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✃ 
ENCARTE ESPECIAL 
3 MATEMATICA 
RECORTE E COLECIONE 
Operações irmãs 
Teoria do campo aditivo 
João tinha 14 carrinhos, ganhou 5. 
estimula o aluno a 
Com quantos ficou? 
pensar na complexidade 
– É de mais ou de menos? 
da adição e da 
– Ué, se ele ganhou, então só pode 
subtração e a entendê-las 
ser de mais! 
– Maria tem 7 bonecas. Quando ela 
como operações 
mudou de casa, 3 sumiram.Com quan-tas 
complementares 
CAROLINA COSTA 
novaescola.abril@atleitor.com.br 
bonecas ela ficou? 
– Esse é de menos porque ela per-deu 
as bonecas... 
Quantas vezes você já ouviu comen-tários 
como esse ao formular um pro-blema 
matemático para a turma? Os 
alunos ficam aflitos para saber qual 
operação usar e chegar ao resultado 
final e você,muitas vezes, precisa do-mar 
a tentação de dar a dica. Quando 
as operações são assim apresentadas, 
há a tendência de a turma acreditar 
que ambas são opostas e conflitantes, 
quando na verdade elas podem ser 
consideradas “irmãs gêmeas”. “É pos-sível 
resolver o mesmo problema usan-do 
uma ou outra porque há vários ca-minhos 
que levam à resolução”, diz 
Priscila Monteiro, formadora do pro-grama 
Matemática É D+, da Funda-ção 
Victor Civita. 
Um dos primeiros pesquisadores a 
relacionar esses cálculos como sendo 
TEORIA 
GUSTAVO LOURENÇÃO
Um novo jeito de fazer contas 
Ao lidar com o conceito de campo aditivo, você perceberá que as diferenças 
de abordagem em relação à maneira tradicional não se restringem ao 
enunciado: os caminhos que o aluno usa para resolver o desafio do enunciado 
são importantes e devem ser valorizados na discussão em grupo. 
ENUNCIADO 
PALAVRA-CHAVE 
COMO O 
ALUNO PENSA 
RESOLUÇÃO 
INTERAÇÃO 
COM O ALUNO 
REGISTRO 
PERSPECTIVA ANTERIOR 
A incógnita está sempre 
no fim do enunciado 
(5 + 5 = ?;16 - 3 = ?) 
Palavras como “ganhar” 
e “perder” dão certeza 
ao aluno sobre a operação 
a ser usada 
Para chegar ao resultado, é 
preciso saber qual operação 
usar (soma ou subtração) 
Está diretamente ligada 
à operação proposta no 
enunciado 
Cabe ao professor validar ou 
não a resposta encontrada 
Conta armada 
PERSPECTIVA DO CAMPO ADITIVO 
A incógnita pode estar 
em qualquer parte do enunciado 
(? + 5 = 10; 16 - ? =13) 
Não se estimula o uso. 
As crianças precisam analisar os dados 
do problema para decidir a melhor 
estratégia a ser utilizada 
Com várias possibilidades de 
chegar ao valor final, o aluno tem 
mais autonomia e o pensamento 
fica menos engessado 
Está atrelada à análise das 
informações e à criação 
de procedimentos próprios 
O professor propõe discussões em 
grupo e o aluno tem recursos para 
justificar seus procedimentos 
O percurso do raciocínio é valorizado, 
seja ele feito com contas parciais, 
armadas ou não, desenho 
de pauzinho ou outra estratégia 
Fontes: Lúcia Mesquita e Virgínia Villaça, professoras do Ensino Fundamental do Colégio Santa Cruz, em São Paulo 
✁ 
CAMPO ADITIVO 
RECORTE E COLECIONE 
as duas faces de uma mesma moeda foi 
o psicólogo francês Gérard Vergnaud, 
em 1977, ao elaborar a teoria dos cam-pos 
conceituais (leia entrevista na pág. 
71). Preocupado com as dificuldades 
das crianças no aprendizado de ope-rações 
elementares, o pesquisador pro-curou 
conhecer os procedi-mentos 
mais utilizados 
por elas. “Dentro e fo-ra 
da escola, os pe-quenos 
já lidam 
com situações que 
envolvem ganhar, 
perder, tirar, acres-centar, 
juntar e com-parar. 
Elas costumam 
compreender com mais 
facilidade quando os pro-blemas 
estão relacionados a es-sas 
noções”, observa Milou Sequerra, 
coordenadora pedagógica de 1o e 2o 
anos do Colégio Santa Cruz e estudio-sa 
do assunto. Assim, Vergnaud for-mulou 
a idéia de campos conceituais, 
que pode ser utilizada em qualquer 
área das ciências. Em Matemática, ela 
engloba, entre outras, as noções de 
campo aditivo e campo multiplicati-vo, 
tema do encarte da edição de ju-nho 
de NOVA ESCOLA. 
Pistas do problema 
Vergnaud divide o campo aditivo em 
cinco classes. As características de ca-da 
uma delas podem ser percebidas pe-la 
forma como é elaborado o enuncia-do 
(leia exemplos no quadro da pág. 70). 
São elas: 
 Transformação – Alteração do esta-do 
inicial por meio de uma situação 
positiva ou negativa que interfere no 
resultado final; 
 Combinação de medidas – Junção 
de conjuntos de quantidades preesta-belecidas; 
 Comparação – Confronto de duas 
quantidades para achar a diferença; 
 Composição de transformações – 
Alterações sucessivas do estado inicial; 
 Estados relativos – Transformação 
de um estado relativo em outro estado 
relativo (essa categoria não é aborda-da 
nos Parâmetros Curriculares Nacio-nais 
de 1ª a 4ª série por ser de maior 
complexidade e, por isso, não tratare-mos 
de problemas referentes a ela). 
Além de identificar essas situações 
para elaborar o enunciado do pro-blema, 
é preciso ficar aten-to 
para oferecer ao alu-no 
a possibilidade de 
realizar várias ope-rações, 
positivas ou 
negativas. É im-portante 
variar o 
lugar em que a in-cógnita 
é colocada. 
“A alteração do X da 
questão possibilita ra-ciocínios 
diferentes, aju-dando 
o estudante a entender 
o sentido das operações e ampliando 
as opções de resolução”, observa Pris-cila 
Monteiro (você encontra mais no 
quadro abaixo). 
Dá para perceber que essas novas 
concepções mudam totalmente a ma-neira 
de ensinar problemas de adição 
e subtração, certo? Se antes a conta 
armada era a única opção disponível, 
agora o aluno tem variados caminhos 
para chegar ao fim, assim como re-gistrar 
esse percurso. 
Da mesma forma como há um le-que 
de situações matemáticas, tam-bém 
o aluno pode buscar variados ca-minhos 
para encontrar o resultado. 
Vamos entender como isso funciona 
com a ajuda de um exemplo: “Numa 
gincana escolar, a turma B fez 48 pon-tos, 
e a A, 29. Quantos pontos a tur-ma 
A precisa fazer para ficar igual à 
B?” Colocar um número em cima do 
outro e fazer a conta armada é ape-nas 
uma forma de resolver essa ques-tão 
– mas não é a única. 
Um aluno pode partir do 29 e ir con-tando 
de um em um até chegar ao 48, 
encontrando o resultado por meio do 
10 
? 
20 
CÉLLUS
✃ 
ENCARTE ESPECIAL 
3 MATEMATICA 
RECORTE E COLECIONE 
Os diferentes caminhos para a resolução de problemas 
Você pode usar a teoria do campo conceitual – da qual o campo aditivo faz parte – para melhor organizar 
as práticas em sala de aula: nos problemas apresentados, observe se os significados envolvidos estão sendo 
explorados. Dessa forma, as crianças percebem que diferentes situações podem ser resolvidas pelo uso de uma 
mesma operação. Acompanhe a seguir alguns exemplos de problemas. 
TRANSFORMAÇÃO POSITIVA DE UM ESTADO INICIAL 
EXEMPLO 
Marina tinha 20 figurinhas e 
ganhou 15 num jogo. Quantas 
figurinhas ela tem agora? 
acrescentar 
TRANSFORMAÇÃO NEGATIVA DE UM ESTADO INICIAL 
Pedro tinha 37 bolinhas, mas 
perdeu 12. Quantas bolinhas 
ele tem agora? 
COMBINAÇÃO DE MEDIDAS 
Numa classe, há 15 meninos 
e 13 meninas. Quantas 
crianças há ao todo? 
Paulo tem 13 carrinhos 
e Carlos tem 7 a mais 
que ele. Quantos carrinhos 
tem Carlos? 
COMPOSIÇÃO DE TRANSFORMAÇÕES 
No início do jogo, Flávia tinha 
42 pontos. Ela ganhou 10 
pontos e, em seguida, mais 25. 
O que aconteceu com seus 
pontos no fim? 
OBSERVAÇÃO VARIAÇÕES 
 Marina tinha algumas figurinhas, 
ganhou 15 num jogo e ficou com 35. 
Quantas figurinhas ela tinha? 
+ + 
 Pedro tinha várias bolinhas, 
perdeu 12 e agora tem 25. 
Quantas bolinhas ele tinha antes? 
 Em uma classe de 28 alunos, 
há alguns meninos e 13 meninas. 
Quantos são os meninos? 
 Paulo tem 13 carrinhos, e Carlos, 
20. Quantos carrinhos a mais Paulo 
precisa para ter o mesmo que Carlos? 
 No início do jogo, Flávia tinha 
42 pontos. Ela perdeu 10 pontos 
e, em seguida, perdeu mais 25. 
O que aconteceu com seus 
pontos no fim? 
 Marina tinha 20 figurinhas. 
Ganhou algumas e ficou com 35. 
Quantas figurinhas ela ganhou? 
 Na semana passada, Pedro tinha 
37 bolinhas. Hoje tem 25. O que 
aconteceu no decorrer da semana? 
 Em uma classe de 28 alunos, 
15 são meninos. Quantas são 
as meninas? 
 Carlos tem 20 carrinhos. 
Paulo tem 7 a menos que ele. 
Quantos carrinhos tem Paulo? 
 No início do jogo, Flávia tinha 
42 pontos. Ela ganhou 10 pontos 
e, em seguida, perdeu 25. 
O que aconteceu com seus 
pontos no fim? 
Fonte: Célia Maria Carolino Pires, professora titular do Departamento de Matemática, coordenadora do curso de Licenciatura em Matemática e professora do Programa 
de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da PUC-SP 
ILUSTRAÇÕES CÉLLUS 
tirar 
? 15 25 
juntar 
comparar 
COMPARAÇÃO 
acrescentar/ 
acrescentar 
tirar/tirar 
acrescentar/ 
tirar 
20 ? 35 
? 12 25 
13 ? 20 
37 ? 25 
13 
28 
? 
? 
28 
15 
20 7 ? 
42 10 25 ? 42 10 25 ? 
+
Do pensamento ao conceito 
O psicólogo 
francês Gérard 
Vergnaud valoriza 
os caminhos que 
o aluno percorre 
para solucionar 
um problema. 
Discípulo de Jean 
Piaget (1896-1908) e Lev Vygotsky 
(1896-1934), Vergnaud sugere que 
diversas áreas do conhecimento sejam 
ensinadas sob a perspectiva dos 
campos conceituais, que nada mais 
são do que a apreensão progressiva 
de conceitos por meio de um conjunto 
variado de problemas, conteúdos, 
situações, estruturas e relações. 
Em Matemática, ele concebeu 
as estruturas aditivas e as 
multiplicativas. Aqui, os principais 
trechos da entrevista dada pelo 
psicólogo, por e-mail, a NOVA ESCOLA. 
Por que é importante pensar 
adição e subtração sob o enfoque 
do campo aditivo? 
Porque não se pode entender 
separadamente o desenvolvimento 
cognitivo e o aprendizado de um 
conceito.Desenvolvemos conceitos e 
representamos objetos e pensamentos 
por meio de suas características gerais, 
para enfrentar situações. E sempre há 
uma variedade enorme de situações 
envolvidas na formação de um conceito 
– e também uma variedade de conceitos 
envolvidos no entendimento de uma 
situação. Juntos, eles formam sistemas 
progressivamente organizados, que 
devem ser estudados ao mesmo tempo. 
O que o levou a incluir 
os problemas matemáticos nessa 
perspectiva? 
As primeiras idéias das crianças a 
respeito de adição e subtração se 
desenvolvem entre 4 e 6 anos.No 
entanto, existem problemas que 
implicam apenas uma adição e que 
muitos alunos não conseguem entender, 
mesmo depois de concluir o primeiro 
ciclo do Ensino Fundamental. 
Pior: às vezes eles desenvolvem idéias 
erradas sobre determinados conceitos. 
Então, é útil tentar classificar essas 
situações e analisar as dificuldades 
e os obstáculos epistemológicos 
encontrados por esses estudantes. 
Quais as dificuldades dos alunos 
para compreender problemas 
de adição e subtração? 
O mais comum é não saber o que fazer 
quando o estado inicial ou a 
transformação são desconhecidos, 
pois geralmente se pede o valor final, 
que é sempre maior do que o inicial. 
Alguns ficam em dúvida quando a 
transformação é uma subtração. 
Outro ponto é a resistência em 
conceber, num mesmo raciocínio, 
operações com números de sinais 
diferentes (negativo e positivo). 
Por que o conceito de campo 
aditivo ainda é pouco utilizado 
nas escolas? 
A teoria não é difícil, mas ela não 
corresponde ao senso comum, 
formado pelos protótipos que 
também os professores aprenderam 
e continuam a ter em mente sobre 
adição e subtração.O conceito de 
campo aditivo precisa ser explicado 
com cuidado, com muitos exemplos. 
Essa forma de ensinar pode 
ser usada em quais áreas? 
Em estruturas multiplicativas com 
certeza, mas também em álgebra, 
geometria e em outros conteúdos 
que não são da Matemática, como 
Biologia, moral e ética, compreensão 
de textos e competências profissionais 
– e sempre que você precisar fazer 
análises e pesquisas específicas. 
✁ 
CAMPO ADITIVO 
RECORTE E COLECIONE 
licenciatura em Matemática da Ponti-fícia 
Universidade Católica de São Pau-lo. 
As estratégias encontradas, a manei-ra 
como defendem ou validam o que 
fizeram e a comparação com 
as soluções dos colegas 
têm tanto ou mais va-lor 
que o resultado 
certo. Célia ressalta 
a importância de o 
professor socializar 
com a classe as so-luções 
encontradas 
pelos alunos. “Essa 
prática ajuda as crian-ças 
a perceber as diferen-tes 
formas de encontrar a so-lução 
e permite que elas façam as es-colhas 
dos procedimentos mais práti-cos 
e econômicos.” 
complemento. Outro jeito é começar 
do 48 e ir subtraindo até alcançar o 29. 
Há a possibilidade de escolher um nú-mero 
qualquer e ir ajustando as hipó-teses 
até chegar ao 48, obten-do 
o valor final através de 
sucessivas adições.Não 
é difícil que os me-nos 
experientes nes-sas 
operações op-tem 
por desenhar 
pauzinhos, contar 
nos dedos ou ainda 
procurem os núme-ros 
com a ajuda de 
uma tabela. 
“As crianças não resolvem 
problemas só quando já têm um mo-delo 
pronto”, lembra Célia Maria Ca-rolino 
Pires, coordenadora do curso de 
QUER 
SABER+? CONTATO 
 Colégio Santa Cruz, Av. Arruda Botelho, 255, 
05466-000, São Paulo, SP, tel. (11) 3024-5199 
BIBLIOGRAFIA 
 A Matemática na Escola: Aqui e Agora, 
Delia Lerner, 192 págs., Ed. Artmed, 
tel. 0800-703-3444, 42 reais 
 Aprender Matemática Resolvendo 
Problemas, Vania Marincek e Zélia Cavalcanti 
(coord.), 86 págs., Ed. Artmed, 30 reais 
 Cadernos da TV Escola – PCN na Escola, 
disponíveis na internet em 
portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ 
matematica1.pdf 
 Didática das Matemáticas, Jean Brun 
(dir.), 280 págs., Ed. Instituto Piaget, 
tel. (51) 3371-3383, 65,90 reais 
 Ensinar Matemática na Educação Infantil 
e nas Séries Iniciais – Análise e Propostas, 
Mabel Panizza e colaboradores, 188 págs., 
Ed. Artmed, 40 reais 
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ESCOLA: www.novaescola.org.br 
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Campo aditivo: diferentes caminhos para resolver problemas

  • 1. ✃ ENCARTE ESPECIAL 3 MATEMATICA RECORTE E COLECIONE Operações irmãs Teoria do campo aditivo João tinha 14 carrinhos, ganhou 5. estimula o aluno a Com quantos ficou? pensar na complexidade – É de mais ou de menos? da adição e da – Ué, se ele ganhou, então só pode subtração e a entendê-las ser de mais! – Maria tem 7 bonecas. Quando ela como operações mudou de casa, 3 sumiram.Com quan-tas complementares CAROLINA COSTA novaescola.abril@atleitor.com.br bonecas ela ficou? – Esse é de menos porque ela per-deu as bonecas... Quantas vezes você já ouviu comen-tários como esse ao formular um pro-blema matemático para a turma? Os alunos ficam aflitos para saber qual operação usar e chegar ao resultado final e você,muitas vezes, precisa do-mar a tentação de dar a dica. Quando as operações são assim apresentadas, há a tendência de a turma acreditar que ambas são opostas e conflitantes, quando na verdade elas podem ser consideradas “irmãs gêmeas”. “É pos-sível resolver o mesmo problema usan-do uma ou outra porque há vários ca-minhos que levam à resolução”, diz Priscila Monteiro, formadora do pro-grama Matemática É D+, da Funda-ção Victor Civita. Um dos primeiros pesquisadores a relacionar esses cálculos como sendo TEORIA GUSTAVO LOURENÇÃO
  • 2. Um novo jeito de fazer contas Ao lidar com o conceito de campo aditivo, você perceberá que as diferenças de abordagem em relação à maneira tradicional não se restringem ao enunciado: os caminhos que o aluno usa para resolver o desafio do enunciado são importantes e devem ser valorizados na discussão em grupo. ENUNCIADO PALAVRA-CHAVE COMO O ALUNO PENSA RESOLUÇÃO INTERAÇÃO COM O ALUNO REGISTRO PERSPECTIVA ANTERIOR A incógnita está sempre no fim do enunciado (5 + 5 = ?;16 - 3 = ?) Palavras como “ganhar” e “perder” dão certeza ao aluno sobre a operação a ser usada Para chegar ao resultado, é preciso saber qual operação usar (soma ou subtração) Está diretamente ligada à operação proposta no enunciado Cabe ao professor validar ou não a resposta encontrada Conta armada PERSPECTIVA DO CAMPO ADITIVO A incógnita pode estar em qualquer parte do enunciado (? + 5 = 10; 16 - ? =13) Não se estimula o uso. As crianças precisam analisar os dados do problema para decidir a melhor estratégia a ser utilizada Com várias possibilidades de chegar ao valor final, o aluno tem mais autonomia e o pensamento fica menos engessado Está atrelada à análise das informações e à criação de procedimentos próprios O professor propõe discussões em grupo e o aluno tem recursos para justificar seus procedimentos O percurso do raciocínio é valorizado, seja ele feito com contas parciais, armadas ou não, desenho de pauzinho ou outra estratégia Fontes: Lúcia Mesquita e Virgínia Villaça, professoras do Ensino Fundamental do Colégio Santa Cruz, em São Paulo ✁ CAMPO ADITIVO RECORTE E COLECIONE as duas faces de uma mesma moeda foi o psicólogo francês Gérard Vergnaud, em 1977, ao elaborar a teoria dos cam-pos conceituais (leia entrevista na pág. 71). Preocupado com as dificuldades das crianças no aprendizado de ope-rações elementares, o pesquisador pro-curou conhecer os procedi-mentos mais utilizados por elas. “Dentro e fo-ra da escola, os pe-quenos já lidam com situações que envolvem ganhar, perder, tirar, acres-centar, juntar e com-parar. Elas costumam compreender com mais facilidade quando os pro-blemas estão relacionados a es-sas noções”, observa Milou Sequerra, coordenadora pedagógica de 1o e 2o anos do Colégio Santa Cruz e estudio-sa do assunto. Assim, Vergnaud for-mulou a idéia de campos conceituais, que pode ser utilizada em qualquer área das ciências. Em Matemática, ela engloba, entre outras, as noções de campo aditivo e campo multiplicati-vo, tema do encarte da edição de ju-nho de NOVA ESCOLA. Pistas do problema Vergnaud divide o campo aditivo em cinco classes. As características de ca-da uma delas podem ser percebidas pe-la forma como é elaborado o enuncia-do (leia exemplos no quadro da pág. 70). São elas: Transformação – Alteração do esta-do inicial por meio de uma situação positiva ou negativa que interfere no resultado final; Combinação de medidas – Junção de conjuntos de quantidades preesta-belecidas; Comparação – Confronto de duas quantidades para achar a diferença; Composição de transformações – Alterações sucessivas do estado inicial; Estados relativos – Transformação de um estado relativo em outro estado relativo (essa categoria não é aborda-da nos Parâmetros Curriculares Nacio-nais de 1ª a 4ª série por ser de maior complexidade e, por isso, não tratare-mos de problemas referentes a ela). Além de identificar essas situações para elaborar o enunciado do pro-blema, é preciso ficar aten-to para oferecer ao alu-no a possibilidade de realizar várias ope-rações, positivas ou negativas. É im-portante variar o lugar em que a in-cógnita é colocada. “A alteração do X da questão possibilita ra-ciocínios diferentes, aju-dando o estudante a entender o sentido das operações e ampliando as opções de resolução”, observa Pris-cila Monteiro (você encontra mais no quadro abaixo). Dá para perceber que essas novas concepções mudam totalmente a ma-neira de ensinar problemas de adição e subtração, certo? Se antes a conta armada era a única opção disponível, agora o aluno tem variados caminhos para chegar ao fim, assim como re-gistrar esse percurso. Da mesma forma como há um le-que de situações matemáticas, tam-bém o aluno pode buscar variados ca-minhos para encontrar o resultado. Vamos entender como isso funciona com a ajuda de um exemplo: “Numa gincana escolar, a turma B fez 48 pon-tos, e a A, 29. Quantos pontos a tur-ma A precisa fazer para ficar igual à B?” Colocar um número em cima do outro e fazer a conta armada é ape-nas uma forma de resolver essa ques-tão – mas não é a única. Um aluno pode partir do 29 e ir con-tando de um em um até chegar ao 48, encontrando o resultado por meio do 10 ? 20 CÉLLUS
  • 3. ✃ ENCARTE ESPECIAL 3 MATEMATICA RECORTE E COLECIONE Os diferentes caminhos para a resolução de problemas Você pode usar a teoria do campo conceitual – da qual o campo aditivo faz parte – para melhor organizar as práticas em sala de aula: nos problemas apresentados, observe se os significados envolvidos estão sendo explorados. Dessa forma, as crianças percebem que diferentes situações podem ser resolvidas pelo uso de uma mesma operação. Acompanhe a seguir alguns exemplos de problemas. TRANSFORMAÇÃO POSITIVA DE UM ESTADO INICIAL EXEMPLO Marina tinha 20 figurinhas e ganhou 15 num jogo. Quantas figurinhas ela tem agora? acrescentar TRANSFORMAÇÃO NEGATIVA DE UM ESTADO INICIAL Pedro tinha 37 bolinhas, mas perdeu 12. Quantas bolinhas ele tem agora? COMBINAÇÃO DE MEDIDAS Numa classe, há 15 meninos e 13 meninas. Quantas crianças há ao todo? Paulo tem 13 carrinhos e Carlos tem 7 a mais que ele. Quantos carrinhos tem Carlos? COMPOSIÇÃO DE TRANSFORMAÇÕES No início do jogo, Flávia tinha 42 pontos. Ela ganhou 10 pontos e, em seguida, mais 25. O que aconteceu com seus pontos no fim? OBSERVAÇÃO VARIAÇÕES Marina tinha algumas figurinhas, ganhou 15 num jogo e ficou com 35. Quantas figurinhas ela tinha? + + Pedro tinha várias bolinhas, perdeu 12 e agora tem 25. Quantas bolinhas ele tinha antes? Em uma classe de 28 alunos, há alguns meninos e 13 meninas. Quantos são os meninos? Paulo tem 13 carrinhos, e Carlos, 20. Quantos carrinhos a mais Paulo precisa para ter o mesmo que Carlos? No início do jogo, Flávia tinha 42 pontos. Ela perdeu 10 pontos e, em seguida, perdeu mais 25. O que aconteceu com seus pontos no fim? Marina tinha 20 figurinhas. Ganhou algumas e ficou com 35. Quantas figurinhas ela ganhou? Na semana passada, Pedro tinha 37 bolinhas. Hoje tem 25. O que aconteceu no decorrer da semana? Em uma classe de 28 alunos, 15 são meninos. Quantas são as meninas? Carlos tem 20 carrinhos. Paulo tem 7 a menos que ele. Quantos carrinhos tem Paulo? No início do jogo, Flávia tinha 42 pontos. Ela ganhou 10 pontos e, em seguida, perdeu 25. O que aconteceu com seus pontos no fim? Fonte: Célia Maria Carolino Pires, professora titular do Departamento de Matemática, coordenadora do curso de Licenciatura em Matemática e professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática da PUC-SP ILUSTRAÇÕES CÉLLUS tirar ? 15 25 juntar comparar COMPARAÇÃO acrescentar/ acrescentar tirar/tirar acrescentar/ tirar 20 ? 35 ? 12 25 13 ? 20 37 ? 25 13 28 ? ? 28 15 20 7 ? 42 10 25 ? 42 10 25 ? +
  • 4. Do pensamento ao conceito O psicólogo francês Gérard Vergnaud valoriza os caminhos que o aluno percorre para solucionar um problema. Discípulo de Jean Piaget (1896-1908) e Lev Vygotsky (1896-1934), Vergnaud sugere que diversas áreas do conhecimento sejam ensinadas sob a perspectiva dos campos conceituais, que nada mais são do que a apreensão progressiva de conceitos por meio de um conjunto variado de problemas, conteúdos, situações, estruturas e relações. Em Matemática, ele concebeu as estruturas aditivas e as multiplicativas. Aqui, os principais trechos da entrevista dada pelo psicólogo, por e-mail, a NOVA ESCOLA. Por que é importante pensar adição e subtração sob o enfoque do campo aditivo? Porque não se pode entender separadamente o desenvolvimento cognitivo e o aprendizado de um conceito.Desenvolvemos conceitos e representamos objetos e pensamentos por meio de suas características gerais, para enfrentar situações. E sempre há uma variedade enorme de situações envolvidas na formação de um conceito – e também uma variedade de conceitos envolvidos no entendimento de uma situação. Juntos, eles formam sistemas progressivamente organizados, que devem ser estudados ao mesmo tempo. O que o levou a incluir os problemas matemáticos nessa perspectiva? As primeiras idéias das crianças a respeito de adição e subtração se desenvolvem entre 4 e 6 anos.No entanto, existem problemas que implicam apenas uma adição e que muitos alunos não conseguem entender, mesmo depois de concluir o primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Pior: às vezes eles desenvolvem idéias erradas sobre determinados conceitos. Então, é útil tentar classificar essas situações e analisar as dificuldades e os obstáculos epistemológicos encontrados por esses estudantes. Quais as dificuldades dos alunos para compreender problemas de adição e subtração? O mais comum é não saber o que fazer quando o estado inicial ou a transformação são desconhecidos, pois geralmente se pede o valor final, que é sempre maior do que o inicial. Alguns ficam em dúvida quando a transformação é uma subtração. Outro ponto é a resistência em conceber, num mesmo raciocínio, operações com números de sinais diferentes (negativo e positivo). Por que o conceito de campo aditivo ainda é pouco utilizado nas escolas? A teoria não é difícil, mas ela não corresponde ao senso comum, formado pelos protótipos que também os professores aprenderam e continuam a ter em mente sobre adição e subtração.O conceito de campo aditivo precisa ser explicado com cuidado, com muitos exemplos. Essa forma de ensinar pode ser usada em quais áreas? Em estruturas multiplicativas com certeza, mas também em álgebra, geometria e em outros conteúdos que não são da Matemática, como Biologia, moral e ética, compreensão de textos e competências profissionais – e sempre que você precisar fazer análises e pesquisas específicas. ✁ CAMPO ADITIVO RECORTE E COLECIONE licenciatura em Matemática da Ponti-fícia Universidade Católica de São Pau-lo. As estratégias encontradas, a manei-ra como defendem ou validam o que fizeram e a comparação com as soluções dos colegas têm tanto ou mais va-lor que o resultado certo. Célia ressalta a importância de o professor socializar com a classe as so-luções encontradas pelos alunos. “Essa prática ajuda as crian-ças a perceber as diferen-tes formas de encontrar a so-lução e permite que elas façam as es-colhas dos procedimentos mais práti-cos e econômicos.” complemento. Outro jeito é começar do 48 e ir subtraindo até alcançar o 29. Há a possibilidade de escolher um nú-mero qualquer e ir ajustando as hipó-teses até chegar ao 48, obten-do o valor final através de sucessivas adições.Não é difícil que os me-nos experientes nes-sas operações op-tem por desenhar pauzinhos, contar nos dedos ou ainda procurem os núme-ros com a ajuda de uma tabela. “As crianças não resolvem problemas só quando já têm um mo-delo pronto”, lembra Célia Maria Ca-rolino Pires, coordenadora do curso de QUER SABER+? CONTATO Colégio Santa Cruz, Av. Arruda Botelho, 255, 05466-000, São Paulo, SP, tel. (11) 3024-5199 BIBLIOGRAFIA A Matemática na Escola: Aqui e Agora, Delia Lerner, 192 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 42 reais Aprender Matemática Resolvendo Problemas, Vania Marincek e Zélia Cavalcanti (coord.), 86 págs., Ed. Artmed, 30 reais Cadernos da TV Escola – PCN na Escola, disponíveis na internet em portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/ matematica1.pdf Didática das Matemáticas, Jean Brun (dir.), 280 págs., Ed. Instituto Piaget, tel. (51) 3371-3383, 65,90 reais Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas Séries Iniciais – Análise e Propostas, Mabel Panizza e colaboradores, 188 págs., Ed. Artmed, 40 reais EXCLUSIVO ON-LINE Veja vídeos no site de projetos de NOVA ESCOLA: www.novaescola.org.br 15 25 ? ARQUIVO PESSOAL