modelo de Heckscher-Ohlin citado acima. ÓRGÃOS DE REGULAMENTAÇÃO Com o fim do feudalismo, o capitalismo toma assume a posição de sistema econômico vigente para o mundo ocidental. Segundo os maiores estudiosos do sistema, John Locke e Adam Smith, o comércio é o principal pilar do capitalismo e é a razão do enriquecimento das nações. Durante todo o período mercantilista, leis chamadas suntuárias foram estabelecidas para controlar o comercio e, sobretudo o consumo. Essas leis foram fortemente contestadas a medida que a sociedade moderna se desenvolvia pois elas serviam muito mais para privar e perdurar as distinções de classes. Com o passar dos anos, o governo deixa de ter o domínio absoluto do comércio praticado dentro das fronteiras e surge uma idéia de comércio livre (laissez-faire) que tinha suas idéias cunhadas pelo mesmo Adam Smith. Os valores do comercio livre foram vistos pela primeira vez em 1776 em sua obra intitulada “The Wealth of Nations”: 15
  • 16. “É a máxima de todo mestre prudente de uma família, nunca tentar fazer em casa o que vai custar- lhe mais para fazer do que comprar.... Se um país estrangeiro pode nos fornecer uma mercadoria mais barata do que nós mesmos podemos produzir”. Esse conceito, porém, tem alguns pontos sensíveis que podem levar a sérias conseqüências econômicas para uma nação. Em um sistema de comércio livre, a precificação dos produtos é um retrato da oferta e procura. É como imaginar um país escasso de um recurso, com uma demanda alta, ter que arcar com o preço praticado por um país com o referido recurso abundante. Os governos, sendo os primeiros e máximos órgãos de regulamentação de comércio de um dado país passam a trabalhar com preços virtuais. Estes preços virtuais provêem de políticas protecionistas que é a maneira mais direta pela qual um governo controla o mercado. Comumente, o comércio internacional é regulamentado através de tratados entre duas nações. A partir da segunda guerra mundial, tratados multinacionais foram surgindo para criar uma estrutura de comércio internacional que padronizasse a prática ao redor do mundo. A exemplo disso é possível citar o GATT que posteriormente viria a ser a OMC. A Organização Mundial do Comércio foi criada em 1995 para substituir o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e tem como função principal supervisionar o comércio internacional. A OMC trabalha para garantir a implantação e administração dos acordos discutidos pelos 153 membros. Serve também como foro de discussões e negociações para eventuais litígios. Além disso, é dever da OMC examinar e propagar as políticas comerciais nacionais, e assegurar a coerência e a transparência dessas políticas comerciais através da vigilância na econômica interna. Outra prioridade da OMC é o auxílio no desenvolvimento dos países menos desenvolvidos e de baixa renda em transição para se adaptarem às regras e disciplinas da OMC através de cooperação técnica e treinamento. COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL Historicamente o Brasil manteve uma relação comercial intensa com Portugal que estabeleceu assim o pacto colonial. Ou seja, os portugueses monopolizavam o comércio brasileiro e assim foi durante a maior parte da história. Depois, com a chegada da família real ao Brasil, o que se fez foi a abertura dos portos as nações 16
  • 17. amigas especialmente a Inglaterra e dessa maneira o Brasil vai passo-a-passo, abrindo seus portos e por conseqüência, seu comércio para países da Europa ocidental de uma maneira mais geral. Ou seja, passa-se a diversificar o número de países com os quais o Brasil faz comércio internacional. No final do século IXX, o Brasil estabelece uma relação de aproximação com os Estados Unidos. Essa iniciativa é muita mais conseqüência de um esforço norte americano que tinham a intenção de aumentar o seu comércio com países da América Latina como um todo como forma de garantir uma área de influência na região. Vem a velha doutrina Monroe. América para os americanos. E os americanos buscam influenciar os países próximos através de grandes acordos comerciais em muitos casos se tornando o principal parceiro comercial de vários países na América Latina. Era assim que o Brasil se relacionava com os EUA na época da crise de 29 quando a economia americana teve problemas e esses problemas foram transferidos em parte para o Brasil porque os americanos eram os principais compradores de café, produto fundamental da economia brasileira na época. Nos início dos anos 90, o Brasil cria junto com Argentina, Paraguai e Uruguai o MERCOSUL. Ou seja, uma estratégia de comércio mais regionalizada. O Brasil busca se aproximar de países vizinhos e estabelecer trocas comerciais bastante favorável sendo assim uma nova característica do comércio exterior brasileiro. Porém, nos últimos 15 anos é possível perceber que o MRE estabeleceu uma política de abertura comercial, fazendo do Brasil um país de intercâmbio multidirecional. Ou seja, o Brasil vai deixar de ser um país que vai deixar de ter aqueles principais parceiros tradicionais e vai buscar ter muitos parceiros no mundo inteiro. Hoje o Brasil não é só um país parceiro dos EUA, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai. O Brasil é parceiro de diversos países na África, Ásia Europa. O Brasil está tentando se abrir para o mundo para trazer produtos de todo o mundo e principalmente levar produtos brasileiros para todos os continentes. 3.2 EMPREENDEDORISMO O termo “Empreendedorismo” foi usado pelo economista tcheco Joseph Schumpeter pela primeira vez em 1950 e segundo ele, o empreendedor é aquele que é capaz de transformar uma idéia em uma inovação de sucesso. Em geral, essa transformação resulta em novas organizações ou reestrutura organizações já existentes como resposta a mudanças no ambiente. A forma mais óbvia de empreender é o começo 17
  • 18. de um novo negócio (Startup Company). Contudo, nos últimos anos, o termo tem se expandido para incluir formas sociais e políticas de atividades empreendedoras. Segundo Paul Reynolds, professor de empreendedorismo e criador do Global Entrepreneurship Monitor, nos EUA, ao chegarem à aposentadoria, metade dos trabalhadores provavelmente tiveram um período de auto-emprego de 1 ou mais anos. Um a cada quatro se mantiveram no auto-emprego por um período superior a 5 anos. Participar na criação de um novo negócio é comum em países com a economia aquecida e nos últimos anos tem sido estudado por professores ao redor do mundo, o advento de novas empresas sendo este um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento econômico dos países. Atividades empreendedoras são sensivelmente diferentes dependendo do tipo de organização e criatividade envolvidas. Empreendedorismo abrange de pequenos projetos pontuais (envolvendo o empreendedor informal ou empreendedor de segunda renda) até grandes mudanças em empresas que geram várias novas oportunidades de trabalho. Muitos empreendimentos de alto valor buscam “capitais de risco” ou algum “investidor anjo” como forma de adquirir fundos para montar o negócio. Hoje, existem várias organizações, governamentais ou privadas, que tem como razão de ser, o fomento de possíveis novos negócios. Isso inclui agências especializadas do governo, incubadoras de negócios, parques tecnológicos (ou Tecnopólos) e algumas ONG’s. Em tempos mais contemporâneos, o termo empreendedorismo se adaptou de um forma diferente de modo que fosse também enquadrado alguns elementos que não necessariamente resultam em atividades formadoras de novos negócios. Assim, o conjunto de suposições que conceituam o empreendedorismo, também se aplica para iniciativas empreendedoras nas formas de empreendedorismo social, empreendedorismo político ou conhecimento empreendedor. No século 20, o entendimento sobre empreendedorismo deve muito ao trabalho do economista Austríaco Joseph Schumpeter. Schumpeter elaborou duas teorias comumente chamadas de Mark I e Mark II. Em Mark I, argumenta que inovação e mudança tecnológica de uma nação vêm de mentes empreendedoras. À época, cunhou o termos Unternehmergeist (alemão para empreendedorismo). Ele acreditava que esses indivíduos eram responsáveis por fazer a economia de um 18
  • 19. país dar certo. Durante o período que lecionou em Harvard, desenvolveu a sua segunda teoria. Mark II sugeria que os atores que conduzem inovação e economia são as grandes empresas que possuem recursos para investir em pesquisa e desenvolvimento. Joseph Schumpeter, a partir da década de 50, passa a discutir sobre um tema recorrente no discurso marxista. De acordo com Schumpeter, o empreendedorismo emprega a chamada destruição criativa. A destruição criativa é amplamente responsável pelo dinamismo das indústrias em termos de crescimento econômico de longo prazo. A suposição de que o empreendedorismo conduz ao crescimento econômico é uma interpretação de fragmentos da teoria do crescimento endógeno e como tal é muito debatido na academia. O empreendedorismo resultou em novas indústrias, mas também em novas combinações de fatores atualmente existentes. O exemplo inicial, citado por Schumpeter no livro “A marcha para o Socialismo”, dizia que a combinação de um motor a vapor com uma carroça gerava uma tecnologia capaz de substituir o cavalo. Isso não era de fato uma nova tecnologia, mas uma combinação de práticas já inventadas. Essa nova prática não substituiu as carroças puxadas a cavalo de imediato, mas com o tempo o animal foi substituído de vez pela máquina. Para Joseph Schumpeter, o empreendedor não suporta correr riscos. Risco seria, no caso, um fato para os capitalistas. Essa teoria seria discordada por Frank Knight (1921) e Peter Drucker (1946). Para os dois economistas e também expoentes da economia, empreendedorismo está diretamente ligado a correr riscos. Nesta tendência, o perfil empreendedor é descrito como uma pessoa inclinada a colocar em risco sua carreira e segurança financeira por uma idéia gastando assim, tempo e dinheiro em um empreendimento incerto. Frank Knight em seu livro “Risco, Incerteza e Lucro”, define bem as barreiras enfrentadas pelo empreendedor.  Risco: É um fator medido estatisticamente. Ex: A probabilidade de se tirar uma bola branca de um jarro com 5 bolas branca e 5 bolas vermelhas.  Ambigüidade: É difícil de medir estatisticamente. Ex: A probabilidade de se tirar uma bola branca de um jarro com 5 bolas brancas e um número incerto de bolas vermelhas. 19
  • 20. Incerteza ou Incerteza Knightiana: É impossível medir estatisticamente. Em: A probabilidade de se tirar uma bola branca de um jarro onde não se sabem quantas bolas brancas ou quantas bolas vermelhas se tem. As ações empreendedoras, em geral, se utilizam da incerteza knightiana. Principalmente quando envolve a criação de um negócio novo para o mercado. Contudo, mesmo que o mercado já exista, não há garantias de êxito. Drucker foi além dos conceitos de Knight e definiu o empreendedor como alguém que procura por mudanças, responde a essas mudanças de maneira rápida e transforma essas mudanças em oportunidades. A maioria dos economistas concorda que o empreendedorismo é um tempero necessário para estimular economia, crescimento e as oportunidades de emprego em todas as sociedades. No mundo em desenvolvimento, pequenas empresas de sucesso são os motores primários de renda a criação de emprego e redução da pobreza. Portanto, o apoio do governo para o empreendedorismo é uma estratégia crucial para o desenvolvimento dessa prática. 3.3 EMPREENDEDORISMO NO BRASIL De acordo com a pesquisa GEM 2009, o Brasil é o líder em empreendedorismo. A pesquisa relata que a cada oito adultos, um apresenta perfil empreendedor. Mas o que isso representa? Como sugerem alguns economistas, o Empreendedorismo é responsável por parte de desenvolvimento econômico do Brasil. Um olhar mais profundo sobre algumas das tendências em empreendedorismo no Brasil sugere que o esforço do país para aumentar a sua cultura de inovação e empreendedorismo tem como foco, sustentar seu crescimento nos próximos anos. De acordo com dados da Endeavor Brazil, uma organização que promove o desenvolvimento do empreendedorismo, os novos negócios, ou “Young business”, como foram chamados, tem um papel crucial na economia e no futuro do Brasil. Segundo dados do Sebrae, atualmente as PME’s (Pequenas e Médias Empresas) são responsáveis por aproximadamente 96% da oferta de cargos no mercado. Essa categoria de empresas também compreende algo em torno de 98% de todas as empresas oficialmente reconhecidas pelo governo. Esse dado, vale ressaltar não leva em conta as empresas que funcionam de modo informal ou irregular. Segundo 20
  • 21. o estudo Educação Empresarial feito pelo diretor técnico do Sebrae, Luiz Carlos Barboza, o aumento no número de novas empresas que surgiram no Brasil está diretamente relacionado ao crescimento do espírito empreendedor nos brasileiros. Ainda segundo Barboza, é possível ter uma idéia desse crescimento através de alguns dados. O número de participantes na Brazil’s Global Entrepreneurship Week subiu de 1.5 milhões em 2008 para 5.3 milhões em 2009. Um fomento ao espírito empresarial é crucial para um país onde os jovens com idades entre 18 e 24 compreendem 36% da mão de obra desempregada e já reconheceu isso e tem dado passos determinados a incentivar novos empresários. O Brasil é bastante consciente em relação ao impacto do crescimento de novas empresas não só no que diz respeito a emprego, mas também na inovação, e isso se reflete através dos esforços para apoiar empresas start-ups. Como o Christian Science Monitor relatou recentemente no estudo “Five Nations boosting their culture of innovation”, "O que acontece no Brasil simboliza que os continentes do Sul estão aumentando os esforços para fomentar novos negócios.” Isso se confirma ao analisarmos algumas posturas do governo como a disponibilidade de R$ 65 milhões para investimento em projetos start-up através do FINEP. A meta é investir em 10.000 empresas com foco em inovação ao longo de quatro anos e através disso, gerar 10 novos empregos diretos por empresa. 3.4 PERFIL EMPREENDEDOR Quem é o empreendedor ? A figura do empreendedor é definida de várias formas e varia de um autor para o outro. Mas é possível encontrar pontos de intercessão entre algumas definições. De acordo com o dicionário Aurélio é definido como uma pessoa que exercita total ou parcialmente as atividades de:  Coordenar, iniciar, instituir e controlar mudanças em algum negócio ou empresa  Assumir riscos derivados da natureza dinâmica da sociedade e do conhecimento incerto sobre o futuro. 21
  • 22. Porém, vamos começar por descrever uma pessoa que NÃO é empreendedora. Em 24 de julho de 2002, um artigo da revista EXAME com o título de “Falsas verdades sobre empreendedores” foi publicado. No artigo o autor explana sobre 6 “mitos” que cercam o conceito de empreendedor. Um deles diz que “O empreendedorismo não pode ser ensinado. É uma habilidade inata”. Essa afirmação se opõe ao fato de que nos Estados Unidos, país onde se observa o maior número de empresas no mundo, a maioria surge em decorrência de uma eventual demissão. Isso é comprovado segundo estudo da Ernst & Young, publicado em 2007, que diz que os líderes são feitos ao longo do tempo. O estudo aponta inicialmente que não há evidencias de que existe um gene humano que define empreendedorismo como hereditário. Todavia, há traços na personalidade de cada um que, combinados com experiências vividas, culminam em atitudes ou negócios visionárias. Ainda segundo o estudo, existe um grande número de atitudes comportamentais que caracterizam um empreendedor. Isso inclui o olho para enxergar oportunidades, inquietude, resiliência e a já citada coragem para correr riscos. Os líderes, como o estudo da E&Y chama os empreendedores, podem até não ter nascido com habilidades especiais para empreender, mas certamente a maioria deles embarca na primeira aventura empresarial com pouca idade como é possível observar no gráfico abaixo: Gráfico 1 – Idade em que os empresários começaram o primeiro negócio Idade em que empresários começaram o primeiro negócio Entre 50-59 Entre 40-49 Entre 30-39 Entre 20-29 Abaixo de 20 0% 10% 20% 30% 40% 50% Fonte: Ernst & Young (2007) Mas apesar de começarem ainda jovens, a maioria dos empreendedores não começa logo de cara com o próprio negócio. De acordo com a pesquisa do estudo, feito com 685 empreendedores ao redor do mundo, a maioria dos entrevistados 22
  • 23. relatou uma ou mais transição entre empregos até chegarem onde estão. Isso significa que eles já tem um background de experiência fora do mundo do empreendedorismo antes de lançarem seu próprio negócio. Compreendendo o Empreendedor Mas quem pode se tornar um empreendedor? Não existe um perfil único e definitivo. Os empreendedores bem sucedidos se apresentam em contextos variados no que diz respeito a idade, nível de renda, gênero e raça. Eles diferem em educação e experiência. São variadas as características do perfil empreendedor e dentre elas podemos citar algumas que estão no quadro abaixo: Quadro 1 – Características do Perfil Empreendedor CARACTERÍSTICAS DO PERFIL EMPREENDEDOR é o que dá impulso para o desenvolvimento de novos produtos ou • Criatividade serviços ou formas de fazer negócios. É o impulso para a inovação e melhoria. é o que motiva o empresário a trabalho duro, várias horas por dia, sete dias por semana, especialmente no início, para obter conhecimento e controle. • Dedicação Planejamento e idéias devem ser unidos pelo trabalhar duro para ter sucesso. Como diz Roberto Shinyashiki, dedicação faz acontecer. é um desejo extremamente forte de alcançar o sucesso. Ele inclui a persistência e a capacidade de se • Determinação: recuperar depois de tempos difíceis. É o que motiva o empresário a fazer a décima ligação quando as nove anteriores não deram em nada. • Flexibilidade: é a capacidade de mover-se rapidamente 23
  • 24. em resposta à evolução das necessidades do mercado. É estar sendo fiel a uma idéia e ao mesmo tempo, estar atento às realidades do mercado. é a capacidade de criar regras e definir objetivos. É também a capacidade de • Liderança: acompanhar se essas regras são seguidas e as metas são cumpridas. é o que incentivou os empresários e o que os mantém lá. Dá a capacidade para convencer os outros a acreditar em sua • Paixão: visão. Não pode substituir o planejamento, mas vai ajudá-los a permanecer focados. dá o empreendedor a capacidade de • Autoconfiança: ouvir sem ser facilmente influenciado ou intimidado É a junção de inteligência com o • Know-How: conhecimento adquirido em um determinado negócio. Fonte: Elaborado pelo autor (2011) De acordo com Emanuel Leite o empreendedor é multifuncional com domínio de informática, trabalham com o que gostam, possuem um bom conhecimento sobre os princípios básico da administração. Cunha e Ferla (2002) vão além e dizem que esse profissional estabelece suas próprias metas. Já Michael Gerber (2004) acredita que esse domínio não pode ser citado como características pois podem muito bem serem adquiridos ao longo do tempo. Para ele, o empreendedor pode ser chamado de estrategista e sua principal característica é transformar possibilidade em probabilidade. Características Comportamentais Empreendedoras David McClelland, um psicólogo americano desenvolveu alguns questionários para auxiliar suas pesquisas. Em 1971 McClelland, eu seu artigo “Motivating economic 24
  • 25. achievement”, sintetizou em 10 as características básicas do empreendedor e as ordenou por categoria. Esse trabalho se baseia em seu maior trabalho: a teoria das necessidades de McClelland. Segundo a teoria, as pessoas adquirem algumas necessidades ao longo da vida na medida em que vão se relacionando com outros. McClelland adaptou essa teoria para tentar compreender melhor o comportamento empreendedor das pessoas. Abaixo estão as 10 Características Comportamentais Empreendedoras. Quadro 2 – Características Comportamentais Empreendedoras CATEGORIA: REALIZAÇÃO CCE: Busca de oportunidades e iniciativa Faz as coisas antes de solicitado, ou antes, de forçado pelas circunstâncias; Agem para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços; Aproveita portunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência. CCE: Correr riscos calculados Avalia alternativa e calcula riscos deliberadamente; Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados; Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. CCE: Persistência Age diante de um obstáculo significativo; Age repetidamente ou muda de estratégia, a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo; Faz um sacrifício pessoal ou desenvolve um esforço extraordinário para completar uma tarefa. CCE: Exigência de qualidade e eficiência Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápidas ou mais barato; Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência; Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados. CCE: Comprometimento Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos; Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho; Esmera-se em manter os clientes satisfeitos e coloca em primeiro lugar a boa vontade a longo prazo, acima do lucro a curto prazo. CATEGORIA: PLANEJAMENTO 25
  • 26. CCE: Busca de informações Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes; Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço; Consulta especialista para obter assessoria técnica ou comercial. CCE: Estabelecimento de metas Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal; Define metas de longo prazo, claras e específicas; Estabelece objetivos mensuráveis e de curto prazo. CCE: Planejamento e monitoramento sistemáticos Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais; Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões. CATEGORIA: PODER CCE: Persuasão e redes de contato Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros; Utiliza pessoas- chave como agentes para atingir seus próprios objetivos; Age para desenvolver e manter relações comerciais. CCE: Independência e autoconfiança Busca autonomia em relação a normas e controles de outros; Mantém seu ponto de vista mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores; Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio. Fonte: McClelland, D. C. Motivating economic achievement. New York: Free Press, 1971 3.5 INGRESSO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL Quando uma organização toma a decisão de entrar num mercado internacional, há uma variedade de considerações em aberto para serem analisadas. Estas considerações variam de acordo com custo, risco e grau de controle que pode ser exercido. Porém, não há muito mistério. A estratégia mais simples para entrada em mercados externos é a exportação, seja utilizando um método direto ou indireto. A importação também é uma ótima estratégia para alguns casos. A importação de bens para comercialização fica está diretamente ligada ao valor praticado pelo vendedor inicial do bem. Mas também existe a importação afim de redução de custos como, por exemplo, a importação de maquinário em um pólo tecnológico com 26
  • 27. preço mais barato reduzindo assim o custo de fabricação de um determinado produto. Formas mais complexas incluem operações globais que pode envolver joint ventures, ou zonas de processamento de exportação. Tendo decidido pela forma de estratégia, as decisões têm de ser feitas nos canais específicos. Mas quais são as principais barreiras a serem transpostas? Segundo relatório da OMC de 2009 considerando as principais barreiras incidentes sobre quem quer fazer negócios internacionais é destacado:  Mercado - que países, quais os segmentos, como gerenciar e implementar esforços de marketing, como entrar - com intermediários ou diretamente, com que informações?  Sourcing - fazer ou comprar?  Investimento e controle - joint venture, parceiro global, aquisição? Nas decisões na área de mercado, o foco está na cadeia de valor de Porter. Figura 1 – Cadeia de Valor de Porter Elaboração: OMC – Organização Mundial de Comércio A estratégia de acesso deve assegurar que as atividades da cadeia de valor necessárias sejam realizadas e integradas. Essas atividades são as primarias, que estão relacionadas ao processo de criação dos produtos ou serviço a ser oferecido, as de apoio que direta ou indiretamente apóiam as atividades primárias e a margem. No que diz respeito a sourcing, que é a busca por informações sobre algum possível parceiro comercial, é importante ter em mente uma boa estratégia para negociar. Nesse caso, a teoria do modelo gravitacional de Tinbergen (1962), citada no capitulo 27
  • 28. primeiro deste trabalho, que sugere uma proporcionalidade entre o êxito de um negócio com a sua proximidade geográfica, é um ótimo auxílio para tomada de decisão. Referente a investimento e controle, a questão é realmente o quão longe a empresa deseja controlar seu próprio destino. O grau de risco envolvido, as atitudes e a capacidade de atingir os objetivos nos mercados-alvo são aspectos importantes nas decisões. Philp Kotler cita em seu livro “Os Princípios do Marketing” (2008) que: “com certeza, a maioria das empresas preferiria permanecer em seus negócios domésticos se o mercado fosse suficientemente grande e atrativo, pois os administradores não precisariam aprender a língua e as leis de outro país, lidar com moedas estranhas e voláteis, enfrentar incertezas e problemas políticos e legais ou ter que redesenhar seus produtos para atender às diferentes necessidades e expectativas dos consumidores externos.” Ainda segundo Kotler, os principais motivos que levam uma empresa a se internacionalizar são:  empresas globais oferecendo produtos melhores ou preços menores  a empresa pode descobrir que alguns mercados externos apresentam maiores oportunidades de lucro que no mercado doméstico  a empresa pode necessitar de uma base mais ampla de consumidores para obter economia de escala  a empresa pode desejar diminuir sua dependência de qualquer mercado e, assim reduzir o risco  os clientes da empresa podem estar indo para o exterior exigindo assim serviços internacionais Mas como ingressar em um mercado internacional? Como tornar uma empresa local em global? Neste capitulo abordamos até agora possíveis barreiras que incidem sobre o processo. Falamos também sobre o que justifica uma empresa sair de uma zona de conforto e se aventurar em mercados inóspitos. Margaret H. Cunningham, autora de Administração de Marketing (2006) juntamente com Kotler, identifica cinco estratégias usadas por empresas que obtiveram sucesso ao buscarem mercados internacionais: 28
  • 29. 1) Estratégias de Inovação Tecnológica – Apresentação e percepção de um produto superior 2) Estratégias de adaptação de produtos – Modificação em produtos ou serviços já existentes 3) Estratégias de disponibilidade e segurança - superar os riscos de transporte por contrariar os riscos percebidos. 4) Estratégias de preço baixo – Preço de penetração 5) Estratégias de total conformidade – Oferecer um produto exatamente igual a um existente por exigência de um comprador. Para Kotler, a decisão de como internacionalizar a empresa pode ter um impacto significante nos resultados. Expandir para mercados internacionais pode ser dar via algumas das quatro maneiras abaixo:  exportação  licenciamento  joint-venture  investimento direto Exportação É a comercialização e venda direta de um bem ou serviço produzido dentro do país de origem da empresa em outro país diferente. A exportação é um método consolidado e tradicional de se alcançar mercados internacionais. Já que na exportação não há produção em outro país, também não há necessidade para investimentos em estrutura além daquele já feito. Assim, as despesas associadas a pratica ficam por conta de todo o processo já conhecido de compra e venda. A exportação requer harmonia de trabalho entre os quatro players envolvidos: exportador, importador, meio logístico e governo. Licenciamento Licenciamento existencialmente permite que uma empresa no mercado alvo use propriedade do licenciador. Essas propriedades geralmente são intangíveis como 29
  • 30. marcas registradas, patentes e métodos de produção. O licenciado paga um valor em troca do direito de uso da propriedade e em alguns casos, direito a assistências técnicas. Um exemplo disso é o crescente número de franquias multinacionais que surgem ao redor do mundo. Joint Venture Existem 5 objetivos básicos em uma joint venture: entrada em um mercado, dividir os riscos, dividir conhecimento tecnológico, desenvolvimento de produtos, e conformidade com regulamentações do governo. Uma joint venture se justifica quando: 1) as metas estratégicas dos parceiros convergem assim como sua diferenciação competitiva se divergem 2) o tamanho, poder de mercado e recursos individuais dos parceiros são pequenos comparados aos líderes 3) os parceiros conseguem aprender um com o outro a medida que também se consegue limitar o acesso a informações. Investimento Direto É a compra direta de partes de empresas em outros países. Envolve transferência de recursos como capital, tecnologia e pessoal. O investimento estrangeiro direto pode ser feito através da compra de uma empresa existente ou o surgimento de uma nova. Essa modalidade oferece um alto nível de controle nas operações bem como certa habilidade em conhecer os consumidores e o mercado. Contudo, requer alto investimento financeiro e total comprometimento da direção. 30
  • 31. 4 METODOLOGIA Este projeto foi desenvolvido através de uma pesquisa documental e pesquisa bibliográfica, diferenciadas pelo fato da documental utilizar apenas fontes de pesquisas quer não recebem tratamento analítico, como livros e revistas, mas também através de projetos e pesquisa on-line. Segundo Lakatos e Marconi (2001), têm por objetivo descrever completamente um determinado fenômeno. A coleta de dados para o presente trabalho foi feita, além de pesquisa bibliográfica, através da aplicação de um questionário. A proposta deste questionário é diagnosticar um perfil real dos empreendedores se lançaram em incursões internacionais e, ato continuo, cruzar este perfil com o perfil proposto pelos autores acima citados. Para que as respostas tenham maior credibilidade e relevância, não serão identificados os respondentes. Os entrevistados que responderam as perguntas do questionário são todos responsáveis diretos pelas decisões estratégicas de sua empresa e obtiveram êxito em seus negócios extra-fronteiriços. Ao todo foram selecionados 10 empresários sendo eles, 7 homens e 3 mulheres todos com suas bases operacionais situadas em Fortaleza. A escolha dos entrevistados se deu através de uma indicação feita pelo Centro Internacional de Negócios com alguns casos considerados pelo órgão como sendo de sucesso. O questionário utilizado para obtenção dos dados foi o Teste de Auto-avaliação de seu Perfil Empreendedor (ambiente, atitudes e know-how) elaborado por José Dornelas e publicado em seu livro Empreendedorismo – Transformando Idéias em Negócios. O objeto de estudo será realizado de forma descritiva, onde as características do perfil empreendedor serão apresentadas estabelecendo uma relação entre elas e o êxito obtido por uma empresa ao se lançar em mercados internacionais de forma explicativa, que se baseia na determinação de um objeto de estudo, na seleção das variáveis que possam influenciá-lo e definição das formas de controle e observação dos efeitos que a variável produz sobre o projeto. Será utilizada como fonte de pesquisa a do tipo terciário que se dá pela seleção de fontes primárias, que seria na verdade a fonte original sobre o assunto abordado, e de fontes secundárias, que seriam as análises, opiniões, críticas e etc. das fontes 31
  • 32. primárias. Baseada na natureza dos dados, a pesquisa será do tipo qualitativa baseada na coleta de informações, no levantamento de variáveis onde cada caso é analisado separadamente com a construção de um quadro teórico geral através de um método indutivo onde a indução leva a conclusões de caráter geral, a partir de casos particulares. É um processo de raciocínio inverso ao método dedutivo onde a dedução parte de enunciados mais gerais para chegar a uma conclusão particular, já a indução parte do registro de fatos singulares para chegar a uma conclusão ampliada. 32
  • 33. 6 CONCLUSÃO O questionário Teste de auto-avaliação de seu perfil empreendedor (ambiente, atitudes e know-how) foi aplicado com 10 empreendedores que alcançaram êxito em suas incursões internacionais. A análise para o questionário proposta pelo autor é baseada em um ranking pré estabelecido que, leva em consideração o somatório das respostas e os enquadra em uma determinada categoria. Contudo, antes de analisarmos as categorias enquadradas é importante analisar as partes do questionário. Gráfico 2 - Comprometimento e Determinação 6. Imersão total nas atividades que… 5. Disposição ao sacrifício para atingir metas Insuficiente 4. Persistência em resolver problemas Fraco 3. Disciplina, dedicação Regular Bom 2. Tenacidade, obstinação Excelente 1. Proatividade na tomada de decisão 0 2 4 6 8 10 Fonte: Elaborado pelo autor (2011) Gráfico 3 – Obsessão pelas Oportunidades 9. Obsessão em criar valor e satisfaze aos clientes Insuficiente 8. É dirigido pelo mercado (Market Fraco driven) Regular Bom 7. Procura ter conhecimento profundo das necessidades dos clientes Excelente 0 2 4 6 8 10 Fonte: Elaborado pelo autor (2011) 33
  • 34. Gráfico 4 – Tolerância ao risco, ambigüidades e incertezas 14. Habilidade em resolver problemas e integrar soluções 13. Tolerância ao estresse e conflitos Insuficiente 12. Tolerância às incertezas e falta de Fraco estrutura Regular 11. Procura minimizar os riscos Bom 10. Toma riscos calculados (analisa Excelente tudo antes de agir) 0 2 4 6 8 10 Fonte: Elaborado pelo autor (2011) Gráfico 5 – Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação 19. Hábil em definir conceitos e detalhar idéias 18. Não tem medo de falhar Insuficiente 17. Hábil em se adaptar a novas Fraco situações Regular 16. Não se conforma com o status quo Bom 15. Não-convencional, cabeça, aberta, Excelente pensador 0 2 4 6 8 10 Fonte: Elaborado pelo autor (2011) Gráfico 6 – Motivação e Superação 25. Tem censo de humor e procura… 24. Ciente de suas fraquezas e forças Insuficiente 23. Autoconfiança Fraco 22. Não se preocupa com status e… Regular Bom 21. Dirigido pela necessidade de… Excelente 20. Orientação a metas e resultados 0 2 4 6 8 10 Fonte: Elaborado pelo autor (2011) 34
  • 35. Gráfico 7 – Liderança 30. Sabe construir times e trabalhar em equipe 29. É paciente e sabe ouvir Insuficiente 28. Transmite integridade e Fraco confiabilidade Regular 27. Poder de autocontrole Bom Excelente 26. Tem iniciativa 0 2 4 6 8 10 Fonte: Elaborado pelo autor (2011) Em cada uma dessas categorias, observa-se que algumas respostas são quase uníssonas. Através dessa pesquisa é possível dizer que os entrevistados são extremamente envolvidos nas atividades que desenvolvem (Gráfico 2), são antenados aos rumos que o mercado toma e sempre buscam saber das necessidades de seus cliente (Gráfico 3), procuram minimizar os riscos, mas ainda assim, de forma unânime, entendem que o risco é absolutamente normal e deve ser encarado (Gráfico 4), concordando assim com Frank Knight (1921), não tem medo de falhar e são resilientes para se adaptarem as novas situações (Gráfico 5), não se preocupam com status nem poder, ou seja, a vaidade não é um sentimento pertinente ao universo empreendedor e isso é reforçado quando se percebe a orientação por metas e resultados (Gráfico 6) e transmitem confiança e acreditam que a reputação de um empreendedor deve ser ilibada além de serem proativos (Gráfico 7). Analisando o desempenho de acordo com o ranking proposto, observa-se que dos 10 entrevistados apenas 1 ficou abaixo dos 59 pontos. Ao se deparar com o diagnostico, o entrevistado atribui a baixa pontuação a sua necessidade em melhorar pontos como disciplina e dedicação, tomar riscos, e habilidade para se adaptar a novas situações. Na categoria compreendida entre 60 a 89 pontos, o que caracteriza o individuo como um administrador tradicional, é possível observar a incidência de 2 dos entrevistados enquadrados neste nível. São obstinados, tem 35
  • 36. algumas habilidades para conduzir processos internos, mas não são abertos aos riscos que possivelmente se apresentam. A esses 3 casos, nos quais, segundo os parâmetros do questionário, não são empreendedores de fato, conclui-se que são motivados muito mais pelas oportunidades que se aparecem com o crescente mercado do que propriamente por enxergar ou criar uma necessidade. O restante dos entrevistados foram todos enquadrados na categoria compreendida entre 120 e 150 pontos e que segundo o ranking são empreendedores e tem tudo para se diferenciar. Observa-se que todos estão dispostos a tomar riscos e entendem que o risco e a incerteza são necessários para um negócio dar certo. São extremamente comprometidos com o trabalho e suas metas, são dirigidos pelo mercado e tem boa relação com o ambiente. Portanto conclui-se com o presente trabalho que a inclinação em correr riscos é a força motriz para se ingressar em um mercado internacional. Todavia é necessário também um alto comprometimento para que os processos executados junto ao estrangeiro sejam fiéis ao planejamento inicial de modo que, através de um alto nível de controle os riscos inerentes ao negócio sejam cada vez mais minimizados. A adaptabilidade a novas culturas também é ponto fundamental para que se tenha sucesso. Neste ponto, incide a capacidade de se moldar e compreender o ambiente em que se está inserido. Por fim, no que diz respeito a barreiras como os impostos, certificações e conformidades é impreterível que a empresa seja guiada com confiança e integridade. 36
  • 37. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA AMATUCCI, M (2009) Internacionalização de Empresas. EDITORA ATLAS, Rio de Janeiro ANTONELLI, C ; PAULA, A, S. (2005) Empreendedorismo no Comércio Internacional [Versão Eletrônica]. Acesso em 18/09/11: http://pt.scribd.com/doc/20749966/EMPREENDEDORISMO-NO-COMERCIO- EXTERIOR DJANKOV, S ; QIAN, Y ; ROLAND, G ; ZHURAVSKAYA, E. (2007). What Makes a Successful Enrepreneur? Acesso em 15/11/11:http://emlab.berkeley.edu/~groland/pubs/brazilent0907.pdf HISRICH, R ; PETERS , M; SHEPHERD, D. (2009) Empreendedorismo. BOOKMAN, São Paulo KOTLER, P; (2009) Administração em Marketing. 12ª Edição, Pearson Education, Ontário MANFRÉ, M (2009) Manual de Gestão do Comércio Internacional [Versão Eletrônica]. Acesso em 18/09/11: www2.seplan.go.gov.br/femep/down/livro.pdf ROCHER, G. (1989) Sociologia Geral. EDITORIAL PRESENÇA, Lisboa:, RICARDO, D (1996). Princípios de Economia, Política e Tributação [Versão Eletrônica]. Acesso em 12/10/11: http://pt.scribd.com/doc/7004034/David-Ricardo- Principios-de-Economia-Politica-e-Tributacao SHUMPETER, J. (1984) Capitalismo, Socialismo e Democracia. ZAHAR, São Paulo SOUSA, E, R. (2005) Dificuldades no Comércio Internacional. Acesso em 07/11/11: http://jus.com.br/revista/texto/7614/dificuldades-no-comercio-internacional 37
  • 38. SANTANA, E. (2005) Empreendedorismo no Brasil. Acesso em 10/11/11: http://www.sucessoempresarial.com/blog/empreendedorismo-no-brasil-analise- historica TINBERGEN, J. (1991) The Tinbergen Legacy. CHAPMAN & HALL, Nova York 38
  • 39. 5 ANEXO TESTE 1 – AUTO-AVALIAÇÃO DE SEU PERFIL EMPREENDEDOR (AMBIENTE, ATITUDES E KNOW-HOW) Insuficiente Características Nota Excelente Regular Fraco Bom 5 4 3 2 1 Comprometimento e determinação 1. Proatividade na tomada de decisão 2. Tenacidade, obstinação 3. Disciplina, dedicação 4. Persistência em resolver problemas 5. Disposição ao sacrifício para atingir metas 6. Imersão total nas atividades que desenvolve Obsessão pelas Oportunidades 7. Procura ter conhecimento profundo das necessidades dos clientes 8. É dirigido pelo mercado (Market driven) 9. Obsessão em criar valor e satisfaze aos clientes Tolerância ao risco, ambigüidade e incertezas 10. Toma riscos calculados (analisa tudo antes de agir) 11. Procura minimizar os riscos 12. Tolerância às incertezas e falta de estrutura 39
  • 40. 13. Tolerância ao estresse e conflitos 14. Habilidade em resolver problemas e integrar soluções Características Nota Insuficiente Excelente Regular Fraco Bom 5 4 3 2 1 Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação 15. Não-convencional, cabeça, aberta, pensador 16. Não se conforma com o status quo 17. Hábil em se adaptar a novas situações 18. Não tem medo de falhar 19. Hábil em definir conceitos e detalhar idéias Motivação e superação 20. Orientação a metas e resultados 21. Dirigido pela necessidade de crescer e atingir melhores resultados 22. Não se preocupa com status e poder 23. Autoconfiança 24. Ciente de suas fraquezas e forças 25. Tem censo de humor e procura estar animado Liderança 26. Tem iniciativa 27. Poder de autocontrole 28. Transmite integridade e confiabilidade 40
  • 41. 29. É paciente e sabe ouvir 30. Sabe construir times e trabalhar em equipe TOTAL 1. Atribua à sua pessoa uma nota de 1 a 5 para cada uma das características a seguir e escreva a nota na última coluna. 2. Some as notas obtidas para todas as características. 3. Analise seu resultado global com base nas explicações ao final. 4. Destaque seus principais pontos fortes e pontos fracos. 5. Quais dos pontos fortes destacados são mais importantes para o desempenho de suas atribuições atuais na empresa? 6. Quais dos pontos fracos destacados deveriam ser trabalhados para que o seu desempenho na empresa seja melhorado? É possível melhorá-los? Analise seu desempenho: 120 a 150 pontos: Você já é um empreendedor, possui as características comuns aos empreendedores e tem tudo para se diferenciar em sua organização. 90 a 119 pontos: Você possui muitas características empreendedoras e às vezes se comporta como um, porém pode melhorar ainda mais se equilibrar os pontos ainda fracos com os pontos fortes. 60 a 89 pontos: Você ainda não é muito empreendedor e provavelmente se comporta, na maior parte do tempo, como um administrador tradicional e não um “fazedor”. Para se diferenciar e começar a praticar atitudes empreendedoras procure analisar os seus principais pontos fracos e definir estratégias pessoais para eliminá-los. Menos de 59 pontos: Você não é empreendedor e, se continuar a agir como age dificilmente será um. Isso não significa que você não tenha qualidades, apenas que prefere seguir a ser seguido. Se sua posição na empresa exigir um perfil mais empreendedor, reavalie sua carreira e seus objetivos pessoais. 41