SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Analise Intersemiótica da letra da Música
“Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda



              Lucas Miranda Nascimento


              lucasmirandaiee@yahoo.com.br




    2 -2011       Semiótica da Imagem        IAD-UFJF
O que é intersemiótica ou transmutação?‟


Tipo de tradução que „consiste na interpretação dos signos
verbais por meio de sistemas de signos não verbais‟, ou „de um
sistema de signos para outro, por exemplo, da arte verbal para a
música, a dança, o cinema ou a pintura‟, ou vice-versa... Roman
Jackobson (apud Plaza 2003) grifo nosso


                                                 Exemplo:

                                                  Matisse




                                             Yves Saint Lauren




   2 -2011       Semiótica da Imagem                 IAD-UFJF
Signos ?



   Tradução         “Funciona como linguagem multisensorial
                    capaz de denotar um objeto, não sendo
                    necessariamente o objeto, mas
                    funcionando como uma estrutura
Signos    Signos    expressiva própria com capacidade de
                    projetar individualmente em cada
                    interprete um sentido”
                    Lucas Miranda 2011
   Tradução




     2 -2011   Semiótica da Imagem               IAD-UFJF
A tradução tema de nosso estudo, tem como
ponto de partida e ponto de chegada o esquema
diagramático, abaixo:


                     Quadrilha
                      1930 de
             Carlos Drumond de Andrade

                                         Tradução de signos /
                                         intertextualidade externa
               Flor da Idade
                  1973 de
               Chico Buarque




   2 -2011       Semiótica da Imagem               IAD-UFJF
Quadrilha
Carlos Drumond de Andrade
1930

“João amava Teresa que amava
Raimundo
que amava Maria que amava
Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados
Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili
casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na
história”
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o
Flor da Idade                         primeiro amor
Chico Buarque 1973 Todos os
direitos reservados.                  Vê passar ela, como dança, balança,
                                      avança e recua
“A gente faz hora, faz fila na vila   A gente sua
do meio dia                           A roupa suja da cuja se lava no meio
Pra ver Maria                         da rua
A gente almoça e só se coça e se      Despudorada, dada, à danada agrada
roça e só se vicia                    andar seminua
A porta dela não tem tramela          E continua
                                      Ai, a primeira dama, o primeiro drama,
A janela é sem gelosia                o primeiro amor
Nem desconfia
Ai, a primeira festa, a primeira      Carlos amava Dora que amava Lia que
fresta, o primeiro amor               amava Léa que amava Paulo
Na hora certa, a casa aberta, o       Que amava Juca que amava Dora que
pijama aberto, a família              amava Carlos que amava Dora
A armadilha                           Que amava Rita que amava Dito que
A mesa posta de peixe, deixe um       amava Rita que amava Dito que amava
cheirinho da sua filha                Rita que amava
Ela vive parada no sucesso do         Carlos amava Dora que amava Pedro
rádio de pilha                        que amava tanto que amava
Que maravilha                         a filha que amava Carlos que amava
                                      Dora que amava toda a quadrilha.”
Quadrilha- Drumond



Consideraremos o processo de analise a partir da poesia e suas
implicações na música, mediante parâmetros rítmicos e de
metalinguagem



           Poesia
          Rítmico
                                              Música
      Metalinguagem
   (Descrição Gramatical)




   2 -2011       Semiótica da Imagem                 IAD-UFJF
• A pequena história Quadrilha de Carlos Drumond de
Andrade 1930, trabalha com intercursos de vidas que se
relacionam inicialmente em torno do “amor” que não é
correspondido e a temporalidade se encarrega de supor um
aparente desfecho.



•A estrutura textual é um: Epigrama, ou seja, uma composição
breve e “picante” chamada também, pelos modernistas de
“poema piada”.



 •Quadrilha; Dança do fim do séc. XVIII de origem francesa,
 executada por um número par de casais- Termo também usado
 para designar Bando ou grupo de pessoas




   2 -2011       Semiótica da Imagem                 IAD-UFJF
3 Primeiros versos- do poema

“João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém. [...]”

Pronome relativo que + as orações que se dispõe em sequência...

[...] fornece uma construção que permite que um personagem se
conecte ao outro sem quebras de pontuação

Na música em alguns versos

É usado a vogal „e‟ e de „vírgulas‟ para criar o mesmo efeito de
conexão que no caso é com ações e não a personagens.

“[...]A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia...”

“ [...]Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua
A gente sua ...” (uso de virgulas)


      2 -2011       Semiótica da Imagem                     IAD-UFJF
3 Primeiros versos- do poema

  “João amava Teresa que amava Raimundo
  que amava Maria que amava Joaquim „que amava Lili
  que não amava ninguém. [...]”



          Amava      É recorrente e motor de ação para todos os sujeitos
           Verbo
           Exerce uma função de amarra que mantém os
                personagens juntos em um circulo

Na música / este aparente efeito de se estar sempre se voltando ao
começo da história é dado pelo uso de:

Vogais e sílabas de sons abertos, exemplo: “A roupa suja da cuja se lava
no meio da rua”,

“... a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a
quadrilha.”


      2 -2011       Semiótica da Imagem                  IAD-UFJF
Poema

O poema não conta com adjetivos, se abstém de metáforas e seu
caráter se aproxima da narração. Ao contrário da música que
trabalha com alguns adjetivos, como:


Música
Adjetivo-
“...A roupa suja da cuja se lava no meio da rua
Despudorada, dada à danada agrada andar
seminua...‟”


     O verso livre de ambas as produções reforça seu significado
                  em uma relação entre ritmo e sentido




     2 -2011       Semiótica da Imagem                 IAD-UFJF
Flor da Idade de Chico Buarque


•Composta para a peça Gota D‟água de Chico Buarque e Paulo
Pontes
• Em seu contexto ela descreve a situação da Vila do Meio Dia


               A tradução se deu a partir:

                                    A tradução ocorreu, por
                                    intertextualidade externa nos
        Quadrilha                   últimos versos e pela criação de
         1930 de                    signos rítmicos e textuais que
Carlos Drumond de Andrade           denotam o poema ao longo da
                                    música.

   Flor da Idade                         •intertextualidade
      1973 de                            externa
   Chico Buarque                         •Textuais
                                         •Rítmicas

    2 -2011        Semiótica da Imagem                   IAD-UFJF
Referências:


Santaella, L. O que é Semiótica. São Paulo; Editora
Braziliense, 1983

PLAZA, Julio. Tradução Intersemiótica. São Paulo; Editora
Perspectiva, 2003.

Quadrilha Carlos Drumond
http://www.culturabrasil.org/cda.htm#quadrilha 25/09/2011 13:45

Buarque, Chico. Flor da Idade. 1973. Disponível em:
http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=flor
daid_75.htm Acesso em: 20 de set. de 2011. 21:15.

Chico Buarque. Acesso em 18/09/2011. 17:22. Vida. Disponível
em: http://www.chicobuarque.com.br/vida/vida.htm João Camilo
da Silva Augusto



       2 -2011       Semiótica da Imagem                   IAD-UFJF
Analise Intersemiótica da letra da Música
“Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda

                  Lucas Miranda Nascimento


                  lucasmirandaiee@yahoo.com.br




 Trabalho disciplinar do Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design da
     Universidade Federal de Juiz de Fora – Prof. Dro. João Queiroz

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Quinhentismo brasileiro
Quinhentismo brasileiroQuinhentismo brasileiro
Quinhentismo brasileiro
 
Romantismo no Brasil
Romantismo no BrasilRomantismo no Brasil
Romantismo no Brasil
 
2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro2ª fase do modernismo brasileiro
2ª fase do modernismo brasileiro
 
Realismo no brasil
Realismo no brasilRealismo no brasil
Realismo no brasil
 
O Realismo
O RealismoO Realismo
O Realismo
 
Parnasianismo'
Parnasianismo'Parnasianismo'
Parnasianismo'
 
O que é Literatura?
O que é Literatura?O que é Literatura?
O que é Literatura?
 
Conto de enigma
Conto de enigmaConto de enigma
Conto de enigma
 
Generos textuais
Generos textuaisGeneros textuais
Generos textuais
 
Poesia romântica no Brasil
Poesia romântica no BrasilPoesia romântica no Brasil
Poesia romântica no Brasil
 
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentarAntônio gonçalves dias power point para apresentar
Antônio gonçalves dias power point para apresentar
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Geração de 1945
Geração de 1945Geração de 1945
Geração de 1945
 
3ª fase do modernismo blog
3ª fase do modernismo blog3ª fase do modernismo blog
3ª fase do modernismo blog
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literário
 
Pré modernismo-slides
Pré modernismo-slidesPré modernismo-slides
Pré modernismo-slides
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
 
Poesia 2ª fase modernista
Poesia 2ª fase modernistaPoesia 2ª fase modernista
Poesia 2ª fase modernista
 
Realismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - LiteraturaRealismo e Naturalismo - Literatura
Realismo e Naturalismo - Literatura
 

Destaque

Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwa
Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwaTraducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwa
Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwaSamuel Lima
 
O Amor é Mesmo Assim
O Amor é Mesmo AssimO Amor é Mesmo Assim
O Amor é Mesmo Assimguestbdb438
 
As parcerias de Chico Buarque
As parcerias de Chico BuarqueAs parcerias de Chico Buarque
As parcerias de Chico Buarqueanaluisaarruda
 
Agnaldo E Nelson GonçAlves
Agnaldo E Nelson GonçAlvesAgnaldo E Nelson GonçAlves
Agnaldo E Nelson GonçAlvesRenato Cardoso
 
Figuras de Linguagem
Figuras de LinguagemFiguras de Linguagem
Figuras de LinguagemDaniele Silva
 
CéU De Santo Amaro
CéU De Santo AmaroCéU De Santo Amaro
CéU De Santo Amarosantana1961
 
Choro chorado para paulinho nogueira violao
Choro chorado para paulinho nogueira violaoChoro chorado para paulinho nogueira violao
Choro chorado para paulinho nogueira violaogioginho47
 
Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd.
Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd. Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd.
Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd. Endl Félix Muriel
 
Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...
Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...
Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...Gabriela Agustini
 
Aquarela
AquarelaAquarela
Aquarelaunam
 
Cifra club aquarela toquinho (cifra com vídeo-aula)
Cifra club   aquarela   toquinho (cifra com vídeo-aula)Cifra club   aquarela   toquinho (cifra com vídeo-aula)
Cifra club aquarela toquinho (cifra com vídeo-aula)Carlos Costa
 
Songbook altamiro carrilho
Songbook altamiro carrilhoSongbook altamiro carrilho
Songbook altamiro carrilhoranuzzi
 
pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)
pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)
pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)notenkrakertje
 
Tocando em frente Almir Sater
Tocando em frente Almir SaterTocando em frente Almir Sater
Tocando em frente Almir Saterviveremalegria
 

Destaque (20)

Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwa
Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwaTraducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwa
Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwa
 
O Amor é Mesmo Assim
O Amor é Mesmo AssimO Amor é Mesmo Assim
O Amor é Mesmo Assim
 
As parcerias de Chico Buarque
As parcerias de Chico BuarqueAs parcerias de Chico Buarque
As parcerias de Chico Buarque
 
Agnaldo E Nelson GonçAlves
Agnaldo E Nelson GonçAlvesAgnaldo E Nelson GonçAlves
Agnaldo E Nelson GonçAlves
 
Modinha
ModinhaModinha
Modinha
 
Figuras de Linguagem
Figuras de LinguagemFiguras de Linguagem
Figuras de Linguagem
 
CéU De Santo Amaro
CéU De Santo AmaroCéU De Santo Amaro
CéU De Santo Amaro
 
Passaredo
PassaredoPassaredo
Passaredo
 
Choro chorado para paulinho nogueira violao
Choro chorado para paulinho nogueira violaoChoro chorado para paulinho nogueira violao
Choro chorado para paulinho nogueira violao
 
Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd.
Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd. Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd.
Gilberto passos gil moreira, oliver 3ºd.
 
Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...
Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...
Jangada Digital - Gilberto Gil e as Políticas Públicas Para a cultura das r...
 
Aquarela
AquarelaAquarela
Aquarela
 
Projeto Clube do Samba de Americana SP
Projeto Clube do Samba de Americana SP  Projeto Clube do Samba de Americana SP
Projeto Clube do Samba de Americana SP
 
Mpbfestivais
MpbfestivaisMpbfestivais
Mpbfestivais
 
Cifra club aquarela toquinho (cifra com vídeo-aula)
Cifra club   aquarela   toquinho (cifra com vídeo-aula)Cifra club   aquarela   toquinho (cifra com vídeo-aula)
Cifra club aquarela toquinho (cifra com vídeo-aula)
 
Songbook altamiro carrilho
Songbook altamiro carrilhoSongbook altamiro carrilho
Songbook altamiro carrilho
 
Willlian songbook - ok
Willlian   songbook - okWilllian   songbook - ok
Willlian songbook - ok
 
pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)
pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)
pno songbookSongbook viniciusdemoraesvols12e3-141227092856-conversion-gate02(1)
 
Irmãos lumière
Irmãos lumièreIrmãos lumière
Irmãos lumière
 
Tocando em frente Almir Sater
Tocando em frente Almir SaterTocando em frente Almir Sater
Tocando em frente Almir Sater
 

Semelhante a Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda - Lucas Miranda Nascimento

Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprioWilliam Ferraz
 
Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprioWilliam Ferraz
 
Vinícius de moraes trabalho
Vinícius de moraes trabalhoVinícius de moraes trabalho
Vinícius de moraes trabalhocoezica
 
Poema e poesia - 7º ano.pdf
Poema e poesia - 7º ano.pdfPoema e poesia - 7º ano.pdf
Poema e poesia - 7º ano.pdfCaroline Assis
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149luisprista
 
Jornal literário modernismo
Jornal literário modernismoJornal literário modernismo
Jornal literário modernismoNeena Santos
 
Carlos Drummond de Andrade 1902-1987
Carlos Drummond de Andrade 1902-1987Carlos Drummond de Andrade 1902-1987
Carlos Drummond de Andrade 1902-1987Samara Soares
 
Carlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeCarlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeAline Almeida
 
Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)
Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)
Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)José Ricardo Lima
 
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudoPoemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudoTATIANACANONICI1
 
Prova de literatura
Prova de literaturaProva de literatura
Prova de literaturaJosé Neto
 

Semelhante a Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda - Lucas Miranda Nascimento (20)

Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprio
 
Carlos drummond de andrade próprio
Carlos drummond de andrade   próprioCarlos drummond de andrade   próprio
Carlos drummond de andrade próprio
 
Vinícius de moraes trabalho
Vinícius de moraes trabalhoVinícius de moraes trabalho
Vinícius de moraes trabalho
 
Poema e poesia - 7º ano.pdf
Poema e poesia - 7º ano.pdfPoema e poesia - 7º ano.pdf
Poema e poesia - 7º ano.pdf
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 148-149
 
Pronomes relativos coesão textual.pdf
Pronomes relativos coesão textual.pdfPronomes relativos coesão textual.pdf
Pronomes relativos coesão textual.pdf
 
Jornal literário modernismo
Jornal literário modernismoJornal literário modernismo
Jornal literário modernismo
 
Carlos Drummond de Andrade 1902-1987
Carlos Drummond de Andrade 1902-1987Carlos Drummond de Andrade 1902-1987
Carlos Drummond de Andrade 1902-1987
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Carlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andradeCarlos Drummond de andrade
Carlos Drummond de andrade
 
Modernismo e mail
Modernismo e mailModernismo e mail
Modernismo e mail
 
Noções básicas de literatura e música
Noções básicas de literatura e músicaNoções básicas de literatura e música
Noções básicas de literatura e música
 
Teoria LiteráRia Ensino MéDio
Teoria LiteráRia Ensino MéDioTeoria LiteráRia Ensino MéDio
Teoria LiteráRia Ensino MéDio
 
Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)
Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)
Claro enigma (Carlos Drummond de Andrade)
 
Claro enigma
Claro enigma Claro enigma
Claro enigma
 
Literatura Em Pcop Maria Jose
Literatura Em Pcop Maria JoseLiteratura Em Pcop Maria Jose
Literatura Em Pcop Maria Jose
 
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudoPoemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
Poemas e poesias a poesia tem tudo a ver com tudo
 
Vinicius de Moraes
Vinicius de MoraesVinicius de Moraes
Vinicius de Moraes
 
Prova de literatura
Prova de literaturaProva de literatura
Prova de literatura
 
Linguagens Hildalene
Linguagens HildaleneLinguagens Hildalene
Linguagens Hildalene
 

Último

Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974AnaRitaFreitas7
 
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfIBEE5
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderLucliaResende1
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxtaloAugusto8
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalidicacia
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...Unidad de Espiritualidad Eudista
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaTeresaCosta92
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -Mary Alvarenga
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Colaborar Educacional
 

Último (20)

Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
 
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdfEBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
EBOOK LINGUAGEM GRATUITO EUDCAÇÃO INFANTIL.pdf
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptxApresentação sobrea dengue educação.pptx
Apresentação sobrea dengue educação.pptx
 
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacionalarte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
arte retrato de um povo - Expressão Cultural e Identidade Nacional
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
 

Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda - Lucas Miranda Nascimento

  • 1. Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda Lucas Miranda Nascimento lucasmirandaiee@yahoo.com.br 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 2. O que é intersemiótica ou transmutação?‟ Tipo de tradução que „consiste na interpretação dos signos verbais por meio de sistemas de signos não verbais‟, ou „de um sistema de signos para outro, por exemplo, da arte verbal para a música, a dança, o cinema ou a pintura‟, ou vice-versa... Roman Jackobson (apud Plaza 2003) grifo nosso Exemplo: Matisse Yves Saint Lauren 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 3. Signos ? Tradução “Funciona como linguagem multisensorial capaz de denotar um objeto, não sendo necessariamente o objeto, mas funcionando como uma estrutura Signos Signos expressiva própria com capacidade de projetar individualmente em cada interprete um sentido” Lucas Miranda 2011 Tradução 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 4. A tradução tema de nosso estudo, tem como ponto de partida e ponto de chegada o esquema diagramático, abaixo: Quadrilha 1930 de Carlos Drumond de Andrade Tradução de signos / intertextualidade externa Flor da Idade 1973 de Chico Buarque 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 5. Quadrilha Carlos Drumond de Andrade 1930 “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história”
  • 6. Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o Flor da Idade primeiro amor Chico Buarque 1973 Todos os direitos reservados. Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua “A gente faz hora, faz fila na vila A gente sua do meio dia A roupa suja da cuja se lava no meio Pra ver Maria da rua A gente almoça e só se coça e se Despudorada, dada, à danada agrada roça e só se vicia andar seminua A porta dela não tem tramela E continua Ai, a primeira dama, o primeiro drama, A janela é sem gelosia o primeiro amor Nem desconfia Ai, a primeira festa, a primeira Carlos amava Dora que amava Lia que fresta, o primeiro amor amava Léa que amava Paulo Na hora certa, a casa aberta, o Que amava Juca que amava Dora que pijama aberto, a família amava Carlos que amava Dora A armadilha Que amava Rita que amava Dito que A mesa posta de peixe, deixe um amava Rita que amava Dito que amava cheirinho da sua filha Rita que amava Ela vive parada no sucesso do Carlos amava Dora que amava Pedro rádio de pilha que amava tanto que amava Que maravilha a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha.”
  • 7. Quadrilha- Drumond Consideraremos o processo de analise a partir da poesia e suas implicações na música, mediante parâmetros rítmicos e de metalinguagem Poesia Rítmico Música Metalinguagem (Descrição Gramatical) 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 8. • A pequena história Quadrilha de Carlos Drumond de Andrade 1930, trabalha com intercursos de vidas que se relacionam inicialmente em torno do “amor” que não é correspondido e a temporalidade se encarrega de supor um aparente desfecho. •A estrutura textual é um: Epigrama, ou seja, uma composição breve e “picante” chamada também, pelos modernistas de “poema piada”. •Quadrilha; Dança do fim do séc. XVIII de origem francesa, executada por um número par de casais- Termo também usado para designar Bando ou grupo de pessoas 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 9. 3 Primeiros versos- do poema “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. [...]” Pronome relativo que + as orações que se dispõe em sequência... [...] fornece uma construção que permite que um personagem se conecte ao outro sem quebras de pontuação Na música em alguns versos É usado a vogal „e‟ e de „vírgulas‟ para criar o mesmo efeito de conexão que no caso é com ações e não a personagens. “[...]A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia...” “ [...]Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua A gente sua ...” (uso de virgulas) 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 10. 3 Primeiros versos- do poema “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim „que amava Lili que não amava ninguém. [...]” Amava É recorrente e motor de ação para todos os sujeitos Verbo Exerce uma função de amarra que mantém os personagens juntos em um circulo Na música / este aparente efeito de se estar sempre se voltando ao começo da história é dado pelo uso de: Vogais e sílabas de sons abertos, exemplo: “A roupa suja da cuja se lava no meio da rua”, “... a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha.” 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 11. Poema O poema não conta com adjetivos, se abstém de metáforas e seu caráter se aproxima da narração. Ao contrário da música que trabalha com alguns adjetivos, como: Música Adjetivo- “...A roupa suja da cuja se lava no meio da rua Despudorada, dada à danada agrada andar seminua...‟” O verso livre de ambas as produções reforça seu significado em uma relação entre ritmo e sentido 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 12. Flor da Idade de Chico Buarque •Composta para a peça Gota D‟água de Chico Buarque e Paulo Pontes • Em seu contexto ela descreve a situação da Vila do Meio Dia A tradução se deu a partir: A tradução ocorreu, por intertextualidade externa nos Quadrilha últimos versos e pela criação de 1930 de signos rítmicos e textuais que Carlos Drumond de Andrade denotam o poema ao longo da música. Flor da Idade •intertextualidade 1973 de externa Chico Buarque •Textuais •Rítmicas 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 13. Referências: Santaella, L. O que é Semiótica. São Paulo; Editora Braziliense, 1983 PLAZA, Julio. Tradução Intersemiótica. São Paulo; Editora Perspectiva, 2003. Quadrilha Carlos Drumond http://www.culturabrasil.org/cda.htm#quadrilha 25/09/2011 13:45 Buarque, Chico. Flor da Idade. 1973. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/construcao/mestre.asp?pg=flor daid_75.htm Acesso em: 20 de set. de 2011. 21:15. Chico Buarque. Acesso em 18/09/2011. 17:22. Vida. Disponível em: http://www.chicobuarque.com.br/vida/vida.htm João Camilo da Silva Augusto 2 -2011 Semiótica da Imagem IAD-UFJF
  • 14. Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque de Holanda Lucas Miranda Nascimento lucasmirandaiee@yahoo.com.br Trabalho disciplinar do Bacharelado Interdisciplinar em Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora – Prof. Dro. João Queiroz