O documento discute a atuação do pedagogo fora da escola, especialmente no campo empresarial. Apresenta que o pedagogo atua em áreas como desenvolvimento e treinamento, recursos humanos, projetos sociais e solução de problemas. Também discute a importância da educação corporativa e da gestão de talentos para as empresas.
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A atuação do Pedagogo fora da escola ainda é desconhecida de muitas
pessoas, ao longo desse trabalho mostraremos a atuação dele no campo da
empresa.
Primeiramente, vemos o que Libâneo nos fala da atuação do Pedagogo se
divide em escolar e extra-escolar. Vejamos então a extra-escolar(2001):
No campo da ação pedagógica extra-escolar, há profissionais
que exercem sistematicamente atividades pedagógicas e os
que ocupam apenas parte de seu tempo nessas atividades: a)
formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos,
consultores, orientadores, que desenvolvem atividades
pedagógicas (nãoescolares), em órgãos públicos, privados e
públicos não-estatais, ligadas às empresas, à cultura, aos
serviços de saúde, alimentação, promoção social etc.
Em segundo lugar, vemos que a Formação do Pedagogo se divide em
técnica, humanística e filosófica. E sua ação precisa:
• ter foco nos empregadores e empregados;
• Interagir com todos os níveis da empresa, onde através de suas ações de
humanização, promove trocas mútuas entre os níveis hierárquicos, além de
estimular a reciprocidade.
Depois vemos que o Pedagogo geralmente atua no setor de Recursos
Humanos:
1. No setor de desenvolvimento e treinamento
2. No recrutamento e seleção
3. Projetos de integração
4. No gerenciamento de projetos sociais
Em seguida, o papel do pedagogo na empresa:
1. Solucionar problemas;
2. Atenuar conflitos;
3. Elaborar projetos;
4. Melhorar os processos instituídos pela empresa;
5. Contínua formação dos empregados;
6. Orientação na gestão da qualidade dos processos.
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Lembremos também que Antigamente, o que estava em destaque era a
obtenção de habilidades exclusivamente técnicas, mas ocorreram transformações
no discurso e na prática devido à concorrência entre as empresas, o que interferiu
de maneira positiva nas mudanças do trabalhador, pois a partir desse momento
enfatizam a valorização da criatividade, competência, subjetividade, o trabalho em
grupo e capacidade de comunicar-se. Como diz ÁVILA, (2005):
Se antes a lógica predominante era a especialização,
centralização e autocracia, agora transferem a formação global,
descentralização e democracia. Se antes, a formação deveria
levar o profissional a “aprender a fazer” e “aprender a
aprender”, agora, o importante passa a ser o “aprender a
pensar”, pois uma mente pensante é capaz de aprender e
também fazer. Desta forma vai se modelando a construção do
novo discurso pedagógico. (p. 48)
Observemosentãoaavaliaçãode desempenho:
• Através dela, o funcionário tem a oportunidade de ver a forma pela qual o seu
superior vem enxergando seu trabalho, de como ele está sendo analisado
pelo seu superior;
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• Consequentemente, para a empresa também é importante, pois possibilita
ajustar determinadas falhas e promovendo o aproveitamento desse capital
humano avaliado;
• feedback sobre o desempenho do trabalhador, possibilitando a melhoria, e
trazendo transformações como seu aperfeiçoamento contínuo, a forma
melhor de se ajustar ao seu trabalho, identifica problemas de relacionamento,
propicia geração de aumento salariais, gera motivação e satisfação no
trabalho, etc
• É importante que tenham momentos de conversa, onde se permitam saber
como o avaliado está sendo visto pelo avaliador, e vice-versa.
Além disso visualizamos que o planejamento de carreira:
Pode levar a um futuro promissor;
estruturação do que pode ser realizado pelo profissional e pela organização
com base na construção de uma trajetória de trabalho que atenda às
necessidades e às expectativas de ambas as partes;
envolvimento do profissional na legitimação e viabilidade do seu querer
os aspectos subjetivos como despertar da consciência, empoderamento,
protagonismo e se necessário, pontos de redirecionamento
aspectos de ordem prática como avaliação do perfil comportamental,
diferencial técnico e potencial de realização como estratégias
Logo, sobre a Gestão de Talentos:
As empresas tem entre seus colaboradores, o mais importante de seu
negócio.
Os gestores de talentos precisam motivar, engajar, incentivar, organizar
políticas e várias outras ações que mantenham o colaborador alinhado com a
empresa em que trabalha.
As políticas mais utilizadas pelas grandes empresas são:
1. Reconhecimento: saber que seus superiores e pares
reconhecem seu trabalho, é um diferencial.
2. Incentivo: Sempre que um membro de sua equipe contribuir
efetivamente para o resultado, dê uma premiação.
3. Comunicação e transparência: saber definir e transmitir com
clareza a política de recursos humanos de sua empresa, é de vital
importância.
4. Benefícios corporativos: Aumente o poder aquisitivo do seu
funcionário sem ter que aumentar o seu salário. Oferecer convênios com
empresas que sejam relevantes para ele e para a sua família, dá a ideia de
que o colaborador é valorizado, e que permite que o funcionário equilibre sua
vida dentro e fora do trabalho.
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Lembrando da Educação Corporativa:
A Educação Corporativa consiste em um projeto de formação desenvolvido
pelas empresas, que tem como objetivo “ institucionalizar uma cultura de
aprendizagem contínua, proporcionando a aquisição de novas competências
vinculadas às estratégias empresariais” (Quartiero & Cerny, 2005, p.24).
Segundo Jeanne Meister (1999), a Educação Corporativa é um “guarda-
chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e
comunidade, a fim de cumprir as estratégias da organização” (p.35).
Devido a muitas vezes o Estado não conseguir formar seus trabalhadores,
as empresas chamam a responsabilidade para si:
“As empresas [...] ao invés de esperarem que as escolas tornem seus
currículos mais relevantes para a realidade empresarial, resolveram percorrer o
caminho inverso e trouxeram a escola para dentro da empresa” (Meister, 1999, p.
23).
Do mesmo modo, verificamos o pedagogo nos Projetos sociais:
Agente de mudança;
Responsável por projetos de responsabilidade social;
Desenvolver nos indivíduos um pensamento mais crítico acerca
da sua realidade;
Atende pessoas em situação de risco ou abandono;
Propõe condições e ambientes de aprimoramento e formação
educativa na sociedade;
tentar amenizar os conflitos vivenciados pela comunidade;
realiza projetos de transformação social, atendendo demandas
como a problemática das desigualdades e a violação dos direitos humanos
E então o Pedagogo na empresa:
Muitas vezes ainda é desconhecido sua presença dentro da
empresa.E assim, sua atuação é dificultada por aqueles que não
reconhecem seu trabalho dentro da organização.
Porém, pedagogo com suas habilidades e competências pode fazer
diferença em outros espaços não escolares: a palavra pedagogia traz sempre
ressonâncias metodológicas, processuais que a própria etmologia da palavra
pedagogia explica com o seu significado conduzir (por um caminho até determinado
lugar). (Saviani, 1985).
Bibliografia:
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http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/educor.html>. Acesso em
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<http://blog.convenia.com.br/gestao-de-talentos-o-maior-desafio-da-area-de-
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http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/54157/pedagogo-social-
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Avaliação de desempenho do trabalhador. Disponível em:
http://www.rh.com.br/Portal/Desempenho/Artigo/7492/a-importancia-da-
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RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia Empresarial – atuação do
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PACHECO, Adriana Romeiro da Silva. A importância do
Pedagogo nas empresas. (monografia de pós-graduação) Rio de Janeiro:
Faculdade Cândido Mendes.2011
MEISTER, J. C. Educação corporativa. São Paulo: Makron
Books, 1999.
QUARTIERO, E. M. & CERNY, R. Z. Universidade Corporativa:
uma nova face da relação entre mundo do trabalho e mundo da educação. In:
QUARTIERO, E. M. & BIANCHETTI, L. (Orgs.) Educação corporativa: mundo
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LIBÂNEO. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas.
Curitiba: Editora da UFPR, n. 17, p. 153-176. 2001.