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EVOLUÇÃO DO
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II
LUIZ PAULO FONTES DE REZENDE
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História do Pensamento Econômico: Uma perspectiva crítica
Hunt e Laustzenheiser, 2013
Capítulo 8 Utilitarismo puro versus
Utilitarismo Eclético: os escritos
de Bastiat e Mill
• Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro
• John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
3
Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro
Fundamentos e escopo da economia utilitarista
• Estabelece a santidade da propriedade privada, do capital, do lucro e
da distribuição da riqueza no capitalismo concorrencial (laissez-faire)
com base nos princípios do utilitarismo na teoria econômica (teoria do
valor utilidade).
• Harmonia social – rejeição do conflito de classes existente no
capitalismo
• Desenvolve a economia utilitarista – trocas voluntárias no mercado
aumenta a utilidade total. O próprio fato de ser feita uma troca é prova
de que tem de haver lucro para ambas as partes contratantes, caso
contrário, a troca não seria feita.
• Toda troca representa ganhos para a humanidade
4
Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro
Fundamentos e escopo da economia utilitarista
• Na economia neoclássica utilitarista, todas as interações econômicas,
políticas e sociais dos seres humanos se reduzem a atos de troca.
• A teoria econômica utilitarista reduz ao silogismo (forma de raciocínio
dedutiva)
- todas as trocas são mutuamente benéficas para as partes
- todas as interações humanas podem ser reduzidas às trocas
- Logo, todas as interações humanas são benéficas para todos
(harmonia social)
• A teoria econômica é uma mera análise de troca no mercado, e a
troca está sob a influência do interesse próprio.
5
Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro
Utilidade e troca
• Leis científicas – interesse próprio é a mola mestra da ação
humana.
• Os desejos e necessidades humanas são insaciáveis mas os
meios (recursos) para sua satisfação são limitados (escassos)
• Satisfação das necessidades dá prazer gerando utilidade
• Lei ou princípio universal : “nosso interesse próprio é tal que,
constantemente, procuramos aumentar toda nossa satisfação
em relação ao nosso esforço ” - princípio de Bentham da
maximização da utilidade (Hunt, 2013; p. 153).
6
Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro
Utilidade e troca
• Separação da utilidade em dois tipos para tornar os preços
dependentes da utilidade e afastar o paradoxo da água e do
diamante de Smith mas não formulou o conceito de utilidadade
marginal.
a) Utilidade gratuita – natureza oferece a água satisfazendo a
utilidade (sem esforço/trabalho humano)
b) utilidade onerosa – utilidade do diamante exige esforço ou dor
• Este esforço era denominado de serviço (trabalho) e era um tipo
de serviço que diferia dos serviços executados pelos capitalistas
• Serviço era definido por Bastiat como um “esforço de um
homem ao passo que a necessidade e a satisfação era de outro
na sociedade de troca.
7
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Utilitarismo de Mill
• Utilitarismo eclético – tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e
a perspectiva utilitarista na obra “Princípios de Economia Política”
(1848)
• Utiliza os escritos de Bentham e Ricardo com diversas modificações
(ecletismo) pois tinha a preocupação de ser correto e justo na
apresentação de qualquer doutrina.
• A filosofia social de Mill e sua teoria econômica tornaram-se ecléticas
e, muitas vezes, incoerentes.
• Mill e Bastiat são os primeiros representantes da bifurcação da
economia utilitarista.
• Bastiat percursor da escola austríaca e da escola de Chicago –
proponentes de um conservadorismo extremo e defensores rígidos do
capitalismo laissez-faire
8
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Utilitarismo de Mill
• Mill percursor da escola econômica neoclássica Marshalliana- muito
mais moderada - que quase sempre defende reformas liberais e a
intervenção do governo
• Mill foi superior a Bastiat tanto como teórico quanto como estudioso,
pois os seus princípios tinham um academismo vasto equivalente à
obra a Riqueza das Nações de Adam Smith, no entanto Mill era
eclético em doutrinas contendo grandes incongruências.
• Bastiat tinha estilo doutrinário arrogante, porém, coerente às
conclusões implícitas na psicologia e na ética utilitarista.
• Mill começou com seus princípios com uma afirmação que contradizia
a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a
economia neoclássica contemporânea.
9
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Utilitarismo de Mill
• Mill começou com seus princípios com uma afirmação que contradizia
a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a
economia neoclássica contemporânea.
• “ a produção da riqueza não é evidentemente uma coisa arbitrária.
Tem condições necessárias”.
• As leis da matérias e as consequências materiais de determinadas
técnicas físicas de produção eram as mesmas, em todas as
sociedades.
• Leis de produção (técnicas de produção) erram as mesmas em todas
as sociedades o que não ocorria com as leis da distribuição da riqueza
• leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana
regida por regulamentos sujeitos às mudanças.
10
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Utilitarismo de Mill
• Leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida
por regulamentos sujeitos à mudanças.
• A forma de distribuição de riqueza depende das leis de propriedade, dos
regulamentos e dos usos vigentes nessa sociedades, os quais podem
mudar
• Não aceitava que a propriedade privada tinha sido instituída por Deus (lei
natural e sagrada) como afirmava Bastiat, mas sim uma convenção humana
• Com a rejeição da noção de propriedade privada sagrada e de dois axiomas
centrais do utilitarismo de Bentham: (1) todos os motivos são reduzidos à
busca do prazer, baseada no interesse próprio e (2) cada pessoa é o único
juiz de seus próprios prazeres e, por isso, é impossível fazer comparações
de prazer entre as pessoas, Mill refuta a troca como sendo o ponto central
de toda teoria econômica na sua obra denominada utilitarismo.
11
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Utilitarismo de Mill
• O segundo axioma expresso por Bentham de que, se a quantidade de
prazer fosse a mesma, apertar parafusos seria tão bom quanto fazer poesia
• O utilitarismo de Bentham não permite fazer comparações negativas de
tipos de prazer qualitativamente diferentes
• Mill não acreditava que todos os atos fossem motivados pelo interesse
próprio. Apenas a maioria das pessoas, moldadas pela cultura capitalista
concorrencial, agia com base no interesse próprio em seu comportamento
econômico.
• Para Mill, em outras sociedades as pessoas agiam com base em motivos
“mais elevados ” ou “mais nobres” contradizendo assim a teoria utilitarista
de que todos os motivos se reduzem ao interesse próprio e que são
reflexos de julgamentos pessoais e subjetivos.
12
John Stuart Mill
Utilitarismo de Mill
• Argumento de Mill – Alguns prazes poderiam ser considerados moralmente
superiores aos outros. Portanto, há necessidade de um princípio superior ao
princípio do prazer do utilitarismo para fazer julgamentos morais de
diferentes prazes, sendo a fonte de julgamentos éticos.
• Mill “ alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que
outros”. Independentemente da quantidade de prazer envolvida, alguma
atividade pode ser considerada mais desejável e valiosa do que outra,
contradizendo a ideia do utilitarismo.
• Para Mill, o prazer não é o critério normativo final como mostra a sua
afirmação “ era melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo
satisfeito”. Isso destrói a base sobre a qual os economistas utilitaristas
construíram as teorias econômicas normativas e que mostrava a vantagem
universal das trocas. Mill não era um utilitarista convicto.
13
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Mill, como discípulo de Ricardo, apresenta a perspectiva da teoria
do valor trabalho. “ o valor das mercadorias depende,
principalmente, da quantidade de trabalho necessária para sua
produção (Hunt, 2013; p. 161).
• Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais
importante do valor, não era o único.
• A teoria do valor-trabalho só era válida – argumentava Mill –
quando as razões capital/trabalho fossem as mesmas, em todas as
indústrias; neste caso, os custos de produção seriam proporcionais
ao trabalho incorporado às várias mercadorias. Isso porém não
ocorreria com a maioria das mercadorias.
14
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valo de Mill
• Mill, como discípulo de Ricardo, apresenta a perspectiva da teoria do valor
trabalho. “ o valor das mercadorias depende, principalmente, da quantidade de
trabalho necessária para sua produção (Hunt, 2013; p. 161).
• Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do
valor, não era o único.
• A teoria do valor-trabalho só era válida – argumentava Mill – quando as razões
capital/trabalho fossem as mesmas, em todas as indústrias; neste caso, os
custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias
mercadorias. Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias.
• Exemplo. O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho
têm valores diferentes, porque o vinho demorava mais a dar lucro do que o
tecido. O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho? Mill discorda
da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção “pela soma” de
Smith (teoria da soma – três componentes básicos dos preços (salário, lucro e
aluguel)
15
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Exemplo. O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de
trabalho têm valores diferentes, porque o vinho “demorava mais a dar
lucro do que o tecido”. Além disso, “todas mercadorias feitas por
máquinas eram semelhantes, pelo menos aproximadamente, ao vinho,
no exemplo.
• O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho?
• Ricardo tinha consciência das causas dessas diferenças proporcionais
entre os preços e os valores do trabalho, mas considerava estas
diferenças secundárias e que poderiam ser explicadas pela teoria do
valor-trabalho. Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do
custo de produção “pela soma” de Smith (teoria da soma – três
componentes básicos dos preços (salário, lucro e aluguel)
16
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Mill (visão de Ricardo) – os lucros eram, simplesmente, o produto excedente
do trabalho que fosse além do necessário para a manutenção dos
trabalhadores. “ A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é
necessário para a sua manutenção”
• Preço de mercado é determinado pela oferta e demanda – com o tempo, o
preço de mercado se aproxima do preço natural (custo de produção) que é
igual ao somatório do custo (preço da terra, preço do trabalho e preço do
capital)
Longo prazo
Lucro econômico zero (taxa média de atratividade da
economia)
Lucro contábil positivo – preço de mercado = preço
natural (salário + lucro contábil)
17
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Para a teoria do custo de produção baseada na soma, o preço de mercado
era determinado pela oferta e demanda.
• Com o tempo, o preço de mercado se aproximaria do preço natural (teoria do
Smith) que era igual ao somatório dos três componentes do custo: preço da
terra, preço do trabalho e preço do capital
• Esta interpretação desta teoria é uma antítese da teoria do trabalho, porque
suponha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente ou
um resíduo. Além disso, o lucro era um preço pago em uma troca por algum
serviço de um capitalista.
• A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro
como gerado pela troca e não pela produção.
• De acordo com esta teoria, o lucro é fruto da troca e não da produção. o
lucro é a remuneração, através da troca, da abstinência, do risco e do
esforço dos capitalistas.
18
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Lucro econômico é a taxa de atratividade que alguma atividade econômica
gera acima das demais na economia, assim no longo prazo o mesmo capital
empregado em todas as atividades econômicas produz a mesma taxa de
lucro portanto, o lucro econômico é zero ( não existe atratividade para o
capital migrar para outra atividade).
• Antítese da teoria do valor trabalho, pois esta supunha que o lucro fosse o
preço natural do capital e não um excedente. O lucro era um preço pago em
troca de algum serviço do capitalista. A teoria do custo de produção, baseada
na soma, considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção.
• Mill aceitou a teoria do custo de produção – o salário é a remuneração do
trabalho, o lucro é a remuneração da abstinência do consumo. O capitalista
exige uma recompensa para abster-se do consumo e investir nos meios de
produção ( o lucro é fruto da troca e não da produção). Abandona a noção de
que o trabalho determinava o valor de troca ou o preço relativo das
mercadorias.
19
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• No longo prazo todo capital de mesmo valor empregado nas diversas
atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro, porém a relação
capital/trabalho difere entre as atividades econômicas. Portanto, a
teoria do valor-trabalho seria válida somente se esta razão
capital/trabalho fosse a mesma em todas atividades econômicas,
consequentemente a parcela do lucro corresponderia ao serviço do
capitalista e o salário ao esforço do trabalho no processo de produção.
Na realidade, o que se verifica é que a taxa de lucro é a mesma para
mesmo valor do capital em pregado nas diversas atividades, enquanto
que a razão capital/trabalho não é a mesma, sendo assim a
remuneração do capitalista (lucro) não é proporcional ao serviço
prestado na produção. Em outras palavras, o lucro é fruto da troca
(demanda e oferta) e não da produção.
20
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Os lucros eram, simplesmente, o produto excedente do trabalho que fossem
além do necessário para a manutenção dos trabalhadores.
• A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para sua
manutenção... Mudando a forma do teorema, podemos dizer que a razão pela
qual o capital gera um lucro é que os alimentos, as roupas, os materiais e os
instrumentos duram mais do que o tempo necessário para sua produção,
sendo assim, se um capitalista fornecer essas coisas a um grupo de
trabalhadores, com a condição de receber tudo o que eles produzirem, eles,
além de reproduzirem suas próprias necessidades e instrumentos, ficarão
com parte de seu tempo sobrando para trabalhar para o capitalista. Vemos,
então que o lucro surge não do fenômeno da troca, mas da capacidade
de produção de trabalho (Hunt, 2013; p. 162).
21
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A Teoria do valor de Mill
• Mill faz duas exceções à regra de que os custos de produção (preço natural)
determinam os preços das mercadorias: preços internacionais é o preço do
salário dos trabalhadores – preço natural é igual ao preço de mercado no
longo e curto prazo no mercado de concorrência perfeita (lucro econômico
zero).
• Dentro do país – os preços são iguais ao custo de produção devido à
concorrência (equalização da taxa de juros)
• Diferentes países – imobilidade dos fatores de produção, a concorrência não
iguala os salários e lucros em diferentes países, portanto, os preços
internacionais seriam diferentes e determinados exclusivamente pela oferta e
demanda e não pelos custos de produção – a oferta e demanda
internacionais geram o equilíbrio do balanço de pagamento (curva de
oferecimento).
• A intersecção da curva de oferecimento gera o preço de equilíbrio .
22
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Salários
• A demanda por trabalho constituía o volume de fundos dos salários
reservados pelos capitalistas para o pagamento dos trabalhadores
(salários) e os salários dependiam da oferta de trabalho (número
de trabalhadores para dividirem esse fundo).
• Para aumentar os salários, haveria a necessidade da redução do
tamanho das famílias (Malthus defesa da abstinência sexual).
• Mill afirma que a educação influencia o uso de novos métodos de
controle de natalidade.
• 1869 – Mill repudia a doutrina do fundo dos salários, argumentando
que os salários não eram limitados por uma quantia, mas sim pelos
lucros totais dos capitalistas (disputa concorrencial entre
trabalhadores e capitalistas – luta de classes).
23
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Salários
• Se o capitalista tiver de pagar mais pelo trabalho, o pagamento
adicional será de sua própria renda – o volume do fundo de
salários passa a ser determinado pelos salários conseguidos
pela luta de classes (redistribuição da renda dos lucros para os
salários).
• Salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos
do que por fatores econômicos estritamente definidos (Stuart
Mill)
• Mill passou a ver as “combinações” e as greves trabalhistas não
só como educacionais, mas também como potencialmente
importantes na redistribuição da renda dos lucros para os
salários. Defesa da intervenção do estado como sendo desejável
para a sociedade.
24
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A tendência decrescente da taxa de lucro
• Queda da taxa de lucro no longo prazo: “o efeito da acumulação
do capital é aumentar o valor e o preço dos alimentos, aumentar
a renda e baixar os lucros” (Ricardo)
• Duas forças contrárias à tendência decrescente da taxa de lucro:
exportação de capitais e as crises comerciais periódicas
• 1) Exportação de capitais O fluxo de capitais para outros países
em busca de mais lucros do que podem ser conseguidos no
próprio país ( Hunt, 2013; p.165)
• 2) Crises comerciais desperdício do capital na época de
expansão dos negócios (rejeição da lei de Say) – geração de
pleno emprego
25
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A tendência decrescente da taxa de lucro
• Nos períodos de ciclos de expansão dos negócios, aplicava-se
capital em atividades de lucro incerto e além das necessidades
do mercado e do número de pessoas que poderiam manter-se
empregadas. Assim, haveria tanto capital adicional que não
mais seria possível investi-lo para obter os lucros habituais
(saturação dos mercados).
• quando os lucros caíam, os estabelecimentos eram fechados
ou ficavam funcionando sem lucros e operários demitidos
• A depressão e crises ocorreriam em decorrência da taxa
decrescente do lucro, mesmo assim, Mill ainda defendia a lei de
Say devido a dois pontos: um de definição e o outro teórico.
26
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
A tendência decrescente da taxa de lucro
• 1) Definição – A superprodução que é o excesso de oferta de bens
em relação às necessidades ou desejos humanos (demanda) mas
para defender a LEI DE SAY utiliza outro conceito para
superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação à
demanda por moeda, o que não contribui para esclarecer a
incoerência nítida
• 2) Teórico – no longo prazo, o capitalismo de mercado
automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno
emprego. Esses desequilíbrios do mercado era um mal social mas
era temporários.
• Resposta de Keynes à lei de Say “A longo prazo, todos nós
estaremos mortos” (Hunt, 2013; p. 166) enquanto isso disse Mill
“cada crise deixava muitas pessoas em condição de maior pobreza”
27
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
Socialismo segundo Mill
• Não defende a propriedade privada como sendo sagrada porque
esta foi adquirida pela conquista e violência faltando com a
justiça e também condenava a concentração da propriedade na
mãos de uma pequena classe capitalista
• Rejeitava moralmente a estrutura capitalista, com as grandes
desigualdades sociais e de renda. Segundo ele, o capitalismo
evoluiria para alguma forma de sociedade socialista ou
comunista
• Considerava que o socialismo ou comunismo era moralmente
preferível ao capitalismo, apesar de suas deficiências.
28
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
O reformismo intervencionista de Mill
• Apesar de sua simpatia pelo socialismo, o seu objetivo era
promover a reforma do capitalismo
• Contrário à inviolabilidade da propriedade privada, a sociedade
tem todo direito de retirar ou modificar qualquer direito de
propriedade, desde que ela seja prejudicial ao bem comum.
• Papel do governo – modificar os efeitos socialmente adversos do
livre mercado do capitalismo
29
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
O reformismo intervencionista de Mill
• Papel do governo – modificar os efeitos socialmente adversos do livre
mercado do capitalismo em três áreas:
- Maioria estava condenada a uma vida de trabalho duro e ininterrupto em troca
de um salário de subsistência (extrema pobreza)
- Ao contrário da extrema pobreza, uma pequena minoria da humanidade
gozava de direitos (riqueza) sem mérito ou qualquer esforço
- Muitos empreendimentos que exigiam muito capital limitava o número de
pessoas a entrar no negócio de modo a manter uma taxa de lucro acima do
nível geral. Um ramo do negócio, pela sua natureza, estar restritos a pouco
que os lucros poderiam ser mantidos em nível elevado (formação do
monopólio).
- Monopólios implica obtenção de lucros elevados, visto que poucos capitalistas
podem fixar um valor (preço) muito acima do desejo (demanda) mediante a
limitação da oferta do produto no mercado.
30
John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
O reformismo intervencionista de Mill
• Para Mill, o laissez-faire é a prática geral, e os desvios dele que
não gerassem um bem maior, seria um mal e somente nesse
último caso, a intervenção ativa do governo seria aceita.

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Evolução do pensamento econômico de Bastiat e Mill

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II LUIZ PAULO FONTES DE REZENDE
  • 2. 2 História do Pensamento Econômico: Uma perspectiva crítica Hunt e Laustzenheiser, 2013 Capítulo 8 Utilitarismo puro versus Utilitarismo Eclético: os escritos de Bastiat e Mill • Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro • John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético
  • 3. 3 Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro Fundamentos e escopo da economia utilitarista • Estabelece a santidade da propriedade privada, do capital, do lucro e da distribuição da riqueza no capitalismo concorrencial (laissez-faire) com base nos princípios do utilitarismo na teoria econômica (teoria do valor utilidade). • Harmonia social – rejeição do conflito de classes existente no capitalismo • Desenvolve a economia utilitarista – trocas voluntárias no mercado aumenta a utilidade total. O próprio fato de ser feita uma troca é prova de que tem de haver lucro para ambas as partes contratantes, caso contrário, a troca não seria feita. • Toda troca representa ganhos para a humanidade
  • 4. 4 Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro Fundamentos e escopo da economia utilitarista • Na economia neoclássica utilitarista, todas as interações econômicas, políticas e sociais dos seres humanos se reduzem a atos de troca. • A teoria econômica utilitarista reduz ao silogismo (forma de raciocínio dedutiva) - todas as trocas são mutuamente benéficas para as partes - todas as interações humanas podem ser reduzidas às trocas - Logo, todas as interações humanas são benéficas para todos (harmonia social) • A teoria econômica é uma mera análise de troca no mercado, e a troca está sob a influência do interesse próprio.
  • 5. 5 Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro Utilidade e troca • Leis científicas – interesse próprio é a mola mestra da ação humana. • Os desejos e necessidades humanas são insaciáveis mas os meios (recursos) para sua satisfação são limitados (escassos) • Satisfação das necessidades dá prazer gerando utilidade • Lei ou princípio universal : “nosso interesse próprio é tal que, constantemente, procuramos aumentar toda nossa satisfação em relação ao nosso esforço ” - princípio de Bentham da maximização da utilidade (Hunt, 2013; p. 153).
  • 6. 6 Fréderic Bastiat (1801 - 1850) – Utilitarismo Puro Utilidade e troca • Separação da utilidade em dois tipos para tornar os preços dependentes da utilidade e afastar o paradoxo da água e do diamante de Smith mas não formulou o conceito de utilidadade marginal. a) Utilidade gratuita – natureza oferece a água satisfazendo a utilidade (sem esforço/trabalho humano) b) utilidade onerosa – utilidade do diamante exige esforço ou dor • Este esforço era denominado de serviço (trabalho) e era um tipo de serviço que diferia dos serviços executados pelos capitalistas • Serviço era definido por Bastiat como um “esforço de um homem ao passo que a necessidade e a satisfação era de outro na sociedade de troca.
  • 7. 7 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Utilitarismo de Mill • Utilitarismo eclético – tentativa de integrar a teoria do valor trabalho e a perspectiva utilitarista na obra “Princípios de Economia Política” (1848) • Utiliza os escritos de Bentham e Ricardo com diversas modificações (ecletismo) pois tinha a preocupação de ser correto e justo na apresentação de qualquer doutrina. • A filosofia social de Mill e sua teoria econômica tornaram-se ecléticas e, muitas vezes, incoerentes. • Mill e Bastiat são os primeiros representantes da bifurcação da economia utilitarista. • Bastiat percursor da escola austríaca e da escola de Chicago – proponentes de um conservadorismo extremo e defensores rígidos do capitalismo laissez-faire
  • 8. 8 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Utilitarismo de Mill • Mill percursor da escola econômica neoclássica Marshalliana- muito mais moderada - que quase sempre defende reformas liberais e a intervenção do governo • Mill foi superior a Bastiat tanto como teórico quanto como estudioso, pois os seus princípios tinham um academismo vasto equivalente à obra a Riqueza das Nações de Adam Smith, no entanto Mill era eclético em doutrinas contendo grandes incongruências. • Bastiat tinha estilo doutrinário arrogante, porém, coerente às conclusões implícitas na psicologia e na ética utilitarista. • Mill começou com seus princípios com uma afirmação que contradizia a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a economia neoclássica contemporânea.
  • 9. 9 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Utilitarismo de Mill • Mill começou com seus princípios com uma afirmação que contradizia a maioria dos economistas teóricos anteriores a ele e que contradiz a economia neoclássica contemporânea. • “ a produção da riqueza não é evidentemente uma coisa arbitrária. Tem condições necessárias”. • As leis da matérias e as consequências materiais de determinadas técnicas físicas de produção eram as mesmas, em todas as sociedades. • Leis de produção (técnicas de produção) erram as mesmas em todas as sociedades o que não ocorria com as leis da distribuição da riqueza • leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida por regulamentos sujeitos às mudanças.
  • 10. 10 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Utilitarismo de Mill • Leis da distribuição são determinadas por uma instituição humana regida por regulamentos sujeitos à mudanças. • A forma de distribuição de riqueza depende das leis de propriedade, dos regulamentos e dos usos vigentes nessa sociedades, os quais podem mudar • Não aceitava que a propriedade privada tinha sido instituída por Deus (lei natural e sagrada) como afirmava Bastiat, mas sim uma convenção humana • Com a rejeição da noção de propriedade privada sagrada e de dois axiomas centrais do utilitarismo de Bentham: (1) todos os motivos são reduzidos à busca do prazer, baseada no interesse próprio e (2) cada pessoa é o único juiz de seus próprios prazeres e, por isso, é impossível fazer comparações de prazer entre as pessoas, Mill refuta a troca como sendo o ponto central de toda teoria econômica na sua obra denominada utilitarismo.
  • 11. 11 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Utilitarismo de Mill • O segundo axioma expresso por Bentham de que, se a quantidade de prazer fosse a mesma, apertar parafusos seria tão bom quanto fazer poesia • O utilitarismo de Bentham não permite fazer comparações negativas de tipos de prazer qualitativamente diferentes • Mill não acreditava que todos os atos fossem motivados pelo interesse próprio. Apenas a maioria das pessoas, moldadas pela cultura capitalista concorrencial, agia com base no interesse próprio em seu comportamento econômico. • Para Mill, em outras sociedades as pessoas agiam com base em motivos “mais elevados ” ou “mais nobres” contradizendo assim a teoria utilitarista de que todos os motivos se reduzem ao interesse próprio e que são reflexos de julgamentos pessoais e subjetivos.
  • 12. 12 John Stuart Mill Utilitarismo de Mill • Argumento de Mill – Alguns prazes poderiam ser considerados moralmente superiores aos outros. Portanto, há necessidade de um princípio superior ao princípio do prazer do utilitarismo para fazer julgamentos morais de diferentes prazes, sendo a fonte de julgamentos éticos. • Mill “ alguns tipos de prazer são mais desejáveis e mais valiosos do que outros”. Independentemente da quantidade de prazer envolvida, alguma atividade pode ser considerada mais desejável e valiosa do que outra, contradizendo a ideia do utilitarismo. • Para Mill, o prazer não é o critério normativo final como mostra a sua afirmação “ era melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito”. Isso destrói a base sobre a qual os economistas utilitaristas construíram as teorias econômicas normativas e que mostrava a vantagem universal das trocas. Mill não era um utilitarista convicto.
  • 13. 13 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Mill, como discípulo de Ricardo, apresenta a perspectiva da teoria do valor trabalho. “ o valor das mercadorias depende, principalmente, da quantidade de trabalho necessária para sua produção (Hunt, 2013; p. 161). • Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do valor, não era o único. • A teoria do valor-trabalho só era válida – argumentava Mill – quando as razões capital/trabalho fossem as mesmas, em todas as indústrias; neste caso, os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias. Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias.
  • 14. 14 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valo de Mill • Mill, como discípulo de Ricardo, apresenta a perspectiva da teoria do valor trabalho. “ o valor das mercadorias depende, principalmente, da quantidade de trabalho necessária para sua produção (Hunt, 2013; p. 161). • Mill afirmou que embora o trabalho fosse o determinante mais importante do valor, não era o único. • A teoria do valor-trabalho só era válida – argumentava Mill – quando as razões capital/trabalho fossem as mesmas, em todas as indústrias; neste caso, os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias mercadorias. Isso porém não ocorreria com a maioria das mercadorias. • Exemplo. O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho têm valores diferentes, porque o vinho demorava mais a dar lucro do que o tecido. O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho? Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção “pela soma” de Smith (teoria da soma – três componentes básicos dos preços (salário, lucro e aluguel)
  • 15. 15 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Exemplo. O vinho e o tecido produzidos pelas mesmas quantidades de trabalho têm valores diferentes, porque o vinho “demorava mais a dar lucro do que o tecido”. Além disso, “todas mercadorias feitas por máquinas eram semelhantes, pelo menos aproximadamente, ao vinho, no exemplo. • O que explica a diferença entre preço e valor do trabalho? • Ricardo tinha consciência das causas dessas diferenças proporcionais entre os preços e os valores do trabalho, mas considerava estas diferenças secundárias e que poderiam ser explicadas pela teoria do valor-trabalho. Mill discorda da teoria do valor trabalho e volta à teoria do custo de produção “pela soma” de Smith (teoria da soma – três componentes básicos dos preços (salário, lucro e aluguel)
  • 16. 16 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Mill (visão de Ricardo) – os lucros eram, simplesmente, o produto excedente do trabalho que fosse além do necessário para a manutenção dos trabalhadores. “ A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para a sua manutenção” • Preço de mercado é determinado pela oferta e demanda – com o tempo, o preço de mercado se aproxima do preço natural (custo de produção) que é igual ao somatório do custo (preço da terra, preço do trabalho e preço do capital) Longo prazo Lucro econômico zero (taxa média de atratividade da economia) Lucro contábil positivo – preço de mercado = preço natural (salário + lucro contábil)
  • 17. 17 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Para a teoria do custo de produção baseada na soma, o preço de mercado era determinado pela oferta e demanda. • Com o tempo, o preço de mercado se aproximaria do preço natural (teoria do Smith) que era igual ao somatório dos três componentes do custo: preço da terra, preço do trabalho e preço do capital • Esta interpretação desta teoria é uma antítese da teoria do trabalho, porque suponha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente ou um resíduo. Além disso, o lucro era um preço pago em uma troca por algum serviço de um capitalista. • A teoria do custo de produção baseada na soma considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção. • De acordo com esta teoria, o lucro é fruto da troca e não da produção. o lucro é a remuneração, através da troca, da abstinência, do risco e do esforço dos capitalistas.
  • 18. 18 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Lucro econômico é a taxa de atratividade que alguma atividade econômica gera acima das demais na economia, assim no longo prazo o mesmo capital empregado em todas as atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro portanto, o lucro econômico é zero ( não existe atratividade para o capital migrar para outra atividade). • Antítese da teoria do valor trabalho, pois esta supunha que o lucro fosse o preço natural do capital e não um excedente. O lucro era um preço pago em troca de algum serviço do capitalista. A teoria do custo de produção, baseada na soma, considerava o lucro como gerado pela troca e não pela produção. • Mill aceitou a teoria do custo de produção – o salário é a remuneração do trabalho, o lucro é a remuneração da abstinência do consumo. O capitalista exige uma recompensa para abster-se do consumo e investir nos meios de produção ( o lucro é fruto da troca e não da produção). Abandona a noção de que o trabalho determinava o valor de troca ou o preço relativo das mercadorias.
  • 19. 19 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • No longo prazo todo capital de mesmo valor empregado nas diversas atividades econômicas produz a mesma taxa de lucro, porém a relação capital/trabalho difere entre as atividades econômicas. Portanto, a teoria do valor-trabalho seria válida somente se esta razão capital/trabalho fosse a mesma em todas atividades econômicas, consequentemente a parcela do lucro corresponderia ao serviço do capitalista e o salário ao esforço do trabalho no processo de produção. Na realidade, o que se verifica é que a taxa de lucro é a mesma para mesmo valor do capital em pregado nas diversas atividades, enquanto que a razão capital/trabalho não é a mesma, sendo assim a remuneração do capitalista (lucro) não é proporcional ao serviço prestado na produção. Em outras palavras, o lucro é fruto da troca (demanda e oferta) e não da produção.
  • 20. 20 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Os lucros eram, simplesmente, o produto excedente do trabalho que fossem além do necessário para a manutenção dos trabalhadores. • A causa do lucro é que o trabalho produz mais do que é necessário para sua manutenção... Mudando a forma do teorema, podemos dizer que a razão pela qual o capital gera um lucro é que os alimentos, as roupas, os materiais e os instrumentos duram mais do que o tempo necessário para sua produção, sendo assim, se um capitalista fornecer essas coisas a um grupo de trabalhadores, com a condição de receber tudo o que eles produzirem, eles, além de reproduzirem suas próprias necessidades e instrumentos, ficarão com parte de seu tempo sobrando para trabalhar para o capitalista. Vemos, então que o lucro surge não do fenômeno da troca, mas da capacidade de produção de trabalho (Hunt, 2013; p. 162).
  • 21. 21 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A Teoria do valor de Mill • Mill faz duas exceções à regra de que os custos de produção (preço natural) determinam os preços das mercadorias: preços internacionais é o preço do salário dos trabalhadores – preço natural é igual ao preço de mercado no longo e curto prazo no mercado de concorrência perfeita (lucro econômico zero). • Dentro do país – os preços são iguais ao custo de produção devido à concorrência (equalização da taxa de juros) • Diferentes países – imobilidade dos fatores de produção, a concorrência não iguala os salários e lucros em diferentes países, portanto, os preços internacionais seriam diferentes e determinados exclusivamente pela oferta e demanda e não pelos custos de produção – a oferta e demanda internacionais geram o equilíbrio do balanço de pagamento (curva de oferecimento). • A intersecção da curva de oferecimento gera o preço de equilíbrio .
  • 22. 22 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Salários • A demanda por trabalho constituía o volume de fundos dos salários reservados pelos capitalistas para o pagamento dos trabalhadores (salários) e os salários dependiam da oferta de trabalho (número de trabalhadores para dividirem esse fundo). • Para aumentar os salários, haveria a necessidade da redução do tamanho das famílias (Malthus defesa da abstinência sexual). • Mill afirma que a educação influencia o uso de novos métodos de controle de natalidade. • 1869 – Mill repudia a doutrina do fundo dos salários, argumentando que os salários não eram limitados por uma quantia, mas sim pelos lucros totais dos capitalistas (disputa concorrencial entre trabalhadores e capitalistas – luta de classes).
  • 23. 23 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Salários • Se o capitalista tiver de pagar mais pelo trabalho, o pagamento adicional será de sua própria renda – o volume do fundo de salários passa a ser determinado pelos salários conseguidos pela luta de classes (redistribuição da renda dos lucros para os salários). • Salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por fatores econômicos estritamente definidos (Stuart Mill) • Mill passou a ver as “combinações” e as greves trabalhistas não só como educacionais, mas também como potencialmente importantes na redistribuição da renda dos lucros para os salários. Defesa da intervenção do estado como sendo desejável para a sociedade.
  • 24. 24 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A tendência decrescente da taxa de lucro • Queda da taxa de lucro no longo prazo: “o efeito da acumulação do capital é aumentar o valor e o preço dos alimentos, aumentar a renda e baixar os lucros” (Ricardo) • Duas forças contrárias à tendência decrescente da taxa de lucro: exportação de capitais e as crises comerciais periódicas • 1) Exportação de capitais O fluxo de capitais para outros países em busca de mais lucros do que podem ser conseguidos no próprio país ( Hunt, 2013; p.165) • 2) Crises comerciais desperdício do capital na época de expansão dos negócios (rejeição da lei de Say) – geração de pleno emprego
  • 25. 25 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A tendência decrescente da taxa de lucro • Nos períodos de ciclos de expansão dos negócios, aplicava-se capital em atividades de lucro incerto e além das necessidades do mercado e do número de pessoas que poderiam manter-se empregadas. Assim, haveria tanto capital adicional que não mais seria possível investi-lo para obter os lucros habituais (saturação dos mercados). • quando os lucros caíam, os estabelecimentos eram fechados ou ficavam funcionando sem lucros e operários demitidos • A depressão e crises ocorreriam em decorrência da taxa decrescente do lucro, mesmo assim, Mill ainda defendia a lei de Say devido a dois pontos: um de definição e o outro teórico.
  • 26. 26 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético A tendência decrescente da taxa de lucro • 1) Definição – A superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação às necessidades ou desejos humanos (demanda) mas para defender a LEI DE SAY utiliza outro conceito para superprodução que é o excesso de oferta de bens em relação à demanda por moeda, o que não contribui para esclarecer a incoerência nítida • 2) Teórico – no longo prazo, o capitalismo de mercado automaticamente sairia das depressões e acabaria atingindo o pleno emprego. Esses desequilíbrios do mercado era um mal social mas era temporários. • Resposta de Keynes à lei de Say “A longo prazo, todos nós estaremos mortos” (Hunt, 2013; p. 166) enquanto isso disse Mill “cada crise deixava muitas pessoas em condição de maior pobreza”
  • 27. 27 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético Socialismo segundo Mill • Não defende a propriedade privada como sendo sagrada porque esta foi adquirida pela conquista e violência faltando com a justiça e também condenava a concentração da propriedade na mãos de uma pequena classe capitalista • Rejeitava moralmente a estrutura capitalista, com as grandes desigualdades sociais e de renda. Segundo ele, o capitalismo evoluiria para alguma forma de sociedade socialista ou comunista • Considerava que o socialismo ou comunismo era moralmente preferível ao capitalismo, apesar de suas deficiências.
  • 28. 28 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético O reformismo intervencionista de Mill • Apesar de sua simpatia pelo socialismo, o seu objetivo era promover a reforma do capitalismo • Contrário à inviolabilidade da propriedade privada, a sociedade tem todo direito de retirar ou modificar qualquer direito de propriedade, desde que ela seja prejudicial ao bem comum. • Papel do governo – modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo
  • 29. 29 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético O reformismo intervencionista de Mill • Papel do governo – modificar os efeitos socialmente adversos do livre mercado do capitalismo em três áreas: - Maioria estava condenada a uma vida de trabalho duro e ininterrupto em troca de um salário de subsistência (extrema pobreza) - Ao contrário da extrema pobreza, uma pequena minoria da humanidade gozava de direitos (riqueza) sem mérito ou qualquer esforço - Muitos empreendimentos que exigiam muito capital limitava o número de pessoas a entrar no negócio de modo a manter uma taxa de lucro acima do nível geral. Um ramo do negócio, pela sua natureza, estar restritos a pouco que os lucros poderiam ser mantidos em nível elevado (formação do monopólio). - Monopólios implica obtenção de lucros elevados, visto que poucos capitalistas podem fixar um valor (preço) muito acima do desejo (demanda) mediante a limitação da oferta do produto no mercado.
  • 30. 30 John Stuart Mill (1806 – 1873) – Utilitarismo Eclético O reformismo intervencionista de Mill • Para Mill, o laissez-faire é a prática geral, e os desvios dele que não gerassem um bem maior, seria um mal e somente nesse último caso, a intervenção ativa do governo seria aceita.