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EDUCAÇÃO & DITADURA DE 64
MATEMÁTICA/SUBCASO UFPA
Tese Geral: A DITADURA CRIOU MÉTODOS, PARÂMETROS E
MENTALIDADE SOCIAL PARA SE FINGINDO DE MORTA
CONTINUAR VIVA, FICANDO VISÍVEIS ATRAVÉS DA
FORMAÇÃ EM MATEMÁTICA
¨A mudança do gosto geral tem muito mais importância do que
o das opiniões. As opiniões, com as suas provas, refutações, e
toda a mascarada intelectual que as acompanha, são apenas
os sintomas de uma mudança do gosto, e não, certamente que
não, aquilo por que são ainda geralmente consideras: as
causas dessa mudança do gosto. Como é que vai se mudando
o gosto geral? Devido ao fato de particulares pessoas
poderosas, e influentes, pronunciarem o seu hoc est ridiculum,
hoc est absurdum (isto é ridículo, isto é absurdo), quer dizer, o
veredicto dos seus gostos e desgostos, e os impondo com
tirania: submetem assim muitas pessoas a uma obrigação que,
pouco a pouco, se torna um hábito para um público ainda
maior, e finalmente uma necessidade para todos.¨ Nietzsche,
F. (1884 - 1900), A Gaia Ciência
POR
NASCIMENTO, J. B.
ICEN/MAT/UFPA,
http://lattes.cnpq.br/5423496151598527
http://www.ufpa.br/beiradorio/novo/index.php/leia-tambem/124-edicao-93--
abril/1189-novo-olhar-sobre-a-matematica
E-mail: jbn@ufpa.br, joaobatistanascimento@yahoo.com.br, març/14
EM LEMBRANÇA DOS ESTUDANTES PARAENSES ASSASSINADOS PELA
DITADURA DE 64:
CÉSAR MORAES LEITE (em 10/03/1980, bloco Fb/UFPA) [80-81]
EDSON LUIZ LIMA SOUTO (Belém, 24/02//1950, RJ, 28/03/1968)
[82]
VERSÃO PARA DIVULGAÇÃO, SEM REVISÃO TÉCNICA E FONTE DE
FINANCIAMENTO
APRESENTAÇÃO
¨Dentro do ângulo diedro da parede¨
Augusto do Anjos (1884-1914)
Atualmente no Brasil qualquer reflexão em educação, o ponto de vista aqui
é pública e citado não é pessoal, mas pela função pública, fica presa entre não
ter havido antes do golpe de 64 projeto nacional de valor consistente e o
escárnio que é supor ditadura ter condições disto, pois esta só pode promover
treinamento técnico e adestrar. Enquanto treinamento técnico, com poucas
exceções, esvai-se com evolução tecnológica e social., adestramento enraíza,
cria ¨gostos¨, ¨valores éticos¨, ¨cultura¨, desenvolve métodos e parâmetros, com
os quais podem marginalizar socialmente quem não se disponha aceitá-los,
cassar direitos e degradar valores humanos, cuja componente mais forte é sua
tendência evolutiva no sentido mais profundo da mediocridade e da torpeza com
ações públicas.
Esses tópicos permearão minhas abordagens, uma vez que os fatores
implantados pela ditadura, quando já se tinha base social absurdamente
desigual e racista, nunca foram questionados e reorientados em função da dita
redemocratização, dado que, passados mais de três décadas sobram elementos
mostrando essa ter sido muito parte de uma orquestração fajuta. Portanto, a
tese geral é: A DITADURA CRIOU MÉTODOS, PARÂMETROS E
MENTALIDADE SOCIAL PARA SE FINGINDO DE MORTA CONTINUAR VIVA,
FICANDO VISÍVEIS ATRAVÉS DA FORMAÇÃ EM MATEMÁTICA
Não obstante haver outras contribuições, quase nada conseguiria sem que
o conjunto das universidades públicas não houvesse sido cooptado, porquanto,
servindo de instrumental que manteria educação presa em torturantes porões. E
não se espera haver documentos disto, quase todos sumiram, foram para
inconfessos arquivos particulares ou lixo. Além disto, do que mais interessa
discorrer, mentalidade, é coisa que se guarda na mente, evita-se ao máximo
constar em papel; REGULAMENTO GERAL era público, sigilosas eram
interpretações e orientações dadas pelo conselho do general-reitor. Era
só agente-aluno que reitor-general autorizava usar capanga com arma em
sala de aula?
Portanto, hipótese central, universidade pública é o cerne na construção e
formatação da mentalidade social tanto pela prática quando pela omissão de
não referenciar do que se distancia e contrapõe. E a sua pequenez de sempre,
atualmente cerca de 15% das matrículas em graduação, fazendo-a transparecer
inofensiva, é a maior fonte do seu veneno mais letal.
Pois, rede privada além de apenas imitá-la, quando lucrativo, não pode ir
contra o status quo, pois subsídios e outros fatores fazem essa até mais
dependente do governo. Sendo em tudo docência o vetor preponderante para
que repercuta inexoravelmente no social e no tempo. Portanto, formação
docente literalmente é a chave mestra, realiza de imediato e potencializa tudo
para além dos horizontes visíveis em condições de no futuro. Por isso, fica
possível até mesmo o que tenha na parte mais profunda da ditadura colocado
sua vida em risco ou se projetado como oposição, no presente atuar de forma a
ser uma esplendorosa deferência aos seus algozes. Não obstante tais possam
defender que não agiu por transmutação da sua mentalidade, mas obrigação do
cargo, porquanto, também tese aqui: ESTRUTURAÇÕES DE UNIVERSIDADE
PÚBLICA CONTINUAM FUNCIONANDO DENTRO DOS MESMOS PROCESSOS E
PARÃMETROS DA DITADURA. Quais são todas?
O inegável é que essa captura pela ditatura amplia-se com o processo de
ingresso na docência. Portanto, deixo claro que já havia dentro docente
ideologicamente dando suporte a golpe, de ambos os lados. E conseguiram até
modificar funções docentes, dado que, essa precisava funcionar como correia
central de transmissão dos saberes entre universidade e o social. Entretanto
isso é bastante bloqueada na direção social à universidade, pois esta impõe-se
como detentora e fonte única dos saberes.
Eis um dos seus anéis dourados, deformar o papel docente, novamente
nada que não tivesse, mas agora cravejado com alguns brilhantes pelo seu idílio
com a ditadura. Que isso começou forçado, com chantagem, perseguições,
expurgos e mortes, é fato, mas depois essa conquista se processou pelo seu
coração, levando até para que se fizesse discurso apaixonante pela efetivação
de todos, mesmo sabendo que alguns entraram apenas por amores de general-
reitor. Esses e outros bibelôs dados pela ditatura essa ainda hoje garbosamente
exibe-os e até se enfurecesse na defesa desses; quebrar tais adereços de
pública é mais perigoso do que tirar osso da boca de cachorro doido.
Colocados alguns desses fatores, serei mais objetivo através de ações
como se fosse matemática. Portanto, levantando pontos em que o ensino desta
fica afetado e outros em que nada mais faz do que ser instrumento de
manutenção de imposturas da ditadura. Sendo necessário dizer que o
conhecimento matemático é de uma importância que desconheço bem
tecnológico, portanto, capaz de promover emprego e renda, que não seja fruto
desse ou de racionalidades desenvolvidas pelo seu ensino. Novamente, a
leviandade com que tratou esse, embora parte do geral com educação, contradiz
o discurso de construção de um Brasil tecnologicamente desenvolvido, embora o
normal seja ditadura priorizar leviandades.
Para efeito de alijamento no ingresso ao ensino superior, como
historicamente provo universidade pública ter promovido,
Dossiê/Vestibulares/ENEM, é fundamental, além de uma formação docente da
pior qualidade possível, falo de propósito institucional, que fatores como livro dito
didático dessa matéria que o MEC distribui na rede pública não passe de
rebotalhos. Posto que, qualquer deficiência nesse conteúdo terá repercussão no
teste de ingresso não apenas nas questões dita de matemática, como ainda em
Física, química, dado que, poucas questões dessas podem ser respondidas sem
algumas formulações da matemática.
Saiba ainda que rede privada quase não sente nada disto por não precisar
distanciar-se muito da qualidade da rede pública, porquanto, maximizar lucro,
produzir material próprio, outra fonte de renda, e o que ingressa visando lecionar
na rede privada, até por questões de ¨metodologia¨, estuda o que precisa por
fora ou em ¨estágio¨ na rede privada.
Deixo claro que algumas vezes farei relato pessoal, mas não por falta de
ter ocorrido fatos similares com outros, porém são de fórum íntimo, pessoais,
dos quais não tenho registro com validade pública ou autorização para citar.
Com um detalhe: nada fiz para que deliberadamente acontecesse, mas
baseado em conhecimento matemático e no exercício do direito de
opinião, os quais sempre foram os meus únicos poderes. Entretanto, suas
resultantes ocorre(ra)m por sistemática, naturalidade macabra do processo
e demanda das estruturas de poder.
O exposto mostrará ângulo poliedral de ante da ditadura indo aos prismas
atuais, centrado na formação docente em matemática, cuja percepção do seu
fim com a dita redemocratização é ilusória. Assim como, algumas luzes
transparecendo ser cura para chagas sociais, como certos cursos de públicas
pelos os interiores, não foram por educação, mas fruto de deslavada politicagem
querendo confinar no tempo e no espaço um amplo espectro social. Fato esse
ampliado por mentalidade desenvolvida na ditadura, dado ser característica
dessa a fragmentação, isolamento, do social, em todos os seus aspectos.
Isolado, cada indivíduo ou grupo terá conhecimento do tanto que lhe for dosado,
enquanto conhecimento de fato só tem valor se social e igualmente construído e
amplamente disseminado.
Tentado ser mais didático dividirei esta exposição em tópicos. Em tudo não
¨existe¨ coisa como racismo, posto que, ninguém precisa agir objetivamente
assim havendo sistemáticas ¨legais¨ que produzem isto. Um leve assopro na
direção da pobreza mata negros em quantidade capaz de saciar a fome mais
premente de racista. E LEVES RUÍDOS NOS CONFINS DA HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO PODEM ESTOURAR TÍMPANOS NO PRESENTE
LEVE PANORAMA EM EDUCAÇÃO PÚBLICA PRÉ-64
E CORRUPÇÕES DOS SEUS VALORES
¨Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada.¨
Fernando Pessoa (Lisboa,
13/06/1888, 30/11/1935)
Educação possui qualificantes que guardam rigidez com a função maior de
sobreviver aos piores infortúnios que venham abater até mesmo uma nação. Por
isso, ao mesmo tempo que tal rigidez implica haver sem que possa ser violado
impunemente, prescinde que seja com o máximo de naturalidade, ficando quase
imperceptível, pois isso será o seu meio de sobrevivência. Tal preceito diz que
docente quando faz política partidária isso tende logo ao fanaticamente
partidário.
E entre o prestável e não em educação, aparentemente, naturalidade seja
elo mais visível. Entretanto, o prestável dispensa argumento; simplesmente
acontece; não precisa de elogio; dispensa muitas leis, etc., enquanto o que não
for precisa de uma montanha de argumentos, obviamente falaciosos; elogios
descarados, cínicos, alguns até por pura obrigação; de horda que não medirá
esforços, até promovendo perseguições das mais abjetas; de engendrados
pacotes de leis, etc., para que suas ¨verdades¨ prevaleçam. O exemplo é bem
claro: não se faz neste país estruturalmente por escola pública quase nada que
não seja espelunca. Por óbvio, as leis dizem ser escola, mas criar porco nas
mesmas condições dificilmente órgãos, como Vigilância Sanitária, e com toda
razão, aprovariam. [1-3]
Do anterior ao golpe de 64, escolas normalistas são de relevância
educacional, [4], embora mergulhadas no preconceito de gênero, dado que,
eram direcionadas para mulheres, em função de alguns valores – destaco dois
principais - que essa narrativa mostrarão sendo corrompidos, degradados:
- O curso era apenas parte de um encontro. Concretamente isso seria na
escola, atuando em conjunto no interesse da educação, profissionalmente,
portanto, relevando suas vaidades e preservando suas individualidades; e
- O diploma era apenas a parte mais simplória, pois o aprender, e
verdadeiramente, seria uma constante. Cada aula precisava ser elaborada; tinha
que ser diferentemente melhor; tinha que ser inovada.
Dois atos politicamente significativos no tema nesse período foram O
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, 1932, [5,6], em plena ditadura
Vargas, portanto, inócuo, e o Manifesto dos Educadores, 1959, [7], motivado
pelo fracasso do anterior e compondo uma história tal qual.
Em termos de formação docente em ensino da matemática, pesquisa é
quase outra história, é notável ação empreendida por Benjamin Constant
Botelho de Magalhães, 1836-1891, [8-10]. Pois, só o título de trabalho seu,
Memória sobre o Tema das Grandezas Negativas (1868), demonstra
preocupação com ponto espinhoso, os hoje Problemas de Transposição
Didática, do ensino básico, como o que leva produto de inteiros negativos ser
positivo. E sendo ele um dos Patronos da República era esperado essa ter
preocupação com o ensino da matemática, o que não se registra.
Há no ideário de Benjamin Constant o preceito de desenvolvimento
baseado em educação tornando imprescindível escolaridade básica, cujo
conceito é escola integral, atualmente mais transmutado para ser apenas tempo.
Isto é, além dos conteúdos que formatavam base do desenvolvimento
tecnológico clássico, dava-se o mesmo com os que atendem à diversidade
humana, tais como: música, pinturas, esportes, etc. e ainda ofícios técnicos.
Um exemplo disto empreendeu ex-aluno seu, o Paraense Lauro Nina
Sodré, (1858-1944), um dos pioneiros paraenses com formação específica em
matemática, primeiro governador republicano do Pará, representante
Constituinte eleito pelo Congresso Constituinte do Pará, Governador eleito
(1916), Senador três vezes pelo Pará e uma pelo Distrito Federal. Sendo
histórica longa, [11-13], eis um resumo: inspirou a que ficou conhecida em
Belém-Pa por Escola Laura Sodré (Em Moju-Pa há outra com o mesmo nome)
seguindo esses parâmetros, estruturalmente até com alojamento. Esse foi ao
longo do tempo sendo subtraído em funções, espaço e em conservação. No
começo deste século, funcionando como escola comum, os estudantes foram às
ruas em função de precariedades na conservação do prédio.
Foi bolado um plano: fazer outro prédio, colocar placa: Escola Lauro Sodré,
[14], deletar seu histórico, reformar o velho prédio e transformá-lo em Palácio da
Justiça, [15], dado que, só a qualidade do piso seria coisa inconveniente para
aluno da rede pública. Pior ainda: ao lado ficou outra escola pública,
estruturalmente espelunca, E. E. Albanizia de Oliveira Lima, e colocaram cerca
eletrificada por cima do muro entre os dois prédios. Um pouco mais dantesco:
tempos depois, alunos dessa tiveram que ir às ruas, pois estavam querendo,
não sei do desfecho, espaço da quadra de esporte para fazer estacionamento
para o pessoal... da justiça.
Já tinha havido o pior: o prédio fica em avenida das mais movimentadas de
Belém, Almirante Barroso, e além da citada ao lado, há outras escolas públicas
próximas, do mesmo lado e oposto. Havia passarela e a primeira providência
exigida pelos novos inquilinos do prédio do judiciário foi retirá-la ou o pior: não
cumpriram o seu dever mais elementar: defendê-los dessa desgraça.
A qual processo, fora diplomação em nível superior, podemos
responsabilizar por concepção tão canhestra de Justiça?
Quais são todos os fracassos semelhantes desse? Que a ditadura
tenha aprofundado não surpreende por ser da sua natureza. Como poderia
ter se prolongado se essa tivesse de fato sido extirpada?
Aviso: não é simplório achar ninho de serpente, todas protegem todos
como se fosse seu, essa faz questão até parecer ficar longe disto, visita-o
só no estritamente necessário e não sai desse por onde possa deixar
rasto. Ou seja, quais foram todos os reitores-generais, os verdadeiros
reitores de pública durante a ditadura, que comandava via serviço de
informação? Quais eram todos os seus soldados? Como eram
recrutados? Quais eram suas armas?
E dos governos antes do Golpe de 64, considerando central nisso
educação básica, nenhum foi superior do ocorrido no de Juscelino Kubitschek.
Um resumo denso deste de [16] é o seguinte (g.n):
¨O governo deJuscelino Kubitschek ficou consagrado na
memória política brasileira como um governo democrático,
empenhado em levar o desenvolvimento a todo o território
nacional. "O Brasil, dizia, estava condenado a ser grande – era
questão de tempo", escreve Cláudio Bojunga no livro JK: o artista
do impossível. Pois é intrigante que um governo com esses
compromissos – democracia e desenvolvimento - tenha
desenhado um grandioso Plano de Metas em que a educação
ocupava um lugar tão subalterno. O setor de educação foi
contemplado com apenas 3,4% dos investimentos inicialmente
previstos e abrangia uma única meta. Formação de pessoal
técnico era a meta 30, que prescrevia a orientação da
educação para o desenvolvimento e não falava em ensino
básico¨
Portanto, fica visível que o ideário agora é ser possível desenvolvimento
sem educação básica, pervertendo o que estava proposto, pelo mesmo numa
parte, na fundação da República. Assim, esse é aviltantemente excludente. Além
disso, dado que foi esse o governo construtor de Brasília, nada disto foi por falta
de recursos, sendo uma questão de reflexão, já que essa não é obrigada limitar-
se ao já consumado, como seria o Brasil hoje se toda essa energia política e
recurso houvessem sido em favor da educação básica. E mais: quantas e quais
chances semelhantes já foram desperdiçadas? Por quê?
A construção de Brasília simboliza do que é possível acontecer. Na sua
história pouco aparecerá mais de dois com nível superior, debitando-se o mais a
mão de obra de candango. Já da corrupção, quem tentou falar disto lançou
palavras ao vento, pois citar números num país de desnumeratizados é arriscar
passar por tolo. Para politicagem fizeram, mas para uso nas suas construções
de poder, chantagem, servindo para que depois se faça até mais e ainda usar
isso como justificativa.
Porém, o mais forte na construção de Brasília sempre foi à concepção
ideológica, porquanto, seus ruídos ocorreram no séc, XIX, de que a localização
mais central e vistosa da estrutura era fator de melhoria das ações
governamentais. É por isso que, em universidade pública, pesquise, o esforço
maior é para construção de prédio para reitoria e similares, depois, se sobrar, é
que será com sala de aula, quando corrupção nunca espera, pega o que puder o
quanto antes e arma o que poderá render mais.
Um dado de interesse é que corrupção, ao contrário do roubar pura e
simplesmente, isso é o grande final, é sistemática, cria métodos e parâmetros,
portanto, quem alimenta mais processo corrupto não necessariamente tem
benefício imediato, pega algumas migalhas. E o mais útil em tudo é o que siga
os seus parâmetros o mais inocentemente possível, pois, há grandes chances
desse pagar realmente por tudo, deixando os demais impunes. Se quiser, faça
um estudo para saber quais de fatos pagaram pela roubalheira no caso Sudam,
e diversos outros.
Seguindo o aqui proposto, vejamos universidade pública entrando nisso.
Note que a construção de Brasília foi fácil naquilo que dependia de mão obra
barata. Porém, até o esmero em tudo dizia ao candango que nada disto seria
para usufruto dos que tivessem o mesmo nível de escolaridade do seu.
De fato, o proposto já dizia ser para gente com nível superior,
ideologicamente transmutando para ser de raça superior, que poderia
factualmente fazer o melhor pelo Brasil. Obviamente, esse não teria salário do
nível de candango, mesmo que em mármore importado, ainda se sentiria
pisando no inferior ao que mereceria e quantitativamente sequer havia no Brasil
tanta gente com diploma de nível superior para tanto espaços, portanto, muitos
estavam sendo construído para ficarem ociosos por várias décadas.
Tanta contradição só rende politicamente se o ilógico atuar. E foi o que
aconteceu. Pois, em termos de investimento em educação básica, como se
mostrou, o governo JK manteve o sempre historicamente pífio, mas é um dos
recordistas, não vejo como isso não ser mundial, na criação de universidades
públicas.
E como nasceu UFPA é, sem exceção, o modelo adotado, como descreve
esse trecho de [17], complementado como que há em [18] (g.n):
¨A Universidade do Pará foi criada pela Lei nº 3.191, de
2 de julho de 1957, sancionada pelo Presidente
Juscelino Kubitschek de Oliveira, após cinco anos de
tramitação legislativa. Congregou as sete faculdades
federais, estaduais e privadas existentes em Belém:
Medicina, Direito, Farmácia, Engenharia, Odontologia,
Filosofia, Ciências e Letras e Ciências Econômicas,
Contábeis e Atuariais.¨
O ilógico começa operar quando deveria ter sido depois de uns anos de
construção do campus, já que tramitação de projeto não levanta um tijolo. Vale
muito uma pesquisa para saber como curso privado entrou nisto, por quais
interesses e custos. Portanto, o feito foi nomear alguns cursos isolados de
Universidade Federal do Pará. O que consta em [18] é um histórico da
construção do campus no período da ditadura, sendo que alguns desses, como
é o caso do curso original de medicina, continuam tão isolados quanto nessa
criação, fev/14.
Voltando um pouco, é fato, que o fim da Segunda Guerra tinha aberto
outra que ficou visível na divisão do espólio nazista. Qual seja: a guerra
tecnológica. O mundo girava praticamente entre duas opções, sem que
houvesse espaço intermediário politicamente razoável, cuja palavra de ordem
mais veemente era formação superior. E o menos evidente acontecimento nisso
é o que se pode chamar de matematização dos saberes. Ou seja, quase todos
os saberes estavam sendo codificados via concepções matemática, dos mais
evidentes, como computador, até fenômenos sociais, espalhada por diversos
pontos, porquanto, em diversas formações.
Um ponto pesquisável dessa matematização no Brasil são os conteúdos
curriculares do ensino básico, o científico da época, e de Engenharia, buscando
refletir o movimento das polarizações política, quando nesse ponto as duas não
se distanciavam muito. Posto que, fora situações pontuais, não havia, menos
ainda nesse nível, o que se poderia chamar de matemática americana ou
soviética. Entretanto, não há sinais de nada correspondência em políticas
públicas de formação docente em matemática para atender esse incremento.
Mais disto em [19]
O mais palpável é que esse fenômeno, portanto, contrário ao logicamente
concebível, forçava por formação específica, dado que, o ensino da matemática
era praticamente feito por engenheiro que autodidaticamente se especializava
nos seus conteúdos. Ou seja, enquanto os conteúdos nos programas estavam
próximos dos dessas potências, quantitativo e nível da formação docente em
matemática estavam em praticamente zero.
E por mais incrível que nos possa parecer, ante esse nível desastroso que
estava submetida escola básica, um problema que começava ganhar força
política, porquanto, agora quase todas as vertentes políticas estão de acordo, é
o que se passou denominar de ¨Problema dos Excedentes¨: os que ficavam fora
do ensino superior por falta de vagas. Naturalmente, concebia-se que estavam
preparados para fazer curso superior, mas excluídos por falta de vagas. Um
quadro disto consta em [20] (g.n) :
¨O número de alunos das universidades brasileiras vinha se
expandindo enormemente nos últimos vinte anos. A partir
dos anos 1940, o crescimento da matrícula no ensino
superior foi vertiginoso: 152,8%, de 1940 a 1951; 78% de
1951 a 1960, e 57%, de 1960 a 1964.¨
Lembrando que pequeno acréscimo em valores ínfimos pode produz
percentual imenso. E fica como pesquisa, buscar os dados populacionais da
época, todos esses atuais, e compará-los. Nisso salta aos sentidos o ocorrido de
60 a 64.
Nesse tocante, como já disse, o governo JK nada acresce em termos de
vagas, fora rearranjos na dimensão das turmas. O caso UFPA até acirra mais
quando esse faz festa pomposa no Teatro da Paz em Belém de inauguração
sem qualquer aumento substancial das vagas. [20] nos traz ainda um quadro na
vizinhança do golpe de 64 (g.n)
¨Pelos dados do IBGE, quando Jango assume a
presidência, em setembro de 1961, encontra um Brasil
com 70.779.352 habitantes, 39,5% de analfabetos,
distribuídos nas faixas de 15 a 69 anos. Da população
estudantil, 5.775.246 alunos estavam matriculados na
rede do ensino primário, 868.178 no ensino médio,
93.202 no ensino superior e 2.489 nos cursos de pós-
graduação.
Esses dados revelam claramente a extensão do
afunilamento da estrutura educacional brasileira:
menos de 15% da população estudantil do ensino
primário passava para o ensino médio; quase 2% da
rede primária chegavam ao ensino superior e apenas
0,5% à pós-graduação!¨
Nesse contexto ganha intensidade movimentos de educação de base,
alfabetização, centrado em Paulo Freire (19/09/1921-02/05/1997) e talvez o
único fato concreto que ferveu os ânimos nas universidades, obviamente dos
ainda indecisos, em favor do golpe: medidas administrativas do governo João
Belchior Marques Goulart (01/03/1919 – 6/12//1976) impondo universidade
pública absorver excedentes pelo aumento de vagas nos cursos, mas sem que
houvesse correspondente contratação docente e aumento nas verbas. De fato,
desde sua mais tenra vivência que universidade pública brasileira colocara em si
um colar de pérolas chamado Autonomia Universitária que dificilmente perdoaria
a quem ou o quê arranhasse uma só dessa, sem plena anuência dos seus
donos do momento. Mais em acesso ao ensino superior consta em [21-23].
DITADURA DE 64 – FAZER PIOR DO QUE SE FEZ EM TEMPO
DEMOCRÁTICO SEMPRE FOI ATÉ O ESPERADO.
OS VELHOS DE BRASÍLIA SE ETERNIZANDO
¨Janta hidrópicos, rói vísceras magras¨
Augusto do Anjos
A pregação de que o golpe de 64 foi obra apenas de um bando
tresloucados de milicos, porquanto tudo cessaria com a retirada desses, assim
como universidade pública seguiria leito diferente com o simples retorno do
reitor-general ao quartel, é mentalidade fermentada mais no meio acadêmico
[24-28]. Por isso pontuei do ideário de Benjamin Constant por ser
representante de corrente do meio militar com historicidade de influir nisso. E
episódio que merece atenção é que quando Deodoro da Fonseca (RS,
05/08/1827 - RJ, 23/08/1892) perpetrou golpe militar, Lauro Sodré foi o único
governador que ofereceu resistência, cabal e firme. Portanto, fica visível haver,
pelo menos, duas correntes militares diametralmente opostas. Até que ponto e
como isso evolui até o golpe de 64, desconheço. Porém, a própria estruturação
do golpe, talvez única no mundo, em que haveria periodicamente eleição entre
eles para determinar o que chamariam de Presidente, prova do não consenso
em alguns sentidos.
Chama atenção o que se tem feito para calar os militares que se opuseram,
resistiram, foram perseguidos e mortos pela ditatura, sem haver aderido às ditas
esquerdas. Esses quase não sendo objetos de pesquisa e menos ainda de
mídia. Para educação todas as vozes interessam, guardam a mesma relevância,
pois o que se quer é aprender. E não existe aprendizagem quando já se
delimitou a priori o quanto e como se deve saber.
Esclareço que, relevante aqui, considero como atentado ao educacional
haver escola básica exclusiva para filhos de militares. Nesse caso, divirjo mais
profundamente por ser triste uma criança ir à escola usando indumentária e
submetida a regimento militar. Ou seja, isso atenta contra o direito elementar da
construção de uma Nação que é todo ter escolarização básica o mais próxima
possível, deixando tais opções a ser feita com liberdade, maturidade e
discernimento mais aguçado. E em termos de aplicação de recursos públicos da
educação, no mínimo, fica necessário repensar o dito sistema SS, Senai/Sesc e
escolas ditas de aplicação de universidade pública.
Isso não significa defender exclusividade da educação pública. Não sou
contra iniciativa privada, apenas misturar isso com o público e até o público lhe
favorecer. Ou seja, rede privada deve pagar imposto como atividade econômica
e o sistema público não fará o que lhe beneficia, dado que, por exemplo, se rede
pública paga uma miséria como se fosse salário docente, não tem nem moral
para exigir diferente da rede privada; se poder público coloca espelunca como
se fosse escola, rede privada pode colocar pardieiro como fosse o mesmo.
Para ser mais claro, defendo que um fator mínimo de união nacional é
escolarização básica, até ensino médio e formação técnica deste nível,
qualificada de tal forma que nenhuma estruturação de poder que chegue ao
mando do país tenha como destruir com facilidade, negligenciar e ainda, se for o
caso, ter como se proteger.
Dado o golpe, um pouco no caso UFPa consta em [29], três universidades
públicas merecem destaque [30-50]:
- UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP – por ser o maior celeiro intelectual
não escaparia de ataque, enquanto por ser Estadual se pensaria isto fosse
capaz de postergá-los. Porém, o histórico é claríssimo em mostrar antecedentes
de processos com caráter ideológico de perseguição, assim como, houve seu
próprio golpe, dado já haver processos preparados contra docente e estudante,
com votos arregimentados para aprovação nas congregações e indicando quais
seriam os prepostos do serviço de informação que ¨cuidariam¨ Portanto, o golpe
geral nunca foi orquestração restrita, mas de altíssima densidade social. E, fora
UnB, fica inédito quem encontrar qualquer universidade pública que tenha agido
diferente.
- UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB – idealizada por Darcy Ribeiro
(26/10/1922 – 17/02/1997), o qual sempre se posicionou de esquerda, e,
contraditoriamente, de extrema serventia à elite do poder, sem que tivesse algo
de significativo no corpo docente ou na forma de ingresso que se pudesse
caracterizá-la por esquerdista. Portanto, somente sua posição estratégica para
qualquer manifestação estudantil sustenta tanta determinação de conquistá-la
pela força das baionetas. Reproduzo na íntegra texto que consta no portal da
UnB.
Invasões
Em 1964, o golpe militar instaurou a ditadura no país e trouxe anos
difíceis para a UnB. Por estar mais perto do poder, a instituição foi
uma das mais atingidas. Acusados de subversivos, universitários e
professores foram perseguidos pelo regime.
A primeira invasão aconteceu no dia 9 de abril de 1964, apenas
nove dias após o golpe militar. O então reitor Anísio Teixeira e o vice
Almir de Castro foram surpreendidos por tropas do exército e por
policiais de Minas Gerais. Os militares chegaram em 14 ônibus, com
três ambulâncias já preparadas para possíveis confrontos. No
campus, invadiam salas de aula, revistavam estudantes,
procuravam armas e material de propaganda subversiva.
Buscavam também 12 professores que deveriam ser presos e
interrogados.
A biblioteca e os escritórios dos professores ficaram interditados por
duas semanas. Depois dessa invasão, Anísio Teixeira e Almir de
Castro foram demitidos. No lugar deles, o professor de Medicina
Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Zeferino Vaz, foi
nomeado reitor.
A segunda invasão aconteceu no ano seguinte. Em 8 de setembro
de 1965 os professores entraram em greve por 24 horas. A greve foi
uma resposta à demissão dos professores Ernani Maria de Fiori, Edna
Soter de Oliveira e Roberto Décio de Las Casas, afastados por
“conveniência da administração”. O clima de apreensão tomou
conta do campus, e outros docentes temiam ser demitidos de
forma arbitrária.
No sábado, os alunos também aderiram ao movimento. Nesse
mesmo dia, o reitor Laerte Ramos de Carvalho solicitou o envio de
tropas militares ao campus. Segundo ele, a greve era uma falta
grave e pichações que apareceram na UnB revelavam “ameaças
de depredação aos prédios”.
As tropas chegaram na madrugada do dia 11 de outubro e
cercaram as entradas do campus. Alunos e professores eram
impedidos de entrar. Os soldados ficavam na entrada dos edifícios,
proibiam qualquer agrupamento de pessoas e não permitiam nem
a entrada nos laboratórios para que animais envolvidos em
pesquisas fossem alimentados.
Uma semana depois, o reitor demitiu quinze professores, alegando
que eles eram os responsáveis pelo ambiente de perturbação. Esses
professores, segundo o reitor, haviam se manifestado de forma
subversiva durante assembleia e Zeferino justificou as demissões
como “medida disciplinar”. Entre os demitidos estava Sepúlveda
Pertence, que mais tarde seria presidente do Supremo Tribunal
Federal.
Houve reação: 223 dos 305 professores da Universidade demitiram-
se em seguida. O professor Roberto Salmeron conta em seu livro A
universidade interrompida: Brasília 1964-1965, que os professores
estavam fartos do clima de instabilidade que havia se instalado na
Universidade.
“Chegara o momento em que devíamos escolher com lucidez entre
somente duas alternativas: aceitar as interferências externas ou
recusá-las”, lembra. Cerca de 80% dos professores decidiram
recusar. Em 18 de outubro a Universidade que acabara de nascer
perdia a maior parte dos cérebros selecionados para construir a
instituição de vanguarda idealizada por Darcy Ribeiro.
A invasão mais violenta aconteceu em 1968. Os alunos protestavam
contra a morte do estudante secundarista Edson Luis de Lima Souto,
assassinado por policiais militares no Rio de Janeiro. Cerca de 3 mil
alunos reuniram-se na praça localizada entre a Faculdade de
Educação e a quadra de basquete. Esse foi o estopim para o
decreto da prisão de sete universitários, entre eles, Honestino
Guimarães.
Com o decreto, agentes das polícias Militar, Civil, Política (Dops) e
do Exército invadiram a UnB e detiveram mais de 500 pessoas na
quadra de basquete. Ao todo, 60 delas acabaram presas e o
estudante Waldemar Alves foi baleado na cabeça, tendo passado
meses em estado grave no hospital.
Depois desse período conturbado, no dia 25 de março de 1971, o
professor e pesquisador Amadeu Cury assumiu a reitoria com uma
proposta de reestruturação da universidade. Iniciava-se a etapa de
consolidação acadêmica e física da UnB. Mas o clima de
reconstrução e calma durou poucos anos. Com a posse do
professor, doutor em Física e oficial da Marinha, José Carlos de
Almeida Azevedo, em maio de 1976, as manifestações
recomeçaram. Um ano após a mudança na reitoria, multiplicaram-
se os protestos de alunos contra a má qualidade do ensino, a
ociosidade nos laboratórios e a falta de professores.
A crise política da UnB ultrapassou os limites do campus. O Senado
criou uma comissão para interferir no conflito. Cerca de 150
professores entraram como mediadores entre a reitoria e os
estudantes.
Novamente, em 6 de junho de 1977, tropas militares invadiram a
UnB, prenderam estudantes e intimaram professores e funcionários.
O estopim, dessa vez, foi a greve que estudantes e professores
declararam para dar um fim às agressões que sofriam. “Foi uma luta
pela dignidade da UnB, para dizer que aqui não aceitaríamos mais
esse tratamento”, explica Antônio Ramaiana, autor do livro UnB
1977: O Início do Fim.
As invasões só acabaram com o início da abertura política no Brasil.
Em 1979, o Congresso aprova a Lei de Anistia, que perdoa os crimes
políticos cometidos desde 1961. A democracia na Universidade é
retomada em 1984, com a eleição do reitor Cristovam Buarque.
Fonte: www.unb.br/sobre/principais_capitulos/invasoes, acesso
fev/14
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGRS - das
federais tudo indica essa como candidata a ter sofrido o golpe imediato mais
rude, dado que, eram desse Estado tanto o Presidente deposto, Jango, quando
o opositor mais aguerrido, Leonel de Moura Brizola (22/01/1922- 21/06/2004).
A minha primeira percepção disto ocorreu quando depois de ingressar na
Universidade Federal do Ceará - UFC, 1983, fui diversas vezes na reitoria por
questões de assistência estudantil, carteira de meia passagem e busca de bolsa.
Quase toda vez encontrei o que só posso achar que era general do exército,
exibindo desenvoltura, checando documentos, dando ordem e todo expressava-
lhe mais obediência e respeito do que pelo próprio reitor. Não foi por acaso que
estudantes invadiram o seu gabinete levando alguns dos arquivos [51-52].
Assim, o fato concreto a ser tratado, encarando essa verdade, é que além
do golpe geral, houve golpe particular em cada universidade pública, cada
qual com suas especificidades, seu modo de atuação, evolução e
extensão, carecendo que se esmiúce um por um, para que se tenha uma
visão do todo.
Como conhecia alguns que leram tais documentos, parte consta em livro
publicado pela UNE, os relatados são da mais pura torpeza, como é praxe
acontecer em ditadura. E, hipoteticamente ao quadrado, digamos que se irá
estudar o caso UFPA. São referenciais básicos:
- QUAIS FORAM, ALUNO, DOCEMTE E FUNCIONÁRIO, EXPULSO, DEMITIDO OU
PERSEGUIDO E AS MOTIVÇÕES DISTO? DE TODO JÁ FALECIDO, ALGUÉM DA FAMÍLA
GUARDA ALGUMA SUSPEITA?
- QUAIS FORAM TODOS OS REITORES-GENERAIS: REPRESENTANTE DO SISTEMA
DE INFORMAÇÃO JUNTO À UFPA, COM SUA CADEIA DE SUBORDINAÇÃO E
COMANDO: OS AUXILIARES DE CASERNA, DO SERVIÇO DE INFORMAÇÃO, DA
INSTITUIÇÃO?
- O QUASE IMPOSSÍVEL: OS ARQUIVOS DOS GENERAIS-REITORES E DE TODOS
DA UFPA NO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÃO;
- QUAIS ATAS DE CONSELHOS E OUTROS REGISTROS CITA ESSE E EM QUE
SITUAÇÃO?
- QUAIS FORAM TODOS QUE INGRESSARAM COMO DOCENTE NESSE PERÍODO?
POR QUALQUER FORMA. SE POR CONCURSO, QUAIS ERAM DA SUA BANCA? QUAIS
SE EFETIVARAM? COMO SE DEU ESSE PROCESSO?
- DE QUAIS EXISTEM INFORMAÇÕES DE COMPROVADA INSUSPEITA? O
HSITÓIRCO DO INGRESSO DE RAYMUNDO HERALDO MAUÉS,
HTTP://LATTES.CNPQ.BR/0915136632611666, [27], CONSIDERO BASILAR.
- ESCOLHER UM GRUPO SIGNIFICATIVO DE EX-ALUNOS DE ALGUNS DESSES
PARA PESQUISA.
- PESQUISAR TODOM OS ARQUIVOS DO SERVIÇO MÉDICO, EXAME DE
SANIDADE MENTAL. PELO QUE TUDO INDICA FOI CRIAÇÃO IMPOSTA PELA
DITADURA, O QUAL SEMPRE FOI PEÇA DE CHANTAGEM.
- QUAIS FORAM OS DIRETORES DO SISTEMA DE SELEÇÃO/VESTIBULAR? QUAIS
SUAS CONEXÕES MAIS FORTES COM O GENERAL-REITOR? QUAIS INTERVENÇÕES
TERIA FEITO, CUJA SUSPEITA MAIOR É DE COLOCAR PARA DENTRO PREPOSTO SEU E
EXCLUIR QUEM DO MOVIMENTO SECUNDARISTA JÁ HAVIA SIDO FICHADO. O CASO
MAIS SUSPEITO É DO AGENTE CUJA ARMA DISPARADA EM SALA DE AULA MATOU O
ALUNO CÉSAR MORAES LEITE.
- QUAIS FORAM TODOS OS PROCESSOS ENVOLVENDO DOCENTE, ESTUDANTE E
FUNCIONÁRIO PELAS UNIDADES? QUAIS CHEGARAM AOS CONSELHOS SUPERIORES?
- QUAIS FORAM TODOS OS GRUPOS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL E SEUS
PRINCIPAIS LÍDERES?
- QUAIS FORAM TODOS QUE PARTICIPARAM DE PROJETO COM
INTERFERÊNCIA DIRETA DO GENERAL-REITOR, COMO O RONDON?
Não resta qualquer dúvida, nem mesmo deve ser objetivo principal, embora
sem omissão, ser possível individualizar qualquer culpa. Devendo mais tudo
auxiliar no resgate de memória acadêmica do que tenha sido prejudicado, alijado
e excluído, porquanto, via esses, fica possível determinar ¨valores¨ que a
ditadura queria mudar/anular, portanto, tinha interesse que o ingressante não
professasse ou fizesse o que anularia. Por óbvio, tudo isso foi sigiloso, mais em
encontro secreto, e o general-reitor, pelo visto, cumpriu sua promessa de sumir
com tudo se necessário fosse.
Nisso fica fundamental explorar o contraditório de alguém ter sido nomeado
docente sem qualquer objeção, até de forma elogiosa pelo reitor-general,
apresentar-se na sala de aula como inimigo do regime, esquerdista de primeira
linha, quiçá dispondo em derramar seu sangue pela liberdade do povo. Assim
como, aparecer em assembleia docente fazendo discurso inflamado pela
efetivação de quem ingressou como colaborador, até nomeado por gosto
exclusivo do reitor- general. Eis outro fenômeno de dimensão nacional que
novamente será inédito: encontrar mais de duas representações de docente de
expressividade nacional que tenha se oposto à efetivação de todos.
E tudo ainda é a parte mais simplória. A VERDADE A SER REVELADA É
QUAIS ESTRUTURAÇÕES E PROCESSOS INSTITUCIONAIS, COM ÊNFASE
NOS CONCURSOS DOCENTES, APRESENTARAM DEPOIS DA DITA
REDEMOCRATIZAÇÃO ELEMENTOS QUE DESTOA DO QUE SERIA
PRECONIZADO PELO GENERAL-REITOR SE ESSE AINDA ESTIVESSE
FISICAMENTE PRESENTE.
UNIVERSIDADE PÚBLICA – COMO MUDOU SE
DETENTORAS DE PODER PARA ISSO NÃO?
UM EXEMPLO DEFINITIVO VIA ENSINO DA MATEMÁTICA
¨Mas Newton, inimigo de qualquer
disputa e cioso de seu tempo, deixou
entrar na liça por ele o Doutor Clarke,
seu discípulo em física e pelo menos seu
igual em metafísica.¨
Voltaire, 1694-1778, Elementos da
Filosofia de Newton, Ed. Unicamp,
1996
Agora integrarei fatos da educação anteriores ao golpe 64, passando por
esse e, por tese, visando os que continuam ou até se aprofundaram em
ruindade com a dita redemocratização. Lembrando sempre ficar elogioso se a
ditadura não tivesse arruinado mais o que já era péssimo. Além disso, o que
mais importa, mentalidade social das ações pública, o ente nacional capaz de
alterá-la e referenciar aos demais, reputo ser universidade pública. Assim,
alguns clamores que se acham pela internet propondo por solução golpe por
parte da sua corrente ideológica é parte do que alimenta até tudo: tais nunca
professaram valores democráticos, querem manter certos ¨valores¨ da
ditadura intactos, alguns para reviver e outros para apoderar-se disto;
certos porões não deixaram de ser, apenas trocaram de posições vítimas e
algozes
Escolarização Básica - movimento de alfabetização tem um logo histórico no
Brasil, com mais presença via igreja católica, dos tempos jesuíticos, o qual
quase nada tinha de interesse educacional, apenas direcionar leitura para os
seus escritos. Isso se intensificou, ganhou corporeidade política, sistemática e
até investimento estrangeiro, no governo João Goulart, cuja figura, como já citei,
foi Paulo Freire. De tudo que achei dessa ação, digo que até com certo frenesi,
centra-se na leitura.
Ressalto que jamais identifiquei, e tinha que ser um grupo considerável,
centro especializado que não poderia sumir sem deixar rastros, quem fosse de
matemática preparando cartilha para esse projeto, pois não concebo
escolarização sem os rudimentos disto; não vejo como ser possível exercer
cidadania quando se pode ser enganado com contas de juro simples. Não sei
quantificar, mas com certeza foi intensa a participação de curso normal,
normalistas, nisso, dado que, era antes de tudo um laboratório experimental ao
natural, algo sempre apaixonante.
Dado o golpe, fora casos pontuais, o investimento pífio nesse setor que
vinha de antes piora, culminando com o projeto institucional mais asqueroso que
se tem notícia na história da educação: MOBRAL, [53], pois esse rebaixava
dantescamente o conceito de alfabetizado para simplesmente saber escrever o
nome. Agora nem se pode debitar a falta de alfabetização matemática por um
possível esquecimento, era mentalidade mesmo, construção de poder; certos
milagres ficam na mente por ser anunciado por números robustos e o
interlocutor não saber dimensioná-los.
Eis um manancial para pesquisas:
- Quais docentes de públicas publicaram artigos e/ou livros contra o
MOBRAL? Que teses produziram contra e como esses academicamente, se foi
o caso, historicamente se pautam?
- Quais são as diferenças e semelhanças de técnicas e conteúdos entre
cartilhas dos movimentos Paulo Freire e Mobral?
- Quais foram os especialistas que atuaram num e noutro? Dado que salão
de paróquia não se muda facilmente, existe caso em que usaram a mesma
estrutura e pessoal nos dois projetos?
- Algumas leituras acusam como inspirador e referência das cartilhas do
MOBRAL os trabalhos de Manuel Bergström Lourenço Filho (10/03/1897 –
03/081970). Há fundamento nisso?
É fato, que ditadura não empreendeu caça generalizada das cartilhas de
Paulo Freire, seus livros continuaram sendo editados, embora esse tenha sido
exilado. E já que tinha capturado universidade pública, iria, parte de uma
construção em termos de formação docente, distanciar-se dos cursos normais,
posto que, vai querer presentear o povo com coisa de nível superior, porquanto,
chama os cursos de pedagogias/Formação docente dessas para dança. Mais
um tema de pesquisa: quais cursos/centros de pedagogia/Formação
docente de pública colaboraram com projetos e ações do Mobral? Quais
foram os envolvidos, como e quais suas produções? Como isso se
classifica tecnicamente?
Ainda explorarei um ilógico em tudo isso e que ficou conhecido por acordos
MEC/USAID (United States Agency for International Development). Fora outros,
resulta em empréstimos bilionários para o setor. Porém, fica visível que gasto
com escolarização básica, essencialmente MOBRAL, complementando Estados
e Municípios, era migalha. Para onde foram esses recursos?
Sendo verdadeiro de nenhuma proposta em escolarização básica ter
conseguido nada de substancial em termos de Brasil, fica curioso saber de
alguma que referencie algo local. Nisso é auspicioso chamar atenção para
Anísio Spínola Teixeira (12/07/1900 – 11/04/1971) [54-56] e deixar claro que
este referenciar não vai além de uma tênue lembrança residual das suas
propostas, sobrevivida às duras penas. E ponha as mais duras torturas nisso,
independentemente das forças políticas, pois, espero já ter ficado claro, nesse
tema há um consenso quase impressionante entre nossas correntes políticas em
favor da sua ruindade.
Anísio Teixeira, cuja morte é envolta em mistérios, quando ditadura tem
nisso sua especialidade maior, de 1924-28 foi diretor-geral de instrução do
governo da Bahia, promovendo uma reforma do ensino. E o fato que, se
educação tivesse algum valor nas instâncias de poder, deveria ter chamando
atenção do Brasil estão nos seguintes dados de [57]:
PERCENTUAL/DOCENTE DA REDE BÁSICA COM DIPLOMA
DE NÍVEL SUPERIOR:
Pará: 58,6% Bahia: 8,5%
E fica inédita qualquer pesquisa baseada em qualquer outro dado Estadual
de ambos que revele ser melhor no Pará. O caso paraense revela um verdadeiro
milagre em diplomação docente - aviso que já faturei extra desse. Chama-se
interiorização: cursos pelos interiores mais voltados para diplomação de docente
leigo. Um pouco disto na Universidade Federal do Pará consta em [58-60] e da
Universidade Estadual do Pará–UEPA, talvez seja da mesma magnitude, em
www.uepa.br/portal/institucional/enderecos.php, acesso fev/14. E ainda na
mesma reportagem aparece este índice em formação docente da rede básica:
AMAPÁ - 65,6%, quando Amapá quase nunca teve universidade, federal é
recente, havendo indicadores de que mais de 60% desses foram diplomados no
Pará. E, reafirmo, como até fica claro, nada disto foi por educação, mas por
interesses de politicagem. E quem pode ser indicado como referenciando, acho
possível até se mostrar ser aplicação deturbada, mais no caso paraense é Paulo
Freire. E dois contrapontos nisso, sempre para mais pesquisas, são os
seguintes:
- Docentes que participaram com sacrifícios pessoais e financeiros
inenarráveis nada ganharam de fato, dado que, quando terminou a opção era
pedir demissão, esperar ser aprovado em concurso e começar uma nova
carreira. Entretanto, gratificações acumuladas e tempo de serviço em quase
nada compensava fazer isso, além de correr riscos piores: nem haver concurso
e preencherem sua vaga contratando outro em regime precário.
Vamos para o outro lado do país, governado por facção política dita
contrária, porquanto, limpar do relato possível preconceito ou partidarismo. Eis
trecho de artigo contendo tudo (g.n):
¨Enquanto isso, concursados como o historiador Carlos Roberto Mendes, 47
anos, a bióloga Luciana Fernandes, 21 anos, a socióloga Mara Lúcia da Silva,
48 anos, e a pedagoga Maria do Carmo Vargas, 55 anos, aguardam
desolados os próximos chamados. Depois de ver, em janeiro, a Assembleia
Legislativa aprovar a renovação de 21 mil contratos temporários para a
Educação Estadual e de acompanhar recentemente o lançamento de um
edital para o Cadastro Temporário de Contratação Emergencial de docentes
para o Estado, sentiram-se afrontados e decidiram criar um grupo no
Facebook chamado de Luta por Transparência - Aprovados Magistério/RS
2014, com mais de 1,3 mil integrantes.¨
Fonte: GOVERNO EFETIVA APENAS 12,5% DO PLANEJADO PARA O
MAGISTÉRIO ATÉ O INÍCIO DO ANO LETIVO NO RIO GRANDE DO SUL, JC e-
mail 4899, 20/02/2014, www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=91798,
acesso fev/14
Portanto, essa precariedade até na contratação docente é tônica nacional,
rende politicamente, sendo isso o meu segundo contraponto:
- Individualmente, de todos que ganharam politicamente, reputo ter sido o
ex-reitor da UFPa, Nilson Pinto de Oliveira, www.nilsonpinto.com/?
pagina=biografia, acesso fev/14. Lembrando que os argumentos centrais da
ideologia na interiorização sempre foram a visão de que sem diploma de nível
superior não se ministraria aula prestável, portanto, radicalização contra os
cursos normais do empreendido pela ditadura, além de não ser justo o Estado
pagar salário de valor para quem não tem diploma de nível superior. Agora,
fev/14, fora as dezenas que já ocorreram, os docentes estaduais estão em
negociação dura e apontando para greve em função da miséria salarial de
sempre. E todos que estão no comando da SEDUC-Pa, defendo não digo, suas
prática é que falam que o miseravelmente pago já é até mais do que merecido,
são prepostos políticos do deputado Nilson Pinto.
O óbvio é que o modelo de diplomação docente é ineficiente e
conjuntamente com essas e outras irresponsabilidades nas políticas públicas,
digo assim em função do Plano Nacional de Formação de Professores da
Educação Básica - PARFOR, www.capes.gov.br/educacao-basica/parfor, acesso
mar/14, pesquise, pois era dever mínimo das universidades públicas
referenciarem no contrário, transformam o exercício da docência num infrutífero
martírio de resultados vergonhosos. Vejamos da posição do Brasil no mundo em
termos de ensino da matemática:
BRASIL MELHORA EM MATEMÁTICA, MAS AINDA É UM DOS PIORES
EM EDUCAÇÃO
¨O Brasil está bastante abaixo da média em Matemática,
ocupando um lugar entre a 57ª e a 60ª posições no ranking de 65
ecnomias globais.¨
Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/brasil-melhora-em-
matematica-mas-ainda-um-dos-piores-em-educacao-1-10950333,
acesso fev/14
Envolvendo provas de matemática do Programa Pisa/OCDE,
http://portal.inep.gov.br/pisa-programa-internacional-de-avaliacao-de-alunos,
acesso fev/14, tenho rascunho de pesquisa, Dossiê
Internacional/Brasil/Portugal/Espanha, mostrando que esse age mais
uniformizando o que já há de péssimo por toda Ibero-América, portanto,
reproduzindo e referenciando o que sempre houve de inqualificável nos
processos de ensino da matemáticos de cada membro. Isso significa que se
provas do PISA e seus processos avaliativos fossem de melhor qualidade, o
resultado brasileiro tenderia ser pior ainda.
Ficando necessário apontar que no Brasil formação docente para
séries iniciais, pedagogia, sem contemplar factualmente matemática é fruto não
só do distanciamento entre formações/centros que a ditadura ampliou como das
públicas continuarem alargando, bem como da ojeriza que os centros
específicos públicos desenvolveram por matemática desse nível. O fato mais
expressivo disto é haver estudo que inclui retirar sangue de estudante supondo
que nota baixa nisso deveria de doença genética. Pesquisa essa, corroborando
o que venho exposto, respaldada pela Universidade Federal de Minas Gerais-
UFMG. Um trecho de notícia no tema é o seguinte de [61] (g.n) e mais em [62-
63]
¨No estudo, crianças de 7 a 14 anos de escolas públicas e
particulares de Belo Horizonte e Mariana, na Região Central
de Minas, são submetidas ao teste de desempenho escolar.
Aquelas que obtêm resultado abaixo de 25% no subteste de
matemática são convidadas para uma segunda etapa de
avaliação, em que passam por entrevista clínica, testes
psicológicos e de inteligência. ELAS TAMBÉM TÊM O SANGUE
COLETADO.¨
Nesse tema o meu rascunho denomino de Dossiê/Minas, no qual, como
nem poderia, não discuto haver ou não doença que impeça alguém aprender
matemática, apenas provo de forma veemente que em Minas, assim como em
todo o Brasil e quanto menos no ensino básico, não há qualidade que possa
debitar os ditos baixos índices em aprendizagem matemática por alguma
deficiência mental e nem entre os envolvidos em tal pesquisa acho algum que
tenha qualquer discernimento técnico em matemática. Uma fala de quem estuda
mais diretamente processos mentais é a seguinte (g.n)
¨O educador que estuda a neurociência é convidado a entender que
todos podem aprender desde que as estratégias sejam adequadas.
“Não basta dar acesso à escola, é preciso garantir que as crianças
aprendam”, afirma Regina Migliori, que acaba de publicar o livro
Neurociências e Educação, que traz pesquisas e modelos de aplicação
prática desses conhecimentos em sala.
“Isso cria um novo patamar de responsabilidade dos educadores no
desenvolvimento das crianças. A QUANTIDADE DE DIAGNÓSTICOS
DE CRIANÇAS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO É UMA PIRAÇÃO.
Infelizmente, vemos muitas abordagens que têm um ponto de partida
equivocado na identificação do problema”, reforça Regina.
Fonte: NEUROCIÊNCIA VIRA FERRAMENTA PARA MELHORAR
APRENDIZAGEM NAS ESCOLAS, Priscilla Borges, iG São Paulo,
15/02/2014, http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-02-
15/neurociencia-vira-ferramenta-para-melhorar-aprendizagem-nas-
escolas.html, acesoo fev/14
Já noutro rascunho relacionado com outro instrumento fundamental em
tudo, livro didático, encontramos até aberrações, como ilustrar o número sete
com gatinho sendo jogado do sétimo andar. No geral, nosso ditos livros didático
em matemática são mais amontados visando oferecer aula por aula para o
docente copiar no quadro do que algo inteligível para educando. E concluindo
este tópico e preparando para adentrar no próximo, é nisso que a relação
MOBRAL/Universidade Pública fica até patente, portanto, é prova do
educacional básico preso entre esses e até sendo torturado com mais rigor
depois da dita redemocratização.
Universidade Pública - Como já afirmei, o governo Jango havia
sujado uma das pérolas do colar Autonomia Universitária que toda universidade
pública sempre teve. Mostrarei que a ditadura, visto como uma profunda traição,
sujou muitas outras, deu-lhe outros adereços como consolo e a dita
redemocratização limpou todas, deixou tudo mais reluzentes e ainda lhe
acrescentou mais.
Relatos, novamente para pesquisa, mostram um quadro literalmente
caótico no governo Jango: turmas de engenharia que antes ingressava cerca de
40, do dia para noite teve cerca de 30 novos estudantes, sem que isso
implicasse aumento docente, verbas e da estrutura, com situações em que nem
mais cadeiras em sala de aula colocaram. Por óbvio, isso não extinguia o
movimento político dos excedentes e criava outro: luta pelas condições de
ensino; o simples fato de conseguir cadeira para sentar-se virava motivo de
animosidade entre colegas. O que já era calamitoso, como tomar emprestado
exemplar na biblioteca, de fato o que chamavam disto, virou terra de ninguém,
cujos golpes alguns vencedores ainda hoje podem ter vergonha de contar.
Lembro mais uma vez que embora cite alguns fatos rapidamente não
implica que assim ocorreram, nem que tenha começado nesse ponto, dado que,
a ditadura queria ao máximo que fosse sendo implantando por mentalidade,
sistemática, metodicamente construído, ganhasse processo evolutivo para
transformar suas pregações de que devolveria o poder aos civis uma tremenda
mentira, mais em condições de que em alguns casos futuramente seria pior do
que se fosse essa.
Vou ser bem claro: é muito provável que durante a ditadura docente
conseguisse de reitor mais informações das suas contas do que hoje;
¨Estão achando ditadura ruim!?!! Espere quando for civil....¨.era bordão em sala
de aula.
Dado o golpe, tudo isso precisava ser ecolarizado, gritar que resolveu,
posto que, ditadura teme estudante no sentido latu, adestrado é de extrema
utilidade, e de curso superior lhe são os mais apavorantes. Pior ainda: o
discurso ufanista de país do futuro, como já disse, tinha por tradução precisar de
maior contingente populacional com nível superior (tente achar discurso
diferente desse no quadro político atual). No caso dos excedentes havia dois
fatores óbvios:
- a proximidade entre escola básica e curso superior, por vezes compartilhando
docentes;
- o processo de seleção/vestibular classificava por nota mínima e não pelo
quantitativo de vagas. Caso em que era via banca em auditório público e com
razoável possibilidade de contestação recursal, portanto, muitas das vezes não
deixando transparecer diferença mensurável entre aprovado e reprovado.
A existência dos próprios excedentes serviu de justificativa para ser via as
mesmas provas em cada universidade, democratizando à seleção, como se
ditadura fosse capaz disto, pois o aumento de candidatos exigia sistemática
mais eficaz. Agora vestibular vira questão de segurança nacional; cercado de
sigilo; inviabilizando ao máximo qualquer tipo de recurso; produzindo um listão
no final, cujo excedente virou coisa diminuta: classificáveis em caso de
desistência; exigindo que todo se contentasse com o resultado. Eis mais uma:
pesquisar recursos ou tentativas em vestibular de pública nesse período e
posteriormente.
Um fato é que por volta 1965 começa aparecer em cartazes de
manifestações estudantis e muros de universidade pública algo em ¨ACÔRDO
MEC/USAID¨. Para apoiadores do regime uma mentira deslavada querendo
induzir que o MEC tinha entregue suas universidades públicas para tais
agências de capital americano, posto que, na USAID estavam atrelados Banco
Mundial e muitas outros. Entretanto, por volta de 66 o governo admite que tinha
comissão transnacional dessa agência com maioria absoluta de estrangeiros
para definir os rumos, não apenas das públicas, como da educação em geral.
E trazia como solução para o Problema dos Excedentes financiar e
subsidiar universidade privada. Tanto afã em mostrar servilismo nunca deixou
ser também engodo para ter acesso aos empréstimos bilionários que isso
possibilitava, [64-68]. Portanto, os golpistas continuavam aplicando mais golpes,
agora até contra alguns dos seus apoiadores.
Talvez herdado desse contato MEC/USAID, a ditadura acalentava sonho e
alguns amigos do ganho fácil balançavam seu berço: VESTIBULAR ÚNICO
NACIONAL. Experiências, como feitas no Rio de Janeiro pela CESGRANRIO
(www.cesgranrio.org.br/institucional/historia.aspx, acesso fev/14, a pesquisa
deve começar levantando quando já faturou do MEC, Estados e Município)
foram ensaios nisso. Uma parte necessária, montar uma verdadeira operação de
guerra, estava e estaria sempre disponível.
Os problemas eram, além da eterna Autonomia Universitária, ou que
restava dessa, os disparates educacionais regionais, posto que, havia pudores
suficiente para não impor nivelar por baixo e enfrentar politicamente ser acusada
de favorecer o sudeste. E pior: não queria gastar com universidade pública,
porquanto estudante civil e carente, para que fosse tal qual como sempre foi, por
exemplo, no Instituto Tecnológico de aeronáutica - ITA, www.ita.br/, em que todo
aprovado tem alojamento, comida, livros e bolsa mensal.
E o mais grave ainda: se fizesse nessa época vestibular nacional das
universidades públicas o Brasil de então ainda tinha condições de enxergar e se
comover pelo fato de milhares de jovens talentosos estarem sendo alijados do
ingresso por pura falta de condições estruturais e financeiras. Mas, até mesmo
esses metodicamente seriam quebrados, ditadura detesta pudores, quiçá até de
forma pior do que essa mesma faria e por quem chegou ao poder discursando
que essa foi obra de um bando de imorais.
O mesmo processo de seleção matava ainda na outra ponta - ditadura
sempre procura matar o máximo com a mesma paulada - agora a banca poderia
não necessariamente se ater aos conteúdos que eram desenvolvidos nas
escolas, especialmente pública, promovendo afastamento entre universidade e
escola básica, nem prestar satisfação alguma, anel dourado que a ditadura tinha
colocava nos seus tentáculos. Via isso, ainda se atacava o Problema dos
Excedentes, dado que, certas médias do último ingressante seriam tão baixas
que desencorajava quem ficou de fora se achar em condições de fazer curso
superior.
Promovendo-se o vácuo entre pública e rede de ensino básico, quando
socialmente todo vazio tende ser ocupado, alguém precisaria orientar para tais
provas: Eis o nascedouro do que pode ser a mais bem sucedida e duradoura
industrias brasileira: PRE-VESTIBULAR/ENEM. Nesses casos, mas centrado
nas provas de matemática, é que versa o meu Dossiê/Vestibulares/ENEM. Basta
dizer que ENEM foi introduzido em 1988 com a desculpa que seria para avaliar o
sistema, quando sua função concreta foi fazer uma planificação dos conteúdos
nacionais, portanto, rompendo desigualdades regionais sem haver nada que
melhorasse qualidade, antes piorando, nivelando mesmo por baixo.
E já sendo testado no uso das suas notas no ingresso ao ensino superior,
obviamente com algumas ajudinha do MEC, em 2009, com nome de NOVO
ENEM começa virar vestibular nacional, herdando tudo do que já não prestava
dos vestibulares tradicionais, [69-70]. Logo, nesse tocante o que vinha da
ditadura seguiu como determinaram sem desvio nenhum e desmente outra
lenda brasileira dos governos não ter continuidade, uma das raízes para haver
reeleição. E, talvez caso único no mundo, a dita redemocratização para consolar
universidade pública de tanto ataque da ditadura faz recuperar todos os seus
adereços, craveja-lhes mais brilhantes, sendo capítulo da Constituição. Ocorre
que assim tem poder tanto quanto os anteriores e mais do que os posteriores.
Por isso, mesmo que a Constituição separe os poderes, nessa reitor é
executivo, é legislativo (preside os conselhos com todos os assessores mais
direto com voz e voto, fora outros arregimentados) e também é judiciário, pois
nenhuma sindicância é aberta sem sua anuência. E se pesquisar mais um pouco
poderá descobrir que ante essa as demais instituições, MEC é de patente
nulidade, pouco podem e até Polícia Federal cabe avisar ao reitor do que
procura antes de começar alguma atuação e pedir autorização para ir até onde
acha que vai. O pesquisador Ronald Braga crava tudo numa síntese perfeita em
[71] nesse trecho que reproduzo integralmente (g.n):
¨A terceira mudança de substantiva importância vem
com o Art.
207: "As universidades gozam de autonomia didático-
científica, administrativa e de gestão financeira e
patrimonial, e obedecerão ao princípio de
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão".
Essa é uma grande novidade que nos traz a Constituinte:
a declaração da autonomia universitária tout court;
notem que, inclusive, foi abolida a expressão "nos termos
da lei", que ainda havia no anteprojeto e na redação da
fase de sistematização. Nas Constituições anteriores
havia tão somente a famosa liberdade de cátedra
(Constituições de 34, 46, 67 e abolida na Emenda de 69).¨
Diversos fatores relacionados com esse poder tão discricionário,
intimidador de todos os organismos da República, relato nos Dossiês e de todos
que vivenciei o mais determinante para minha pesquisa ocorreu na primeira fase
no vestibular da UFPA/99, cujo resumo é o seguinte:
Estava em Soure-Pa, Ilha do Marajó, ministrando disciplina do
processo citado de interiorização, lugar do qual ainda hoje dizer haver
escola nem fica bem posto, quando fui procurado por jovem que
concorria para o curso de humanas acusando ter sido enganado pela
prova de matemática. Basta dizer que o histórico das médias em
matemática sempre foram tão deprimente que para efeito de boa
classificação esse só precisava acertar uma questão nessa prova.
Em tal prova constavam engodos, iscas para pegar otário, uma
velha conhecida e na qual esse tinha apostado suas esperanças. Trata-
se de depositar quantia na poupança rendendo mensalmente x% para,
após y meses, pagar-se uma certa dívida. Se for dito ter no final
exatamente para pagar é uma coisa, se apenas pagar é outra, quando
se pode, respectivamente, ter esse valor ou mais.
Desse, repito, nem podemos afirmar de que algum dia teve
oportunidade em estudar matemática e confiando no que diz o dia-a-
dia, dado que, na redação do quesito não tinha o ¨exatamente¨,
marcou o que poderia resolver com sobra: o item de maior valor. E sem
dúvida, quem já esteve alguns minutos em pré-vestibular sabe que a
lição mais básica desse diz que em tais situações, não sabendo
precisamente qual é a resposta, nunca entre na imbecilidade de marcar
a que lhe é mais óbvia.
Ocorre que isso ainda era pouco. Havia além do que tornava a
prova dita de matemática nunca ter sido dessa e quanto menos servir
como avaliação de conhecimento. E noutro quesito, dadas algumas
condições, pediam ¨Calcule os ângulos intervalos do losango¨. Perguntei
para esse do que achava ser ¨ângulos intervalos¨.
A responda que deu destoava completamente do sentimento que
expressara da universidade no início, até considerando ser algo novo
que os geniais elaboradores e pesquisadores da UFPA acabaram de
descobrir. Isso tinha a mesma dimensão de depoimento de torturado da
ditadura quando guardava esperança de haver sobrado algo brioso dos
seus algozes [72].
Como na outra ponta estavam dois docentes de matemática,
Mauro Magalhães (Diretor do Daves, atualmente CIAC) e José Miguel
Martins Veloso (PROEG), além de uma possível gritaria dos pré-vestibular
pelas anulações e atribuição dos pontos correspondentes para todo os
candidato, o que faria esse permanecer no processo, tranquilizei-o. E
tinha um dado ainda: José Miguel, pró-reitor, quando estudava na USP,
viveu exilado na ditadura, porquanto, se esperava abominar processos
ditatoriais. Entretanto, como no segundo dia continuava tudo como
estava, comecei ligando para ambos e tudo ficou pior: não interessava
se matematicamente correto ou não, eram outras coisa que falavam
para não anular. Ou seja, do que dependia da instituições o destino
desse e de milhares de outros estava irremediavelmente definido.
Fazendo uma pausa, complementando minha pesquisa, tempos
depois quando encontrei calouro idealmente identificado ser de pré-
vestibular e pedir-lhe que lesse tal prova, esse leu, mesmo eu pedindo
duas vezes, ¨Calcule os ângulos internos do losango¨. Quando o avisei
não haver escrito ¨internos¨, mas sim ¨intervalos¨. Esse faz discurso de que
não tem mas tem que ser e só pode ser, dado que, resolveu como se
fosse e acertou. Isso explica parte do silêncio dos pré-vestibulares, dado
ser da sua ¨metodologia¨ fazer o candidato ¨ler¨ o que pode ser ¨certo¨
mesmo errada e de fato nem leia nada, isso é perder tempo.
Como já sabia que a ditadura tinha ensinado a todos protelar
processo quando for do seu interesse, além de recorrer na UFPa também
fiz no MPF-Pa, dado que esse poderia, pelos menos para o caso mais
urgente, pois em poucos dias ocorreria a etapa final do vestibular. E a
solução era simples: exigir que o diretor do sistema trouxesse de imediato
livro da biografia do certame em que estaria definido o que era ângulos
Intervalos, sob pena de ser obrigado anular e atribuir esse ponto para
todos os candidatos.
Estando na frente do Procurador, do que esteve na cara dele não
tenho documento para provar, nada poderia ser como descrevi. A
Autonomia Universitária impunha que abrisse processo para oficiar
primeiro o reitor, que oficiaria o pró-reitor de graduação, que por sua vez
oficiaria o seu subordinado do sistema de vestibular, para depois abrirem
sindicância.
Resumo do processo: quando chegou a vez do procurador emitir o
seu parecer, obviamente sem mais haver como se fazer justiça, o
resultado do vestibular já era favas contadas, tinha parecer de três
docentes da UFPA dando total razão a minha pessoa e carta pessoal de
dois amigos do pró-reitor, docentes da USP, i. e., sem que tenham sidos
nomeados por essa para tanto, dando razão ao pró-reitor
Em essência, os dois amigos do Pró-reitor dizem que o ¨exatamente¨
que não há é como se nunca tivesse deixado de ter e convencem o
procurador de que saber de coisas como ¨ângulos intervalos¨ só possa
ser ¨ângulos internos¨ é o básico para não ser tão idiota e merecer fazer
curso superior em universidade paga pelo povo. Portanto, baseado nisso,
o procurador acompanhou o que sempre quis o pró-reitor.
Como disse, o pró-reitor era do meu departamento e já tinha se
mexido pelos bastidores mobilizando horda de poder para silenciar-me.
Por óbvio, como nos demais vestibulares as bandalheiras continuavam
tais quais, foi aprovado por maioria absoluta de votos do departamento
a obrigação de que eu fosse submetido ao reexame de sanidade
mental, obviamente no serviço médico de serviçais da reitoria. Fiz o dito,
o processo como um toda é uma verdadeira ópera bufa, sem o de boa
arte que ainda há nessas, o que consta escrito nisso já diz tudo. E aviso
que de três que assinaram nunca vi e nem sei quem seria um desses.
Além disso, deixo para quem quiser ampliar para lê-lo, posto que, exige
uma alto dose de sangue frio.
Sendo que o processo na reitoria, como era de interesse da cúpula
e horda de apoiadores, concluiu com parecer de Câmara do Conselho
lamentado não haver mais nada que fosse possível fazer, classifica o
processo desse vestibular como obra de displicentes, elogia minha
pessoa, mas nada pede contra os mentores dessa desgraça. E para
concluir esse relato, até ontem nenhum desses me convenceram do que
são as coisas mais importantes numa prova dita de matemática que faz
ser irrelevante se os quesitos dessa estão corretos ou não ou
minimamente ajustados.
O fato concreto em tudo é que o distanciamento entre universidade púbica
e ensino básico promovido pela ditadura sempre foi mais profundo. Para tanto,
garantiu meios de recursos para sobreviver, e até com que a cúpula possa se
refestelar, sem nem se preocupar com qualidade dos ingressantes e nem se
preenche mesmo tais vagas. Pois, mesmo se sabendo que para tais cargos
estratégicos a ditadura tenha sempre forçosamente requerido ser ocupado pelo
que tivesse sua confiança de fazer até os seus desejos mais abjetos, jamais tive
notícia de alguma pública tivesse investigado do que ocorreu no seu processo
de seleção nesse período. Um estudo que daria escândalo, se hoje o mais como
fazer escandaloso não fosse por acontecer o que é qualificante, era fazer
levantamento do quantitativo dessas que ficaram vagas em públicas nos últimos
dez anos.
Como a história dos vestibulares da UFPa continuava tal qual, exatamente
dez anos após esse episódio que narrei, tudo explode (g.n).
UFPA ANULA PROVA DE GEOGRAFIA DA 1ª FASE DO PROCESSO
SELETIVO 2010 POR FRAUDE, Da Redação, São Paulo, 26/11/2009
A UFPA (Universidade Federal do Pará) decidiu cancelar a prova
de geografia da primeira fase do PSS (Processo Seletivo Seriado)
2010. Cinco questões foram anuladas e todos os vestibulandos
receberão os pontos referentes a elas.
A decisão foi tomada em decorrência de um recurso enviado à
organização do vestibular. O Ceps (Centro de Processos Seletivos)
verificou que três perguntas eram semelhantes às de outra prova
de vestibular e ao material de um curso pré-vestibular. De acordo
com a assessoria de imprensa da universidade, a cópia das
questões pela banca elaboradora fere um termo de compromisso
que exige o ineditismo das questões.
Segundo o reitor da universidade, Carlos Maneschy, o caso foi
isolado, e se restringiu à prova da disciplina de geografia. "A
anulação foi decidida pela UFPA, por mérito de lisura e por um
exercício de prudência. A instituição já está apurando e tomando
as medidas cabíveis no âmbito jurídico e administrativo."
Fonte:http://vestibular.uol.com.br/ultnot/2009/11/26/ult798u25431.j
htm, acesso fev/14
Agora a mesma universidade que os obrigou estudar geografia por doze
anos na escola básica quer convencê-los que anular essa prova não altera em
nada o vestibular. Nem preciso dizer que muita gente para ingressar em cursos
de exatas e engenharia depende até desesperadamente da sua média nessa.
Só um trecho de notícia diz tudo
ESTUDANTES VÃO ÀS RUAS E PEDEM ANULAÇÃO DO PSS
Blog Espaço Aberto, 27/11/ 2009
Os estudantes de cursinhos de Belém voltaram a interditar uma via
pública de Belém, ontem, e prometem repetir o ato hoje, a partir
das 13h, na avenida Magalhães Barata, para pressionar a
Universidade Federal do Pará (UFPA) a anular toda a primeira fase
do Processo Seletivo Seriado 2010 (PSS). Eles alegam que a
anulação da prova de Geografia não foi suficiente para dar
credibilidade ao restante do material.
Fonte:http://blogdoespacoaberto.blogspot.com.br/2009/11/estuda
ntes-vao-as-ruas-e-pedem-anulacao.html, acesso fev/14
Duas manchetes mostram os paços do MPF nessa valsa macabra.
MPF DESCARTA ANULAÇÃO DE VESTIBULAR DA UFPA, Diário do
Pará, 03/12/2009,
Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-70273-
MPF+DESCARTA+ANULACAO+DE+VESTIBULAR+DA+UFPA.html,
acesso fev/14
MPF APÓIA ANULAÇÃO DO VESTIBULAR DA UFPA
Blog Espaço Aberto, 8/12/2009
Fone:http://blogdoespacoaberto.blogspot.com.br/2009/12/
mpf-apoia-anulacao-do-vestibular-da.html, acesso fev/14
Antes era contra anular porque a universidade era e depois ficou a favor
pela mesma razão. E não tive qualquer surpresa por isso, dado que, por tudo
que tinha vivenciado uma pergunta ficou clara: haveria alguém dentro do MPF
com ascendência suficiente para que nada envolvendo UFPa fosse sem
sua anuência?
Note que falo apenas de ascendência, coisa que se faz sem precisar
assinar nada, o melhor mesmo é não deixando rasto algum. Por causa dessa
dúvida, um ¨passarinho¨ me indicou uma portaria da ditadura em que constava
uma série de nomeados como docente colaborador da UFPa, cujo núcleo
principal era dos que exigiram meu reexame de sanidade mental. Mas não só,
havia um nome que eu conheci do MPF. Cruzei esse nome do MPF com de
conselheiros da reitoria e não deu vazio. De fato, concluindo este, pelo que
venho mostrando aqui, isso é desnecessário, pois o mais importante,
mentalidade de todos esses, foi universidade pública que construiu e ninguém
cria cobra para ser mordido por essa. [73-79].
DIGRESSÕES
NÃO SE SABE MÉTODO SIMPLES PARA DESMOBILIZAR HORDA
¨Todas as pressões que se sente dentro das
Universidades Brasileiras são públicas, e como
tal devem tornar-se do conhecimento do povo
porque de outra forma nuca (nunca) se vai
conseguir nada. Nós, universitários, é que
devemos tomar a frente da luta.¨
Sandra Moraes Leite, irmã do estudante
assassinado em sala de aula da UFPA [80]
Sempre deixo, se quiser, ao leitor tirar suas conclusões globais e fazer
outras pesquisas. Achando necessário mais informações da minha parte é só
pedir por e-mail. Aqui usarei com mais veemência o fato deste estudo não ser
produto de financiamento específico, público ou privada, avisando que para
efeito geral isso quase não faz diferença substancial, de qualquer forma docente
de pública precisa da anuência, votos de algumas instâncias institucionais. E
nos votos já estão implícitos, alguns vezes acordado mesmo, que certas frases,
fatos e construções não constarão ou serão omitidas, alguns por medo mesmo,
fora do já sabido que a sua mentalidade não alçaria.
Inclui-se nesses votos o poder de fazer por ética e moralidade pública o
que for necessário. Por exemplo, tal pedido de autorização para atuar fora do
estritamente da sala de aula, nem por vezes nisso, só se aplica ao que não tiver
sua turma, quando pode até mesmo estando em regime de Dedicação
Exclusiva, ministrar aula em rede privada sem ser importunado ou quando for,
aparecendo em relatório de órgão de fiscalização, ser defendido e assegurar
que nada lhe aconteça, como quase nunca aconteceu. Por óbvio, quem não for
da turma, uma simples palestra na rede privada de divulgação científica é
tratada por vandalismo da universidade pública.
Tenho por hipótese que a função docente é produzir e disseminar
conhecimento, sem necessariamente omitir suas opiniões pessoais, as quais
precisam ser apartadas desses sem interferirem em processos fundamentais,
como no avaliativo. Sem dúvida que isso visa mobilização social de forma
crítica, revendo e reconstruindo algumas posições, o que torna educação
perigosa para toda forma de poder excrescente, pois essas prescindem
mobilizar hordas, a qual se move pelas razões que o poder lhes impôs, por
servilismo e pelo assassinato do poder de crítica, porquanto, má educação é sua
chama mais viva.
Assim, e até agora fazendo alguns contrapontos mais fortes, revisitarei a
maioria desses fatores, trazendo outros episódios, tendo agora como foco
central a dita redemocratização e correlacionando com fatos mais atuais da
formação docente e ensino da matemática. Lembrando sempre nada ser
acidental, mas parte de um conjunto cuja pesquisa é bloqueada pelos processos
de diplomação das públicas, geradores de omissão, perseguições e se
enquadram no caso de haver apenas um exemplo protegido, tais quais
cadáveres da ditadura, por impunidade, ação de horda e má formação, já se
classifica por nefasto à educação. Portanto, tese aqui, tais quais da fase mais
horrenda ainda velem em silêncio verdadeiras bestas humanas, assassinos frio
e escabrosos, a dita redemocratização preservou nas públicas até as
mentalidades mais insanas.
Sem dúvida certas influências de mundo não cessaram, por isso um trecho
de entrevista atual nos faz lembrar uma velha conhecida em tudo isso (g.n):
Curiosamente, no índice mais difundido em nível global sobre
corrupção, o da Transparência Internacional, se apresenta um
panorama exatamente oposto, ou seja, o mundo desenvolvido
sofrendo nas mãos do mundo em desenvolvimento por causa dos
estragos da corrupção. Qual sua opinião sobre esse índice?
Jason Hickel: Ele tem uma série de problemas. Em primeiro lugar, se
baseia na percepção da corrupção que há no próprio país. De
maneira que os pesquisados não podem dizer nada sobre o que
pensam acerca de outros modos de corrupção como, por
exemplo, os paraísos fiscais ou a OMC. Em segundo lugar, como o
índice mede mais percepções do que realidades, está exposto às
narrativas dos departamentos de relações públicas.
A narrativa dominante é promovida por um complexo de
organizações, desde o Banco Mundial até a USAID e passando por
muitas ONGs, que centram o tema da pobreza na corrupção dos
próprios países em desenvolvimento. De maneira que não
surpreende que os entrevistados terminem refletindo essa visão.
Além disso, os índices se baseiam em dados de instituições como o
Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial. Estas instituições, que
representam países ricos ocidentais, tem interesse direto em manter
essa narrativa sobre a corrupção.
Fonte: SONEGAÇÃO DOS RICOS É 25 VEZES MAIOR QUE
CORRUPÇÃO NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, Marcelo Justo,
Tradução: Marco Aurélio Weissheimer, 25/02/2014,
ww.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Sonegacao-dos-ricos-
e-25-vezes-maior-que-corrupcao-nos-paises-em-
desenvolvimento/7/30342, acesso fev/14
No início do golpe de 64, lembremos, fora o desastre geral em educação,
havia um quantitativo ínfimo de vagas no ensino superior, o Problema dos
Excedentes e mais de 80% das matrículas em públicas. A ditadura literalmente
repassou toda problemática para USAID ¨resolver¨, sendo consequentes
transformarem o processo de ingresso no ensino superior numa indústria, pré-
vestibular/ENEM, e a lucratividade dessa praticamente migrar para ensino
superior que, conjuntamente com outras ajudas e subsídios, inverteram tal
índice. Só manchetes e introdução de duas notícias atuais mostram um pouco
disto (g.n):
EM QUATRO ANOS, MAIS DE 1,2 MILHÃO DE UNIVERSITÁRIOS
FECHARAM CONTRATO COM FIES, Julia Carolina, iG São Paulo,
25/02/2014,
Apenas em janeiro, 102 mil universitários se inscreveram; mais do que o
ano todo de 2010. Programa é um bom negócio para universidades
particulares fugirem da inadimplência
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-02-25/em-quatro-
anos-mais-de-12-milhao-de-universitarios-fecharam-contrato-com-
fies.html, acesso fev/14
GOVERNO APROVA CRÉDITO EXTRA DE R$ 2,5 BILHÕES PARA O
FIES
Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/governo-aprova-credito-extra-
de-25-bilhoes-para-fies-11745202, acesso fev/14
Resumo atual do ensino básico, até melhor do sempre foi, é o seguinte
(g.n)
REDE PÚBLICA PERDE ALUNOS PARA ESCOLAS PRIVADAS,
SEGUNDO CENSO, Leonardo Vieira, 27/02/14
RIO - A educação pública no Brasil está encolhendo, enquanto a rede de
ensino privada cresce ano após ano. Os dados do Censo da Educação
Básica de 2013, divulgados anteontem, mostram que o número de alunos
matriculados em escolas particulares subiu 14% de 2010 a 2013,
passando de 7,5 milhões para 8,6 milhões. No mesmo período, a
quantidade de estudantes em instituições públicas recuou 5,8%, caindo
de 43,9 milhões para 41,4 milhões....
Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/rede-publica-perde-alunos-para-
escolas-privadas-segundo-censo-11730917, acesso fev/14
Como se chegou à situação de uma minoria do ensino básico privado
dominar ingresso superior em pública aos ponto de cota para rede pública ser
pensável? E tudo fica pior ainda por rede privada nunca ter tido qualidade que
distanciasse muito de púbica. Porém, esse pouco quando acrescido com pré-
vestibular sempre foi decisivo, posto que, pública sempre ajudou nisso alijando
rede pública tanto via diplomação docente da pior forma possível e mais ainda
com suas bancas de vestibulares praticamente em concluo com pré-
vestibulares.
De fato, a pesquisa no caso Minas, pesquisa da UFMG que tira até sangue
de estudante da rede pública supondo que nota baixa em matemática deriva de
doença genética, mostra que nessas pior do ódio da rede púbica, desenvolveu-
se nessa, porquanto, repassa para formação, uma percepção de que nessas só
haveria imprestáveis que nem piedade merecem. E não se descarta haver em
tais caso até a situação ideal; ser dono de pré-vestibular e chefe de
departamento em pública indicando quem iria fazer parte da banca. Assim como,
não ficarei admirado se algum que tenha participado até historicamente de tudo
isso apareça votando por cota em conselhos; era pregação da turma econômica
do Delfim, quando questionada da brutal concentração de renda do modelo, que
depois de tanto ficarem ricos cansariam disto e distribuiriam riqueza
O que permanece inalterado no ensino superior é o processo de
diplomação, seus métodos e parâmetros, os quais são dentro da mentalidade
dominada pela pública que transpassa tudo para rede privada tanto através do
domínio dos organismos governamentais quanto pelo predomínio em nível de
pós-graduação, capacitando mão de obra docente dessa. E financeiramente
púbica tem garantido o grosso do orçamentário somente pelo ato de matricula
em graduação, sem qualquer fiscalização ou avaliação da qualidade de alguma
validade. Porém, desse total, no máximo, 10% terminando em condições de
acessar pós garante o restante, fazendo com os demais virarem lixe acadêmico,
porquanto, pouco interessa condições estruturais, quase nem se preocupa com
grande curricular e, como já deixei claro, no que deveria ser mais objetiva,
formação docente, sempre tratou isso com desprezo, de categoria reles,
formatando mais os inimigos da escola em que cada formação desenvolve até
preconceitos das demais.
Voltando um pouco ao cerne da questão USAID, não se despreza haver
ideologia de mundo influindo e um caso nisso do ensino da matemática envolve
Amazônia. Pois, talvez com exceção do Brasil, nenhuma outra nação
desconheça do potencial de riqueza, tanto material quanto cultural, que há e
guarda essa região. Por isso, fatos, lendas e teorias conspiratórias no tema
formam um manto espesso com poucas chances de enxergarmos alguma
diferença, o que fez chamar minha atenção do que relatava estudante da rede
básica haver em livro aprovado pelo MEC, Novo Tempo ( Imenes, Jacuko e
Lellis, editora Scipione, vol 4, pág. 148, virou tema na minha pesquisa.
O pretendido era ensinar a conta 8,5 – 4,0 na 4ª série primária, o que exige
uma boa maestria. E para compensar a quase absoluta falta disto, coloca-se um
texto, denominado Matemática e Meio Ambiente, no qual se informa que a
dimensão do Brasil é de 8,5 milhões quilômetros quadrados e da Amazônia, em
1970, era de 4 milhões quilômetros quadrados.
Ou seja, o induzido na conta era tirar a Amazônia do Brasil. E o que esse
dizia ter solução para esse problema que o livro estava propondo: nesse tópico:
¨DE ACORDO COM O TEXTO, A ÁREA DO BRASIL PODE
SER DE 4 MILHÕES DE QUILÔMETROS QUADRADO? E
PODE SER DE 8 500 000 QUILÔMETROS QUADRADO?
POR QUÊ? ¨
Portanto, uma construção absurda, crime de Lesa-Pátria, ao questionar a
área do Brasil e que levava estudante da Amazônia fazer por escolha um Brasil
sem a Amazônia, Enviei e-mail pedindo providências à editora, autores já
fizeram por achar isso lindo, Comissão Nacional do Livro Didático e Gabinete do
MEC, sem que nenhum tomasse qualquer providência. Encaminhei ao MPF-DF
e precisei fazer recurso, Representação nº 1.16.000.001323/2007-80 - Contra
Promoção de Arquivamento 27/2007-PRDF/MPF/PP, dado que, o MEC mandou
advogado defender, e procurador foi convencido, de que isso é que qualifica
educação para rede pública, dado que, rede privada tende usar como texto os
que não foram aprovados pelo MEC.
Como sempre, esse é apenas um dos exemplos de aberrações em livro
didático dito de matemática que o MEC distribui na rede pública, no relato ao
MPF há outros, este é por referência. Pois não vendo gravidade nesse não
haverá nada mais que possa achar imprestável. Sendo mais uma prova do
desprezo pela educação pública e da redemocratização recrudescendo para
pior.
E embora sejam imponderáveis atos dos degeneradas que agiam nos
porões da ditadura, por outro fator que podemos dizer de mundo, discriminação
de gênero, as ações contra mulheres presas aguçam as mais profundas
torpezas desses e alguns relatos disto constam em [83-84]. E o específico em
matemática nisso ainda é pouco estudado, sendo a matemática e professora da
UFRJ Maria Laura Mouzinho Leite Lopes, 13/05/1952-20/06/2013,
http://www.abc.org.br/~mlmll, acesso març/14, uma que foi demitida e exilada.
Não ser pesquisado não quer dizer não ser atualmente presente, como mostra
esse trecho de artigo (g.n):
¨Recentemente, uma colega, aluna do doutorado em
Matemática ¨pura¨, em tom de lamento, contou-me
que seu professor disse a ela e às suas colegas, todas
professoras universitárias: ¨se vocês não entendem
nem isto, então vão vender Avon¨
Fonte: A CRÍTICA AO ENSINO DA MATEMÁTICA, Marisa
Rosâni Abreu da Silveira, AMZÔNIA – Revista de Educação em
Ciências e Matemática, V.2-n3-jul.2005/dez.2005, V.2-n.4
2006/jun.2006,
www.ppgecm.ufpa.br/revistaamazonia/vol_02/v02_p01.pdf,
acesso maio/13
Portanto, isso é fruto de mentalidade abjeta de degradação dos valores
humanos presente em processo de diplomação que se aprofundaram na fase
cruel da ditadura, via mobilização de horda, ampliado ao longo da dita distensão
para que nos tempos ditos democráticos agir denegrindo pessoa como se
tivesse prestando favor. Lembrando que isso é em nível de doutorado, portanto,
fica até impensável em nível de graduação quando, fora de meia dúzia ou
menos, consideram por lixo acadêmico.
É hora do mais duro a ser feito, pois [85-88] são leituras fundamentais para
que se veja como agiram por todo o institucional normatizando e legalizando até
crimes horrendos; construindo processos e parâmetros ¨éticos¨ e ¨morais¨ em
condições de legarem apenas uma ¨democracia¨ provisória, recheada de
ameaças e pavores, fortemente propensa em futuramente ficar pior. E acuso, até
residindo nisso grande parte do consenso que se estabeleceu, que na tal
abertura lenta e gradual incluía o que chamo de ¨Democracia de horda¨;
verdade e indivíduo são anulados para prevalecer por ¨verdade¨ o que tenha
subjacente uma horda; mobilizável em situação abjeta e possível de contaminar
quando há como pano de fundo corrigir distorção social.
Assim, não obstante do quanto universidade pública já contribuiu com o
Brasil, nunca houve no panorama nacional ente mais responsável na detecção e
combate dessa absurda fragilidade institucional. Porém, acresceu o que já
estava no macro via a dita Autonomia Universitária e sua própria versão da
¨Democracia de horda¨. Como é verdade, já vinha de ante precisando apenas
ao general-reitor não mais do que um docente em cada departamento, pois
como tudo sempre dependeu de votação, este anularia os demais por
convencimento, medo, omissão e mobilizando horda. E o mais importante: sem
qualquer processo posterior de contestação disto a saída de cena do
reitor-general aprofundaria tudo mais ainda, posto que, esses herdariam
para si os poderes desse e cumpririam o desejo maior da ditadura de fazê-
la chocadeira dessas mentalidades. E nisso todas vertentes políticas
preponderantes do seu interior e as que construiriam estava(ria)m de acordos.
O símbolo maior disto dentro de pública sempre foi ascensão funcional,
para qual além de reverterem o moralmente possível, o institucional avaliar,
portanto, sem interferência dos pares, precisa que o interessado arregimentar
votos, porquanto, prescinde compactuar ou pior, calar-se até antes aberrações,
como mostrei aqui nos vestibulares, caso até de submeter ao degradante, que,
obviamente, quem se submete por formação acha tudo normal.
Exemplifico para ser mais objetivo. Docente com bolsa pesquisa de órgão
fomento, publicando em revista indexadas e cumprindo suas obrigações com
docência, não cabe pares discutir sua ascensão funcional. Toda energia e
dispêndio institucional de tempo precisará para o que perder essa por ter
trabalho despublicado por plágio, pois terá que devolver o que ganhou em
função disto e até repor disciplinas de graduação que deixou de ministrar e até
punições piores. Não é perigoso o quanto um mal caráter plagiador pode fazer
para mobilizar horda e obter o que lhe for favorável dentro dos seus pares, que
de fato é o único poder reinante?
E mais do que óbvio, finalizando tudo, departamento que aprovou por
unanimidade pedido de reexame de sanidade mental, como foi o meu caso,
independentemente do resultado disto, não tem mais moralidade pública para
votar mais nada relacionado com esse, ascensão, participação em congresso,
projeto, etc., quando menos, como provei no caso, tudo foi fruto de uma horda
que imoralmente sempre compactuou até com as piores safadezas, quiçá até
produziram, que faziam parte do vestibular. Quanto menos que depois de
mobilizada essa se automotiva, espalha-se por todo o institucional, e passar
atuar por outros meios sem qualquer perspectiva de r extinção. Porquanto, o que
ainda falta, é Justiça do Trabalho entrar em histórias como essas, pois tenho
conhecimento de ter atuado em tais situações.
REFERÊNCIA
[1] TURNO DA FOME CONTINUA EM 17 ESCOLAS E ATINGE MAIS DE 6 MIL
ALUNOS DE SP EM 2014, http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-12-16/turno-
da-fome-continua-em-17-escolas-e-atinge-mais-de-6-mil-alunos-de-sp-em-2014.html,
acesso Fev/14
[2] ALUNOS DA CAPITAL PAULISTA AINDA ESTUDAM EM ESCOLAS DE LATA, Do G1
São Paulo, 07/05/2013, http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/alunos-da-capital-
paulista-ainda-estudam-em-escolas-de-lata.html, acesso Fev/14
[3] ALUNOS DO CAMPUS PRAIA VERMELHA DA UFRJ TERÃO AULAS DENTRO DE
CONTÊINERES. MOBÍLIA PODE NÃO CHEGAR ATÉ O INÍCIO DAS AULAS, Extra
Online, 27/02/12,
http://extra.globo.com/noticias/educacao/vida-de-calouro/alunos-do-campus-praia-
vermelha-da-ufrj-terao-aulas-dentro-de-conteineres-mobilia-pode-nao-chegar-ate-inicio-
das-aulas-4082560.html, acesso Fev/14
[4] INSTITUTO DE EDUCAÇÃO: LEMBRANÇAS DE ANOS DOURADOS, Eduardo
Vanini, O Globo, 05/01/14, http://oglobo.globo.com/educacao/instituto-de-educacao-
lembrancas-de-anos-dourados-11210391, acesso jan/13
[5] O MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA (1932), Revista
HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p.188–204, ago. 2006 - ISSN: 1676-2584,
www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf, acesso jan/13
[6] MANIFESTO PELA EDUCAÇÃO COMPLETA 80 ANOS NA GAVETA, Carolina
Benevides, 18/06/12, http://oglobo.globo.com/educacao/manifesto-pela-educacao-
completa-80-anos-na-gaveta-5237034, acesso fev/14
[7] MANIFESTO DOS EDUCADORES: MAIS UMA VEZ CONVOCADOS (Janeiro de
1959), Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p.205–220, ago2006,
www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc2_22e.pdf, acesso fev/14
[8] BENJAMIN CONSTANT: BIOGRAFIA E EXPLICAÇÃO HISTÓRICA, Renato Luís do
Couto Neto e Lemos, www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/210.pdf, acesso 25/01/09
[9] INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT, www.ibc.gov.br/Nucleus/index.php, acesso
fev/14
[10] BENJAMIN CONSTANT, pág. J. F. Porto da Silveira/UFRGS,
www.mat.ufrgs.br/~portosil/benja.html, acesso fev/14
[11] MONOGRAPHIA DO INSTITUO LAURO SODRÉ, FCPTN,
www.fcptn.pa.gov.br/index.php/d/m-titulos/monografialaurosodre, acesso fev/14
[12] ENTRE A INSURREIÇÃO E A INSTITUCIONALIZAÇÃO: LAURO SODRÉ E A
REPÚBLICA CARIOCA, Freire, Américo Oscar Guichard,
http://hdl.handle.net/10438/6588, acesso fev/14
[13] A IMPONENTE HISTÓRIA DO LAURO SODRÉ, Elyne Santiago, Diário do Pará,
Belém, 30 jul. 2007, Caderno Cidades, p. A-6, http://sib.iesam-
pa.edu.br/downloads/hemeroteca/ciencias_sociais_aplicadas/ARQ/ARQ0745.pdf,
acesso fev/14
[14] BLOG DA ESCOLA LAURO SODRÉ, http://escolalaurosodre.blogspot.com.br/
[15] HISTÓRICO - TJPA, www.tjpa.jus.br/PortalExterno/institucional/Sobre-o-TJ/39-
Historico.xhtml, acesso fev/14
[16] O BRASIL DE JK - EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: O DEBATE NOS ANOS
1950, CPDOC /FGV,
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Educacao/Anos1950, acesso fev/14
[17] HISTÓRICO E ESTRUTURA-UFPA,
www.portal.ufpa.br//includes/pagina.php?cod=historico-e-estrutura, acesso dez/13
[18] O PLANO DIRETOR DO CAMPUS BELÉM DA UFPA, Ximenes, J., Bentes, M.,
Pontes, L., Hohlenwerger, S. e Rodrigues, R.M., xiv encontro nacional da anpur, maio
de 2011, Rio de Janeiro - RJ – Brasil,
www.anpur.org.br/site/anais/ena14/ARQUIVOS/GT1-1294-1106-20110107054555.pdf,
acesso dez/13
[19] QUEM SOMOS NÓS, PROFESSORES DE MATEMÁTICA?, Valente, W. R.,, Cad.
Cedes, Campinas, vol. 28, n. 74, p. 11-23, jan./abr. 2008, Disponível em
http://www.cedes.unicamp.br, www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n74/v28n74a02.pdf, acesso
fev/14
[20] O SENTIDO POLÍTICO DA EDUCAÇÃO DE JANGO, A TRAJETÓRIA POLÍTICA
DE JOÃO GOULART, CPDOC/FGV,
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/O_sentido_
politico_da_educacao_de_Jango, acesso fev/14
[21] ACESSO A UNIVERSIDADE - UMA QUESTÃO POLÍTICA E UM PROBLEMA
METODOLÓGICO, Maria Aparecida Ciavatta Franco,
www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/105.pdf, acesso fev/14
[22] QUALIDADE E EFICIÊNCIA DO MODELO DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO:
UMA REFLEXÃO CRÍTICA, Ronald Braga, DT 10/89, CEC/IPLAN/IPEA/SEPLAN,
NUPES/USP, http://nupps.usp.br/downloads/docs/dt8910.pdf, acesso fev/14
[23] A UNIVERSIDADE PÚBLICA NO BRASIL, Thimoteo Camacho, Revista de
Sociología, Nº 19, 2005, Facultad de Ciencias Sociales - Universidad de Chile (p.100 -
133), www.facso.uchile.cl/publicaciones/sociologia/articulos/19/1906-Camacho.pdf,
acesso fev/14
[24] DEMOCRACIA AMEAÇADA: VIOLÊNCIA SIMBÓLICA, RELAÇÕES
AUTORITÁRIAS E CIDADANIA CIVIL NO BRASIL REPUBLICANO, Marco Antônio de
Souza e Jacqueline oliveira Leão, Revista Expedições: Teoria da História &
Historiografia, V. 4, N.2, Agosto-Dezembro de 2013,
www.prp.ueg.br/revista/index.php/revista_geth/article/view/2157, acesso fev/13
[25] COMO EMPRESÁRIOS, POLÍTICOS, JORNALISTAS E RELIGIOSOS AJUDARAM
A CONSTRUIR O GOLPE DE 64, Marco Aurélio Weissheimer, sinpro/RS,
www.sinprors.org.br/extraclasse/abr13/marco.asp, acesso fev/14
[26] DITADURA BRASILEIRA FORNECEU NOVO MODELO DE GOLPE E DE REGIME
POLÍTICO, Folha de São Paulo, 09/01/2014,
www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2014/01/1395412-ditadura-brasileira-forneceu-
novo-modelo-de-golpe-e-de-regime-politico.shtml, acesso fev/14
[27] 1964: UM GOLPE PLANEJADO POR MUITAS GERAÇÕES DE MILITARES
(PROVADO EM CONCURSOS, HERALDO MAUÉS FOI IMPEDIDO DE ASSUMIR),
Elias Luz , www.jornalbeiradorio.ufpa.br/novo/index.php/2006/45-edicao-36/518-1964-
um-golpe-planejado-por-muitas-geracoes-de-militares, acesso fev/14
[28] 1964: O GOLPE CONTRA AS REFORMAS E A DEMOCRACIA, Caio Navarro de
Toledo/ Unicamp, Rev. Bras. Hist. vol.24 no.47 São Paulo, 2004,
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01882004000100002, acesso fev/14
[29] A UFPA E OS ANOS DE CHUMBO: A ADMINISTRAÇÃO DO REITOR SILVEIRA
NETO EM TEMPO DE DITADURA (1960 - 1969), Edilza Joana Oliveira Fontes e
Davison Hugo Rocha Alves,
http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180305102013258/2873
[30] O LIVRO NEGRO DA USP: O CONTROLE IDEOLÓGICO NA UNIVERSIDADE,
ADUSP, 1979, reeditado como O CONTROLE IDEOLÓGICO NA USP, Coordenação
editorial: Heloísa Daruiz Borsari e Pedro Estevam da Rocha Pomar, 2004,
www.adusp.org.br/files/cadernos/livronegro.pdf, acesso fev/14
[31] RAZÕES DE SOBRA PARA SE CRIAR A COMISSÃO DA VERDADE DA USP,
Camila Rodrigues da Silva, Revista Adusp, Out/201
www.adusp.org.br/files/revistas/53/mat06.pdf, aceso fev/14
[32] USP COLABOROU COM A DITADURA, REVELA DOCUMENTO, Marsílea
Gombata, 20/09/2013, Carta Capital, www.cartacapital.com.br/sociedade/usp-colaborou-
com-a-ditadura-revela-documento-5819.html, acesso fev/14
[37] CNV REQUISITA AO REITOR DOSSIÊ SOBRE DITADURA E PEDE JUSTIÇA
PARA ANA ROSA, Aduspnet, www.adusp.org.br/index.php/correcao/1503-cnv-requisita-
ao-reitor-dossie-sobre-ditadura-e-pede-justica-para-ana-rosa, acesso fev/14
[38] AULAS SOB VIGILÂNCIA E PERSEGUIÇÃO NA DITADURA MILITAR, Juliana Dal
Piva, O Globo, 15/04/13, http://oglobo.globo.com/educacao/aulas-sob-vigilancia-
perseguicao-na-ditadura-militar-8110480, acesso fev/14
[39] FILHA BASTARDA DA USP, AESI DESEMPENHOU DIFERENTES PAPÉIS NA
REPRESSÃO INTERNA, José Chrispiniano, Marcy Picanço e Marina Gonzalez, Revista
Adusp. Out/2004, www.adusp.org.br/files/revistas/33/r33a06.pdf
[40] OS OLHOS DO REGIME MILITAR BRASILEIRO NOS CAMPI. AS ASSESSORIAS
DE SEGURANÇA E INFORMAÇÕES DAS UNIVERSIDADES, Rodrigo Patto Sá Motta,
Topoi, v. 9, n. 16, jan.-jun. 2008, p. 30-67,
www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/topoi16/topoi16a2.pdf, acesso jun/13
[41] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PUBLICOU MANUAL DE ESPIONAGEM EM 1970,
Marcelo de Moraes, O Estadão, S. Paulo,
www.estadao.com.br/noticias/impresso,ministerio-da-educacao-publicou-manual-de-
espionagem-em-1970,299737,0.htm, acesso jun/13
[42] UFRJ CRIA COMISSÃO DA MEMÓRIA E VERDADE, JC e-mail 4764, 09/01/2013,
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EDUCAÇÃO & DITADURA DE 64

  • 1. EDUCAÇÃO & DITADURA DE 64 MATEMÁTICA/SUBCASO UFPA Tese Geral: A DITADURA CRIOU MÉTODOS, PARÂMETROS E MENTALIDADE SOCIAL PARA SE FINGINDO DE MORTA CONTINUAR VIVA, FICANDO VISÍVEIS ATRAVÉS DA FORMAÇÃ EM MATEMÁTICA ¨A mudança do gosto geral tem muito mais importância do que o das opiniões. As opiniões, com as suas provas, refutações, e toda a mascarada intelectual que as acompanha, são apenas os sintomas de uma mudança do gosto, e não, certamente que não, aquilo por que são ainda geralmente consideras: as causas dessa mudança do gosto. Como é que vai se mudando o gosto geral? Devido ao fato de particulares pessoas poderosas, e influentes, pronunciarem o seu hoc est ridiculum, hoc est absurdum (isto é ridículo, isto é absurdo), quer dizer, o veredicto dos seus gostos e desgostos, e os impondo com tirania: submetem assim muitas pessoas a uma obrigação que, pouco a pouco, se torna um hábito para um público ainda maior, e finalmente uma necessidade para todos.¨ Nietzsche, F. (1884 - 1900), A Gaia Ciência POR NASCIMENTO, J. B. ICEN/MAT/UFPA, http://lattes.cnpq.br/5423496151598527 http://www.ufpa.br/beiradorio/novo/index.php/leia-tambem/124-edicao-93-- abril/1189-novo-olhar-sobre-a-matematica E-mail: jbn@ufpa.br, joaobatistanascimento@yahoo.com.br, març/14 EM LEMBRANÇA DOS ESTUDANTES PARAENSES ASSASSINADOS PELA DITADURA DE 64: CÉSAR MORAES LEITE (em 10/03/1980, bloco Fb/UFPA) [80-81] EDSON LUIZ LIMA SOUTO (Belém, 24/02//1950, RJ, 28/03/1968) [82]
  • 2. VERSÃO PARA DIVULGAÇÃO, SEM REVISÃO TÉCNICA E FONTE DE FINANCIAMENTO APRESENTAÇÃO ¨Dentro do ângulo diedro da parede¨ Augusto do Anjos (1884-1914) Atualmente no Brasil qualquer reflexão em educação, o ponto de vista aqui é pública e citado não é pessoal, mas pela função pública, fica presa entre não ter havido antes do golpe de 64 projeto nacional de valor consistente e o escárnio que é supor ditadura ter condições disto, pois esta só pode promover treinamento técnico e adestrar. Enquanto treinamento técnico, com poucas exceções, esvai-se com evolução tecnológica e social., adestramento enraíza, cria ¨gostos¨, ¨valores éticos¨, ¨cultura¨, desenvolve métodos e parâmetros, com os quais podem marginalizar socialmente quem não se disponha aceitá-los, cassar direitos e degradar valores humanos, cuja componente mais forte é sua tendência evolutiva no sentido mais profundo da mediocridade e da torpeza com ações públicas. Esses tópicos permearão minhas abordagens, uma vez que os fatores implantados pela ditadura, quando já se tinha base social absurdamente desigual e racista, nunca foram questionados e reorientados em função da dita redemocratização, dado que, passados mais de três décadas sobram elementos mostrando essa ter sido muito parte de uma orquestração fajuta. Portanto, a tese geral é: A DITADURA CRIOU MÉTODOS, PARÂMETROS E MENTALIDADE SOCIAL PARA SE FINGINDO DE MORTA CONTINUAR VIVA, FICANDO VISÍVEIS ATRAVÉS DA FORMAÇÃ EM MATEMÁTICA Não obstante haver outras contribuições, quase nada conseguiria sem que o conjunto das universidades públicas não houvesse sido cooptado, porquanto, servindo de instrumental que manteria educação presa em torturantes porões. E não se espera haver documentos disto, quase todos sumiram, foram para inconfessos arquivos particulares ou lixo. Além disto, do que mais interessa discorrer, mentalidade, é coisa que se guarda na mente, evita-se ao máximo constar em papel; REGULAMENTO GERAL era público, sigilosas eram interpretações e orientações dadas pelo conselho do general-reitor. Era só agente-aluno que reitor-general autorizava usar capanga com arma em sala de aula?
  • 3. Portanto, hipótese central, universidade pública é o cerne na construção e formatação da mentalidade social tanto pela prática quando pela omissão de não referenciar do que se distancia e contrapõe. E a sua pequenez de sempre, atualmente cerca de 15% das matrículas em graduação, fazendo-a transparecer inofensiva, é a maior fonte do seu veneno mais letal. Pois, rede privada além de apenas imitá-la, quando lucrativo, não pode ir contra o status quo, pois subsídios e outros fatores fazem essa até mais dependente do governo. Sendo em tudo docência o vetor preponderante para que repercuta inexoravelmente no social e no tempo. Portanto, formação docente literalmente é a chave mestra, realiza de imediato e potencializa tudo para além dos horizontes visíveis em condições de no futuro. Por isso, fica possível até mesmo o que tenha na parte mais profunda da ditadura colocado sua vida em risco ou se projetado como oposição, no presente atuar de forma a ser uma esplendorosa deferência aos seus algozes. Não obstante tais possam defender que não agiu por transmutação da sua mentalidade, mas obrigação do cargo, porquanto, também tese aqui: ESTRUTURAÇÕES DE UNIVERSIDADE PÚBLICA CONTINUAM FUNCIONANDO DENTRO DOS MESMOS PROCESSOS E PARÃMETROS DA DITADURA. Quais são todas? O inegável é que essa captura pela ditatura amplia-se com o processo de ingresso na docência. Portanto, deixo claro que já havia dentro docente ideologicamente dando suporte a golpe, de ambos os lados. E conseguiram até modificar funções docentes, dado que, essa precisava funcionar como correia central de transmissão dos saberes entre universidade e o social. Entretanto isso é bastante bloqueada na direção social à universidade, pois esta impõe-se como detentora e fonte única dos saberes. Eis um dos seus anéis dourados, deformar o papel docente, novamente nada que não tivesse, mas agora cravejado com alguns brilhantes pelo seu idílio com a ditadura. Que isso começou forçado, com chantagem, perseguições, expurgos e mortes, é fato, mas depois essa conquista se processou pelo seu coração, levando até para que se fizesse discurso apaixonante pela efetivação de todos, mesmo sabendo que alguns entraram apenas por amores de general- reitor. Esses e outros bibelôs dados pela ditatura essa ainda hoje garbosamente exibe-os e até se enfurecesse na defesa desses; quebrar tais adereços de pública é mais perigoso do que tirar osso da boca de cachorro doido. Colocados alguns desses fatores, serei mais objetivo através de ações como se fosse matemática. Portanto, levantando pontos em que o ensino desta
  • 4. fica afetado e outros em que nada mais faz do que ser instrumento de manutenção de imposturas da ditadura. Sendo necessário dizer que o conhecimento matemático é de uma importância que desconheço bem tecnológico, portanto, capaz de promover emprego e renda, que não seja fruto desse ou de racionalidades desenvolvidas pelo seu ensino. Novamente, a leviandade com que tratou esse, embora parte do geral com educação, contradiz o discurso de construção de um Brasil tecnologicamente desenvolvido, embora o normal seja ditadura priorizar leviandades. Para efeito de alijamento no ingresso ao ensino superior, como historicamente provo universidade pública ter promovido, Dossiê/Vestibulares/ENEM, é fundamental, além de uma formação docente da pior qualidade possível, falo de propósito institucional, que fatores como livro dito didático dessa matéria que o MEC distribui na rede pública não passe de rebotalhos. Posto que, qualquer deficiência nesse conteúdo terá repercussão no teste de ingresso não apenas nas questões dita de matemática, como ainda em Física, química, dado que, poucas questões dessas podem ser respondidas sem algumas formulações da matemática. Saiba ainda que rede privada quase não sente nada disto por não precisar distanciar-se muito da qualidade da rede pública, porquanto, maximizar lucro, produzir material próprio, outra fonte de renda, e o que ingressa visando lecionar na rede privada, até por questões de ¨metodologia¨, estuda o que precisa por fora ou em ¨estágio¨ na rede privada. Deixo claro que algumas vezes farei relato pessoal, mas não por falta de ter ocorrido fatos similares com outros, porém são de fórum íntimo, pessoais, dos quais não tenho registro com validade pública ou autorização para citar. Com um detalhe: nada fiz para que deliberadamente acontecesse, mas baseado em conhecimento matemático e no exercício do direito de opinião, os quais sempre foram os meus únicos poderes. Entretanto, suas resultantes ocorre(ra)m por sistemática, naturalidade macabra do processo e demanda das estruturas de poder. O exposto mostrará ângulo poliedral de ante da ditadura indo aos prismas atuais, centrado na formação docente em matemática, cuja percepção do seu fim com a dita redemocratização é ilusória. Assim como, algumas luzes transparecendo ser cura para chagas sociais, como certos cursos de públicas pelos os interiores, não foram por educação, mas fruto de deslavada politicagem querendo confinar no tempo e no espaço um amplo espectro social. Fato esse ampliado por mentalidade desenvolvida na ditadura, dado ser característica dessa a fragmentação, isolamento, do social, em todos os seus aspectos.
  • 5. Isolado, cada indivíduo ou grupo terá conhecimento do tanto que lhe for dosado, enquanto conhecimento de fato só tem valor se social e igualmente construído e amplamente disseminado. Tentado ser mais didático dividirei esta exposição em tópicos. Em tudo não ¨existe¨ coisa como racismo, posto que, ninguém precisa agir objetivamente assim havendo sistemáticas ¨legais¨ que produzem isto. Um leve assopro na direção da pobreza mata negros em quantidade capaz de saciar a fome mais premente de racista. E LEVES RUÍDOS NOS CONFINS DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PODEM ESTOURAR TÍMPANOS NO PRESENTE LEVE PANORAMA EM EDUCAÇÃO PÚBLICA PRÉ-64 E CORRUPÇÕES DOS SEUS VALORES ¨Como um ruído de chocalhos Para além da curva da estrada.¨ Fernando Pessoa (Lisboa, 13/06/1888, 30/11/1935) Educação possui qualificantes que guardam rigidez com a função maior de sobreviver aos piores infortúnios que venham abater até mesmo uma nação. Por isso, ao mesmo tempo que tal rigidez implica haver sem que possa ser violado impunemente, prescinde que seja com o máximo de naturalidade, ficando quase imperceptível, pois isso será o seu meio de sobrevivência. Tal preceito diz que docente quando faz política partidária isso tende logo ao fanaticamente partidário. E entre o prestável e não em educação, aparentemente, naturalidade seja elo mais visível. Entretanto, o prestável dispensa argumento; simplesmente acontece; não precisa de elogio; dispensa muitas leis, etc., enquanto o que não for precisa de uma montanha de argumentos, obviamente falaciosos; elogios descarados, cínicos, alguns até por pura obrigação; de horda que não medirá esforços, até promovendo perseguições das mais abjetas; de engendrados pacotes de leis, etc., para que suas ¨verdades¨ prevaleçam. O exemplo é bem claro: não se faz neste país estruturalmente por escola pública quase nada que
  • 6. não seja espelunca. Por óbvio, as leis dizem ser escola, mas criar porco nas mesmas condições dificilmente órgãos, como Vigilância Sanitária, e com toda razão, aprovariam. [1-3] Do anterior ao golpe de 64, escolas normalistas são de relevância educacional, [4], embora mergulhadas no preconceito de gênero, dado que, eram direcionadas para mulheres, em função de alguns valores – destaco dois principais - que essa narrativa mostrarão sendo corrompidos, degradados: - O curso era apenas parte de um encontro. Concretamente isso seria na escola, atuando em conjunto no interesse da educação, profissionalmente, portanto, relevando suas vaidades e preservando suas individualidades; e - O diploma era apenas a parte mais simplória, pois o aprender, e verdadeiramente, seria uma constante. Cada aula precisava ser elaborada; tinha que ser diferentemente melhor; tinha que ser inovada. Dois atos politicamente significativos no tema nesse período foram O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, 1932, [5,6], em plena ditadura Vargas, portanto, inócuo, e o Manifesto dos Educadores, 1959, [7], motivado pelo fracasso do anterior e compondo uma história tal qual. Em termos de formação docente em ensino da matemática, pesquisa é quase outra história, é notável ação empreendida por Benjamin Constant Botelho de Magalhães, 1836-1891, [8-10]. Pois, só o título de trabalho seu, Memória sobre o Tema das Grandezas Negativas (1868), demonstra preocupação com ponto espinhoso, os hoje Problemas de Transposição Didática, do ensino básico, como o que leva produto de inteiros negativos ser positivo. E sendo ele um dos Patronos da República era esperado essa ter preocupação com o ensino da matemática, o que não se registra. Há no ideário de Benjamin Constant o preceito de desenvolvimento baseado em educação tornando imprescindível escolaridade básica, cujo conceito é escola integral, atualmente mais transmutado para ser apenas tempo. Isto é, além dos conteúdos que formatavam base do desenvolvimento tecnológico clássico, dava-se o mesmo com os que atendem à diversidade humana, tais como: música, pinturas, esportes, etc. e ainda ofícios técnicos. Um exemplo disto empreendeu ex-aluno seu, o Paraense Lauro Nina Sodré, (1858-1944), um dos pioneiros paraenses com formação específica em matemática, primeiro governador republicano do Pará, representante Constituinte eleito pelo Congresso Constituinte do Pará, Governador eleito (1916), Senador três vezes pelo Pará e uma pelo Distrito Federal. Sendo
  • 7. histórica longa, [11-13], eis um resumo: inspirou a que ficou conhecida em Belém-Pa por Escola Laura Sodré (Em Moju-Pa há outra com o mesmo nome) seguindo esses parâmetros, estruturalmente até com alojamento. Esse foi ao longo do tempo sendo subtraído em funções, espaço e em conservação. No começo deste século, funcionando como escola comum, os estudantes foram às ruas em função de precariedades na conservação do prédio. Foi bolado um plano: fazer outro prédio, colocar placa: Escola Lauro Sodré, [14], deletar seu histórico, reformar o velho prédio e transformá-lo em Palácio da Justiça, [15], dado que, só a qualidade do piso seria coisa inconveniente para aluno da rede pública. Pior ainda: ao lado ficou outra escola pública, estruturalmente espelunca, E. E. Albanizia de Oliveira Lima, e colocaram cerca eletrificada por cima do muro entre os dois prédios. Um pouco mais dantesco: tempos depois, alunos dessa tiveram que ir às ruas, pois estavam querendo, não sei do desfecho, espaço da quadra de esporte para fazer estacionamento para o pessoal... da justiça. Já tinha havido o pior: o prédio fica em avenida das mais movimentadas de Belém, Almirante Barroso, e além da citada ao lado, há outras escolas públicas próximas, do mesmo lado e oposto. Havia passarela e a primeira providência exigida pelos novos inquilinos do prédio do judiciário foi retirá-la ou o pior: não cumpriram o seu dever mais elementar: defendê-los dessa desgraça. A qual processo, fora diplomação em nível superior, podemos responsabilizar por concepção tão canhestra de Justiça? Quais são todos os fracassos semelhantes desse? Que a ditadura tenha aprofundado não surpreende por ser da sua natureza. Como poderia ter se prolongado se essa tivesse de fato sido extirpada? Aviso: não é simplório achar ninho de serpente, todas protegem todos como se fosse seu, essa faz questão até parecer ficar longe disto, visita-o só no estritamente necessário e não sai desse por onde possa deixar rasto. Ou seja, quais foram todos os reitores-generais, os verdadeiros reitores de pública durante a ditadura, que comandava via serviço de informação? Quais eram todos os seus soldados? Como eram recrutados? Quais eram suas armas? E dos governos antes do Golpe de 64, considerando central nisso educação básica, nenhum foi superior do ocorrido no de Juscelino Kubitschek. Um resumo denso deste de [16] é o seguinte (g.n):
  • 8. ¨O governo deJuscelino Kubitschek ficou consagrado na memória política brasileira como um governo democrático, empenhado em levar o desenvolvimento a todo o território nacional. "O Brasil, dizia, estava condenado a ser grande – era questão de tempo", escreve Cláudio Bojunga no livro JK: o artista do impossível. Pois é intrigante que um governo com esses compromissos – democracia e desenvolvimento - tenha desenhado um grandioso Plano de Metas em que a educação ocupava um lugar tão subalterno. O setor de educação foi contemplado com apenas 3,4% dos investimentos inicialmente previstos e abrangia uma única meta. Formação de pessoal técnico era a meta 30, que prescrevia a orientação da educação para o desenvolvimento e não falava em ensino básico¨ Portanto, fica visível que o ideário agora é ser possível desenvolvimento sem educação básica, pervertendo o que estava proposto, pelo mesmo numa parte, na fundação da República. Assim, esse é aviltantemente excludente. Além disso, dado que foi esse o governo construtor de Brasília, nada disto foi por falta de recursos, sendo uma questão de reflexão, já que essa não é obrigada limitar- se ao já consumado, como seria o Brasil hoje se toda essa energia política e recurso houvessem sido em favor da educação básica. E mais: quantas e quais chances semelhantes já foram desperdiçadas? Por quê? A construção de Brasília simboliza do que é possível acontecer. Na sua história pouco aparecerá mais de dois com nível superior, debitando-se o mais a mão de obra de candango. Já da corrupção, quem tentou falar disto lançou palavras ao vento, pois citar números num país de desnumeratizados é arriscar passar por tolo. Para politicagem fizeram, mas para uso nas suas construções de poder, chantagem, servindo para que depois se faça até mais e ainda usar isso como justificativa. Porém, o mais forte na construção de Brasília sempre foi à concepção ideológica, porquanto, seus ruídos ocorreram no séc, XIX, de que a localização mais central e vistosa da estrutura era fator de melhoria das ações governamentais. É por isso que, em universidade pública, pesquise, o esforço maior é para construção de prédio para reitoria e similares, depois, se sobrar, é que será com sala de aula, quando corrupção nunca espera, pega o que puder o quanto antes e arma o que poderá render mais. Um dado de interesse é que corrupção, ao contrário do roubar pura e simplesmente, isso é o grande final, é sistemática, cria métodos e parâmetros,
  • 9. portanto, quem alimenta mais processo corrupto não necessariamente tem benefício imediato, pega algumas migalhas. E o mais útil em tudo é o que siga os seus parâmetros o mais inocentemente possível, pois, há grandes chances desse pagar realmente por tudo, deixando os demais impunes. Se quiser, faça um estudo para saber quais de fatos pagaram pela roubalheira no caso Sudam, e diversos outros. Seguindo o aqui proposto, vejamos universidade pública entrando nisso. Note que a construção de Brasília foi fácil naquilo que dependia de mão obra barata. Porém, até o esmero em tudo dizia ao candango que nada disto seria para usufruto dos que tivessem o mesmo nível de escolaridade do seu. De fato, o proposto já dizia ser para gente com nível superior, ideologicamente transmutando para ser de raça superior, que poderia factualmente fazer o melhor pelo Brasil. Obviamente, esse não teria salário do nível de candango, mesmo que em mármore importado, ainda se sentiria pisando no inferior ao que mereceria e quantitativamente sequer havia no Brasil tanta gente com diploma de nível superior para tanto espaços, portanto, muitos estavam sendo construído para ficarem ociosos por várias décadas. Tanta contradição só rende politicamente se o ilógico atuar. E foi o que aconteceu. Pois, em termos de investimento em educação básica, como se mostrou, o governo JK manteve o sempre historicamente pífio, mas é um dos recordistas, não vejo como isso não ser mundial, na criação de universidades públicas. E como nasceu UFPA é, sem exceção, o modelo adotado, como descreve esse trecho de [17], complementado como que há em [18] (g.n): ¨A Universidade do Pará foi criada pela Lei nº 3.191, de 2 de julho de 1957, sancionada pelo Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, após cinco anos de tramitação legislativa. Congregou as sete faculdades federais, estaduais e privadas existentes em Belém: Medicina, Direito, Farmácia, Engenharia, Odontologia, Filosofia, Ciências e Letras e Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais.¨ O ilógico começa operar quando deveria ter sido depois de uns anos de construção do campus, já que tramitação de projeto não levanta um tijolo. Vale muito uma pesquisa para saber como curso privado entrou nisto, por quais
  • 10. interesses e custos. Portanto, o feito foi nomear alguns cursos isolados de Universidade Federal do Pará. O que consta em [18] é um histórico da construção do campus no período da ditadura, sendo que alguns desses, como é o caso do curso original de medicina, continuam tão isolados quanto nessa criação, fev/14. Voltando um pouco, é fato, que o fim da Segunda Guerra tinha aberto outra que ficou visível na divisão do espólio nazista. Qual seja: a guerra tecnológica. O mundo girava praticamente entre duas opções, sem que houvesse espaço intermediário politicamente razoável, cuja palavra de ordem mais veemente era formação superior. E o menos evidente acontecimento nisso é o que se pode chamar de matematização dos saberes. Ou seja, quase todos os saberes estavam sendo codificados via concepções matemática, dos mais evidentes, como computador, até fenômenos sociais, espalhada por diversos pontos, porquanto, em diversas formações. Um ponto pesquisável dessa matematização no Brasil são os conteúdos curriculares do ensino básico, o científico da época, e de Engenharia, buscando refletir o movimento das polarizações política, quando nesse ponto as duas não se distanciavam muito. Posto que, fora situações pontuais, não havia, menos ainda nesse nível, o que se poderia chamar de matemática americana ou soviética. Entretanto, não há sinais de nada correspondência em políticas públicas de formação docente em matemática para atender esse incremento. Mais disto em [19] O mais palpável é que esse fenômeno, portanto, contrário ao logicamente concebível, forçava por formação específica, dado que, o ensino da matemática era praticamente feito por engenheiro que autodidaticamente se especializava nos seus conteúdos. Ou seja, enquanto os conteúdos nos programas estavam próximos dos dessas potências, quantitativo e nível da formação docente em matemática estavam em praticamente zero. E por mais incrível que nos possa parecer, ante esse nível desastroso que estava submetida escola básica, um problema que começava ganhar força política, porquanto, agora quase todas as vertentes políticas estão de acordo, é o que se passou denominar de ¨Problema dos Excedentes¨: os que ficavam fora do ensino superior por falta de vagas. Naturalmente, concebia-se que estavam preparados para fazer curso superior, mas excluídos por falta de vagas. Um quadro disto consta em [20] (g.n) : ¨O número de alunos das universidades brasileiras vinha se
  • 11. expandindo enormemente nos últimos vinte anos. A partir dos anos 1940, o crescimento da matrícula no ensino superior foi vertiginoso: 152,8%, de 1940 a 1951; 78% de 1951 a 1960, e 57%, de 1960 a 1964.¨ Lembrando que pequeno acréscimo em valores ínfimos pode produz percentual imenso. E fica como pesquisa, buscar os dados populacionais da época, todos esses atuais, e compará-los. Nisso salta aos sentidos o ocorrido de 60 a 64. Nesse tocante, como já disse, o governo JK nada acresce em termos de vagas, fora rearranjos na dimensão das turmas. O caso UFPA até acirra mais quando esse faz festa pomposa no Teatro da Paz em Belém de inauguração sem qualquer aumento substancial das vagas. [20] nos traz ainda um quadro na vizinhança do golpe de 64 (g.n) ¨Pelos dados do IBGE, quando Jango assume a presidência, em setembro de 1961, encontra um Brasil com 70.779.352 habitantes, 39,5% de analfabetos, distribuídos nas faixas de 15 a 69 anos. Da população estudantil, 5.775.246 alunos estavam matriculados na rede do ensino primário, 868.178 no ensino médio, 93.202 no ensino superior e 2.489 nos cursos de pós- graduação. Esses dados revelam claramente a extensão do afunilamento da estrutura educacional brasileira: menos de 15% da população estudantil do ensino primário passava para o ensino médio; quase 2% da rede primária chegavam ao ensino superior e apenas 0,5% à pós-graduação!¨ Nesse contexto ganha intensidade movimentos de educação de base, alfabetização, centrado em Paulo Freire (19/09/1921-02/05/1997) e talvez o único fato concreto que ferveu os ânimos nas universidades, obviamente dos ainda indecisos, em favor do golpe: medidas administrativas do governo João Belchior Marques Goulart (01/03/1919 – 6/12//1976) impondo universidade pública absorver excedentes pelo aumento de vagas nos cursos, mas sem que houvesse correspondente contratação docente e aumento nas verbas. De fato, desde sua mais tenra vivência que universidade pública brasileira colocara em si
  • 12. um colar de pérolas chamado Autonomia Universitária que dificilmente perdoaria a quem ou o quê arranhasse uma só dessa, sem plena anuência dos seus donos do momento. Mais em acesso ao ensino superior consta em [21-23]. DITADURA DE 64 – FAZER PIOR DO QUE SE FEZ EM TEMPO DEMOCRÁTICO SEMPRE FOI ATÉ O ESPERADO. OS VELHOS DE BRASÍLIA SE ETERNIZANDO ¨Janta hidrópicos, rói vísceras magras¨ Augusto do Anjos A pregação de que o golpe de 64 foi obra apenas de um bando tresloucados de milicos, porquanto tudo cessaria com a retirada desses, assim como universidade pública seguiria leito diferente com o simples retorno do reitor-general ao quartel, é mentalidade fermentada mais no meio acadêmico [24-28]. Por isso pontuei do ideário de Benjamin Constant por ser representante de corrente do meio militar com historicidade de influir nisso. E episódio que merece atenção é que quando Deodoro da Fonseca (RS, 05/08/1827 - RJ, 23/08/1892) perpetrou golpe militar, Lauro Sodré foi o único governador que ofereceu resistência, cabal e firme. Portanto, fica visível haver, pelo menos, duas correntes militares diametralmente opostas. Até que ponto e
  • 13. como isso evolui até o golpe de 64, desconheço. Porém, a própria estruturação do golpe, talvez única no mundo, em que haveria periodicamente eleição entre eles para determinar o que chamariam de Presidente, prova do não consenso em alguns sentidos. Chama atenção o que se tem feito para calar os militares que se opuseram, resistiram, foram perseguidos e mortos pela ditatura, sem haver aderido às ditas esquerdas. Esses quase não sendo objetos de pesquisa e menos ainda de mídia. Para educação todas as vozes interessam, guardam a mesma relevância, pois o que se quer é aprender. E não existe aprendizagem quando já se delimitou a priori o quanto e como se deve saber. Esclareço que, relevante aqui, considero como atentado ao educacional haver escola básica exclusiva para filhos de militares. Nesse caso, divirjo mais profundamente por ser triste uma criança ir à escola usando indumentária e submetida a regimento militar. Ou seja, isso atenta contra o direito elementar da construção de uma Nação que é todo ter escolarização básica o mais próxima possível, deixando tais opções a ser feita com liberdade, maturidade e discernimento mais aguçado. E em termos de aplicação de recursos públicos da educação, no mínimo, fica necessário repensar o dito sistema SS, Senai/Sesc e escolas ditas de aplicação de universidade pública. Isso não significa defender exclusividade da educação pública. Não sou contra iniciativa privada, apenas misturar isso com o público e até o público lhe favorecer. Ou seja, rede privada deve pagar imposto como atividade econômica e o sistema público não fará o que lhe beneficia, dado que, por exemplo, se rede pública paga uma miséria como se fosse salário docente, não tem nem moral para exigir diferente da rede privada; se poder público coloca espelunca como se fosse escola, rede privada pode colocar pardieiro como fosse o mesmo. Para ser mais claro, defendo que um fator mínimo de união nacional é escolarização básica, até ensino médio e formação técnica deste nível, qualificada de tal forma que nenhuma estruturação de poder que chegue ao mando do país tenha como destruir com facilidade, negligenciar e ainda, se for o caso, ter como se proteger. Dado o golpe, um pouco no caso UFPa consta em [29], três universidades
  • 14. públicas merecem destaque [30-50]: - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – USP – por ser o maior celeiro intelectual não escaparia de ataque, enquanto por ser Estadual se pensaria isto fosse capaz de postergá-los. Porém, o histórico é claríssimo em mostrar antecedentes de processos com caráter ideológico de perseguição, assim como, houve seu próprio golpe, dado já haver processos preparados contra docente e estudante, com votos arregimentados para aprovação nas congregações e indicando quais seriam os prepostos do serviço de informação que ¨cuidariam¨ Portanto, o golpe geral nunca foi orquestração restrita, mas de altíssima densidade social. E, fora UnB, fica inédito quem encontrar qualquer universidade pública que tenha agido diferente. - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB – idealizada por Darcy Ribeiro (26/10/1922 – 17/02/1997), o qual sempre se posicionou de esquerda, e, contraditoriamente, de extrema serventia à elite do poder, sem que tivesse algo de significativo no corpo docente ou na forma de ingresso que se pudesse caracterizá-la por esquerdista. Portanto, somente sua posição estratégica para qualquer manifestação estudantil sustenta tanta determinação de conquistá-la pela força das baionetas. Reproduzo na íntegra texto que consta no portal da UnB. Invasões Em 1964, o golpe militar instaurou a ditadura no país e trouxe anos difíceis para a UnB. Por estar mais perto do poder, a instituição foi uma das mais atingidas. Acusados de subversivos, universitários e professores foram perseguidos pelo regime. A primeira invasão aconteceu no dia 9 de abril de 1964, apenas nove dias após o golpe militar. O então reitor Anísio Teixeira e o vice Almir de Castro foram surpreendidos por tropas do exército e por policiais de Minas Gerais. Os militares chegaram em 14 ônibus, com três ambulâncias já preparadas para possíveis confrontos. No campus, invadiam salas de aula, revistavam estudantes, procuravam armas e material de propaganda subversiva.
  • 15. Buscavam também 12 professores que deveriam ser presos e interrogados. A biblioteca e os escritórios dos professores ficaram interditados por duas semanas. Depois dessa invasão, Anísio Teixeira e Almir de Castro foram demitidos. No lugar deles, o professor de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Zeferino Vaz, foi nomeado reitor. A segunda invasão aconteceu no ano seguinte. Em 8 de setembro de 1965 os professores entraram em greve por 24 horas. A greve foi uma resposta à demissão dos professores Ernani Maria de Fiori, Edna Soter de Oliveira e Roberto Décio de Las Casas, afastados por “conveniência da administração”. O clima de apreensão tomou conta do campus, e outros docentes temiam ser demitidos de forma arbitrária. No sábado, os alunos também aderiram ao movimento. Nesse mesmo dia, o reitor Laerte Ramos de Carvalho solicitou o envio de tropas militares ao campus. Segundo ele, a greve era uma falta grave e pichações que apareceram na UnB revelavam “ameaças de depredação aos prédios”. As tropas chegaram na madrugada do dia 11 de outubro e cercaram as entradas do campus. Alunos e professores eram impedidos de entrar. Os soldados ficavam na entrada dos edifícios, proibiam qualquer agrupamento de pessoas e não permitiam nem a entrada nos laboratórios para que animais envolvidos em pesquisas fossem alimentados. Uma semana depois, o reitor demitiu quinze professores, alegando que eles eram os responsáveis pelo ambiente de perturbação. Esses professores, segundo o reitor, haviam se manifestado de forma subversiva durante assembleia e Zeferino justificou as demissões como “medida disciplinar”. Entre os demitidos estava Sepúlveda Pertence, que mais tarde seria presidente do Supremo Tribunal Federal. Houve reação: 223 dos 305 professores da Universidade demitiram- se em seguida. O professor Roberto Salmeron conta em seu livro A universidade interrompida: Brasília 1964-1965, que os professores estavam fartos do clima de instabilidade que havia se instalado na
  • 16. Universidade. “Chegara o momento em que devíamos escolher com lucidez entre somente duas alternativas: aceitar as interferências externas ou recusá-las”, lembra. Cerca de 80% dos professores decidiram recusar. Em 18 de outubro a Universidade que acabara de nascer perdia a maior parte dos cérebros selecionados para construir a instituição de vanguarda idealizada por Darcy Ribeiro. A invasão mais violenta aconteceu em 1968. Os alunos protestavam contra a morte do estudante secundarista Edson Luis de Lima Souto, assassinado por policiais militares no Rio de Janeiro. Cerca de 3 mil alunos reuniram-se na praça localizada entre a Faculdade de Educação e a quadra de basquete. Esse foi o estopim para o decreto da prisão de sete universitários, entre eles, Honestino Guimarães. Com o decreto, agentes das polícias Militar, Civil, Política (Dops) e do Exército invadiram a UnB e detiveram mais de 500 pessoas na quadra de basquete. Ao todo, 60 delas acabaram presas e o estudante Waldemar Alves foi baleado na cabeça, tendo passado meses em estado grave no hospital. Depois desse período conturbado, no dia 25 de março de 1971, o professor e pesquisador Amadeu Cury assumiu a reitoria com uma proposta de reestruturação da universidade. Iniciava-se a etapa de consolidação acadêmica e física da UnB. Mas o clima de reconstrução e calma durou poucos anos. Com a posse do professor, doutor em Física e oficial da Marinha, José Carlos de Almeida Azevedo, em maio de 1976, as manifestações recomeçaram. Um ano após a mudança na reitoria, multiplicaram- se os protestos de alunos contra a má qualidade do ensino, a ociosidade nos laboratórios e a falta de professores. A crise política da UnB ultrapassou os limites do campus. O Senado criou uma comissão para interferir no conflito. Cerca de 150 professores entraram como mediadores entre a reitoria e os estudantes. Novamente, em 6 de junho de 1977, tropas militares invadiram a UnB, prenderam estudantes e intimaram professores e funcionários. O estopim, dessa vez, foi a greve que estudantes e professores declararam para dar um fim às agressões que sofriam. “Foi uma luta pela dignidade da UnB, para dizer que aqui não aceitaríamos mais
  • 17. esse tratamento”, explica Antônio Ramaiana, autor do livro UnB 1977: O Início do Fim. As invasões só acabaram com o início da abertura política no Brasil. Em 1979, o Congresso aprova a Lei de Anistia, que perdoa os crimes políticos cometidos desde 1961. A democracia na Universidade é retomada em 1984, com a eleição do reitor Cristovam Buarque. Fonte: www.unb.br/sobre/principais_capitulos/invasoes, acesso fev/14 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGRS - das federais tudo indica essa como candidata a ter sofrido o golpe imediato mais rude, dado que, eram desse Estado tanto o Presidente deposto, Jango, quando o opositor mais aguerrido, Leonel de Moura Brizola (22/01/1922- 21/06/2004). A minha primeira percepção disto ocorreu quando depois de ingressar na Universidade Federal do Ceará - UFC, 1983, fui diversas vezes na reitoria por questões de assistência estudantil, carteira de meia passagem e busca de bolsa. Quase toda vez encontrei o que só posso achar que era general do exército, exibindo desenvoltura, checando documentos, dando ordem e todo expressava- lhe mais obediência e respeito do que pelo próprio reitor. Não foi por acaso que estudantes invadiram o seu gabinete levando alguns dos arquivos [51-52]. Assim, o fato concreto a ser tratado, encarando essa verdade, é que além do golpe geral, houve golpe particular em cada universidade pública, cada qual com suas especificidades, seu modo de atuação, evolução e extensão, carecendo que se esmiúce um por um, para que se tenha uma visão do todo. Como conhecia alguns que leram tais documentos, parte consta em livro publicado pela UNE, os relatados são da mais pura torpeza, como é praxe acontecer em ditadura. E, hipoteticamente ao quadrado, digamos que se irá estudar o caso UFPA. São referenciais básicos: - QUAIS FORAM, ALUNO, DOCEMTE E FUNCIONÁRIO, EXPULSO, DEMITIDO OU PERSEGUIDO E AS MOTIVÇÕES DISTO? DE TODO JÁ FALECIDO, ALGUÉM DA FAMÍLA GUARDA ALGUMA SUSPEITA? - QUAIS FORAM TODOS OS REITORES-GENERAIS: REPRESENTANTE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO JUNTO À UFPA, COM SUA CADEIA DE SUBORDINAÇÃO E COMANDO: OS AUXILIARES DE CASERNA, DO SERVIÇO DE INFORMAÇÃO, DA
  • 18. INSTITUIÇÃO? - O QUASE IMPOSSÍVEL: OS ARQUIVOS DOS GENERAIS-REITORES E DE TODOS DA UFPA NO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÃO; - QUAIS ATAS DE CONSELHOS E OUTROS REGISTROS CITA ESSE E EM QUE SITUAÇÃO? - QUAIS FORAM TODOS QUE INGRESSARAM COMO DOCENTE NESSE PERÍODO? POR QUALQUER FORMA. SE POR CONCURSO, QUAIS ERAM DA SUA BANCA? QUAIS SE EFETIVARAM? COMO SE DEU ESSE PROCESSO? - DE QUAIS EXISTEM INFORMAÇÕES DE COMPROVADA INSUSPEITA? O HSITÓIRCO DO INGRESSO DE RAYMUNDO HERALDO MAUÉS, HTTP://LATTES.CNPQ.BR/0915136632611666, [27], CONSIDERO BASILAR. - ESCOLHER UM GRUPO SIGNIFICATIVO DE EX-ALUNOS DE ALGUNS DESSES PARA PESQUISA. - PESQUISAR TODOM OS ARQUIVOS DO SERVIÇO MÉDICO, EXAME DE SANIDADE MENTAL. PELO QUE TUDO INDICA FOI CRIAÇÃO IMPOSTA PELA DITADURA, O QUAL SEMPRE FOI PEÇA DE CHANTAGEM. - QUAIS FORAM OS DIRETORES DO SISTEMA DE SELEÇÃO/VESTIBULAR? QUAIS SUAS CONEXÕES MAIS FORTES COM O GENERAL-REITOR? QUAIS INTERVENÇÕES TERIA FEITO, CUJA SUSPEITA MAIOR É DE COLOCAR PARA DENTRO PREPOSTO SEU E EXCLUIR QUEM DO MOVIMENTO SECUNDARISTA JÁ HAVIA SIDO FICHADO. O CASO MAIS SUSPEITO É DO AGENTE CUJA ARMA DISPARADA EM SALA DE AULA MATOU O ALUNO CÉSAR MORAES LEITE. - QUAIS FORAM TODOS OS PROCESSOS ENVOLVENDO DOCENTE, ESTUDANTE E FUNCIONÁRIO PELAS UNIDADES? QUAIS CHEGARAM AOS CONSELHOS SUPERIORES? - QUAIS FORAM TODOS OS GRUPOS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL E SEUS PRINCIPAIS LÍDERES? - QUAIS FORAM TODOS QUE PARTICIPARAM DE PROJETO COM INTERFERÊNCIA DIRETA DO GENERAL-REITOR, COMO O RONDON? Não resta qualquer dúvida, nem mesmo deve ser objetivo principal, embora
  • 19. sem omissão, ser possível individualizar qualquer culpa. Devendo mais tudo auxiliar no resgate de memória acadêmica do que tenha sido prejudicado, alijado e excluído, porquanto, via esses, fica possível determinar ¨valores¨ que a ditadura queria mudar/anular, portanto, tinha interesse que o ingressante não professasse ou fizesse o que anularia. Por óbvio, tudo isso foi sigiloso, mais em encontro secreto, e o general-reitor, pelo visto, cumpriu sua promessa de sumir com tudo se necessário fosse. Nisso fica fundamental explorar o contraditório de alguém ter sido nomeado docente sem qualquer objeção, até de forma elogiosa pelo reitor-general, apresentar-se na sala de aula como inimigo do regime, esquerdista de primeira linha, quiçá dispondo em derramar seu sangue pela liberdade do povo. Assim como, aparecer em assembleia docente fazendo discurso inflamado pela efetivação de quem ingressou como colaborador, até nomeado por gosto exclusivo do reitor- general. Eis outro fenômeno de dimensão nacional que novamente será inédito: encontrar mais de duas representações de docente de expressividade nacional que tenha se oposto à efetivação de todos. E tudo ainda é a parte mais simplória. A VERDADE A SER REVELADA É QUAIS ESTRUTURAÇÕES E PROCESSOS INSTITUCIONAIS, COM ÊNFASE NOS CONCURSOS DOCENTES, APRESENTARAM DEPOIS DA DITA REDEMOCRATIZAÇÃO ELEMENTOS QUE DESTOA DO QUE SERIA PRECONIZADO PELO GENERAL-REITOR SE ESSE AINDA ESTIVESSE FISICAMENTE PRESENTE. UNIVERSIDADE PÚBLICA – COMO MUDOU SE DETENTORAS DE PODER PARA ISSO NÃO?
  • 20. UM EXEMPLO DEFINITIVO VIA ENSINO DA MATEMÁTICA ¨Mas Newton, inimigo de qualquer disputa e cioso de seu tempo, deixou entrar na liça por ele o Doutor Clarke, seu discípulo em física e pelo menos seu igual em metafísica.¨ Voltaire, 1694-1778, Elementos da Filosofia de Newton, Ed. Unicamp, 1996 Agora integrarei fatos da educação anteriores ao golpe 64, passando por esse e, por tese, visando os que continuam ou até se aprofundaram em ruindade com a dita redemocratização. Lembrando sempre ficar elogioso se a ditadura não tivesse arruinado mais o que já era péssimo. Além disso, o que mais importa, mentalidade social das ações pública, o ente nacional capaz de alterá-la e referenciar aos demais, reputo ser universidade pública. Assim, alguns clamores que se acham pela internet propondo por solução golpe por parte da sua corrente ideológica é parte do que alimenta até tudo: tais nunca professaram valores democráticos, querem manter certos ¨valores¨ da ditadura intactos, alguns para reviver e outros para apoderar-se disto; certos porões não deixaram de ser, apenas trocaram de posições vítimas e algozes Escolarização Básica - movimento de alfabetização tem um logo histórico no Brasil, com mais presença via igreja católica, dos tempos jesuíticos, o qual quase nada tinha de interesse educacional, apenas direcionar leitura para os seus escritos. Isso se intensificou, ganhou corporeidade política, sistemática e até investimento estrangeiro, no governo João Goulart, cuja figura, como já citei, foi Paulo Freire. De tudo que achei dessa ação, digo que até com certo frenesi, centra-se na leitura. Ressalto que jamais identifiquei, e tinha que ser um grupo considerável, centro especializado que não poderia sumir sem deixar rastros, quem fosse de matemática preparando cartilha para esse projeto, pois não concebo escolarização sem os rudimentos disto; não vejo como ser possível exercer cidadania quando se pode ser enganado com contas de juro simples. Não sei quantificar, mas com certeza foi intensa a participação de curso normal, normalistas, nisso, dado que, era antes de tudo um laboratório experimental ao natural, algo sempre apaixonante.
  • 21. Dado o golpe, fora casos pontuais, o investimento pífio nesse setor que vinha de antes piora, culminando com o projeto institucional mais asqueroso que se tem notícia na história da educação: MOBRAL, [53], pois esse rebaixava dantescamente o conceito de alfabetizado para simplesmente saber escrever o nome. Agora nem se pode debitar a falta de alfabetização matemática por um possível esquecimento, era mentalidade mesmo, construção de poder; certos milagres ficam na mente por ser anunciado por números robustos e o interlocutor não saber dimensioná-los. Eis um manancial para pesquisas: - Quais docentes de públicas publicaram artigos e/ou livros contra o MOBRAL? Que teses produziram contra e como esses academicamente, se foi o caso, historicamente se pautam? - Quais são as diferenças e semelhanças de técnicas e conteúdos entre cartilhas dos movimentos Paulo Freire e Mobral? - Quais foram os especialistas que atuaram num e noutro? Dado que salão de paróquia não se muda facilmente, existe caso em que usaram a mesma estrutura e pessoal nos dois projetos? - Algumas leituras acusam como inspirador e referência das cartilhas do MOBRAL os trabalhos de Manuel Bergström Lourenço Filho (10/03/1897 – 03/081970). Há fundamento nisso? É fato, que ditadura não empreendeu caça generalizada das cartilhas de Paulo Freire, seus livros continuaram sendo editados, embora esse tenha sido exilado. E já que tinha capturado universidade pública, iria, parte de uma construção em termos de formação docente, distanciar-se dos cursos normais, posto que, vai querer presentear o povo com coisa de nível superior, porquanto, chama os cursos de pedagogias/Formação docente dessas para dança. Mais um tema de pesquisa: quais cursos/centros de pedagogia/Formação docente de pública colaboraram com projetos e ações do Mobral? Quais foram os envolvidos, como e quais suas produções? Como isso se classifica tecnicamente? Ainda explorarei um ilógico em tudo isso e que ficou conhecido por acordos MEC/USAID (United States Agency for International Development). Fora outros, resulta em empréstimos bilionários para o setor. Porém, fica visível que gasto com escolarização básica, essencialmente MOBRAL, complementando Estados
  • 22. e Municípios, era migalha. Para onde foram esses recursos? Sendo verdadeiro de nenhuma proposta em escolarização básica ter conseguido nada de substancial em termos de Brasil, fica curioso saber de alguma que referencie algo local. Nisso é auspicioso chamar atenção para Anísio Spínola Teixeira (12/07/1900 – 11/04/1971) [54-56] e deixar claro que este referenciar não vai além de uma tênue lembrança residual das suas propostas, sobrevivida às duras penas. E ponha as mais duras torturas nisso, independentemente das forças políticas, pois, espero já ter ficado claro, nesse tema há um consenso quase impressionante entre nossas correntes políticas em favor da sua ruindade. Anísio Teixeira, cuja morte é envolta em mistérios, quando ditadura tem nisso sua especialidade maior, de 1924-28 foi diretor-geral de instrução do governo da Bahia, promovendo uma reforma do ensino. E o fato que, se educação tivesse algum valor nas instâncias de poder, deveria ter chamando atenção do Brasil estão nos seguintes dados de [57]: PERCENTUAL/DOCENTE DA REDE BÁSICA COM DIPLOMA DE NÍVEL SUPERIOR: Pará: 58,6% Bahia: 8,5% E fica inédita qualquer pesquisa baseada em qualquer outro dado Estadual de ambos que revele ser melhor no Pará. O caso paraense revela um verdadeiro milagre em diplomação docente - aviso que já faturei extra desse. Chama-se interiorização: cursos pelos interiores mais voltados para diplomação de docente leigo. Um pouco disto na Universidade Federal do Pará consta em [58-60] e da Universidade Estadual do Pará–UEPA, talvez seja da mesma magnitude, em www.uepa.br/portal/institucional/enderecos.php, acesso fev/14. E ainda na mesma reportagem aparece este índice em formação docente da rede básica: AMAPÁ - 65,6%, quando Amapá quase nunca teve universidade, federal é recente, havendo indicadores de que mais de 60% desses foram diplomados no Pará. E, reafirmo, como até fica claro, nada disto foi por educação, mas por interesses de politicagem. E quem pode ser indicado como referenciando, acho possível até se mostrar ser aplicação deturbada, mais no caso paraense é Paulo Freire. E dois contrapontos nisso, sempre para mais pesquisas, são os seguintes: - Docentes que participaram com sacrifícios pessoais e financeiros inenarráveis nada ganharam de fato, dado que, quando terminou a opção era
  • 23. pedir demissão, esperar ser aprovado em concurso e começar uma nova carreira. Entretanto, gratificações acumuladas e tempo de serviço em quase nada compensava fazer isso, além de correr riscos piores: nem haver concurso e preencherem sua vaga contratando outro em regime precário. Vamos para o outro lado do país, governado por facção política dita contrária, porquanto, limpar do relato possível preconceito ou partidarismo. Eis trecho de artigo contendo tudo (g.n): ¨Enquanto isso, concursados como o historiador Carlos Roberto Mendes, 47 anos, a bióloga Luciana Fernandes, 21 anos, a socióloga Mara Lúcia da Silva, 48 anos, e a pedagoga Maria do Carmo Vargas, 55 anos, aguardam desolados os próximos chamados. Depois de ver, em janeiro, a Assembleia Legislativa aprovar a renovação de 21 mil contratos temporários para a Educação Estadual e de acompanhar recentemente o lançamento de um edital para o Cadastro Temporário de Contratação Emergencial de docentes para o Estado, sentiram-se afrontados e decidiram criar um grupo no Facebook chamado de Luta por Transparência - Aprovados Magistério/RS 2014, com mais de 1,3 mil integrantes.¨ Fonte: GOVERNO EFETIVA APENAS 12,5% DO PLANEJADO PARA O MAGISTÉRIO ATÉ O INÍCIO DO ANO LETIVO NO RIO GRANDE DO SUL, JC e- mail 4899, 20/02/2014, www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=91798, acesso fev/14 Portanto, essa precariedade até na contratação docente é tônica nacional, rende politicamente, sendo isso o meu segundo contraponto: - Individualmente, de todos que ganharam politicamente, reputo ter sido o ex-reitor da UFPa, Nilson Pinto de Oliveira, www.nilsonpinto.com/? pagina=biografia, acesso fev/14. Lembrando que os argumentos centrais da ideologia na interiorização sempre foram a visão de que sem diploma de nível superior não se ministraria aula prestável, portanto, radicalização contra os cursos normais do empreendido pela ditadura, além de não ser justo o Estado pagar salário de valor para quem não tem diploma de nível superior. Agora, fev/14, fora as dezenas que já ocorreram, os docentes estaduais estão em negociação dura e apontando para greve em função da miséria salarial de sempre. E todos que estão no comando da SEDUC-Pa, defendo não digo, suas prática é que falam que o miseravelmente pago já é até mais do que merecido, são prepostos políticos do deputado Nilson Pinto. O óbvio é que o modelo de diplomação docente é ineficiente e conjuntamente com essas e outras irresponsabilidades nas políticas públicas,
  • 24. digo assim em função do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica - PARFOR, www.capes.gov.br/educacao-basica/parfor, acesso mar/14, pesquise, pois era dever mínimo das universidades públicas referenciarem no contrário, transformam o exercício da docência num infrutífero martírio de resultados vergonhosos. Vejamos da posição do Brasil no mundo em termos de ensino da matemática: BRASIL MELHORA EM MATEMÁTICA, MAS AINDA É UM DOS PIORES EM EDUCAÇÃO ¨O Brasil está bastante abaixo da média em Matemática, ocupando um lugar entre a 57ª e a 60ª posições no ranking de 65 ecnomias globais.¨ Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/brasil-melhora-em- matematica-mas-ainda-um-dos-piores-em-educacao-1-10950333, acesso fev/14 Envolvendo provas de matemática do Programa Pisa/OCDE, http://portal.inep.gov.br/pisa-programa-internacional-de-avaliacao-de-alunos, acesso fev/14, tenho rascunho de pesquisa, Dossiê Internacional/Brasil/Portugal/Espanha, mostrando que esse age mais uniformizando o que já há de péssimo por toda Ibero-América, portanto, reproduzindo e referenciando o que sempre houve de inqualificável nos processos de ensino da matemáticos de cada membro. Isso significa que se provas do PISA e seus processos avaliativos fossem de melhor qualidade, o resultado brasileiro tenderia ser pior ainda. Ficando necessário apontar que no Brasil formação docente para séries iniciais, pedagogia, sem contemplar factualmente matemática é fruto não só do distanciamento entre formações/centros que a ditadura ampliou como das públicas continuarem alargando, bem como da ojeriza que os centros específicos públicos desenvolveram por matemática desse nível. O fato mais expressivo disto é haver estudo que inclui retirar sangue de estudante supondo que nota baixa nisso deveria de doença genética. Pesquisa essa, corroborando o que venho exposto, respaldada pela Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG. Um trecho de notícia no tema é o seguinte de [61] (g.n) e mais em [62- 63] ¨No estudo, crianças de 7 a 14 anos de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte e Mariana, na Região Central de Minas, são submetidas ao teste de desempenho escolar. Aquelas que obtêm resultado abaixo de 25% no subteste de
  • 25. matemática são convidadas para uma segunda etapa de avaliação, em que passam por entrevista clínica, testes psicológicos e de inteligência. ELAS TAMBÉM TÊM O SANGUE COLETADO.¨ Nesse tema o meu rascunho denomino de Dossiê/Minas, no qual, como nem poderia, não discuto haver ou não doença que impeça alguém aprender matemática, apenas provo de forma veemente que em Minas, assim como em todo o Brasil e quanto menos no ensino básico, não há qualidade que possa debitar os ditos baixos índices em aprendizagem matemática por alguma deficiência mental e nem entre os envolvidos em tal pesquisa acho algum que tenha qualquer discernimento técnico em matemática. Uma fala de quem estuda mais diretamente processos mentais é a seguinte (g.n) ¨O educador que estuda a neurociência é convidado a entender que todos podem aprender desde que as estratégias sejam adequadas. “Não basta dar acesso à escola, é preciso garantir que as crianças aprendam”, afirma Regina Migliori, que acaba de publicar o livro Neurociências e Educação, que traz pesquisas e modelos de aplicação prática desses conhecimentos em sala. “Isso cria um novo patamar de responsabilidade dos educadores no desenvolvimento das crianças. A QUANTIDADE DE DIAGNÓSTICOS DE CRIANÇAS COM DÉFICIT DE ATENÇÃO É UMA PIRAÇÃO. Infelizmente, vemos muitas abordagens que têm um ponto de partida equivocado na identificação do problema”, reforça Regina. Fonte: NEUROCIÊNCIA VIRA FERRAMENTA PARA MELHORAR APRENDIZAGEM NAS ESCOLAS, Priscilla Borges, iG São Paulo, 15/02/2014, http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-02- 15/neurociencia-vira-ferramenta-para-melhorar-aprendizagem-nas- escolas.html, acesoo fev/14 Já noutro rascunho relacionado com outro instrumento fundamental em tudo, livro didático, encontramos até aberrações, como ilustrar o número sete com gatinho sendo jogado do sétimo andar. No geral, nosso ditos livros didático em matemática são mais amontados visando oferecer aula por aula para o docente copiar no quadro do que algo inteligível para educando. E concluindo este tópico e preparando para adentrar no próximo, é nisso que a relação MOBRAL/Universidade Pública fica até patente, portanto, é prova do educacional básico preso entre esses e até sendo torturado com mais rigor
  • 26. depois da dita redemocratização. Universidade Pública - Como já afirmei, o governo Jango havia sujado uma das pérolas do colar Autonomia Universitária que toda universidade pública sempre teve. Mostrarei que a ditadura, visto como uma profunda traição, sujou muitas outras, deu-lhe outros adereços como consolo e a dita redemocratização limpou todas, deixou tudo mais reluzentes e ainda lhe acrescentou mais. Relatos, novamente para pesquisa, mostram um quadro literalmente caótico no governo Jango: turmas de engenharia que antes ingressava cerca de 40, do dia para noite teve cerca de 30 novos estudantes, sem que isso implicasse aumento docente, verbas e da estrutura, com situações em que nem mais cadeiras em sala de aula colocaram. Por óbvio, isso não extinguia o movimento político dos excedentes e criava outro: luta pelas condições de ensino; o simples fato de conseguir cadeira para sentar-se virava motivo de animosidade entre colegas. O que já era calamitoso, como tomar emprestado exemplar na biblioteca, de fato o que chamavam disto, virou terra de ninguém, cujos golpes alguns vencedores ainda hoje podem ter vergonha de contar. Lembro mais uma vez que embora cite alguns fatos rapidamente não implica que assim ocorreram, nem que tenha começado nesse ponto, dado que, a ditadura queria ao máximo que fosse sendo implantando por mentalidade, sistemática, metodicamente construído, ganhasse processo evolutivo para transformar suas pregações de que devolveria o poder aos civis uma tremenda mentira, mais em condições de que em alguns casos futuramente seria pior do que se fosse essa. Vou ser bem claro: é muito provável que durante a ditadura docente conseguisse de reitor mais informações das suas contas do que hoje; ¨Estão achando ditadura ruim!?!! Espere quando for civil....¨.era bordão em sala de aula. Dado o golpe, tudo isso precisava ser ecolarizado, gritar que resolveu, posto que, ditadura teme estudante no sentido latu, adestrado é de extrema utilidade, e de curso superior lhe são os mais apavorantes. Pior ainda: o
  • 27. discurso ufanista de país do futuro, como já disse, tinha por tradução precisar de maior contingente populacional com nível superior (tente achar discurso diferente desse no quadro político atual). No caso dos excedentes havia dois fatores óbvios: - a proximidade entre escola básica e curso superior, por vezes compartilhando docentes; - o processo de seleção/vestibular classificava por nota mínima e não pelo quantitativo de vagas. Caso em que era via banca em auditório público e com razoável possibilidade de contestação recursal, portanto, muitas das vezes não deixando transparecer diferença mensurável entre aprovado e reprovado. A existência dos próprios excedentes serviu de justificativa para ser via as mesmas provas em cada universidade, democratizando à seleção, como se ditadura fosse capaz disto, pois o aumento de candidatos exigia sistemática mais eficaz. Agora vestibular vira questão de segurança nacional; cercado de sigilo; inviabilizando ao máximo qualquer tipo de recurso; produzindo um listão no final, cujo excedente virou coisa diminuta: classificáveis em caso de desistência; exigindo que todo se contentasse com o resultado. Eis mais uma: pesquisar recursos ou tentativas em vestibular de pública nesse período e posteriormente. Um fato é que por volta 1965 começa aparecer em cartazes de manifestações estudantis e muros de universidade pública algo em ¨ACÔRDO MEC/USAID¨. Para apoiadores do regime uma mentira deslavada querendo induzir que o MEC tinha entregue suas universidades públicas para tais agências de capital americano, posto que, na USAID estavam atrelados Banco Mundial e muitas outros. Entretanto, por volta de 66 o governo admite que tinha comissão transnacional dessa agência com maioria absoluta de estrangeiros para definir os rumos, não apenas das públicas, como da educação em geral. E trazia como solução para o Problema dos Excedentes financiar e subsidiar universidade privada. Tanto afã em mostrar servilismo nunca deixou ser também engodo para ter acesso aos empréstimos bilionários que isso possibilitava, [64-68]. Portanto, os golpistas continuavam aplicando mais golpes, agora até contra alguns dos seus apoiadores. Talvez herdado desse contato MEC/USAID, a ditadura acalentava sonho e alguns amigos do ganho fácil balançavam seu berço: VESTIBULAR ÚNICO NACIONAL. Experiências, como feitas no Rio de Janeiro pela CESGRANRIO (www.cesgranrio.org.br/institucional/historia.aspx, acesso fev/14, a pesquisa deve começar levantando quando já faturou do MEC, Estados e Município)
  • 28. foram ensaios nisso. Uma parte necessária, montar uma verdadeira operação de guerra, estava e estaria sempre disponível. Os problemas eram, além da eterna Autonomia Universitária, ou que restava dessa, os disparates educacionais regionais, posto que, havia pudores suficiente para não impor nivelar por baixo e enfrentar politicamente ser acusada de favorecer o sudeste. E pior: não queria gastar com universidade pública, porquanto estudante civil e carente, para que fosse tal qual como sempre foi, por exemplo, no Instituto Tecnológico de aeronáutica - ITA, www.ita.br/, em que todo aprovado tem alojamento, comida, livros e bolsa mensal. E o mais grave ainda: se fizesse nessa época vestibular nacional das universidades públicas o Brasil de então ainda tinha condições de enxergar e se comover pelo fato de milhares de jovens talentosos estarem sendo alijados do ingresso por pura falta de condições estruturais e financeiras. Mas, até mesmo esses metodicamente seriam quebrados, ditadura detesta pudores, quiçá até de forma pior do que essa mesma faria e por quem chegou ao poder discursando que essa foi obra de um bando de imorais. O mesmo processo de seleção matava ainda na outra ponta - ditadura sempre procura matar o máximo com a mesma paulada - agora a banca poderia não necessariamente se ater aos conteúdos que eram desenvolvidos nas escolas, especialmente pública, promovendo afastamento entre universidade e escola básica, nem prestar satisfação alguma, anel dourado que a ditadura tinha colocava nos seus tentáculos. Via isso, ainda se atacava o Problema dos Excedentes, dado que, certas médias do último ingressante seriam tão baixas que desencorajava quem ficou de fora se achar em condições de fazer curso superior. Promovendo-se o vácuo entre pública e rede de ensino básico, quando socialmente todo vazio tende ser ocupado, alguém precisaria orientar para tais provas: Eis o nascedouro do que pode ser a mais bem sucedida e duradoura industrias brasileira: PRE-VESTIBULAR/ENEM. Nesses casos, mas centrado nas provas de matemática, é que versa o meu Dossiê/Vestibulares/ENEM. Basta dizer que ENEM foi introduzido em 1988 com a desculpa que seria para avaliar o sistema, quando sua função concreta foi fazer uma planificação dos conteúdos nacionais, portanto, rompendo desigualdades regionais sem haver nada que melhorasse qualidade, antes piorando, nivelando mesmo por baixo. E já sendo testado no uso das suas notas no ingresso ao ensino superior, obviamente com algumas ajudinha do MEC, em 2009, com nome de NOVO ENEM começa virar vestibular nacional, herdando tudo do que já não prestava dos vestibulares tradicionais, [69-70]. Logo, nesse tocante o que vinha da ditadura seguiu como determinaram sem desvio nenhum e desmente outra lenda brasileira dos governos não ter continuidade, uma das raízes para haver reeleição. E, talvez caso único no mundo, a dita redemocratização para consolar universidade pública de tanto ataque da ditadura faz recuperar todos os seus adereços, craveja-lhes mais brilhantes, sendo capítulo da Constituição. Ocorre
  • 29. que assim tem poder tanto quanto os anteriores e mais do que os posteriores. Por isso, mesmo que a Constituição separe os poderes, nessa reitor é executivo, é legislativo (preside os conselhos com todos os assessores mais direto com voz e voto, fora outros arregimentados) e também é judiciário, pois nenhuma sindicância é aberta sem sua anuência. E se pesquisar mais um pouco poderá descobrir que ante essa as demais instituições, MEC é de patente nulidade, pouco podem e até Polícia Federal cabe avisar ao reitor do que procura antes de começar alguma atuação e pedir autorização para ir até onde acha que vai. O pesquisador Ronald Braga crava tudo numa síntese perfeita em [71] nesse trecho que reproduzo integralmente (g.n): ¨A terceira mudança de substantiva importância vem com o Art. 207: "As universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão". Essa é uma grande novidade que nos traz a Constituinte: a declaração da autonomia universitária tout court; notem que, inclusive, foi abolida a expressão "nos termos da lei", que ainda havia no anteprojeto e na redação da fase de sistematização. Nas Constituições anteriores havia tão somente a famosa liberdade de cátedra (Constituições de 34, 46, 67 e abolida na Emenda de 69).¨ Diversos fatores relacionados com esse poder tão discricionário, intimidador de todos os organismos da República, relato nos Dossiês e de todos que vivenciei o mais determinante para minha pesquisa ocorreu na primeira fase no vestibular da UFPA/99, cujo resumo é o seguinte: Estava em Soure-Pa, Ilha do Marajó, ministrando disciplina do processo citado de interiorização, lugar do qual ainda hoje dizer haver escola nem fica bem posto, quando fui procurado por jovem que concorria para o curso de humanas acusando ter sido enganado pela
  • 30. prova de matemática. Basta dizer que o histórico das médias em matemática sempre foram tão deprimente que para efeito de boa classificação esse só precisava acertar uma questão nessa prova. Em tal prova constavam engodos, iscas para pegar otário, uma velha conhecida e na qual esse tinha apostado suas esperanças. Trata- se de depositar quantia na poupança rendendo mensalmente x% para, após y meses, pagar-se uma certa dívida. Se for dito ter no final exatamente para pagar é uma coisa, se apenas pagar é outra, quando se pode, respectivamente, ter esse valor ou mais. Desse, repito, nem podemos afirmar de que algum dia teve oportunidade em estudar matemática e confiando no que diz o dia-a- dia, dado que, na redação do quesito não tinha o ¨exatamente¨, marcou o que poderia resolver com sobra: o item de maior valor. E sem dúvida, quem já esteve alguns minutos em pré-vestibular sabe que a lição mais básica desse diz que em tais situações, não sabendo precisamente qual é a resposta, nunca entre na imbecilidade de marcar a que lhe é mais óbvia. Ocorre que isso ainda era pouco. Havia além do que tornava a prova dita de matemática nunca ter sido dessa e quanto menos servir como avaliação de conhecimento. E noutro quesito, dadas algumas condições, pediam ¨Calcule os ângulos intervalos do losango¨. Perguntei para esse do que achava ser ¨ângulos intervalos¨. A responda que deu destoava completamente do sentimento que expressara da universidade no início, até considerando ser algo novo que os geniais elaboradores e pesquisadores da UFPA acabaram de descobrir. Isso tinha a mesma dimensão de depoimento de torturado da ditadura quando guardava esperança de haver sobrado algo brioso dos seus algozes [72]. Como na outra ponta estavam dois docentes de matemática, Mauro Magalhães (Diretor do Daves, atualmente CIAC) e José Miguel Martins Veloso (PROEG), além de uma possível gritaria dos pré-vestibular pelas anulações e atribuição dos pontos correspondentes para todo os candidato, o que faria esse permanecer no processo, tranquilizei-o. E tinha um dado ainda: José Miguel, pró-reitor, quando estudava na USP, viveu exilado na ditadura, porquanto, se esperava abominar processos
  • 31. ditatoriais. Entretanto, como no segundo dia continuava tudo como estava, comecei ligando para ambos e tudo ficou pior: não interessava se matematicamente correto ou não, eram outras coisa que falavam para não anular. Ou seja, do que dependia da instituições o destino desse e de milhares de outros estava irremediavelmente definido. Fazendo uma pausa, complementando minha pesquisa, tempos depois quando encontrei calouro idealmente identificado ser de pré- vestibular e pedir-lhe que lesse tal prova, esse leu, mesmo eu pedindo duas vezes, ¨Calcule os ângulos internos do losango¨. Quando o avisei não haver escrito ¨internos¨, mas sim ¨intervalos¨. Esse faz discurso de que não tem mas tem que ser e só pode ser, dado que, resolveu como se fosse e acertou. Isso explica parte do silêncio dos pré-vestibulares, dado ser da sua ¨metodologia¨ fazer o candidato ¨ler¨ o que pode ser ¨certo¨ mesmo errada e de fato nem leia nada, isso é perder tempo. Como já sabia que a ditadura tinha ensinado a todos protelar processo quando for do seu interesse, além de recorrer na UFPa também fiz no MPF-Pa, dado que esse poderia, pelos menos para o caso mais urgente, pois em poucos dias ocorreria a etapa final do vestibular. E a solução era simples: exigir que o diretor do sistema trouxesse de imediato livro da biografia do certame em que estaria definido o que era ângulos Intervalos, sob pena de ser obrigado anular e atribuir esse ponto para todos os candidatos. Estando na frente do Procurador, do que esteve na cara dele não tenho documento para provar, nada poderia ser como descrevi. A Autonomia Universitária impunha que abrisse processo para oficiar primeiro o reitor, que oficiaria o pró-reitor de graduação, que por sua vez oficiaria o seu subordinado do sistema de vestibular, para depois abrirem sindicância. Resumo do processo: quando chegou a vez do procurador emitir o seu parecer, obviamente sem mais haver como se fazer justiça, o resultado do vestibular já era favas contadas, tinha parecer de três docentes da UFPA dando total razão a minha pessoa e carta pessoal de dois amigos do pró-reitor, docentes da USP, i. e., sem que tenham sidos nomeados por essa para tanto, dando razão ao pró-reitor Em essência, os dois amigos do Pró-reitor dizem que o ¨exatamente¨
  • 32. que não há é como se nunca tivesse deixado de ter e convencem o procurador de que saber de coisas como ¨ângulos intervalos¨ só possa ser ¨ângulos internos¨ é o básico para não ser tão idiota e merecer fazer curso superior em universidade paga pelo povo. Portanto, baseado nisso, o procurador acompanhou o que sempre quis o pró-reitor. Como disse, o pró-reitor era do meu departamento e já tinha se mexido pelos bastidores mobilizando horda de poder para silenciar-me. Por óbvio, como nos demais vestibulares as bandalheiras continuavam tais quais, foi aprovado por maioria absoluta de votos do departamento a obrigação de que eu fosse submetido ao reexame de sanidade mental, obviamente no serviço médico de serviçais da reitoria. Fiz o dito, o processo como um toda é uma verdadeira ópera bufa, sem o de boa arte que ainda há nessas, o que consta escrito nisso já diz tudo. E aviso que de três que assinaram nunca vi e nem sei quem seria um desses. Além disso, deixo para quem quiser ampliar para lê-lo, posto que, exige uma alto dose de sangue frio. Sendo que o processo na reitoria, como era de interesse da cúpula e horda de apoiadores, concluiu com parecer de Câmara do Conselho lamentado não haver mais nada que fosse possível fazer, classifica o
  • 33. processo desse vestibular como obra de displicentes, elogia minha pessoa, mas nada pede contra os mentores dessa desgraça. E para concluir esse relato, até ontem nenhum desses me convenceram do que são as coisas mais importantes numa prova dita de matemática que faz ser irrelevante se os quesitos dessa estão corretos ou não ou minimamente ajustados. O fato concreto em tudo é que o distanciamento entre universidade púbica e ensino básico promovido pela ditadura sempre foi mais profundo. Para tanto, garantiu meios de recursos para sobreviver, e até com que a cúpula possa se refestelar, sem nem se preocupar com qualidade dos ingressantes e nem se preenche mesmo tais vagas. Pois, mesmo se sabendo que para tais cargos estratégicos a ditadura tenha sempre forçosamente requerido ser ocupado pelo que tivesse sua confiança de fazer até os seus desejos mais abjetos, jamais tive notícia de alguma pública tivesse investigado do que ocorreu no seu processo de seleção nesse período. Um estudo que daria escândalo, se hoje o mais como fazer escandaloso não fosse por acontecer o que é qualificante, era fazer levantamento do quantitativo dessas que ficaram vagas em públicas nos últimos dez anos. Como a história dos vestibulares da UFPa continuava tal qual, exatamente dez anos após esse episódio que narrei, tudo explode (g.n). UFPA ANULA PROVA DE GEOGRAFIA DA 1ª FASE DO PROCESSO SELETIVO 2010 POR FRAUDE, Da Redação, São Paulo, 26/11/2009 A UFPA (Universidade Federal do Pará) decidiu cancelar a prova de geografia da primeira fase do PSS (Processo Seletivo Seriado) 2010. Cinco questões foram anuladas e todos os vestibulandos receberão os pontos referentes a elas. A decisão foi tomada em decorrência de um recurso enviado à organização do vestibular. O Ceps (Centro de Processos Seletivos) verificou que três perguntas eram semelhantes às de outra prova de vestibular e ao material de um curso pré-vestibular. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, a cópia das questões pela banca elaboradora fere um termo de compromisso que exige o ineditismo das questões. Segundo o reitor da universidade, Carlos Maneschy, o caso foi
  • 34. isolado, e se restringiu à prova da disciplina de geografia. "A anulação foi decidida pela UFPA, por mérito de lisura e por um exercício de prudência. A instituição já está apurando e tomando as medidas cabíveis no âmbito jurídico e administrativo." Fonte:http://vestibular.uol.com.br/ultnot/2009/11/26/ult798u25431.j htm, acesso fev/14 Agora a mesma universidade que os obrigou estudar geografia por doze anos na escola básica quer convencê-los que anular essa prova não altera em nada o vestibular. Nem preciso dizer que muita gente para ingressar em cursos de exatas e engenharia depende até desesperadamente da sua média nessa. Só um trecho de notícia diz tudo ESTUDANTES VÃO ÀS RUAS E PEDEM ANULAÇÃO DO PSS Blog Espaço Aberto, 27/11/ 2009 Os estudantes de cursinhos de Belém voltaram a interditar uma via pública de Belém, ontem, e prometem repetir o ato hoje, a partir das 13h, na avenida Magalhães Barata, para pressionar a Universidade Federal do Pará (UFPA) a anular toda a primeira fase do Processo Seletivo Seriado 2010 (PSS). Eles alegam que a anulação da prova de Geografia não foi suficiente para dar credibilidade ao restante do material. Fonte:http://blogdoespacoaberto.blogspot.com.br/2009/11/estuda ntes-vao-as-ruas-e-pedem-anulacao.html, acesso fev/14 Duas manchetes mostram os paços do MPF nessa valsa macabra. MPF DESCARTA ANULAÇÃO DE VESTIBULAR DA UFPA, Diário do Pará, 03/12/2009, Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-70273- MPF+DESCARTA+ANULACAO+DE+VESTIBULAR+DA+UFPA.html, acesso fev/14 MPF APÓIA ANULAÇÃO DO VESTIBULAR DA UFPA Blog Espaço Aberto, 8/12/2009 Fone:http://blogdoespacoaberto.blogspot.com.br/2009/12/ mpf-apoia-anulacao-do-vestibular-da.html, acesso fev/14 Antes era contra anular porque a universidade era e depois ficou a favor pela mesma razão. E não tive qualquer surpresa por isso, dado que, por tudo que tinha vivenciado uma pergunta ficou clara: haveria alguém dentro do MPF com ascendência suficiente para que nada envolvendo UFPa fosse sem sua anuência? Note que falo apenas de ascendência, coisa que se faz sem precisar
  • 35. assinar nada, o melhor mesmo é não deixando rasto algum. Por causa dessa dúvida, um ¨passarinho¨ me indicou uma portaria da ditadura em que constava uma série de nomeados como docente colaborador da UFPa, cujo núcleo principal era dos que exigiram meu reexame de sanidade mental. Mas não só, havia um nome que eu conheci do MPF. Cruzei esse nome do MPF com de conselheiros da reitoria e não deu vazio. De fato, concluindo este, pelo que venho mostrando aqui, isso é desnecessário, pois o mais importante, mentalidade de todos esses, foi universidade pública que construiu e ninguém cria cobra para ser mordido por essa. [73-79]. DIGRESSÕES NÃO SE SABE MÉTODO SIMPLES PARA DESMOBILIZAR HORDA ¨Todas as pressões que se sente dentro das Universidades Brasileiras são públicas, e como tal devem tornar-se do conhecimento do povo porque de outra forma nuca (nunca) se vai conseguir nada. Nós, universitários, é que devemos tomar a frente da luta.¨ Sandra Moraes Leite, irmã do estudante assassinado em sala de aula da UFPA [80] Sempre deixo, se quiser, ao leitor tirar suas conclusões globais e fazer outras pesquisas. Achando necessário mais informações da minha parte é só pedir por e-mail. Aqui usarei com mais veemência o fato deste estudo não ser produto de financiamento específico, público ou privada, avisando que para efeito geral isso quase não faz diferença substancial, de qualquer forma docente de pública precisa da anuência, votos de algumas instâncias institucionais. E nos votos já estão implícitos, alguns vezes acordado mesmo, que certas frases, fatos e construções não constarão ou serão omitidas, alguns por medo mesmo, fora do já sabido que a sua mentalidade não alçaria. Inclui-se nesses votos o poder de fazer por ética e moralidade pública o que for necessário. Por exemplo, tal pedido de autorização para atuar fora do estritamente da sala de aula, nem por vezes nisso, só se aplica ao que não tiver sua turma, quando pode até mesmo estando em regime de Dedicação Exclusiva, ministrar aula em rede privada sem ser importunado ou quando for, aparecendo em relatório de órgão de fiscalização, ser defendido e assegurar que nada lhe aconteça, como quase nunca aconteceu. Por óbvio, quem não for da turma, uma simples palestra na rede privada de divulgação científica é
  • 36. tratada por vandalismo da universidade pública. Tenho por hipótese que a função docente é produzir e disseminar conhecimento, sem necessariamente omitir suas opiniões pessoais, as quais precisam ser apartadas desses sem interferirem em processos fundamentais, como no avaliativo. Sem dúvida que isso visa mobilização social de forma crítica, revendo e reconstruindo algumas posições, o que torna educação perigosa para toda forma de poder excrescente, pois essas prescindem mobilizar hordas, a qual se move pelas razões que o poder lhes impôs, por servilismo e pelo assassinato do poder de crítica, porquanto, má educação é sua chama mais viva. Assim, e até agora fazendo alguns contrapontos mais fortes, revisitarei a maioria desses fatores, trazendo outros episódios, tendo agora como foco central a dita redemocratização e correlacionando com fatos mais atuais da formação docente e ensino da matemática. Lembrando sempre nada ser acidental, mas parte de um conjunto cuja pesquisa é bloqueada pelos processos de diplomação das públicas, geradores de omissão, perseguições e se enquadram no caso de haver apenas um exemplo protegido, tais quais cadáveres da ditadura, por impunidade, ação de horda e má formação, já se classifica por nefasto à educação. Portanto, tese aqui, tais quais da fase mais horrenda ainda velem em silêncio verdadeiras bestas humanas, assassinos frio e escabrosos, a dita redemocratização preservou nas públicas até as mentalidades mais insanas. Sem dúvida certas influências de mundo não cessaram, por isso um trecho de entrevista atual nos faz lembrar uma velha conhecida em tudo isso (g.n): Curiosamente, no índice mais difundido em nível global sobre corrupção, o da Transparência Internacional, se apresenta um panorama exatamente oposto, ou seja, o mundo desenvolvido sofrendo nas mãos do mundo em desenvolvimento por causa dos estragos da corrupção. Qual sua opinião sobre esse índice? Jason Hickel: Ele tem uma série de problemas. Em primeiro lugar, se baseia na percepção da corrupção que há no próprio país. De maneira que os pesquisados não podem dizer nada sobre o que pensam acerca de outros modos de corrupção como, por exemplo, os paraísos fiscais ou a OMC. Em segundo lugar, como o índice mede mais percepções do que realidades, está exposto às narrativas dos departamentos de relações públicas. A narrativa dominante é promovida por um complexo de organizações, desde o Banco Mundial até a USAID e passando por muitas ONGs, que centram o tema da pobreza na corrupção dos próprios países em desenvolvimento. De maneira que não
  • 37. surpreende que os entrevistados terminem refletindo essa visão. Além disso, os índices se baseiam em dados de instituições como o Banco Mundial e o Fórum Econômico Mundial. Estas instituições, que representam países ricos ocidentais, tem interesse direto em manter essa narrativa sobre a corrupção. Fonte: SONEGAÇÃO DOS RICOS É 25 VEZES MAIOR QUE CORRUPÇÃO NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, Marcelo Justo, Tradução: Marco Aurélio Weissheimer, 25/02/2014, ww.cartamaior.com.br/?/Editoria/Economia/Sonegacao-dos-ricos- e-25-vezes-maior-que-corrupcao-nos-paises-em- desenvolvimento/7/30342, acesso fev/14 No início do golpe de 64, lembremos, fora o desastre geral em educação, havia um quantitativo ínfimo de vagas no ensino superior, o Problema dos Excedentes e mais de 80% das matrículas em públicas. A ditadura literalmente repassou toda problemática para USAID ¨resolver¨, sendo consequentes transformarem o processo de ingresso no ensino superior numa indústria, pré- vestibular/ENEM, e a lucratividade dessa praticamente migrar para ensino superior que, conjuntamente com outras ajudas e subsídios, inverteram tal índice. Só manchetes e introdução de duas notícias atuais mostram um pouco disto (g.n): EM QUATRO ANOS, MAIS DE 1,2 MILHÃO DE UNIVERSITÁRIOS FECHARAM CONTRATO COM FIES, Julia Carolina, iG São Paulo, 25/02/2014, Apenas em janeiro, 102 mil universitários se inscreveram; mais do que o ano todo de 2010. Programa é um bom negócio para universidades particulares fugirem da inadimplência Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-02-25/em-quatro- anos-mais-de-12-milhao-de-universitarios-fecharam-contrato-com- fies.html, acesso fev/14 GOVERNO APROVA CRÉDITO EXTRA DE R$ 2,5 BILHÕES PARA O FIES Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/governo-aprova-credito-extra- de-25-bilhoes-para-fies-11745202, acesso fev/14 Resumo atual do ensino básico, até melhor do sempre foi, é o seguinte (g.n) REDE PÚBLICA PERDE ALUNOS PARA ESCOLAS PRIVADAS, SEGUNDO CENSO, Leonardo Vieira, 27/02/14 RIO - A educação pública no Brasil está encolhendo, enquanto a rede de ensino privada cresce ano após ano. Os dados do Censo da Educação
  • 38. Básica de 2013, divulgados anteontem, mostram que o número de alunos matriculados em escolas particulares subiu 14% de 2010 a 2013, passando de 7,5 milhões para 8,6 milhões. No mesmo período, a quantidade de estudantes em instituições públicas recuou 5,8%, caindo de 43,9 milhões para 41,4 milhões.... Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/rede-publica-perde-alunos-para- escolas-privadas-segundo-censo-11730917, acesso fev/14 Como se chegou à situação de uma minoria do ensino básico privado dominar ingresso superior em pública aos ponto de cota para rede pública ser pensável? E tudo fica pior ainda por rede privada nunca ter tido qualidade que distanciasse muito de púbica. Porém, esse pouco quando acrescido com pré- vestibular sempre foi decisivo, posto que, pública sempre ajudou nisso alijando rede pública tanto via diplomação docente da pior forma possível e mais ainda com suas bancas de vestibulares praticamente em concluo com pré- vestibulares. De fato, a pesquisa no caso Minas, pesquisa da UFMG que tira até sangue de estudante da rede pública supondo que nota baixa em matemática deriva de doença genética, mostra que nessas pior do ódio da rede púbica, desenvolveu- se nessa, porquanto, repassa para formação, uma percepção de que nessas só haveria imprestáveis que nem piedade merecem. E não se descarta haver em tais caso até a situação ideal; ser dono de pré-vestibular e chefe de departamento em pública indicando quem iria fazer parte da banca. Assim como, não ficarei admirado se algum que tenha participado até historicamente de tudo isso apareça votando por cota em conselhos; era pregação da turma econômica do Delfim, quando questionada da brutal concentração de renda do modelo, que depois de tanto ficarem ricos cansariam disto e distribuiriam riqueza O que permanece inalterado no ensino superior é o processo de diplomação, seus métodos e parâmetros, os quais são dentro da mentalidade dominada pela pública que transpassa tudo para rede privada tanto através do domínio dos organismos governamentais quanto pelo predomínio em nível de pós-graduação, capacitando mão de obra docente dessa. E financeiramente púbica tem garantido o grosso do orçamentário somente pelo ato de matricula em graduação, sem qualquer fiscalização ou avaliação da qualidade de alguma validade. Porém, desse total, no máximo, 10% terminando em condições de acessar pós garante o restante, fazendo com os demais virarem lixe acadêmico, porquanto, pouco interessa condições estruturais, quase nem se preocupa com grande curricular e, como já deixei claro, no que deveria ser mais objetiva, formação docente, sempre tratou isso com desprezo, de categoria reles, formatando mais os inimigos da escola em que cada formação desenvolve até
  • 39. preconceitos das demais. Voltando um pouco ao cerne da questão USAID, não se despreza haver ideologia de mundo influindo e um caso nisso do ensino da matemática envolve Amazônia. Pois, talvez com exceção do Brasil, nenhuma outra nação desconheça do potencial de riqueza, tanto material quanto cultural, que há e guarda essa região. Por isso, fatos, lendas e teorias conspiratórias no tema formam um manto espesso com poucas chances de enxergarmos alguma diferença, o que fez chamar minha atenção do que relatava estudante da rede básica haver em livro aprovado pelo MEC, Novo Tempo ( Imenes, Jacuko e Lellis, editora Scipione, vol 4, pág. 148, virou tema na minha pesquisa. O pretendido era ensinar a conta 8,5 – 4,0 na 4ª série primária, o que exige uma boa maestria. E para compensar a quase absoluta falta disto, coloca-se um texto, denominado Matemática e Meio Ambiente, no qual se informa que a dimensão do Brasil é de 8,5 milhões quilômetros quadrados e da Amazônia, em 1970, era de 4 milhões quilômetros quadrados. Ou seja, o induzido na conta era tirar a Amazônia do Brasil. E o que esse dizia ter solução para esse problema que o livro estava propondo: nesse tópico: ¨DE ACORDO COM O TEXTO, A ÁREA DO BRASIL PODE SER DE 4 MILHÕES DE QUILÔMETROS QUADRADO? E PODE SER DE 8 500 000 QUILÔMETROS QUADRADO? POR QUÊ? ¨ Portanto, uma construção absurda, crime de Lesa-Pátria, ao questionar a área do Brasil e que levava estudante da Amazônia fazer por escolha um Brasil sem a Amazônia, Enviei e-mail pedindo providências à editora, autores já fizeram por achar isso lindo, Comissão Nacional do Livro Didático e Gabinete do MEC, sem que nenhum tomasse qualquer providência. Encaminhei ao MPF-DF e precisei fazer recurso, Representação nº 1.16.000.001323/2007-80 - Contra Promoção de Arquivamento 27/2007-PRDF/MPF/PP, dado que, o MEC mandou advogado defender, e procurador foi convencido, de que isso é que qualifica educação para rede pública, dado que, rede privada tende usar como texto os que não foram aprovados pelo MEC. Como sempre, esse é apenas um dos exemplos de aberrações em livro didático dito de matemática que o MEC distribui na rede pública, no relato ao MPF há outros, este é por referência. Pois não vendo gravidade nesse não haverá nada mais que possa achar imprestável. Sendo mais uma prova do desprezo pela educação pública e da redemocratização recrudescendo para pior.
  • 40. E embora sejam imponderáveis atos dos degeneradas que agiam nos porões da ditadura, por outro fator que podemos dizer de mundo, discriminação de gênero, as ações contra mulheres presas aguçam as mais profundas torpezas desses e alguns relatos disto constam em [83-84]. E o específico em matemática nisso ainda é pouco estudado, sendo a matemática e professora da UFRJ Maria Laura Mouzinho Leite Lopes, 13/05/1952-20/06/2013, http://www.abc.org.br/~mlmll, acesso març/14, uma que foi demitida e exilada. Não ser pesquisado não quer dizer não ser atualmente presente, como mostra esse trecho de artigo (g.n): ¨Recentemente, uma colega, aluna do doutorado em Matemática ¨pura¨, em tom de lamento, contou-me que seu professor disse a ela e às suas colegas, todas professoras universitárias: ¨se vocês não entendem nem isto, então vão vender Avon¨ Fonte: A CRÍTICA AO ENSINO DA MATEMÁTICA, Marisa Rosâni Abreu da Silveira, AMZÔNIA – Revista de Educação em Ciências e Matemática, V.2-n3-jul.2005/dez.2005, V.2-n.4 2006/jun.2006, www.ppgecm.ufpa.br/revistaamazonia/vol_02/v02_p01.pdf, acesso maio/13 Portanto, isso é fruto de mentalidade abjeta de degradação dos valores humanos presente em processo de diplomação que se aprofundaram na fase cruel da ditadura, via mobilização de horda, ampliado ao longo da dita distensão para que nos tempos ditos democráticos agir denegrindo pessoa como se tivesse prestando favor. Lembrando que isso é em nível de doutorado, portanto, fica até impensável em nível de graduação quando, fora de meia dúzia ou menos, consideram por lixo acadêmico. É hora do mais duro a ser feito, pois [85-88] são leituras fundamentais para que se veja como agiram por todo o institucional normatizando e legalizando até crimes horrendos; construindo processos e parâmetros ¨éticos¨ e ¨morais¨ em condições de legarem apenas uma ¨democracia¨ provisória, recheada de ameaças e pavores, fortemente propensa em futuramente ficar pior. E acuso, até residindo nisso grande parte do consenso que se estabeleceu, que na tal abertura lenta e gradual incluía o que chamo de ¨Democracia de horda¨; verdade e indivíduo são anulados para prevalecer por ¨verdade¨ o que tenha subjacente uma horda; mobilizável em situação abjeta e possível de contaminar quando há como pano de fundo corrigir distorção social. Assim, não obstante do quanto universidade pública já contribuiu com o Brasil, nunca houve no panorama nacional ente mais responsável na detecção e combate dessa absurda fragilidade institucional. Porém, acresceu o que já
  • 41. estava no macro via a dita Autonomia Universitária e sua própria versão da ¨Democracia de horda¨. Como é verdade, já vinha de ante precisando apenas ao general-reitor não mais do que um docente em cada departamento, pois como tudo sempre dependeu de votação, este anularia os demais por convencimento, medo, omissão e mobilizando horda. E o mais importante: sem qualquer processo posterior de contestação disto a saída de cena do reitor-general aprofundaria tudo mais ainda, posto que, esses herdariam para si os poderes desse e cumpririam o desejo maior da ditadura de fazê- la chocadeira dessas mentalidades. E nisso todas vertentes políticas preponderantes do seu interior e as que construiriam estava(ria)m de acordos. O símbolo maior disto dentro de pública sempre foi ascensão funcional, para qual além de reverterem o moralmente possível, o institucional avaliar, portanto, sem interferência dos pares, precisa que o interessado arregimentar votos, porquanto, prescinde compactuar ou pior, calar-se até antes aberrações, como mostrei aqui nos vestibulares, caso até de submeter ao degradante, que, obviamente, quem se submete por formação acha tudo normal. Exemplifico para ser mais objetivo. Docente com bolsa pesquisa de órgão fomento, publicando em revista indexadas e cumprindo suas obrigações com docência, não cabe pares discutir sua ascensão funcional. Toda energia e dispêndio institucional de tempo precisará para o que perder essa por ter trabalho despublicado por plágio, pois terá que devolver o que ganhou em função disto e até repor disciplinas de graduação que deixou de ministrar e até punições piores. Não é perigoso o quanto um mal caráter plagiador pode fazer para mobilizar horda e obter o que lhe for favorável dentro dos seus pares, que de fato é o único poder reinante? E mais do que óbvio, finalizando tudo, departamento que aprovou por unanimidade pedido de reexame de sanidade mental, como foi o meu caso, independentemente do resultado disto, não tem mais moralidade pública para votar mais nada relacionado com esse, ascensão, participação em congresso, projeto, etc., quando menos, como provei no caso, tudo foi fruto de uma horda que imoralmente sempre compactuou até com as piores safadezas, quiçá até produziram, que faziam parte do vestibular. Quanto menos que depois de mobilizada essa se automotiva, espalha-se por todo o institucional, e passar atuar por outros meios sem qualquer perspectiva de r extinção. Porquanto, o que ainda falta, é Justiça do Trabalho entrar em histórias como essas, pois tenho conhecimento de ter atuado em tais situações.
  • 42. REFERÊNCIA [1] TURNO DA FOME CONTINUA EM 17 ESCOLAS E ATINGE MAIS DE 6 MIL ALUNOS DE SP EM 2014, http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-12-16/turno- da-fome-continua-em-17-escolas-e-atinge-mais-de-6-mil-alunos-de-sp-em-2014.html, acesso Fev/14 [2] ALUNOS DA CAPITAL PAULISTA AINDA ESTUDAM EM ESCOLAS DE LATA, Do G1 São Paulo, 07/05/2013, http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/alunos-da-capital- paulista-ainda-estudam-em-escolas-de-lata.html, acesso Fev/14 [3] ALUNOS DO CAMPUS PRAIA VERMELHA DA UFRJ TERÃO AULAS DENTRO DE CONTÊINERES. MOBÍLIA PODE NÃO CHEGAR ATÉ O INÍCIO DAS AULAS, Extra Online, 27/02/12, http://extra.globo.com/noticias/educacao/vida-de-calouro/alunos-do-campus-praia- vermelha-da-ufrj-terao-aulas-dentro-de-conteineres-mobilia-pode-nao-chegar-ate-inicio- das-aulas-4082560.html, acesso Fev/14 [4] INSTITUTO DE EDUCAÇÃO: LEMBRANÇAS DE ANOS DOURADOS, Eduardo Vanini, O Globo, 05/01/14, http://oglobo.globo.com/educacao/instituto-de-educacao- lembrancas-de-anos-dourados-11210391, acesso jan/13 [5] O MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA (1932), Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p.188–204, ago. 2006 - ISSN: 1676-2584, www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc1_22e.pdf, acesso jan/13 [6] MANIFESTO PELA EDUCAÇÃO COMPLETA 80 ANOS NA GAVETA, Carolina Benevides, 18/06/12, http://oglobo.globo.com/educacao/manifesto-pela-educacao- completa-80-anos-na-gaveta-5237034, acesso fev/14 [7] MANIFESTO DOS EDUCADORES: MAIS UMA VEZ CONVOCADOS (Janeiro de 1959), Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p.205–220, ago2006,
  • 43. www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/22e/doc2_22e.pdf, acesso fev/14 [8] BENJAMIN CONSTANT: BIOGRAFIA E EXPLICAÇÃO HISTÓRICA, Renato Luís do Couto Neto e Lemos, www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/210.pdf, acesso 25/01/09 [9] INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT, www.ibc.gov.br/Nucleus/index.php, acesso fev/14 [10] BENJAMIN CONSTANT, pág. J. F. Porto da Silveira/UFRGS, www.mat.ufrgs.br/~portosil/benja.html, acesso fev/14 [11] MONOGRAPHIA DO INSTITUO LAURO SODRÉ, FCPTN, www.fcptn.pa.gov.br/index.php/d/m-titulos/monografialaurosodre, acesso fev/14 [12] ENTRE A INSURREIÇÃO E A INSTITUCIONALIZAÇÃO: LAURO SODRÉ E A REPÚBLICA CARIOCA, Freire, Américo Oscar Guichard, http://hdl.handle.net/10438/6588, acesso fev/14 [13] A IMPONENTE HISTÓRIA DO LAURO SODRÉ, Elyne Santiago, Diário do Pará, Belém, 30 jul. 2007, Caderno Cidades, p. A-6, http://sib.iesam- pa.edu.br/downloads/hemeroteca/ciencias_sociais_aplicadas/ARQ/ARQ0745.pdf, acesso fev/14 [14] BLOG DA ESCOLA LAURO SODRÉ, http://escolalaurosodre.blogspot.com.br/ [15] HISTÓRICO - TJPA, www.tjpa.jus.br/PortalExterno/institucional/Sobre-o-TJ/39- Historico.xhtml, acesso fev/14 [16] O BRASIL DE JK - EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO: O DEBATE NOS ANOS 1950, CPDOC /FGV, http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Educacao/Anos1950, acesso fev/14 [17] HISTÓRICO E ESTRUTURA-UFPA, www.portal.ufpa.br//includes/pagina.php?cod=historico-e-estrutura, acesso dez/13 [18] O PLANO DIRETOR DO CAMPUS BELÉM DA UFPA, Ximenes, J., Bentes, M., Pontes, L., Hohlenwerger, S. e Rodrigues, R.M., xiv encontro nacional da anpur, maio de 2011, Rio de Janeiro - RJ – Brasil, www.anpur.org.br/site/anais/ena14/ARQUIVOS/GT1-1294-1106-20110107054555.pdf, acesso dez/13 [19] QUEM SOMOS NÓS, PROFESSORES DE MATEMÁTICA?, Valente, W. R.,, Cad. Cedes, Campinas, vol. 28, n. 74, p. 11-23, jan./abr. 2008, Disponível em http://www.cedes.unicamp.br, www.scielo.br/pdf/ccedes/v28n74/v28n74a02.pdf, acesso fev/14 [20] O SENTIDO POLÍTICO DA EDUCAÇÃO DE JANGO, A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, CPDOC/FGV, http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/O_sentido_ politico_da_educacao_de_Jango, acesso fev/14 [21] ACESSO A UNIVERSIDADE - UMA QUESTÃO POLÍTICA E UM PROBLEMA METODOLÓGICO, Maria Aparecida Ciavatta Franco, www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/es/artigos/105.pdf, acesso fev/14 [22] QUALIDADE E EFICIÊNCIA DO MODELO DE ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO: UMA REFLEXÃO CRÍTICA, Ronald Braga, DT 10/89, CEC/IPLAN/IPEA/SEPLAN, NUPES/USP, http://nupps.usp.br/downloads/docs/dt8910.pdf, acesso fev/14 [23] A UNIVERSIDADE PÚBLICA NO BRASIL, Thimoteo Camacho, Revista de Sociología, Nº 19, 2005, Facultad de Ciencias Sociales - Universidad de Chile (p.100 - 133), www.facso.uchile.cl/publicaciones/sociologia/articulos/19/1906-Camacho.pdf, acesso fev/14 [24] DEMOCRACIA AMEAÇADA: VIOLÊNCIA SIMBÓLICA, RELAÇÕES AUTORITÁRIAS E CIDADANIA CIVIL NO BRASIL REPUBLICANO, Marco Antônio de
  • 44. Souza e Jacqueline oliveira Leão, Revista Expedições: Teoria da História & Historiografia, V. 4, N.2, Agosto-Dezembro de 2013, www.prp.ueg.br/revista/index.php/revista_geth/article/view/2157, acesso fev/13 [25] COMO EMPRESÁRIOS, POLÍTICOS, JORNALISTAS E RELIGIOSOS AJUDARAM A CONSTRUIR O GOLPE DE 64, Marco Aurélio Weissheimer, sinpro/RS, www.sinprors.org.br/extraclasse/abr13/marco.asp, acesso fev/14 [26] DITADURA BRASILEIRA FORNECEU NOVO MODELO DE GOLPE E DE REGIME POLÍTICO, Folha de São Paulo, 09/01/2014, www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2014/01/1395412-ditadura-brasileira-forneceu- novo-modelo-de-golpe-e-de-regime-politico.shtml, acesso fev/14 [27] 1964: UM GOLPE PLANEJADO POR MUITAS GERAÇÕES DE MILITARES (PROVADO EM CONCURSOS, HERALDO MAUÉS FOI IMPEDIDO DE ASSUMIR), Elias Luz , www.jornalbeiradorio.ufpa.br/novo/index.php/2006/45-edicao-36/518-1964- um-golpe-planejado-por-muitas-geracoes-de-militares, acesso fev/14 [28] 1964: O GOLPE CONTRA AS REFORMAS E A DEMOCRACIA, Caio Navarro de Toledo/ Unicamp, Rev. Bras. Hist. vol.24 no.47 São Paulo, 2004, http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01882004000100002, acesso fev/14 [29] A UFPA E OS ANOS DE CHUMBO: A ADMINISTRAÇÃO DO REITOR SILVEIRA NETO EM TEMPO DE DITADURA (1960 - 1969), Edilza Joana Oliveira Fontes e Davison Hugo Rocha Alves, http://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180305102013258/2873 [30] O LIVRO NEGRO DA USP: O CONTROLE IDEOLÓGICO NA UNIVERSIDADE, ADUSP, 1979, reeditado como O CONTROLE IDEOLÓGICO NA USP, Coordenação editorial: Heloísa Daruiz Borsari e Pedro Estevam da Rocha Pomar, 2004, www.adusp.org.br/files/cadernos/livronegro.pdf, acesso fev/14 [31] RAZÕES DE SOBRA PARA SE CRIAR A COMISSÃO DA VERDADE DA USP, Camila Rodrigues da Silva, Revista Adusp, Out/201 www.adusp.org.br/files/revistas/53/mat06.pdf, aceso fev/14 [32] USP COLABOROU COM A DITADURA, REVELA DOCUMENTO, Marsílea Gombata, 20/09/2013, Carta Capital, www.cartacapital.com.br/sociedade/usp-colaborou- com-a-ditadura-revela-documento-5819.html, acesso fev/14 [37] CNV REQUISITA AO REITOR DOSSIÊ SOBRE DITADURA E PEDE JUSTIÇA PARA ANA ROSA, Aduspnet, www.adusp.org.br/index.php/correcao/1503-cnv-requisita- ao-reitor-dossie-sobre-ditadura-e-pede-justica-para-ana-rosa, acesso fev/14 [38] AULAS SOB VIGILÂNCIA E PERSEGUIÇÃO NA DITADURA MILITAR, Juliana Dal Piva, O Globo, 15/04/13, http://oglobo.globo.com/educacao/aulas-sob-vigilancia- perseguicao-na-ditadura-militar-8110480, acesso fev/14 [39] FILHA BASTARDA DA USP, AESI DESEMPENHOU DIFERENTES PAPÉIS NA REPRESSÃO INTERNA, José Chrispiniano, Marcy Picanço e Marina Gonzalez, Revista Adusp. Out/2004, www.adusp.org.br/files/revistas/33/r33a06.pdf [40] OS OLHOS DO REGIME MILITAR BRASILEIRO NOS CAMPI. AS ASSESSORIAS DE SEGURANÇA E INFORMAÇÕES DAS UNIVERSIDADES, Rodrigo Patto Sá Motta, Topoi, v. 9, n. 16, jan.-jun. 2008, p. 30-67, www.revistatopoi.org/numeros_anteriores/topoi16/topoi16a2.pdf, acesso jun/13 [41] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PUBLICOU MANUAL DE ESPIONAGEM EM 1970, Marcelo de Moraes, O Estadão, S. Paulo, www.estadao.com.br/noticias/impresso,ministerio-da-educacao-publicou-manual-de- espionagem-em-1970,299737,0.htm, acesso jun/13 [42] UFRJ CRIA COMISSÃO DA MEMÓRIA E VERDADE, JC e-mail 4764, 09/01/2013,