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FICHAMENTO

"O mundo vive transformações radicais, a produção do conhecimento e as conquistas
tecnológicas assumem uma velocidade muito intensa. Estas modificações influenciam o
mercado de trabalho exigindo um profissional que se atualize constantemente e que se
aproprie da tecnologia a serviço de seu foco profissional”

       “Entretanto, como afirma o sociólogo e historiador norte-americano Richard
Sennett,, "A corrosão do caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo
capitalismo" (Editora Record), os últimos anos não foram os melhores para os
trabalhadores. Um dos fatores é o aumento do volume de atividades sem a elevação
compatível de salário e benefícios. O sociólogo também vê com preocupação uma das
principais mudanças na organização do trabalho, que é a perda da identidade. Sennett
aponta ainda para questões como a falta de vínculo com o local de trabalho, a
diminuição, ou melhor, a perda dos laços de solidariedade dentro da empresa, a
degradação e humilhação na seleção de profissionais. Para completar, o alto escalão de
uma empresa e os níveis gerenciais mostram-se pouco comprometidos com essas
"consequências pessoais do novo capitalismo" (não por acaso o subtítulo da obra de
Sennett), ou mascaram isso com ações recreativas supostamente voltadas para uma
maior "qualidade de vida" dos seus "colaboradores".”

       “Não são apenas as formas de trabalho que se tornaram flexíveis, mas as de
poder. Em uma sociedade em que nada é contínuo, é preciso reinventar a estrutura das
instituições. No entanto, embora na superfície pareça que a equipe possui autonomia,
ainda é o capitalista quem dá as cartas. A única novidade nesse processo é a maneira e o
lugar onde, em muitas áreas e profissões, ocorre tal expediente. Troca-se a empresa pela
casa e o controle face a face pelo meio eletrônico.”

“Para finalizar as colocações aterradoras de Sennett, as relações impessoais de trabalho
irão afetar diretamente as sociais e vice-versa. Estabelecendo relações superficiais,
descartáveis, cujos laços de lealdade e compromissos são tão frouxos quanto a
efemeridade do curto prazo de trabalho. "Em um regime que não oferece aos seres
humanos motivos para ligarem uns para os outros não pode preservar sua legitimidade
por muito tempo", ressalta o autor.”
TRABALHO X EMPREGO

“O trabalho de Taylor baseou-se em suas observações da rotina dos operários da
bethlehem steel, vendo-os carregarem seus caminhões de frete, com peças fundidas de
ferro. Ele analisou como levantavam a carga, organizavam-se, com que frequência
descarregavam e se dispôs a lhes ensinar como aumentar sua produtividade com o
mesmo esforço. Naquela época a fábrica era um lugar caótico, comparado aos padrões
que hoje conhecemos”

“ Segundo o discurso das empresas, a produtividade passou agora a ser vista não mais
como a quantidade de produtos e sim a união de quantidade com qualidade. Saía-se do
foco no produto, para o foco no cliente e em suas necessidades e requisitos. Juntamente
com esta mudança de paradigma, veio a nova concepção do homem dentro das
empresas. Para se fazer algo com qualidade é preciso do comprometimento das
pessoas.”

“Elas é que fazem a qualidade. Elas é que aumentam a produtividade, elas é que fazem
crescer o lucro, elas é que fidelizam os clientes. Não pode existir qualidade sem que o
homem exercite sua criatividade. O cliente busca a inovação. A inovação só acontece
quando as pessoas não têm medo de tentar fazer as coisas. Resumindo: agora o cérebro
tem que estar dentro das empresas. Obviamente, o "gênio criativo" deve submeter-se às
regras do mercado.”

GLOBALIZAÇÃO E PÓS-MODERNISMO

“Um dos maiores sociólogos brasileiros de todos os tempos, Octávio Ianni (1926-2004)
dedicou boa parte de seus estudos para examinar o "enigma da modernidade-mundo" e
recria-se ou dissolve-se. Nada permanece. E o que permanece já não é mais a mesma
coisa. Alteram-se as relações do presente com o passado; e o futuro parece ainda mais
incerto. O que predomina é o dado imediato do que se vê, ouve, sente, faz, produz,
consome, desfruta, carece, sofre, padece".”

“O MUNDO VIVE TRANSFORMAÇÕES RADICAIS, A PRODUÇÃO DO
CONHECIMENTO E AS CONQUISTAS TECNOLÓGICAS ASSUMEM UMA
VELOCIDADE MUITO INTENSA. ESTAS MODIFICAÇÕES INFLUENCIAM O
MERCADO DE TRABALHO EXIGINDO UM PROFISSIONAL QUE SE
ATUALIZE CONSTANTEMENTE E QUE SE APROPRIE DA TECNOLOGIA A
SERVIÇO      DE      SEU   FOCO     PROFISSIONAL"         ALEXANDRE         RIVERO,
PSICÓLOGO”

       “As modificações ainda estão em curso, sugere o sociólogo no artigo, e
resultarão em um abalo nos quadros sociais, na mentalidade e nos referenciais da
coletividade e dos indivíduos de todo o planeta. No cerne dessas transformações estarão
os conceitos de tempo e espaço, que gerem a noção de lugar, território, fronteira,
presente, passado, próximo, remoto, arcaico, moderno, contemporâneo e não
contemporâneo.”

       “As modificações ainda estão em curso, sugere o sociólogo no artigo, e
resultarão em um abalo nos quadros sociais, na mentalidade e nos referenciais da
coletividade e dos indivíduos de todo o planeta. No cerne dessas transformações estarão
os conceitos de tempo e espaço, que gerem a noção de lugar, território, fronteira,
presente, passado, próximo, remoto, arcaico, moderno, contemporâneo e não
contemporâneo.”

O "NOVO TRABALHADOR"

       “O mercado de trabalho tem passado por muitas - e aceleradas - mudanças nos
últimos quarenta anos. Essas formas de produção contribuiram para formar uma nova
concepção do trabalhador desejado pelas organizações. "O trabalho cada vez mais vai
exigindo as funções cognitivas superiores: atenção, concentração, discernimento,
pensamento lógico, criatividade, tomada de decisão, planejamento, organização. O
trabalho mecânico vai sendo substituído pela máquina. Um modelo de trabalho mais
saudável aceita o desafio de conciliar produção, lucro e valorização da pessoa humana.
Resgata a saúde com patrimônio fundamental para justificar a vida e o trabalho. Entende
o trabalho como ação de transformação da realidade interna do trabalhador e da
realidade externa. Num processo de diálogo e aprendizagem constante", ressalta
Alexandre Rivero.”

       “O lado "negativo" é que se fica mais alijado da convivência com a comunidade
empresarial e, portanto, dos centros de decisão. Neste sistema, deve-se também ter o
dobro da disciplina no uso do tempo e vontade férrea de realizar as tarefas propostas
para não perder o foco. É muito fácil também começar a permitir que o familiar e o
social interfiram nas rotinas empresariais, prejudicando com isto a produtividade.”

O ÓCIO PODE SER CRIATIVO

“A distinção entre tempo de estudo quando jovem, tempo de trabalho na maturidade e
aposentadoria quando velho é um contrassenso. a velhice não se calcula em relação ao
nascimento, mas em relação à morte; somente podemos ser considerados velhos nos
dois últimos anos de vida. a vida fisicamente produtiva pode chegar a 80 anos, portanto
é razoável que o seja também psiquicamente. É uma grande perda para a sociedade
como um todo que se desperdice esse talento.”

“Quando De Masi fala em "ócio criativo", ressalta-se a forma como uma pessoa deve
utilizar o seu tempo. Trabalho, aprendizado e lazer devem se confundir em todas as
fases da vida. "a grande importância da criatividade reside no fato de que é a partir dela
que surgem inovações e melhores formas de fazer muitas coisas do dia a dia. a
criatividade de um país ou de uma empresa é medida pelo número de patentes
registradas por ano", lembra cláudio F. Pelizari.”
RESUMO

ADMIRÁVEL TRABALHO NOVO?




Vivemos hoje uma realidade diferente daquela do inicio do Século XX, hoje temos
uma nova sociedade moldada não só pela era digital, mais também pela rapidez e
instabilidade derivada dela. Essas modificações não afetm só o setor profissional, mais
a vida social de cada indivíduo, elas mudanças obrigam que o profissional se atualize
constantemente.

O sociólogo e historiador, Richard Semmett afirma em seu livro, "A corrosão do
caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo" (Editora Record), os
últimos anos não foram os melhores para os trabalhadores. Um dos fatores é o aumento
do volume de atividades sem a elevação compatível de salário e benefícios” ele também
fala sobre a perda da identidade do profissional, apontando também a falta de vínculo
com o local de trabalho, perda dos laços dentro da empresa, degradação e humilhação
na seleção dos profissionais e por fim mostra que o alto escalão e os níveis gerenciais
não se importam com essas conseqüências, ou até mesmo mascaram com ações
supostamente voltadas para a melhor qualidade de vida de seus colaboradores.

De acordo com o autor, essa “nova ordem” afeta a vida dos indivíduos de tal forma que
não oferece uma forma de vida com uma direção certa. As relções não são duradouras,
mais temporárias, não tem mais a sensação de segurança, tudo, perde a referência a
compreenção. A maior novidade nesse processo é que em muitas áreas não é mais tão
necessária presença do profissional na empresa, sendo que o controle pode ser feito de
casa por exemplo, graças a tecnologia.

Sennett que as relações interpessoais de trabalho afetarão a vida pessoal e vice-versa.




TRABALHO X EMPREGO

Observando a partir da Revolução Industrial, temos vários modelos de gestão, a
começar pelo modelo taylorista, criado a partir de um estudo da forma de trabalho de
uma fabrica, a daí, ele criou um modelo chamado de gerenciamento científico. Com a
produção aumentou consideravelmente e tam bem os ganhos dos trabalhadores. Porém
esses não participavam das tomadas de decisões da empresa, o seu trabalho era somente
braçal, não era necessário pensar.

O modelo fordista criado por Henry Ford de produção em escala acostumara-se aos
modelos obsoletos de produtividade e que visava somente ao lucro financeiro imediato.

A produtividade passou agora a ser vista não mais como a quantidade de produtos e sim
a união de quantidade com qualidade. Saía-se do foco no produto, para o foco no cliente
e em suas necessidades e requisitos. Para se fazer algo com qualidade é preciso do
comprometimento das pessoas, elas é que fazem a qualidade. Elas é que aumentam a
produtividade, elas é que fazem crescer o lucro, elas é que fidelizam os clientes. Não
pode existir qualidade sem que o homem exercite sua criatividade. O cliente busca a
inovação.

GLOBALIZAÇÃO E PÓS-MODERNISMO

       As modificações ainda estão em curso, sugere o sociólogo no artigo, e resultarão
em um abalo nos quadros sociais, na mentalidade e nos referenciais da coletividade e
dos indivíduos de todo o planeta. No cerne dessas transformações estarão os conceitos
de tempo e espaço, que gerem a noção de lugar, território, fronteira, presente, passado,
próximo, remoto, arcaico, moderno, contemporâneo e não contemporâneo.

Ernest Mandel (1923-1995) explica: "Passamos para uma nova era a partir do início
dos anos 1960, quando a produção da cultura tornou-se integrada à produção de
mercadorias em geral: a frenética urgência de produzir novas ondas de bens com
aparência cada vez mais nova (de roupas a aviões), em taxas de transferência cada vez
mais essencial à inovação e à experimentação estéticas. As lutas antes travadas
exclusivamente na arena da produção se espalharam, em consequência disso, tornando a
produção cultural uma arena de implacáveis conflitos sociais. Essa mudança envolve
uma transformação definida nos hábitos e atitudes de consumo, bem como num novo
papel para as definições e intervenções estéticas. Por isso, a produção cultural popular
pós-modernista apenas procurou satisfazer da melhor maneira possível em forma de
mercadoria, outros sugerem que o capitalismo, para manter seus mercados, viu-se
forçado a produzir desejos e, portanto, estimular sensibilidades individuais para criar
uma nova estética que superasse e se opusesse às formas tradicionais de alta cultura".

O "NOVO TRABALHADOR"

       O mercado de trabalho tem passado por muitas - e aceleradas - mudanças nos
últimos quarenta anos. Essas formas de produção contribuiram para formar uma nova
concepção do trabalhador desejado pelas organizações. "O trabalho cada vez mais vai
exigindo as funções cognitivas superiores: atenção, concentração, discernimento,
pensamento lógico, criatividade, tomada de decisão, planejamento, organização. O
trabalho mecânico vai sendo substituído pela máquina. Um modelo de trabalho mais
saudável aceita o desafio de conciliar produção, lucro e valorização da pessoa humana.
Resgata a saúde com patrimônio fundamental para justificar a vida e o trabalho. Entende
o trabalho como ação de transformação da realidade interna do trabalhador e da
realidade externa. Num processo de diálogo e aprendizagem constante", ressalta
Alexandre Rivero. Para tanto, é preciso cultivar um bom clima interno, proporcionar
bem-estar aos seus colaboradores, "facilitando" oportunidades de convivência com a
família e mantendo-as atentas à necessidade de treinamento constante.

        Não se pode esquecer, é claro, de um aspecto significativo das relações
trabalhistas "flexíveis" adotadas nos últimos anos: a desburocratização crescente dos
registros e vínculos profissionais. Essa situação tornou-se comum em várias áreas. No
cenário brasileiro, uma das justificativas seria a contenção dos custos dos impostos e
encargos da legislação trabalhista agrupada na Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), assinada em 1º de maio de 1943 por Getúlio Vargas à época do Estado Novo. Os
empregadores argumentam que manter um empregado com carteira assinada custa, para
a empresa, o dobro de um nãoregistrado. Portanto, várias empresas, dependendo do
tamanho e do ramo de atividade, optam por estabelecer contratos flexíveis, deixando
que os padrões de remuneração estejam ligados efetivamente ao resultado apresentado
pelo colaborador, agora chamado de "parceiro".

O ÓCIO PODE SER CRIATIVO

Quando De Masi fala em "ócio criativo", ressalta-se a forma como uma pessoa deve
utilizar o seu tempo. Trabalho, aprendizado e lazer devem se confundir em todas as
fases da vida. "a grande importância da criatividade reside no fato de que é a partir dela
que surgem inovações e melhores formas de fazer muitas coisas do dia a dia. a
criatividade de um país ou de uma empresa é medida pelo número de patentes
registradas por ano", lembra cláudio F. Pelizari.

Segundo De Masi, o estímulo da criatividade humana pode vir por meio de atividades
lúdicas, devaneios, imaginação ou até fora do local de trabalho. Uma boa ideia não tem
hora para acontecer, pode acontecer no banho, num momento de introspecção, no
cinema ou brincando com uma criança. Mas essa criatividade em muitas situações se
circunscreve dentro dos parâmetros da produtividade e da lógica capitalista. Tem um
caráter utilitarista flagrante. se a pessoa não se sente bem no escritório, seja porque não
há um bom clima, os gerentes e colegas são antipáticos e mal-educados, não existe
respeito e motivação, será muito difícil que surjam novas ideias. Para as teorias
administrativas contemporâneas, obcecadas pela inovação, uma pessoa criativa é uma
promessa de futuro e lucratividade.

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Transformações radicais no trabalho e sociedade

  • 1. FICHAMENTO "O mundo vive transformações radicais, a produção do conhecimento e as conquistas tecnológicas assumem uma velocidade muito intensa. Estas modificações influenciam o mercado de trabalho exigindo um profissional que se atualize constantemente e que se aproprie da tecnologia a serviço de seu foco profissional” “Entretanto, como afirma o sociólogo e historiador norte-americano Richard Sennett,, "A corrosão do caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo" (Editora Record), os últimos anos não foram os melhores para os trabalhadores. Um dos fatores é o aumento do volume de atividades sem a elevação compatível de salário e benefícios. O sociólogo também vê com preocupação uma das principais mudanças na organização do trabalho, que é a perda da identidade. Sennett aponta ainda para questões como a falta de vínculo com o local de trabalho, a diminuição, ou melhor, a perda dos laços de solidariedade dentro da empresa, a degradação e humilhação na seleção de profissionais. Para completar, o alto escalão de uma empresa e os níveis gerenciais mostram-se pouco comprometidos com essas "consequências pessoais do novo capitalismo" (não por acaso o subtítulo da obra de Sennett), ou mascaram isso com ações recreativas supostamente voltadas para uma maior "qualidade de vida" dos seus "colaboradores".” “Não são apenas as formas de trabalho que se tornaram flexíveis, mas as de poder. Em uma sociedade em que nada é contínuo, é preciso reinventar a estrutura das instituições. No entanto, embora na superfície pareça que a equipe possui autonomia, ainda é o capitalista quem dá as cartas. A única novidade nesse processo é a maneira e o lugar onde, em muitas áreas e profissões, ocorre tal expediente. Troca-se a empresa pela casa e o controle face a face pelo meio eletrônico.” “Para finalizar as colocações aterradoras de Sennett, as relações impessoais de trabalho irão afetar diretamente as sociais e vice-versa. Estabelecendo relações superficiais, descartáveis, cujos laços de lealdade e compromissos são tão frouxos quanto a efemeridade do curto prazo de trabalho. "Em um regime que não oferece aos seres humanos motivos para ligarem uns para os outros não pode preservar sua legitimidade por muito tempo", ressalta o autor.”
  • 2. TRABALHO X EMPREGO “O trabalho de Taylor baseou-se em suas observações da rotina dos operários da bethlehem steel, vendo-os carregarem seus caminhões de frete, com peças fundidas de ferro. Ele analisou como levantavam a carga, organizavam-se, com que frequência descarregavam e se dispôs a lhes ensinar como aumentar sua produtividade com o mesmo esforço. Naquela época a fábrica era um lugar caótico, comparado aos padrões que hoje conhecemos” “ Segundo o discurso das empresas, a produtividade passou agora a ser vista não mais como a quantidade de produtos e sim a união de quantidade com qualidade. Saía-se do foco no produto, para o foco no cliente e em suas necessidades e requisitos. Juntamente com esta mudança de paradigma, veio a nova concepção do homem dentro das empresas. Para se fazer algo com qualidade é preciso do comprometimento das pessoas.” “Elas é que fazem a qualidade. Elas é que aumentam a produtividade, elas é que fazem crescer o lucro, elas é que fidelizam os clientes. Não pode existir qualidade sem que o homem exercite sua criatividade. O cliente busca a inovação. A inovação só acontece quando as pessoas não têm medo de tentar fazer as coisas. Resumindo: agora o cérebro tem que estar dentro das empresas. Obviamente, o "gênio criativo" deve submeter-se às regras do mercado.” GLOBALIZAÇÃO E PÓS-MODERNISMO “Um dos maiores sociólogos brasileiros de todos os tempos, Octávio Ianni (1926-2004) dedicou boa parte de seus estudos para examinar o "enigma da modernidade-mundo" e recria-se ou dissolve-se. Nada permanece. E o que permanece já não é mais a mesma coisa. Alteram-se as relações do presente com o passado; e o futuro parece ainda mais incerto. O que predomina é o dado imediato do que se vê, ouve, sente, faz, produz, consome, desfruta, carece, sofre, padece".” “O MUNDO VIVE TRANSFORMAÇÕES RADICAIS, A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO E AS CONQUISTAS TECNOLÓGICAS ASSUMEM UMA VELOCIDADE MUITO INTENSA. ESTAS MODIFICAÇÕES INFLUENCIAM O MERCADO DE TRABALHO EXIGINDO UM PROFISSIONAL QUE SE
  • 3. ATUALIZE CONSTANTEMENTE E QUE SE APROPRIE DA TECNOLOGIA A SERVIÇO DE SEU FOCO PROFISSIONAL" ALEXANDRE RIVERO, PSICÓLOGO” “As modificações ainda estão em curso, sugere o sociólogo no artigo, e resultarão em um abalo nos quadros sociais, na mentalidade e nos referenciais da coletividade e dos indivíduos de todo o planeta. No cerne dessas transformações estarão os conceitos de tempo e espaço, que gerem a noção de lugar, território, fronteira, presente, passado, próximo, remoto, arcaico, moderno, contemporâneo e não contemporâneo.” “As modificações ainda estão em curso, sugere o sociólogo no artigo, e resultarão em um abalo nos quadros sociais, na mentalidade e nos referenciais da coletividade e dos indivíduos de todo o planeta. No cerne dessas transformações estarão os conceitos de tempo e espaço, que gerem a noção de lugar, território, fronteira, presente, passado, próximo, remoto, arcaico, moderno, contemporâneo e não contemporâneo.” O "NOVO TRABALHADOR" “O mercado de trabalho tem passado por muitas - e aceleradas - mudanças nos últimos quarenta anos. Essas formas de produção contribuiram para formar uma nova concepção do trabalhador desejado pelas organizações. "O trabalho cada vez mais vai exigindo as funções cognitivas superiores: atenção, concentração, discernimento, pensamento lógico, criatividade, tomada de decisão, planejamento, organização. O trabalho mecânico vai sendo substituído pela máquina. Um modelo de trabalho mais saudável aceita o desafio de conciliar produção, lucro e valorização da pessoa humana. Resgata a saúde com patrimônio fundamental para justificar a vida e o trabalho. Entende o trabalho como ação de transformação da realidade interna do trabalhador e da realidade externa. Num processo de diálogo e aprendizagem constante", ressalta Alexandre Rivero.” “O lado "negativo" é que se fica mais alijado da convivência com a comunidade empresarial e, portanto, dos centros de decisão. Neste sistema, deve-se também ter o dobro da disciplina no uso do tempo e vontade férrea de realizar as tarefas propostas
  • 4. para não perder o foco. É muito fácil também começar a permitir que o familiar e o social interfiram nas rotinas empresariais, prejudicando com isto a produtividade.” O ÓCIO PODE SER CRIATIVO “A distinção entre tempo de estudo quando jovem, tempo de trabalho na maturidade e aposentadoria quando velho é um contrassenso. a velhice não se calcula em relação ao nascimento, mas em relação à morte; somente podemos ser considerados velhos nos dois últimos anos de vida. a vida fisicamente produtiva pode chegar a 80 anos, portanto é razoável que o seja também psiquicamente. É uma grande perda para a sociedade como um todo que se desperdice esse talento.” “Quando De Masi fala em "ócio criativo", ressalta-se a forma como uma pessoa deve utilizar o seu tempo. Trabalho, aprendizado e lazer devem se confundir em todas as fases da vida. "a grande importância da criatividade reside no fato de que é a partir dela que surgem inovações e melhores formas de fazer muitas coisas do dia a dia. a criatividade de um país ou de uma empresa é medida pelo número de patentes registradas por ano", lembra cláudio F. Pelizari.”
  • 5. RESUMO ADMIRÁVEL TRABALHO NOVO? Vivemos hoje uma realidade diferente daquela do inicio do Século XX, hoje temos uma nova sociedade moldada não só pela era digital, mais também pela rapidez e instabilidade derivada dela. Essas modificações não afetm só o setor profissional, mais a vida social de cada indivíduo, elas mudanças obrigam que o profissional se atualize constantemente. O sociólogo e historiador, Richard Semmett afirma em seu livro, "A corrosão do caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo capitalismo" (Editora Record), os últimos anos não foram os melhores para os trabalhadores. Um dos fatores é o aumento do volume de atividades sem a elevação compatível de salário e benefícios” ele também fala sobre a perda da identidade do profissional, apontando também a falta de vínculo com o local de trabalho, perda dos laços dentro da empresa, degradação e humilhação na seleção dos profissionais e por fim mostra que o alto escalão e os níveis gerenciais não se importam com essas conseqüências, ou até mesmo mascaram com ações supostamente voltadas para a melhor qualidade de vida de seus colaboradores. De acordo com o autor, essa “nova ordem” afeta a vida dos indivíduos de tal forma que não oferece uma forma de vida com uma direção certa. As relções não são duradouras, mais temporárias, não tem mais a sensação de segurança, tudo, perde a referência a compreenção. A maior novidade nesse processo é que em muitas áreas não é mais tão necessária presença do profissional na empresa, sendo que o controle pode ser feito de casa por exemplo, graças a tecnologia. Sennett que as relações interpessoais de trabalho afetarão a vida pessoal e vice-versa. TRABALHO X EMPREGO Observando a partir da Revolução Industrial, temos vários modelos de gestão, a começar pelo modelo taylorista, criado a partir de um estudo da forma de trabalho de uma fabrica, a daí, ele criou um modelo chamado de gerenciamento científico. Com a
  • 6. produção aumentou consideravelmente e tam bem os ganhos dos trabalhadores. Porém esses não participavam das tomadas de decisões da empresa, o seu trabalho era somente braçal, não era necessário pensar. O modelo fordista criado por Henry Ford de produção em escala acostumara-se aos modelos obsoletos de produtividade e que visava somente ao lucro financeiro imediato. A produtividade passou agora a ser vista não mais como a quantidade de produtos e sim a união de quantidade com qualidade. Saía-se do foco no produto, para o foco no cliente e em suas necessidades e requisitos. Para se fazer algo com qualidade é preciso do comprometimento das pessoas, elas é que fazem a qualidade. Elas é que aumentam a produtividade, elas é que fazem crescer o lucro, elas é que fidelizam os clientes. Não pode existir qualidade sem que o homem exercite sua criatividade. O cliente busca a inovação. GLOBALIZAÇÃO E PÓS-MODERNISMO As modificações ainda estão em curso, sugere o sociólogo no artigo, e resultarão em um abalo nos quadros sociais, na mentalidade e nos referenciais da coletividade e dos indivíduos de todo o planeta. No cerne dessas transformações estarão os conceitos de tempo e espaço, que gerem a noção de lugar, território, fronteira, presente, passado, próximo, remoto, arcaico, moderno, contemporâneo e não contemporâneo. Ernest Mandel (1923-1995) explica: "Passamos para uma nova era a partir do início dos anos 1960, quando a produção da cultura tornou-se integrada à produção de mercadorias em geral: a frenética urgência de produzir novas ondas de bens com aparência cada vez mais nova (de roupas a aviões), em taxas de transferência cada vez mais essencial à inovação e à experimentação estéticas. As lutas antes travadas exclusivamente na arena da produção se espalharam, em consequência disso, tornando a produção cultural uma arena de implacáveis conflitos sociais. Essa mudança envolve uma transformação definida nos hábitos e atitudes de consumo, bem como num novo papel para as definições e intervenções estéticas. Por isso, a produção cultural popular pós-modernista apenas procurou satisfazer da melhor maneira possível em forma de mercadoria, outros sugerem que o capitalismo, para manter seus mercados, viu-se
  • 7. forçado a produzir desejos e, portanto, estimular sensibilidades individuais para criar uma nova estética que superasse e se opusesse às formas tradicionais de alta cultura". O "NOVO TRABALHADOR" O mercado de trabalho tem passado por muitas - e aceleradas - mudanças nos últimos quarenta anos. Essas formas de produção contribuiram para formar uma nova concepção do trabalhador desejado pelas organizações. "O trabalho cada vez mais vai exigindo as funções cognitivas superiores: atenção, concentração, discernimento, pensamento lógico, criatividade, tomada de decisão, planejamento, organização. O trabalho mecânico vai sendo substituído pela máquina. Um modelo de trabalho mais saudável aceita o desafio de conciliar produção, lucro e valorização da pessoa humana. Resgata a saúde com patrimônio fundamental para justificar a vida e o trabalho. Entende o trabalho como ação de transformação da realidade interna do trabalhador e da realidade externa. Num processo de diálogo e aprendizagem constante", ressalta Alexandre Rivero. Para tanto, é preciso cultivar um bom clima interno, proporcionar bem-estar aos seus colaboradores, "facilitando" oportunidades de convivência com a família e mantendo-as atentas à necessidade de treinamento constante. Não se pode esquecer, é claro, de um aspecto significativo das relações trabalhistas "flexíveis" adotadas nos últimos anos: a desburocratização crescente dos registros e vínculos profissionais. Essa situação tornou-se comum em várias áreas. No cenário brasileiro, uma das justificativas seria a contenção dos custos dos impostos e encargos da legislação trabalhista agrupada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), assinada em 1º de maio de 1943 por Getúlio Vargas à época do Estado Novo. Os empregadores argumentam que manter um empregado com carteira assinada custa, para a empresa, o dobro de um nãoregistrado. Portanto, várias empresas, dependendo do tamanho e do ramo de atividade, optam por estabelecer contratos flexíveis, deixando que os padrões de remuneração estejam ligados efetivamente ao resultado apresentado pelo colaborador, agora chamado de "parceiro". O ÓCIO PODE SER CRIATIVO Quando De Masi fala em "ócio criativo", ressalta-se a forma como uma pessoa deve utilizar o seu tempo. Trabalho, aprendizado e lazer devem se confundir em todas as
  • 8. fases da vida. "a grande importância da criatividade reside no fato de que é a partir dela que surgem inovações e melhores formas de fazer muitas coisas do dia a dia. a criatividade de um país ou de uma empresa é medida pelo número de patentes registradas por ano", lembra cláudio F. Pelizari. Segundo De Masi, o estímulo da criatividade humana pode vir por meio de atividades lúdicas, devaneios, imaginação ou até fora do local de trabalho. Uma boa ideia não tem hora para acontecer, pode acontecer no banho, num momento de introspecção, no cinema ou brincando com uma criança. Mas essa criatividade em muitas situações se circunscreve dentro dos parâmetros da produtividade e da lógica capitalista. Tem um caráter utilitarista flagrante. se a pessoa não se sente bem no escritório, seja porque não há um bom clima, os gerentes e colegas são antipáticos e mal-educados, não existe respeito e motivação, será muito difícil que surjam novas ideias. Para as teorias administrativas contemporâneas, obcecadas pela inovação, uma pessoa criativa é uma promessa de futuro e lucratividade.