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Ana Luisa Rocha Azevedo Neves
Caroline Rodrigues Estevão
Leandro Fuzaro
Nayara Luchini Xavier
Paula Ferreira de Santana
Como eu nasci?
Ensino da Sexualidade
     nas Escolas
            Uma breve introdução
            histórica...
• 1930: Professores processados e demitidos por
  incluírem ensino de sexualidade em suas aulas.



• 1930-1960: Exclusão do tema “Educação Sexual”
  nos debates educativos. Período de omissão oficial.



• 1968: Projeto de Lei da deputada carioca Júlia
  Steimbruck    que   pretendia  estabelecer     a
  obrigatoriedade da educação sexual nas escolas.
• 1970: Comissão Nacional de Moral e Civismo
  registrou a frase: “Não se abre à força um botão
  de rosa, sobretudo com as mãos sujas”.



• Anos 80: Surgimento da AIDS e aumento do
  número de casos de gravidez na adolescência.
  Pressão de alunos e professores que se
  interessavam          pelo            tema.



• 1993: Uma pesquisa realizada constatou que 86%
  das pessoas ouvidas eram favoráveis à inclusão de
  Orientação Sexual nas escolas.
Sexualidade na Escola
• Se desenvolve primeiramente no lar.

• Os pais não devem esconder tanto dos
  filhos o tema da sexualidade porque os
  filhos podem crescer com a ideia que é
  algo tão sujo e pecaminoso que falar no
  assunto já é por si errado. Não havendo
  o diálogo.

• O assunto deve surgir desde bebê.
  Satisfazendo a dúvida da criança no
  momento.
É dever da mãe conversar sobre o sexo e
sexualidade com as filhas e o pai com os
filhos?
Diálogo
• A mãe e o pai, juntos, devem conversar
  com seus filhos;
• O casal também ter que ter um diálogo
  franco e honesto entre si sobre os valores
  morais.
• Comunicação é mais do que palavras.
Os pais devem
mostrar      que
sexo é mais que
algo fisiológico,
é uma questão
de     profundo
conhecimento
do outro e
portanto     não
deve          ser
banalizado.
Doenças Sexualmente
   Transmissíveis
       O que é? E o
       conhecimento dos alunos
       a respeito...
O que é?

• Esse conceito agrupa aquelas doenças que
    se transmitem pelo contato sexual entre
       duas pessoas, e engloba as antigas
      doenças venéreas, incluindo a AIDS.
Alguns dados estatísticos...
• A pesquisa "Retrato do Comportamento
  Sexual do Brasileiro“ mostra que 35,4% dos
  brasileiros fizeram sexo antes dos 15 anos de
  idade.

• Nos últimos anos foram registrados 362.364
  casos de AIDS no Brasil, sendo 4.331 (1,2%)
  entre adolescentes na faixa etária de 13
  aos 19 anos.
Segundo estudantes
        entrevistados...
• Principais meios de transmissão:
• Principais formas de prevenção:
• Conhecimento a respeito de algumas DST’s:
• Não se deve acentuar a ligação       entre
  sexualidade e doença ou morte.

• As informações sobre as doenças devem ter
  sempre como foco a promoção da saúde e de
  condutas preventivas

• A promoção da saúde e o respeito ao outro
  vinculam-se à valorização da vida e também
  são assuntos que devem ser trabalhados.
A Influência da Mídia na
sexualidade da criança e do
        adolescente.
            E o posicionamento da escola...
A sexualidade está relacionada com os valores e o
contexto cultural que o adolescente está inserido.

Diante disso, a preocupação que surge é que tipo de
cultura está subsidiando o adolescente nos dias atuais e
que tipo de sexualidade está inventando para inserir-se
em sua época.
...os pais tornam a televisão uma babá eletrônica das
  crianças, que passam a ficar horas e horas inativas,
quietas, sentadas ou deitadas na frente do aparelho,
    sem atividades lúdicas, motoras e sociais”. (Hália
                      Pauliv Souza)
Pode a televisão formar a identidade dessa
criança, pois a relação de dominador que a TV tem
 sobre o receptor- a criança- tende a fazer que ela
                        imite
   comportamentos e atitudes transmitidos pelos
      programas e propagandas da televisão.
Programação Atual da Televisão...
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Participaram da pesquisa um total de 41 adolescentes, sendo que 24
eram meninas e 17 eram meninos, com idade de 13 a 15 anos da Escola
Estadual Dr. Justino Cardoso, em São Paulo.
• A mídia se torna uma formadora de
  opiniões, e a criança passa a entender as
  coisas da forma que é colocada.



• A forma que a sexualidade é colocada
  para essas crianças geralmente não é
  colocada na forma educativa e com
  restrições para cada idade.
A grande oferta de produtos pornográficos em
qualquer banca de revistas ou locadora de vídeos,
a exposição exagerada do corpo, principalmente
do feminino, os programas televisivos e a
banalização da sexualidade tem dificultado a
tarefa de educar os jovens.
• Família como a primeira e a principal forma
            educadora da criança.
Sexualidade na Escola
• Mesmo a família sabendo que ela é a primeira
  responsável pela educação sexual das crianças,
  vem delegando para a escola este ensinamento.




Afinal, a criança de hoje passa mais tempo na escola
do que em casa com seus familiares, sem contar que
a maioria de seus amigos estão na escola.

• No entanto, os seus valores éticos e morais sempre
  serão os primeiros apreendidos pelas crianças e os
  mais relevantes em suas vidas.
• “Quando a escola e a família não se
  completam na ação educativa, não há
  programa de orientação sexual capaz de
  trazer o benefício e o aproveitamento total
  do que propõe”. (SOUZA, 2002, p.112).
• Hoje em dia, a maioria das publicações na mídia
  sobre a vida sexual dos adolescentes conta com
  um ponto de partida:

Duvidas e curiosidades sobre sexualidade, vindos
quase sempre de autores anônimos...

      • Isso traz a criança e ao adolescente a
                    oportunidade de:

-Se reconhecer na mídia,
-Ter sua dúvida respeitada, comentada e esclarecida
–E ao mesmo tempo, ter sua identidade preservada
• Muitos professores mesmo que intuitivamente,
  perceberam o valor dessas publicações e as usam
  com seus alunos como ponto de partida de um
  trabalho a ser realizado por um grupo de jovens
  identificados.
Não dá para ignorar o que elas têm a
    sua volta, não da para achar que
são seres vazios. Na nossa percepção as
escolas vêm tratando as crianças como
 depósitos de informação. É preciso que
   saibam o que se passa no cotidiano
                  dessa
crianças, o que acontece na sua casa, e
      o que acompanham pela TV.
O papel da escola na
         sexualidade
• O papel da Escola é abrir espaço para que a
  pluralidade de concepções, valores e crenças
  sobre a sexualidade possa se expressar. O trabalho
  de orientação sexual, compreende a ação da
  Escola como complementar à educação dada
  pela família.
+
• Como a sexualidade parece irreversivelmente
  constitutiva do humano, ela vai atravessar as ações
  cotidianas de professores e alunos.
• Mas que daí a escola tenha que controlar suas
  manifestações ou efeitos é outra coisa.
Por ser muito difícil lidar com situações inusitadas,
  com o sangue quente, e sem estratégias instituídas,
  algumas escolas que não tem professores
  preparados para tratar o tema, vêem uma saída
  instituindo “grupos de orientação sexual”, aulas de
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• O professor, mesmo sem perceber, transmite valores
  com relação à sexualidade no seu trabalho
  cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às
  questões mais simples trazidas pelos alunos.

• Afirma-se, portanto, a real necessidade do educador
  ter acesso à formação específica para tratar de
  sexualidade com crianças e jovens na
  escola, possibilitando a construção de uma postura
  profissional e consciente no trato desse tema.
Sexualidade na Escola
• Ao definir o trabalho com Orientação
  Sexual como uma de suas
  competências, a escola estará
  incluindo-o no seu projeto educativo.



• Esses princípios determinarão desde a
  postura que se deve ter em relação às
  questões relacionadas à sexualidade
  e suas manifestações na escola, até a
  escolha de conteúdos a serem
  trabalhados junto aos alunos.
• Toda essa situação abordada, em que o
  adolescente se encontra, é claramente refletida
  nas aulas de Educação Física.
• A EDUCAÇÃO FÍSICA tem sido considerada tão
  importante quanto a biologia para o
  desenvolvimento do tema no aluno.


Tem a oportunidade
de trabalhar
ativamente com o
corpo, o sentimento, a
auto estima e o prazer
que estão diretamente
ligados à sexualidade.
• tem uma forma especial de trabalhar a afetividade
  : diálogo aberto; fraternidade; convivência com
  respeito; apoio mútuo; carinho; equilíbrio no
  sentimento.
• As atividades mistas podem dar oportunidades
  para que meninos e meninas convivam, observem-
  se, descubram-se, possam aprender a ser
  tolerantes, a não discriminar e a compreender as
  diferenças, respeitem-se, promovam a integração
  e quebrem preconceitos.
Espera-se que...
• a escola aborde as repercussões de todas as
  mensagens transmitidas pela mídia, pela família e
  pela sociedade, com as crianças e os jovens.
• trata-se de preencher lacunas nas informações
  que a criança já possui e, principalmente, criar a
  possibilidade de formar opinião a respeito do que
  lhe é ou foi apresentado.
• a escola, ao propiciar informações atualizadas do
  ponto de vista científico e explicitar os diversos
  valores associados à sexualidade e aos
  comportamentos sexuais existentes na
  sociedade, possibilita ao aluno desenvolver
  atitudes coerentes com os valores que ele próprio
  elegeu como seus.
• O papel de explicar a parte teórica, e demonstrar as
  reações, as mudanças de acordo com a idade e as
  conseqüências físicas do ato sexual, cai sobre o
  professor de Ciências, ou biologia.
• Esteja esse profissional preparado ou não para as
  dúvidas que chegarão a ele durante a aula.
• Não cabe ao professor despreparado ultrapassar os
  limites impostos pelo conteúdo que deve ser tratado.
Sexualidade na Escola
Sexualidade na Escola
Manifestações da
  sexualidade na escola
As mais freqüentes acontecem na realização de
carícias no próprio corpo, na curiosidade sobre o
corpo do outro, nas brincadeiras com colegas, nas
piadas e músicas jocosas que se referem ao sexo,
nas perguntas ou ainda na reprodução de gestos e
atitudes típicos da manifestação da sexualidade
adulta.
•   A intervenção da escola nessas situações deve se
    dar de forma a apontar a inadequação de tal
    comportamento às normas do convívio escolar.
    Não se trata portanto de julgar tais manifestações,
    mas apenas de delimitar a inadequação do
    espaço da escola para sua efetivação
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• A revista Veja publicou uma reportagem sobre a
  influência da mídia no comportamento sexual dos
  jovens. Nesta reportagem o depoimento de um
  garoto de dez anos foi o mais significativo : “Eu sei
  tudo sobre sexo”.
Sexualidade na Escola
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Os principais elementos de transmissão deste tema são:
  a linguagem, o local (escola), o professor e o aluno.

• Linguagem: expressa um pensamento que é vinculado
  com a própria concepção, convicção e valores sobre a
  vida sexual e moral do próprio interlocutor (professor).

• Escola: hoje em dia os pais até preferem que a escola
  passe essa informação para os seus filhos. Mas será que
  todos os professores estão preparados para abordar
  este tema?
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Professor: ficam incomodados em transmitir este
  tipo de conteúdo para seus alunos.
Sexualidade na Escola
Alunos:
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Existem alunos que ficam com vergonha.
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Existem alunos que não tem vergonha alguma.
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Sorrisinhos maliciosos, piadinhas, burburinhos na
  sala de aula...
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• ...perguntas indiscretas.
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Mas      cada        aluno       tem     suas
  convicções, curiosidades, anseios, medos    e
  desejos.
Sexualidade na Escola
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Uma     aula   de
  sexualidade   não
  pode ser só uma
  aula de anatomia
  ou fisiologia do
  corpo humano.
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• Precisa ser informativa também na parte de
  esclarecer        doenças         sexualmente
  transmissíveis (AIDS), gravidez indesejada na
  adolescência, aborto, entre outros.
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• O jovem pode, sim, ter uma visão positiva da
  sexualidade, além dos conhecimentos relativos ao
  funcionamento do corpo, ao processo reprodutivo
  e aos riscos de contrair e transmitir doenças.

• Essa         visão          supõe           também
  responsabilidade,    alegria,   prazer    e   limites.
  Valores,      conceitos        e       preconceitos.
  Medos, receios, repressões e inibições. Pressões
  pessoais, familiares, sociais. Fantasias e sonhos.
  Desejos expressos, escondidos, censurados e
  proibidos. Vontade de saber, de fazer, de
  experimentar. Emoções, sensações, sentimentos.
  Relacionamentos, frustações, tabus.
Como os alunos recebem
   o tema: Sexualidade
• A finalidade do trabalho de Orientação Sexual é
  contribuir para que os alunos possam desenvolver e
  exercer     sua   sexualidade    com   prazer    e
  responsabilidade.

• Esse tema vincula-se ao exercício da cidadania na
  medida em que propõe o desenvolvimento do
  respeito a si e ao outro e contribui para garantir
  direitos básicos a todos, como a saúde, a
  informação e o conhecimento, elementos
  fundamentais para a formação de cidadãos
  responsáveis e conscientes de suas capacidades.
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Sexualidade na Escola

  • 1. Ana Luisa Rocha Azevedo Neves Caroline Rodrigues Estevão Leandro Fuzaro Nayara Luchini Xavier Paula Ferreira de Santana
  • 3. Ensino da Sexualidade nas Escolas Uma breve introdução histórica...
  • 4. • 1930: Professores processados e demitidos por incluírem ensino de sexualidade em suas aulas. • 1930-1960: Exclusão do tema “Educação Sexual” nos debates educativos. Período de omissão oficial. • 1968: Projeto de Lei da deputada carioca Júlia Steimbruck que pretendia estabelecer a obrigatoriedade da educação sexual nas escolas.
  • 5. • 1970: Comissão Nacional de Moral e Civismo registrou a frase: “Não se abre à força um botão de rosa, sobretudo com as mãos sujas”. • Anos 80: Surgimento da AIDS e aumento do número de casos de gravidez na adolescência. Pressão de alunos e professores que se interessavam pelo tema. • 1993: Uma pesquisa realizada constatou que 86% das pessoas ouvidas eram favoráveis à inclusão de Orientação Sexual nas escolas.
  • 7. • Se desenvolve primeiramente no lar. • Os pais não devem esconder tanto dos filhos o tema da sexualidade porque os filhos podem crescer com a ideia que é algo tão sujo e pecaminoso que falar no assunto já é por si errado. Não havendo o diálogo. • O assunto deve surgir desde bebê. Satisfazendo a dúvida da criança no momento.
  • 8. É dever da mãe conversar sobre o sexo e sexualidade com as filhas e o pai com os filhos?
  • 9. Diálogo • A mãe e o pai, juntos, devem conversar com seus filhos; • O casal também ter que ter um diálogo franco e honesto entre si sobre os valores morais.
  • 10. • Comunicação é mais do que palavras.
  • 11. Os pais devem mostrar que sexo é mais que algo fisiológico, é uma questão de profundo conhecimento do outro e portanto não deve ser banalizado.
  • 12. Doenças Sexualmente Transmissíveis O que é? E o conhecimento dos alunos a respeito...
  • 13. O que é? • Esse conceito agrupa aquelas doenças que se transmitem pelo contato sexual entre duas pessoas, e engloba as antigas doenças venéreas, incluindo a AIDS.
  • 14. Alguns dados estatísticos... • A pesquisa "Retrato do Comportamento Sexual do Brasileiro“ mostra que 35,4% dos brasileiros fizeram sexo antes dos 15 anos de idade. • Nos últimos anos foram registrados 362.364 casos de AIDS no Brasil, sendo 4.331 (1,2%) entre adolescentes na faixa etária de 13 aos 19 anos.
  • 15. Segundo estudantes entrevistados... • Principais meios de transmissão:
  • 16. • Principais formas de prevenção:
  • 17. • Conhecimento a respeito de algumas DST’s:
  • 18. • Não se deve acentuar a ligação entre sexualidade e doença ou morte. • As informações sobre as doenças devem ter sempre como foco a promoção da saúde e de condutas preventivas • A promoção da saúde e o respeito ao outro vinculam-se à valorização da vida e também são assuntos que devem ser trabalhados.
  • 19. A Influência da Mídia na sexualidade da criança e do adolescente. E o posicionamento da escola...
  • 20. A sexualidade está relacionada com os valores e o contexto cultural que o adolescente está inserido. Diante disso, a preocupação que surge é que tipo de cultura está subsidiando o adolescente nos dias atuais e que tipo de sexualidade está inventando para inserir-se em sua época.
  • 21. ...os pais tornam a televisão uma babá eletrônica das crianças, que passam a ficar horas e horas inativas, quietas, sentadas ou deitadas na frente do aparelho, sem atividades lúdicas, motoras e sociais”. (Hália Pauliv Souza)
  • 22. Pode a televisão formar a identidade dessa criança, pois a relação de dominador que a TV tem sobre o receptor- a criança- tende a fazer que ela imite comportamentos e atitudes transmitidos pelos programas e propagandas da televisão.
  • 23. Programação Atual da Televisão...
  • 24. Programas mais assistidos Participaram da pesquisa um total de 41 adolescentes, sendo que 24 eram meninas e 17 eram meninos, com idade de 13 a 15 anos da Escola Estadual Dr. Justino Cardoso, em São Paulo.
  • 25. • A mídia se torna uma formadora de opiniões, e a criança passa a entender as coisas da forma que é colocada. • A forma que a sexualidade é colocada para essas crianças geralmente não é colocada na forma educativa e com restrições para cada idade.
  • 26. A grande oferta de produtos pornográficos em qualquer banca de revistas ou locadora de vídeos, a exposição exagerada do corpo, principalmente do feminino, os programas televisivos e a banalização da sexualidade tem dificultado a tarefa de educar os jovens.
  • 27. • Família como a primeira e a principal forma educadora da criança.
  • 29. • Mesmo a família sabendo que ela é a primeira responsável pela educação sexual das crianças, vem delegando para a escola este ensinamento. Afinal, a criança de hoje passa mais tempo na escola do que em casa com seus familiares, sem contar que a maioria de seus amigos estão na escola. • No entanto, os seus valores éticos e morais sempre serão os primeiros apreendidos pelas crianças e os mais relevantes em suas vidas.
  • 30. • “Quando a escola e a família não se completam na ação educativa, não há programa de orientação sexual capaz de trazer o benefício e o aproveitamento total do que propõe”. (SOUZA, 2002, p.112).
  • 31. • Hoje em dia, a maioria das publicações na mídia sobre a vida sexual dos adolescentes conta com um ponto de partida: Duvidas e curiosidades sobre sexualidade, vindos quase sempre de autores anônimos... • Isso traz a criança e ao adolescente a oportunidade de: -Se reconhecer na mídia, -Ter sua dúvida respeitada, comentada e esclarecida –E ao mesmo tempo, ter sua identidade preservada
  • 32. • Muitos professores mesmo que intuitivamente, perceberam o valor dessas publicações e as usam com seus alunos como ponto de partida de um trabalho a ser realizado por um grupo de jovens identificados.
  • 33. Não dá para ignorar o que elas têm a sua volta, não da para achar que são seres vazios. Na nossa percepção as escolas vêm tratando as crianças como depósitos de informação. É preciso que saibam o que se passa no cotidiano dessa crianças, o que acontece na sua casa, e o que acompanham pela TV.
  • 34. O papel da escola na sexualidade • O papel da Escola é abrir espaço para que a pluralidade de concepções, valores e crenças sobre a sexualidade possa se expressar. O trabalho de orientação sexual, compreende a ação da Escola como complementar à educação dada pela família.
  • 35. +
  • 36. • Como a sexualidade parece irreversivelmente constitutiva do humano, ela vai atravessar as ações cotidianas de professores e alunos. • Mas que daí a escola tenha que controlar suas manifestações ou efeitos é outra coisa.
  • 37. Por ser muito difícil lidar com situações inusitadas, com o sangue quente, e sem estratégias instituídas, algumas escolas que não tem professores preparados para tratar o tema, vêem uma saída instituindo “grupos de orientação sexual”, aulas de “saúde” ou até palestras..
  • 38. • O professor, mesmo sem perceber, transmite valores com relação à sexualidade no seu trabalho cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às questões mais simples trazidas pelos alunos. • Afirma-se, portanto, a real necessidade do educador ter acesso à formação específica para tratar de sexualidade com crianças e jovens na escola, possibilitando a construção de uma postura profissional e consciente no trato desse tema.
  • 40. • Ao definir o trabalho com Orientação Sexual como uma de suas competências, a escola estará incluindo-o no seu projeto educativo. • Esses princípios determinarão desde a postura que se deve ter em relação às questões relacionadas à sexualidade e suas manifestações na escola, até a escolha de conteúdos a serem trabalhados junto aos alunos.
  • 41. • Toda essa situação abordada, em que o adolescente se encontra, é claramente refletida nas aulas de Educação Física. • A EDUCAÇÃO FÍSICA tem sido considerada tão importante quanto a biologia para o desenvolvimento do tema no aluno. Tem a oportunidade de trabalhar ativamente com o corpo, o sentimento, a auto estima e o prazer que estão diretamente ligados à sexualidade.
  • 42. • tem uma forma especial de trabalhar a afetividade : diálogo aberto; fraternidade; convivência com respeito; apoio mútuo; carinho; equilíbrio no sentimento.
  • 43. • As atividades mistas podem dar oportunidades para que meninos e meninas convivam, observem- se, descubram-se, possam aprender a ser tolerantes, a não discriminar e a compreender as diferenças, respeitem-se, promovam a integração e quebrem preconceitos.
  • 44. Espera-se que... • a escola aborde as repercussões de todas as mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade, com as crianças e os jovens. • trata-se de preencher lacunas nas informações que a criança já possui e, principalmente, criar a possibilidade de formar opinião a respeito do que lhe é ou foi apresentado. • a escola, ao propiciar informações atualizadas do ponto de vista científico e explicitar os diversos valores associados à sexualidade e aos comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio elegeu como seus.
  • 45. • O papel de explicar a parte teórica, e demonstrar as reações, as mudanças de acordo com a idade e as conseqüências físicas do ato sexual, cai sobre o professor de Ciências, ou biologia. • Esteja esse profissional preparado ou não para as dúvidas que chegarão a ele durante a aula. • Não cabe ao professor despreparado ultrapassar os limites impostos pelo conteúdo que deve ser tratado.
  • 48. Manifestações da sexualidade na escola As mais freqüentes acontecem na realização de carícias no próprio corpo, na curiosidade sobre o corpo do outro, nas brincadeiras com colegas, nas piadas e músicas jocosas que se referem ao sexo, nas perguntas ou ainda na reprodução de gestos e atitudes típicos da manifestação da sexualidade adulta.
  • 49. A intervenção da escola nessas situações deve se dar de forma a apontar a inadequação de tal comportamento às normas do convívio escolar. Não se trata portanto de julgar tais manifestações, mas apenas de delimitar a inadequação do espaço da escola para sua efetivação
  • 50. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • A revista Veja publicou uma reportagem sobre a influência da mídia no comportamento sexual dos jovens. Nesta reportagem o depoimento de um garoto de dez anos foi o mais significativo : “Eu sei tudo sobre sexo”.
  • 52. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Os principais elementos de transmissão deste tema são: a linguagem, o local (escola), o professor e o aluno. • Linguagem: expressa um pensamento que é vinculado com a própria concepção, convicção e valores sobre a vida sexual e moral do próprio interlocutor (professor). • Escola: hoje em dia os pais até preferem que a escola passe essa informação para os seus filhos. Mas será que todos os professores estão preparados para abordar este tema?
  • 53. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Professor: ficam incomodados em transmitir este tipo de conteúdo para seus alunos.
  • 56. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Existem alunos que ficam com vergonha.
  • 57. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Existem alunos que não tem vergonha alguma.
  • 58. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Sorrisinhos maliciosos, piadinhas, burburinhos na sala de aula...
  • 59. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • ...perguntas indiscretas.
  • 60. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Mas cada aluno tem suas convicções, curiosidades, anseios, medos e desejos.
  • 62. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Uma aula de sexualidade não pode ser só uma aula de anatomia ou fisiologia do corpo humano.
  • 63. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • Precisa ser informativa também na parte de esclarecer doenças sexualmente transmissíveis (AIDS), gravidez indesejada na adolescência, aborto, entre outros.
  • 64. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • O jovem pode, sim, ter uma visão positiva da sexualidade, além dos conhecimentos relativos ao funcionamento do corpo, ao processo reprodutivo e aos riscos de contrair e transmitir doenças. • Essa visão supõe também responsabilidade, alegria, prazer e limites. Valores, conceitos e preconceitos. Medos, receios, repressões e inibições. Pressões pessoais, familiares, sociais. Fantasias e sonhos. Desejos expressos, escondidos, censurados e proibidos. Vontade de saber, de fazer, de experimentar. Emoções, sensações, sentimentos. Relacionamentos, frustações, tabus.
  • 65. Como os alunos recebem o tema: Sexualidade • A finalidade do trabalho de Orientação Sexual é contribuir para que os alunos possam desenvolver e exercer sua sexualidade com prazer e responsabilidade. • Esse tema vincula-se ao exercício da cidadania na medida em que propõe o desenvolvimento do respeito a si e ao outro e contribui para garantir direitos básicos a todos, como a saúde, a informação e o conhecimento, elementos fundamentais para a formação de cidadãos responsáveis e conscientes de suas capacidades.