Projeto de curso sobre elaboração de projeto elétrico predial-residencial
1. UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ENGENHARIA
´
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA
´
CURSO DE ENGENHARIA ELECTRICA
PROJECTO DE CURSO
TEMA:
¸˜ ´
ESTUDO SOBRE ELABORACAO DE PROJECTO ELECTRICO
PREDIAL-RESIDENCIAL
AUTOR: Levy,Victorino Inocˆncio
e
Maputo, Dezembro de 2010
2. UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
FACULDADE DE ENGENHARIA
´
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA
´
CURSO DE ENGENHARIA ELECTRICA
PROJECTO DE CURSO
TEMA:
¸˜ ´
ESTUDO SOBRE ELABORACAO DE PROJECTO ELECTRICO
PREDIAL-RESIDENCIAL
AUTOR: Levy,Victorino Inocˆncio
e
SUPERVISOR: Eng Zefanias J. Mabote
Maputo, Dezembro de 2010
3. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Dedicat´ria
o
Dedico o presente trabalho:
a minha m˜e ”Elvira Jos´ Gouveia”
a e
por iluminar os meus caminhos
pelo exemplo de vida, honestidade,
humildade e preserveran¸a
c
Levy, Victorino I. i
4. Agradecimentos
A Deus por ser minha fonte de vida. Por ter me dado for¸a para superar os momentos mais dif´
c ıceis
e nunca ter me abandonado. Agrade¸o a Ele por todas as gra¸as realizadas.
c c
A minha m˜e que tem iluminado os meus caminhos aos meus irmaos Frede, Chinho e Vivi que
a
tem sido a raz˜o da meu esfor¸o, persistencia e dedica¸˜o em todos esses anos de estudos
a c ca
A Ily pelo apoio e compreens˜o
a
A todas as pessoas que contribu´
ıram para que esse trabalho fosse realizado.
ii
5. Lista de Abreviaturas
• RSICEE Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es Colectivas de Edif´
c co ıcios e Entradas
• RSIUEE Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica
c co ca e
• DNEE Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica
ca e
• IP–IK ´
Indice de prote¸˜o dos equipamentos
ca
• Ku Coeficiente de utiliza¸˜o
ca
• Ks Coeficiente de simultaneidade
• QE Quadro de entrada
• QC Quadro de colunas
• QSC Quadro de servi¸os comuns
c
• ACE Aparelhos de corte de entrada
• Un Tens˜o estipulada
a
• f Frequˆncia nominal
e
• In Corrente estipulada
• Inf Corrente convencional de n˜o funcionamento
a
• If Corrente convencional de funcionamento
• Iz Intensidade de corrente m´xima admissivel na canaliza¸˜o
a ca
• Pdc Poder de corte nominal
• t tempo limite de permanencia do curto-circuito
iii
6. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• S sec c˜o nominal dos conductores(mm2 )
a
• Ic c] corrente de curto circuito minima (no ponto mais afastado do circuito)
• K constante, podendo ter os valores de:
115 Conductores com alma de cobre, isolados a policloreto de vinilo;
135 Conductores com alma de cobre, isolados a borracha but´
ılica, polietileno recticulado
ou etileno-propileno
74 Conductores com alma de alum´
ınio, isolados a policloreto de vinilo;
87 Conductores com alma de alum´
ınio, isolados a borracha but´
ılica, polietileno recticulado
ou etileno-propileno
• ρ -Resistividade do material da alma condutora ` temperatura ambiente [Ω/mm2 .m);
a
• L -Comprimento do condutor [m];
Levy, Victorino I. iv
7. Lista de Figuras
2.1 Planillha para c´lculo de carga t´rmica para escolha de ar condicionado . . . . . .
a e 18
8.1 volumes da casa de banho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
8.2 Exemplo de uma instala¸˜o colectiva num edif´ de habita¸˜o multifamiliar com
ca ıcio ca
2 colunas, com contagem descentralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
8.3 Exemplo de uma instala¸˜o colectiva num edif´ de habita¸˜o multifamiliar, com
ca ıcio ca
contagem centralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
8.4 Quadro de coluna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
8.5 Curvas tempo/corrente para disjuntores modulares (EN 60898), temperatura de
referˆncia de 30o C (extra´ de informa¸˜o t´cnica da Siemens). . . . . . . . . . .
e ıdo ca e 69
o
8.6 coordena¸˜o entre os conductores e dispositivos de prote¸˜o (art 577 RSIUEE) .
ca ca 69
8.7 Sistema de terra de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
ca 70
8.8 Elemetos captores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
8.9 el´ctrodo em anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e 71
8.10 El´ctrodo do tipo radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e 71
8.11 Sistema geral integrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
8.12 simbologiaI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
8.13 simbologiaII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
8.14 Dimensionamento de entradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
8.15 Esquema de Quadro El´ctrico(habita¸˜o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
e ca 75
8.16 tra¸ado de circuitos de ilumina¸˜o e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c ca 76
8.17 tra¸ado de circuitos de ilumina¸˜o e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c ca 77
v
8. Lista de Tabelas
5.1 Classifica¸˜o dos edif´
ca ıcios:contra consequˆncias das Descargas (CD) . . . . . . . .
e 47
5.2 Classifica¸˜o das estruturas:quanto ` Altura e Implanta¸˜o (AI) . . . . . . . . . .
ca a ca 48
5.3 Crit´rios de decis˜o sobre a necessidade de protec¸˜o contra descargas atmosf´ricas. 48
e a ca e
8.1 ıcios Residenciais - Potˆncias unit´rias (RSIUEE - Art. 435o ) . . . . . . . . .
Edif´ e a 58
8.2 Coeficientes de simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
8.3 Coeficientes de simultaneidade para colunas montantes . . . . . . . . . . . . . . . 59
8.4 Potˆncias minimas a considerar para c´lculo das Instala¸˜es em locais habita¸ionais 59
e a co c
8.5 Caracter´
ısticas gerais de cada um dos componentes de um quadro de colunas . . . 60
8.6 Caixas de colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
8.7 Caracter´
ısticas dos fus´
ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
8.8 Caracter´
ısticas dos fus´
ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
8.9 Caracter´
ısticas dos fus´
ıveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
ısticas dos disjuntores (arto 134 - coment´rios 3) . . . . . . . . . . . . . .
8.10 Caracter´ a 62
o
8.11 caracter´
ısticas dos disjuntores (art 134 - coment´rios 3) . . . . . . . . . . . . . .
a 63
8.12 Diˆmetros de tubos para instala¸˜es de utiliza¸˜o.(RSIUEE - Art. 243.o -) . . . . .
a co ca 64
o
8.13 Diˆmetros de tubos para colunas montantes.(RSICEE Art. 24. ) . . . . . . . . . .
a 65
vi
12. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
7.2.1 Software para desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
7.2.2 Utiliza¸˜o do Excel para a Elabora¸˜o de C´lculos . . . . . . . . . . . . . .
ca ca a 55
8 Conclus˜es e Recomenda¸˜es
o co 56
8.1 Conclus˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a 56
8.2 Recomenda¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
co 56
Bibliografia 58
Levy, Victorino I. x
13. Resumo
Este trabalho visa a desenvolver um estudo sobre elabora¸˜o de um projeto de instala¸˜es el´tricas
ca co e
em edif´
ıcios residenciais
Apresentam-se aspectos legais, regulamentares e t´cnicos para a organiza¸˜o e planeamento dos
e ca
projectos de electricidade, Abordam-se tamb´m os crit´rios de avalia¸˜o de carga e importancia do
e e ca
projecto luminotecnico, os crit´rios para a determina¸˜o das potˆncias instaladas e a contratar,
e ca e
e o tipo de estrutura de alimenta¸˜o de energia el´ctrica de um edif´
ca e ıcio residencial ou de uso
profissional
A constitui¸˜o de quadros el´ctricos e os crit´rios a adoptar para a selec¸˜o do equipamento
ca e e ca
el´ctrico de protec¸˜o.
e ca
Igualmente apresentam-se os crit´rios para o estabelecimento e dimensionamento dos circuitos
e
el´ctricos, dos sistemas de prote¸˜o de pessoas, terras de prote¸˜o e sistemas de prote¸˜o contra
e ca ca ca
descargas atmosfericas.
No final, foi realizado um estudo sobre Automa¸˜o Residencial com o objetivo de apresentar
ca
algumas tecnologias e a importˆncia desse ramo para um futuro bem pr´ximo
a o
14. Introdu¸˜o
ca
De um modo geral entende-se por projecto de Instala¸˜es El´ctricas de um Edif´
co e ıcio o docu-
mento que:
• “.... tem por objectivo o tra¸ado e o dimensionamento das redes de canaliza¸˜es e de con-
c co
dutores de energia el´trica, incluindo acess´rios e aparehagem de manobra e protec¸ao, in-
e o c
dispens´veis ao funcionamento do equipamento da obra“
a
As instala¸˜es que se designam genericamente por Instala¸˜es El´ctricas de edif´
co co e ıcios, podem
repartir-se por v´rias especialidades, que se constituem num unico projecto global ou em diferentes
a ´
projectos espec´
ıficos, como sejam:
• Projecto de Instala¸˜es El´ctricas que inclui: alimentan¸˜o de energia el´ctrica, quadros
co e ca e
el´ctricos, ilumina¸˜o normal e de emergˆncia, sinaliza¸˜o de sa´
e ca e ca ıda, circuitos de tomadas e
de for¸a motriz, terras de protec¸˜o, sistemas de protec¸˜o contra descargas atmosf´ricas e
c ca ca e
tambˆm sistemas de intercomunica¸˜o v´
e ca ıdeo de portaria;
• Projecto de Postos de Seccionamento e Transforma¸˜o
ca
• Projecto de Centrais de Emergˆncia (Produ¸˜o de energia el´ctrica);
e ca e
• Projecto de Infra-estruturas de Telecomunica¸˜es em Edif´
co ıcios (ITED); que inclui:
instala¸˜es telef´nicas e redes de dados, sistemas de capta¸˜o e distribui¸˜o de sinal r´dio e
co o ca ca a
televis˜o, e eventualmente sistemas de som;
a
• Projecto de Seguran¸a Contra Incˆndio, que compreende a detec¸˜o de incˆndio, a
c e ca e
extin¸˜o fixa e port´til, e a compartimenta¸˜o corta-fogo;
ca a ca
• Projecto de Seguran¸a Contra Intrus˜o que compreende a detec¸˜o de intrus˜o, o con-
c a ca a
trolo de acessos, Circuito Interno de TV (CCTV) entre outros.
1
15. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Motiva¸˜o
ca
Para se fazer um projeto el´trico n˜o ´ suficiente ter os conhecimentos t´cnicos adquiridos
e a e e
na faculdade, mas ´ necess´rio tamb´m o conhecimento de normas regulamentadoras e ter
e a e
a experiˆncia para encontrar sempre a melhor solu¸˜o poss´
e ca ıvel.
Este trabalho visa a ajudar quem est´ a iniciar sua carreira como Engenheiro Projetista. Ele
a
fornecer´ as informa¸˜es principais que s˜o necess´rias para se concluir um projeto el´trico
a co a a e
residencial, e mostrar´ a sequencia de passos a serem seguidos.
a
Este trabalho n˜o tem por objectivo a transformar tecnicos em projetistas pronto para
a
trabalhar, mas ajud´-lo na sua prepara¸˜o inicial.
a ca
Objectivos e metodologia
Objectivo geral
Dar indica¸˜es para a concep¸˜o, projecto e execu¸˜o das instala¸˜es el´ctricas residenciais
co ca ca co e
e de uso Professional, complementando as prescri¸˜es do Regulamento de Seguran¸a das
co c
Instala˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica
o
¸ ca e
Objectivo espec´
ıfico
– Estudar sobre a Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o aplicavel a projectos el´ctricos
ca ca e
– Estudar sobre a Estrutura das instala¸˜es colectivas e entradas
co
– Estudar sobre a Protec¸˜o de Pessoas. Terras de Protec¸˜o
ca ca
– Estudar sobre os Sistemas de Protec¸˜o Contra Descargas Atmosf´ricas
ca e
– Estudar sobre a Automa¸˜o Residencial
ca
Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho, para al´m das prescri¸˜es do Regulamento de
e co
Seguran¸a das Instala˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica foram efectuadas pesquisas em
c o
¸ ca e
guias tecnicos de instala¸˜es el´ctricas, em sites na internet e consulta a docentes e colegas.
co e
A redac¸˜o do trabalho foi compilada com o editor de texto t´cnico-cient´
ca e ıfico LTEX 2ε .
A
Levy, Victorino I. 2
16. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Campo de Aplica¸˜o
ca
Para melhor compreens˜o, refira-se que o presente Estudo aplica-se ´s instala¸˜es de utiliza¸˜o de
a a co ca
energia El´ctrica em baixa tens˜o, estabelecidas nos seguintes locais:
e a
• Locais residenciais
• Locais de uso Professional
• Estabelecimentos recebendo p´blico, destacando-se princimpalmente; Edif´
u ıcios de Uso colec-
tivo e Estabelecimentos Comerciais
Levy, Victorino I. 3
17. Cap´
ıtulo 1
Aspectos Legais, Regulamentares e
T´cnicos
e
1.1 Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o
ca ca
1.1.1 Regulamenta¸˜o aplicavel
ca
A elabora¸˜o dos projectos de Instala¸˜es El´ctricas deve obedecer a um conjunto de normas e de
ca co e
regulamentos que passamos a enumerar:
• Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica (RSIUEE) e
c co ca e
Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es Colectivas de Edif´
c co ıcios e Entradas (RSICEE),
ambos publicados no Dec.-Lei 740/74 e Dec.-Lei 303/76.
• Regulamento de Subesta¸˜es e Postos de Seccionamento e de Transforma¸˜o (Dec.-Lei no
co ca
42895, de 31.3.1960 e Dec. Reg. no 14/77 e no 56/85 e Portaria no 37/70);
• Regulamento de Redes de Distribui¸˜o de Baixa Tens˜o (Dec.-Reg. no 90/84).
ca a
A elabora¸˜o dos projectos de instala¸˜es el´ctricas, para al´m do cumprimento das normas
ca co e e
mo¸ambicanas, e dos Regulamentos referidos, devem atender `s orienta¸˜es e recomenda¸˜es das
c a co co
entidades oficiais de licenciamento e empresas distribuidoras de energia el´ctrica, concretamente:
e
• Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica(DNEE)
ca e
• Electricidade de Mo¸ambique(EDM)
c
• Conselho Municipal
O Engenheiro Electrot´cnico dever´:
e a
4
18. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• Dominar os Princimpios e os m´todos aplic´veis no dimensionamento dos v´rios equipamen-
e a a
tos (canaliza¸˜es el´ctricas, protec¸˜es, quadros, aparelhagem em geral, etc
co e co
Para al´m das recomenda¸˜es que foram expostas anterioremente, refira-se que o exerc´
e co ıcio da
fun¸˜o de projectista , por parte dos Engenheiros Electrot´cnicos, esta dependente–Segundo o es-
ca e
tipulado no Decreto regulamentar 31/85 Estatuto do tecnico respons´vel por Instala¸˜es El´ctricas
a co e
de inscri¸˜o pr´via na Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica, conforme o caso a que se aplique
ca e ca e
1.2 Organiza¸˜o e Planeamento dos Projectos de Electri-
ca
cidade
1.2.1 Competˆn¸ias
e c
Um projecto el´ctrico bem elaborado deve prever:
e
• Seguran¸a
c
• Manutibilidade
• Capacidade de reserva
• Adequado a capacidade t´cnica dos operadores
e
• Garantia de de continuidade de servi¸o
c
1.2.2 Tipos e Categorias das Instala¸˜es El´ctricas
co e
No que se refere a licenciamento de instala¸˜es el´ctricas podem distinguir-se dois tipos: as in-
co e
stala¸˜es de abastecimento(servi¸o) p´blico e as instala¸˜es de servi¸o particular.Insere-se neste
co c u co c
ultimo tipo as instala¸˜es de edif´
´ co ıcios , que podem, por sua vez, classificar-se em diferentes cate-
gorias:
• 1a Categoria: Instala¸˜es de car´cter permanente com produ¸˜o pr´pria. Por exemplo os
co a ca o
grupos geradores de emergˆncia;
e
• 2a Categoria: Instala¸˜es alimentadas por uma rede el´ctrica p´blica de alta tens˜o. Est˜o
co e u a a
nesta categoria as instala¸˜es que possuem postos de transforma¸˜o;
co ca
• 3a Categoria: Instala¸˜es de baixa tens˜o n˜o pertencentes ` 1a categoria, situadas em
co a a a
recintos p´blicos ou privados destinados a espect´culos ou outras divers˜es. Por exemplo,
u a o
teatros, cinemas, casinos, circos, associa¸˜es recreativas e desportivas, entre outras;
co
Levy, Victorino I. 5
19. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• 4a Categoria: Instala¸˜es com car´cter permanente que ultrapassem os limites de uma pro-
co a
priedade particular, como por exemplo as instala¸˜es que incluam linhas a´reas de alta
co e
tens˜o de comprimento superior a 500 m;
a
• 5a Categoria: Instala¸˜es que n˜o perten¸am a nenhuma das categorias anteriores e que
co a c
sejam alimentadas em baixa tens˜o por uma rede de distribui¸˜o p´blica.
a ca u
Os edif´
ıcios podem pertencer a uma unica entidade, que se assume como consumidor unico de
´ ´
energia el´ctrica, ou a v´rias entidades constituindo frac¸˜es aut´nomas, como tal coexistindo
e a co o
diferentes consumidores de energia.
No primeiro caso, desde que a potˆncia seja superior a um determinado valor, o distribuidor p´blico
e u
obriga ` existˆncia de um posto de transforma¸˜o pr´prio . Esse valor depende das condi¸˜es locais
a e ca o co
da rede de m´dia tens˜o, sendo habitualmente superior a 160 kVA. No segundo caso as instala¸˜es
e a co
s˜o sempre alimentadas em baixa tens˜o (5a categoria). em baixa tens˜o (5a categoria).
a a a
Um edif´ pode ter instala¸˜es de diferentes categorias. Refira-se, a t´
ıcio co ıtulo de exemplo os edif´
ıcios
de escrit´rios e os centros comerciais de grandes dimens˜es, nos quais existem v´rias entidades
o o a
consumidoras de energia, podendo considerar-se que a instala¸˜o el´ctrica ´ composta por:
ca e e
• Consumidores aut´nomos (habita¸˜es, lojas, pequenos escrit´rios) constituindo uma 5a cat-
o co o
egoria;
• Centrais de ar condicionado e outros servi¸os comuns, de valores de potˆncia muito elevado,
c e
alimentadas por PT pr´prio constituindo uma 2a categoria;
o
• Central produtora de energia el´ctrica de emergˆncia, constituindo uma 1a categoria.
e e
1.2.3 Fases do Projecto
A evolu¸˜o temporal da concep¸˜o do projecto de instala¸˜es el´ctricas compreende v´rias fases
ca ca co e a
de elabora¸˜o que ajuda o projectista a se organizar.Com uma interdependencia entre as fases ,
ca
que s˜o fun¸˜o do grau de defini¸˜o dos objectivos e constitui¸˜o das instala¸˜es e equipamentos.
a ca ca ca co
As fases que, no limite, se podem considerar s˜o:
a
• Progama preliminar;
• Estudo previo;
• Anteprojecto ou projecto base;
• Projecto de licenciamento;
Levy, Victorino I. 6
20. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• Projecto de execu¸˜o;
ca
• Assistˆncia t´cnica.
e e
A aceita¸˜o de todas estas fases em determinado projecto, est´ sempre condicionada a acordo
ca a
pr´vio com a entidade promotora deste mesmo projecto, isto ´, o Dono de Obra
e e
O progama preliminar constitui um documento no qual s˜o definidos pelo dono da obra os ob-
a
jectivos, caracter´
ısticas orgˆnicas e funcionais, condicionalismos financeiros, custos e prazos
a
de execu¸˜o a observar na concep¸˜o de projecto. Este documento pode conter tamb´m as
ca ca e
seguintes informa¸˜es especiais:
co
• Ordem das grandezas das capacidades dos diferentes equipamentos;
• Localiza¸˜o dos equipamentos, edif´
ca ıcios e instala¸˜es necess´rias ao seu funcionamento.
co a
O estudo pr´vio constitui um documento elaborado pelo autor do projecto com base no pro-
e
grama preliminar, no qual s˜o definidas de um modo geral, as solu¸˜es preconizadas para a
a co
realiza¸˜o da obra. Inclui:
ca
• Mem´ria descritiva com a descri¸˜o geral das instala¸˜es;
o ca co
• Elementos gr´ficos elucidativos das solu¸˜es propostas;
a co
• Dimensionamento aproximado dos principais equipamentos;
• Localiza¸˜o dos principais equipamentos, por exemplo; postos de transforma¸˜o , cen-
ca ca
trais de emergˆncia;
e
• Pr´-avalia¸˜o de potˆncias el´ctricas;
e ca e e
• Estimativa de custo da obra;
O anteprojecto ou projecto base constitui o desenvolvimento do estudo pr´vio, ap´s aprova¸˜o
e o ca
pelo dono da obra, apresentando com maior grau de pormenor alguns aspectos da solu¸˜o
ca
´ composto por:
ou solu¸˜es alternativas. E
co
• Pe¸as escritas que descrevam as solu¸˜es adoptadas;
c co
• Plantas a escala apropriada com a implanta¸˜o de aparelhagem e equipamentos, por ex-
ca
emplo; aparelhos de ilumina¸˜o, tomadas, quadros el´ctricos e equipamentos espec´
ca e ıficos;
• Eventualmente, estudos t´cnico-econ´micos que suportem as solu¸˜es apresentadas.
e o co
O projecto de licenciamento • Mem´ria descritiva e justificativa com a descri¸˜o geral
o ca
das instala¸˜es e apresenta¸˜o dos c´lculos de dimensionamento dos circuitos de al-
co ca a
imenta¸˜o;
ca
Levy, Victorino I. 7
21. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• Plantas ` escala apropriada (tipicamente 1/100), com o tra¸ado de circuitos e a im-
a c
planta¸˜o de aparelhagem e equipamentos;
ca
• Cortes e al¸ados ` escala 1/20 com implanta¸˜o de equipamento, (postos de trans-
c a ca
forma¸˜o e grupos de emergˆncia);
ca e
• Esquemas unifilares de quadros el´ctricos e diagramas de princ´
e ıpio;
• Fichas Electrot´cnica e de Identifica¸˜o e termo de responsabilidade
e ca
O projecto de execu¸˜o constitui um documento elaborado pelo autor do projecto a partir do
ca
projecto de licenciamento aprovado, que se destina a constituir um processo a apresentar a
concurso para adjudica¸˜o da empreitada de execu¸˜o dos trabalhos. Inclui:
ca ca
• Caderno de encargos;
• Mem´ria descritiva com a descri¸˜o geral das instala¸˜es;
o ca co
• Plantas ` escala apropriada (tipicamente 1/100), com o tra¸ado de circuitos e a im-
a c
planta¸˜o de aparelhagem e equipamentos;
ca
• Cortes e al¸ados ` escala 1/20 com implanta¸˜o de equipamento, (postos de trans-
c a ca
forma¸˜o e grupos de emergˆncia);
ca e
• Esquemas unifilares de quadros el´ctricos e diagramas de princ´
e ıpio;
• Listas de medi¸˜es e de or¸amento.
co c
A fase de assistˆncia t´cnica corresponde ` presta¸˜o de servi¸os complementares, no acom-
e e a ca c
panhamento do processo de concurso e adjudica¸˜o, e durante a execu¸˜o da obra.
ca ca
Durante o processo de concurso:
• Prepara¸˜o do concurso para adjudica¸˜o da empreitada;
ca ca
• Presta¸˜o de esclarecimentos e informa¸˜es solicitados por candidatos;
ca co
• Aprecia¸˜o das propostas, estudo, compara¸˜o de pre¸os e prazos de execu¸˜o e capacidade
ca ca c ca
t´cnica dos candidatos ` execu¸˜o da obra;
e a ca
Durante a execu¸˜o da obra:
ca
• Esclarecimentos de d´vidas de interpreta¸˜o e presta¸˜o de informa¸˜es complementares
u ca ca co
relativas a ambiguidades e omiss˜es de projecto;
o
• Aprecia¸˜o de documentos t´cnicos apresentados pelos empreiteiros;
ca e
• Assistˆncia ao dono da obra na verifica¸˜o da qualidade dos materiais e da execu¸˜o dos
e ca ca
trabalhos, fornecimento e montagem dos equipamentos e instala¸˜es.
co
Levy, Victorino I. 8
22. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Exemplo Ilustrativo
Nos trˆs quadros abaixos s˜o apresentados, a a titulo de exemplo,Elementos constituintes de um
e a
projecto de licencialento, um ´
ındice da Mem´ria Descritiva e um ´
o ındice das Pe¸as Desenhadas,
c
referentes a um projecto de instala¸˜o colectiva de um edif´
ca ıcio:
Elementos Constituintes de um Projecto de Licenciamento (Sugest˜o)
a
1. Folha Informativa para o Distribuidor.
2. Folha de Capa.
3. ´
Indice Geral do Dossier.
4. Ficha de Identifica¸˜o do Projecto.
ca
5. Ficha(s) Electrot´cnica(s).
e
6. Termo de Responsabilidade do Projectista.
7. C´pia do Bilhete de Identidade do Projectista.
o
8. C´pia de Documento de Inscri¸˜o na Ordem dos Engenheiros.
o ca
9. C´pia de Documento de Inscri¸˜o na DNE E.
o ca
10. Folha de Capa.
11. ´
Indice da Mem´ria Descritiva e Justificativa.
o
12. Mem´ria Descritiva e Justificativa.
o
13. Folha de Capa.
14. ´
Indice das Pe¸as Desenhadas.
c
15. Planta Topogr´fica.
a
16. Simbologia.
17. Restantes Pe¸as Desenhadas.
c
´
Indice de Mem´ria Descritiva (Exemplo)
o
1. Introdu¸˜o
ca
2. Instala¸˜es El´ctricas Projectadas;
co e
2.1. Instala¸˜o Colectiva e Entradas;
ca
2.2 Instala¸˜o das Zonas Comuns;
ca
3. Classifica¸˜o dos Locais;
ca
´
4. Indices de Protec¸˜o;
ca
5. Sistema de Protec¸˜o de Pessoas;
ca
6. Materiais a Empregar na Instala¸˜o;
ca
6.1. Generalidades;
6.2. Quadros;
Levy, Victorino I. 9
23. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
6.3. Canaliza¸˜es
co
6.4. Aparelhos Intercalados nas Canaliza¸˜es;
co
7. Contadores;
8. Dimensionamento;
8.1 Pot´ncia a Contratar para os Servi¸os Comuns;
e c
8.2 Interruptor de Corte Geral do Quadro de Colunas;
8.3 Coluna Montante;
8.4 Entradas das Habita¸˜es;
co
8.5 Entradas dos Servi¸os Comuns;
c
9. Nota Final.
´
ındice de Pe¸as Desenhadas (Exemplo)
c
1. Planta Topogr´fica;
a
2. Simbologia;
3. Diagrama de Alimenta¸˜o e Distribui¸˜o de Energia. Quadro de Colunas;
ca ca
4. Quadro de Servi¸os Comuns (QSC);
c
5. Diagrama de Intercomunica¸˜o e Diagrama de Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas;
ca ca
6. Alimentan¸˜o e Distribui¸˜o de Energia (Piso 1);
ca ca
7. Intercomunica¸ao (Piso 1);
c˜
8. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 2);
ca ca
9. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 3);
ca ca
10. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 4);
ca ca
11. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 1);
ca
12. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 2);
ca
13. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 3);
ca
14. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 4).
ca
Levy, Victorino I. 10
24. Cap´
ıtulo 2
Levantamento de cargas
2.1 Crit´rios de avalia¸˜o
e ca
2.1.1 Generalidades
No levantamento de cargas de um projecto predial residencial deve-se seguir alguns passos impor-
tantes para calcular a carga total da instala¸˜o.
ca
Numa fase inicial,que podemos designar por estudo pr´vio, a arquitectura disponibiliza a difini¸˜o
e ca
dos espa¸os quanto a areas, e tipo de utiliza¸˜o. De posse destes elementos define-se um levanta-
c ca
mento de cargas previsional na base dos r´cios de potˆcia por unidade de ´rea e dos coeficientes
a e a
de simultaniedade, obetendo-se uma prˆ-avalia¸˜o da potencia global da instala¸˜o.
e ca ca
O levantamento de cargas previsional permite uma pr´-difini¸˜o das redes el´ctricas, nomeada-
e ca e
mente na difini¸˜o do tipo de alimenta¸˜o, se em baixa, se em m´dia tens˜o, e do valor da potencia
ca ca e a
instalada.
Numa segunda fase, coicidindo com a evolu¸˜o da Arquitectura no sentido de uma difini¸˜o e car-
ca ca
acteriza¸˜o final dos espa¸os, ser˜o difinidos os diferentes tipos de utilizadores(frac¸˜es aut´nomas
ca c a co o
e ou cargas especificas). Nesta fase corrigem-se os valores previsionais de potˆncia anterioremente
e
obtidos e determinam-se as potˆncias instaladas por consumidor, corrigidas ao valor da potˆncia
e e
contratual mais proxima, no caso de frac¸˜es autonomas. Obt´m-se dados sobre as potˆncias de
co e e
equipamentos especificos como sejam:
• Centrais de ar condicionado;
• Sistemas de ventila¸˜o;
ca
• Centrais de bombagem de agua;
• Elevadores,ect.
11
25. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
2.2 Projecto de Ilumina¸˜o Interior
ca
A importancia da ilunina¸˜o
ca
Normalmente utilizam-se os m´todos de dimensionamento de projecto luminot´cnico:
e e
• M´todo do fluxo m´dio
e e
• M´todo ponto a ponto
e
quer seja no meio industrial quer seja em escritorio ou residencia, uma ilumina¸˜o apropriada
ca
facilita a execu¸˜o de todas as tarefas. As pessoas recebem cerca de 85% das informa¸˜es por
ca co
interm´dio da vis˜o. Uma ilumina¸˜o apropriada:
e a ca
• n˜o produz nem encadeamento, nem sombras;
a
• pode reduzir a fadiga ocular e as dores de cabe¸a;
c
• chama mais aten¸˜o para m´quinas m´veis e outros riscos em mat´ria de seguran¸a.
ca a o e c
A capacidade de “ver“ no trabalho depende n˜o apenas da ilumina¸˜o, mas tamb´m:
a ca e
• do tempo de focalizar um objecto (os objectos que se deslocam rapidamente s˜o dif´
a ıceis de
ver);
• das dimens˜es de um objecto (os objectos mais pequenos s˜o dif´
o a ıceis de ver);
• da intensidade luminosa (demasiada ou pouca luz reflectida tornam a percep¸˜o dos objectos
ca
dif´
ıcil);
• do contraste entre um objecto e a sua vizinhan¸a imediata (um fraco contraste dificulta a
c
distin¸˜o entre um objecto e a sua vizinhan¸a)
ca c
2.2.1 As diferentes fase de um projecto luminot´cnico
e
Os parˆmetros que se devem ter em aten¸˜o num projecto luminot´cnico de interiores podem ser
a ca e
assim resumidos:
• ilumina¸˜o adequada;
ca
• uniformidade de ilumina¸˜o no plano de trabalho;
ca
• limita¸˜o do encandeamento directo e reflectido;
ca
Levy, Victorino I. 12
26. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• tonalidade de cor da luz adequada;
• restitui¸˜o de cores adequada
ca
• equilibrio de luminˆncias;
a
• controlo de sombras;
• integra¸˜o adequada entra a ilumina¸˜o artificial e a ilumina¸˜o natural
ca ca ca
O desenvolvimento de um projecto exige uma metodologia para se estabelecer uma sequˆncia
e
l´gica de calculos. A metodologia recomendada prop˜e as seguintes etapas:
o o
1. Determinar os objectivos da iluminan¸˜o e os efeitos que se pretente alcan¸ar
ca c
2. Levantar as dimens˜es f´
o ısicas do local, ”lay-out”, materiais usados e caracteristicas da rede
local;
3. Determinar o n´ m´dio de iluminˆcia a adoptar
ıvel e a
4. Factor de uniformidade na ´rea da tarefa visual e na ´rea de trabalho
a a
5. Escolha das armaduras de ilumina¸˜o
ca
6. Escolha da lˆmpada
a
7. Verfica¸˜o do equil´
ca ıbrio de luminˆncias no campo visual
a
8. C´lculo do n´mero de armaduras a instalar
a u
9. Distribui¸˜o das armaduras em fun¸˜o de (e/h)max
ca ca
10. Verfica¸˜o do ´
ca ındice de eficˆncia energ´tica
e e
11. Divis˜o das armaduras por circuitos de ilumina¸˜o/escolha do tipo de comando
a ca
2.2.2 ”Software” de c´lculo luminot´cnico
a e
Praticamente todos os fabricantes de armaduras de ilumina¸˜o ou tˆm software pr´pio, ou tˆm
ca e o e
os dados fotom´tricos das respectivas armaduras disponiveis para utiliza¸˜o em aplica¸˜es de
e ca co
”software”, de forma a tornar mais expedito, mais rapido e mais fi´vel o projecto luminot´cnico.
a e
A utiliza¸˜o de ”software” para c´lculo luminot´cnico tem uma serie de vantagens:
ca a e
• possibilidade de estudar rapidamente um conjunto de possibilidades para a ilumina¸˜o de
ca
um dado local;
Levy, Victorino I. 13
27. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• em alguns casos, possibilidade de indicar factores de reflex˜o diferentes para as diferentes
a
paredes de um local;
• c´lculo das iluminˆncias das paredes e do tecto;
a a
• possibilidade de tra¸ado das curvas isolux num dado plano;
c
• apresenta¸˜o da varia¸˜o da iluminˆncia a 3 dimens˜es;
ca ca a o
• obter a varia¸˜o da iluminˆncia num dado plano (sec¸˜es de iluminˆncia), etc.;
ca a co a
Com algum ”software”, ´ poss´ efectuar uma importa¸˜o do desenho de um dado local a partir
e ıvel ca
do ”Autocad”, possibilitando tamb´m a inclus˜o de mobili´rio pr´-definido no software ou definido
e a a e
pelo utilizador atrav´s de volumes.
e
2.3 Projecto de tomadas de uso geral
Esta consiste basicamente no dimensionamento do numero de tomadas de uso geral. S˜o desti-
a
nadas, a alimenta¸˜o de qualquer aparelho, dependendo apenas da necessidade do usu´rio. Para
ca a
isso ´ necess´rio, que o projectista tenha informa¸˜o tecnica destes aparelhose e n˜o s˜o designa-
e a ca a a
dos a alimentar nenhum equipamento especifico.
Com rela¸˜o ` potˆncia de cada tomada em instala¸˜es residenciais e similares ´ atribuida uma
ca a e co e
potˆncia de 100Watt ou 150Watt por tomada
e
A localiza¸˜o dos interruptores, comutadores e tomadas obdece tamb´m a normas
ca e
minimas:
• Os interruptores, comutadores devem ser colocados em posi¸˜o tal que nao fiquem tapa-
ca
dos pelas portas, quando estas abrem, e estarem situadas a uma altura uniforme compreen-
dida entre 0,90m e 1,0m(` altura das ma¸anetas das portas).
a c
• As tomadas nas divis˜es principais devem ser instaladas a uma altura uniforme situada
o
entre 0,05m e 0,30m; as tomadas de cozinha, entre 1,10m e 1,20m; as tomadas nas casas de
banho entre 1,10m e 1,20m
Levy, Victorino I. 14
28. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
2.3.1 Pontos de utiliza¸˜o m´
ca ınimos recomendados numa habita¸˜o
ca
Salas:
• 1–tomada de usos gerais por cada 5m de perimetro, destribuidas o mais uniforme possivel–1
• 1 ou 2 pontos– de ilumina¸˜o
ca
• 1 caixa terminal– para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o(ar condicionado ou aquecedor
ca ca
electrico)
Quartos:
• 3– tomadas para usos gerais;
• 1– ponto de ilumina¸˜o;
ca
• 1– caixa terminal para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o (ar condicionado ou aquecedor
ca ca
el´ctrico).
e
Cozinhas:
• 5– tomadas para usos gerais;
• 1– tomada para m´quina de lavar lou¸a;
a c
• 1 ou 2– pontos de ilumina¸˜o;
ca
• 1 caixa terminal– para liga¸˜o da placa vitrocerˆmica;
ca a
• 1 caixa terminal– para liga¸˜o do forno;
ca
• 1 caixa terminal– para liga¸˜o do exaustor;
ca
• 1 caixa terminal– para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o (ar condicionado ou aquecedor
ca ca
el´ctrico).
e
Lavandaria
• 1– tomada para usos gerais;
• 1– tomada para m´quina de lavar roupa;
a
• 1– tomada para m´quina de secar roupa;
a
Levy, Victorino I. 15
29. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• 1– ponto de ilumina¸˜o.
ca
Casa de banho:
• 2– pontos fixos de ilumina¸˜o;
ca
• 2– tomadas de uso geral (uma junto ao lavat´rio - volume 2 - e outra no volume 3).
o
Atender aos quatro volumes diferenciados nas casas de banho:
Volume 0 - local ou zona de risco m´ximo;
a
Volume 1 - local ou zona de risco elevado;
Volume 2 - local onde o risco existe, mas j´ ´ menor;
ae
Volume 3 - local de risco mais reduzido
”ver figura:8.1 no anexo”
Corredores e vest´
ıbulos:
• 1 ou 2 pontos– de ilumina¸˜o;
ca
• 1– tomada de usos gerais por cada 6 metros.
Arrecada¸˜es garragens
co
• 1– tomada de usos gerais
• 1– ponto de ilumina¸˜o
ca
2.4 Tomadas de uso espec´
ıfico
`
As tomadas de uso espec´
ıfico, s˜o destinados ` liga¸˜o de euipamentos fixos e estacionarios, como
a a ca
e o caso de Chuveiro, Termoacumaludores, Ar condicionado, Maquinade lavar roupa e outros.E
deve ser atribuida uma potˆncia igual ao equipamento que a mesma ir´ alimentar. As tomadas
e a
de uso especifico devem ser instaladas, no m´ximo, 1.5m do local previsto do equipamento a ser
a
alimentado.
2.5 Ar Condicionado
O condicionador de ar ´ respons´vel pelo sistema de climatiza¸˜o, basicamente a finalidade do
e a ca
ar condicionado ´ extrair o calor de uma fonte quente, transferindo-a para uma fonte fria.isto ´
e e
possivel atrav´s do sistema evaporador e condensador
e
Levy, Victorino I. 16
30. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
2.5.1 Classifica¸˜o do ar condicionado
ca
Os ar condicionados podem ser divididos em 3 categorias
1. Ar condicionados do tipo residencial–N˜o permite refrigerar mais de um ambiente.
a
2. Sistema compacto para refrigera¸˜o de dois a trˆs locais, mediante a coloca¸˜o de dutos. A
ca e ca
capacidade varia de 22000 BTU a 50000 BTU
3. Sistema comercial, com capacidade de refrigera¸˜o muito elevada, entre 50000 BTU a 90000
ca
BTU
2.5.2 Sele¸˜o de Ar Condicionado
ca
Comforme o tipo de ambiente que vamos refrigerar, haver´ diferentes capacidades de aparelhos.
a
Para dimensionamento adequado do ar condicionado temos que levar em conta v´rios factores:
a
• Tamanho da sala ou escrit´rio
o
• Altura do p´ direito (distancia do solo ao teto)
e
• Quantidade de janelas e portas no local
• As janelas recebem sol directo? Da manha ou da tarde? Tem cortina nas janelas? Os vidros
ficam a sombra?
• Quantas pessoas trabalham no local?
• Os aparelhos el´ctricos trabalham em regime cont´
e ınuo; qual a capacidade de cada um?
(potˆncia)
e
Para facilitar a escolha do ar condicionado ideal, estabelece-se uma sequencia de c´lculo, denom-
a
inado: c´lculo de carga t´rmica
a e
C´lculo da carga t´rmica
a e
Para o c´lculo da estimativa da carga t´rmica do ambiente, os fabricantes de ar condicionado,
a e
disponibilizam(software espec´
ıfico, planilha ou tabela de c´lculo) que fornecem o n´mero de
a u
Quilocalorias por hora (kcal/h), necessarias a cada tipo de ambiente.
Exemplo–c´lculo de carga t´rmica
a e
Levy, Victorino I. 17
31. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Figura 2.1: Planillha para c´lculo de carga t´rmica para escolha de ar condicionado
a e
Levy, Victorino I. 18
32. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Dimensionar a capacidade de um ar condicionado para refrigerar um escrit´rio com as seguintes
o
caracter´
ısticas:
´
1. Area do escrit´rio; 25m2 com p´ direito de 3m. O escritorio n˜o ´ de cobertura ficando entre
o e a e
andares.
2. Existem 2 (duas) janelas com cortinas recebendo sol da manh˜, cada janela tem ´rea de 2
a a
m2 .
3. No escrit´rio trabalham 4 pessoas.
o
4. Existem 2 (duas) portas. Cada porta tem ´rea de 2 m2
a
5. M´quinas e equipamentos de uso continuo, com suas respectivas potˆncias.
a e
2 computadores com 60W cada
1 minigeleira com 70W
6 lˆmpadas de 60W cada
a
1 fax com 20W
C´lculo da carga t´rmica
a e
1. Recinto (Escrit´rio)
o
Volume do ar interno
´
Area* P´ direito
e
25m2 *3m=75m3
Da tabela–Recinto: para 75m3 entre andares temos 1200 Kcal/h
2. JANELAS
´
Area das janelas
2 janelas*2 m2 = 4m2
Da tabela–janelas com cortinas, recebendo sol da manh˜, temos:
a
Janelas= 640Kcal/h
3. N O de pessoas : As pessoas, dissipam energia, seu metabolismo mant´m-se com a temper-
e
atura corp´rea de 36o C.
o
como temos 4 pessoas, a Tabela indica:
4 pessoas =500Kcal/h
Levy, Victorino I. 19
33. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
4. N O de portas
Temos no escrit´rio 2 portas com 2 m2 cada uma
o
´
Area das portas
2*2 m2 = 4 m2
Tabela=500 Kcal/h
5. C´lculo da potˆncia dissipada pelos equipamentos el´tricos
a e e
2 computadores 2*60W=120W
1 minigeleira 1*70W=70W
6 lˆmpadas 6*60W=360W
a
1 fax 1*20W=20W
TOTAL=570W
Tabela aparelhos el´ctricos: (Como a tabela n˜o passa de 500W, temos:)
e a
500W= 450Kcal
100W= 90 Kcal
600W=540 Kcal
Total da carga t´rmica
e
Recinto 1200
Janelas 640
Pessoas 500
Portas 500
Aparelhos 540
Total 3380 Kcal/h
Para facilitar a escolha do ar condicionado, transformamos Quilocalorias (Kcal) em BTU.
1 Kcal= 3,92 BTU
3380*3,92= 13250 BTU‘s = 14000 BTU
Escolher no merado um ar condicionado pr´ximo de 14000 BTU‘s.
o
2.6 Projecto de uma instala¸˜o de utiliza¸˜o(Habita¸˜o
ca ca ca
Unifamiliar)
2.6.1 Sequˆncia de procedimentos para o desenvolvimento do projecto
e
Com base na planta da habita¸˜o e respectiva escala(Exemplo: escala 1:100 quer dizer 1cm na
ca
planta corresponde 100cm no real)
Levy, Victorino I. 20
34. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
2.6.2 Actividade 1
1. Difini¸˜o da utiliza¸˜o a dar a cada divis˜o da casa
ca ca a
2. Obter o valor da ´rea e perimetro de cada divisao da casa (Apenas as divis˜es que tenham
a o
´rea superior a 4m2 , excluidas as cozinhas, casas de banho e corredores)
a
3. Classifica¸˜o dos locais de acordo com as suas condi¸˜es ambientais e factores de influencia
ca co
externa
Salas, quartos, corredores:Locais sem riscos especiais
Casas de banho, cozinhas: Locais h´midos e temporariamente h´midos
u u
Equipamentos el´ctricos: caracteristicas dos inv´lucros1
e o
´
Indice de prote¸˜o minimo dos inv´lucros dos equipamentos:IP20–IK04
ca o
´
Indice de prote¸˜o dos inv´lucros dos equipamentos para utiliza¸˜o no volume 2 das casas
ca o ca
de banho: IP23–IK04
´
Indice de prote¸˜o dos inv´lucros dos equipamentos para locais inund´veis por lavagem
ca o a
frequente com jactos de ´gua, p´tios e terra¸os descobertos: IP25–IK04
a a c
4. Determinar as potˆncias previstas para as diferentes cargas(Ilumina¸˜o, Tomadas de uso
e ca
geral, Tomadas de uso espec´
ıfico)
5. Anotar esse valores na tabela de previs˜o de carga, juntamente com o nome de cada divis˜o
a a
2.6.3 Actividade 2
Desenhar o esquema arquitectural na planta da habita¸˜o
ca
• Localiza¸˜o do quadro de entrada (junto ` entrada da habita¸˜o, no interior)
ca a ca
• Localiza¸˜o dos pontos de utiliza¸˜o (ilumina¸˜o, tomadas, ect.)
ca ca ca
• Localiza¸˜o dos equipamentos (interuptores, comutadores, caixas de deriva¸˜o, etc.)
ca ca
1
No c´digo IPXY, o algarismo X varia de 0 a 6 e traduz, de forma crescente, o grau de protec¸˜o contra a
o ca
penetra¸˜o de corpos s´lidos, enquanto o algarismo Y, varia de 0 a 8 e traduz, tamb´m de forma crescente, o
ca o e
grau de protec¸˜o contra a penetra¸˜o de l´
ca ca ıquidos.
No c´digo IKXX, o n´ mero XX varia de 0 a 10 e traduz, de forma crescente, o grau de prote¸˜o contra a ac¸˜es
o u ca co
mec´nicas.
a
Levy, Victorino I. 21
35. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Desenhar o esquema arquitectural para2 :
• Ilumina¸˜o
ca
• Tomadas de uso geral
• Sinaliza¸˜o
ca
• Equipamentos espec´
ıficos (m´quinas de lavar, forno, placa vitrocerˆmica, etc.)
a a
2.6.4 Divis˜o de Circuitos
a
A instala¸˜o deve ser dividida em tantos circuitos quanto necessarios, devendo cada circuito ser
ca
concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimenta¸˜o inadvertida por meio de
ca
outro circuito. A divis‘ao da instala¸˜o em circuitos terminais deve ser de modo a atender ,entre
ca
outras ´s seguintes exigencias:
a
Seguran¸a evitando que a falta em um circuito prive de alimenta¸˜o toda uma ´rea. provacando
c ca a
apenas o seccionamento do circuito defeitoso.
Conserva¸˜o de enrgia possibilitando que cargas de ilumina¸˜o e/ou de climatiza¸˜o sejam
ca ca ca
acionadas na justa medida das necessidades.
Funcionais viabilizando a cria¸˜o de diferentes ambientes, como os necess´rios em recintos de
ca a
lazer,etc
Manuten¸˜o facilitando ou possibilitando a¸˜es de inspe¸˜o e de reparo
ca co ca
Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instala¸˜o que requeiram controle especifico,
ca
de tal forma que estes circuitos n˜o sejam afectados pelas falhas de outros (por exemplo , circuitos
a
de supervis˜o predial).
a
Na divis˜o da instala¸˜o devem ser considerados tamb´m as necessidades futuras.As amplica¸oes
a ca e c
previsiveis devem se reflectir n˜o s´ na potˆncia de alimenta¸˜o, mas tambem na taxa de ocupa¸˜o
a o e ca ca
das conductas e ddos quadros de distribui¸˜o.
ca
2
O tra¸ado dos circuitos deve ser feito com linhas horizontais e verticais e tamb´m se deve representar o n´mero
c e u
de conductores por circuito(em cada tro¸o)
c
Levy, Victorino I. 22
36. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
2.6.5 Regras para a divis˜o
a
Ilumina¸˜o:
ca
• 1 circuito, at´ cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 1500W )
e o e
• 2 circuitos, para mais de cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 1500W )
o e
Tomadas para usos gerais:
• 1 circuito, at´ cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 2400W )
e o e
• 2 circuitos, para mais de cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 2400W )
o e
• Devem ser previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral da cozinha, copa
e ´rea de servi¸o
a c
• Recomenda-se, ainda, que em cada circuito n˜o haja mais de oito (8) pontos de utiliza¸˜o
a ca
Tomadas para uso espec´
ıfico
• Equipamentos que absorvem corrente igual ou superior a 10A devem ser alimentados por
uma TUE
• Deve ser previsto um circuito exclusivo para cada tomada de uso especifico
2.7 Potˆncias Unit´rias das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o
e a co ca
A determina¸˜o da potˆncia previsional de uma instala¸˜o passa pela defini¸˜o de r´cios de
ca e ca ca a
potˆncia por unidade de ´rea (VA/m2 ) que s˜o fun¸˜o do tipo de utiliza¸˜o da instala¸˜o.”ver
e a a ca ca ca
tabela:8.1 no anexo”onde s˜o apresentados, as potˆncias m´
a e ınimas a considerar no dimensiona-
mento das instala¸˜es de uso residencial ou profissional.
co
2.7.1 Coeficientes de Utiliza¸˜o e Simultaneidade
ca
Os resultados globais na determina¸˜o da potˆncia de uma instala¸˜o, devem ser ponderados por
ca e ca
coeficientes de utiliza¸˜o Ku e por coeficientes de simultaneidade Ks:
ca
O coeficiente de utiliza¸˜o Ku, caracteriza o regime de funcionamento de um receptor, estab-
ca
elecendo a rela¸˜o entre a potˆncia que se presume utilizada e a potˆncia nominal instalada;
ca e e
Levy, Victorino I. 23
37. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
O coeficiente de simultaneidade Ks, caracteriza o regime de funcionamento de uma instala¸˜o
ca
.
Estes coeficientes de simultaneidade para instala¸˜es colectivas devem ser aplicados aos quadros
co
de coluna, `s colunas montantes e ainda aos tro¸os de coluna onde haja mudan¸a de sec¸˜o.
a c c ca
Receptores e utilizadores de energia el´ctrica ”ver tabela:8.2 no anexo” onde
e
apresentam-se coeficientes de simultaneidade a considerar no dimensionamento de colunas
ıcios de uso residencial e profissional, conforme Art. 25o do RSICEE
montantes de edif´
Colunas montantes
”ver tabela:8.3 no anexo” onde apresentam-se coeficientes de simultaneidade a considerar no di-
mensionamento de colunas montantes de edif´
ıcios de uso residencial (habita¸˜o),conforme Art.
ca
25o do RSICEE.
A utiliza¸˜o, quer dos valores unit´rios previs´
ca a ıveis de potˆncia, quer dos coeficientes de simultane-
e
idade, dever´ ser considerada unicamente como orienta¸˜o, n˜o dispensando uma an´lise cr´
a ca a a ıtica a
cada situa¸˜o particular. Note-se que, em qualquer caso, dever˜o garantir-se sempre os m´
ca a ınimos
de potˆncia impostos pelos regulamentos.
e
Redes de distribui¸˜o p´ blica
ca u
No caso das redes de distribui¸˜o p´blica o coeficiente de simultaneidade a utilizar Ks ´ calculado
ca u e
com base na f´rmula:
o
0,85
√
KS = 0, 5 + N
Onde N representa o n´mero de instala¸o˜es
u c o
2.7.2 Potˆncia Instalada e Contratada
e
A potˆncia instalada a considerar ser´ o somat´rio das potˆncias m´
e a o e ınimas para as instala¸˜es
co
de utiliza¸˜o dom´stica e as potˆncias realistas para os servi¸os comuns (ilumina¸˜o, elevadores,
ca e e c ca
bombagem de ´gua, etc.), multiplicadas por coeficientes de simultaneidade estabelecidos regula-
a
mentarmente.
A potˆncia contratada corresponde ` potˆncia efectivamente disponibilizada pelo distribuidor
e a e
p´blico de energia el´ctrica
u e
No c´lculo das instala¸˜es colectivas e entradas, nos locais de habita¸˜o ou edif´
a co ca ıcios residenciais,
n˜o devem ser consideradas potˆncias nominais inferiores `s indicadas na ” tabela:8.4 no anexo”
a e a
A potˆncia contratual depender´ em ultima an´lise do utilizador e, concretamente, do tipo de
e a ´ a
explora¸˜o que este entenda assumir na sua instala¸˜o.
ca ca
Levy, Victorino I. 24
38. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
Em qualquer circunstˆncia ´ sempre poss´ rever o valor do contrato de fornecimento de energia
a e ıvel
desde que n˜o se ultrapasse o valor da potˆncia instalada.
a e
´ no entanto o valor da potˆncia instalada que condiciona todo o dimensionamento da instala¸˜o.
E e ca
Levy, Victorino I. 25
39. Cap´
ıtulo 3
Instala¸˜es colectivas e entradas
co
3.1 Estrutura das instala¸˜es colectivas
co
3.1.1 Princ´
ınpios gerais
A escolha do tipo e modo de alimenta¸˜o de energia el´ctrica a um consumidor espec´
ca e ıfico depende
de diversos factores, entre os quais s˜o de referir: o tipo, a fun¸˜o e a potˆncia das cargas a
a ca e
alimentar.
No caso de edif´
ıcios com uma unica instala¸˜o de utiliza¸˜o (consumidores individuais isolados),
´ ca ca
a estrutura da rede ´ relativamente simples, sendo constitu´ por:
e ıda
Ramal de entrada responsabilidade da entidade distribuidora de energia
Portinhola (quadro onde finda o ramal de entrada)
Entrada, constitu´ pela canaliza¸˜o el´ctrica, contadores de energia, aparelho de corte geral e
ıda ca e
quadro de entrada (QE).
As instala¸˜es el´ctricas de utiliza¸˜o inseridas num mesmo edif´
co e ca ıcio, exploradas por entidades
diferentes (constituindo frac¸˜es aut´nomas), que em regra ter˜o necessidade de potˆncias relati-
co o a e
vamente pequenas (tipicamente inferiores a 50 kVA) ser˜o alimentadas em baixa tens˜o atrav´s
a a e
da Instala¸˜o Colectiva do edif´
ca ıcio cuja estrutura ´ composta por:
e
• Ramal de entrada,responsabilidade da entidade distribuidora de energia;
• Tro¸o comum Canaliza¸˜o el´ctrica da instala¸˜o colectiva que tem in´ na portinhola e
c ca e ca ıcio
que termina no quadro de colunas;
26
40. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso
• Quadro de colunas QC, Quadro alimentado, em trif´sico, directamente por um ramal
a
ou por interm´dio de um tro¸o comum (da instala¸˜o colectiva) e destinado a distribuir a
e c ca
energia el´ctrica ao quadro de servi¸os comuns QSC, e `s colunas montantes do edif´
e c a ıcio;
• Colunas montantes,constitu´
ıdas pelas canaliza¸˜es el´ctricas e caixas de coluna. As col-
co e
unas montantes s˜o obrigatoriamente trif´sicas, constitu´
a a ıdas por cabos ou condutores cuja
sec¸˜o n˜o poder´ ser inferior a 10 mm2 ;
ca a a
• Entradas constitu´
ıdas pelas canaliza¸˜es de entrada em cada frac¸˜o, contadores de energia
co ca
el´ctrica, aparelhos de corte de entrada (ACE) e respectivos quadros de entrada (QE).
e
A Instala¸˜o Colectiva, pode ser classificada, em fun¸˜o da localiza¸˜o dos contadores, como
ca ca ca
sendo:
• Descentralizada, caso em que os contadores se situam junto ` entrada das instala¸˜es
a co
• Centralizada, caso em que os contadores se situam num unico local, perto do quadro de
´
colunas, portanto afastados das entradas das instala¸˜es
co
”ver figuras 8.2 e 8.3 no anexo’
Aparelho de corte da entrada (ACE)
Dispositivo de corte e de protec¸˜o intercalado numa entrada (fra˜es aut´nomas e ou servi¸os
ca o
¸ o c
comuns) a jusante do equipamento de contagem e destinado a limitar a potˆncia contratada para
e
a instala¸˜o el´ctrica (de utiliza¸˜o)(arto 13RSIU EE), ja que ´ instalado no interior do recinto
ca e ca e
servida pela mesma(arto 38 RSICEE)
Nota 1: O aparelho de corte da entrada(ACE) ´ um disjuntor que garante, em regra, a protec¸˜o
e ca
geral contra as sobreintensidades (sobrecargas e curtos-circuitos) da instala¸˜o el´ctrica (de
ca e
utiliza¸˜o), sendo designado por “disjuntor de entrada“
ca
Nota 2: se pelo contr´rio, o ACE for um interruptor, ser´ conveniente dotar a instala¸˜o de
a a ca
uma prote¸˜o geral, pr´pia, contra sobreintensidades, a ser colocado ` cabe¸a, no quadro de
ca o a c
entrada
Nota 3: Este aparelho ´ propriedade do distribuidor de energia el´ctrica e ´ instalado ou n˜o em
e e e a
fun¸˜o das condi¸˜es contratuais; em regra, para potˆncias contratadas at´ 41,4 kVA (60 A,
ca co e e
em 400 V), o distribuidor instala um disjuntor de entrada
Levy, Victorino I. 27