SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Instituto de Ciências Humanas
Pedagogia- 7º Período
Disciplina Literatura na Educação Infantil
Que leitores queremos formar com a literatura
infanto-juvenil?
Anne-Marie Chartier
• Hoje a literatura infanto-juvenil é abundante, disponível e esta
em perpetua renovação.
Esse é quadro que se desenha quando observa as coisas um
pouco de longe. Assim que nos aproximamos, assim que
tentamos olhar mais concretamente o que se faz nesse setor,
assim que ouvimos ou que lemos os discursos que são feitos a
respeito da literatura infanto-juvenil, tomamos consciência de
que a situação é infinitamente menos simples e que até esconde
tensões contraditórias. (CHARTIER, p. 128)
A autora Anne-Marie Chartier começa o texto fazendo
referencia a um livro Enseigner La Litterature- de Jeunesse,
de Anne-Mercier Faivre (1999), um livro que se interroga
sobre as relações entre a literatura infanto-juvenil e a literatura.
Mas o que podemos entender como literatura infanto-
juvenil?
A literatura infanto-juvenil é um ramo da literatura, dedicada
especialmente às crianças e jovens adolescentes. Nisto se
incluem histórias fictícias infantis e juvenis, biografias,
novelas, poemas, obras folclóricas e/ou culturais, ou
simplesmente obras contendo/explicando fatos da vida real...
Definição da web
E da literatura ?
Literatura é a arte de compor escritos artísticos, em prosa
ou em verso, de acordo com princípios teóricos e práticos,
o exercício dessa arte ou da eloquência e poesia. A palavra
Literatura vem do latim "litteris" que significa "Letras", e
possivelmente uma tradução do grego "grammatikee". ...
Definição da web
As leituras infantis não tem como objetivo apenas distrair
ou habituar as crianças a utilizarem esses textos, mas que é
através dessas leituras que se forma a personalidade, a
inteligência, o caráter, e não apenas o consumidor de
impressos, os frequentadores das bancas de jornais e os
fregueses das livrarias.
O que se afirma nesse texto é o que se dizia nos discursos
do período entre as duas guerras e até o final dos anos 1950.
Pois, a partir dos anos 1960, esse discurso foi violentamente
criticado, porque era visto como normativo e etilista.
Entretanto, o que ele anuncia parece muito bem
fundamentado. Pois, se formar o gosto de alguém pela
leitura, sabemos que não se pode prometer a essa
pessoa o prazer imediato ou durante todo o tempo.
Na França, quando se trata de formar o gosto das
novas gerações em matéria de culinária, podemos
pensar que vale a pena lutar contra o estilo Mac
Donald’s, que dá, entretanto, tanto prazer imediato às
crianças
Porém, ao se apresentar novos pratos se corre o risco de não
fazer “provar” imediatamente, exemplo do Quenelles (prato
típico da região de Lyon feito com massa recheada com
peixes, aves e caça), cujo aroma é sutil demais para os palatos
habituados aos gostos sem surpresa do Mac Donald’s e da
Coca – Cola.
O discurso do prazer imediato estaria talvez sendo sucedido
por um período em que seria novamente possível, sem parecer
reacionário, se ter um discurso sobre a necessidade de aceitar
essa lentidão e essa dificuldade.
Essa posição foi defendida numa época em que a escola era
muito etilista, quando apenas uma minoria de criança ia até o
ensino secundário, em que uma parte da população da França
não lia nenhuma literatura.
Nos anos de 1950, mais de um frânces em dois anos não lia
nenhum livro. Por isso, o discurso sobre a qualidade literária
das leituras foi rapidamente compreendido pelos bibliotecários
como um discurso desastroso para o próprio futuro da leitura.
Para eles, era urgente adotar então um estratégia
completamente diferente.
Esses problemas se relacionam tanto ao discurso sobre a
literatura infanto-juvenil quanto ás práticas de leitura que eles
suscitam – ou revelam.
A primeira questão-problema é concernente ao estatuto da
literatura infanto-juvenil em relação à literatura; a segunda
está relacionada à definição dos destinatários, essa infância e
juventude é concebida como um alvo particular; e a terceira é
concernente à ligação que se pode fazer entre leitura e sucesso
escolar.
• (...) a literatura infanto-juvenil é uma propedeutica a
literatura, é uma subliteratura que se daria aos
jovens para ajudá-los a entrar progressivamente na
“grande literatura”?
• Como determinar o que entra ou na categoria
literatura “infanto-juvenil”?
A última questão que atravessa todos esses debates, vem
de um fenômeno evidenciado recentemente, assiste-se hoje a
uma dissociação bem marcada pelo fato de gostar de ler e o
fato de ser reconhecido como bom aluno no âmbito escolar .
Muitos professores e bibliotecários, por muitos anos, ligaram
o gosto pela leitura ao sucesso escolar.
Na representação dos professores, dos pais e dos próprios
alunos, todos os bons alunos eram, forçosamente, grandes
leitores, e todos os grandes leitores eram forçosamente, bons
alunos.
Pesquisas de François de Singly mostram que essas duas
pontas estão se desconectando. .. Encontramos adolescentes
(principalmente meninas) em evidente processo de fracasso
escolar e que são grandes leitoras. Seu gosto pela leitura
(principalmente romances), no entanto, não tem efeito
positivo sobre seu sucesso escolar .
Encontramos adolescentes (principalmente meninas) em
evidente processo de fracasso escolar e que são grandes
leitoras. Seu gosto pela leitura (principalmente romances),
no entanto, não tem efeito positivo sobre seu sucesso
escolar.
Numa uma pesquisa feita em 1992 –
Constatou-se que um aluno muito bom entre quatro dizia
que não gostava de ler. Os professores nem acreditaram
que isso poderia acontecer. Seria da mesma forma que
uma pessoa dirigir muito bem sem gostar.
Alunos muito bons não reconhecerem mais o amor pela
leitura como uma característica necessária da excelência
escolar é um fato perturbador.
A leitura não é mais tão atraente hoje como era há vinte anos,
mesmo que, em números absolutos, hoje haja mais livros lidos
pelos jovens do que ontem.
Gostar de ler não é mais considerado um privilegio. Pelo fato
de ter entrado numa era de consumo de massa, a leitura, assim
como a carteira de motorista, não é mais um sinal exterior de
riqueza.
.
Durante muito tempo, constatou-se que quanto
mais um leitor era escolarizado, mais ele tinha
chances de se tornar um grande leitor.
É por isso que podemos, novamente sustenta o
discurso de que no lugar de se perguntar se uma
criança lê pouco, muito, apaixonadamente, ou nada,
podemos procurar conhecer a qualidade do que ela
lê.
• O discurso escolar que afirma a necessidade de formar
os alunos ao gosto pela leitura(e não ao prazer de ler)
foi motivado por uma grande desconfiança em relação
as leituras livres. Para a escola as leituras da infância
e da juventude devem sempre ser acompanhadas e ,
logo vigiadas. A leitura só pode se aprender de forma
útil com bons livros , grandes textos, logo com livros
difíceis , que não são facilitados, que não são “um
encadeamento de frases frouxas, um puro objeto de
distração inútil, uma leitura insípida, sem vícios e,
portanto sem virtudes”. (CHARTIER, p. 139)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Tessituras literatura infantil
Tessituras   literatura infantilTessituras   literatura infantil
Tessituras literatura infantilAna Paula Cecato
 
Literatura infantil brasileira
Literatura infantil brasileiraLiteratura infantil brasileira
Literatura infantil brasileiraSilvana Aranda
 
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertas
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertasLivro - literatura infantil construção, recepção e descobertas
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertasEdilson A. Souza
 
Apresentação literatura infanto juvenil turma
Apresentação literatura infanto juvenil turma Apresentação literatura infanto juvenil turma
Apresentação literatura infanto juvenil turma Norma Almeida
 
Literatura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativaLiteratura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativaAna Paula Cecato
 
A literatura infantil e a crítica
A literatura infantil e a críticaA literatura infantil e a crítica
A literatura infantil e a críticamarimidlej
 
A literatura infantil na escola
A literatura infantil na escolaA literatura infantil na escola
A literatura infantil na escolaUESPI - PI
 
Atps -literatura_infantil
Atps  -literatura_infantilAtps  -literatura_infantil
Atps -literatura_infantilmkbariotto
 
A natureza da literatura infantil
A natureza da literatura infantilA natureza da literatura infantil
A natureza da literatura infantilRosemary Batista
 
A escolarização da literatura infantil e juvenil completo
A escolarização da literatura infantil e juvenil completoA escolarização da literatura infantil e juvenil completo
A escolarização da literatura infantil e juvenil completoGeruza Duarte
 
A importância da literatura na educação infantil
A importância da literatura na educação infantilA importância da literatura na educação infantil
A importância da literatura na educação infantilKeilita Igor Fabrine
 
Literatura infantil-juvenil
Literatura infantil-juvenilLiteratura infantil-juvenil
Literatura infantil-juvenilSusanne Messias
 
Aula De Literatura Infantil
Aula De Literatura InfantilAula De Literatura Infantil
Aula De Literatura Infantilroessencia
 

Mais procurados (20)

Tessituras literatura infantil
Tessituras   literatura infantilTessituras   literatura infantil
Tessituras literatura infantil
 
Literatura infantil brasileira
Literatura infantil brasileiraLiteratura infantil brasileira
Literatura infantil brasileira
 
Literatura infantil
Literatura infantilLiteratura infantil
Literatura infantil
 
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertas
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertasLivro - literatura infantil construção, recepção e descobertas
Livro - literatura infantil construção, recepção e descobertas
 
Apresentação literatura infanto juvenil turma
Apresentação literatura infanto juvenil turma Apresentação literatura infanto juvenil turma
Apresentação literatura infanto juvenil turma
 
Literatura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativaLiteratura infantil.narrativa
Literatura infantil.narrativa
 
A literatura infantil e a crítica
A literatura infantil e a críticaA literatura infantil e a crítica
A literatura infantil e a crítica
 
A literatura infantil na escola
A literatura infantil na escolaA literatura infantil na escola
A literatura infantil na escola
 
Atps -literatura_infantil
Atps  -literatura_infantilAtps  -literatura_infantil
Atps -literatura_infantil
 
Revisão do conteúdo
Revisão do conteúdoRevisão do conteúdo
Revisão do conteúdo
 
LITERATURA
LITERATURALITERATURA
LITERATURA
 
Literatura infantil
Literatura infantilLiteratura infantil
Literatura infantil
 
A natureza da literatura infantil
A natureza da literatura infantilA natureza da literatura infantil
A natureza da literatura infantil
 
A escolarização da literatura infantil e juvenil completo
A escolarização da literatura infantil e juvenil completoA escolarização da literatura infantil e juvenil completo
A escolarização da literatura infantil e juvenil completo
 
A importância da literatura na educação infantil
A importância da literatura na educação infantilA importância da literatura na educação infantil
A importância da literatura na educação infantil
 
Literatura infantil Adriano
Literatura infantil AdrianoLiteratura infantil Adriano
Literatura infantil Adriano
 
Literatura infantil
Literatura infantilLiteratura infantil
Literatura infantil
 
Tessituras 2011
Tessituras 2011Tessituras 2011
Tessituras 2011
 
Literatura infantil-juvenil
Literatura infantil-juvenilLiteratura infantil-juvenil
Literatura infantil-juvenil
 
Aula De Literatura Infantil
Aula De Literatura InfantilAula De Literatura Infantil
Aula De Literatura Infantil
 

Destaque

Literatura infanto juvenil ppt
Literatura infanto   juvenil pptLiteratura infanto   juvenil ppt
Literatura infanto juvenil pptLetrinhaspequenas
 
Literatura infanto juvenil
Literatura infanto juvenilLiteratura infanto juvenil
Literatura infanto juvenilbielsvl14
 
Literatura Infantil Slides
Literatura Infantil   SlidesLiteratura Infantil   Slides
Literatura Infantil Slidesestercotrim
 
Literatura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLA
Literatura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLALiteratura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLA
Literatura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLAMagno Oliveira
 
Apresentação do slide do projeto literatura infantil
Apresentação do slide do projeto literatura infantilApresentação do slide do projeto literatura infantil
Apresentação do slide do projeto literatura infantilRosimeire Rodrigues
 
Literatura infanto-juvenil
Literatura infanto-juvenil Literatura infanto-juvenil
Literatura infanto-juvenil merysilva
 
O gato das botas .
O gato das botas .O gato das botas .
O gato das botas .pedrojslopes
 
Oficinas de Literatura
Oficinas de LiteraturaOficinas de Literatura
Oficinas de LiteraturaRebeca Santos
 
Oficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia InfantisOficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia Infantisestercotrim
 
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramentoLiteratura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramentoAna Lúcia Hennemann
 
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil   auxilio no processo de alfabetização e letramentoLiteratura infantil   auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramentoAna Lúcia Hennemann
 
Inserçao da criança na creche
Inserçao da criança na crecheInserçao da criança na creche
Inserçao da criança na crecheFatinha Bretas
 
Wallon - aula de psicologia
Wallon  -  aula de  psicologiaWallon  -  aula de  psicologia
Wallon - aula de psicologiaFatinha Bretas
 
Histórias infantis e contos power point
Histórias infantis e contos power pointHistórias infantis e contos power point
Histórias infantis e contos power pointdione mompean fernandes
 

Destaque (20)

Literatura infanto juvenil ppt
Literatura infanto   juvenil pptLiteratura infanto   juvenil ppt
Literatura infanto juvenil ppt
 
Literatura infanto juvenil
Literatura infanto juvenilLiteratura infanto juvenil
Literatura infanto juvenil
 
Literatura Infantil Slides
Literatura Infantil   SlidesLiteratura Infantil   Slides
Literatura Infantil Slides
 
Literatura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLA
Literatura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLALiteratura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLA
Literatura Infanto Juvenil - LITERATUA INFANTIL NA ESCOLA
 
Apresentação do slide do projeto literatura infantil
Apresentação do slide do projeto literatura infantilApresentação do slide do projeto literatura infantil
Apresentação do slide do projeto literatura infantil
 
Literatura infanto-juvenil
Literatura infanto-juvenil Literatura infanto-juvenil
Literatura infanto-juvenil
 
Sérgio Capparelli
Sérgio CapparelliSérgio Capparelli
Sérgio Capparelli
 
O gato das botas .
O gato das botas .O gato das botas .
O gato das botas .
 
Oficinas de Literatura
Oficinas de LiteraturaOficinas de Literatura
Oficinas de Literatura
 
Oficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia InfantisOficina de Poesia Infantis
Oficina de Poesia Infantis
 
Gato das botas
Gato das botasGato das botas
Gato das botas
 
Contos na educação infantil
Contos na educação infantilContos na educação infantil
Contos na educação infantil
 
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramentoLiteratura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
 
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil   auxilio no processo de alfabetização e letramentoLiteratura infantil   auxilio no processo de alfabetização e letramento
Literatura infantil auxilio no processo de alfabetização e letramento
 
O que é Literatura?
O que é Literatura?O que é Literatura?
O que é Literatura?
 
Inserçao da criança na creche
Inserçao da criança na crecheInserçao da criança na creche
Inserçao da criança na creche
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Wallon - aula de psicologia
Wallon  -  aula de  psicologiaWallon  -  aula de  psicologia
Wallon - aula de psicologia
 
Livros infantis
Livros infantisLivros infantis
Livros infantis
 
Histórias infantis e contos power point
Histórias infantis e contos power pointHistórias infantis e contos power point
Histórias infantis e contos power point
 

Semelhante a Que leitores queremos formar

leitura-e-literatura-na-infancia.ppt
leitura-e-literatura-na-infancia.pptleitura-e-literatura-na-infancia.ppt
leitura-e-literatura-na-infancia.pptSoniaMaia18
 
Porque (não) ler best sellers na escola
Porque (não) ler best sellers na escolaPorque (não) ler best sellers na escola
Porque (não) ler best sellers na escolaCassia Motta
 
Amor pela leitura e o sucesso escolar
Amor pela leitura e o sucesso escolarAmor pela leitura e o sucesso escolar
Amor pela leitura e o sucesso escolarLetícia Cristina
 
Cultura de massa na escola uma proposta de letramento literário
Cultura de massa na escola uma proposta de letramento literárioCultura de massa na escola uma proposta de letramento literário
Cultura de massa na escola uma proposta de letramento literárioJanny Gomes Quixaba Silva
 
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltasCongresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltasCarlos Pinheiro
 
Manuela Barreto Nunes
Manuela Barreto NunesManuela Barreto Nunes
Manuela Barreto Nunesrbmocmo
 
Max Butlen
Max ButlenMax Butlen
Max Butlenrbmocmo
 
Revcrian 41
Revcrian 41Revcrian 41
Revcrian 41FSBA
 
A LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptx
A LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptxA LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptx
A LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptxKARINEVONEYVIEIRABAR
 
Texto Marlene Carvalho
Texto Marlene CarvalhoTexto Marlene Carvalho
Texto Marlene CarvalhoLuciana
 
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?António Pires
 
"A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T...
"A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T..."A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T...
"A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T...Jurjo Torres Santomé
 
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...Centro de Estudos Imedep
 
Revista jornalisando literatura infanto-juvenil 2
Revista jornalisando   literatura infanto-juvenil 2Revista jornalisando   literatura infanto-juvenil 2
Revista jornalisando literatura infanto-juvenil 2Thais Megale Silva
 
Iencontrobraganca
IencontrobragancaIencontrobraganca
Iencontrobragancaangelinaper
 
Iencontrobraganca
IencontrobragancaIencontrobraganca
Iencontrobragancaangelinaper
 
Iencontrobraganca
IencontrobragancaIencontrobraganca
Iencontrobragancaangelinaper
 

Semelhante a Que leitores queremos formar (20)

leitura-e-literatura-na-infancia.ppt
leitura-e-literatura-na-infancia.pptleitura-e-literatura-na-infancia.ppt
leitura-e-literatura-na-infancia.ppt
 
Porque (não) ler best sellers na escola
Porque (não) ler best sellers na escolaPorque (não) ler best sellers na escola
Porque (não) ler best sellers na escola
 
Amor pela leitura e o sucesso escolar
Amor pela leitura e o sucesso escolarAmor pela leitura e o sucesso escolar
Amor pela leitura e o sucesso escolar
 
Cultura de massa na escola uma proposta de letramento literário
Cultura de massa na escola uma proposta de letramento literárioCultura de massa na escola uma proposta de letramento literário
Cultura de massa na escola uma proposta de letramento literário
 
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltasCongresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
Congresso Internacional de Promoção da Leitura - Notas soltas
 
Atps lite (2)
Atps lite (2)Atps lite (2)
Atps lite (2)
 
Literatura infantil uma
Literatura infantil umaLiteratura infantil uma
Literatura infantil uma
 
Manuela Barreto Nunes
Manuela Barreto NunesManuela Barreto Nunes
Manuela Barreto Nunes
 
elefante
elefanteelefante
elefante
 
Max Butlen
Max ButlenMax Butlen
Max Butlen
 
Revcrian 41
Revcrian 41Revcrian 41
Revcrian 41
 
A LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptx
A LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptxA LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptx
A LITERATURA DE MONTEIRO LOBATO E SUAS CONTRIBUIÇÕES - apresentação .pptx
 
Texto Marlene Carvalho
Texto Marlene CarvalhoTexto Marlene Carvalho
Texto Marlene Carvalho
 
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
Escrever para crianças e jovens: o quê e porquê?
 
"A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T...
"A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T..."A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T...
"A rigidez do modelo educativo é uma rigidez militar". Entrevista com Jurjo T...
 
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Um recurso alfabetizador para a Educação de Jovens e A...
 
Revista jornalisando literatura infanto-juvenil 2
Revista jornalisando   literatura infanto-juvenil 2Revista jornalisando   literatura infanto-juvenil 2
Revista jornalisando literatura infanto-juvenil 2
 
Iencontrobraganca
IencontrobragancaIencontrobraganca
Iencontrobraganca
 
Iencontrobraganca
IencontrobragancaIencontrobraganca
Iencontrobraganca
 
Iencontrobraganca
IencontrobragancaIencontrobraganca
Iencontrobraganca
 

Mais de Letícia Cristina

Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)
Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)
Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)Letícia Cristina
 
Objetivos para ensinar número
Objetivos para ensinar númeroObjetivos para ensinar número
Objetivos para ensinar númeroLetícia Cristina
 
Educação Infantil... Trajetória e qualidade
Educação Infantil... Trajetória e qualidadeEducação Infantil... Trajetória e qualidade
Educação Infantil... Trajetória e qualidadeLetícia Cristina
 
Os trabalhadores também tem família!
Os trabalhadores também tem família!Os trabalhadores também tem família!
Os trabalhadores também tem família!Letícia Cristina
 

Mais de Letícia Cristina (8)

Linguagem Digital
Linguagem DigitalLinguagem Digital
Linguagem Digital
 
Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)
Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)
Avaliação de Games ( JOGO DAS CORES)
 
Objetivos para ensinar número
Objetivos para ensinar númeroObjetivos para ensinar número
Objetivos para ensinar número
 
Educação Infantil... Trajetória e qualidade
Educação Infantil... Trajetória e qualidadeEducação Infantil... Trajetória e qualidade
Educação Infantil... Trajetória e qualidade
 
Estágio Curricular
Estágio CurricularEstágio Curricular
Estágio Curricular
 
Apresentação brincadeiras
Apresentação brincadeirasApresentação brincadeiras
Apresentação brincadeiras
 
Os trabalhadores também tem família!
Os trabalhadores também tem família!Os trabalhadores também tem família!
Os trabalhadores também tem família!
 
Tecnófilos
TecnófilosTecnófilos
Tecnófilos
 

Último

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 

Último (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
(76- ESTUDO MATEUS) A ACLAMAÇÃO DO REI..
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 

Que leitores queremos formar

  • 1. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Humanas Pedagogia- 7º Período Disciplina Literatura na Educação Infantil Que leitores queremos formar com a literatura infanto-juvenil? Anne-Marie Chartier
  • 2. • Hoje a literatura infanto-juvenil é abundante, disponível e esta em perpetua renovação. Esse é quadro que se desenha quando observa as coisas um pouco de longe. Assim que nos aproximamos, assim que tentamos olhar mais concretamente o que se faz nesse setor, assim que ouvimos ou que lemos os discursos que são feitos a respeito da literatura infanto-juvenil, tomamos consciência de que a situação é infinitamente menos simples e que até esconde tensões contraditórias. (CHARTIER, p. 128)
  • 3. A autora Anne-Marie Chartier começa o texto fazendo referencia a um livro Enseigner La Litterature- de Jeunesse, de Anne-Mercier Faivre (1999), um livro que se interroga sobre as relações entre a literatura infanto-juvenil e a literatura. Mas o que podemos entender como literatura infanto- juvenil? A literatura infanto-juvenil é um ramo da literatura, dedicada especialmente às crianças e jovens adolescentes. Nisto se incluem histórias fictícias infantis e juvenis, biografias, novelas, poemas, obras folclóricas e/ou culturais, ou simplesmente obras contendo/explicando fatos da vida real... Definição da web
  • 4. E da literatura ? Literatura é a arte de compor escritos artísticos, em prosa ou em verso, de acordo com princípios teóricos e práticos, o exercício dessa arte ou da eloquência e poesia. A palavra Literatura vem do latim "litteris" que significa "Letras", e possivelmente uma tradução do grego "grammatikee". ... Definição da web
  • 5. As leituras infantis não tem como objetivo apenas distrair ou habituar as crianças a utilizarem esses textos, mas que é através dessas leituras que se forma a personalidade, a inteligência, o caráter, e não apenas o consumidor de impressos, os frequentadores das bancas de jornais e os fregueses das livrarias. O que se afirma nesse texto é o que se dizia nos discursos do período entre as duas guerras e até o final dos anos 1950. Pois, a partir dos anos 1960, esse discurso foi violentamente criticado, porque era visto como normativo e etilista.
  • 6. Entretanto, o que ele anuncia parece muito bem fundamentado. Pois, se formar o gosto de alguém pela leitura, sabemos que não se pode prometer a essa pessoa o prazer imediato ou durante todo o tempo. Na França, quando se trata de formar o gosto das novas gerações em matéria de culinária, podemos pensar que vale a pena lutar contra o estilo Mac Donald’s, que dá, entretanto, tanto prazer imediato às crianças
  • 7. Porém, ao se apresentar novos pratos se corre o risco de não fazer “provar” imediatamente, exemplo do Quenelles (prato típico da região de Lyon feito com massa recheada com peixes, aves e caça), cujo aroma é sutil demais para os palatos habituados aos gostos sem surpresa do Mac Donald’s e da Coca – Cola. O discurso do prazer imediato estaria talvez sendo sucedido por um período em que seria novamente possível, sem parecer reacionário, se ter um discurso sobre a necessidade de aceitar essa lentidão e essa dificuldade.
  • 8. Essa posição foi defendida numa época em que a escola era muito etilista, quando apenas uma minoria de criança ia até o ensino secundário, em que uma parte da população da França não lia nenhuma literatura. Nos anos de 1950, mais de um frânces em dois anos não lia nenhum livro. Por isso, o discurso sobre a qualidade literária das leituras foi rapidamente compreendido pelos bibliotecários como um discurso desastroso para o próprio futuro da leitura. Para eles, era urgente adotar então um estratégia completamente diferente.
  • 9. Esses problemas se relacionam tanto ao discurso sobre a literatura infanto-juvenil quanto ás práticas de leitura que eles suscitam – ou revelam. A primeira questão-problema é concernente ao estatuto da literatura infanto-juvenil em relação à literatura; a segunda está relacionada à definição dos destinatários, essa infância e juventude é concebida como um alvo particular; e a terceira é concernente à ligação que se pode fazer entre leitura e sucesso escolar.
  • 10. • (...) a literatura infanto-juvenil é uma propedeutica a literatura, é uma subliteratura que se daria aos jovens para ajudá-los a entrar progressivamente na “grande literatura”?
  • 11. • Como determinar o que entra ou na categoria literatura “infanto-juvenil”?
  • 12. A última questão que atravessa todos esses debates, vem de um fenômeno evidenciado recentemente, assiste-se hoje a uma dissociação bem marcada pelo fato de gostar de ler e o fato de ser reconhecido como bom aluno no âmbito escolar . Muitos professores e bibliotecários, por muitos anos, ligaram o gosto pela leitura ao sucesso escolar.
  • 13. Na representação dos professores, dos pais e dos próprios alunos, todos os bons alunos eram, forçosamente, grandes leitores, e todos os grandes leitores eram forçosamente, bons alunos. Pesquisas de François de Singly mostram que essas duas pontas estão se desconectando. .. Encontramos adolescentes (principalmente meninas) em evidente processo de fracasso escolar e que são grandes leitoras. Seu gosto pela leitura (principalmente romances), no entanto, não tem efeito positivo sobre seu sucesso escolar .
  • 14. Encontramos adolescentes (principalmente meninas) em evidente processo de fracasso escolar e que são grandes leitoras. Seu gosto pela leitura (principalmente romances), no entanto, não tem efeito positivo sobre seu sucesso escolar. Numa uma pesquisa feita em 1992 – Constatou-se que um aluno muito bom entre quatro dizia que não gostava de ler. Os professores nem acreditaram que isso poderia acontecer. Seria da mesma forma que uma pessoa dirigir muito bem sem gostar. Alunos muito bons não reconhecerem mais o amor pela leitura como uma característica necessária da excelência escolar é um fato perturbador.
  • 15. A leitura não é mais tão atraente hoje como era há vinte anos, mesmo que, em números absolutos, hoje haja mais livros lidos pelos jovens do que ontem. Gostar de ler não é mais considerado um privilegio. Pelo fato de ter entrado numa era de consumo de massa, a leitura, assim como a carteira de motorista, não é mais um sinal exterior de riqueza.
  • 16. . Durante muito tempo, constatou-se que quanto mais um leitor era escolarizado, mais ele tinha chances de se tornar um grande leitor. É por isso que podemos, novamente sustenta o discurso de que no lugar de se perguntar se uma criança lê pouco, muito, apaixonadamente, ou nada, podemos procurar conhecer a qualidade do que ela lê.
  • 17. • O discurso escolar que afirma a necessidade de formar os alunos ao gosto pela leitura(e não ao prazer de ler) foi motivado por uma grande desconfiança em relação as leituras livres. Para a escola as leituras da infância e da juventude devem sempre ser acompanhadas e , logo vigiadas. A leitura só pode se aprender de forma útil com bons livros , grandes textos, logo com livros difíceis , que não são facilitados, que não são “um encadeamento de frases frouxas, um puro objeto de distração inútil, uma leitura insípida, sem vícios e, portanto sem virtudes”. (CHARTIER, p. 139)