O documento descreve a história do bloco carnavalesco Unidos do Alto da Boa Vista, celebrando a cultura do samba carioca e seus principais contribuidores ao longo do tempo. O texto homenageia figuras como Tia Ciata e o fundador do bloco Aroldo Transa, e destaca a importância do samba na formação cultural do Rio de Janeiro.
Colorido da Saudade: a história do samba carioca pela Unidos do Alto da Boa Vista
1. GREMIO RECREATIVO BLOCO CARNAVALESCO UNIDOS
DO ALTO DA BOA VISTA
Estrada das Furnas, 1275- Mata Machado- Alto da boa Vista.
CNPJ: 04.847.361/0001-29
Colorido
da
Saudade
2. GREMIO RECREATIVO BLOCO CARNAVALESCO UNIDOS DO ALTO DA BOA VISTA
Estrada das Furnas, 1275- Mata Machado- Alto da boa Vista.
CNPJ: 04.847.361/0001-29
SINOPSE
Colorido da Saudade. Saudade boa, saudade que faz o olho encher de alegria e
contenta a alma com sua alegoria de lembranças, vem trazendo uma melodia
empolgante que atravessa a história Carioca em versos curtos. Apesar de breves,
são completos de história, dando um banho de informação e de cultura. Alegra-se
aos ouvintes jovens pela batida da bateria e pelo vigor na voz do intérprete,
traz aos mais antigos a saudade dos tempos passados e da alegria nas ruas da
Capital Carioca, lembranças de consagrados blocos como o cordão da bola preta,
banda de Ipanema que são repletos de magia e samba.
Uma miscelânea sem paetê, com menos nudez pintada, mas cheia de cores. as
cores da lembrança e da saudade.
O retorno à Praça Onze Carioca é uma sacada maravilhosa, que remonta a uma
imensa área do Rio de Janeiro que não mais se recorda como tal. Estamos falando
do período em que a Praça Onze de Junho ocupava o espaço de São Cristóvão indo
até o que se conhece como Saara.
Até mesmo a Praça traz lembrança, pois seu nome foi dado em razão da vitória do
exército do Brasil sobre o Grande Paraguai, celebrando na terra da Capital a
grande conquista. De D. João VI a Tia Ciata, do pântano que era o terreno da
Praça Onze ao concreto, aos imigrantes judeus, italianos, espanhóis e africanos,
da libertação dos escravos à Favela, primeira favela do Rio de onde saíram
muitos intérpretes e compositores da música popular e do samba. Tia Ciata,
abrindo espaço de sua casa, servindo a mesa dos sambistas, permitindo a
construção do samba de hoje em dia.
Da Favela e do comércio dos Judeus no Saara, tudo se criou com trabalho
conjunto, com suor no rosto e muita dedicação à construção de uma Capital. Assim
também se esforçou o samba, em ganhar notoriedade e modernidade, a ganhar apito
com valor rítmico e surdo a acompanhar a bateria. A Praça se desposou da lama e
virou passarela, abrindo, como Tia Ciata, espaço à mesa para o primeiro desfile
de samba, que desde então se passa a cada ano.
Os sambas foram criados a perseguição e censura também, mas nenhum sambista de
respeito se privaria de cantar seus sonetos balançados. De música de malandro a
patrimônio cultural, o samba é a graciosa junção de história moderna e antiga,
de fato falado e história anotada, no papel e na garganta é a marca registrada
de uma miscelânea cultural e étnica que faz desse povo um povo com benção
adquirida. Da marginalização do samba surgiu a cadeira apoteótica da Marquês da
Sapucaí, da musicalidade escondida ao terreno consagrado do samba.
Além das lembranças de onde se instalavam os recém-chegados de povos distantes,
conduz o ouvinte para a evolução do carnaval, partindo do samba de rua para a
Avenida da Sapucaí, onde se encheu de orgulho e pompa o samba brasileiro, com
suas cores, sons e suor, juntos numa demonstração de alegria e fé.
Muito trabalho, muita luta. Foi assim que o Rio de Janeiro surgiu. A dor, o
sangue e o suor só eram suavizados pela alegria no culto da tradição e da fé,
que deu início ao samba da sandália rasteira e dos passos miudinhos bem ligeiros
do samba do bamba, do paiol da senzala para a Avenida. Dor e alegria, festa e
fé, trabalho e carnaval. A Unidos do alto da boa vista lembra essa realidade e
essa história sem dar tom de tristeza, mas de orgulho e de coragem para seguir a
diante.
3. GREMIO RECREATIVO BLOCO CARNAVALESCO UNIDOS DO ALTO DA BOA VISTA
Estrada das Furnas, 1275- Mata Machado- Alto da boa Vista.
CNPJ: 04.847.361/0001-29
Vem o Rei Momo, com a tradicional entrega da chave da cidade, e os guias, para
dar festa ao povo e trazer felicidade. Com a entrega, não mais se fala em deixar
espaço para carros que não sejam alegóricos, nem deixar ruas cheias que não seja
de gente. Gente feliz e cantante, que quer fazer barulho e que quer fazer amor.
Dá até saudade dos amores de carnaval, que vem e se vão amor de 7 dias, amor
igual à chuva de verão, corações de arlequins e paixões de muitas colombinas.
Mostra a melhor face da festa coletiva, o carinho generalizado com muito brilho
e paetê. Em tempos de carnaval não se quer luta ou conflito, se quer é paz e
alegria. A cantoria de rua, agora retomando sua força e dando mais inspiração ao
compositor, é a porta-voz do clima de contentamento que o samba faz existir. Ele
é referência de fé, de costume, de alegria, de presente e passado. É maneira
brasileira em cultura e tradição.
Tia Ciata, mulher de Bahia, é baiana de nascença, e Carioca por opção, fez do
Rio de Janeiro sua morada final, onde se imortalizou na cultura do samba-
carnaval. Chegando ao Rio foi trabalhar como cozinheira, mas sem abandonar seu
trabalho de fé. Em sua casa recebia muitos sambistas, sendo, inclusive, criado o
primeiro samba a ser gravado, “Pelo Telefone”. Uma das mais significantes
pessoas envolvidas com o samba e uma mulher de coragem.
Também buscou a tradição e a raiz do samba, que remonta à história carioca e
tudo que circunda o samba atual.
E nessa chamada pelos grandes nomes no transcorrer do samba e dos nomes imortais
e para sempre imortalizados, fez-se chamar os guias de vida e de fé e a sua
importância para a escola e para o povo.
Aroldo Transa, saudoso fundador de nossa agremiação em sua visão, tratou de
dar reconhecimento e visibilidade a uma coletividade de força e de garra, os
moradores do Alto da Boa Vista. Escondidos pelo relevo, protegidos pela fauna e
pela flora, ungidos pela proximidade com o céu, fez Aroldo em dar voz a esse
coro. Povo este, cheio de garra e perseverança.
Aroldo nos deixou um legado que até hoje ecoa em nossos corações, o amor pelo
samba, dedicação e o prazer em ter esse bloco querido que no passado se chamava
”curtição” Por seu valor e importância aqui se faz essa merecida honrosa
homenagem a este patrono que nos deixou o legado de uma escola com firmeza de
caráter, e pé no chão, mais que isso, pé no samba.
Muitos podem não conhecer o desenvolvimento do samba na antiga Capital do Estado
Maior Brasileiro, o Rio de Janeiro, que deixou de ser Capital da Federação para
ser uma das Capitais da cultura. Para esclarecer e para dar felicidade é que
nossa Agremiação vem cantando esse samba bem cadenciado, dando saudade aos mais
antigos ouvintes e instruindo os novos para o valor e reconhecimento da cultura
do Samba Carioca, e do lugar perpétuo que a Unidos do Alto da Boa Vista faz
junto a essa épica história de gigantes.
Presidente: Comissão de carnaval:
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Sérgio Luiz Moreira Costa Luan Cristiano Vieira