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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
                  FACULDADE DE ENGENHARIA
                                       ´
   DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA
                               ´
         CURSO DE ENGENHARIA ELECTRICA




                         PROJECTO DE CURSO




                     TEMA:
                     ¸˜               ´
ESTUDO SOBRE ELABORACAO DE PROJECTO ELECTRICO
              PREDIAL-RESIDENCIAL




AUTOR:     Levy,Victorino Inocˆncio
                              e




                        Maputo, Dezembro de 2010
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
                     FACULDADE DE ENGENHARIA
                                       ´
   DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA
                               ´
         CURSO DE ENGENHARIA ELECTRICA




                            PROJECTO DE CURSO




                     TEMA:
                     ¸˜               ´
ESTUDO SOBRE ELABORACAO DE PROJECTO ELECTRICO
              PREDIAL-RESIDENCIAL




AUTOR:        Levy,Victorino Inocˆncio
                                 e
SUPERVISOR:   Eng Zefanias J. Mabote




                           Maputo, Dezembro de 2010
Universidade Eduardo Mondlane             Projecto de curso




                                Dedicat´ria
                                       o




                                                     Dedico o presente trabalho:
                                              a minha m˜e ”Elvira Jos´ Gouveia”
                                                       a             e
                                                  por iluminar os meus caminhos
                                              pelo exemplo de vida, honestidade,
                                                      humildade e preserveran¸a
                                                                             c




Levy, Victorino I.              i
Agradecimentos

A Deus por ser minha fonte de vida. Por ter me dado for¸a para superar os momentos mais dif´
                                                       c                                   ıceis
e nunca ter me abandonado. Agrade¸o a Ele por todas as gra¸as realizadas.
                                 c                        c
A minha m˜e que tem iluminado os meus caminhos aos meus irmaos Frede, Chinho e Vivi que
         a
tem sido a raz˜o da meu esfor¸o, persistencia e dedica¸˜o em todos esses anos de estudos
              a              c                        ca
A Ily pelo apoio e compreens˜o
                            a
A todas as pessoas que contribu´
                               ıram para que esse trabalho fosse realizado.




                                               ii
Lista de Abreviaturas

 • RSICEE Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es Colectivas de Edif´
                                c             co                     ıcios e Entradas

 • RSIUEE Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica
                                c             co             ca               e

 • DNEE Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica
            ca                        e

 • IP–IK ´
         Indice de prote¸˜o dos equipamentos
                        ca

 • Ku Coeficiente de utiliza¸˜o
                           ca

 • Ks Coeficiente de simultaneidade

 • QE Quadro de entrada

 • QC Quadro de colunas

 • QSC Quadro de servi¸os comuns
                      c

 • ACE Aparelhos de corte de entrada

 • Un Tens˜o estipulada
          a

 • f Frequˆncia nominal
          e

 • In Corrente estipulada

 • Inf Corrente convencional de n˜o funcionamento
                                 a

 • If Corrente convencional de funcionamento

 • Iz Intensidade de corrente m´xima admissivel na canaliza¸˜o
                               a                           ca

 • Pdc Poder de corte nominal

 • t tempo limite de permanencia do curto-circuito


                                           iii
Universidade Eduardo Mondlane                             Projecto de curso


   • S sec c˜o nominal dos conductores(mm2 )
            a

   • Ic c] corrente de curto circuito minima (no ponto mais afastado do circuito)

   • K constante, podendo ter os valores de:

     115 Conductores com alma de cobre, isolados a policloreto de vinilo;
     135 Conductores com alma de cobre, isolados a borracha but´
                                                               ılica, polietileno recticulado
          ou etileno-propileno
     74 Conductores com alma de alum´
                                    ınio, isolados a policloreto de vinilo;
     87 Conductores com alma de alum´
                                    ınio, isolados a borracha but´
                                                                 ılica, polietileno recticulado
          ou etileno-propileno

   • ρ -Resistividade do material da alma condutora ` temperatura ambiente [Ω/mm2 .m);
                                                    a

   • L -Comprimento do condutor [m];




Levy, Victorino I.                  iv
Lista de Figuras

 2.1   Planillha para c´lculo de carga t´rmica para escolha de ar condicionado . . . . . .
                       a                e                                                          18

 8.1   volumes da casa de banho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      66
 8.2   Exemplo de uma instala¸˜o colectiva num edif´ de habita¸˜o multifamiliar com
                             ca                    ıcio       ca
       2 colunas, com contagem descentralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      67
 8.3   Exemplo de uma instala¸˜o colectiva num edif´ de habita¸˜o multifamiliar, com
                             ca                    ıcio       ca
       contagem centralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    68
 8.4   Quadro de coluna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    69
 8.5   Curvas tempo/corrente para disjuntores modulares (EN 60898), temperatura de
       referˆncia de 30o C (extra´ de informa¸˜o t´cnica da Siemens). . . . . . . . . . .
            e                    ıdo         ca e                                                  69
                                                                            o
 8.6   coordena¸˜o entre os conductores e dispositivos de prote¸˜o (art 577 RSIUEE) .
               ca                                              ca                                  69
 8.7   Sistema de terra de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                 ca                                                                70
 8.8   Elemetos captores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   70
 8.9   el´ctrodo em anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
         e                                                                                         71
 8.10 El´ctrodo do tipo radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
        e                                                                                          71
 8.11 Sistema geral integrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    71
 8.12 simbologiaI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    72
 8.13 simbologiaII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   73
 8.14 Dimensionamento de entradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .        74
 8.15 Esquema de Quadro El´ctrico(habita¸˜o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                          e             ca                                                         75
 8.16 tra¸ado de circuitos de ilumina¸˜o e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
         c                           ca                                                            76
 8.17 tra¸ado de circuitos de ilumina¸˜o e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
         c                           ca                                                            77




                                                 v
Lista de Tabelas

 5.1   Classifica¸˜o dos edif´
                ca          ıcios:contra consequˆncias das Descargas (CD) . . . . . . . .
                                                e                                                   47
 5.2   Classifica¸˜o das estruturas:quanto ` Altura e Implanta¸˜o (AI) . . . . . . . . . .
                ca                        a                  ca                                     48
 5.3   Crit´rios de decis˜o sobre a necessidade de protec¸˜o contra descargas atmosf´ricas. 48
           e             a                               ca                         e

 8.1       ıcios Residenciais - Potˆncias unit´rias (RSIUEE - Art. 435o ) . . . . . . . . .
       Edif´                       e          a                                                     58
 8.2   Coeficientes de simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      58
 8.3   Coeficientes de simultaneidade para colunas montantes . . . . . . . . . . . . . . .           59
 8.4   Potˆncias minimas a considerar para c´lculo das Instala¸˜es em locais habita¸ionais 59
          e                                 a                 co                   c
 8.5   Caracter´
               ısticas gerais de cada um dos componentes de um quadro de colunas . . .              60
 8.6   Caixas de colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    61
 8.7   Caracter´
               ısticas dos fus´
                              ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   61
 8.8   Caracter´
               ısticas dos fus´
                              ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   61
 8.9   Caracter´
               ısticas dos fus´
                              ıveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    62
              ısticas dos disjuntores (arto 134 - coment´rios 3) . . . . . . . . . . . . . .
 8.10 Caracter´                                         a                                           62
                                            o
 8.11 caracter´
              ısticas dos disjuntores (art 134 - coment´rios 3) . . . . . . . . . . . . . .
                                                       a                                            63
 8.12 Diˆmetros de tubos para instala¸˜es de utiliza¸˜o.(RSIUEE - Art. 243.o -) . . . . .
        a                            co             ca                                              64
                                                                           o
 8.13 Diˆmetros de tubos para colunas montantes.(RSICEE Art. 24. ) . . . . . . . . . .
        a                                                                                           65




                                                 vi
Sum´rio
   a

  Dedicat´ria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
         o                                                                                             i
  Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      ii

Abreviaturas                                                                                         iii

Lista de Figuras                                                                                      v

Lista de Tabelas                                                                                     vi

Introdu¸˜o
       ca                                                                                             1

1 Aspectos Legais, Regulamentares e T´cnicos
                                     e                                                                4
  1.1   Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
               ca               ca                                                                    4
        1.1.1   Regulamenta¸˜o aplicavel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                           ca                                                                         4
  1.2   Organiza¸˜o e Planeamento dos Projectos de Electricidade . . . . . . . . . . . . .
                ca                                                                                    5
        1.2.1   Competˆn¸ias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                      e c                                                                             5
        1.2.2   Tipos e Categorias das Instala¸˜es El´ctricas . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                              co     e                                                5
        1.2.3   Fases do Projecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     6

2 Levantamento de cargas                                                                             11
  2.1   Crit´rios de avalia¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
            e              ca                                                                        11
        2.1.1   Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    11
  2.2   Projecto de Ilumina¸˜o Interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                           ca                                                                        12
        2.2.1   As diferentes fase de um projecto luminot´cnico . . . . . . . . . . . . . . .
                                                         e                                           12
        2.2.2   ”Software” de c´lculo luminot´cnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                               a             e                                                       13
  2.3   Projecto de tomadas de uso geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       14
        2.3.1   Pontos de utiliza¸˜o m´
                                 ca   ınimos recomendados numa habita¸˜o . . . . . . . .
                                                                     ca                              15
  2.4   Tomadas de uso espec´
                            ıfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       16
  2.5   Ar Condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .      16
        2.5.1   Classifica¸˜o do ar condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                         ca                                                                          17

                                                 vii
Universidade Eduardo Mondlane                                  Projecto de curso


         2.5.2   Sele¸˜o de Ar Condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                     ca                                                                               17
   2.6   Projecto de uma instala¸˜o de utiliza¸˜o(Habita¸˜o Unifamiliar) . . . . . . . . . .
                                ca            ca        ca                                            20
         2.6.1   Sequˆncia de procedimentos para o desenvolvimento do projecto . . . . . .
                     e                                                                                20
         2.6.2   Actividade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   21
         2.6.3   Actividade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   21
         2.6.4   Divis˜o de Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                      a                                                                               22
         2.6.5   Regras para a divis˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                    a                                                                 23
   2.7   Potˆncias Unit´rias das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o
            e          a                co             ca       . . . . . . . . . . . . . . . . . .   23
         2.7.1   Coeficientes de Utiliza¸˜o e Simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                       ca                                                             23
         2.7.2   Potˆncia Instalada e Contratada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                    e                                                                                 24

3 Instala¸˜es colectivas e entradas
         co                                                                                           26
   3.1   Estrutura das instala¸˜es colectivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                              co                                                                      26
         3.1.1   Princ´
                      ınpios gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   26
         3.1.2   Variantes ´ estrutura b´sica de uma instala¸˜o colectiva e entrada . . . . .
                           a            a                   ca                                        28
   3.2   Quadros El´ctricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                   e                                                                                  28
         3.2.1   Caracteristicas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   28
   3.3   Tipos de Quadros e Constitui¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                     ca                                                               29
         3.3.1   Quadros e Caixas de Colunas (QC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .         29
         3.3.2   Caixas de Coluna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     29
         3.3.3   Quadros de Entrada(QE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       30
         3.3.4   Quadros de Servi¸os Comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                 c                                                                    30
         3.3.5   Quadro de Elevadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       31
   3.4   Aparelhagem e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .         31
         3.4.1   Generalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     31
         3.4.2   Caracter´
                         ısticas dos dispositivos de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                                           ca                                         31
         3.4.3   Aparelhagem de Manobra-Interruptores de Corte Geral . . . . . . . . . . .            32
         3.4.4   Dispositivos de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                       ca                                                             32
         3.4.5   Fus´
                    ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   32
         3.4.6   Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    32
         3.4.7   Interruptores e Disjuntores de Corrente de Defeito Residual        . . . . . . . .   33

4 Canaliza¸˜es el´ctricas
          co     e                                                                                    34
   4.1   Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    34
         4.1.1   Classifica¸˜o dos tubos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                          ca                                                                          35
   4.2   Dimensionamento das Canaliza¸˜es El´ctricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                     co     e                                                         36


Levy, Victorino I.                     viii
Universidade Eduardo Mondlane                                  Projecto de curso


         4.2.1   Crit´rios Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                     e                                                                                 36
         4.2.2   Sec¸˜es M´
                    co    ınimas dos Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .          36
         4.2.3   Protec¸˜o contra sobrecarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                       ca                                                                              36
         4.2.4   Prote¸˜o contra Curto Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                      ca                                                                               37
         4.2.5   Quedas de Tens˜o M´xima Admiss´
                               a   a           ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .           37
         4.2.6   C´lculo das Correntes de Servi¸o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                  a                            c                                                       38
         4.2.7   Quadros El´ctricos (Cargas de Funcionamento Cont´
                           e                                     ınuo) . . . . . . . . . .             38
         4.2.8   Alimenta¸˜o de Motores El´ctricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                         ca               e                                                            38
         4.2.9   Quadros El´ctricos (Cargas de Funcionamento Intermitente) . . . . . . . .
                           e                                                                           39
         4.2.10 C´lculo das Quedas de Tens˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                 a                        a                                                            39
   4.3   Selectividade de Prote¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                               co                                                                      40

5 Sistemas de Protec¸˜o Contra Descargas Atmosf´ricas
                    ca                         e                                                       41
   5.1   Introdu¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                ca                                                                                     41
   5.2   Protec¸˜o Directa Contra Descargas El´ctricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
               ca                             e                                                        42
         5.2.1   P´ra Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                  a                                                                                    42
         5.2.2   Tipos de captores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     42
         5.2.3   Condutores de Liga¸˜o ao El´ctrodo de Terra . . . . . . . . . . . . . . . .
                                   ca       e                                                          43
         5.2.4   El´ctrodo de terra
                   e                   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   44
   5.3   Protec¸˜o Contra Sobretens˜es
               ca                  o         . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   46
         5.3.1   Descarregadores de sobretens˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                                             a                                                         46
         5.3.2   Conserva¸˜o e explora¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                         ca           ca                                                               46
   5.4   Classifica¸˜o dos edif´
                  ca          ıcios e estruturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     47

6 Protec¸˜o de Pessoas. Terras de Protec¸˜o
        ca                              ca                                                             49
   6.1   Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     49
   6.2   Protec¸˜o Contra Contactos Directos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
               ca                                                                                      49
   6.3   Protec¸˜o Contra Contactos Indirectos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
               ca                                                                                      50
         6.3.1   Liga¸˜o das Massas ` Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                     ca             a                                                                  50
         6.3.2   Emprego de Disjuntores e Interruptores Diferenciais . . . . . . . . . . . . .         50
   6.4   Constitu¸˜o dos Circuitos de Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                 ca                                                                                    51
         6.4.1   Estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     51

7 Automa¸˜o Residencial
        ca                                                                                             52
   7.1   Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     52
         7.1.1   Algumas Aplica¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                               co                                                                      53
   7.2   Tecnologia de Apoio ao Projetista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .       55

Levy, Victorino I.                     ix
Universidade Eduardo Mondlane                                 Projecto de curso


         7.2.1   Software para desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .     55
         7.2.2   Utiliza¸˜o do Excel para a Elabora¸˜o de C´lculos . . . . . . . . . . . . . .
                        ca                         ca      a                                         55

8 Conclus˜es e Recomenda¸˜es
         o              co                                                                           56
   8.1   Conclus˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                a                                                                                    56
   8.2   Recomenda¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
                  co                                                                                 56

Bibliografia                                                                                          58




Levy, Victorino I.                     x
Resumo

Este trabalho visa a desenvolver um estudo sobre elabora¸˜o de um projeto de instala¸˜es el´tricas
                                                        ca                          co     e
em edif´
       ıcios residenciais
Apresentam-se aspectos legais, regulamentares e t´cnicos para a organiza¸˜o e planeamento dos
                                                 e                      ca
projectos de electricidade, Abordam-se tamb´m os crit´rios de avalia¸˜o de carga e importancia do
                                           e         e              ca
projecto luminotecnico, os crit´rios para a determina¸˜o das potˆncias instaladas e a contratar,
                               e                     ca         e
e o tipo de estrutura de alimenta¸˜o de energia el´ctrica de um edif´
                                 ca               e                 ıcio residencial ou de uso
profissional
A constitui¸˜o de quadros el´ctricos e os crit´rios a adoptar para a selec¸˜o do equipamento
           ca               e                 e                           ca
el´ctrico de protec¸˜o.
  e                ca
Igualmente apresentam-se os crit´rios para o estabelecimento e dimensionamento dos circuitos
                                e
el´ctricos, dos sistemas de prote¸˜o de pessoas, terras de prote¸˜o e sistemas de prote¸˜o contra
  e                              ca                             ca                     ca
descargas atmosfericas.
No final, foi realizado um estudo sobre Automa¸˜o Residencial com o objetivo de apresentar
                                             ca
algumas tecnologias e a importˆncia desse ramo para um futuro bem pr´ximo
                              a                                     o
Introdu¸˜o
       ca

De um modo geral entende-se por projecto de Instala¸˜es El´ctricas de um Edif´
                                                   co     e                  ıcio o docu-
mento que:

   • “.... tem por objectivo o tra¸ado e o dimensionamento das redes de canaliza¸˜es e de con-
                                  c                                             co
     dutores de energia el´trica, incluindo acess´rios e aparehagem de manobra e protec¸ao, in-
                          e                      o                                     c
     dispens´veis ao funcionamento do equipamento da obra“
            a

As instala¸˜es que se designam genericamente por Instala¸˜es El´ctricas de edif´
          co                                            co     e               ıcios, podem
repartir-se por v´rias especialidades, que se constituem num unico projecto global ou em diferentes
                 a                                           ´
projectos espec´
               ıficos, como sejam:

   • Projecto de Instala¸˜es El´ctricas que inclui: alimentan¸˜o de energia el´ctrica, quadros
                        co     e                             ca               e
     el´ctricos, ilumina¸˜o normal e de emergˆncia, sinaliza¸˜o de sa´
       e                ca                   e              ca       ıda, circuitos de tomadas e
     de for¸a motriz, terras de protec¸˜o, sistemas de protec¸˜o contra descargas atmosf´ricas e
           c                          ca                     ca                         e
     tambˆm sistemas de intercomunica¸˜o v´
         e                           ca ıdeo de portaria;

   • Projecto de Postos de Seccionamento e Transforma¸˜o
                                                     ca

   • Projecto de Centrais de Emergˆncia (Produ¸˜o de energia el´ctrica);
                                  e           ca               e

   • Projecto de Infra-estruturas de Telecomunica¸˜es em Edif´
                                                 co          ıcios (ITED); que inclui:
     instala¸˜es telef´nicas e redes de dados, sistemas de capta¸˜o e distribui¸˜o de sinal r´dio e
            co        o                                         ca             ca            a
     televis˜o, e eventualmente sistemas de som;
            a

   • Projecto de Seguran¸a Contra Incˆndio, que compreende a detec¸˜o de incˆndio, a
                        c            e                            ca        e
     extin¸˜o fixa e port´til, e a compartimenta¸˜o corta-fogo;
          ca            a                      ca

   • Projecto de Seguran¸a Contra Intrus˜o que compreende a detec¸˜o de intrus˜o, o con-
                        c               a                        ca           a
     trolo de acessos, Circuito Interno de TV (CCTV) entre outros.




                                                1
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


     Motiva¸˜o
           ca

     Para se fazer um projeto el´trico n˜o ´ suficiente ter os conhecimentos t´cnicos adquiridos
                                e       a e                                  e
     na faculdade, mas ´ necess´rio tamb´m o conhecimento de normas regulamentadoras e ter
                       e       a        e
     a experiˆncia para encontrar sempre a melhor solu¸˜o poss´
             e                                        ca      ıvel.
     Este trabalho visa a ajudar quem est´ a iniciar sua carreira como Engenheiro Projetista. Ele
                                         a
     fornecer´ as informa¸˜es principais que s˜o necess´rias para se concluir um projeto el´trico
             a           co                   a        a                                   e
     residencial, e mostrar´ a sequencia de passos a serem seguidos.
                           a
     Este trabalho n˜o tem por objectivo a transformar tecnicos em projetistas pronto para
                    a
     trabalhar, mas ajud´-lo na sua prepara¸˜o inicial.
                        a                  ca



     Objectivos e metodologia

     Objectivo geral

     Dar indica¸˜es para a concep¸˜o, projecto e execu¸˜o das instala¸˜es el´ctricas residenciais
               co                ca                   ca             co     e
     e de uso Professional, complementando as prescri¸˜es do Regulamento de Seguran¸a das
                                                     co                            c
     Instala˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica
            o
            ¸             ca               e


     Objectivo espec´
                    ıfico
        – Estudar sobre a Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o aplicavel a projectos el´ctricos
                                 ca               ca                          e
        – Estudar sobre a Estrutura das instala¸˜es colectivas e entradas
                                               co
        – Estudar sobre a Protec¸˜o de Pessoas. Terras de Protec¸˜o
                                ca                              ca
        – Estudar sobre os Sistemas de Protec¸˜o Contra Descargas Atmosf´ricas
                                             ca                         e
        – Estudar sobre a Automa¸˜o Residencial
                                ca


     Metodologia

     Para o desenvolvimento do presente trabalho, para al´m das prescri¸˜es do Regulamento de
                                                         e             co
     Seguran¸a das Instala˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica foram efectuadas pesquisas em
            c             o
                          ¸             ca               e
     guias tecnicos de instala¸˜es el´ctricas, em sites na internet e consulta a docentes e colegas.
                              co     e
     A redac¸˜o do trabalho foi compilada com o editor de texto t´cnico-cient´
            ca                                                   e           ıfico LTEX 2ε .
                                                                                  A




Levy, Victorino I.                   2
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


Campo de Aplica¸˜o
               ca
Para melhor compreens˜o, refira-se que o presente Estudo aplica-se ´s instala¸˜es de utiliza¸˜o de
                     a                                            a         co             ca
energia El´ctrica em baixa tens˜o, estabelecidas nos seguintes locais:
          e                    a

   • Locais residenciais

   • Locais de uso Professional

   • Estabelecimentos recebendo p´blico, destacando-se princimpalmente; Edif´
                                 u                                          ıcios de Uso colec-
     tivo e Estabelecimentos Comerciais




Levy, Victorino I.                    3
Cap´
   ıtulo 1

Aspectos Legais, Regulamentares e
T´cnicos
 e

1.1     Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o
               ca               ca
1.1.1    Regulamenta¸˜o aplicavel
                    ca
A elabora¸˜o dos projectos de Instala¸˜es El´ctricas deve obedecer a um conjunto de normas e de
         ca                          co     e
regulamentos que passamos a enumerar:

   • Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica (RSIUEE) e
                           c             co             ca               e
      Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es Colectivas de Edif´
                            c             co                     ıcios e Entradas (RSICEE),
      ambos publicados no Dec.-Lei 740/74 e Dec.-Lei 303/76.

   • Regulamento de Subesta¸˜es e Postos de Seccionamento e de Transforma¸˜o (Dec.-Lei no
                           co                                            ca
      42895, de 31.3.1960 e Dec. Reg. no 14/77 e no 56/85 e Portaria no 37/70);

   • Regulamento de Redes de Distribui¸˜o de Baixa Tens˜o (Dec.-Reg. no 90/84).
                                      ca               a

A elabora¸˜o dos projectos de instala¸˜es el´ctricas, para al´m do cumprimento das normas
         ca                          co     e                e
mo¸ambicanas, e dos Regulamentos referidos, devem atender `s orienta¸˜es e recomenda¸˜es das
  c                                                       a         co              co
entidades oficiais de licenciamento e empresas distribuidoras de energia el´ctrica, concretamente:
                                                                          e

   • Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica(DNEE)
         ca                        e

   • Electricidade de Mo¸ambique(EDM)
                        c

   • Conselho Municipal

O Engenheiro Electrot´cnico dever´:
                     e           a

                                                4
Universidade Eduardo Mondlane                                Projecto de curso


   • Dominar os Princimpios e os m´todos aplic´veis no dimensionamento dos v´rios equipamen-
                                  e           a                             a
      tos (canaliza¸˜es el´ctricas, protec¸˜es, quadros, aparelhagem em geral, etc
                   co     e               co

Para al´m das recomenda¸˜es que foram expostas anterioremente, refira-se que o exerc´
       e               co                                                          ıcio da
fun¸˜o de projectista , por parte dos Engenheiros Electrot´cnicos, esta dependente–Segundo o es-
   ca                                                     e
tipulado no Decreto regulamentar 31/85 Estatuto do tecnico respons´vel por Instala¸˜es El´ctricas
                                                                  a               co     e
de inscri¸˜o pr´via na Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica, conforme o caso a que se aplique
         ca    e           ca                        e


1.2       Organiza¸˜o e Planeamento dos Projectos de Electri-
                  ca
          cidade
1.2.1     Competˆn¸ias
                e c
Um projecto el´ctrico bem elaborado deve prever:
              e

   • Seguran¸a
            c

   • Manutibilidade

   • Capacidade de reserva

   • Adequado a capacidade t´cnica dos operadores
                            e

   • Garantia de de continuidade de servi¸o
                                         c


1.2.2     Tipos e Categorias das Instala¸˜es El´ctricas
                                        co     e
No que se refere a licenciamento de instala¸˜es el´ctricas podem distinguir-se dois tipos: as in-
                                           co     e
stala¸˜es de abastecimento(servi¸o) p´blico e as instala¸˜es de servi¸o particular.Insere-se neste
     co                         c    u                  co           c
ultimo tipo as instala¸˜es de edif´
´                     co          ıcios , que podem, por sua vez, classificar-se em diferentes cate-
gorias:

   • 1a Categoria: Instala¸˜es de car´cter permanente com produ¸˜o pr´pria. Por exemplo os
                          co         a                         ca    o
      grupos geradores de emergˆncia;
                               e

   • 2a Categoria: Instala¸˜es alimentadas por uma rede el´ctrica p´blica de alta tens˜o. Est˜o
                          co                              e        u                  a      a
      nesta categoria as instala¸˜es que possuem postos de transforma¸˜o;
                                co                                   ca

   • 3a Categoria: Instala¸˜es de baixa tens˜o n˜o pertencentes ` 1a categoria, situadas em
                          co                a   a               a
      recintos p´blicos ou privados destinados a espect´culos ou outras divers˜es. Por exemplo,
                u                                      a                      o
      teatros, cinemas, casinos, circos, associa¸˜es recreativas e desportivas, entre outras;
                                                co

Levy, Victorino I.                     5
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


   • 4a Categoria: Instala¸˜es com car´cter permanente que ultrapassem os limites de uma pro-
                          co          a
     priedade particular, como por exemplo as instala¸˜es que incluam linhas a´reas de alta
                                                     co                       e
     tens˜o de comprimento superior a 500 m;
         a

   • 5a Categoria: Instala¸˜es que n˜o perten¸am a nenhuma das categorias anteriores e que
                          co        a        c
     sejam alimentadas em baixa tens˜o por uma rede de distribui¸˜o p´blica.
                                    a                           ca u

Os edif´
       ıcios podem pertencer a uma unica entidade, que se assume como consumidor unico de
                                   ´                                             ´
energia el´ctrica, ou a v´rias entidades constituindo frac¸˜es aut´nomas, como tal coexistindo
          e              a                                co      o
diferentes consumidores de energia.
No primeiro caso, desde que a potˆncia seja superior a um determinado valor, o distribuidor p´blico
                                 e                                                           u
obriga ` existˆncia de um posto de transforma¸˜o pr´prio . Esse valor depende das condi¸˜es locais
       a      e                              ca    o                                   co
da rede de m´dia tens˜o, sendo habitualmente superior a 160 kVA. No segundo caso as instala¸˜es
            e        a                                                                     co
s˜o sempre alimentadas em baixa tens˜o (5a categoria). em baixa tens˜o (5a categoria).
 a                                  a                               a
Um edif´ pode ter instala¸˜es de diferentes categorias. Refira-se, a t´
       ıcio              co                                          ıtulo de exemplo os edif´
                                                                                             ıcios
de escrit´rios e os centros comerciais de grandes dimens˜es, nos quais existem v´rias entidades
         o                                              o                       a
consumidoras de energia, podendo considerar-se que a instala¸˜o el´ctrica ´ composta por:
                                                            ca    e       e

   • Consumidores aut´nomos (habita¸˜es, lojas, pequenos escrit´rios) constituindo uma 5a cat-
                     o             co                          o
     egoria;

   • Centrais de ar condicionado e outros servi¸os comuns, de valores de potˆncia muito elevado,
                                               c                            e
     alimentadas por PT pr´prio constituindo uma 2a categoria;
                          o

   • Central produtora de energia el´ctrica de emergˆncia, constituindo uma 1a categoria.
                                    e               e


1.2.3    Fases do Projecto
A evolu¸˜o temporal da concep¸˜o do projecto de instala¸˜es el´ctricas compreende v´rias fases
       ca                    ca                        co     e                    a
de elabora¸˜o que ajuda o projectista a se organizar.Com uma interdependencia entre as fases ,
          ca
que s˜o fun¸˜o do grau de defini¸˜o dos objectivos e constitui¸˜o das instala¸˜es e equipamentos.
     a     ca                  ca                            ca             co
As fases que, no limite, se podem considerar s˜o:
                                              a

   • Progama preliminar;

   • Estudo previo;

   • Anteprojecto ou projecto base;

   • Projecto de licenciamento;


Levy, Victorino I.                    6
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


   • Projecto de execu¸˜o;
                      ca

   • Assistˆncia t´cnica.
           e      e

A aceita¸˜o de todas estas fases em determinado projecto, est´ sempre condicionada a acordo
        ca                                                   a
pr´vio com a entidade promotora deste mesmo projecto, isto ´, o Dono de Obra
  e                                                        e

O progama preliminar constitui um documento no qual s˜o definidos pelo dono da obra os ob-
                                                     a
     jectivos, caracter´
                       ısticas orgˆnicas e funcionais, condicionalismos financeiros, custos e prazos
                                  a
     de execu¸˜o a observar na concep¸˜o de projecto. Este documento pode conter tamb´m as
             ca                      ca                                              e
     seguintes informa¸˜es especiais:
                      co

        • Ordem das grandezas das capacidades dos diferentes equipamentos;
        • Localiza¸˜o dos equipamentos, edif´
                  ca                        ıcios e instala¸˜es necess´rias ao seu funcionamento.
                                                           co         a

O estudo pr´vio constitui um documento elaborado pelo autor do projecto com base no pro-
           e
     grama preliminar, no qual s˜o definidas de um modo geral, as solu¸˜es preconizadas para a
                                a                                    co
     realiza¸˜o da obra. Inclui:
            ca

        • Mem´ria descritiva com a descri¸˜o geral das instala¸˜es;
             o                           ca                   co
        • Elementos gr´ficos elucidativos das solu¸˜es propostas;
                      a                          co
        • Dimensionamento aproximado dos principais equipamentos;
        • Localiza¸˜o dos principais equipamentos, por exemplo; postos de transforma¸˜o , cen-
                  ca                                                                ca
          trais de emergˆncia;
                        e
        • Pr´-avalia¸˜o de potˆncias el´ctricas;
            e       ca        e        e
        • Estimativa de custo da obra;

O anteprojecto ou projecto base constitui o desenvolvimento do estudo pr´vio, ap´s aprova¸˜o
                                                                        e       o        ca
     pelo dono da obra, apresentando com maior grau de pormenor alguns aspectos da solu¸˜o
                                                                                       ca
                               ´ composto por:
     ou solu¸˜es alternativas. E
            co

        • Pe¸as escritas que descrevam as solu¸˜es adoptadas;
            c                                 co
        • Plantas a escala apropriada com a implanta¸˜o de aparelhagem e equipamentos, por ex-
                                                    ca
          emplo; aparelhos de ilumina¸˜o, tomadas, quadros el´ctricos e equipamentos espec´
                                     ca                      e                            ıficos;
        • Eventualmente, estudos t´cnico-econ´micos que suportem as solu¸˜es apresentadas.
                                  e          o                          co

O projecto de licenciamento         • Mem´ria descritiva e justificativa com a descri¸˜o geral
                                         o                                          ca
          das instala¸˜es e apresenta¸˜o dos c´lculos de dimensionamento dos circuitos de al-
                     co              ca       a
          imenta¸˜o;
                ca

Levy, Victorino I.                      7
Universidade Eduardo Mondlane                            Projecto de curso


        • Plantas ` escala apropriada (tipicamente 1/100), com o tra¸ado de circuitos e a im-
                  a                                                 c
          planta¸˜o de aparelhagem e equipamentos;
                ca
        • Cortes e al¸ados ` escala 1/20 com implanta¸˜o de equipamento, (postos de trans-
                     c     a                         ca
          forma¸˜o e grupos de emergˆncia);
               ca                   e
        • Esquemas unifilares de quadros el´ctricos e diagramas de princ´
                                          e                            ıpio;
        • Fichas Electrot´cnica e de Identifica¸˜o e termo de responsabilidade
                         e                    ca

O projecto de execu¸˜o constitui um documento elaborado pelo autor do projecto a partir do
                   ca
     projecto de licenciamento aprovado, que se destina a constituir um processo a apresentar a
     concurso para adjudica¸˜o da empreitada de execu¸˜o dos trabalhos. Inclui:
                           ca                        ca

        • Caderno de encargos;
        • Mem´ria descritiva com a descri¸˜o geral das instala¸˜es;
             o                           ca                   co
        • Plantas ` escala apropriada (tipicamente 1/100), com o tra¸ado de circuitos e a im-
                  a                                                 c
          planta¸˜o de aparelhagem e equipamentos;
                ca
        • Cortes e al¸ados ` escala 1/20 com implanta¸˜o de equipamento, (postos de trans-
                     c     a                         ca
          forma¸˜o e grupos de emergˆncia);
               ca                   e
        • Esquemas unifilares de quadros el´ctricos e diagramas de princ´
                                          e                            ıpio;
        • Listas de medi¸˜es e de or¸amento.
                        co          c

A fase de assistˆncia t´cnica corresponde ` presta¸˜o de servi¸os complementares, no acom-
                e      e                  a       ca          c
     panhamento do processo de concurso e adjudica¸˜o, e durante a execu¸˜o da obra.
                                                  ca                    ca
Durante o processo de concurso:
   • Prepara¸˜o do concurso para adjudica¸˜o da empreitada;
            ca                           ca

   • Presta¸˜o de esclarecimentos e informa¸˜es solicitados por candidatos;
           ca                              co

   • Aprecia¸˜o das propostas, estudo, compara¸˜o de pre¸os e prazos de execu¸˜o e capacidade
            ca                                ca        c                    ca
     t´cnica dos candidatos ` execu¸˜o da obra;
      e                     a      ca
Durante a execu¸˜o da obra:
               ca
   • Esclarecimentos de d´vidas de interpreta¸˜o e presta¸˜o de informa¸˜es complementares
                         u                   ca          ca            co
     relativas a ambiguidades e omiss˜es de projecto;
                                     o

   • Aprecia¸˜o de documentos t´cnicos apresentados pelos empreiteiros;
            ca                 e

   • Assistˆncia ao dono da obra na verifica¸˜o da qualidade dos materiais e da execu¸˜o dos
           e                               ca                                       ca
     trabalhos, fornecimento e montagem dos equipamentos e instala¸˜es.
                                                                  co

Levy, Victorino I.                  8
Universidade Eduardo Mondlane                               Projecto de curso


Exemplo Ilustrativo

Nos trˆs quadros abaixos s˜o apresentados, a a titulo de exemplo,Elementos constituintes de um
      e                   a
projecto de licencialento, um ´
                              ındice da Mem´ria Descritiva e um ´
                                           o                    ındice das Pe¸as Desenhadas,
                                                                             c
referentes a um projecto de instala¸˜o colectiva de um edif´
                                   ca                      ıcio:


         Elementos Constituintes de um Projecto de Licenciamento (Sugest˜o)
                                                                        a
         1. Folha Informativa para o Distribuidor.
         2. Folha de Capa.
         3. ´
            Indice Geral do Dossier.
         4. Ficha de Identifica¸˜o do Projecto.
                              ca
         5. Ficha(s) Electrot´cnica(s).
                             e
         6. Termo de Responsabilidade do Projectista.
         7. C´pia do Bilhete de Identidade do Projectista.
             o
         8. C´pia de Documento de Inscri¸˜o na Ordem dos Engenheiros.
             o                          ca
         9. C´pia de Documento de Inscri¸˜o na DNE E.
             o                          ca
         10. Folha de Capa.
         11. ´
             Indice da Mem´ria Descritiva e Justificativa.
                           o
         12. Mem´ria Descritiva e Justificativa.
                o
         13. Folha de Capa.
         14. ´
             Indice das Pe¸as Desenhadas.
                          c
         15. Planta Topogr´fica.
                          a
         16. Simbologia.
         17. Restantes Pe¸as Desenhadas.
                         c

     ´
     Indice de Mem´ria Descritiva (Exemplo)
                  o
         1. Introdu¸˜o
                   ca
         2. Instala¸˜es El´ctricas Projectadas;
                   co     e
         2.1. Instala¸˜o Colectiva e Entradas;
                     ca
         2.2 Instala¸˜o das Zonas Comuns;
                    ca
         3. Classifica¸˜o dos Locais;
                     ca
            ´
         4. Indices de Protec¸˜o;
                             ca
         5. Sistema de Protec¸˜o de Pessoas;
                             ca
         6. Materiais a Empregar na Instala¸˜o;
                                           ca
         6.1. Generalidades;
         6.2. Quadros;

Levy, Victorino I.                     9
Universidade Eduardo Mondlane                            Projecto de curso


         6.3. Canaliza¸˜es
                      co
         6.4. Aparelhos Intercalados nas Canaliza¸˜es;
                                                 co
         7. Contadores;
         8. Dimensionamento;
         8.1 Pot´ncia a Contratar para os Servi¸os Comuns;
                e                              c
         8.2 Interruptor de Corte Geral do Quadro de Colunas;
         8.3 Coluna Montante;
         8.4 Entradas das Habita¸˜es;
                                co
         8.5 Entradas dos Servi¸os Comuns;
                               c
         9. Nota Final.


     ´
     ındice de Pe¸as Desenhadas (Exemplo)
                 c
         1. Planta Topogr´fica;
                         a
         2. Simbologia;
         3. Diagrama de Alimenta¸˜o e Distribui¸˜o de Energia. Quadro de Colunas;
                                ca             ca
         4. Quadro de Servi¸os Comuns (QSC);
                           c
         5. Diagrama de Intercomunica¸˜o e Diagrama de Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas;
                                     ca                       ca
         6. Alimentan¸˜o e Distribui¸˜o de Energia (Piso 1);
                     ca             ca
         7. Intercomunica¸ao (Piso 1);
                         c˜
         8. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 2);
                     ca                            ca
         9. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 3);
                     ca                            ca
         10. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 4);
                      ca                            ca
         11. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 1);
                    ca
         12. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 2);
                    ca
         13. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 3);
                    ca
         14. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 4).
                    ca




Levy, Victorino I.                  10
Cap´
   ıtulo 2

Levantamento de cargas

2.1     Crit´rios de avalia¸˜o
            e              ca
2.1.1    Generalidades
No levantamento de cargas de um projecto predial residencial deve-se seguir alguns passos impor-
tantes para calcular a carga total da instala¸˜o.
                                             ca
Numa fase inicial,que podemos designar por estudo pr´vio, a arquitectura disponibiliza a difini¸˜o
                                                    e                                         ca
dos espa¸os quanto a areas, e tipo de utiliza¸˜o. De posse destes elementos define-se um levanta-
        c                                    ca
mento de cargas previsional na base dos r´cios de potˆcia por unidade de ´rea e dos coeficientes
                                         a           e                   a
de simultaniedade, obetendo-se uma prˆ-avalia¸˜o da potencia global da instala¸˜o.
                                     e       ca                               ca
O levantamento de cargas previsional permite uma pr´-difini¸˜o das redes el´ctricas, nomeada-
                                                   e      ca              e
mente na difini¸˜o do tipo de alimenta¸˜o, se em baixa, se em m´dia tens˜o, e do valor da potencia
              ca                     ca                       e        a
instalada.
Numa segunda fase, coicidindo com a evolu¸˜o da Arquitectura no sentido de uma difini¸˜o e car-
                                         ca                                         ca
acteriza¸˜o final dos espa¸os, ser˜o difinidos os diferentes tipos de utilizadores(frac¸˜es aut´nomas
        ca               c       a                                                   co      o
e ou cargas especificas). Nesta fase corrigem-se os valores previsionais de potˆncia anterioremente
                                                                              e
obtidos e determinam-se as potˆncias instaladas por consumidor, corrigidas ao valor da potˆncia
                              e                                                           e
contratual mais proxima, no caso de frac¸˜es autonomas. Obt´m-se dados sobre as potˆncias de
                                        co                 e                       e
equipamentos especificos como sejam:

   • Centrais de ar condicionado;

   • Sistemas de ventila¸˜o;
                        ca

   • Centrais de bombagem de agua;

   • Elevadores,ect.

                                                11
Universidade Eduardo Mondlane                             Projecto de curso


2.2      Projecto de Ilumina¸˜o Interior
                            ca
A importancia da ilunina¸˜o
                        ca

Normalmente utilizam-se os m´todos de dimensionamento de projecto luminot´cnico:
                            e                                            e

   • M´todo do fluxo m´dio
      e              e

   • M´todo ponto a ponto
      e

quer seja no meio industrial quer seja em escritorio ou residencia, uma ilumina¸˜o apropriada
                                                                               ca
facilita a execu¸˜o de todas as tarefas. As pessoas recebem cerca de 85% das informa¸˜es por
                ca                                                                  co
interm´dio da vis˜o. Uma ilumina¸˜o apropriada:
      e          a              ca

   • n˜o produz nem encadeamento, nem sombras;
      a

   • pode reduzir a fadiga ocular e as dores de cabe¸a;
                                                    c

   • chama mais aten¸˜o para m´quinas m´veis e outros riscos em mat´ria de seguran¸a.
                    ca        a        o                           e              c

A capacidade de “ver“ no trabalho depende n˜o apenas da ilumina¸˜o, mas tamb´m:
                                           a                   ca           e

   • do tempo de focalizar um objecto (os objectos que se deslocam rapidamente s˜o dif´
                                                                                a     ıceis de
      ver);

   • das dimens˜es de um objecto (os objectos mais pequenos s˜o dif´
               o                                             a     ıceis de ver);

   • da intensidade luminosa (demasiada ou pouca luz reflectida tornam a percep¸˜o dos objectos
                                                                              ca
      dif´
         ıcil);

   • do contraste entre um objecto e a sua vizinhan¸a imediata (um fraco contraste dificulta a
                                                   c
      distin¸˜o entre um objecto e a sua vizinhan¸a)
            ca                                   c


2.2.1      As diferentes fase de um projecto luminot´cnico
                                                    e

Os parˆmetros que se devem ter em aten¸˜o num projecto luminot´cnico de interiores podem ser
      a                               ca                      e
assim resumidos:
   • ilumina¸˜o adequada;
            ca

   • uniformidade de ilumina¸˜o no plano de trabalho;
                            ca

   • limita¸˜o do encandeamento directo e reflectido;
           ca


Levy, Victorino I.                  12
Universidade Eduardo Mondlane                            Projecto de curso


   • tonalidade de cor da luz adequada;

   • restitui¸˜o de cores adequada
             ca

   • equilibrio de luminˆncias;
                        a

   • controlo de sombras;

   • integra¸˜o adequada entra a ilumina¸˜o artificial e a ilumina¸˜o natural
            ca                          ca                       ca

O desenvolvimento de um projecto exige uma metodologia para se estabelecer uma sequˆncia
                                                                                   e
l´gica de calculos. A metodologia recomendada prop˜e as seguintes etapas:
 o                                                o

  1. Determinar os objectivos da iluminan¸˜o e os efeitos que se pretente alcan¸ar
                                         ca                                    c

  2. Levantar as dimens˜es f´
                       o ısicas do local, ”lay-out”, materiais usados e caracteristicas da rede
     local;

  3. Determinar o n´ m´dio de iluminˆcia a adoptar
                   ıvel e           a

  4. Factor de uniformidade na ´rea da tarefa visual e na ´rea de trabalho
                               a                          a

  5. Escolha das armaduras de ilumina¸˜o
                                     ca

  6. Escolha da lˆmpada
                 a

  7. Verfica¸˜o do equil´
           ca          ıbrio de luminˆncias no campo visual
                                     a

  8. C´lculo do n´mero de armaduras a instalar
      a          u

  9. Distribui¸˜o das armaduras em fun¸˜o de (e/h)max
              ca                      ca

 10. Verfica¸˜o do ´
           ca     ındice de eficˆncia energ´tica
                               e          e

 11. Divis˜o das armaduras por circuitos de ilumina¸˜o/escolha do tipo de comando
          a                                        ca


2.2.2    ”Software” de c´lculo luminot´cnico
                        a             e

Praticamente todos os fabricantes de armaduras de ilumina¸˜o ou tˆm software pr´pio, ou tˆm
                                                         ca      e             o         e
os dados fotom´tricos das respectivas armaduras disponiveis para utiliza¸˜o em aplica¸˜es de
              e                                                         ca           co
”software”, de forma a tornar mais expedito, mais rapido e mais fi´vel o projecto luminot´cnico.
                                                                 a                      e
A utiliza¸˜o de ”software” para c´lculo luminot´cnico tem uma serie de vantagens:
         ca                      a             e
   • possibilidade de estudar rapidamente um conjunto de possibilidades para a ilumina¸˜o de
                                                                                      ca
     um dado local;

Levy, Victorino I.                   13
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


   • em alguns casos, possibilidade de indicar factores de reflex˜o diferentes para as diferentes
                                                                a
      paredes de um local;

   • c´lculo das iluminˆncias das paredes e do tecto;
      a                a

   • possibilidade de tra¸ado das curvas isolux num dado plano;
                         c

   • apresenta¸˜o da varia¸˜o da iluminˆncia a 3 dimens˜es;
              ca          ca           a               o

   • obter a varia¸˜o da iluminˆncia num dado plano (sec¸˜es de iluminˆncia), etc.;
                  ca           a                        co            a

Com algum ”software”, ´ poss´ efectuar uma importa¸˜o do desenho de um dado local a partir
                      e     ıvel                  ca
do ”Autocad”, possibilitando tamb´m a inclus˜o de mobili´rio pr´-definido no software ou definido
                                 e          a           a      e
pelo utilizador atrav´s de volumes.
                     e


2.3     Projecto de tomadas de uso geral
Esta consiste basicamente no dimensionamento do numero de tomadas de uso geral. S˜o desti-
                                                                                 a
nadas, a alimenta¸˜o de qualquer aparelho, dependendo apenas da necessidade do usu´rio. Para
                 ca                                                               a
isso ´ necess´rio, que o projectista tenha informa¸˜o tecnica destes aparelhose e n˜o s˜o designa-
     e       a                                    ca                               a a
dos a alimentar nenhum equipamento especifico.
Com rela¸˜o ` potˆncia de cada tomada em instala¸˜es residenciais e similares ´ atribuida uma
        ca a     e                              co                            e
potˆncia de 100Watt ou 150Watt por tomada
   e



A localiza¸˜o dos interruptores, comutadores e tomadas obdece tamb´m a normas
          ca                                                      e
minimas:

   • Os interruptores, comutadores devem ser colocados em posi¸˜o tal que nao fiquem tapa-
                                                              ca
      dos pelas portas, quando estas abrem, e estarem situadas a uma altura uniforme compreen-
      dida entre 0,90m e 1,0m(` altura das ma¸anetas das portas).
                              a              c

   • As tomadas nas divis˜es principais devem ser instaladas a uma altura uniforme situada
                         o
      entre 0,05m e 0,30m; as tomadas de cozinha, entre 1,10m e 1,20m; as tomadas nas casas de
      banho entre 1,10m e 1,20m




Levy, Victorino I.                    14
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2.3.1      Pontos de utiliza¸˜o m´
                            ca   ınimos recomendados numa habita¸˜o
                                                                ca

Salas:

   • 1–tomada de usos gerais por cada 5m de perimetro, destribuidas o mais uniforme possivel–1

   • 1 ou 2 pontos– de ilumina¸˜o
                              ca

   • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o(ar condicionado ou aquecedor
                                ca                          ca
     electrico)

Quartos:

   • 3– tomadas para usos gerais;

   • 1– ponto de ilumina¸˜o;
                        ca

   • 1– caixa terminal para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o (ar condicionado ou aquecedor
                                ca                          ca
     el´ctrico).
       e

Cozinhas:

   • 5– tomadas para usos gerais;

   • 1– tomada para m´quina de lavar lou¸a;
                     a                  c

   • 1 ou 2– pontos de ilumina¸˜o;
                              ca

   • 1 caixa terminal– para liga¸˜o da placa vitrocerˆmica;
                                ca                   a

   • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do forno;
                                ca

   • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do exaustor;
                                ca

   • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o (ar condicionado ou aquecedor
                                ca                          ca
     el´ctrico).
       e

Lavandaria

   • 1– tomada para usos gerais;

   • 1– tomada para m´quina de lavar roupa;
                     a

   • 1– tomada para m´quina de secar roupa;
                     a

Levy, Victorino I.                   15
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


   • 1– ponto de ilumina¸˜o.
                        ca

Casa de banho:

   • 2– pontos fixos de ilumina¸˜o;
                              ca

   • 2– tomadas de uso geral (uma junto ao lavat´rio - volume 2 - e outra no volume 3).
                                                o

   Atender aos quatro volumes diferenciados nas casas de banho:
   Volume 0 - local ou zona de risco m´ximo;
                                      a
   Volume 1 - local ou zona de risco elevado;
   Volume 2 - local onde o risco existe, mas j´ ´ menor;
                                              ae
   Volume 3 - local de risco mais reduzido
”ver figura:8.1 no anexo”

Corredores e vest´
                 ıbulos:

   • 1 ou 2 pontos– de ilumina¸˜o;
                              ca

   • 1– tomada de usos gerais por cada 6 metros.

Arrecada¸˜es garragens
        co

   • 1– tomada de usos gerais

   • 1– ponto de ilumina¸˜o
                        ca


2.4     Tomadas de uso espec´
                            ıfico
`
As tomadas de uso espec´
                       ıfico, s˜o destinados ` liga¸˜o de euipamentos fixos e estacionarios, como
                              a             a     ca
e o caso de Chuveiro, Termoacumaludores, Ar condicionado, Maquinade lavar roupa e outros.E
deve ser atribuida uma potˆncia igual ao equipamento que a mesma ir´ alimentar. As tomadas
                          e                                        a
de uso especifico devem ser instaladas, no m´ximo, 1.5m do local previsto do equipamento a ser
                                           a
alimentado.


2.5     Ar Condicionado
O condicionador de ar ´ respons´vel pelo sistema de climatiza¸˜o, basicamente a finalidade do
                      e        a                             ca
ar condicionado ´ extrair o calor de uma fonte quente, transferindo-a para uma fonte fria.isto ´
                e                                                                              e
possivel atrav´s do sistema evaporador e condensador
              e

Levy, Victorino I.                   16
Universidade Eduardo Mondlane                             Projecto de curso


2.5.1    Classifica¸˜o do ar condicionado
                  ca
Os ar condicionados podem ser divididos em 3 categorias

  1. Ar condicionados do tipo residencial–N˜o permite refrigerar mais de um ambiente.
                                           a

  2. Sistema compacto para refrigera¸˜o de dois a trˆs locais, mediante a coloca¸˜o de dutos. A
                                    ca              e                           ca
     capacidade varia de 22000 BTU a 50000 BTU

  3. Sistema comercial, com capacidade de refrigera¸˜o muito elevada, entre 50000 BTU a 90000
                                                   ca
     BTU


2.5.2    Sele¸˜o de Ar Condicionado
             ca
Comforme o tipo de ambiente que vamos refrigerar, haver´ diferentes capacidades de aparelhos.
                                                       a
Para dimensionamento adequado do ar condicionado temos que levar em conta v´rios factores:
                                                                           a

   • Tamanho da sala ou escrit´rio
                              o

   • Altura do p´ direito (distancia do solo ao teto)
                e

   • Quantidade de janelas e portas no local

   • As janelas recebem sol directo? Da manha ou da tarde? Tem cortina nas janelas? Os vidros
     ficam a sombra?

   • Quantas pessoas trabalham no local?

   • Os aparelhos el´ctricos trabalham em regime cont´
                    e                                ınuo; qual a capacidade de cada um?
     (potˆncia)
         e

Para facilitar a escolha do ar condicionado ideal, estabelece-se uma sequencia de c´lculo, denom-
                                                                                   a
inado: c´lculo de carga t´rmica
        a                e

C´lculo da carga t´rmica
 a                e

Para o c´lculo da estimativa da carga t´rmica do ambiente, os fabricantes de ar condicionado,
        a                              e
disponibilizam(software espec´
                             ıfico, planilha ou tabela de c´lculo) que fornecem o n´mero de
                                                          a                       u
Quilocalorias por hora (kcal/h), necessarias a cada tipo de ambiente.

Exemplo–c´lculo de carga t´rmica
         a                e



Levy, Victorino I.                   17
Universidade Eduardo Mondlane                            Projecto de curso




      Figura 2.1: Planillha para c´lculo de carga t´rmica para escolha de ar condicionado
                                  a                e




Levy, Victorino I.                 18
Universidade Eduardo Mondlane                             Projecto de curso


Dimensionar a capacidade de um ar condicionado para refrigerar um escrit´rio com as seguintes
                                                                        o
caracter´
        ısticas:

      ´
   1. Area do escrit´rio; 25m2 com p´ direito de 3m. O escritorio n˜o ´ de cobertura ficando entre
                    o               e                              a e
      andares.

   2. Existem 2 (duas) janelas com cortinas recebendo sol da manh˜, cada janela tem ´rea de 2
                                                                 a                  a
      m2 .

   3. No escrit´rio trabalham 4 pessoas.
               o

   4. Existem 2 (duas) portas. Cada porta tem ´rea de 2 m2
                                              a

   5. M´quinas e equipamentos de uso continuo, com suas respectivas potˆncias.
       a                                                               e
      2 computadores com 60W cada
      1 minigeleira com 70W
      6 lˆmpadas de 60W cada
         a
      1 fax com 20W

C´lculo da carga t´rmica
 a                e

   1. Recinto (Escrit´rio)
                     o
      Volume do ar interno
      ´
      Area* P´ direito
             e
      25m2 *3m=75m3
      Da tabela–Recinto: para 75m3 entre andares temos 1200 Kcal/h

   2. JANELAS
      ´
      Area das janelas
      2 janelas*2 m2 = 4m2
      Da tabela–janelas com cortinas, recebendo sol da manh˜, temos:
                                                           a
      Janelas= 640Kcal/h

   3. N O de pessoas : As pessoas, dissipam energia, seu metabolismo mant´m-se com a temper-
                                                                         e
      atura corp´rea de 36o C.
                o
      como temos 4 pessoas, a Tabela indica:
      4 pessoas =500Kcal/h




Levy, Victorino I.                  19
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  4. N O de portas
      Temos no escrit´rio 2 portas com 2 m2 cada uma
                     o
      ´
      Area das portas
      2*2 m2 = 4 m2
      Tabela=500 Kcal/h

  5. C´lculo da potˆncia dissipada pelos equipamentos el´tricos
      a            e                                    e
      2 computadores 2*60W=120W
      1 minigeleira 1*70W=70W
      6 lˆmpadas 6*60W=360W
         a
      1 fax 1*20W=20W
      TOTAL=570W
      Tabela aparelhos el´ctricos: (Como a tabela n˜o passa de 500W, temos:)
                         e                         a
      500W= 450Kcal
      100W= 90 Kcal
      600W=540 Kcal
      Total da carga t´rmica
                      e
      Recinto    1200
      Janelas    640
      Pessoas        500
      Portas         500
      Aparelhos 540
      Total      3380 Kcal/h
      Para facilitar a escolha do ar condicionado, transformamos Quilocalorias (Kcal) em BTU.
      1 Kcal= 3,92 BTU
      3380*3,92= 13250 BTU‘s = 14000 BTU
      Escolher no merado um ar condicionado pr´ximo de 14000 BTU‘s.
                                              o


2.6     Projecto de uma instala¸˜o de utiliza¸˜o(Habita¸˜o
                               ca            ca        ca
        Unifamiliar)
2.6.1    Sequˆncia de procedimentos para o desenvolvimento do projecto
             e
Com base na planta da habita¸˜o e respectiva escala(Exemplo: escala 1:100 quer dizer 1cm na
                            ca
planta corresponde 100cm no real)



Levy, Victorino I.                  20
Universidade Eduardo Mondlane                                    Projecto de curso




2.6.2       Actividade 1
   1. Difini¸˜o da utiliza¸˜o a dar a cada divis˜o da casa
           ca            ca                    a

   2. Obter o valor da ´rea e perimetro de cada divisao da casa (Apenas as divis˜es que tenham
                       a                                                        o
        ´rea superior a 4m2 , excluidas as cozinhas, casas de banho e corredores)
        a

   3. Classifica¸˜o dos locais de acordo com as suas condi¸˜es ambientais e factores de influencia
               ca                                        co
        externa
        Salas, quartos, corredores:Locais sem riscos especiais
        Casas de banho, cozinhas: Locais h´midos e temporariamente h´midos
                                          u                         u
        Equipamentos el´ctricos: caracteristicas dos inv´lucros1
                           e                                o
        ´
        Indice de prote¸˜o minimo dos inv´lucros dos equipamentos:IP20–IK04
                       ca                o
        ´
        Indice de prote¸˜o dos inv´lucros dos equipamentos para utiliza¸˜o no volume 2 das casas
                       ca         o                                    ca
        de banho: IP23–IK04
        ´
        Indice de prote¸˜o dos inv´lucros dos equipamentos para locais inund´veis por lavagem
                       ca         o                                         a
        frequente com jactos de ´gua, p´tios e terra¸os descobertos: IP25–IK04
                                a      a            c

   4. Determinar as potˆncias previstas para as diferentes cargas(Ilumina¸˜o, Tomadas de uso
                       e                                                 ca
        geral, Tomadas de uso espec´
                                   ıfico)

   5. Anotar esse valores na tabela de previs˜o de carga, juntamente com o nome de cada divis˜o
                                             a                                               a


2.6.3       Actividade 2
Desenhar o esquema arquitectural na planta da habita¸˜o
                                                    ca


      • Localiza¸˜o do quadro de entrada (junto ` entrada da habita¸˜o, no interior)
                ca                              a                  ca

      • Localiza¸˜o dos pontos de utiliza¸˜o (ilumina¸˜o, tomadas, ect.)
                ca                       ca          ca

      • Localiza¸˜o dos equipamentos (interuptores, comutadores, caixas de deriva¸˜o, etc.)
                ca                                                               ca
  1
    No c´digo IPXY, o algarismo X varia de 0 a 6 e traduz, de forma crescente, o grau de protec¸˜o contra a
        o                                                                                      ca
penetra¸˜o de corpos s´lidos, enquanto o algarismo Y, varia de 0 a 8 e traduz, tamb´m de forma crescente, o
        ca                o                                                        e
grau de protec¸˜o contra a penetra¸˜o de l´
              ca                  ca      ıquidos.
No c´digo IKXX, o n´ mero XX varia de 0 a 10 e traduz, de forma crescente, o grau de prote¸˜o contra a ac¸˜es
    o              u                                                                      ca             co
mec´nicas.
    a


Levy, Victorino I.                       21
Universidade Eduardo Mondlane                                           Projecto de curso


       Desenhar o esquema arquitectural para2 :

       • Ilumina¸˜o
                ca

       • Tomadas de uso geral

       • Sinaliza¸˜o
                 ca

       • Equipamentos espec´
                           ıficos (m´quinas de lavar, forno, placa vitrocerˆmica, etc.)
                                   a                                      a


2.6.4         Divis˜o de Circuitos
                   a
A instala¸˜o deve ser dividida em tantos circuitos quanto necessarios, devendo cada circuito ser
         ca
concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimenta¸˜o inadvertida por meio de
                                                                 ca
outro circuito. A divis‘ao da instala¸˜o em circuitos terminais deve ser de modo a atender ,entre
                                     ca
outras ´s seguintes exigencias:
       a

Seguran¸a evitando que a falta em um circuito prive de alimenta¸˜o toda uma ´rea. provacando
       c                                                       ca           a
         apenas o seccionamento do circuito defeitoso.

Conserva¸˜o de enrgia possibilitando que cargas de ilumina¸˜o e/ou de climatiza¸˜o sejam
        ca                                                ca                   ca
         acionadas na justa medida das necessidades.

Funcionais viabilizando a cria¸˜o de diferentes ambientes, como os necess´rios em recintos de
                              ca                                         a
         lazer,etc

Manuten¸˜o facilitando ou possibilitando a¸˜es de inspe¸˜o e de reparo
       ca                                 co           ca

Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instala¸˜o que requeiram controle especifico,
                                                              ca
de tal forma que estes circuitos n˜o sejam afectados pelas falhas de outros (por exemplo , circuitos
                                  a
de supervis˜o predial).
           a
Na divis˜o da instala¸˜o devem ser considerados tamb´m as necessidades futuras.As amplica¸oes
        a            ca                             e                                    c
previsiveis devem se reflectir n˜o s´ na potˆncia de alimenta¸˜o, mas tambem na taxa de ocupa¸˜o
                               a o         e                ca                              ca
das conductas e ddos quadros de distribui¸˜o.
                                         ca
   2
       O tra¸ado dos circuitos deve ser feito com linhas horizontais e verticais e tamb´m se deve representar o n´mero
            c                                                                          e                         u
de conductores por circuito(em cada tro¸o)
                                       c




Levy, Victorino I.                            22
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


2.6.5     Regras para a divis˜o
                             a
Ilumina¸˜o:
       ca

   • 1 circuito, at´ cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 1500W )
                   e            o                   e

   • 2 circuitos, para mais de cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 1500W )
                                          o                   e

Tomadas para usos gerais:

   • 1 circuito, at´ cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 2400W )
                   e            o                   e

   • 2 circuitos, para mais de cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 2400W )
                                          o                   e

   • Devem ser previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral da cozinha, copa
      e ´rea de servi¸o
        a            c

   • Recomenda-se, ainda, que em cada circuito n˜o haja mais de oito (8) pontos de utiliza¸˜o
                                                a                                         ca

Tomadas para uso espec´
                      ıfico

   • Equipamentos que absorvem corrente igual ou superior a 10A devem ser alimentados por
      uma TUE

   • Deve ser previsto um circuito exclusivo para cada tomada de uso especifico


2.7     Potˆncias Unit´rias das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o
           e          a                co             ca
A determina¸˜o da potˆncia previsional de uma instala¸˜o passa pela defini¸˜o de r´cios de
           ca        e                               ca                  ca      a
potˆncia por unidade de ´rea (VA/m2 ) que s˜o fun¸˜o do tipo de utiliza¸˜o da instala¸˜o.”ver
   e                    a                  a     ca                    ca            ca
tabela:8.1 no anexo”onde s˜o apresentados, as potˆncias m´
                          a                      e       ınimas a considerar no dimensiona-
mento das instala¸˜es de uso residencial ou profissional.
                 co


2.7.1     Coeficientes de Utiliza¸˜o e Simultaneidade
                                ca
Os resultados globais na determina¸˜o da potˆncia de uma instala¸˜o, devem ser ponderados por
                                  ca        e                   ca
coeficientes de utiliza¸˜o Ku e por coeficientes de simultaneidade Ks:
                      ca

O coeficiente de utiliza¸˜o Ku, caracteriza o regime de funcionamento de um receptor, estab-
                       ca
      elecendo a rela¸˜o entre a potˆncia que se presume utilizada e a potˆncia nominal instalada;
                     ca             e                                     e



Levy, Victorino I.                   23
Universidade Eduardo Mondlane                               Projecto de curso


O coeficiente de simultaneidade Ks, caracteriza o regime de funcionamento de uma instala¸˜o
                                                                                       ca
     .

Estes coeficientes de simultaneidade para instala¸˜es colectivas devem ser aplicados aos quadros
                                                co
de coluna, `s colunas montantes e ainda aos tro¸os de coluna onde haja mudan¸a de sec¸˜o.
           a                                   c                            c        ca

Receptores e utilizadores de energia el´ctrica ”ver tabela:8.2 no anexo” onde
                                       e
apresentam-se coeficientes de simultaneidade a considerar no dimensionamento de colunas
                 ıcios de uso residencial e profissional, conforme Art. 25o do RSICEE
montantes de edif´

Colunas montantes

”ver tabela:8.3 no anexo” onde apresentam-se coeficientes de simultaneidade a considerar no di-
mensionamento de colunas montantes de edif´
                                          ıcios de uso residencial (habita¸˜o),conforme Art.
                                                                          ca
25o do RSICEE.
A utiliza¸˜o, quer dos valores unit´rios previs´
         ca                        a           ıveis de potˆncia, quer dos coeficientes de simultane-
                                                           e
idade, dever´ ser considerada unicamente como orienta¸˜o, n˜o dispensando uma an´lise cr´
            a                                        ca    a                    a       ıtica a
cada situa¸˜o particular. Note-se que, em qualquer caso, dever˜o garantir-se sempre os m´
          ca                                                  a                         ınimos
de potˆncia impostos pelos regulamentos.
      e

Redes de distribui¸˜o p´ blica
                  ca   u

No caso das redes de distribui¸˜o p´blica o coeficiente de simultaneidade a utilizar Ks ´ calculado
                              ca u                                                     e
com base na f´rmula:
             o
              0,85
              √
KS = 0, 5 +     N
Onde N representa o n´mero de instala¸o˜es
                     u               c o


2.7.2    Potˆncia Instalada e Contratada
            e
A potˆncia instalada a considerar ser´ o somat´rio das potˆncias m´
     e                               a        o           e       ınimas para as instala¸˜es
                                                                                        co
de utiliza¸˜o dom´stica e as potˆncias realistas para os servi¸os comuns (ilumina¸˜o, elevadores,
          ca     e              e                             c                  ca
bombagem de ´gua, etc.), multiplicadas por coeficientes de simultaneidade estabelecidos regula-
            a
mentarmente.
A potˆncia contratada corresponde ` potˆncia efectivamente disponibilizada pelo distribuidor
     e                            a    e
p´blico de energia el´ctrica
 u                   e
No c´lculo das instala¸˜es colectivas e entradas, nos locais de habita¸˜o ou edif´
    a                 co                                              ca         ıcios residenciais,
n˜o devem ser consideradas potˆncias nominais inferiores `s indicadas na ” tabela:8.4 no anexo”
 a                            e                          a
A potˆncia contratual depender´ em ultima an´lise do utilizador e, concretamente, do tipo de
     e                        a    ´        a
explora¸˜o que este entenda assumir na sua instala¸˜o.
       ca                                         ca

Levy, Victorino I.                   24
Universidade Eduardo Mondlane                            Projecto de curso


Em qualquer circunstˆncia ´ sempre poss´ rever o valor do contrato de fornecimento de energia
                    a     e            ıvel
desde que n˜o se ultrapasse o valor da potˆncia instalada.
           a                              e
´ no entanto o valor da potˆncia instalada que condiciona todo o dimensionamento da instala¸˜o.
E                          e                                                               ca




Levy, Victorino I.                  25
Cap´
   ıtulo 3

Instala¸˜es colectivas e entradas
       co

3.1     Estrutura das instala¸˜es colectivas
                             co
3.1.1    Princ´
              ınpios gerais
A escolha do tipo e modo de alimenta¸˜o de energia el´ctrica a um consumidor espec´
                                    ca               e                            ıfico depende
de diversos factores, entre os quais s˜o de referir: o tipo, a fun¸˜o e a potˆncia das cargas a
                                      a                           ca         e
alimentar.
No caso de edif´
               ıcios com uma unica instala¸˜o de utiliza¸˜o (consumidores individuais isolados),
                             ´            ca            ca
a estrutura da rede ´ relativamente simples, sendo constitu´ por:
                    e                                      ıda

Ramal de entrada responsabilidade da entidade distribuidora de energia

Portinhola (quadro onde finda o ramal de entrada)

Entrada, constitu´ pela canaliza¸˜o el´ctrica, contadores de energia, aparelho de corte geral e
                 ıda            ca    e
      quadro de entrada (QE).

As instala¸˜es el´ctricas de utiliza¸˜o inseridas num mesmo edif´
          co     e                  ca                          ıcio, exploradas por entidades
diferentes (constituindo frac¸˜es aut´nomas), que em regra ter˜o necessidade de potˆncias relati-
                             co      o                        a                    e
vamente pequenas (tipicamente inferiores a 50 kVA) ser˜o alimentadas em baixa tens˜o atrav´s
                                                      a                           a       e
da Instala¸˜o Colectiva do edif´
          ca                   ıcio cuja estrutura ´ composta por:
                                                   e

   • Ramal de entrada,responsabilidade da entidade distribuidora de energia;

   • Tro¸o comum Canaliza¸˜o el´ctrica da instala¸˜o colectiva que tem in´ na portinhola e
        c                ca    e                 ca                      ıcio
      que termina no quadro de colunas;



                                               26
Universidade Eduardo Mondlane                              Projecto de curso


   • Quadro de colunas QC, Quadro alimentado, em trif´sico, directamente por um ramal
                                                     a
     ou por interm´dio de um tro¸o comum (da instala¸˜o colectiva) e destinado a distribuir a
                  e             c                   ca
     energia el´ctrica ao quadro de servi¸os comuns QSC, e `s colunas montantes do edif´
               e                         c                 a                           ıcio;

   • Colunas montantes,constitu´
                               ıdas pelas canaliza¸˜es el´ctricas e caixas de coluna. As col-
                                                  co     e
     unas montantes s˜o obrigatoriamente trif´sicas, constitu´
                     a                       a               ıdas por cabos ou condutores cuja
     sec¸˜o n˜o poder´ ser inferior a 10 mm2 ;
        ca a         a

   • Entradas constitu´
                      ıdas pelas canaliza¸˜es de entrada em cada frac¸˜o, contadores de energia
                                         co                          ca
     el´ctrica, aparelhos de corte de entrada (ACE) e respectivos quadros de entrada (QE).
       e

A Instala¸˜o Colectiva, pode ser classificada, em fun¸˜o da localiza¸˜o dos contadores, como
         ca                                         ca             ca
sendo:

   • Descentralizada, caso em que os contadores se situam junto ` entrada das instala¸˜es
                                                                a                    co

   • Centralizada, caso em que os contadores se situam num unico local, perto do quadro de
                                                           ´
     colunas, portanto afastados das entradas das instala¸˜es
                                                         co

”ver figuras 8.2 e 8.3 no anexo’

Aparelho de corte da entrada (ACE)

Dispositivo de corte e de protec¸˜o intercalado numa entrada (fra˜es aut´nomas e ou servi¸os
                                ca                               o
                                                                 ¸      o                c
comuns) a jusante do equipamento de contagem e destinado a limitar a potˆncia contratada para
                                                                        e
a instala¸˜o el´ctrica (de utiliza¸˜o)(arto 13RSIU EE), ja que ´ instalado no interior do recinto
         ca    e                  ca                           e
servida pela mesma(arto 38 RSICEE)

Nota 1: O aparelho de corte da entrada(ACE) ´ um disjuntor que garante, em regra, a protec¸˜o
                                            e                                             ca
     geral contra as sobreintensidades (sobrecargas e curtos-circuitos) da instala¸˜o el´ctrica (de
                                                                                  ca    e
     utiliza¸˜o), sendo designado por “disjuntor de entrada“
            ca

Nota 2: se pelo contr´rio, o ACE for um interruptor, ser´ conveniente dotar a instala¸˜o de
                     a                                  a                            ca
     uma prote¸˜o geral, pr´pia, contra sobreintensidades, a ser colocado ` cabe¸a, no quadro de
              ca           o                                              a     c
     entrada

Nota 3: Este aparelho ´ propriedade do distribuidor de energia el´ctrica e ´ instalado ou n˜o em
                      e                                          e         e               a
     fun¸˜o das condi¸˜es contratuais; em regra, para potˆncias contratadas at´ 41,4 kVA (60 A,
        ca           co                                  e                    e
     em 400 V), o distribuidor instala um disjuntor de entrada




Levy, Victorino I.                   27
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Projeto de curso sobre elaboração de projeto elétrico predial-residencial

  • 1. UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA ´ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA ´ CURSO DE ENGENHARIA ELECTRICA PROJECTO DE CURSO TEMA: ¸˜ ´ ESTUDO SOBRE ELABORACAO DE PROJECTO ELECTRICO PREDIAL-RESIDENCIAL AUTOR: Levy,Victorino Inocˆncio e Maputo, Dezembro de 2010
  • 2. UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE ENGENHARIA ´ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTECNICA ´ CURSO DE ENGENHARIA ELECTRICA PROJECTO DE CURSO TEMA: ¸˜ ´ ESTUDO SOBRE ELABORACAO DE PROJECTO ELECTRICO PREDIAL-RESIDENCIAL AUTOR: Levy,Victorino Inocˆncio e SUPERVISOR: Eng Zefanias J. Mabote Maputo, Dezembro de 2010
  • 3. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Dedicat´ria o Dedico o presente trabalho: a minha m˜e ”Elvira Jos´ Gouveia” a e por iluminar os meus caminhos pelo exemplo de vida, honestidade, humildade e preserveran¸a c Levy, Victorino I. i
  • 4. Agradecimentos A Deus por ser minha fonte de vida. Por ter me dado for¸a para superar os momentos mais dif´ c ıceis e nunca ter me abandonado. Agrade¸o a Ele por todas as gra¸as realizadas. c c A minha m˜e que tem iluminado os meus caminhos aos meus irmaos Frede, Chinho e Vivi que a tem sido a raz˜o da meu esfor¸o, persistencia e dedica¸˜o em todos esses anos de estudos a c ca A Ily pelo apoio e compreens˜o a A todas as pessoas que contribu´ ıram para que esse trabalho fosse realizado. ii
  • 5. Lista de Abreviaturas • RSICEE Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es Colectivas de Edif´ c co ıcios e Entradas • RSIUEE Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica c co ca e • DNEE Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica ca e • IP–IK ´ Indice de prote¸˜o dos equipamentos ca • Ku Coeficiente de utiliza¸˜o ca • Ks Coeficiente de simultaneidade • QE Quadro de entrada • QC Quadro de colunas • QSC Quadro de servi¸os comuns c • ACE Aparelhos de corte de entrada • Un Tens˜o estipulada a • f Frequˆncia nominal e • In Corrente estipulada • Inf Corrente convencional de n˜o funcionamento a • If Corrente convencional de funcionamento • Iz Intensidade de corrente m´xima admissivel na canaliza¸˜o a ca • Pdc Poder de corte nominal • t tempo limite de permanencia do curto-circuito iii
  • 6. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • S sec c˜o nominal dos conductores(mm2 ) a • Ic c] corrente de curto circuito minima (no ponto mais afastado do circuito) • K constante, podendo ter os valores de: 115 Conductores com alma de cobre, isolados a policloreto de vinilo; 135 Conductores com alma de cobre, isolados a borracha but´ ılica, polietileno recticulado ou etileno-propileno 74 Conductores com alma de alum´ ınio, isolados a policloreto de vinilo; 87 Conductores com alma de alum´ ınio, isolados a borracha but´ ılica, polietileno recticulado ou etileno-propileno • ρ -Resistividade do material da alma condutora ` temperatura ambiente [Ω/mm2 .m); a • L -Comprimento do condutor [m]; Levy, Victorino I. iv
  • 7. Lista de Figuras 2.1 Planillha para c´lculo de carga t´rmica para escolha de ar condicionado . . . . . . a e 18 8.1 volumes da casa de banho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66 8.2 Exemplo de uma instala¸˜o colectiva num edif´ de habita¸˜o multifamiliar com ca ıcio ca 2 colunas, com contagem descentralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 8.3 Exemplo de uma instala¸˜o colectiva num edif´ de habita¸˜o multifamiliar, com ca ıcio ca contagem centralizada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 8.4 Quadro de coluna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69 8.5 Curvas tempo/corrente para disjuntores modulares (EN 60898), temperatura de referˆncia de 30o C (extra´ de informa¸˜o t´cnica da Siemens). . . . . . . . . . . e ıdo ca e 69 o 8.6 coordena¸˜o entre os conductores e dispositivos de prote¸˜o (art 577 RSIUEE) . ca ca 69 8.7 Sistema de terra de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 70 8.8 Elemetos captores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 8.9 el´ctrodo em anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 71 8.10 El´ctrodo do tipo radial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 71 8.11 Sistema geral integrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71 8.12 simbologiaI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 8.13 simbologiaII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73 8.14 Dimensionamento de entradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 8.15 Esquema de Quadro El´ctrico(habita¸˜o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e ca 75 8.16 tra¸ado de circuitos de ilumina¸˜o e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c ca 76 8.17 tra¸ado de circuitos de ilumina¸˜o e tomadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c ca 77 v
  • 8. Lista de Tabelas 5.1 Classifica¸˜o dos edif´ ca ıcios:contra consequˆncias das Descargas (CD) . . . . . . . . e 47 5.2 Classifica¸˜o das estruturas:quanto ` Altura e Implanta¸˜o (AI) . . . . . . . . . . ca a ca 48 5.3 Crit´rios de decis˜o sobre a necessidade de protec¸˜o contra descargas atmosf´ricas. 48 e a ca e 8.1 ıcios Residenciais - Potˆncias unit´rias (RSIUEE - Art. 435o ) . . . . . . . . . Edif´ e a 58 8.2 Coeficientes de simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 8.3 Coeficientes de simultaneidade para colunas montantes . . . . . . . . . . . . . . . 59 8.4 Potˆncias minimas a considerar para c´lculo das Instala¸˜es em locais habita¸ionais 59 e a co c 8.5 Caracter´ ısticas gerais de cada um dos componentes de um quadro de colunas . . . 60 8.6 Caixas de colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 8.7 Caracter´ ısticas dos fus´ ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 8.8 Caracter´ ısticas dos fus´ ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61 8.9 Caracter´ ısticas dos fus´ ıveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 ısticas dos disjuntores (arto 134 - coment´rios 3) . . . . . . . . . . . . . . 8.10 Caracter´ a 62 o 8.11 caracter´ ısticas dos disjuntores (art 134 - coment´rios 3) . . . . . . . . . . . . . . a 63 8.12 Diˆmetros de tubos para instala¸˜es de utiliza¸˜o.(RSIUEE - Art. 243.o -) . . . . . a co ca 64 o 8.13 Diˆmetros de tubos para colunas montantes.(RSICEE Art. 24. ) . . . . . . . . . . a 65 vi
  • 9. Sum´rio a Dedicat´ria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o i Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii Abreviaturas iii Lista de Figuras v Lista de Tabelas vi Introdu¸˜o ca 1 1 Aspectos Legais, Regulamentares e T´cnicos e 4 1.1 Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca ca 4 1.1.1 Regulamenta¸˜o aplicavel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 4 1.2 Organiza¸˜o e Planeamento dos Projectos de Electricidade . . . . . . . . . . . . . ca 5 1.2.1 Competˆn¸ias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e c 5 1.2.2 Tipos e Categorias das Instala¸˜es El´ctricas . . . . . . . . . . . . . . . . . co e 5 1.2.3 Fases do Projecto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2 Levantamento de cargas 11 2.1 Crit´rios de avalia¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e ca 11 2.1.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 2.2 Projecto de Ilumina¸˜o Interior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 12 2.2.1 As diferentes fase de um projecto luminot´cnico . . . . . . . . . . . . . . . e 12 2.2.2 ”Software” de c´lculo luminot´cnico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a e 13 2.3 Projecto de tomadas de uso geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 2.3.1 Pontos de utiliza¸˜o m´ ca ınimos recomendados numa habita¸˜o . . . . . . . . ca 15 2.4 Tomadas de uso espec´ ıfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.5 Ar Condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 2.5.1 Classifica¸˜o do ar condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 17 vii
  • 10. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 2.5.2 Sele¸˜o de Ar Condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 17 2.6 Projecto de uma instala¸˜o de utiliza¸˜o(Habita¸˜o Unifamiliar) . . . . . . . . . . ca ca ca 20 2.6.1 Sequˆncia de procedimentos para o desenvolvimento do projecto . . . . . . e 20 2.6.2 Actividade 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.6.3 Actividade 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 2.6.4 Divis˜o de Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a 22 2.6.5 Regras para a divis˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a 23 2.7 Potˆncias Unit´rias das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o e a co ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 2.7.1 Coeficientes de Utiliza¸˜o e Simultaneidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 23 2.7.2 Potˆncia Instalada e Contratada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 24 3 Instala¸˜es colectivas e entradas co 26 3.1 Estrutura das instala¸˜es colectivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co 26 3.1.1 Princ´ ınpios gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 3.1.2 Variantes ´ estrutura b´sica de uma instala¸˜o colectiva e entrada . . . . . a a ca 28 3.2 Quadros El´ctricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 28 3.2.1 Caracteristicas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 3.3 Tipos de Quadros e Constitui¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 29 3.3.1 Quadros e Caixas de Colunas (QC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3.3.2 Caixas de Coluna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 3.3.3 Quadros de Entrada(QE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 3.3.4 Quadros de Servi¸os Comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . c 30 3.3.5 Quadro de Elevadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.4 Aparelhagem e Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.4.1 Generalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 3.4.2 Caracter´ ısticas dos dispositivos de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 31 3.4.3 Aparelhagem de Manobra-Interruptores de Corte Geral . . . . . . . . . . . 32 3.4.4 Dispositivos de protec¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 32 3.4.5 Fus´ ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3.4.6 Disjuntores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 3.4.7 Interruptores e Disjuntores de Corrente de Defeito Residual . . . . . . . . 33 4 Canaliza¸˜es el´ctricas co e 34 4.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34 4.1.1 Classifica¸˜o dos tubos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 35 4.2 Dimensionamento das Canaliza¸˜es El´ctricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co e 36 Levy, Victorino I. viii
  • 11. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 4.2.1 Crit´rios Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 36 4.2.2 Sec¸˜es M´ co ınimas dos Condutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 4.2.3 Protec¸˜o contra sobrecarga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 36 4.2.4 Prote¸˜o contra Curto Circuitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 37 4.2.5 Quedas de Tens˜o M´xima Admiss´ a a ıveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 4.2.6 C´lculo das Correntes de Servi¸o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a c 38 4.2.7 Quadros El´ctricos (Cargas de Funcionamento Cont´ e ınuo) . . . . . . . . . . 38 4.2.8 Alimenta¸˜o de Motores El´ctricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca e 38 4.2.9 Quadros El´ctricos (Cargas de Funcionamento Intermitente) . . . . . . . . e 39 4.2.10 C´lculo das Quedas de Tens˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a a 39 4.3 Selectividade de Prote¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co 40 5 Sistemas de Protec¸˜o Contra Descargas Atmosf´ricas ca e 41 5.1 Introdu¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 41 5.2 Protec¸˜o Directa Contra Descargas El´ctricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca e 42 5.2.1 P´ra Raios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a 42 5.2.2 Tipos de captores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 5.2.3 Condutores de Liga¸˜o ao El´ctrodo de Terra . . . . . . . . . . . . . . . . ca e 43 5.2.4 El´ctrodo de terra e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 5.3 Protec¸˜o Contra Sobretens˜es ca o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46 5.3.1 Descarregadores de sobretens˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a 46 5.3.2 Conserva¸˜o e explora¸˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca ca 46 5.4 Classifica¸˜o dos edif´ ca ıcios e estruturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47 6 Protec¸˜o de Pessoas. Terras de Protec¸˜o ca ca 49 6.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 6.2 Protec¸˜o Contra Contactos Directos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 49 6.3 Protec¸˜o Contra Contactos Indirectos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 50 6.3.1 Liga¸˜o das Massas ` Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca a 50 6.3.2 Emprego de Disjuntores e Interruptores Diferenciais . . . . . . . . . . . . . 50 6.4 Constitu¸˜o dos Circuitos de Terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ca 51 6.4.1 Estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 7 Automa¸˜o Residencial ca 52 7.1 Generalidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 7.1.1 Algumas Aplica¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co 53 7.2 Tecnologia de Apoio ao Projetista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 Levy, Victorino I. ix
  • 12. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 7.2.1 Software para desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55 7.2.2 Utiliza¸˜o do Excel para a Elabora¸˜o de C´lculos . . . . . . . . . . . . . . ca ca a 55 8 Conclus˜es e Recomenda¸˜es o co 56 8.1 Conclus˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a 56 8.2 Recomenda¸˜es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . co 56 Bibliografia 58 Levy, Victorino I. x
  • 13. Resumo Este trabalho visa a desenvolver um estudo sobre elabora¸˜o de um projeto de instala¸˜es el´tricas ca co e em edif´ ıcios residenciais Apresentam-se aspectos legais, regulamentares e t´cnicos para a organiza¸˜o e planeamento dos e ca projectos de electricidade, Abordam-se tamb´m os crit´rios de avalia¸˜o de carga e importancia do e e ca projecto luminotecnico, os crit´rios para a determina¸˜o das potˆncias instaladas e a contratar, e ca e e o tipo de estrutura de alimenta¸˜o de energia el´ctrica de um edif´ ca e ıcio residencial ou de uso profissional A constitui¸˜o de quadros el´ctricos e os crit´rios a adoptar para a selec¸˜o do equipamento ca e e ca el´ctrico de protec¸˜o. e ca Igualmente apresentam-se os crit´rios para o estabelecimento e dimensionamento dos circuitos e el´ctricos, dos sistemas de prote¸˜o de pessoas, terras de prote¸˜o e sistemas de prote¸˜o contra e ca ca ca descargas atmosfericas. No final, foi realizado um estudo sobre Automa¸˜o Residencial com o objetivo de apresentar ca algumas tecnologias e a importˆncia desse ramo para um futuro bem pr´ximo a o
  • 14. Introdu¸˜o ca De um modo geral entende-se por projecto de Instala¸˜es El´ctricas de um Edif´ co e ıcio o docu- mento que: • “.... tem por objectivo o tra¸ado e o dimensionamento das redes de canaliza¸˜es e de con- c co dutores de energia el´trica, incluindo acess´rios e aparehagem de manobra e protec¸ao, in- e o c dispens´veis ao funcionamento do equipamento da obra“ a As instala¸˜es que se designam genericamente por Instala¸˜es El´ctricas de edif´ co co e ıcios, podem repartir-se por v´rias especialidades, que se constituem num unico projecto global ou em diferentes a ´ projectos espec´ ıficos, como sejam: • Projecto de Instala¸˜es El´ctricas que inclui: alimentan¸˜o de energia el´ctrica, quadros co e ca e el´ctricos, ilumina¸˜o normal e de emergˆncia, sinaliza¸˜o de sa´ e ca e ca ıda, circuitos de tomadas e de for¸a motriz, terras de protec¸˜o, sistemas de protec¸˜o contra descargas atmosf´ricas e c ca ca e tambˆm sistemas de intercomunica¸˜o v´ e ca ıdeo de portaria; • Projecto de Postos de Seccionamento e Transforma¸˜o ca • Projecto de Centrais de Emergˆncia (Produ¸˜o de energia el´ctrica); e ca e • Projecto de Infra-estruturas de Telecomunica¸˜es em Edif´ co ıcios (ITED); que inclui: instala¸˜es telef´nicas e redes de dados, sistemas de capta¸˜o e distribui¸˜o de sinal r´dio e co o ca ca a televis˜o, e eventualmente sistemas de som; a • Projecto de Seguran¸a Contra Incˆndio, que compreende a detec¸˜o de incˆndio, a c e ca e extin¸˜o fixa e port´til, e a compartimenta¸˜o corta-fogo; ca a ca • Projecto de Seguran¸a Contra Intrus˜o que compreende a detec¸˜o de intrus˜o, o con- c a ca a trolo de acessos, Circuito Interno de TV (CCTV) entre outros. 1
  • 15. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Motiva¸˜o ca Para se fazer um projeto el´trico n˜o ´ suficiente ter os conhecimentos t´cnicos adquiridos e a e e na faculdade, mas ´ necess´rio tamb´m o conhecimento de normas regulamentadoras e ter e a e a experiˆncia para encontrar sempre a melhor solu¸˜o poss´ e ca ıvel. Este trabalho visa a ajudar quem est´ a iniciar sua carreira como Engenheiro Projetista. Ele a fornecer´ as informa¸˜es principais que s˜o necess´rias para se concluir um projeto el´trico a co a a e residencial, e mostrar´ a sequencia de passos a serem seguidos. a Este trabalho n˜o tem por objectivo a transformar tecnicos em projetistas pronto para a trabalhar, mas ajud´-lo na sua prepara¸˜o inicial. a ca Objectivos e metodologia Objectivo geral Dar indica¸˜es para a concep¸˜o, projecto e execu¸˜o das instala¸˜es el´ctricas residenciais co ca ca co e e de uso Professional, complementando as prescri¸˜es do Regulamento de Seguran¸a das co c Instala˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica o ¸ ca e Objectivo espec´ ıfico – Estudar sobre a Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o aplicavel a projectos el´ctricos ca ca e – Estudar sobre a Estrutura das instala¸˜es colectivas e entradas co – Estudar sobre a Protec¸˜o de Pessoas. Terras de Protec¸˜o ca ca – Estudar sobre os Sistemas de Protec¸˜o Contra Descargas Atmosf´ricas ca e – Estudar sobre a Automa¸˜o Residencial ca Metodologia Para o desenvolvimento do presente trabalho, para al´m das prescri¸˜es do Regulamento de e co Seguran¸a das Instala˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica foram efectuadas pesquisas em c o ¸ ca e guias tecnicos de instala¸˜es el´ctricas, em sites na internet e consulta a docentes e colegas. co e A redac¸˜o do trabalho foi compilada com o editor de texto t´cnico-cient´ ca e ıfico LTEX 2ε . A Levy, Victorino I. 2
  • 16. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Campo de Aplica¸˜o ca Para melhor compreens˜o, refira-se que o presente Estudo aplica-se ´s instala¸˜es de utiliza¸˜o de a a co ca energia El´ctrica em baixa tens˜o, estabelecidas nos seguintes locais: e a • Locais residenciais • Locais de uso Professional • Estabelecimentos recebendo p´blico, destacando-se princimpalmente; Edif´ u ıcios de Uso colec- tivo e Estabelecimentos Comerciais Levy, Victorino I. 3
  • 17. Cap´ ıtulo 1 Aspectos Legais, Regulamentares e T´cnicos e 1.1 Legisla¸˜o e Regulamenta¸˜o ca ca 1.1.1 Regulamenta¸˜o aplicavel ca A elabora¸˜o dos projectos de Instala¸˜es El´ctricas deve obedecer a um conjunto de normas e de ca co e regulamentos que passamos a enumerar: • Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o de Energia El´ctrica (RSIUEE) e c co ca e Regulamento de Seguran¸a das Instala¸˜es Colectivas de Edif´ c co ıcios e Entradas (RSICEE), ambos publicados no Dec.-Lei 740/74 e Dec.-Lei 303/76. • Regulamento de Subesta¸˜es e Postos de Seccionamento e de Transforma¸˜o (Dec.-Lei no co ca 42895, de 31.3.1960 e Dec. Reg. no 14/77 e no 56/85 e Portaria no 37/70); • Regulamento de Redes de Distribui¸˜o de Baixa Tens˜o (Dec.-Reg. no 90/84). ca a A elabora¸˜o dos projectos de instala¸˜es el´ctricas, para al´m do cumprimento das normas ca co e e mo¸ambicanas, e dos Regulamentos referidos, devem atender `s orienta¸˜es e recomenda¸˜es das c a co co entidades oficiais de licenciamento e empresas distribuidoras de energia el´ctrica, concretamente: e • Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica(DNEE) ca e • Electricidade de Mo¸ambique(EDM) c • Conselho Municipal O Engenheiro Electrot´cnico dever´: e a 4
  • 18. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • Dominar os Princimpios e os m´todos aplic´veis no dimensionamento dos v´rios equipamen- e a a tos (canaliza¸˜es el´ctricas, protec¸˜es, quadros, aparelhagem em geral, etc co e co Para al´m das recomenda¸˜es que foram expostas anterioremente, refira-se que o exerc´ e co ıcio da fun¸˜o de projectista , por parte dos Engenheiros Electrot´cnicos, esta dependente–Segundo o es- ca e tipulado no Decreto regulamentar 31/85 Estatuto do tecnico respons´vel por Instala¸˜es El´ctricas a co e de inscri¸˜o pr´via na Dire¸˜o Nacional de Energia El´ctrica, conforme o caso a que se aplique ca e ca e 1.2 Organiza¸˜o e Planeamento dos Projectos de Electri- ca cidade 1.2.1 Competˆn¸ias e c Um projecto el´ctrico bem elaborado deve prever: e • Seguran¸a c • Manutibilidade • Capacidade de reserva • Adequado a capacidade t´cnica dos operadores e • Garantia de de continuidade de servi¸o c 1.2.2 Tipos e Categorias das Instala¸˜es El´ctricas co e No que se refere a licenciamento de instala¸˜es el´ctricas podem distinguir-se dois tipos: as in- co e stala¸˜es de abastecimento(servi¸o) p´blico e as instala¸˜es de servi¸o particular.Insere-se neste co c u co c ultimo tipo as instala¸˜es de edif´ ´ co ıcios , que podem, por sua vez, classificar-se em diferentes cate- gorias: • 1a Categoria: Instala¸˜es de car´cter permanente com produ¸˜o pr´pria. Por exemplo os co a ca o grupos geradores de emergˆncia; e • 2a Categoria: Instala¸˜es alimentadas por uma rede el´ctrica p´blica de alta tens˜o. Est˜o co e u a a nesta categoria as instala¸˜es que possuem postos de transforma¸˜o; co ca • 3a Categoria: Instala¸˜es de baixa tens˜o n˜o pertencentes ` 1a categoria, situadas em co a a a recintos p´blicos ou privados destinados a espect´culos ou outras divers˜es. Por exemplo, u a o teatros, cinemas, casinos, circos, associa¸˜es recreativas e desportivas, entre outras; co Levy, Victorino I. 5
  • 19. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • 4a Categoria: Instala¸˜es com car´cter permanente que ultrapassem os limites de uma pro- co a priedade particular, como por exemplo as instala¸˜es que incluam linhas a´reas de alta co e tens˜o de comprimento superior a 500 m; a • 5a Categoria: Instala¸˜es que n˜o perten¸am a nenhuma das categorias anteriores e que co a c sejam alimentadas em baixa tens˜o por uma rede de distribui¸˜o p´blica. a ca u Os edif´ ıcios podem pertencer a uma unica entidade, que se assume como consumidor unico de ´ ´ energia el´ctrica, ou a v´rias entidades constituindo frac¸˜es aut´nomas, como tal coexistindo e a co o diferentes consumidores de energia. No primeiro caso, desde que a potˆncia seja superior a um determinado valor, o distribuidor p´blico e u obriga ` existˆncia de um posto de transforma¸˜o pr´prio . Esse valor depende das condi¸˜es locais a e ca o co da rede de m´dia tens˜o, sendo habitualmente superior a 160 kVA. No segundo caso as instala¸˜es e a co s˜o sempre alimentadas em baixa tens˜o (5a categoria). em baixa tens˜o (5a categoria). a a a Um edif´ pode ter instala¸˜es de diferentes categorias. Refira-se, a t´ ıcio co ıtulo de exemplo os edif´ ıcios de escrit´rios e os centros comerciais de grandes dimens˜es, nos quais existem v´rias entidades o o a consumidoras de energia, podendo considerar-se que a instala¸˜o el´ctrica ´ composta por: ca e e • Consumidores aut´nomos (habita¸˜es, lojas, pequenos escrit´rios) constituindo uma 5a cat- o co o egoria; • Centrais de ar condicionado e outros servi¸os comuns, de valores de potˆncia muito elevado, c e alimentadas por PT pr´prio constituindo uma 2a categoria; o • Central produtora de energia el´ctrica de emergˆncia, constituindo uma 1a categoria. e e 1.2.3 Fases do Projecto A evolu¸˜o temporal da concep¸˜o do projecto de instala¸˜es el´ctricas compreende v´rias fases ca ca co e a de elabora¸˜o que ajuda o projectista a se organizar.Com uma interdependencia entre as fases , ca que s˜o fun¸˜o do grau de defini¸˜o dos objectivos e constitui¸˜o das instala¸˜es e equipamentos. a ca ca ca co As fases que, no limite, se podem considerar s˜o: a • Progama preliminar; • Estudo previo; • Anteprojecto ou projecto base; • Projecto de licenciamento; Levy, Victorino I. 6
  • 20. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • Projecto de execu¸˜o; ca • Assistˆncia t´cnica. e e A aceita¸˜o de todas estas fases em determinado projecto, est´ sempre condicionada a acordo ca a pr´vio com a entidade promotora deste mesmo projecto, isto ´, o Dono de Obra e e O progama preliminar constitui um documento no qual s˜o definidos pelo dono da obra os ob- a jectivos, caracter´ ısticas orgˆnicas e funcionais, condicionalismos financeiros, custos e prazos a de execu¸˜o a observar na concep¸˜o de projecto. Este documento pode conter tamb´m as ca ca e seguintes informa¸˜es especiais: co • Ordem das grandezas das capacidades dos diferentes equipamentos; • Localiza¸˜o dos equipamentos, edif´ ca ıcios e instala¸˜es necess´rias ao seu funcionamento. co a O estudo pr´vio constitui um documento elaborado pelo autor do projecto com base no pro- e grama preliminar, no qual s˜o definidas de um modo geral, as solu¸˜es preconizadas para a a co realiza¸˜o da obra. Inclui: ca • Mem´ria descritiva com a descri¸˜o geral das instala¸˜es; o ca co • Elementos gr´ficos elucidativos das solu¸˜es propostas; a co • Dimensionamento aproximado dos principais equipamentos; • Localiza¸˜o dos principais equipamentos, por exemplo; postos de transforma¸˜o , cen- ca ca trais de emergˆncia; e • Pr´-avalia¸˜o de potˆncias el´ctricas; e ca e e • Estimativa de custo da obra; O anteprojecto ou projecto base constitui o desenvolvimento do estudo pr´vio, ap´s aprova¸˜o e o ca pelo dono da obra, apresentando com maior grau de pormenor alguns aspectos da solu¸˜o ca ´ composto por: ou solu¸˜es alternativas. E co • Pe¸as escritas que descrevam as solu¸˜es adoptadas; c co • Plantas a escala apropriada com a implanta¸˜o de aparelhagem e equipamentos, por ex- ca emplo; aparelhos de ilumina¸˜o, tomadas, quadros el´ctricos e equipamentos espec´ ca e ıficos; • Eventualmente, estudos t´cnico-econ´micos que suportem as solu¸˜es apresentadas. e o co O projecto de licenciamento • Mem´ria descritiva e justificativa com a descri¸˜o geral o ca das instala¸˜es e apresenta¸˜o dos c´lculos de dimensionamento dos circuitos de al- co ca a imenta¸˜o; ca Levy, Victorino I. 7
  • 21. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • Plantas ` escala apropriada (tipicamente 1/100), com o tra¸ado de circuitos e a im- a c planta¸˜o de aparelhagem e equipamentos; ca • Cortes e al¸ados ` escala 1/20 com implanta¸˜o de equipamento, (postos de trans- c a ca forma¸˜o e grupos de emergˆncia); ca e • Esquemas unifilares de quadros el´ctricos e diagramas de princ´ e ıpio; • Fichas Electrot´cnica e de Identifica¸˜o e termo de responsabilidade e ca O projecto de execu¸˜o constitui um documento elaborado pelo autor do projecto a partir do ca projecto de licenciamento aprovado, que se destina a constituir um processo a apresentar a concurso para adjudica¸˜o da empreitada de execu¸˜o dos trabalhos. Inclui: ca ca • Caderno de encargos; • Mem´ria descritiva com a descri¸˜o geral das instala¸˜es; o ca co • Plantas ` escala apropriada (tipicamente 1/100), com o tra¸ado de circuitos e a im- a c planta¸˜o de aparelhagem e equipamentos; ca • Cortes e al¸ados ` escala 1/20 com implanta¸˜o de equipamento, (postos de trans- c a ca forma¸˜o e grupos de emergˆncia); ca e • Esquemas unifilares de quadros el´ctricos e diagramas de princ´ e ıpio; • Listas de medi¸˜es e de or¸amento. co c A fase de assistˆncia t´cnica corresponde ` presta¸˜o de servi¸os complementares, no acom- e e a ca c panhamento do processo de concurso e adjudica¸˜o, e durante a execu¸˜o da obra. ca ca Durante o processo de concurso: • Prepara¸˜o do concurso para adjudica¸˜o da empreitada; ca ca • Presta¸˜o de esclarecimentos e informa¸˜es solicitados por candidatos; ca co • Aprecia¸˜o das propostas, estudo, compara¸˜o de pre¸os e prazos de execu¸˜o e capacidade ca ca c ca t´cnica dos candidatos ` execu¸˜o da obra; e a ca Durante a execu¸˜o da obra: ca • Esclarecimentos de d´vidas de interpreta¸˜o e presta¸˜o de informa¸˜es complementares u ca ca co relativas a ambiguidades e omiss˜es de projecto; o • Aprecia¸˜o de documentos t´cnicos apresentados pelos empreiteiros; ca e • Assistˆncia ao dono da obra na verifica¸˜o da qualidade dos materiais e da execu¸˜o dos e ca ca trabalhos, fornecimento e montagem dos equipamentos e instala¸˜es. co Levy, Victorino I. 8
  • 22. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Exemplo Ilustrativo Nos trˆs quadros abaixos s˜o apresentados, a a titulo de exemplo,Elementos constituintes de um e a projecto de licencialento, um ´ ındice da Mem´ria Descritiva e um ´ o ındice das Pe¸as Desenhadas, c referentes a um projecto de instala¸˜o colectiva de um edif´ ca ıcio: Elementos Constituintes de um Projecto de Licenciamento (Sugest˜o) a 1. Folha Informativa para o Distribuidor. 2. Folha de Capa. 3. ´ Indice Geral do Dossier. 4. Ficha de Identifica¸˜o do Projecto. ca 5. Ficha(s) Electrot´cnica(s). e 6. Termo de Responsabilidade do Projectista. 7. C´pia do Bilhete de Identidade do Projectista. o 8. C´pia de Documento de Inscri¸˜o na Ordem dos Engenheiros. o ca 9. C´pia de Documento de Inscri¸˜o na DNE E. o ca 10. Folha de Capa. 11. ´ Indice da Mem´ria Descritiva e Justificativa. o 12. Mem´ria Descritiva e Justificativa. o 13. Folha de Capa. 14. ´ Indice das Pe¸as Desenhadas. c 15. Planta Topogr´fica. a 16. Simbologia. 17. Restantes Pe¸as Desenhadas. c ´ Indice de Mem´ria Descritiva (Exemplo) o 1. Introdu¸˜o ca 2. Instala¸˜es El´ctricas Projectadas; co e 2.1. Instala¸˜o Colectiva e Entradas; ca 2.2 Instala¸˜o das Zonas Comuns; ca 3. Classifica¸˜o dos Locais; ca ´ 4. Indices de Protec¸˜o; ca 5. Sistema de Protec¸˜o de Pessoas; ca 6. Materiais a Empregar na Instala¸˜o; ca 6.1. Generalidades; 6.2. Quadros; Levy, Victorino I. 9
  • 23. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 6.3. Canaliza¸˜es co 6.4. Aparelhos Intercalados nas Canaliza¸˜es; co 7. Contadores; 8. Dimensionamento; 8.1 Pot´ncia a Contratar para os Servi¸os Comuns; e c 8.2 Interruptor de Corte Geral do Quadro de Colunas; 8.3 Coluna Montante; 8.4 Entradas das Habita¸˜es; co 8.5 Entradas dos Servi¸os Comuns; c 9. Nota Final. ´ ındice de Pe¸as Desenhadas (Exemplo) c 1. Planta Topogr´fica; a 2. Simbologia; 3. Diagrama de Alimenta¸˜o e Distribui¸˜o de Energia. Quadro de Colunas; ca ca 4. Quadro de Servi¸os Comuns (QSC); c 5. Diagrama de Intercomunica¸˜o e Diagrama de Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas; ca ca 6. Alimentan¸˜o e Distribui¸˜o de Energia (Piso 1); ca ca 7. Intercomunica¸ao (Piso 1); c˜ 8. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 2); ca ca 9. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 3); ca ca 10. Distribui¸˜o de Energia e Intercomunica¸˜o (Piso 4); ca ca 11. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 1); ca 12. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 2); ca 13. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 3); ca 14. Ilumina¸˜o da Caixa de Escadas (Piso 4). ca Levy, Victorino I. 10
  • 24. Cap´ ıtulo 2 Levantamento de cargas 2.1 Crit´rios de avalia¸˜o e ca 2.1.1 Generalidades No levantamento de cargas de um projecto predial residencial deve-se seguir alguns passos impor- tantes para calcular a carga total da instala¸˜o. ca Numa fase inicial,que podemos designar por estudo pr´vio, a arquitectura disponibiliza a difini¸˜o e ca dos espa¸os quanto a areas, e tipo de utiliza¸˜o. De posse destes elementos define-se um levanta- c ca mento de cargas previsional na base dos r´cios de potˆcia por unidade de ´rea e dos coeficientes a e a de simultaniedade, obetendo-se uma prˆ-avalia¸˜o da potencia global da instala¸˜o. e ca ca O levantamento de cargas previsional permite uma pr´-difini¸˜o das redes el´ctricas, nomeada- e ca e mente na difini¸˜o do tipo de alimenta¸˜o, se em baixa, se em m´dia tens˜o, e do valor da potencia ca ca e a instalada. Numa segunda fase, coicidindo com a evolu¸˜o da Arquitectura no sentido de uma difini¸˜o e car- ca ca acteriza¸˜o final dos espa¸os, ser˜o difinidos os diferentes tipos de utilizadores(frac¸˜es aut´nomas ca c a co o e ou cargas especificas). Nesta fase corrigem-se os valores previsionais de potˆncia anterioremente e obtidos e determinam-se as potˆncias instaladas por consumidor, corrigidas ao valor da potˆncia e e contratual mais proxima, no caso de frac¸˜es autonomas. Obt´m-se dados sobre as potˆncias de co e e equipamentos especificos como sejam: • Centrais de ar condicionado; • Sistemas de ventila¸˜o; ca • Centrais de bombagem de agua; • Elevadores,ect. 11
  • 25. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 2.2 Projecto de Ilumina¸˜o Interior ca A importancia da ilunina¸˜o ca Normalmente utilizam-se os m´todos de dimensionamento de projecto luminot´cnico: e e • M´todo do fluxo m´dio e e • M´todo ponto a ponto e quer seja no meio industrial quer seja em escritorio ou residencia, uma ilumina¸˜o apropriada ca facilita a execu¸˜o de todas as tarefas. As pessoas recebem cerca de 85% das informa¸˜es por ca co interm´dio da vis˜o. Uma ilumina¸˜o apropriada: e a ca • n˜o produz nem encadeamento, nem sombras; a • pode reduzir a fadiga ocular e as dores de cabe¸a; c • chama mais aten¸˜o para m´quinas m´veis e outros riscos em mat´ria de seguran¸a. ca a o e c A capacidade de “ver“ no trabalho depende n˜o apenas da ilumina¸˜o, mas tamb´m: a ca e • do tempo de focalizar um objecto (os objectos que se deslocam rapidamente s˜o dif´ a ıceis de ver); • das dimens˜es de um objecto (os objectos mais pequenos s˜o dif´ o a ıceis de ver); • da intensidade luminosa (demasiada ou pouca luz reflectida tornam a percep¸˜o dos objectos ca dif´ ıcil); • do contraste entre um objecto e a sua vizinhan¸a imediata (um fraco contraste dificulta a c distin¸˜o entre um objecto e a sua vizinhan¸a) ca c 2.2.1 As diferentes fase de um projecto luminot´cnico e Os parˆmetros que se devem ter em aten¸˜o num projecto luminot´cnico de interiores podem ser a ca e assim resumidos: • ilumina¸˜o adequada; ca • uniformidade de ilumina¸˜o no plano de trabalho; ca • limita¸˜o do encandeamento directo e reflectido; ca Levy, Victorino I. 12
  • 26. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • tonalidade de cor da luz adequada; • restitui¸˜o de cores adequada ca • equilibrio de luminˆncias; a • controlo de sombras; • integra¸˜o adequada entra a ilumina¸˜o artificial e a ilumina¸˜o natural ca ca ca O desenvolvimento de um projecto exige uma metodologia para se estabelecer uma sequˆncia e l´gica de calculos. A metodologia recomendada prop˜e as seguintes etapas: o o 1. Determinar os objectivos da iluminan¸˜o e os efeitos que se pretente alcan¸ar ca c 2. Levantar as dimens˜es f´ o ısicas do local, ”lay-out”, materiais usados e caracteristicas da rede local; 3. Determinar o n´ m´dio de iluminˆcia a adoptar ıvel e a 4. Factor de uniformidade na ´rea da tarefa visual e na ´rea de trabalho a a 5. Escolha das armaduras de ilumina¸˜o ca 6. Escolha da lˆmpada a 7. Verfica¸˜o do equil´ ca ıbrio de luminˆncias no campo visual a 8. C´lculo do n´mero de armaduras a instalar a u 9. Distribui¸˜o das armaduras em fun¸˜o de (e/h)max ca ca 10. Verfica¸˜o do ´ ca ındice de eficˆncia energ´tica e e 11. Divis˜o das armaduras por circuitos de ilumina¸˜o/escolha do tipo de comando a ca 2.2.2 ”Software” de c´lculo luminot´cnico a e Praticamente todos os fabricantes de armaduras de ilumina¸˜o ou tˆm software pr´pio, ou tˆm ca e o e os dados fotom´tricos das respectivas armaduras disponiveis para utiliza¸˜o em aplica¸˜es de e ca co ”software”, de forma a tornar mais expedito, mais rapido e mais fi´vel o projecto luminot´cnico. a e A utiliza¸˜o de ”software” para c´lculo luminot´cnico tem uma serie de vantagens: ca a e • possibilidade de estudar rapidamente um conjunto de possibilidades para a ilumina¸˜o de ca um dado local; Levy, Victorino I. 13
  • 27. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • em alguns casos, possibilidade de indicar factores de reflex˜o diferentes para as diferentes a paredes de um local; • c´lculo das iluminˆncias das paredes e do tecto; a a • possibilidade de tra¸ado das curvas isolux num dado plano; c • apresenta¸˜o da varia¸˜o da iluminˆncia a 3 dimens˜es; ca ca a o • obter a varia¸˜o da iluminˆncia num dado plano (sec¸˜es de iluminˆncia), etc.; ca a co a Com algum ”software”, ´ poss´ efectuar uma importa¸˜o do desenho de um dado local a partir e ıvel ca do ”Autocad”, possibilitando tamb´m a inclus˜o de mobili´rio pr´-definido no software ou definido e a a e pelo utilizador atrav´s de volumes. e 2.3 Projecto de tomadas de uso geral Esta consiste basicamente no dimensionamento do numero de tomadas de uso geral. S˜o desti- a nadas, a alimenta¸˜o de qualquer aparelho, dependendo apenas da necessidade do usu´rio. Para ca a isso ´ necess´rio, que o projectista tenha informa¸˜o tecnica destes aparelhose e n˜o s˜o designa- e a ca a a dos a alimentar nenhum equipamento especifico. Com rela¸˜o ` potˆncia de cada tomada em instala¸˜es residenciais e similares ´ atribuida uma ca a e co e potˆncia de 100Watt ou 150Watt por tomada e A localiza¸˜o dos interruptores, comutadores e tomadas obdece tamb´m a normas ca e minimas: • Os interruptores, comutadores devem ser colocados em posi¸˜o tal que nao fiquem tapa- ca dos pelas portas, quando estas abrem, e estarem situadas a uma altura uniforme compreen- dida entre 0,90m e 1,0m(` altura das ma¸anetas das portas). a c • As tomadas nas divis˜es principais devem ser instaladas a uma altura uniforme situada o entre 0,05m e 0,30m; as tomadas de cozinha, entre 1,10m e 1,20m; as tomadas nas casas de banho entre 1,10m e 1,20m Levy, Victorino I. 14
  • 28. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 2.3.1 Pontos de utiliza¸˜o m´ ca ınimos recomendados numa habita¸˜o ca Salas: • 1–tomada de usos gerais por cada 5m de perimetro, destribuidas o mais uniforme possivel–1 • 1 ou 2 pontos– de ilumina¸˜o ca • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o(ar condicionado ou aquecedor ca ca electrico) Quartos: • 3– tomadas para usos gerais; • 1– ponto de ilumina¸˜o; ca • 1– caixa terminal para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o (ar condicionado ou aquecedor ca ca el´ctrico). e Cozinhas: • 5– tomadas para usos gerais; • 1– tomada para m´quina de lavar lou¸a; a c • 1 ou 2– pontos de ilumina¸˜o; ca • 1 caixa terminal– para liga¸˜o da placa vitrocerˆmica; ca a • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do forno; ca • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do exaustor; ca • 1 caixa terminal– para liga¸˜o do aparelho de climatiza¸˜o (ar condicionado ou aquecedor ca ca el´ctrico). e Lavandaria • 1– tomada para usos gerais; • 1– tomada para m´quina de lavar roupa; a • 1– tomada para m´quina de secar roupa; a Levy, Victorino I. 15
  • 29. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • 1– ponto de ilumina¸˜o. ca Casa de banho: • 2– pontos fixos de ilumina¸˜o; ca • 2– tomadas de uso geral (uma junto ao lavat´rio - volume 2 - e outra no volume 3). o Atender aos quatro volumes diferenciados nas casas de banho: Volume 0 - local ou zona de risco m´ximo; a Volume 1 - local ou zona de risco elevado; Volume 2 - local onde o risco existe, mas j´ ´ menor; ae Volume 3 - local de risco mais reduzido ”ver figura:8.1 no anexo” Corredores e vest´ ıbulos: • 1 ou 2 pontos– de ilumina¸˜o; ca • 1– tomada de usos gerais por cada 6 metros. Arrecada¸˜es garragens co • 1– tomada de usos gerais • 1– ponto de ilumina¸˜o ca 2.4 Tomadas de uso espec´ ıfico ` As tomadas de uso espec´ ıfico, s˜o destinados ` liga¸˜o de euipamentos fixos e estacionarios, como a a ca e o caso de Chuveiro, Termoacumaludores, Ar condicionado, Maquinade lavar roupa e outros.E deve ser atribuida uma potˆncia igual ao equipamento que a mesma ir´ alimentar. As tomadas e a de uso especifico devem ser instaladas, no m´ximo, 1.5m do local previsto do equipamento a ser a alimentado. 2.5 Ar Condicionado O condicionador de ar ´ respons´vel pelo sistema de climatiza¸˜o, basicamente a finalidade do e a ca ar condicionado ´ extrair o calor de uma fonte quente, transferindo-a para uma fonte fria.isto ´ e e possivel atrav´s do sistema evaporador e condensador e Levy, Victorino I. 16
  • 30. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 2.5.1 Classifica¸˜o do ar condicionado ca Os ar condicionados podem ser divididos em 3 categorias 1. Ar condicionados do tipo residencial–N˜o permite refrigerar mais de um ambiente. a 2. Sistema compacto para refrigera¸˜o de dois a trˆs locais, mediante a coloca¸˜o de dutos. A ca e ca capacidade varia de 22000 BTU a 50000 BTU 3. Sistema comercial, com capacidade de refrigera¸˜o muito elevada, entre 50000 BTU a 90000 ca BTU 2.5.2 Sele¸˜o de Ar Condicionado ca Comforme o tipo de ambiente que vamos refrigerar, haver´ diferentes capacidades de aparelhos. a Para dimensionamento adequado do ar condicionado temos que levar em conta v´rios factores: a • Tamanho da sala ou escrit´rio o • Altura do p´ direito (distancia do solo ao teto) e • Quantidade de janelas e portas no local • As janelas recebem sol directo? Da manha ou da tarde? Tem cortina nas janelas? Os vidros ficam a sombra? • Quantas pessoas trabalham no local? • Os aparelhos el´ctricos trabalham em regime cont´ e ınuo; qual a capacidade de cada um? (potˆncia) e Para facilitar a escolha do ar condicionado ideal, estabelece-se uma sequencia de c´lculo, denom- a inado: c´lculo de carga t´rmica a e C´lculo da carga t´rmica a e Para o c´lculo da estimativa da carga t´rmica do ambiente, os fabricantes de ar condicionado, a e disponibilizam(software espec´ ıfico, planilha ou tabela de c´lculo) que fornecem o n´mero de a u Quilocalorias por hora (kcal/h), necessarias a cada tipo de ambiente. Exemplo–c´lculo de carga t´rmica a e Levy, Victorino I. 17
  • 31. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Figura 2.1: Planillha para c´lculo de carga t´rmica para escolha de ar condicionado a e Levy, Victorino I. 18
  • 32. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Dimensionar a capacidade de um ar condicionado para refrigerar um escrit´rio com as seguintes o caracter´ ısticas: ´ 1. Area do escrit´rio; 25m2 com p´ direito de 3m. O escritorio n˜o ´ de cobertura ficando entre o e a e andares. 2. Existem 2 (duas) janelas com cortinas recebendo sol da manh˜, cada janela tem ´rea de 2 a a m2 . 3. No escrit´rio trabalham 4 pessoas. o 4. Existem 2 (duas) portas. Cada porta tem ´rea de 2 m2 a 5. M´quinas e equipamentos de uso continuo, com suas respectivas potˆncias. a e 2 computadores com 60W cada 1 minigeleira com 70W 6 lˆmpadas de 60W cada a 1 fax com 20W C´lculo da carga t´rmica a e 1. Recinto (Escrit´rio) o Volume do ar interno ´ Area* P´ direito e 25m2 *3m=75m3 Da tabela–Recinto: para 75m3 entre andares temos 1200 Kcal/h 2. JANELAS ´ Area das janelas 2 janelas*2 m2 = 4m2 Da tabela–janelas com cortinas, recebendo sol da manh˜, temos: a Janelas= 640Kcal/h 3. N O de pessoas : As pessoas, dissipam energia, seu metabolismo mant´m-se com a temper- e atura corp´rea de 36o C. o como temos 4 pessoas, a Tabela indica: 4 pessoas =500Kcal/h Levy, Victorino I. 19
  • 33. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 4. N O de portas Temos no escrit´rio 2 portas com 2 m2 cada uma o ´ Area das portas 2*2 m2 = 4 m2 Tabela=500 Kcal/h 5. C´lculo da potˆncia dissipada pelos equipamentos el´tricos a e e 2 computadores 2*60W=120W 1 minigeleira 1*70W=70W 6 lˆmpadas 6*60W=360W a 1 fax 1*20W=20W TOTAL=570W Tabela aparelhos el´ctricos: (Como a tabela n˜o passa de 500W, temos:) e a 500W= 450Kcal 100W= 90 Kcal 600W=540 Kcal Total da carga t´rmica e Recinto 1200 Janelas 640 Pessoas 500 Portas 500 Aparelhos 540 Total 3380 Kcal/h Para facilitar a escolha do ar condicionado, transformamos Quilocalorias (Kcal) em BTU. 1 Kcal= 3,92 BTU 3380*3,92= 13250 BTU‘s = 14000 BTU Escolher no merado um ar condicionado pr´ximo de 14000 BTU‘s. o 2.6 Projecto de uma instala¸˜o de utiliza¸˜o(Habita¸˜o ca ca ca Unifamiliar) 2.6.1 Sequˆncia de procedimentos para o desenvolvimento do projecto e Com base na planta da habita¸˜o e respectiva escala(Exemplo: escala 1:100 quer dizer 1cm na ca planta corresponde 100cm no real) Levy, Victorino I. 20
  • 34. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 2.6.2 Actividade 1 1. Difini¸˜o da utiliza¸˜o a dar a cada divis˜o da casa ca ca a 2. Obter o valor da ´rea e perimetro de cada divisao da casa (Apenas as divis˜es que tenham a o ´rea superior a 4m2 , excluidas as cozinhas, casas de banho e corredores) a 3. Classifica¸˜o dos locais de acordo com as suas condi¸˜es ambientais e factores de influencia ca co externa Salas, quartos, corredores:Locais sem riscos especiais Casas de banho, cozinhas: Locais h´midos e temporariamente h´midos u u Equipamentos el´ctricos: caracteristicas dos inv´lucros1 e o ´ Indice de prote¸˜o minimo dos inv´lucros dos equipamentos:IP20–IK04 ca o ´ Indice de prote¸˜o dos inv´lucros dos equipamentos para utiliza¸˜o no volume 2 das casas ca o ca de banho: IP23–IK04 ´ Indice de prote¸˜o dos inv´lucros dos equipamentos para locais inund´veis por lavagem ca o a frequente com jactos de ´gua, p´tios e terra¸os descobertos: IP25–IK04 a a c 4. Determinar as potˆncias previstas para as diferentes cargas(Ilumina¸˜o, Tomadas de uso e ca geral, Tomadas de uso espec´ ıfico) 5. Anotar esse valores na tabela de previs˜o de carga, juntamente com o nome de cada divis˜o a a 2.6.3 Actividade 2 Desenhar o esquema arquitectural na planta da habita¸˜o ca • Localiza¸˜o do quadro de entrada (junto ` entrada da habita¸˜o, no interior) ca a ca • Localiza¸˜o dos pontos de utiliza¸˜o (ilumina¸˜o, tomadas, ect.) ca ca ca • Localiza¸˜o dos equipamentos (interuptores, comutadores, caixas de deriva¸˜o, etc.) ca ca 1 No c´digo IPXY, o algarismo X varia de 0 a 6 e traduz, de forma crescente, o grau de protec¸˜o contra a o ca penetra¸˜o de corpos s´lidos, enquanto o algarismo Y, varia de 0 a 8 e traduz, tamb´m de forma crescente, o ca o e grau de protec¸˜o contra a penetra¸˜o de l´ ca ca ıquidos. No c´digo IKXX, o n´ mero XX varia de 0 a 10 e traduz, de forma crescente, o grau de prote¸˜o contra a ac¸˜es o u ca co mec´nicas. a Levy, Victorino I. 21
  • 35. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Desenhar o esquema arquitectural para2 : • Ilumina¸˜o ca • Tomadas de uso geral • Sinaliza¸˜o ca • Equipamentos espec´ ıficos (m´quinas de lavar, forno, placa vitrocerˆmica, etc.) a a 2.6.4 Divis˜o de Circuitos a A instala¸˜o deve ser dividida em tantos circuitos quanto necessarios, devendo cada circuito ser ca concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimenta¸˜o inadvertida por meio de ca outro circuito. A divis‘ao da instala¸˜o em circuitos terminais deve ser de modo a atender ,entre ca outras ´s seguintes exigencias: a Seguran¸a evitando que a falta em um circuito prive de alimenta¸˜o toda uma ´rea. provacando c ca a apenas o seccionamento do circuito defeitoso. Conserva¸˜o de enrgia possibilitando que cargas de ilumina¸˜o e/ou de climatiza¸˜o sejam ca ca ca acionadas na justa medida das necessidades. Funcionais viabilizando a cria¸˜o de diferentes ambientes, como os necess´rios em recintos de ca a lazer,etc Manuten¸˜o facilitando ou possibilitando a¸˜es de inspe¸˜o e de reparo ca co ca Devem ser previstos circuitos distintos para partes da instala¸˜o que requeiram controle especifico, ca de tal forma que estes circuitos n˜o sejam afectados pelas falhas de outros (por exemplo , circuitos a de supervis˜o predial). a Na divis˜o da instala¸˜o devem ser considerados tamb´m as necessidades futuras.As amplica¸oes a ca e c previsiveis devem se reflectir n˜o s´ na potˆncia de alimenta¸˜o, mas tambem na taxa de ocupa¸˜o a o e ca ca das conductas e ddos quadros de distribui¸˜o. ca 2 O tra¸ado dos circuitos deve ser feito com linhas horizontais e verticais e tamb´m se deve representar o n´mero c e u de conductores por circuito(em cada tro¸o) c Levy, Victorino I. 22
  • 36. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso 2.6.5 Regras para a divis˜o a Ilumina¸˜o: ca • 1 circuito, at´ cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 1500W ) e o e • 2 circuitos, para mais de cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 1500W ) o e Tomadas para usos gerais: • 1 circuito, at´ cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 2400W ) e o e • 2 circuitos, para mais de cinco divis˜es princinpais (potˆncia ≤ 2400W ) o e • Devem ser previstos circuitos independentes para as tomadas de uso geral da cozinha, copa e ´rea de servi¸o a c • Recomenda-se, ainda, que em cada circuito n˜o haja mais de oito (8) pontos de utiliza¸˜o a ca Tomadas para uso espec´ ıfico • Equipamentos que absorvem corrente igual ou superior a 10A devem ser alimentados por uma TUE • Deve ser previsto um circuito exclusivo para cada tomada de uso especifico 2.7 Potˆncias Unit´rias das Instala¸˜es de Utiliza¸˜o e a co ca A determina¸˜o da potˆncia previsional de uma instala¸˜o passa pela defini¸˜o de r´cios de ca e ca ca a potˆncia por unidade de ´rea (VA/m2 ) que s˜o fun¸˜o do tipo de utiliza¸˜o da instala¸˜o.”ver e a a ca ca ca tabela:8.1 no anexo”onde s˜o apresentados, as potˆncias m´ a e ınimas a considerar no dimensiona- mento das instala¸˜es de uso residencial ou profissional. co 2.7.1 Coeficientes de Utiliza¸˜o e Simultaneidade ca Os resultados globais na determina¸˜o da potˆncia de uma instala¸˜o, devem ser ponderados por ca e ca coeficientes de utiliza¸˜o Ku e por coeficientes de simultaneidade Ks: ca O coeficiente de utiliza¸˜o Ku, caracteriza o regime de funcionamento de um receptor, estab- ca elecendo a rela¸˜o entre a potˆncia que se presume utilizada e a potˆncia nominal instalada; ca e e Levy, Victorino I. 23
  • 37. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso O coeficiente de simultaneidade Ks, caracteriza o regime de funcionamento de uma instala¸˜o ca . Estes coeficientes de simultaneidade para instala¸˜es colectivas devem ser aplicados aos quadros co de coluna, `s colunas montantes e ainda aos tro¸os de coluna onde haja mudan¸a de sec¸˜o. a c c ca Receptores e utilizadores de energia el´ctrica ”ver tabela:8.2 no anexo” onde e apresentam-se coeficientes de simultaneidade a considerar no dimensionamento de colunas ıcios de uso residencial e profissional, conforme Art. 25o do RSICEE montantes de edif´ Colunas montantes ”ver tabela:8.3 no anexo” onde apresentam-se coeficientes de simultaneidade a considerar no di- mensionamento de colunas montantes de edif´ ıcios de uso residencial (habita¸˜o),conforme Art. ca 25o do RSICEE. A utiliza¸˜o, quer dos valores unit´rios previs´ ca a ıveis de potˆncia, quer dos coeficientes de simultane- e idade, dever´ ser considerada unicamente como orienta¸˜o, n˜o dispensando uma an´lise cr´ a ca a a ıtica a cada situa¸˜o particular. Note-se que, em qualquer caso, dever˜o garantir-se sempre os m´ ca a ınimos de potˆncia impostos pelos regulamentos. e Redes de distribui¸˜o p´ blica ca u No caso das redes de distribui¸˜o p´blica o coeficiente de simultaneidade a utilizar Ks ´ calculado ca u e com base na f´rmula: o 0,85 √ KS = 0, 5 + N Onde N representa o n´mero de instala¸o˜es u c o 2.7.2 Potˆncia Instalada e Contratada e A potˆncia instalada a considerar ser´ o somat´rio das potˆncias m´ e a o e ınimas para as instala¸˜es co de utiliza¸˜o dom´stica e as potˆncias realistas para os servi¸os comuns (ilumina¸˜o, elevadores, ca e e c ca bombagem de ´gua, etc.), multiplicadas por coeficientes de simultaneidade estabelecidos regula- a mentarmente. A potˆncia contratada corresponde ` potˆncia efectivamente disponibilizada pelo distribuidor e a e p´blico de energia el´ctrica u e No c´lculo das instala¸˜es colectivas e entradas, nos locais de habita¸˜o ou edif´ a co ca ıcios residenciais, n˜o devem ser consideradas potˆncias nominais inferiores `s indicadas na ” tabela:8.4 no anexo” a e a A potˆncia contratual depender´ em ultima an´lise do utilizador e, concretamente, do tipo de e a ´ a explora¸˜o que este entenda assumir na sua instala¸˜o. ca ca Levy, Victorino I. 24
  • 38. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso Em qualquer circunstˆncia ´ sempre poss´ rever o valor do contrato de fornecimento de energia a e ıvel desde que n˜o se ultrapasse o valor da potˆncia instalada. a e ´ no entanto o valor da potˆncia instalada que condiciona todo o dimensionamento da instala¸˜o. E e ca Levy, Victorino I. 25
  • 39. Cap´ ıtulo 3 Instala¸˜es colectivas e entradas co 3.1 Estrutura das instala¸˜es colectivas co 3.1.1 Princ´ ınpios gerais A escolha do tipo e modo de alimenta¸˜o de energia el´ctrica a um consumidor espec´ ca e ıfico depende de diversos factores, entre os quais s˜o de referir: o tipo, a fun¸˜o e a potˆncia das cargas a a ca e alimentar. No caso de edif´ ıcios com uma unica instala¸˜o de utiliza¸˜o (consumidores individuais isolados), ´ ca ca a estrutura da rede ´ relativamente simples, sendo constitu´ por: e ıda Ramal de entrada responsabilidade da entidade distribuidora de energia Portinhola (quadro onde finda o ramal de entrada) Entrada, constitu´ pela canaliza¸˜o el´ctrica, contadores de energia, aparelho de corte geral e ıda ca e quadro de entrada (QE). As instala¸˜es el´ctricas de utiliza¸˜o inseridas num mesmo edif´ co e ca ıcio, exploradas por entidades diferentes (constituindo frac¸˜es aut´nomas), que em regra ter˜o necessidade de potˆncias relati- co o a e vamente pequenas (tipicamente inferiores a 50 kVA) ser˜o alimentadas em baixa tens˜o atrav´s a a e da Instala¸˜o Colectiva do edif´ ca ıcio cuja estrutura ´ composta por: e • Ramal de entrada,responsabilidade da entidade distribuidora de energia; • Tro¸o comum Canaliza¸˜o el´ctrica da instala¸˜o colectiva que tem in´ na portinhola e c ca e ca ıcio que termina no quadro de colunas; 26
  • 40. Universidade Eduardo Mondlane Projecto de curso • Quadro de colunas QC, Quadro alimentado, em trif´sico, directamente por um ramal a ou por interm´dio de um tro¸o comum (da instala¸˜o colectiva) e destinado a distribuir a e c ca energia el´ctrica ao quadro de servi¸os comuns QSC, e `s colunas montantes do edif´ e c a ıcio; • Colunas montantes,constitu´ ıdas pelas canaliza¸˜es el´ctricas e caixas de coluna. As col- co e unas montantes s˜o obrigatoriamente trif´sicas, constitu´ a a ıdas por cabos ou condutores cuja sec¸˜o n˜o poder´ ser inferior a 10 mm2 ; ca a a • Entradas constitu´ ıdas pelas canaliza¸˜es de entrada em cada frac¸˜o, contadores de energia co ca el´ctrica, aparelhos de corte de entrada (ACE) e respectivos quadros de entrada (QE). e A Instala¸˜o Colectiva, pode ser classificada, em fun¸˜o da localiza¸˜o dos contadores, como ca ca ca sendo: • Descentralizada, caso em que os contadores se situam junto ` entrada das instala¸˜es a co • Centralizada, caso em que os contadores se situam num unico local, perto do quadro de ´ colunas, portanto afastados das entradas das instala¸˜es co ”ver figuras 8.2 e 8.3 no anexo’ Aparelho de corte da entrada (ACE) Dispositivo de corte e de protec¸˜o intercalado numa entrada (fra˜es aut´nomas e ou servi¸os ca o ¸ o c comuns) a jusante do equipamento de contagem e destinado a limitar a potˆncia contratada para e a instala¸˜o el´ctrica (de utiliza¸˜o)(arto 13RSIU EE), ja que ´ instalado no interior do recinto ca e ca e servida pela mesma(arto 38 RSICEE) Nota 1: O aparelho de corte da entrada(ACE) ´ um disjuntor que garante, em regra, a protec¸˜o e ca geral contra as sobreintensidades (sobrecargas e curtos-circuitos) da instala¸˜o el´ctrica (de ca e utiliza¸˜o), sendo designado por “disjuntor de entrada“ ca Nota 2: se pelo contr´rio, o ACE for um interruptor, ser´ conveniente dotar a instala¸˜o de a a ca uma prote¸˜o geral, pr´pia, contra sobreintensidades, a ser colocado ` cabe¸a, no quadro de ca o a c entrada Nota 3: Este aparelho ´ propriedade do distribuidor de energia el´ctrica e ´ instalado ou n˜o em e e e a fun¸˜o das condi¸˜es contratuais; em regra, para potˆncias contratadas at´ 41,4 kVA (60 A, ca co e e em 400 V), o distribuidor instala um disjuntor de entrada Levy, Victorino I. 27