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Sumário
I. Introdução e apresentação da disciplina .......................................................... 4
II. Conceitos básicos............................................................................................ 5
2.1 O que é um artigo?........................................................................................................... 5
2.2 O que é um artigo científico? ........................................................................................... 5
2.3 O que é uma monografia?................................................................................................ 6
III. Estrutura padrão de um artigo......................................................................... 6
3.1 Elementos Pré-textuais .................................................................................................... 7
3.1.1 Título e Subtítulo......................................................................................................... 7
3.1.2 Nome(s) do(s) Autor(es).............................................................................................. 7
3.1.3 Resumo (Abstract) ...................................................................................................... 8
3.1.4 Palavras-chave (keywords).......................................................................................... 8
3.2 Elementos textuais ........................................................................................................... 9
3.2.1 Introdução................................................................................................................... 9
3.2.2 Desenvolvimento ...................................................................................................... 10
3.2.3 Revisão da Literatura (Estado da Arte) ..................................................................... 10
3.2.4 Materiais e métodos................................................................................................. 10
3.2.5 Resultados................................................................................................................. 11
3.2.6 Discussão................................................................................................................... 11
3.2.7 Conclusão.................................................................................................................. 12
3.3 Elementos Pós-textuais .................................................................................................. 12
3.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira .................................................................. 12
3.3.2 Resumo em língua estrangeira ................................................................................. 12
3.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira ...................................................................... 12
3.3.4 Nota(s) explicativa(s)................................................................................................. 12
3.3.5 Referências................................................................................................................ 13
3.3.6 Glossário ................................................................................................................... 13
3.3.7 Apêndice(s) ............................................................................................................... 13
3.3.8 Anexo(s) .................................................................................................................... 13
3.3.9 Agradecimentos ........................................................................................................ 14
3.4 Ilustrações ...................................................................................................................... 14
3.5 Tabelas............................................................................................................................ 14
IV. Estrutura Padrão de uma Monografia .............................................................15
4.1 Organização.................................................................................................................... 15
4.2 Esqueleto genérico de uma monografia do ponto de vista do conteúdo...................... 16
4.2.1 Introdução (Motivação) (Objetivo – O que se pretende apresentar) ....................... 16
4.2.2 Revisão do estado da arte......................................................................................... 16
4.2.3 Análise....................................................................................................................... 17
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4.2.4 Validação................................................................................................................... 17
4.2.5 Conclusões ................................................................................................................ 18
4.2.6 Referências................................................................................................................ 18
4.2.7 Anexos....................................................................................................................... 18
V. Características de um bom artigo....................................................................19
5.1 Seu artigo tem algo a dizer?........................................................................................... 19
5.2 Seu artigo está bem feito?.............................................................................................. 19
5.3 Qual a contribuição do seu artigo?................................................................................. 19
5.4 Está bem escrito? ........................................................................................................... 20
5.5 Qualidades esperadas de um artigo............................................................................... 20
VI. Dicas sobre a redação do texto .......................................................................21
VII. Etapas de desenvolvimento do projeto de pesquisa científica..........................22
7.1 Elaboração da Pergunta de Partida................................................................................ 23
7.1.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 23
7.1.2 Validando a Pergunta de Partida .............................................................................. 24
7.2 Consolidação da Pergunta de Partida............................................................................. 24
7.2.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 25
7.3 Elaboração dos Objetivos ............................................................................................... 26
7.3.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 27
7.4 Iniciando a construção da base teórica: o resumo e a introdução................................ 27
7.4.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 28
VIII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002.....................................29
8.1 Autor Pessoal.................................................................................................................. 29
8.2 Autor entidade ............................................................................................................... 30
8.3 Monografia no todo ....................................................................................................... 30
8.4 Monografia no todo em meio eletrônico....................................................................... 30
8.5 Parte de monografia....................................................................................................... 30
8.6 Parte de monografia em meio eletrônico ...................................................................... 31
8.7 Publicação periódica....................................................................................................... 31
8.8 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico.................................. 31
8.9 Evento como um todo.................................................................................................... 31
8.10 Trabalho apresentado em evento.................................................................................. 31
8.11 Documento jurídico........................................................................................................ 32
8.12 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico .................................................... 32
IX. Dicas gerais para se escrever um bom artigo científico ....................................33
9.1 Qualidade das buscas online .......................................................................................... 33
9.1.1 O que usar?............................................................................................................... 33
9.1.2 O que não usar?........................................................................................................ 33
X. Referências:...................................................................................................34
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I. Introdução e apresentação da disciplina
Olá prezado(a) aluno(a)!
Vamos juntos nesta disciplina aprender e aplicar conceitos relacionados à escrita de um
artigo científico e monografia, abordando a definição do tema, a pergunta de partida e até
como referenciá-los utilizando a norma ABNT vigente.
Aprenderemos como realizar levantamentos bibliográficos e procedimentos
exploratórios que nos ajudarão na construção da problemática, na avaliação e escolha de
metodologias e modelo de análise do texto.
O principal objetivo desta disciplina e familiarizá-los com conceitos inerentes a um
artigo científico e a monografia. Responderemos a perguntas como: O que é um artigo e uma
Monografia? Qual o objetivo de um artigo científico e de uma monografia? Quais suas partes?
O que é importante observar ao se escrever um texto? Com referenciar uma produção?
Como não poderia deixar de ser, como bom analista de sistemas eu mostro, em notação
de Modelagem de processos, as etapas de desenvolvimento de um projeto de pesquisa
científica, para melhor visualização e compreensão dos conceitos discutidos.
Veremos dicas importantes de como escrever bons artigos. E para avaliar nosso
potencial de escrita e absorção dos conceitos, durante o curso da disciplina, escreveremos um
artigo, avaliaremos, debateremos e discutiremos aspectos para sua melhoria.
Esta disciplina os ajudará a atingir os propósitos da disciplina, quais sejam: formar
especialistas capazes de projetar, implantar e gerenciar soluções de segurança da informação
nas organizações, com sólidos conhecimentos teóricos e práticos em arquiteturas de redes
seguras, políticas de segurança, planos de continuidade de negócios, testes de segurança,
respostas a incidentes e os aspectos jurídicos relacionados.
Para tanto, todos os profissionais devem ser capazes de realizar pesquisas científicas e
exploratórias, avaliá-las e descrevê-las na forma escrita. Isto vale para a vida acadêmica – no
desenvolvimento das tarefas de cada disciplina– e primordialmente para a vida profissional.
Ademais, ao final da Especialização, todos os alunos devem entregar um Trabalho de
Conclusão de Curso que consistirá na elaboração de uma monografia ou artigo individual sobre
tema pertinente ao curso, podendo ser, inclusive, fruto de uma pesquisa de campo sobre o
tema.
Então vamos lá! Arregacem as mangas! Abram suas mentes!
Vamos aprender juntos a escrever bons artigos científicos e monografias trazendo uma
contribuição significativa para a área de segurança e para nossas vidas!
Contem comigo! :=D
Bons estudos
Prof. Edilberto Silva
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II. Conceitos básicos
2.1 O que é um artigo?
De acordo com o dicionário Michaelis artigo é:
“(...) 2 Cada um dos assuntos de que se compõe um escrito. (...)
5 Escrito de jornal, mais extenso que a simples notícia.”
Ariane Fonseca [1] cita que quanto à finalidade, o artigo toma duas feições: doutrinário
(destina-se a analisar uma questão da atualidade, sugerindo ao público uma determinada
maneira de vê-la ou de julgá-la) ou científico (destina-se a tornar público o avanço da ciência,
repartindo com os leitores novos conhecimentos, novos conceitos).
De acordo com José Marques de Melo[apud 1], cada espécie de artigo tem suas próprias
características redacionais. Não há um padrão uniforme para sua concepção, depende da
natureza do veículo em que se publica.
“Sendo colaboração espontânea ou solicitação nem sempre remunerada, o artigo confere liberdade
completa ao seu autor. Trata-se de liberdade em relação ao tema, ao juízo de valor emitido, e também
em relação ao modo de expressão verbal” – pag. 125.[1]
2.2 O que é um artigo científico?
O artigo cientifico “é um texto escrito para ser publicado num período especializado e
tem o objetivo de comunicar os dados de uma pesquisa, seja ela experimental, quase
experimental ou documental” [3, p.82].
De acordo com a ABNT [4, p.2), os artigos podem ser:
Artigo cientifico: Parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e
discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.
• Artigo de revisão: Parte de uma publicação que resuma, analisa e discute
informações já publicadas.
• Artigo original: Parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens
originais.
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2.3 O que é uma monografia?
De acordo com o dicionário Michaelis monografia é:
“1 Trabalho escrito, pormenorizado, em que se pretende dar informação completa sobre algum tema
particular de um ramo de conhecimento, ou sobre personagens, localidades, acontecimentos etc”.
A professora Mara [5] ensina que monografia é:
“...a descrição, através de um texto com formato pré-definido, dos resultados obtidos em um estudo
aprofundado de um assunto em alguma área, científica ou não. Os objetivos de uma monografia são
esclarecer um determinado tema e propor formas de organizá-lo e analisá-lo”.
De acordo com a ABNT 6023:2003:
“Monografia: Item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte, ou que se pretende
completar em um número preestabelecido de partes separadas”.
No curso de pós-graduação em Segurança da Informação ao final do curso o aluno deve
apresentar uma monografia ou artigo, que deve seguir as diretivas do projeto do curso.
III. Estrutura padrão de um artigo
Um artigo científico tem a mesma estrutura de um trabalho científico, ou seja, sua
estrutura é composta de 3 elementos: pré-textuais, textuais e pós-textuais.
Tabela 1: Elementos de um artigo
Pré-textuais Textuais Pós-Textuais
Título e Subtítulo (se houver) Introdução
Título, e subtítulo em língua
estrangeira
Nome do(s) autor (es)
Desenvolvimento
Revisão da literatura Resumo em língua estrangeira
Resumo na língua vernácula1
do texto
Material e métodos
Palavras-chave em língua
estrangeira
Palavras-chave na língua
vernácula do texto
Resultados Nota(s) explicativa(s)
Discussão Referências
Conclusão Glossário
Apêndice(s)
Anexos
Agradecimentos
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3.1 Elementos Pré-textuais
3.1.1 Título e Subtítulo
Título: Palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um
documento (ABNT 6023:2003).
Subtítulo: Informações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou
complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento. (ABNT 6023:2003)
O título deve conter o menor número possível de palavras que descreva precisamente o
conteúdo do artigo. Omita todas as palavras desnecessárias do tipo “Um estudo de ...”,
“Investigações sobre ...”, “Observações a cerca de ...”, etc.
Serviços de indexação e criação de resumos dependem da acurácia do título,extraindo
do mesmo palavras-chave que serão úteis na busca de referências e na pesquisa utilizando
computador.
Um artigo cujo título foi escolhido de forma inadequada corre o risco de nunca atingir o
público ao qual foi destinado, portanto seja o mais preciso e específico possível. Se o estudo é
sobre uma espécie particular ou um determinado composto químico, especifique-o(a) no título.
Se o estudo foi limitado a uma determinada área, região ou sistema, e as inferências
(=conclusões) que o artigo contém são igualmente limitadas, então explicite o nome da área,
região ou sistema no título do artigo.
O subtítulo é opcional e deve complementar o título com informações relevantes,
necessárias, somente quando for para melhorar a compreensão do tema.
Na composição do título deve-se evitar ponto,vírgula, ponto de exclamação e aspas ou
qualquer outro elemento que interfira no seu significado, exceto o ponto de interrogação, que
neste momento serve para destacá-lo ou diferenciá-lo dos demais.
3.1.2 Nome(s) do(s) Autor(es)
Autor(es): Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou
artístico de um documento (ABNT 6023:2003).
1
Adj. Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula
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Dependendo do formato é exigido que os autores insiram seus nomes completos com
email de contato.
Em alguns padrões após o(s) nome(s) do(s) autor(s) deve ser inserido um breve
currículo, que o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo. Quando é mais de um autor,
normalmente o primeiro nome é o autor principal, ou 1° autor, sendo sempre citado ou
referenciado a frente dos demais.
3.1.3 Resumo (Abstract)
Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. (ABNT
6028:2003).
O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do
documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou
indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original.
O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas, afirmativas e não de
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único.
A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A
seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de
caso, análise da situação etc.).
Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular.
Devem-se evitar:
• Símbolos e contrações que não sejam de uso corrente;
• Fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários;
quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que
aparecerem.
Quanto a sua extensão os resumos de artigos de periódicos, devem ter de 100 a 250
palavras.
3.1.4 Palavras-chave (keywords)
Palavra-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida em
vocabulário controlado. (ABNT 6022:2003).
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As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão
“Palavras-chave:”, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto.
Exemplo:
Palavras-chave: Referências. Documentação.
3.2 Elementos textuais
3.2.1 Introdução
Introdução: Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação do assunto
tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do
artigo. (ABNT 6022:2003).
Uma função importante da introdução é estabelecer a significância do seu trabalho que
está sendo apresentado no artigo: “Por que houve a necessidade e/ou interesse em conduzir
este trabalho de pesquisa?” Tendo introduzido a literatura pertinente ao assunto e demostrado
a necessidade e/ou interesse para a realização do estudo a ser apresentado no artigo, você
deve apresentar de forma clara e precisa a área de abrangência do artigo e os objetivos do
mesmo.
A introdução pode terminar com a apresentação dos objetivos, ou como algumas
pessoas preferem, com uma breve sentença apresentando as principais “descobertas”
(contribuições) do seu artigo. De uma forma ou outra, o leitor deve ter uma idéia de onde o
artigo quer chegar para ser capaz de acompanhar o desenvolvimento do mesmo.
De modo geral, a introdução deve apresentar:
• O assunto objeto de estudo;
• O ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado;
• Trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema;
• As justificativas que levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa, a
hipótese de estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de
escolha do método e principais resultados.”
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3.2.2 Desenvolvimento
Desenvolvimento: Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e
pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, conforme a NBR
6024, que variam em função da abordagem do tema e do método. (ABNT 6022:2003).
O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do artigo científico,
caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada dos aspectos conceituais mais
importantes do assunto. É onde são amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o
tema (fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos
resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, etc...
O autor deve ter domínio sobre o tema abordado, pois quanto maior for o
conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e completo será o texto. A organização do
conteúdo deve possuir uma ordem seqüencial progressiva, em função da lógica inerente a
qualquer assunto, que uma vez detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes
pode ser utilizada a subdivisão do tema em seções e subseções.
3.2.3 Revisão da Literatura (Estado da Arte)
Debate entre autores pesquisados e deles com o autor do artigo, com o objetivo de
identificar o estado da arte. Esta discussão baseia-se na bibliografia disponível e atualizada,
especialmente por meio do uso de periódicos científicos.[8]
3.2.4 Materiais e métodos
O objetivo principal desta seção é fornecer detalhes suficientes de forma que uma
pessoa que trabalhe na área do seu artigo possa repetir o estudo apresentado no seu artigo e
reproduzir os resultados.
O método científico requer que seus resultados sejam reprodutíveis, e você deve
fornecer informação suficiente para que outras pessoas possam repetir o estudo.
Seja claro e preciso na descrição das medidas e inclua as incertezas (=erros) envolvidas
na medida. Quando você empregar na análise dos seus dados um método estatístico mais usual
(por exemplo, regressão linear) não é necessário comentários a respeito do mesmo; métodos
estatísticos avançados ou pouco usuais requerem uma citação da literatura. [10]
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3.2.5 Resultados
Na seção de resultados você apresenta a suas “descobertas”: itens como figuras e
tabelas são partes importantes nesta seção. Apresente os dados, de forma condensada e
organizados sistematicamente, com as idéias e tendências mais importantes ressaltadas (em
destaque) e bem descritas.
Uma vez que a seção de resultados compreende “o novo conhecimento” que você está
contribuindo para o mundo, é importante que suas “descobertas” sejam relatadas de forma
simples e clara. Contudo, cuidado para não ser conciso demais. Não podemos esperar que os
leitores extraiam as idéias e tendências mais importantes dos dados sem a ajuda do autor.
Combine o uso de texto, tabelas e figuras para condensar os dados e dar destaque às
novas idéias e tendências encontradas em suas “descobertas”.[10]
3.2.6 Discussão
Na seção de discussão dos resultados, você deve discutir quais idéias e tendências foram
estabelecidas ou reforçadas com os resultados de seu trabalho; como suas descobertas se
comparam às descobertas de outros ou às previsões baseadas em trabalhos anteriores, e se
existem implicações teóricas e/ou práticas do seu trabalho.
Quando você faz estas perguntas, é crucial que o que você vai escrever na seção
“discussão” se apóie firmemente nas evidências apresentadas na seção “resultados”. Refira-se
aos seus resultados para dar suporte às afirmações feitas na seção “discussão”. Não estenda as
suas conclusões além daquelas que são diretamente sustentadas pelos seus resultados.
Um parágrafo curto de especulação a respeito do significado (de uma maneira geral) de
seus resultados é usualmente aceitável, mas não deve de forma alguma formar a principal
parte da seção “discussão”. Tenha certeza de que você se referiu aos objetivos do seu trabalho
na seção “discussão” e de que você discutiu a significância dos resultados obtidos. Não deixe o
leitor pensando: “E daí????”. Termine a seção “discussão” com um breve resumo ou
conclusão que diga respeito à significância do seu trabalho.
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3.2.7 Conclusão
Conclusão: Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões correspondentes
aos objetivos e hipóteses. (ABNT 6022:2003).
Parte final do artigo, onde o autor apresenta as conclusões da pesquisa, de modo
sintético, com descobertas fundamentadas nos objetivos que foram apresentados, comprova
ou refuta as hipóteses, ou confirma as respostas dadas às questões norteadoras, pode
apresentar sugestões e recomendações para outros trabalhos.
3.3 Elementos Pós-textuais
3.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira
O título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira, diferenciados tipograficamente
ou separados por dois pontos (:), precedem o resumo em língua estrangeira. (ABNT 6022:2003)
3.3.2 Resumo em língua estrangeira
Elemento obrigatório, versão do resumo na língua do texto, para idioma de divulgação
internacional, com as mesmas características (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em
francês Résumé, por exemplo). (ABNT 6022:2003)
3.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira
Elemento obrigatório, versão das palavras-chave na língua do texto para a mesma língua
do resumo em língua estrangeira (em inglês Keywords, em espanhol Palabras clave, em francês
Mots-clés, por exemplo). (ABNT 6022:2003)
3.3.4 Nota(s) explicativa(s)
Nota explicativa: Nota usada para comentários, esclarecimentos ou explanações, que
não possam ser incluídos no texto. (ABNT 6022:2003).
A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única e
consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração a cada página.
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Exemplos: No texto
Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou
vinculação profissional 1
Na nota explicativa
1
Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290).
3.3.5 Referências
Referência: Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um
documento, que permite sua identificação individual. (ABNT 6022:2003).
Elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023. Veja o tópico “VII. Como
referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002” para maiores informações.
3.3.6 Glossário
Glossário: Lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito
ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.
(ABNT 6022:2003).
Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética.
3.3.7 Apêndice(s)
Apêndice: Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua
argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. (ABNT 6022:2003).
Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras
maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 23 letras do
alfabeto.
Exemplo:
APÊNDICE A – Avaliação da ABNT ISO 27005:2003
3.3.8 Anexo(s)
Anexo: Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação,
comprovação e ilustração. (ABNT 6022:2003).
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Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas,
na identificação dos anexos, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto.
Exemplo:
ANEXO A – Lei nº 99/2099 sobre BioSegurança
3.3.9 Agradecimentos
Agradecimentos e a data de entrega dos originais para publicação.
3.4 Ilustrações
As ilustrações (quadros, figuras, fotos etc), devem ter uma numeração seqüencial. Sua
identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu
número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título, a
ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere. (ABNT. NBR 6022,
2003, p. 5).
3.5 Tabelas
Conforme o IBGE (1993) as tabelas devem ter um número em algarismo arábico,
seqüencial, inscritos na parte superior, a esquerda da página, precedida da palavra Tabela.
Exemplo: Tabela 5 ou Tabela 3.5
Devem conter um Título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza
e abrangência do seu conteúdo e a Fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela
em letra maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela,
precedida da palavra Fonte.
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IV. Estrutura Padrão de uma Monografia
4.1 Organização
Esse estudo normalmente se organiza em uma das seguintes formas: [13][14]
• Uma revisão bibliográfica abrangente de um determinado assunto. Ex.: O
paradigma de orientação a objeto nas modernas linguagens de programação;
• Uma revisão bibliográfica, complementada por um estudo de caso da
aplicabilidade de uma técnica ou abordagem estudada. Ex.: As primitivas de POO
no desenvolvimento de um sistema para troca de informações;
• Uma revisão bibliográfica associada à investigação de formas de solução de um
determinado problema. Ex.: A implementação da hierarquia múltipla nos novos
paradigmas OO.
Não é necessário que uma monografia apresente resultados inéditos (como esperado
em uma tese de doutorado, ou, em menor grau, em uma dissertação de mestrado). Os
resultados estão mais associados à organização e análise comparativa e crítica das idéias em
torno de um determinado assunto. Desta forma, uma revisão bibliográfica das obras mais
importantes em uma determinada área é parte essencial da construção de uma monografia.
O texto deve ser pensado como proporcionando ao leitor uma fonte de estudo em um
assunto, fornecendo desde os conceitos fundamentais da área até uma visão mais
aprofundada dos conteúdos que a compõem.
Uma monografia deve ser escrita em uma linguagem clara e objetiva. Um texto
científico deve ser: objetivo, preciso, imparcial, claro, coerente, e impessoal. Os verbos devem
ser utilizados na terceira pessoa do singular, evitando-se usar na terceira pessoa do plural e
nunca primeira pessoa.
O texto deve ter uma seqüência lógica apresentando com precisão as idéias, as
pesquisas, os dados, os resultados dos estudos, sem prolongar-se por questões de menor
importância.
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4.2 Esqueleto genérico de uma monografia do ponto de vista do conteúdo
A descrição abaixo (tabela 2) fornece uma idéia geral do conteúdo que deve ser tratado
em cada seção do corpo de uma monografia, sem preocupações com o formato.
Tabela 2: Elementos de uma Monografia
Pré-textuais Textuais Pós-Textuais
Título e Subtítulo (se houver) Introdução
Título, e subtítulo em língua
estrangeira
Nome do(s) autor (es)
Desenvolvimento
Revisão da literatura Resumo em língua estrangeira
Resumo na língua vernácula2
do texto
Análise
Palavras-chave em língua
estrangeira
Palavras-chave na língua
vernácula do texto
Validação Nota(s) explicativa(s)
Conclusão Referências
Glossário
Apêndice(s)
Anexos
Agradecimentos
4.2.1 Introdução (Motivação) (Objetivo – O que se pretende apresentar)
Apresenta uma introdução geral sobre o assunto do trabalho. Não é apenas uma
descrição dos conteúdos das seções do texto. Deve resumir o assunto do trabalho e
argumentar porque é importante, do ponto de vista de ciência da computação, estudar esse
assunto.
Pode ser discutida brevemente, a abordagem do trabalho (análise? melhor definição da
terminologia? comparação entre diferentes metodologias? avaliação da técnica em um caso
real?).
4.2.2 Revisão do estado da arte
Apresentar as idéias principais dos principais autores da área. As idéias são
apresentadas apenas, mas não discutidas ou criticadas, o que será feito nas próximas seções.
Não são incluídas as idéias ou experimentos do próprio autor da monografia.
2
Adj. Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula
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Um ponto importante da revisão é a forma como ela é organizada, o que acaba sendo
uma das maiores contribuições da monografia. É desejável que os trabalhos anteriores sejam
descritos segundo uma mesma visão, proposta pelo autor da monografia e não pelo autor dos
trabalhos revisados. A organização da revisão permite, posteriormente, realizar comparações
e análises, levando a uma melhor compreensão do assunto. Dependendo dessa, a seção pode
ser dividida em tantas subseções quanto desejáveis.
Uma revisão sobre linguagens de programação orientadas a objeto, por exemplo, pode
organizar as linguagens cronologicamente, por características particulares (implementam
herança múltipla ou não, são linguagens híbridas, etc), por serem comerciais ou acadêmicas,
entre outras abordagens.
Todos os trabalhos revisados devem estar associados à fonte de referência no texto, e
essa referência deve estar incluída nas referências bibliográficas no final da monografia.
4.2.3 Análise
Nessa seção, são analisadas as abordagens e técnicas discutidas no capítulo anterior.
Novamente os critérios de análise são importantes para apontar as principais vantagens ou
falhas das técnicas analisadas, sua utilização potencial, etc. Quanto mais dados objetivos forem
utilizados na análise melhor (ao invés de dizer: “o sistema possui uma interface amigável”,
descreva: “a interface foi analisada por 50 usuários, dos quais 60% mostraram-se satisfeitos,
35% parcialmente satisfeitos e 5% insatisfeitos com a interação”).
Nessa seção, tem papel importante a organização das informações em tabelas ou
figuras que são citadas e analisadas ao longo do texto. (Ou seja, não inclua figuras ou tabelas
que não sejam analisadas ou citadas no texto!)
4.2.4 Validação
Se a monografia aborda um estudo de caso, essa seção descreve os excelentes
resultados de utilizar a técnica ou abordagem avaliada como a melhor na seção anterior. Pode
também demonstrar porque utilizar outra abordagem não funcionaria ou não teria tão bons
resultados. A seção deve ser farta em dados objetivos para demonstrar o que afirma no texto
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(menor número de linhas de código, maior satisfação do usuário, viabilidade de integração com
outros sistemas, etc).
4.2.5 Conclusões
Basicamente, a conclusão descreve 3 tópicos básicos, as conclusões, o sumário da
contribuição do texto e estudos futuros.
Conclusões não são resumos do trabalho, mas das conclusões obtidas no estudo,
apresentadas de forma objetiva e concisa: a linguagem X é melhor que a Y; a linguagem Z é
mais adequada do que a J e assim por diante. Basicamente, repete, organiza e reforça os
resultados da análise e avaliação descritos nas seções 3 e 4.
A contribuição, se for incluída, pode descrever os critérios de análise e organização
utilizados e como esses critérios auxiliaram a compreensão e organização do domínio.
Os trabalhos futuros descrevem estudos que foram considerados interessantes após
essa pesquisa inicial, mas que, por limitação de tempo ou interesse, não foram realizados nesse
mesmo trabalho. ( Por exemplo, usar esses mesmos critérios de análise definidos para
linguagens no paradigma OO, para compará-las com outros paradigmas.)
4.2.6 Referências
A lista de referências é estreitamente relacionada à revisão do estado da arte onde
também incluir os trabalhos de onde foram extraídos dados, figuras, tabelas, textos, etc. Todas
as referências citadas no texto devem ser incluídas na lista de referências. Por outro lado a lista
de referências não deve incluir trabalhos não citados no texto.
As referências devem ser listadas no formato ABNT.
4.2.7 Anexos
Os anexos incluem todo o material que impede uma leitura rápida e compreensível do
texto da monografia, mas que é necessário para dar suporte a sua análise e conclusões.
Normalmente são materiais muito detalhados para serem incluídos no texto, como
formalismos das linguagens, tabelas de resultados de teste, copias de telas de programa, etc.
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V. Características de um bom artigo
5.1 Seu artigo tem algo a dizer?
O primeiro e importante requisito é que o artigo deve mostrar que tem algo a dizer com
o trabalho, e que fez boas escolhas ao fazê-lo. A mensagem a ser transmitida em um artigo
deve ficar explícita. Escolhas críticas determinam o sucesso de um artigo:[11]
• A escolha do tema;
• A escolha da indagação (pergunta que a pesquisa procura responder);
• A abordagem de pesquisa (como se pretende responder a pergunta);
• Pertinência da pesquisa e durabilidade do estudo.
5.2 Seu artigo está bem feito?
Uma vez determinados o tema, a indagação e abordagem da pesquisa é preciso
operacionalizar. Isto significa:
• Conceber o método apropriado;
• Efetivar com eficácia e qualidade a pesquisa planejada.
• A pesquisa se propõe a “fazer a coisa certa”?
• A pesquisa “fez certo o que deveria fazer”?
5.3 Qual a contribuição do seu artigo?
Este critério envolve o produto da pesquisa: seus argumentos e o conteúdo final. O
julgamento da pesquisa abrange:
• Consistência e Coerência. Até que ponto a pesquisa consegue teorizar,
argumentar e sustentar coerentemente o argumento principal?
• Originalidade e Inovação. Qual o nível de ineditismo do argumento, dos
resultados ou das conclusões?
• Nível de surpresa. Até que ponto a pesquisa ou resultados é surpreendente ou
redunda no óbvio, no intuitivo ou esperado?
• Qual a contribuição para o avanço do conhecimento e de utilidade para
pesquisas futuras?
• Qual a utilidade prática dos resultados e da pesquisa?
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5.4 Está bem escrito?
Não menos importante é o critério de estar bem escrito. Mesmo que o artigo detenha
um bom tema, resultados impecáveis e uma excelente contribuição, se estiver mal escrito, será
um artigo ruim. A próxima seção aborda qualidades esperadas em um artigo e a após são
descritas algumas dicas para redação do texto do artigo.
5.5 Qualidades esperadas de um artigo
Um bom artigo caracteriza-se por sua qualidade, atualidade e cientificidade,
considerando-se [3]:
• Clareza: No resumo, o leitor já deve ter uma noção clara do que trata o artigo,
que deve primar pela objetividade do seu conteúdo;
• Concisão: O assunto abordado deve ser descrito, explicado e argumentado com
poucas palavras, frases curtas e parágrafos breves;
• Criatividade: O texto deve ser escrito de forma criativa, tendo como principal
meta atrair os leitores visados. O autor pode utilizar inclusive figuras e títulos
interrogativos, que chamem atenção. E, ainda, dizer coisas que já sabe, numa
prova perspectiva;
• Correção: Logo após a redação, o texto deve passar por uma avaliação
gramatical, com pontuação adequada, e ser regido conforme as regras da
redação científica;
• Encadeamento: Tanto os parágrafos como as partes devem apresentar um
encadeamento lógico e hierárquico das idéias, guardando inclusive uma simetria
na sua estrutura dimensão;
• Consistência: O pesquisador deve optar por um tempo verbal e manter a
coerência ao longo do texto.
• Contundência: A redação de ser direta ou objetiva em relação ao assunto,
evitando a redundância ou o circunlóquio. As afirmações são importantes e são
responsáveis pelo impacto do texto;
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• Precisão: As informações apresentadas no texto devem verdadeiras e os
conceitos, universalmente aceitos;
• Originalidade: O conteúdo abordado precisa ser tratado de forma original, sem o
uso de frases feitas e lugares comuns. É conveniente evitar modismos
lingüísticos e o emprego de palavras rebuscadas, que apareçam demonstrar
erudição;
• Extensão: O tamanho do artigo vai depender do número de páginas estabelecido
pela revista ou de folhas, pelo professor em sala de aula;
• Especificidade: É necessário que o texto especifique e apresente os objetivos
pretendidos com o estudo, esclarecendo do que trata, desde seu título;
• Correcão Política: A redação deve observar o uso de termos politicamente
corretos, evitando o emprego de expressões de conotação racista, etnocentrista
e de cunho sexista;
• Fidelidade: O texto deve ser escrito dentro dos parâmetros éticos, com absoluto
respeito ao objetivo pesquisado, às fontes estudadas e aos leitores;
VI. Dicas sobre a redação do texto
Para uma boa redação Azevedo [3] descreve alguns lembretes necessários:
• Não apelar para generalizações (ex.: sabe-se, grande parte);
• Não repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use sinônimos);
• Não empregar modismos lingüísticos (ex.: em nível de, no contexto, a ponto de);
• Não apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas são a razão de ser do
pesquisador);
• Não utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas, interpretando as
idéias dos autores pesquisados;
• Não empregar notas de rodapé desnecessárias que possam interferir no texto,
sobrecarregando-o;
• Não usar gírias, abreviaturas, siglas, nomes comerciais e fórmulas químicas,
exceto se extremamente necessário;
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VII. Etapas de desenvolvimento do projeto de pesquisa científica
[12]
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7.1 Elaboração da Pergunta de Partida
As respostas às perguntas de cunho científico não se limitam a soluções do tipo “sim” ou
“não”. Porém esse pode ser o primeiro passo para se chegar à pergunta de partida. A pergunta
de partida representa um aprofundamento da curiosidade inicial em direção a uma percepção
mais ampla do fenômeno e demanda um conhecimento inicial sobre os conceitos relacionados.
Como por exemplo:
É possível mapear ataques cibernéticos à redes corporativas ligadas através de Wireless por meio
da combinação de IDPs - Sistema de Detecção de Intrusão e IPDs - Sistema de Prevenção de
Intrusão, sem o uso de sistemas firewall?
Qual foi o processo que ocorreu nesse exemplo? Em primeiro lugar, foi formulada uma
pergunta ingênua, que apenas traduzia uma curiosidade inicial. Com algum conhecimento
sobre o tema, somado ao mesmo interesse inicial, a pergunta pode e deve ser melhorada.
7.1.1 Dicas para execução desta etapa:
• Proponha uma pergunta “ingênua”.
• Identifique o tema ligado a essa pergunta.
• Colete informações básicas sobre esse tema (nessa fase de aproximação, não há
muito rigor quanto às fontes de tais informações, isto é: wikis e outras fontes
não-científicas servem apenas nesse momento, para familiarizar o pesquisador
iniciante com o tema).
• Separe algumas indicações bibliográficas pertinentes ao seu tema (agora a
literatura informal não vale mais). O ideal é que você busque materiais mais
recentes em diferentes tipos de publicação (livros, revistas e teses).
Provavelmente, você não encontrará nada que dê conta especificamente de seu
problema. Não se preocupe e lembre-se de que você ainda está compilando
informações sobre o tema.
Anote suas respostas para esses pontos de modo sistemático em algum meio separado
especificamente para esse fim. Um “caderno de pesquisa”, mesmo que não se trate fisicamente
de um caderno.
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7.1.2 Validando a Pergunta de Partida
Agora que você já tem uma pergunta de partida é cogente avaliar a pertinência de sua
pergunta de partida apresentado-a para outras pessoas, de preferência que saibam mais do
que você sobre o tema. Colegas mais experientes e professores são bons interlocutores nessa
etapa.
A sua pesquisa será desenvolvida em algum espaço institucional, que tem interesses e
abordagens de pesquisa específicas. Isso significa que uma boa pergunta de partida deve ser
adequada para o local, situação ou momento no qual você está inserido.
A pergunta: “Como as pirâmides foram construídas sem ajuda de equipamentos de
engenharia inventados em nosso século XX?” é uma pergunta adequada ao tema histórico no
ano 2000, por exemplo, e, com certeza, não é uma pergunta adequada a Pós Graduação Lato
Sensu em Segurança da Informação, da FacSenac, em 2010.
Por fim, nesta etapa, é cogente realizar sua própria reflexão durante o processo de
amadurecimento da “pergunta ingênua”, a partir dos novos conhecimentos adquiridos sobre o
tema. Isto freqüente exige a mudança da pergunta. Nesse caso, é só repetir o processo,
transformando o que seria o resultado do processo de amadurecimento da “pergunta ingênua”
em “nova pergunta ingênua”. O processo de reflexão e transformação
7.2 Consolidação da Pergunta de Partida
Apesar do esforço realizado para a elaboração da pergunta inicial, ainda há um caminho
a ser percorrido para o estabelecimento dos objetivos da pesquisa, que representam um
aprimoramento dessa curiosidade, agora mais sistematizada.
Naquela etapa, a leitura teve apenas um caráter introdutório, com o sentido de
melhorar a delimitação do problema. Agora se trata de aprimorar a pergunta inicial mediante o
conhecimento mais aprofundado de trabalhos que já se debruçaram sobre o mesmo tema e
que, eventualmente, já tenham se aproximado, mesmo que tangencialmente, do problema
escolhido por você.
Seguindo a pergunta ingênua, a título de exemplo, temos:
Como mapear ataques cibernéticos a redes corporativas?
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O contato com a literatura mais específica fez com que você pensasse em algumas
possíveis respostas, como o controle de log ou a criação de honeynet.
Estas respostas representam apenas algumas possibilidades e restringem as vastas
possibilidades abertas pelo termo “como”. A escolha de uma das alternativas identificadas
como uma provável resposta poderá ser transformada em uma hipótese e, posteriormente, no
elemento básico da nova pergunta:
Quais os mecanismos de uma ‘honeynet’ que permitem mapear um ataque cibernético
a uma rede corporativa?
Essa segunda pergunta é mais específica do que a primeira, porém pode redundar em
uma resposta técnica, não adequada a uma pesquisa de cunho científico, como no exemplo de
nossa primeira “pergunta ingênua”.
Nesse exemplo, sua nova etapa demandará leituras iniciais sobre honeynet, que,
provavelmente, não haviam sido contempladas na elaboração da pergunta de partida. O
processo continua a ser o mesmo de se supor que, ao ampliar seu conhecimento teórico sobre
a problemática, você comece a ter novas ideias quanto à abordagem prevista para o problema.
7.2.1 Dicas para execução desta etapa:
• Tenha em mãos (no seu registro do projeto) a “pergunta de partida”.
• Tente imaginar algumas respostas possíveis e anote-as.
• Escolha uma dessas respostas.
• Colete novas informações básicas ligadas ao estreitamento do tema provocado
por tal resposta (supõe-se que nessa fase você já tenha um conhecimento maior
das fontes, que permita trabalhar diretamente com material de cunho científico)
e proceda à leitura desse novo material.
• Redija uma nova pergunta, incorporando os novos conhecimentos atrelados
àquela resposta selecionada, que, aqui, se tornará hipótese.
• Repita o processo sempre que necessário.
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7.3 Elaboração dos Objetivos
Após o encerramento da consolidação da pergunta da partida, você terá elementos
suficientes para formular o Objetivo Geral do trabalho.
Basta redigi-lo com precisão, concisão e linguagem direta sempre começando com um
verbo no infinitivo, que indica o que você pretende fazer. Como se trata de um projeto de
cunho científico - e não uma consultoria técnica -, os verbos relacionados ao conhecimento
são mais adequados do que aqueles mais técnicos: “compreender”, “estudar”, “analisar”,
“explicar” são verbos mais pertinentes do que “propor”, “executar”, “aplicar”, “construir”.
O objetivo da pesquisa ficaria, por exemplo:
“Analisar a eficácia de uma ‘honeynet virtual’ na redução de intrusões e ação de ‘malware’.
O aprofundamento na bibliografia sobre o tema também induz a buscar outros
detalhamentos à questão. Ainda de acordo com nosso exemplo, muitas coisas continuam em
aberto como:
a) Como se espera analisar as intrusões de ‘malware’?
b) Redução das intrusões onde? Em qualquer sistema ou em um tipo específico de sistema?
c) O que é uma ‘honeynet virtual’?
d) Por que trabalhar com uma ‘honeynet virtual’?
Os objetivos específicos devem ser encarados como sub-objetivos para a realização do
objetivo geral. Ou seja, aquilo que você precisa realizar para atingir sua intenção maior.
Tome cuidado para não confundir os objetivos específicos com etapas de pesquisa.
Essas corresponderão às tarefas necessárias para o atingimento dos objetivos específicos.
Nos objetivos específicos, os verbos relativos à execução de atividades tendem a ser
adequados, desde que claramente ligados ao atendimento do objetivo geral e não sejam
configurados como etapas de pesquisa. Os objetivos específicos apontam, ainda, para o
material empírico – baseado na experiência- no qual a pesquisa será desenvolvida em termos
concretos;
Em nosso exemplo, os objetivos específicos poderiam ser:
a) Customizar uma ferramenta para análise de intrusões de ‘malware’
b) Criar uma rede corporativa capaz de simular as intrusões de ‘malware’.
c) Analisar as intrusões de ‘malware’ na rede coorporativa do Órgão Beta.
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E como exemplo de etapas poder-se-ia ter:
a) Testar as ferramentas existentes no mercado e adaptar/escolher/criar uma ferramenta
própria para a pesquisa ;
b) Criar um Vlan e colher e simular ataques de malwares.
7.3.1 Dicas para execução desta etapa:
• Tenha em mãos (no seu registro do projeto) a “pergunta de partida
consolidada”.
• Faça a redação de seu objetivo geral.
• Elenque as questões que ficam em aberto na sua pesquisa e selecione aquelas
que complementam o objetivo geral.
• Redija os objetivos específicos.
• Faça o mesmo teste de pertinência das etapas anteriores.
• Repita o processo sempre que for necessário.
7.4 Iniciando a construção da base teórica: o resumo e a introdução
A construção da base teórica é um processo fundamental. Sua existência é um dos
principais aspectos que diferenciam as pesquisas de cunho científico dos trabalhos técnicos, de
consultoria ou administrativos.
Todas as etapas desenvolvidas até aqui demandaram leitura especializada, que, em cada
passo e em cada revisão de etapa, foi aprofundada. Logo no início você pode ter recorrido a
referências mais informais, como textos não certificados disponíveis na Internet.
Com certeza, você já tem informações sobre muitas obras importantes para a sua
pesquisa, ainda que não as tenha completamente.
É importante compreender que essa base não pode ser estática. A cada momento você
estará lendo um pouco mais e ampliando suas referências. Lembre-se de continuar com as
anotações sistemáticas e considere a possibilidade de manter um controle separado para as
leituras.
A introdução é antecedida por um resumo. A função do resumo é apenas indicativa e
não explicativa. Visa dar uma informação sintética e consistente e não deve ter mais do que
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um parágrafo de cerca de 10 linhas. 200 palavras são mais do que suficientes para a construção
de um resumo.
O resumo apenas apresenta o tema da pesquisa, a preocupação principal (expres- sa no
objetivo geral), as linhas gerais de como ela será realizada, incluindo a indicação da base
empírica (evidenciada nos objetivos específicos), além de mencionar um ou dois autores (ou
correntes teóricas) que sustentam teoricamente o trabalho.
Na introdução, aprofunda-se o resumo. Nessa parte, o texto costuma apresentar
citações que ajudarão na inserção da pesquisa em uma dada corrente teórica. Tenta-se
estabelecer um diálogo com os autores que você leu e que serão úteis em sua argumentação.
Uma boa introdução não é aquela que tem grande quantidade de citações, porém
aquela que tem as citações suficientes para melhor explicar o que se pretende fazer e que
articule os propósitos da pesquisa iniciante com ideias relevantes, e já consolidadas, da área.
É preciso ainda que o texto deixe bem claro quais são as suas ideias e quais são as ideias
de outrem. Os termos mencionados “diálogo” e “articulação” são fundamentais para
caracterizar o que se espera de uma boa redação da introdução. Você deve ainda procurar
apresentar, de modo sucinto, o estado da arte em que se encontra o tema e, se possível, o seu
problema de pesquisa
7.4.1 Dicas para execução desta etapa:
• Com base nos seus objetivos, redija um resumo de até 200 palavras e peça a 3
leitores de formações diversas que o analisem: a) um leitor da mesma área e
especialidade que você; b) um leitor da mesma grande área que você, porém de
uma especialidade distinta e c) um pesquisador de uma área completamente
distinta da sua. Não se esqueça de registra a análise por escrito
• Refaça esse exercício até ficar satisfeito com o entendimento que os leitores
terão de seu texto. Lembre-se de que chegará um ponto no qual o não-
especialista em sua área não entenderá sua proposta de pesquisa apenas por
falta de domínio conceitual.
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• Selecione os temas e conceitos que você julgue importantes para serem
explicados e faça uma listagem deles. Essa listagem dos conceitos se converterá
em suas palavras-chave.
• Associe, para cada tema e conceito, pelo menos duas referências de trabalhos
que constem em sua base teórica e que você entenda como os mais indicados
para ajudá-lo a definir tais conceitos, mesmo que você ainda tenha que lê-los
mais profundamente.
• Hierarquize tais temas, conceitos e respectivas referências de acordo com a
sequência que parecer mais lógica para a redação da introdução e construa um
esquema do que você pretende escrever.
• Peça a um pesquisador mais experiente para opinar sobre esse esquema.
• Repita o processo sempre que necessário.
VIII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002
As referências em um artigo deve seguir os preceitos descritos pela norma NBR
6023:2002 que estabelece os elementos a serem incluídos em referências. Esta Norma fixa a
ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação
da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação.Seguem alguns
exemplos de como referenciar fontes.
Seguem alguns exemplos. Para maiores detalhes sugere-se consultar a norma
6023:2003.
8.1 Autor Pessoal
Exemplo: PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber:
matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro do professor. São
Paulo: Scipione, 1995. 136p
Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a
expressão et al.
Exemplo: URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidadesocial
para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.
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8.2 Autor entidade
As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas,
associações, congressos, seminários etc.) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio nome,
por extenso.
Exemplos: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR
10520:informação e documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de
geometria analítica. Tradução de Alfredo Alves de Faria. Revisão
técnica Antonio Pertence Júnior. 2. ed. São Paulo: Makron Books do
Brasil, 1994. 2 v
8.3 Monografia no todo
Inclui livro e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc.) e
trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, entre outros).
Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de
publicação.
Exemplo: GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998
8.4 Monografia no todo em meio eletrônico
Exemplo: KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário
digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo:
Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.
8.5 Parte de monografia
Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor(es) e/ou
título próprios.
Exemplo: ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI,
G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo:Companhia
das Letras, 1996. p. 7-16
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8.6 Parte de monografia em meio eletrônico
Exemplo: SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e
organizações ambientais em matéria de meio ambiente. Entendendo
o meio ambiente. São Paulo, 1999. v. 1. Disponível em:
<http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8
mar.1999.
8.7 Publicação periódica
Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal,
caderno etc. na íntegra, e a matéria existente em um número, volume ou fascículo de periódico
(artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções, reportagens etc.).
Exemplo: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- .
Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado,
1939-1983. ISSN 0034-723X.
8.8 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico
Exemplo: SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. .Net, Rio de Janeiro, nov. 1998.
Seção Ponto de Vista. Disponível em:
<http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso
em: 28 nov. 1998.
8.9 Evento como um todo
Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento (atas,
anais, resultados, proceedings, entre outras denominações).
Exemplo: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20.,1997,
Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de
resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.
8.10 Trabalho apresentado em evento
Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento).
Exemplos: SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENDE, J. O. Influência da correção e
do preparo do solo sobre algumas propriedades químicas do solo
cultivado com bananeiras. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE
DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1994, Petrolina. Anais...
Petrolina: EMBRAPA, CPATSA, 1994. p. 3-4.
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Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação
Metodologia de Pesquisa Aplicada
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www.facsenac.edu.br Página 32 de 34
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da
qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife:
UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/
anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
8.11 Documento jurídico
Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos textos
legais).
Exemplo: BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional no 9, de 9 de
novembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição
Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e
marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995
8.12 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico
Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido,
programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas entre outros.
Exemplo: MICROSOFT Project for Windows 95: project planning
software.Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM
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IX. Dicas gerais para se escrever um bom artigo científico
9.1 Qualidade das buscas online
Parece óbvio, mas para se escrever sobre um assunto é necessário conhecer sobre este
assunto. Para tanto use referências confiáveis.
Enorme quantidade de informação pode ser encontrada online, em buscas pela
Internet. Com freqüência, é difícil determinar precisão e valor científico destes dados. Os links
abaixo são alguns exemplos de fontes confiáveis. Não é recomendado utilizar artigos de sites e
revistas não científicas em que não se possa validar.
9.1.1 O que usar?3
• Sites de instituições de referências na área;
• Artigos e textos confiáveis
Alguns exemplos de sites interessantes para pesquisa:
• http://scholar.google.com.br/ - Pesquisa por publicações do Google
• http://books.google.com/bkshp?hl=en&tab=wp – Procura por livros do Google
• http://portal.acm.org/dl.cfm - Portal da ACM
• http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ - Portal de qualidade da CAPES
• http://www.scielo.org/php/index.php - SciELO - Scientific Electronic Library Online
• http://novo.periodicos.capes.gov.br/ - Periódicos da CAPES
• http://artigocientifico.uol.com.br/ - Portal do UOL
• http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp - Biblioteca digital
• http://www.openthesis.org/ - Upload e Download de Teses e Dissertações
• http://www.inatel.br/biblioteca/producao-cientifica/artigos-cientificos - download de
artigos
9.1.2 O que não usar?
• Evite utilizar Wikipédia e similares, bem como blogs e listas não técnicas. A
maioria dos textos é de livre autoria e sua qualidade muitas vezes não pode ser
verificada.
3
Lista não-exaustiva com intuito exemplificativo apenas
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X. Referências:
[1]. Diário de um repórter. Disponível em http://www.arianefonseca.com/index.php/
mundo-academico/afinal-o-que-e-um-artigo (Acesso em 01/nov/2010).
[2]. ABNT. NBR6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro,
2002. Disponível em http://www.habitus.ifcs.ufrj.br/pdf/abntnbr6023.pdf. (Acesso em
01/nov/2010).
[3]. AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e
agradável elaborar trabalhos acadêmicos.10.ed. ver. E atual. São Paulo: Hagnos,
2001.205p.
[4]. ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica
científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p
[5]. ABNT. NBR6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de
um documento. Rio de Janeiro, 2003. 3p.
[6]. ABNT. NBR6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 2 p.
[7]. Como fazer uma monografia. Disponível em http://www.miniweb.com.br/Educadores/
artigos/pdf/monografia1.pdf (Acesso em 01/nov/2010).
[8]. GONÇALVES, Hortência de Abreu.Manual de Artigos Científicos. São Paulo: Editora
Avercamp, 2004.86p
[9]. Manual para Elaboração de Referências ( NBR 6023/ 2002 ). Disponível em
http://www.unerj.br/unerj/pesquisa/arquivos/REFERENCIAS.pdf (acesso em
02/nov/2010)
[10]. ROBERT, Day. How to Write and Publish a Scientific Paper, ISIPress, Philadelphia, 1979.
[11]. CALDAS, Miguel. Dicas para o trabalho final: Artigo acadêmico. EASP. Fundação Getúlio
Vargas, 2001
[12]. LOPEZ, André Porto. Diretrizes para o desenvolvimento de projetos de cunho
científico, Unb, 2009
[13]. SALOMON DV. Como fazer uma monografia. 2. ed. Belo Horizonte : Interlivros, 1979.
apud ABEL, Mara. Como Fazer uma Monografia, Instituto de Informática da UFRGS
[14]. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação
de trabalhos. 5. ed. Curitiba : Editora da UFPR, 1995. Vol.2 e 6.

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Como fazer um Artigo Científico

  • 1. Pós-graduação Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Como escrever um artigo científico? Prof. Edilberto Silva www.edilms.eti.br edilms@yahoo.com Brasília-DF Nov/2010
  • 2. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 2 de 34 Sumário I. Introdução e apresentação da disciplina .......................................................... 4 II. Conceitos básicos............................................................................................ 5 2.1 O que é um artigo?........................................................................................................... 5 2.2 O que é um artigo científico? ........................................................................................... 5 2.3 O que é uma monografia?................................................................................................ 6 III. Estrutura padrão de um artigo......................................................................... 6 3.1 Elementos Pré-textuais .................................................................................................... 7 3.1.1 Título e Subtítulo......................................................................................................... 7 3.1.2 Nome(s) do(s) Autor(es).............................................................................................. 7 3.1.3 Resumo (Abstract) ...................................................................................................... 8 3.1.4 Palavras-chave (keywords).......................................................................................... 8 3.2 Elementos textuais ........................................................................................................... 9 3.2.1 Introdução................................................................................................................... 9 3.2.2 Desenvolvimento ...................................................................................................... 10 3.2.3 Revisão da Literatura (Estado da Arte) ..................................................................... 10 3.2.4 Materiais e métodos................................................................................................. 10 3.2.5 Resultados................................................................................................................. 11 3.2.6 Discussão................................................................................................................... 11 3.2.7 Conclusão.................................................................................................................. 12 3.3 Elementos Pós-textuais .................................................................................................. 12 3.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira .................................................................. 12 3.3.2 Resumo em língua estrangeira ................................................................................. 12 3.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira ...................................................................... 12 3.3.4 Nota(s) explicativa(s)................................................................................................. 12 3.3.5 Referências................................................................................................................ 13 3.3.6 Glossário ................................................................................................................... 13 3.3.7 Apêndice(s) ............................................................................................................... 13 3.3.8 Anexo(s) .................................................................................................................... 13 3.3.9 Agradecimentos ........................................................................................................ 14 3.4 Ilustrações ...................................................................................................................... 14 3.5 Tabelas............................................................................................................................ 14 IV. Estrutura Padrão de uma Monografia .............................................................15 4.1 Organização.................................................................................................................... 15 4.2 Esqueleto genérico de uma monografia do ponto de vista do conteúdo...................... 16 4.2.1 Introdução (Motivação) (Objetivo – O que se pretende apresentar) ....................... 16 4.2.2 Revisão do estado da arte......................................................................................... 16 4.2.3 Análise....................................................................................................................... 17
  • 3. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 3 de 34 4.2.4 Validação................................................................................................................... 17 4.2.5 Conclusões ................................................................................................................ 18 4.2.6 Referências................................................................................................................ 18 4.2.7 Anexos....................................................................................................................... 18 V. Características de um bom artigo....................................................................19 5.1 Seu artigo tem algo a dizer?........................................................................................... 19 5.2 Seu artigo está bem feito?.............................................................................................. 19 5.3 Qual a contribuição do seu artigo?................................................................................. 19 5.4 Está bem escrito? ........................................................................................................... 20 5.5 Qualidades esperadas de um artigo............................................................................... 20 VI. Dicas sobre a redação do texto .......................................................................21 VII. Etapas de desenvolvimento do projeto de pesquisa científica..........................22 7.1 Elaboração da Pergunta de Partida................................................................................ 23 7.1.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 23 7.1.2 Validando a Pergunta de Partida .............................................................................. 24 7.2 Consolidação da Pergunta de Partida............................................................................. 24 7.2.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 25 7.3 Elaboração dos Objetivos ............................................................................................... 26 7.3.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 27 7.4 Iniciando a construção da base teórica: o resumo e a introdução................................ 27 7.4.1 Dicas para execução desta etapa:............................................................................. 28 VIII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002.....................................29 8.1 Autor Pessoal.................................................................................................................. 29 8.2 Autor entidade ............................................................................................................... 30 8.3 Monografia no todo ....................................................................................................... 30 8.4 Monografia no todo em meio eletrônico....................................................................... 30 8.5 Parte de monografia....................................................................................................... 30 8.6 Parte de monografia em meio eletrônico ...................................................................... 31 8.7 Publicação periódica....................................................................................................... 31 8.8 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico.................................. 31 8.9 Evento como um todo.................................................................................................... 31 8.10 Trabalho apresentado em evento.................................................................................. 31 8.11 Documento jurídico........................................................................................................ 32 8.12 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico .................................................... 32 IX. Dicas gerais para se escrever um bom artigo científico ....................................33 9.1 Qualidade das buscas online .......................................................................................... 33 9.1.1 O que usar?............................................................................................................... 33 9.1.2 O que não usar?........................................................................................................ 33 X. Referências:...................................................................................................34
  • 4. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 4 de 34 I. Introdução e apresentação da disciplina Olá prezado(a) aluno(a)! Vamos juntos nesta disciplina aprender e aplicar conceitos relacionados à escrita de um artigo científico e monografia, abordando a definição do tema, a pergunta de partida e até como referenciá-los utilizando a norma ABNT vigente. Aprenderemos como realizar levantamentos bibliográficos e procedimentos exploratórios que nos ajudarão na construção da problemática, na avaliação e escolha de metodologias e modelo de análise do texto. O principal objetivo desta disciplina e familiarizá-los com conceitos inerentes a um artigo científico e a monografia. Responderemos a perguntas como: O que é um artigo e uma Monografia? Qual o objetivo de um artigo científico e de uma monografia? Quais suas partes? O que é importante observar ao se escrever um texto? Com referenciar uma produção? Como não poderia deixar de ser, como bom analista de sistemas eu mostro, em notação de Modelagem de processos, as etapas de desenvolvimento de um projeto de pesquisa científica, para melhor visualização e compreensão dos conceitos discutidos. Veremos dicas importantes de como escrever bons artigos. E para avaliar nosso potencial de escrita e absorção dos conceitos, durante o curso da disciplina, escreveremos um artigo, avaliaremos, debateremos e discutiremos aspectos para sua melhoria. Esta disciplina os ajudará a atingir os propósitos da disciplina, quais sejam: formar especialistas capazes de projetar, implantar e gerenciar soluções de segurança da informação nas organizações, com sólidos conhecimentos teóricos e práticos em arquiteturas de redes seguras, políticas de segurança, planos de continuidade de negócios, testes de segurança, respostas a incidentes e os aspectos jurídicos relacionados. Para tanto, todos os profissionais devem ser capazes de realizar pesquisas científicas e exploratórias, avaliá-las e descrevê-las na forma escrita. Isto vale para a vida acadêmica – no desenvolvimento das tarefas de cada disciplina– e primordialmente para a vida profissional. Ademais, ao final da Especialização, todos os alunos devem entregar um Trabalho de Conclusão de Curso que consistirá na elaboração de uma monografia ou artigo individual sobre tema pertinente ao curso, podendo ser, inclusive, fruto de uma pesquisa de campo sobre o tema. Então vamos lá! Arregacem as mangas! Abram suas mentes! Vamos aprender juntos a escrever bons artigos científicos e monografias trazendo uma contribuição significativa para a área de segurança e para nossas vidas! Contem comigo! :=D Bons estudos Prof. Edilberto Silva
  • 5. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 5 de 34 II. Conceitos básicos 2.1 O que é um artigo? De acordo com o dicionário Michaelis artigo é: “(...) 2 Cada um dos assuntos de que se compõe um escrito. (...) 5 Escrito de jornal, mais extenso que a simples notícia.” Ariane Fonseca [1] cita que quanto à finalidade, o artigo toma duas feições: doutrinário (destina-se a analisar uma questão da atualidade, sugerindo ao público uma determinada maneira de vê-la ou de julgá-la) ou científico (destina-se a tornar público o avanço da ciência, repartindo com os leitores novos conhecimentos, novos conceitos). De acordo com José Marques de Melo[apud 1], cada espécie de artigo tem suas próprias características redacionais. Não há um padrão uniforme para sua concepção, depende da natureza do veículo em que se publica. “Sendo colaboração espontânea ou solicitação nem sempre remunerada, o artigo confere liberdade completa ao seu autor. Trata-se de liberdade em relação ao tema, ao juízo de valor emitido, e também em relação ao modo de expressão verbal” – pag. 125.[1] 2.2 O que é um artigo científico? O artigo cientifico “é um texto escrito para ser publicado num período especializado e tem o objetivo de comunicar os dados de uma pesquisa, seja ela experimental, quase experimental ou documental” [3, p.82]. De acordo com a ABNT [4, p.2), os artigos podem ser: Artigo cientifico: Parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. • Artigo de revisão: Parte de uma publicação que resuma, analisa e discute informações já publicadas. • Artigo original: Parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens originais.
  • 6. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 6 de 34 2.3 O que é uma monografia? De acordo com o dicionário Michaelis monografia é: “1 Trabalho escrito, pormenorizado, em que se pretende dar informação completa sobre algum tema particular de um ramo de conhecimento, ou sobre personagens, localidades, acontecimentos etc”. A professora Mara [5] ensina que monografia é: “...a descrição, através de um texto com formato pré-definido, dos resultados obtidos em um estudo aprofundado de um assunto em alguma área, científica ou não. Os objetivos de uma monografia são esclarecer um determinado tema e propor formas de organizá-lo e analisá-lo”. De acordo com a ABNT 6023:2003: “Monografia: Item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte, ou que se pretende completar em um número preestabelecido de partes separadas”. No curso de pós-graduação em Segurança da Informação ao final do curso o aluno deve apresentar uma monografia ou artigo, que deve seguir as diretivas do projeto do curso. III. Estrutura padrão de um artigo Um artigo científico tem a mesma estrutura de um trabalho científico, ou seja, sua estrutura é composta de 3 elementos: pré-textuais, textuais e pós-textuais. Tabela 1: Elementos de um artigo Pré-textuais Textuais Pós-Textuais Título e Subtítulo (se houver) Introdução Título, e subtítulo em língua estrangeira Nome do(s) autor (es) Desenvolvimento Revisão da literatura Resumo em língua estrangeira Resumo na língua vernácula1 do texto Material e métodos Palavras-chave em língua estrangeira Palavras-chave na língua vernácula do texto Resultados Nota(s) explicativa(s) Discussão Referências Conclusão Glossário Apêndice(s) Anexos Agradecimentos
  • 7. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 7 de 34 3.1 Elementos Pré-textuais 3.1.1 Título e Subtítulo Título: Palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um documento (ABNT 6023:2003). Subtítulo: Informações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento. (ABNT 6023:2003) O título deve conter o menor número possível de palavras que descreva precisamente o conteúdo do artigo. Omita todas as palavras desnecessárias do tipo “Um estudo de ...”, “Investigações sobre ...”, “Observações a cerca de ...”, etc. Serviços de indexação e criação de resumos dependem da acurácia do título,extraindo do mesmo palavras-chave que serão úteis na busca de referências e na pesquisa utilizando computador. Um artigo cujo título foi escolhido de forma inadequada corre o risco de nunca atingir o público ao qual foi destinado, portanto seja o mais preciso e específico possível. Se o estudo é sobre uma espécie particular ou um determinado composto químico, especifique-o(a) no título. Se o estudo foi limitado a uma determinada área, região ou sistema, e as inferências (=conclusões) que o artigo contém são igualmente limitadas, então explicite o nome da área, região ou sistema no título do artigo. O subtítulo é opcional e deve complementar o título com informações relevantes, necessárias, somente quando for para melhorar a compreensão do tema. Na composição do título deve-se evitar ponto,vírgula, ponto de exclamação e aspas ou qualquer outro elemento que interfira no seu significado, exceto o ponto de interrogação, que neste momento serve para destacá-lo ou diferenciá-lo dos demais. 3.1.2 Nome(s) do(s) Autor(es) Autor(es): Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou artístico de um documento (ABNT 6023:2003). 1 Adj. Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula
  • 8. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 8 de 34 Dependendo do formato é exigido que os autores insiram seus nomes completos com email de contato. Em alguns padrões após o(s) nome(s) do(s) autor(s) deve ser inserido um breve currículo, que o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo. Quando é mais de um autor, normalmente o primeiro nome é o autor principal, ou 1° autor, sendo sempre citado ou referenciado a frente dos demais. 3.1.3 Resumo (Abstract) Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. (ABNT 6028:2003). O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original. O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de caso, análise da situação etc.). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. Devem-se evitar: • Símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; • Fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que aparecerem. Quanto a sua extensão os resumos de artigos de periódicos, devem ter de 100 a 250 palavras. 3.1.4 Palavras-chave (keywords) Palavra-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida em vocabulário controlado. (ABNT 6022:2003).
  • 9. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 9 de 34 As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão “Palavras-chave:”, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. Exemplo: Palavras-chave: Referências. Documentação. 3.2 Elementos textuais 3.2.1 Introdução Introdução: Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do artigo. (ABNT 6022:2003). Uma função importante da introdução é estabelecer a significância do seu trabalho que está sendo apresentado no artigo: “Por que houve a necessidade e/ou interesse em conduzir este trabalho de pesquisa?” Tendo introduzido a literatura pertinente ao assunto e demostrado a necessidade e/ou interesse para a realização do estudo a ser apresentado no artigo, você deve apresentar de forma clara e precisa a área de abrangência do artigo e os objetivos do mesmo. A introdução pode terminar com a apresentação dos objetivos, ou como algumas pessoas preferem, com uma breve sentença apresentando as principais “descobertas” (contribuições) do seu artigo. De uma forma ou outra, o leitor deve ter uma idéia de onde o artigo quer chegar para ser capaz de acompanhar o desenvolvimento do mesmo. De modo geral, a introdução deve apresentar: • O assunto objeto de estudo; • O ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado; • Trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema; • As justificativas que levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa, a hipótese de estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de escolha do método e principais resultados.”
  • 10. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 10 de 34 3.2.2 Desenvolvimento Desenvolvimento: Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, conforme a NBR 6024, que variam em função da abordagem do tema e do método. (ABNT 6022:2003). O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o tema (fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, etc... O autor deve ter domínio sobre o tema abordado, pois quanto maior for o conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e completo será o texto. A organização do conteúdo deve possuir uma ordem seqüencial progressiva, em função da lógica inerente a qualquer assunto, que uma vez detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes pode ser utilizada a subdivisão do tema em seções e subseções. 3.2.3 Revisão da Literatura (Estado da Arte) Debate entre autores pesquisados e deles com o autor do artigo, com o objetivo de identificar o estado da arte. Esta discussão baseia-se na bibliografia disponível e atualizada, especialmente por meio do uso de periódicos científicos.[8] 3.2.4 Materiais e métodos O objetivo principal desta seção é fornecer detalhes suficientes de forma que uma pessoa que trabalhe na área do seu artigo possa repetir o estudo apresentado no seu artigo e reproduzir os resultados. O método científico requer que seus resultados sejam reprodutíveis, e você deve fornecer informação suficiente para que outras pessoas possam repetir o estudo. Seja claro e preciso na descrição das medidas e inclua as incertezas (=erros) envolvidas na medida. Quando você empregar na análise dos seus dados um método estatístico mais usual (por exemplo, regressão linear) não é necessário comentários a respeito do mesmo; métodos estatísticos avançados ou pouco usuais requerem uma citação da literatura. [10]
  • 11. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 11 de 34 3.2.5 Resultados Na seção de resultados você apresenta a suas “descobertas”: itens como figuras e tabelas são partes importantes nesta seção. Apresente os dados, de forma condensada e organizados sistematicamente, com as idéias e tendências mais importantes ressaltadas (em destaque) e bem descritas. Uma vez que a seção de resultados compreende “o novo conhecimento” que você está contribuindo para o mundo, é importante que suas “descobertas” sejam relatadas de forma simples e clara. Contudo, cuidado para não ser conciso demais. Não podemos esperar que os leitores extraiam as idéias e tendências mais importantes dos dados sem a ajuda do autor. Combine o uso de texto, tabelas e figuras para condensar os dados e dar destaque às novas idéias e tendências encontradas em suas “descobertas”.[10] 3.2.6 Discussão Na seção de discussão dos resultados, você deve discutir quais idéias e tendências foram estabelecidas ou reforçadas com os resultados de seu trabalho; como suas descobertas se comparam às descobertas de outros ou às previsões baseadas em trabalhos anteriores, e se existem implicações teóricas e/ou práticas do seu trabalho. Quando você faz estas perguntas, é crucial que o que você vai escrever na seção “discussão” se apóie firmemente nas evidências apresentadas na seção “resultados”. Refira-se aos seus resultados para dar suporte às afirmações feitas na seção “discussão”. Não estenda as suas conclusões além daquelas que são diretamente sustentadas pelos seus resultados. Um parágrafo curto de especulação a respeito do significado (de uma maneira geral) de seus resultados é usualmente aceitável, mas não deve de forma alguma formar a principal parte da seção “discussão”. Tenha certeza de que você se referiu aos objetivos do seu trabalho na seção “discussão” e de que você discutiu a significância dos resultados obtidos. Não deixe o leitor pensando: “E daí????”. Termine a seção “discussão” com um breve resumo ou conclusão que diga respeito à significância do seu trabalho.
  • 12. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 12 de 34 3.2.7 Conclusão Conclusão: Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses. (ABNT 6022:2003). Parte final do artigo, onde o autor apresenta as conclusões da pesquisa, de modo sintético, com descobertas fundamentadas nos objetivos que foram apresentados, comprova ou refuta as hipóteses, ou confirma as respostas dadas às questões norteadoras, pode apresentar sugestões e recomendações para outros trabalhos. 3.3 Elementos Pós-textuais 3.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira O título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira, diferenciados tipograficamente ou separados por dois pontos (:), precedem o resumo em língua estrangeira. (ABNT 6022:2003) 3.3.2 Resumo em língua estrangeira Elemento obrigatório, versão do resumo na língua do texto, para idioma de divulgação internacional, com as mesmas características (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em francês Résumé, por exemplo). (ABNT 6022:2003) 3.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira Elemento obrigatório, versão das palavras-chave na língua do texto para a mesma língua do resumo em língua estrangeira (em inglês Keywords, em espanhol Palabras clave, em francês Mots-clés, por exemplo). (ABNT 6022:2003) 3.3.4 Nota(s) explicativa(s) Nota explicativa: Nota usada para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no texto. (ABNT 6022:2003). A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única e consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração a cada página.
  • 13. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 13 de 34 Exemplos: No texto Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou vinculação profissional 1 Na nota explicativa 1 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290). 3.3.5 Referências Referência: Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual. (ABNT 6022:2003). Elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023. Veja o tópico “VII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002” para maiores informações. 3.3.6 Glossário Glossário: Lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. (ABNT 6022:2003). Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética. 3.3.7 Apêndice(s) Apêndice: Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. (ABNT 6022:2003). Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplo: APÊNDICE A – Avaliação da ABNT ISO 27005:2003 3.3.8 Anexo(s) Anexo: Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. (ABNT 6022:2003).
  • 14. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 14 de 34 Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, na identificação dos anexos, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. Exemplo: ANEXO A – Lei nº 99/2099 sobre BioSegurança 3.3.9 Agradecimentos Agradecimentos e a data de entrega dos originais para publicação. 3.4 Ilustrações As ilustrações (quadros, figuras, fotos etc), devem ter uma numeração seqüencial. Sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título, a ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere. (ABNT. NBR 6022, 2003, p. 5). 3.5 Tabelas Conforme o IBGE (1993) as tabelas devem ter um número em algarismo arábico, seqüencial, inscritos na parte superior, a esquerda da página, precedida da palavra Tabela. Exemplo: Tabela 5 ou Tabela 3.5 Devem conter um Título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza e abrangência do seu conteúdo e a Fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela em letra maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela, precedida da palavra Fonte.
  • 15. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 15 de 34 IV. Estrutura Padrão de uma Monografia 4.1 Organização Esse estudo normalmente se organiza em uma das seguintes formas: [13][14] • Uma revisão bibliográfica abrangente de um determinado assunto. Ex.: O paradigma de orientação a objeto nas modernas linguagens de programação; • Uma revisão bibliográfica, complementada por um estudo de caso da aplicabilidade de uma técnica ou abordagem estudada. Ex.: As primitivas de POO no desenvolvimento de um sistema para troca de informações; • Uma revisão bibliográfica associada à investigação de formas de solução de um determinado problema. Ex.: A implementação da hierarquia múltipla nos novos paradigmas OO. Não é necessário que uma monografia apresente resultados inéditos (como esperado em uma tese de doutorado, ou, em menor grau, em uma dissertação de mestrado). Os resultados estão mais associados à organização e análise comparativa e crítica das idéias em torno de um determinado assunto. Desta forma, uma revisão bibliográfica das obras mais importantes em uma determinada área é parte essencial da construção de uma monografia. O texto deve ser pensado como proporcionando ao leitor uma fonte de estudo em um assunto, fornecendo desde os conceitos fundamentais da área até uma visão mais aprofundada dos conteúdos que a compõem. Uma monografia deve ser escrita em uma linguagem clara e objetiva. Um texto científico deve ser: objetivo, preciso, imparcial, claro, coerente, e impessoal. Os verbos devem ser utilizados na terceira pessoa do singular, evitando-se usar na terceira pessoa do plural e nunca primeira pessoa. O texto deve ter uma seqüência lógica apresentando com precisão as idéias, as pesquisas, os dados, os resultados dos estudos, sem prolongar-se por questões de menor importância.
  • 16. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 16 de 34 4.2 Esqueleto genérico de uma monografia do ponto de vista do conteúdo A descrição abaixo (tabela 2) fornece uma idéia geral do conteúdo que deve ser tratado em cada seção do corpo de uma monografia, sem preocupações com o formato. Tabela 2: Elementos de uma Monografia Pré-textuais Textuais Pós-Textuais Título e Subtítulo (se houver) Introdução Título, e subtítulo em língua estrangeira Nome do(s) autor (es) Desenvolvimento Revisão da literatura Resumo em língua estrangeira Resumo na língua vernácula2 do texto Análise Palavras-chave em língua estrangeira Palavras-chave na língua vernácula do texto Validação Nota(s) explicativa(s) Conclusão Referências Glossário Apêndice(s) Anexos Agradecimentos 4.2.1 Introdução (Motivação) (Objetivo – O que se pretende apresentar) Apresenta uma introdução geral sobre o assunto do trabalho. Não é apenas uma descrição dos conteúdos das seções do texto. Deve resumir o assunto do trabalho e argumentar porque é importante, do ponto de vista de ciência da computação, estudar esse assunto. Pode ser discutida brevemente, a abordagem do trabalho (análise? melhor definição da terminologia? comparação entre diferentes metodologias? avaliação da técnica em um caso real?). 4.2.2 Revisão do estado da arte Apresentar as idéias principais dos principais autores da área. As idéias são apresentadas apenas, mas não discutidas ou criticadas, o que será feito nas próximas seções. Não são incluídas as idéias ou experimentos do próprio autor da monografia. 2 Adj. Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula
  • 17. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 17 de 34 Um ponto importante da revisão é a forma como ela é organizada, o que acaba sendo uma das maiores contribuições da monografia. É desejável que os trabalhos anteriores sejam descritos segundo uma mesma visão, proposta pelo autor da monografia e não pelo autor dos trabalhos revisados. A organização da revisão permite, posteriormente, realizar comparações e análises, levando a uma melhor compreensão do assunto. Dependendo dessa, a seção pode ser dividida em tantas subseções quanto desejáveis. Uma revisão sobre linguagens de programação orientadas a objeto, por exemplo, pode organizar as linguagens cronologicamente, por características particulares (implementam herança múltipla ou não, são linguagens híbridas, etc), por serem comerciais ou acadêmicas, entre outras abordagens. Todos os trabalhos revisados devem estar associados à fonte de referência no texto, e essa referência deve estar incluída nas referências bibliográficas no final da monografia. 4.2.3 Análise Nessa seção, são analisadas as abordagens e técnicas discutidas no capítulo anterior. Novamente os critérios de análise são importantes para apontar as principais vantagens ou falhas das técnicas analisadas, sua utilização potencial, etc. Quanto mais dados objetivos forem utilizados na análise melhor (ao invés de dizer: “o sistema possui uma interface amigável”, descreva: “a interface foi analisada por 50 usuários, dos quais 60% mostraram-se satisfeitos, 35% parcialmente satisfeitos e 5% insatisfeitos com a interação”). Nessa seção, tem papel importante a organização das informações em tabelas ou figuras que são citadas e analisadas ao longo do texto. (Ou seja, não inclua figuras ou tabelas que não sejam analisadas ou citadas no texto!) 4.2.4 Validação Se a monografia aborda um estudo de caso, essa seção descreve os excelentes resultados de utilizar a técnica ou abordagem avaliada como a melhor na seção anterior. Pode também demonstrar porque utilizar outra abordagem não funcionaria ou não teria tão bons resultados. A seção deve ser farta em dados objetivos para demonstrar o que afirma no texto
  • 18. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 18 de 34 (menor número de linhas de código, maior satisfação do usuário, viabilidade de integração com outros sistemas, etc). 4.2.5 Conclusões Basicamente, a conclusão descreve 3 tópicos básicos, as conclusões, o sumário da contribuição do texto e estudos futuros. Conclusões não são resumos do trabalho, mas das conclusões obtidas no estudo, apresentadas de forma objetiva e concisa: a linguagem X é melhor que a Y; a linguagem Z é mais adequada do que a J e assim por diante. Basicamente, repete, organiza e reforça os resultados da análise e avaliação descritos nas seções 3 e 4. A contribuição, se for incluída, pode descrever os critérios de análise e organização utilizados e como esses critérios auxiliaram a compreensão e organização do domínio. Os trabalhos futuros descrevem estudos que foram considerados interessantes após essa pesquisa inicial, mas que, por limitação de tempo ou interesse, não foram realizados nesse mesmo trabalho. ( Por exemplo, usar esses mesmos critérios de análise definidos para linguagens no paradigma OO, para compará-las com outros paradigmas.) 4.2.6 Referências A lista de referências é estreitamente relacionada à revisão do estado da arte onde também incluir os trabalhos de onde foram extraídos dados, figuras, tabelas, textos, etc. Todas as referências citadas no texto devem ser incluídas na lista de referências. Por outro lado a lista de referências não deve incluir trabalhos não citados no texto. As referências devem ser listadas no formato ABNT. 4.2.7 Anexos Os anexos incluem todo o material que impede uma leitura rápida e compreensível do texto da monografia, mas que é necessário para dar suporte a sua análise e conclusões. Normalmente são materiais muito detalhados para serem incluídos no texto, como formalismos das linguagens, tabelas de resultados de teste, copias de telas de programa, etc.
  • 19. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 19 de 34 V. Características de um bom artigo 5.1 Seu artigo tem algo a dizer? O primeiro e importante requisito é que o artigo deve mostrar que tem algo a dizer com o trabalho, e que fez boas escolhas ao fazê-lo. A mensagem a ser transmitida em um artigo deve ficar explícita. Escolhas críticas determinam o sucesso de um artigo:[11] • A escolha do tema; • A escolha da indagação (pergunta que a pesquisa procura responder); • A abordagem de pesquisa (como se pretende responder a pergunta); • Pertinência da pesquisa e durabilidade do estudo. 5.2 Seu artigo está bem feito? Uma vez determinados o tema, a indagação e abordagem da pesquisa é preciso operacionalizar. Isto significa: • Conceber o método apropriado; • Efetivar com eficácia e qualidade a pesquisa planejada. • A pesquisa se propõe a “fazer a coisa certa”? • A pesquisa “fez certo o que deveria fazer”? 5.3 Qual a contribuição do seu artigo? Este critério envolve o produto da pesquisa: seus argumentos e o conteúdo final. O julgamento da pesquisa abrange: • Consistência e Coerência. Até que ponto a pesquisa consegue teorizar, argumentar e sustentar coerentemente o argumento principal? • Originalidade e Inovação. Qual o nível de ineditismo do argumento, dos resultados ou das conclusões? • Nível de surpresa. Até que ponto a pesquisa ou resultados é surpreendente ou redunda no óbvio, no intuitivo ou esperado? • Qual a contribuição para o avanço do conhecimento e de utilidade para pesquisas futuras? • Qual a utilidade prática dos resultados e da pesquisa?
  • 20. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 20 de 34 5.4 Está bem escrito? Não menos importante é o critério de estar bem escrito. Mesmo que o artigo detenha um bom tema, resultados impecáveis e uma excelente contribuição, se estiver mal escrito, será um artigo ruim. A próxima seção aborda qualidades esperadas em um artigo e a após são descritas algumas dicas para redação do texto do artigo. 5.5 Qualidades esperadas de um artigo Um bom artigo caracteriza-se por sua qualidade, atualidade e cientificidade, considerando-se [3]: • Clareza: No resumo, o leitor já deve ter uma noção clara do que trata o artigo, que deve primar pela objetividade do seu conteúdo; • Concisão: O assunto abordado deve ser descrito, explicado e argumentado com poucas palavras, frases curtas e parágrafos breves; • Criatividade: O texto deve ser escrito de forma criativa, tendo como principal meta atrair os leitores visados. O autor pode utilizar inclusive figuras e títulos interrogativos, que chamem atenção. E, ainda, dizer coisas que já sabe, numa prova perspectiva; • Correção: Logo após a redação, o texto deve passar por uma avaliação gramatical, com pontuação adequada, e ser regido conforme as regras da redação científica; • Encadeamento: Tanto os parágrafos como as partes devem apresentar um encadeamento lógico e hierárquico das idéias, guardando inclusive uma simetria na sua estrutura dimensão; • Consistência: O pesquisador deve optar por um tempo verbal e manter a coerência ao longo do texto. • Contundência: A redação de ser direta ou objetiva em relação ao assunto, evitando a redundância ou o circunlóquio. As afirmações são importantes e são responsáveis pelo impacto do texto;
  • 21. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 21 de 34 • Precisão: As informações apresentadas no texto devem verdadeiras e os conceitos, universalmente aceitos; • Originalidade: O conteúdo abordado precisa ser tratado de forma original, sem o uso de frases feitas e lugares comuns. É conveniente evitar modismos lingüísticos e o emprego de palavras rebuscadas, que apareçam demonstrar erudição; • Extensão: O tamanho do artigo vai depender do número de páginas estabelecido pela revista ou de folhas, pelo professor em sala de aula; • Especificidade: É necessário que o texto especifique e apresente os objetivos pretendidos com o estudo, esclarecendo do que trata, desde seu título; • Correcão Política: A redação deve observar o uso de termos politicamente corretos, evitando o emprego de expressões de conotação racista, etnocentrista e de cunho sexista; • Fidelidade: O texto deve ser escrito dentro dos parâmetros éticos, com absoluto respeito ao objetivo pesquisado, às fontes estudadas e aos leitores; VI. Dicas sobre a redação do texto Para uma boa redação Azevedo [3] descreve alguns lembretes necessários: • Não apelar para generalizações (ex.: sabe-se, grande parte); • Não repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use sinônimos); • Não empregar modismos lingüísticos (ex.: em nível de, no contexto, a ponto de); • Não apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas são a razão de ser do pesquisador); • Não utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas, interpretando as idéias dos autores pesquisados; • Não empregar notas de rodapé desnecessárias que possam interferir no texto, sobrecarregando-o; • Não usar gírias, abreviaturas, siglas, nomes comerciais e fórmulas químicas, exceto se extremamente necessário;
  • 22. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 22 de 34 VII. Etapas de desenvolvimento do projeto de pesquisa científica [12]
  • 23. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 23 de 34 7.1 Elaboração da Pergunta de Partida As respostas às perguntas de cunho científico não se limitam a soluções do tipo “sim” ou “não”. Porém esse pode ser o primeiro passo para se chegar à pergunta de partida. A pergunta de partida representa um aprofundamento da curiosidade inicial em direção a uma percepção mais ampla do fenômeno e demanda um conhecimento inicial sobre os conceitos relacionados. Como por exemplo: É possível mapear ataques cibernéticos à redes corporativas ligadas através de Wireless por meio da combinação de IDPs - Sistema de Detecção de Intrusão e IPDs - Sistema de Prevenção de Intrusão, sem o uso de sistemas firewall? Qual foi o processo que ocorreu nesse exemplo? Em primeiro lugar, foi formulada uma pergunta ingênua, que apenas traduzia uma curiosidade inicial. Com algum conhecimento sobre o tema, somado ao mesmo interesse inicial, a pergunta pode e deve ser melhorada. 7.1.1 Dicas para execução desta etapa: • Proponha uma pergunta “ingênua”. • Identifique o tema ligado a essa pergunta. • Colete informações básicas sobre esse tema (nessa fase de aproximação, não há muito rigor quanto às fontes de tais informações, isto é: wikis e outras fontes não-científicas servem apenas nesse momento, para familiarizar o pesquisador iniciante com o tema). • Separe algumas indicações bibliográficas pertinentes ao seu tema (agora a literatura informal não vale mais). O ideal é que você busque materiais mais recentes em diferentes tipos de publicação (livros, revistas e teses). Provavelmente, você não encontrará nada que dê conta especificamente de seu problema. Não se preocupe e lembre-se de que você ainda está compilando informações sobre o tema. Anote suas respostas para esses pontos de modo sistemático em algum meio separado especificamente para esse fim. Um “caderno de pesquisa”, mesmo que não se trate fisicamente de um caderno.
  • 24. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 24 de 34 7.1.2 Validando a Pergunta de Partida Agora que você já tem uma pergunta de partida é cogente avaliar a pertinência de sua pergunta de partida apresentado-a para outras pessoas, de preferência que saibam mais do que você sobre o tema. Colegas mais experientes e professores são bons interlocutores nessa etapa. A sua pesquisa será desenvolvida em algum espaço institucional, que tem interesses e abordagens de pesquisa específicas. Isso significa que uma boa pergunta de partida deve ser adequada para o local, situação ou momento no qual você está inserido. A pergunta: “Como as pirâmides foram construídas sem ajuda de equipamentos de engenharia inventados em nosso século XX?” é uma pergunta adequada ao tema histórico no ano 2000, por exemplo, e, com certeza, não é uma pergunta adequada a Pós Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação, da FacSenac, em 2010. Por fim, nesta etapa, é cogente realizar sua própria reflexão durante o processo de amadurecimento da “pergunta ingênua”, a partir dos novos conhecimentos adquiridos sobre o tema. Isto freqüente exige a mudança da pergunta. Nesse caso, é só repetir o processo, transformando o que seria o resultado do processo de amadurecimento da “pergunta ingênua” em “nova pergunta ingênua”. O processo de reflexão e transformação 7.2 Consolidação da Pergunta de Partida Apesar do esforço realizado para a elaboração da pergunta inicial, ainda há um caminho a ser percorrido para o estabelecimento dos objetivos da pesquisa, que representam um aprimoramento dessa curiosidade, agora mais sistematizada. Naquela etapa, a leitura teve apenas um caráter introdutório, com o sentido de melhorar a delimitação do problema. Agora se trata de aprimorar a pergunta inicial mediante o conhecimento mais aprofundado de trabalhos que já se debruçaram sobre o mesmo tema e que, eventualmente, já tenham se aproximado, mesmo que tangencialmente, do problema escolhido por você. Seguindo a pergunta ingênua, a título de exemplo, temos: Como mapear ataques cibernéticos a redes corporativas?
  • 25. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 25 de 34 O contato com a literatura mais específica fez com que você pensasse em algumas possíveis respostas, como o controle de log ou a criação de honeynet. Estas respostas representam apenas algumas possibilidades e restringem as vastas possibilidades abertas pelo termo “como”. A escolha de uma das alternativas identificadas como uma provável resposta poderá ser transformada em uma hipótese e, posteriormente, no elemento básico da nova pergunta: Quais os mecanismos de uma ‘honeynet’ que permitem mapear um ataque cibernético a uma rede corporativa? Essa segunda pergunta é mais específica do que a primeira, porém pode redundar em uma resposta técnica, não adequada a uma pesquisa de cunho científico, como no exemplo de nossa primeira “pergunta ingênua”. Nesse exemplo, sua nova etapa demandará leituras iniciais sobre honeynet, que, provavelmente, não haviam sido contempladas na elaboração da pergunta de partida. O processo continua a ser o mesmo de se supor que, ao ampliar seu conhecimento teórico sobre a problemática, você comece a ter novas ideias quanto à abordagem prevista para o problema. 7.2.1 Dicas para execução desta etapa: • Tenha em mãos (no seu registro do projeto) a “pergunta de partida”. • Tente imaginar algumas respostas possíveis e anote-as. • Escolha uma dessas respostas. • Colete novas informações básicas ligadas ao estreitamento do tema provocado por tal resposta (supõe-se que nessa fase você já tenha um conhecimento maior das fontes, que permita trabalhar diretamente com material de cunho científico) e proceda à leitura desse novo material. • Redija uma nova pergunta, incorporando os novos conhecimentos atrelados àquela resposta selecionada, que, aqui, se tornará hipótese. • Repita o processo sempre que necessário.
  • 26. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 26 de 34 7.3 Elaboração dos Objetivos Após o encerramento da consolidação da pergunta da partida, você terá elementos suficientes para formular o Objetivo Geral do trabalho. Basta redigi-lo com precisão, concisão e linguagem direta sempre começando com um verbo no infinitivo, que indica o que você pretende fazer. Como se trata de um projeto de cunho científico - e não uma consultoria técnica -, os verbos relacionados ao conhecimento são mais adequados do que aqueles mais técnicos: “compreender”, “estudar”, “analisar”, “explicar” são verbos mais pertinentes do que “propor”, “executar”, “aplicar”, “construir”. O objetivo da pesquisa ficaria, por exemplo: “Analisar a eficácia de uma ‘honeynet virtual’ na redução de intrusões e ação de ‘malware’. O aprofundamento na bibliografia sobre o tema também induz a buscar outros detalhamentos à questão. Ainda de acordo com nosso exemplo, muitas coisas continuam em aberto como: a) Como se espera analisar as intrusões de ‘malware’? b) Redução das intrusões onde? Em qualquer sistema ou em um tipo específico de sistema? c) O que é uma ‘honeynet virtual’? d) Por que trabalhar com uma ‘honeynet virtual’? Os objetivos específicos devem ser encarados como sub-objetivos para a realização do objetivo geral. Ou seja, aquilo que você precisa realizar para atingir sua intenção maior. Tome cuidado para não confundir os objetivos específicos com etapas de pesquisa. Essas corresponderão às tarefas necessárias para o atingimento dos objetivos específicos. Nos objetivos específicos, os verbos relativos à execução de atividades tendem a ser adequados, desde que claramente ligados ao atendimento do objetivo geral e não sejam configurados como etapas de pesquisa. Os objetivos específicos apontam, ainda, para o material empírico – baseado na experiência- no qual a pesquisa será desenvolvida em termos concretos; Em nosso exemplo, os objetivos específicos poderiam ser: a) Customizar uma ferramenta para análise de intrusões de ‘malware’ b) Criar uma rede corporativa capaz de simular as intrusões de ‘malware’. c) Analisar as intrusões de ‘malware’ na rede coorporativa do Órgão Beta.
  • 27. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 27 de 34 E como exemplo de etapas poder-se-ia ter: a) Testar as ferramentas existentes no mercado e adaptar/escolher/criar uma ferramenta própria para a pesquisa ; b) Criar um Vlan e colher e simular ataques de malwares. 7.3.1 Dicas para execução desta etapa: • Tenha em mãos (no seu registro do projeto) a “pergunta de partida consolidada”. • Faça a redação de seu objetivo geral. • Elenque as questões que ficam em aberto na sua pesquisa e selecione aquelas que complementam o objetivo geral. • Redija os objetivos específicos. • Faça o mesmo teste de pertinência das etapas anteriores. • Repita o processo sempre que for necessário. 7.4 Iniciando a construção da base teórica: o resumo e a introdução A construção da base teórica é um processo fundamental. Sua existência é um dos principais aspectos que diferenciam as pesquisas de cunho científico dos trabalhos técnicos, de consultoria ou administrativos. Todas as etapas desenvolvidas até aqui demandaram leitura especializada, que, em cada passo e em cada revisão de etapa, foi aprofundada. Logo no início você pode ter recorrido a referências mais informais, como textos não certificados disponíveis na Internet. Com certeza, você já tem informações sobre muitas obras importantes para a sua pesquisa, ainda que não as tenha completamente. É importante compreender que essa base não pode ser estática. A cada momento você estará lendo um pouco mais e ampliando suas referências. Lembre-se de continuar com as anotações sistemáticas e considere a possibilidade de manter um controle separado para as leituras. A introdução é antecedida por um resumo. A função do resumo é apenas indicativa e não explicativa. Visa dar uma informação sintética e consistente e não deve ter mais do que
  • 28. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 28 de 34 um parágrafo de cerca de 10 linhas. 200 palavras são mais do que suficientes para a construção de um resumo. O resumo apenas apresenta o tema da pesquisa, a preocupação principal (expres- sa no objetivo geral), as linhas gerais de como ela será realizada, incluindo a indicação da base empírica (evidenciada nos objetivos específicos), além de mencionar um ou dois autores (ou correntes teóricas) que sustentam teoricamente o trabalho. Na introdução, aprofunda-se o resumo. Nessa parte, o texto costuma apresentar citações que ajudarão na inserção da pesquisa em uma dada corrente teórica. Tenta-se estabelecer um diálogo com os autores que você leu e que serão úteis em sua argumentação. Uma boa introdução não é aquela que tem grande quantidade de citações, porém aquela que tem as citações suficientes para melhor explicar o que se pretende fazer e que articule os propósitos da pesquisa iniciante com ideias relevantes, e já consolidadas, da área. É preciso ainda que o texto deixe bem claro quais são as suas ideias e quais são as ideias de outrem. Os termos mencionados “diálogo” e “articulação” são fundamentais para caracterizar o que se espera de uma boa redação da introdução. Você deve ainda procurar apresentar, de modo sucinto, o estado da arte em que se encontra o tema e, se possível, o seu problema de pesquisa 7.4.1 Dicas para execução desta etapa: • Com base nos seus objetivos, redija um resumo de até 200 palavras e peça a 3 leitores de formações diversas que o analisem: a) um leitor da mesma área e especialidade que você; b) um leitor da mesma grande área que você, porém de uma especialidade distinta e c) um pesquisador de uma área completamente distinta da sua. Não se esqueça de registra a análise por escrito • Refaça esse exercício até ficar satisfeito com o entendimento que os leitores terão de seu texto. Lembre-se de que chegará um ponto no qual o não- especialista em sua área não entenderá sua proposta de pesquisa apenas por falta de domínio conceitual.
  • 29. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 29 de 34 • Selecione os temas e conceitos que você julgue importantes para serem explicados e faça uma listagem deles. Essa listagem dos conceitos se converterá em suas palavras-chave. • Associe, para cada tema e conceito, pelo menos duas referências de trabalhos que constem em sua base teórica e que você entenda como os mais indicados para ajudá-lo a definir tais conceitos, mesmo que você ainda tenha que lê-los mais profundamente. • Hierarquize tais temas, conceitos e respectivas referências de acordo com a sequência que parecer mais lógica para a redação da introdução e construa um esquema do que você pretende escrever. • Peça a um pesquisador mais experiente para opinar sobre esse esquema. • Repita o processo sempre que necessário. VIII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002 As referências em um artigo deve seguir os preceitos descritos pela norma NBR 6023:2002 que estabelece os elementos a serem incluídos em referências. Esta Norma fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação.Seguem alguns exemplos de como referenciar fontes. Seguem alguns exemplos. Para maiores detalhes sugere-se consultar a norma 6023:2003. 8.1 Autor Pessoal Exemplo: PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136p Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a expressão et al. Exemplo: URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidadesocial para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994.
  • 30. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 30 de 34 8.2 Autor entidade As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários etc.) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio nome, por extenso. Exemplos: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520:informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de geometria analítica. Tradução de Alfredo Alves de Faria. Revisão técnica Antonio Pertence Júnior. 2. ed. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1994. 2 v 8.3 Monografia no todo Inclui livro e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc.) e trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, entre outros). Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de publicação. Exemplo: GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998 8.4 Monografia no todo em meio eletrônico Exemplo: KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. 8.5 Parte de monografia Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor(es) e/ou título próprios. Exemplo: ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo:Companhia das Letras, 1996. p. 7-16
  • 31. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 31 de 34 8.6 Parte de monografia em meio eletrônico Exemplo: SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais em matéria de meio ambiente. Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. v. 1. Disponível em: <http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar.1999. 8.7 Publicação periódica Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal, caderno etc. na íntegra, e a matéria existente em um número, volume ou fascículo de periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções, reportagens etc.). Exemplo: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- . Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X. 8.8 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico Exemplo: SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. .Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. Seção Ponto de Vista. Disponível em: <http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso em: 28 nov. 1998. 8.9 Evento como um todo Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento (atas, anais, resultados, proceedings, entre outras denominações). Exemplo: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20.,1997, Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997. 8.10 Trabalho apresentado em evento Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento). Exemplos: SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENDE, J. O. Influência da correção e do preparo do solo sobre algumas propriedades químicas do solo cultivado com bananeiras. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1994, Petrolina. Anais... Petrolina: EMBRAPA, CPATSA, 1994. p. 3-4.
  • 32. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 32 de 34 SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/ anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. 8.11 Documento jurídico Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos textos legais). Exemplo: BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional no 9, de 9 de novembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995 8.12 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido, programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas entre outros. Exemplo: MICROSOFT Project for Windows 95: project planning software.Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM
  • 33. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 33 de 34 IX. Dicas gerais para se escrever um bom artigo científico 9.1 Qualidade das buscas online Parece óbvio, mas para se escrever sobre um assunto é necessário conhecer sobre este assunto. Para tanto use referências confiáveis. Enorme quantidade de informação pode ser encontrada online, em buscas pela Internet. Com freqüência, é difícil determinar precisão e valor científico destes dados. Os links abaixo são alguns exemplos de fontes confiáveis. Não é recomendado utilizar artigos de sites e revistas não científicas em que não se possa validar. 9.1.1 O que usar?3 • Sites de instituições de referências na área; • Artigos e textos confiáveis Alguns exemplos de sites interessantes para pesquisa: • http://scholar.google.com.br/ - Pesquisa por publicações do Google • http://books.google.com/bkshp?hl=en&tab=wp – Procura por livros do Google • http://portal.acm.org/dl.cfm - Portal da ACM • http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ - Portal de qualidade da CAPES • http://www.scielo.org/php/index.php - SciELO - Scientific Electronic Library Online • http://novo.periodicos.capes.gov.br/ - Periódicos da CAPES • http://artigocientifico.uol.com.br/ - Portal do UOL • http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp - Biblioteca digital • http://www.openthesis.org/ - Upload e Download de Teses e Dissertações • http://www.inatel.br/biblioteca/producao-cientifica/artigos-cientificos - download de artigos 9.1.2 O que não usar? • Evite utilizar Wikipédia e similares, bem como blogs e listas não técnicas. A maioria dos textos é de livre autoria e sua qualidade muitas vezes não pode ser verificada. 3 Lista não-exaustiva com intuito exemplificativo apenas
  • 34. Faculdade de Tecnologia Senac DF Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação Metodologia de Pesquisa Aplicada Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br www.facsenac.edu.br Página 34 de 34 X. Referências: [1]. Diário de um repórter. Disponível em http://www.arianefonseca.com/index.php/ mundo-academico/afinal-o-que-e-um-artigo (Acesso em 01/nov/2010). [2]. ABNT. NBR6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em http://www.habitus.ifcs.ufrj.br/pdf/abntnbr6023.pdf. (Acesso em 01/nov/2010). [3]. AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e agradável elaborar trabalhos acadêmicos.10.ed. ver. E atual. São Paulo: Hagnos, 2001.205p. [4]. ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p [5]. ABNT. NBR6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2003. 3p. [6]. ABNT. NBR6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 2 p. [7]. Como fazer uma monografia. Disponível em http://www.miniweb.com.br/Educadores/ artigos/pdf/monografia1.pdf (Acesso em 01/nov/2010). [8]. GONÇALVES, Hortência de Abreu.Manual de Artigos Científicos. São Paulo: Editora Avercamp, 2004.86p [9]. Manual para Elaboração de Referências ( NBR 6023/ 2002 ). Disponível em http://www.unerj.br/unerj/pesquisa/arquivos/REFERENCIAS.pdf (acesso em 02/nov/2010) [10]. ROBERT, Day. How to Write and Publish a Scientific Paper, ISIPress, Philadelphia, 1979. [11]. CALDAS, Miguel. Dicas para o trabalho final: Artigo acadêmico. EASP. Fundação Getúlio Vargas, 2001 [12]. LOPEZ, André Porto. Diretrizes para o desenvolvimento de projetos de cunho científico, Unb, 2009 [13]. SALOMON DV. Como fazer uma monografia. 2. ed. Belo Horizonte : Interlivros, 1979. apud ABEL, Mara. Como Fazer uma Monografia, Instituto de Informática da UFRGS [14]. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 5. ed. Curitiba : Editora da UFPR, 1995. Vol.2 e 6.