SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
•   A toxemia gravídica é uma
    doença multissistêmica,
    ocorrendo habitualmente no
    final da gravidez, e é
    caracterizada por:
    hipertensão, edema e
    proteinúria.

•   Nas suas formas graves, em
    virtude da irritabilidade ao
    SNC, instalam-se convulsões e
    a doença é denominada
    eclâmpsia.
•   A toxemia gravídica incide em cerca de 10% das primigestas

•   É a maior causa de mortalidade materna e perinatal

•   70% das desordens hipertensivas são devidas à toxemia

•   A incidência em uma nova gravidez é menor que 1% em normotensas na
    primeira gestação, mas está elevada naquelas que apresentaram a pré-
    eclâmpsia na gravidez inaugural, particularmente a forma grave da
    doença

•   No mundo, estima-se que 200.00 mulheres/ano morram de toxemia
•   Não se conhece ainda o agente etiológico inicial do processo.

•   Invasão superficial da decídua pelo citotrofoblasto extravilositário,
    resultando em placentação defeituosa e consequente hipoxia placentária.

•   Disfunção endotelial generalizada:
     – Tono vascular alterado
     – Maior permeabilidade do glomérulo vascular
     – Expressão anômala de fatores pró e anticoagulantes
     – Lesão hepática por isquemia
•   A causa primária da lesão cerebral é a pressão de perfusão elevada
    (encefalopatia hipertensiva).

•   Necróspias:
     – edema,
     – necrose hemorrágica ou hemorragia difusa,
     – trombos plaquetários intravasculares (causa das convulsões).
• Pré eclâmpsia: hipertensão e proteinúria, após 20 semanas de
    gestação, em mulheres previamente normotensas (pré-clâmpsia
    pura).
                                              Pré eclâmpsia grave
        Pré eclâmpsia leve       PA > 160X110 em 2 ocasiões espaçadas de 6 h
PA > 140/90 mmHg em 2 ocasiões   Proteinúria > 5g/24 h ou >3 + (2 amostras
espaçadas de 6h                  espaçadas de 6 h)
Proteinúria >300 mg/24 h         Oligúria
                                 Trombocitopenia
                                 Dor epigástrica ou no quadrante superior direito
                                 Edema de pulmão ou cianose
                                 Distúrbios visuais ou cerebrais

  • Eclâmpsia: é a presença de convulsões em mulheres com pré-
    eclâmpsia.
•   Hipertensão
•   Anasarca
•   Proteinuria
•   Coagulopatias
•   Alterações visuais e cerebrais
•   Alterações gastrointestinais
•   Convulsões seguidas de coma

•   Eclâmpsia sem convulsão
•   Eclâmpsia convulsiva: durante o parto(25%) ou no puerpério (25%).
     – 4 fases: invasão, contrações tônicas, contrações clônicas, coma
     – Agravamento do quadro: acidose, febre, respiração do tipo Cheyne-
        Stockes, anúria, icterícia, hematúria
•   Complicações: descolamento prematuro de placenta e Hellp síndrome.
• Fase premonitória / halo: dura 10 a 20 segs, durante os quais:
   – Os olhos rolam ou ficam fixos,
   – Há contrações involuntárias dos músculos da face e mãos
• Fase tônica: dura até 30 segundos:
   – Há espasmos musculares violentos,
   – Os punhos estão contraídos e os membros superiores e inferiores
     rígidos,
   – Há espasmo do diafragma parando a respiração
   – Cianose,
   – costas podem estar arqueadas,
   – dentes cerrados,
   – olhos salientes.
• Fase clônica: Dura entre 1 a 2 minutos:
   – Contração violenta e relaxamento dos músculos,
   – Aumento da salivação que causa “espuma” na boca havendo o risco
     de aspiração,
   – Respiração profunda e barulhenta,
   – Congestionamento e edema da face.
• Coma: Pode durar minutos ou horas:
   – Paciente profundamente inconsciente ,
   – respiração ruidosa.
   – cianose desaparece, mas a face pode permanecer congestionada e
     edemaciada,
   – Podem ocorrer mais convulsões.
   – A mulher pode morrer após uma ou duas convulsões.
Edema


      HAS

                Alterações
                visuais



 Proteinúria
                 Hemorragia




Coagulopatias




 Convulsões
Indícios de pré-eclampsia
                                                                 Estabilizar
                                                                               Parto
            Internação e observação                              paciente
                 materna e fetal

       Uso de
 antihipertensivos e                         Piora clínica/convulsão
sulfato de magnésio

                       Reverteu o
                                                  Alta hospitalar
                        quadro?         SIM

                            Não

                  Feto maduro?
                                       Não

                SIM                  Protelar parto o
                                    máximo possível –
          Parto                       corticóide até
                                     viabilizar o feto
•   Na eclâmpsia está indicado a interrupção da gravidez, não importando
    esteja o concepto imaturo (<32 semanas).

•   Antes de interromper a gestação:
•   Estabilizar o quadro clínico: 4-6 hs com sulfato de magnésio ou durante 48
    hs se gravidez entre 24-34 semanas para amadurecimento dos pulmões
    com corticóide.

•   Sulfato de magnésio- prevenção e tratamento de convulsões
•   Gliconato de cálcio- combater toxicidade do sulfato de magnésio
•   Diazepam- caso as convulsões não cessem com o sulfato de magnésio
•   Hidralazina, labetalol, nifedipina- indicado quando PA> 160/110 mmHg
Caso clínico
• Paciente, 24 anos, G3P2A0, 33° semana gestacional, sem
  intercorrências nas gestações anteriores, deu entrada no PS com
  quadro de cefaleia intensa e visão turva.
• Ao exame físico:
   – PA: 180/110mmHg;
   – Edema de MMII 3+/4+;
   – AFU: 34cm;
   – BCF: 144bpm;
   – MV rude nas bases pulmonares;
   – RCR 2T S/S, BNF;
Caso clínico
• Solicitados exames de urina de rotina e ultrassonografia obstétrica
  com doppler (para fluxometria).

• Neste meio tempo (~15 minutos), a paciente convulsionou.

• Parto foi realizado através de cesárea, revertendo o quadro.
• http://whqlibdoc.who.int/publications/2005/9248
• Rezende

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)SMS - Petrópolis
 
AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOAMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOblogped1
 
Síndrome de hellp AULA DO SENAC.pptx
Síndrome de hellp AULA DO SENAC.pptxSíndrome de hellp AULA DO SENAC.pptx
Síndrome de hellp AULA DO SENAC.pptxLilian Gomes
 
Pré Natal E GestaçãO De Alto Risco
Pré Natal E GestaçãO De Alto RiscoPré Natal E GestaçãO De Alto Risco
Pré Natal E GestaçãO De Alto Riscochirlei ferreira
 
Aula 8 emergencias obstétricas
Aula 8 emergencias obstétricasAula 8 emergencias obstétricas
Aula 8 emergencias obstétricasSUELLEN SILVA
 
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana PaulaAtenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana PaulaProf Ana Paula Gonçalves
 
Manual do Bebê: Cuidados, orientações e dicas
Manual do Bebê: Cuidados, orientações e dicasManual do Bebê: Cuidados, orientações e dicas
Manual do Bebê: Cuidados, orientações e dicasblogped1
 
Choque
ChoqueChoque
Choquedapab
 
Protocolo hipertensão
Protocolo hipertensãoProtocolo hipertensão
Protocolo hipertensãotvf
 
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de CasoGravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de CasoKarina Pereira
 
.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx
.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx
.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptxBasilio4
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 

Mais procurados (20)

Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
Aula de Doenças Hipertensiva Específica da Gestação (Dheg)
 
Dheg
Dheg Dheg
Dheg
 
AMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃOAMAMENTAÇÃO
AMAMENTAÇÃO
 
Aula.gravidez.mauer.2013
Aula.gravidez.mauer.2013Aula.gravidez.mauer.2013
Aula.gravidez.mauer.2013
 
Síndrome de hellp AULA DO SENAC.pptx
Síndrome de hellp AULA DO SENAC.pptxSíndrome de hellp AULA DO SENAC.pptx
Síndrome de hellp AULA DO SENAC.pptx
 
Pré Natal E GestaçãO De Alto Risco
Pré Natal E GestaçãO De Alto RiscoPré Natal E GestaçãO De Alto Risco
Pré Natal E GestaçãO De Alto Risco
 
Aula 8 emergencias obstétricas
Aula 8 emergencias obstétricasAula 8 emergencias obstétricas
Aula 8 emergencias obstétricas
 
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana PaulaAtenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
Atenção à Saúde da Puérpera Profa. Ana Paula
 
Manual do Bebê: Cuidados, orientações e dicas
Manual do Bebê: Cuidados, orientações e dicasManual do Bebê: Cuidados, orientações e dicas
Manual do Bebê: Cuidados, orientações e dicas
 
Choque
ChoqueChoque
Choque
 
Mecanismo do parto
Mecanismo do partoMecanismo do parto
Mecanismo do parto
 
Exames de Rotina do Pré-Natal
Exames de Rotina do Pré-NatalExames de Rotina do Pré-Natal
Exames de Rotina do Pré-Natal
 
Protocolo hipertensão
Protocolo hipertensãoProtocolo hipertensão
Protocolo hipertensão
 
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de CasoGravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
Gravidez Primeiro Trimestre-Relato de Caso
 
A Dor no Parto: significados e manejo
A Dor no Parto: significados e manejoA Dor no Parto: significados e manejo
A Dor no Parto: significados e manejo
 
Gravidez ectópica
Gravidez ectópicaGravidez ectópica
Gravidez ectópica
 
.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx
.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx
.ECLAMPSIA E SINDROME HELLP BASILIO_1677524952000.pptx
 
Patologias gestacionais
Patologias gestacionaisPatologias gestacionais
Patologias gestacionais
 
Cuidados com o rn
Cuidados com o rnCuidados com o rn
Cuidados com o rn
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 

Semelhante a Apresentação eclampsia

Hipertensão arterial na gravidez e tpn.pptx
Hipertensão arterial na gravidez e tpn.pptxHipertensão arterial na gravidez e tpn.pptx
Hipertensão arterial na gravidez e tpn.pptxdenZenilim
 
Intercorrências Clinicas na gestação.pdf
Intercorrências Clinicas na gestação.pdfIntercorrências Clinicas na gestação.pdf
Intercorrências Clinicas na gestação.pdfMariaRuthBacelar1
 
Aula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hm
Aula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hmAula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hm
Aula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hmGustavo Henrique
 
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentesIntercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentesJuan Figueiredo
 
Doenaes 101018203549-phpapp01
Doenaes 101018203549-phpapp01Doenaes 101018203549-phpapp01
Doenaes 101018203549-phpapp01Laíse Escalianti
 
Anóxia neonatal.pdf
Anóxia neonatal.pdfAnóxia neonatal.pdf
Anóxia neonatal.pdfclaudia42399
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pptvf
 
MANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICA
MANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICAMANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICA
MANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICAAnestesiador
 
Aula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetricia
Aula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetriciaAula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetricia
Aula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetriciaGustavo Henrique
 
Aula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicosAula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicosGustavo Henrique
 
2012 2_-_afecções_do_recém_na
2012  2_-_afecções_do_recém_na2012  2_-_afecções_do_recém_na
2012 2_-_afecções_do_recém_naRafaela Bulhões
 

Semelhante a Apresentação eclampsia (20)

Eclâmpsia
EclâmpsiaEclâmpsia
Eclâmpsia
 
Patologia obstetricia 2014
Patologia obstetricia  2014Patologia obstetricia  2014
Patologia obstetricia 2014
 
Hipertensão arterial na gravidez e tpn.pptx
Hipertensão arterial na gravidez e tpn.pptxHipertensão arterial na gravidez e tpn.pptx
Hipertensão arterial na gravidez e tpn.pptx
 
Intercorrências Clinicas na gestação.pdf
Intercorrências Clinicas na gestação.pdfIntercorrências Clinicas na gestação.pdf
Intercorrências Clinicas na gestação.pdf
 
Lacm Bia e Maurício
Lacm Bia e MaurícioLacm Bia e Maurício
Lacm Bia e Maurício
 
Aula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hm
Aula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hmAula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hm
Aula 9 -_complicacoes_puerperais__dm_hm
 
Patologia obstetricia 2016
Patologia obstetricia  2016Patologia obstetricia  2016
Patologia obstetricia 2016
 
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentesIntercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
Intercorrências clínicas e obstétricas mais frequentes
 
Doenaes 101018203549-phpapp01
Doenaes 101018203549-phpapp01Doenaes 101018203549-phpapp01
Doenaes 101018203549-phpapp01
 
Toxêmia gravídica
Toxêmia gravídicaToxêmia gravídica
Toxêmia gravídica
 
Anóxia neonatal.pdf
Anóxia neonatal.pdfAnóxia neonatal.pdf
Anóxia neonatal.pdf
 
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação ppManejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
Manejo dos quadros hipertensivos na gestação pp
 
abortamento1-161101021241.pdf
abortamento1-161101021241.pdfabortamento1-161101021241.pdf
abortamento1-161101021241.pdf
 
MANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICA
MANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICAMANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICA
MANUSEIO DA HEMORRAGIA OBSTÉTRICA
 
Aula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetricia
Aula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetriciaAula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetricia
Aula 6 -_mecanismo_do_parto__classificacao_de_risco_na_obstetricia
 
Patologias NN.pptx
Patologias NN.pptxPatologias NN.pptx
Patologias NN.pptx
 
Aula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicosAula 7 -_disturbios_hemorragicos
Aula 7 -_disturbios_hemorragicos
 
Pancreatite aguda
Pancreatite agudaPancreatite aguda
Pancreatite aguda
 
2012 2_-_afecções_do_recém_na
2012  2_-_afecções_do_recém_na2012  2_-_afecções_do_recém_na
2012 2_-_afecções_do_recém_na
 
Hipertensaogesta2018
Hipertensaogesta2018Hipertensaogesta2018
Hipertensaogesta2018
 

Mais de Liga Acadêmica de Trauma e Emergência do Espírito Santo (11)

Sepse
SepseSepse
Sepse
 
Envenenamento e Intoxicações
Envenenamento e IntoxicaçõesEnvenenamento e Intoxicações
Envenenamento e Intoxicações
 
Biomecânica do Trauma
Biomecânica do TraumaBiomecânica do Trauma
Biomecânica do Trauma
 
Tromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo PulmonarTromboembolismo Pulmonar
Tromboembolismo Pulmonar
 
Trauma Raquimedular
Trauma RaquimedularTrauma Raquimedular
Trauma Raquimedular
 
Tratamento da crise asmática no pronto socorro
Tratamento da crise asmática no pronto socorroTratamento da crise asmática no pronto socorro
Tratamento da crise asmática no pronto socorro
 
Crise Asmática
Crise AsmáticaCrise Asmática
Crise Asmática
 
Crise hipertensiva
Crise hipertensivaCrise hipertensiva
Crise hipertensiva
 
Feridas Traumáticas e Queimaduras
Feridas Traumáticas e QueimadurasFeridas Traumáticas e Queimaduras
Feridas Traumáticas e Queimaduras
 
Trauma Torácico Fechado
Trauma Torácico FechadoTrauma Torácico Fechado
Trauma Torácico Fechado
 
Urgências Neurológicas
Urgências NeurológicasUrgências Neurológicas
Urgências Neurológicas
 

Apresentação eclampsia

  • 1.
  • 2.
  • 3. A toxemia gravídica é uma doença multissistêmica, ocorrendo habitualmente no final da gravidez, e é caracterizada por: hipertensão, edema e proteinúria. • Nas suas formas graves, em virtude da irritabilidade ao SNC, instalam-se convulsões e a doença é denominada eclâmpsia.
  • 4. A toxemia gravídica incide em cerca de 10% das primigestas • É a maior causa de mortalidade materna e perinatal • 70% das desordens hipertensivas são devidas à toxemia • A incidência em uma nova gravidez é menor que 1% em normotensas na primeira gestação, mas está elevada naquelas que apresentaram a pré- eclâmpsia na gravidez inaugural, particularmente a forma grave da doença • No mundo, estima-se que 200.00 mulheres/ano morram de toxemia
  • 5. Não se conhece ainda o agente etiológico inicial do processo. • Invasão superficial da decídua pelo citotrofoblasto extravilositário, resultando em placentação defeituosa e consequente hipoxia placentária. • Disfunção endotelial generalizada: – Tono vascular alterado – Maior permeabilidade do glomérulo vascular – Expressão anômala de fatores pró e anticoagulantes – Lesão hepática por isquemia
  • 6.
  • 7. A causa primária da lesão cerebral é a pressão de perfusão elevada (encefalopatia hipertensiva). • Necróspias: – edema, – necrose hemorrágica ou hemorragia difusa, – trombos plaquetários intravasculares (causa das convulsões).
  • 8. • Pré eclâmpsia: hipertensão e proteinúria, após 20 semanas de gestação, em mulheres previamente normotensas (pré-clâmpsia pura). Pré eclâmpsia grave Pré eclâmpsia leve PA > 160X110 em 2 ocasiões espaçadas de 6 h PA > 140/90 mmHg em 2 ocasiões Proteinúria > 5g/24 h ou >3 + (2 amostras espaçadas de 6h espaçadas de 6 h) Proteinúria >300 mg/24 h Oligúria Trombocitopenia Dor epigástrica ou no quadrante superior direito Edema de pulmão ou cianose Distúrbios visuais ou cerebrais • Eclâmpsia: é a presença de convulsões em mulheres com pré- eclâmpsia.
  • 9. Hipertensão • Anasarca • Proteinuria • Coagulopatias • Alterações visuais e cerebrais • Alterações gastrointestinais • Convulsões seguidas de coma • Eclâmpsia sem convulsão • Eclâmpsia convulsiva: durante o parto(25%) ou no puerpério (25%). – 4 fases: invasão, contrações tônicas, contrações clônicas, coma – Agravamento do quadro: acidose, febre, respiração do tipo Cheyne- Stockes, anúria, icterícia, hematúria • Complicações: descolamento prematuro de placenta e Hellp síndrome.
  • 10. • Fase premonitória / halo: dura 10 a 20 segs, durante os quais: – Os olhos rolam ou ficam fixos, – Há contrações involuntárias dos músculos da face e mãos • Fase tônica: dura até 30 segundos: – Há espasmos musculares violentos, – Os punhos estão contraídos e os membros superiores e inferiores rígidos, – Há espasmo do diafragma parando a respiração – Cianose, – costas podem estar arqueadas, – dentes cerrados, – olhos salientes.
  • 11. • Fase clônica: Dura entre 1 a 2 minutos: – Contração violenta e relaxamento dos músculos, – Aumento da salivação que causa “espuma” na boca havendo o risco de aspiração, – Respiração profunda e barulhenta, – Congestionamento e edema da face. • Coma: Pode durar minutos ou horas: – Paciente profundamente inconsciente , – respiração ruidosa. – cianose desaparece, mas a face pode permanecer congestionada e edemaciada, – Podem ocorrer mais convulsões. – A mulher pode morrer após uma ou duas convulsões.
  • 12. Edema HAS Alterações visuais Proteinúria Hemorragia Coagulopatias Convulsões
  • 13. Indícios de pré-eclampsia Estabilizar Parto Internação e observação paciente materna e fetal Uso de antihipertensivos e Piora clínica/convulsão sulfato de magnésio Reverteu o Alta hospitalar quadro? SIM Não Feto maduro? Não SIM Protelar parto o máximo possível – Parto corticóide até viabilizar o feto
  • 14. Na eclâmpsia está indicado a interrupção da gravidez, não importando esteja o concepto imaturo (<32 semanas). • Antes de interromper a gestação: • Estabilizar o quadro clínico: 4-6 hs com sulfato de magnésio ou durante 48 hs se gravidez entre 24-34 semanas para amadurecimento dos pulmões com corticóide. • Sulfato de magnésio- prevenção e tratamento de convulsões • Gliconato de cálcio- combater toxicidade do sulfato de magnésio • Diazepam- caso as convulsões não cessem com o sulfato de magnésio • Hidralazina, labetalol, nifedipina- indicado quando PA> 160/110 mmHg
  • 15. Caso clínico • Paciente, 24 anos, G3P2A0, 33° semana gestacional, sem intercorrências nas gestações anteriores, deu entrada no PS com quadro de cefaleia intensa e visão turva. • Ao exame físico: – PA: 180/110mmHg; – Edema de MMII 3+/4+; – AFU: 34cm; – BCF: 144bpm; – MV rude nas bases pulmonares; – RCR 2T S/S, BNF;
  • 16. Caso clínico • Solicitados exames de urina de rotina e ultrassonografia obstétrica com doppler (para fluxometria). • Neste meio tempo (~15 minutos), a paciente convulsionou. • Parto foi realizado através de cesárea, revertendo o quadro.