Trabalho realizado na disciplina de Psicologia da Eucação na UFU
Créditos de:
Leandro Fuzaro
Nayara Luchini Xavier
Paula Santana
Caroline Rodrigues Estevão
Ana Luiza Rocha Azevedo Neves
4. • 1930: Professores processados e demitidos por
incluírem ensino de sexualidade em suas aulas.
• 1930-1960: Exclusão do tema “Educação Sexual”
nos debates educativos. Período de omissão oficial.
• 1968: Projeto de Lei da deputada carioca Júlia
Steimbruck que pretendia estabelecer a
obrigatoriedade da educação sexual nas escolas.
5. • 1970: Comissão Nacional de Moral e Civismo
registrou a frase: “Não se abre à força um botão
de rosa, sobretudo com as mãos sujas”.
• Anos 80: Surgimento da AIDS e aumento do
número de casos de gravidez na adolescência.
Pressão de alunos e professores que se
interessavam pelo tema.
• 1993: Uma pesquisa realizada constatou que 86%
das pessoas ouvidas eram favoráveis à inclusão de
Orientação Sexual nas escolas.
7. • Se desenvolve primeiramente no lar.
• Os pais não devem esconder tanto dos
filhos o tema da sexualidade porque os
filhos podem crescer com a ideia que é
algo tão sujo e pecaminoso que falar no
assunto já é por si errado. Não havendo
o diálogo.
• O assunto deve surgir desde bebê.
Satisfazendo a dúvida da criança no
momento.
8. É dever da mãe conversar sobre o sexo e
sexualidade com as filhas e o pai com os
filhos?
9. Diálogo
• A mãe e o pai, juntos, devem conversar
com seus filhos;
• O casal também ter que ter um diálogo
franco e honesto entre si sobre os valores
morais.
11. Os pais devem
mostrar que
sexo é mais que
algo fisiológico,
é uma questão
de profundo
conhecimento
do outro e
portanto não
deve ser
banalizado.
12. Doenças Sexualmente
Transmissíveis
O que é? E o
conhecimento dos alunos
a respeito...
13. O que é?
• Esse conceito agrupa aquelas doenças que
se transmitem pelo contato sexual entre
duas pessoas, e engloba as antigas
doenças venéreas, incluindo a AIDS.
14. Alguns dados estatísticos...
• A pesquisa "Retrato do Comportamento
Sexual do Brasileiro“ mostra que 35,4% dos
brasileiros fizeram sexo antes dos 15 anos de
idade.
• Nos últimos anos foram registrados 362.364
casos de AIDS no Brasil, sendo 4.331 (1,2%)
entre adolescentes na faixa etária de 13
aos 19 anos.
18. • Não se deve acentuar a ligação entre
sexualidade e doença ou morte.
• As informações sobre as doenças devem ter
sempre como foco a promoção da saúde e de
condutas preventivas
• A promoção da saúde e o respeito ao outro
vinculam-se à valorização da vida e também
são assuntos que devem ser trabalhados.
19. A Influência da Mídia na
sexualidade da criança e do
adolescente.
E o posicionamento da escola...
20. A sexualidade está relacionada com os valores e o
contexto cultural que o adolescente está inserido.
Diante disso, a preocupação que surge é que tipo de
cultura está subsidiando o adolescente nos dias atuais e
que tipo de sexualidade está inventando para inserir-se
em sua época.
21. ...os pais tornam a televisão uma babá eletrônica das
crianças, que passam a ficar horas e horas inativas,
quietas, sentadas ou deitadas na frente do aparelho,
sem atividades lúdicas, motoras e sociais”. (Hália
Pauliv Souza)
22. Pode a televisão formar a identidade dessa
criança, pois a relação de dominador que a TV tem
sobre o receptor- a criança- tende a fazer que ela
imite
comportamentos e atitudes transmitidos pelos
programas e propagandas da televisão.
24. Programas mais
assistidos
Participaram da pesquisa um total de 41 adolescentes, sendo que 24
eram meninas e 17 eram meninos, com idade de 13 a 15 anos da Escola
Estadual Dr. Justino Cardoso, em São Paulo.
25. • A mídia se torna uma formadora de
opiniões, e a criança passa a entender as
coisas da forma que é colocada.
• A forma que a sexualidade é colocada
para essas crianças geralmente não é
colocada na forma educativa e com
restrições para cada idade.
26. A grande oferta de produtos pornográficos em
qualquer banca de revistas ou locadora de vídeos,
a exposição exagerada do corpo, principalmente
do feminino, os programas televisivos e a
banalização da sexualidade tem dificultado a
tarefa de educar os jovens.
27. • Família como a primeira e a principal forma
educadora da criança.
29. • Mesmo a família sabendo que ela é a primeira
responsável pela educação sexual das crianças,
vem delegando para a escola este ensinamento.
Afinal, a criança de hoje passa mais tempo na escola
do que em casa com seus familiares, sem contar que
a maioria de seus amigos estão na escola.
• No entanto, os seus valores éticos e morais sempre
serão os primeiros apreendidos pelas crianças e os
mais relevantes em suas vidas.
30. • “Quando a escola e a família não se
completam na ação educativa, não há
programa de orientação sexual capaz de
trazer o benefício e o aproveitamento total
do que propõe”. (SOUZA, 2002, p.112).
31. • Hoje em dia, a maioria das publicações na mídia
sobre a vida sexual dos adolescentes conta com
um ponto de partida:
Duvidas e curiosidades sobre sexualidade, vindos
quase sempre de autores anônimos...
• Isso traz a criança e ao adolescente a
oportunidade de:
-Se reconhecer na mídia,
-Ter sua dúvida respeitada, comentada e esclarecida
–E ao mesmo tempo, ter sua identidade preservada
32. • Muitos professores mesmo que intuitivamente,
perceberam o valor dessas publicações e as usam
com seus alunos como ponto de partida de um
trabalho a ser realizado por um grupo de jovens
identificados.
33. Não dá para ignorar o que elas têm a
sua volta, não da para achar que
são seres vazios. Na nossa percepção as
escolas vêm tratando as crianças como
depósitos de informação. É preciso que
saibam o que se passa no cotidiano
dessa
crianças, o que acontece na sua casa, e
o que acompanham pela TV.
34. O papel da escola na
sexualidade
• O papel da Escola é abrir espaço para que a
pluralidade de concepções, valores e crenças
sobre a sexualidade possa se expressar. O trabalho
de orientação sexual, compreende a ação da
Escola como complementar à educação dada
pela família.
36. • Como a sexualidade parece irreversivelmente
constitutiva do humano, ela vai atravessar as ações
cotidianas de professores e alunos.
• Mas que daí a escola tenha que controlar suas
manifestações ou efeitos é outra coisa.
37. Por ser muito difícil lidar com situações inusitadas,
com o sangue quente, e sem estratégias instituídas,
algumas escolas que não tem professores
preparados para tratar o tema, vêem uma saída
instituindo “grupos de orientação sexual”, aulas de
“saúde” ou até palestras..
38. • O professor, mesmo sem perceber, transmite valores
com relação à sexualidade no seu trabalho
cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às
questões mais simples trazidas pelos alunos.
• Afirma-se, portanto, a real necessidade do educador
ter acesso à formação específica para tratar de
sexualidade com crianças e jovens na
escola, possibilitando a construção de uma postura
profissional e consciente no trato desse tema.
40. • Ao definir o trabalho com Orientação
Sexual como uma de suas
competências, a escola estará
incluindo-o no seu projeto educativo.
• Esses princípios determinarão desde a
postura que se deve ter em relação às
questões relacionadas à sexualidade
e suas manifestações na escola, até a
escolha de conteúdos a serem
trabalhados junto aos alunos.
41. • Toda essa situação abordada, em que o
adolescente se encontra, é claramente refletida
nas aulas de Educação Física.
• A EDUCAÇÃO FÍSICA tem sido considerada tão
importante quanto a biologia para o
desenvolvimento do tema no aluno.
Tem a oportunidade
de trabalhar
ativamente com o
corpo, o sentimento, a
auto estima e o prazer
que estão diretamente
ligados à sexualidade.
42. • tem uma forma especial de trabalhar a afetividade
: diálogo aberto; fraternidade; convivência com
respeito; apoio mútuo; carinho; equilíbrio no
sentimento.
43. • As atividades mistas podem dar oportunidades
para que meninos e meninas convivam, observem-
se, descubram-se, possam aprender a ser
tolerantes, a não discriminar e a compreender as
diferenças, respeitem-se, promovam a integração
e quebrem preconceitos.
44. Espera-se que...
• a escola aborde as repercussões de todas as
mensagens transmitidas pela mídia, pela família e
pela sociedade, com as crianças e os jovens.
• trata-se de preencher lacunas nas informações
que a criança já possui e, principalmente, criar a
possibilidade de formar opinião a respeito do que
lhe é ou foi apresentado.
• a escola, ao propiciar informações atualizadas do
ponto de vista científico e explicitar os diversos
valores associados à sexualidade e aos
comportamentos sexuais existentes na
sociedade, possibilita ao aluno desenvolver
atitudes coerentes com os valores que ele próprio
elegeu como seus.
45. • O papel de explicar a parte teórica, e demonstrar as
reações, as mudanças de acordo com a idade e as
conseqüências físicas do ato sexual, cai sobre o
professor de Ciências, ou biologia.
• Esteja esse profissional preparado ou não para as
dúvidas que chegarão a ele durante a aula.
• Não cabe ao professor despreparado ultrapassar os
limites impostos pelo conteúdo que deve ser tratado.
48. Manifestações da
sexualidade na escola
As mais freqüentes acontecem na realização de
carícias no próprio corpo, na curiosidade sobre o
corpo do outro, nas brincadeiras com colegas, nas
piadas e músicas jocosas que se referem ao sexo,
nas perguntas ou ainda na reprodução de gestos e
atitudes típicos da manifestação da sexualidade
adulta.
49. • A intervenção da escola nessas situações deve se
dar de forma a apontar a inadequação de tal
comportamento às normas do convívio escolar.
Não se trata portanto de julgar tais manifestações,
mas apenas de delimitar a inadequação do
espaço da escola para sua efetivação
50. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• A revista Veja publicou uma reportagem sobre a
influência da mídia no comportamento sexual dos
jovens. Nesta reportagem o depoimento de um
garoto de dez anos foi o mais significativo : “Eu sei
tudo sobre sexo”.
52. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Os principais elementos de transmissão deste tema são:
a linguagem, o local (escola), o professor e o aluno.
• Linguagem: expressa um pensamento que é vinculado
com a própria concepção, convicção e valores sobre a
vida sexual e moral do próprio interlocutor (professor).
• Escola: hoje em dia os pais até preferem que a escola
passe essa informação para os seus filhos. Mas será que
todos os professores estão preparados para abordar
este tema?
53. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Professor: ficam incomodados em transmitir este
tipo de conteúdo para seus alunos.
56. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Existem alunos que ficam com vergonha.
57. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Existem alunos que não tem vergonha alguma.
58. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Sorrisinhos maliciosos, piadinhas, burburinhos na
sala de aula...
59. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• ...perguntas indiscretas.
60. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Mas cada aluno tem suas
convicções, curiosidades, anseios, medos e
desejos.
62. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Uma aula de
sexualidade não
pode ser só uma
aula de anatomia
ou fisiologia do
corpo humano.
63. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• Precisa ser informativa também na parte de
esclarecer doenças sexualmente
transmissíveis (AIDS), gravidez indesejada na
adolescência, aborto, entre outros.
64. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• O jovem pode, sim, ter uma visão positiva da
sexualidade, além dos conhecimentos relativos ao
funcionamento do corpo, ao processo reprodutivo
e aos riscos de contrair e transmitir doenças.
• Essa visão supõe também
responsabilidade, alegria, prazer e limites.
Valores, conceitos e preconceitos.
Medos, receios, repressões e inibições. Pressões
pessoais, familiares, sociais. Fantasias e sonhos.
Desejos expressos, escondidos, censurados e
proibidos. Vontade de saber, de fazer, de
experimentar. Emoções, sensações, sentimentos.
Relacionamentos, frustações, tabus.
65. Como os alunos recebem
o tema: Sexualidade
• A finalidade do trabalho de Orientação Sexual é
contribuir para que os alunos possam desenvolver e
exercer sua sexualidade com prazer e
responsabilidade.
• Esse tema vincula-se ao exercício da cidadania na
medida em que propõe o desenvolvimento do
respeito a si e ao outro e contribui para garantir
direitos básicos a todos, como a saúde, a
informação e o conhecimento, elementos
fundamentais para a formação de cidadãos
responsáveis e conscientes de suas capacidades.