2. As intoxicações são quadros agudos, acidentais
ou voluntários, causados por substâncias não
medicamentosas (organofosforados, cianetos,
metanol etc) ou medicamentosas (bzd, digoxina,
opiáceos etc).
Outras intoxicações não têm caráter de
emergência e são processos crônicos (intoxicação
por metais pesados – chumbo, cádmio etc).
3. Existe na clínica situações em que o
agressor é um metal, mas não são
verdadeiras intoxicações. É o caso do cobre
na doença de Wilson, o ferro na
hemocromatose primária e adquirida
(hemossiderose) e o alumínio nos
portadores de insuficiência renal crônica sob
hemodiálise.
4. Doença genética que produz um defeito no
metabolismo do cobre.
→ a excreção do Cu é realizada pelo fígado
através da bile.
Na DW a ausência ou função diminuída do
gene ATP7B reduz a excreção hepática e
causa o acúmulo do metal na corrente
sanguínea.
5.
6. • Doença gerada por uma predisposição do
organismo para absorver o ferro dos
alimentos numa quantidade superior à
necessária, o que leva ao acúmulo do
mineral nas células e mudanças orgânicas
patológicas.
• Hemocromatose secundária – em
pessoas que desenvolveram anemias
hemolíticas.
7.
8. Paralelamente às medidas gerais e de
suporte vital no tratamento de intoxicações,
estão disponíveis antídotos específicos,
para um pequeno número de intoxicações,
que antagonizam os seus efeitos de
diversas formas:
9. e outros antídotos formadores
de complexos inativos
→ Interação com o tóxico dando origem a
complexos inertes e hidrossolúveis que são
posteriormente
excretados,
como
a
desferroxamina nas intoxicações pelo ferro
e alumínio.
10. → Aceleração da metabolização da
substância
agressiva,
como
a
Nacetilcisteína
na
intoxicação
pelo
paracetamol.
11. → Prevenção da formação de compostos
mais tóxicos, como por exemplo o etanol
que funciona como substrato competitivo da
enzima álcool-desigrogenase (que faz a
metabolização do metanol em formaldeído e
ácido fórmico).
12. → Apesar de farmacologicamente serem
agonistas
parciais,
funcionam
como
antagonistas na competição com o tóxico
para os receptores, como a Naloxona na
intoxicação por opiáceos.
13. → Bloqueio dos receptores responsáveis
pelas manifestações clínicas da intoxicação,
como a Atropina que bloqueia receptores
na intoxicação por organofosforados.
14. MEDICAMENTOS NO TRATAMENTO DE INTOXICAÇÕES
NOME
APRESENTAÇÃO
TIPO DE INTOXIÇÃO
CP EFEVERSCENTE
600 mg
ACETILCISTEÍNA
GRANULADO PARA
SOLUÇÃO ORAL 100
mg; 200 mg
Intoxicação pelo
paracetamol
SOLUÇÃO INJETÁVEL
200mg/ml; amp 10ml EV
2 mg/ml EV
ATROPINA
DESFERROXAMINA
Solução para perfusão
EV
5mg/ml; fr 250 ml
Pó para solução injetável
500mg IM – EV
(previamente diluída)
Intoxicação por
organofosforados e
carbamatos
Intoxicação pelo
ferro e alumínio
15. DIGOXINA IMUNE FAB
Pó para solução
para perfusão 38mg
EV
DIMERCAPROL
Solução injetável 100
mg/ml; amp 2ml IM
FLUMAZENILO
(FLUMAZENIL)
solução injetável
0,1mg/ml; amp 5ml
EV
Intoxicação por
digitállicos
Intoxicação pelo
arsénio, chumbo,
mercúrio e ouro
Intoxicação por BZD
HIDROXICOBALAMINA
Pó para solução para
perfusão 2,5g EV
Intoxicação por
Cianetos
NALOXONA
Solução injetável 0,4
mg/ml; amp 1ml – SM;
EV; SC
Intoxicação pelos
Opiáceos
16. • Doença de Wilson. Protocolos e Diretrizes Terapêuticas. Disponível
em:http://dtr2001.saude.gov.br/sas/dsra/protocolos/do_d13_00.htm
• Hemocromatose, a doença do excesso de ferro. Einstein Saúde na
Veia. Disponível em: http://www.einstein.br/einstein-saude/paginaeinstein/Paginas/hemocromatose-a-doenca-do-excesso-deferro.aspx
• Medicamentos
usados
no
tratamento
de
intoxicações.
FORMULÁRIO HOSPITALAR NACIONAL DE MEDICAMENTOS.
Disponível
em:
https://www.infarmed.pt/formulario/navegacao.php?paiid=286