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Jot@
CRÔNICA NA SALA DE AULA
Crônica 01 - NO AEROPORTO
Carlos Drummond de Andrade
Público alvo: Alunos dos 6º, 7º, 8º e 9º anos
Tempo previsto: 04 a 06 aulas por turma.
Este projeto poderá ser utilizado com diversos textos e autores.
Objetivo Geral: Oportunizar ao educando o contato com grandes cronistas da
literatura brasileira, visando estimular o gosto e habito pela leitura.
Objetivo específico: Desenvolver o hábito de leitura e escrita de diferentes gêneros
textuais;
Identificar e caracterizar os elementos da narrativa;
Diferenciar os tipos de discurso;
Reconhecer diversos gêneros textuais;
Analisar o contexto histórico-social dos autores;
Reestruturar os contos ou crônicas em diversos gêneros textuais;
Desenvolver a oralidade, a escrita e criatividade dos alunos;
Justificativa: As situações de ensino são concebidas com o fim de permitirem aos
alunos a transposição de seus próprios limites no processo de aprendizagem.
Os alunos terão a oportunidade de trabalhar com o gênero textual “crônica” e suas
principais características, além disso, serão retomados os elementos da narrativa. A
atenção das atividades deste trabalho estará na percepção do foco narrativo e na
compreensão/interpretação do texto.
Espera-se que, ao final das atividades propostas o aluno seja capaz de reconhecer o
gênero em estudo, a narrativa com foco na 1ª pessoa e que tenha compreendido o
texto como um todo significativo.
Uma das funções da literatura é sem dúvida surpreender o leitor causando-lhe
impacto e novas sensações, sejam elas agradáveis ou não.
Trabalhar crônicas ou contos de grandes autores, por serem textos curtos estimulam
o gosto pela leitura e desenvolvem habilidades como: selecionar, analisar, sintetizar,
argumentar, comparar e transformar. Outro fator importante é a oportunidade de
entrar em contato com mundos e idéias diferentes do contexto atual na qual o aluno
está inserido.
Conteúdos: Conceito de crônica; retomada dos elementos da narrativa (com ênfase
no foco narrativo); leitura do texto “No Aeroporto”, de Carlos Drummond de Andrade;
roteiro de perguntas sobre informações explícitas e implícitas contidas no texto – “O
que? como? Onde? Quando? Por quê? e produção escrita.
Competências e habilidades: Conhecer o gênero “crônica narrativa”, identificar os
elementos narrativos; interpretar um texto pertencente ao gênero em estudo.
Estratégias: Estudo do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação
do texto “No Aeroporto”; discussão com os alunos fazendo as devidas intervenções.
Recursos: Cópia do texto; uso de data show para reprodução de imagens e demais
slides pertinentes.
Jot@
Metodologia: Passo 01: O professor apresenta aos alunos o plano de aula contendo
o tema (assunto) a ser trabalhado durante as próximas aulas, os respectivos objetivos
e o que será avaliado.
Passo 02: Para trabalhar o conceito de crônica, o professor, após pesquisa, entrega
para os alunos (em duplas) exemplares de jornais ou revistas e direciona os alunos
para a leitura de um determinado texto, ou seja, uma crônica. Após a leitura em dupla
o professor lerá um texto para toda a sala. Espera-se com isso que os alunos
obtenham as primeiras impressões a respeito do gênero textual em estudo. Durante a
leitura, o professor pode fazer intervenções apontando os aspectos que julgar
importante para as etapas seguintes. Por exemplo: O que os textos têm em comum?
Trata-se de textos longos ou curtos? Eles são parecidos com outros gêneros textuais?
E quanto à estrutura?
Passo 03: Apresentação do conceito de crônica e focalização dos aspectos presentes
nos textos lidos.
O que é Crônica: Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo
uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego "chronos" que significa
"tempo". Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo
autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do
cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, ao esporte, à ciência, etc.
Os cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua
própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao leitor, como
se estivesse estabelecendo um diálogo. Alguns tipos de crônicas são a jornalística,
humorística, histórica, descritiva, narrativa, dissertativa, poética e lírica.
Disponível em: < http://www.significados.com.br/cronica/>, acesso em 13 de junho
de 2013.
Passo 04: Após esclarecer as possíveis dúvidas dos alunos, o professor propõe a
leitura da crônica “No Aeroporto” do autor Carlos Drummond de Andrade. No entanto,
antes da leitura, o professor fala um pouco sobre a vida e obra do autor a fim de
despertar nos alunos o interesse por outros textos escritos por ele. O professor propõe
que a primeira leitura seja individual e pede aos alunos para lerem quantas vezes
acharem necessárias e que os mesmos registrem, caso seja necessário, os vocábulos e
expressões não conhecidas.
Passo 05: Neste momento, o professor retoma o conceito de gênero e propõe aos
alunos uma atividade de revisão dos elementos da narrativa, estudados
anteriormente, porém presentes no texto lido. Para isso, o professor, a partir de um
modelo explicativo, solicita aos alunos que preencham um quadro de informações que
deverá ser corrigido e discutido em seguida.
Aspecto História analisada
Foco narrativo 1ª. ou 3ª. pessoa?
Personagem Quais são?
Enredo Quais os principais acontecimentos da história, na
sequência em que são apresentados?
Tempo Quanto tempo a história parece apresentar? Há marcas da
passagem do tempo no texto? Quais?
Espaço O que sabemos sobre os espaços em que as personagens
vivem as ações?
Jot@
Passo 06: Após a correção/discussão da atividade anterior, o professor retoma a
leitura do texto fazendo ele mesmo essa leitura. O objetivo agora é fazer com que os
alunos percebam cada detalhe do texto (pontuação, entonação, sequência da
narrativa...). Ao término da leitura, o professor procura por meio de perguntas ativar o
conhecimento de mundo dos alunos: Quem conhece um aeroporto? Como é o
funcionamento? Quem utiliza e qual o seu nível social, circunstâncias? Etc.
Passo 07: Depois de explorar tais aspectos, o professor deve aprofundar os estudos na
compreensão do texto. Percebe-se em sua construção que o autor faz uso da descrição
e do humor para caracterizar a personagem. Assim, o professor pode explorar a
maneira como o autor descreveu tal personagem, quais as comparações feitas e se são
ou não verdadeiras, se são possíveis.
Passo 08: Em seguida, o professor pode explorar com os alunos por que o autor usou
os termos “incontinência”, “ameno” e “requisitava” no texto. Uma vez que tais palavras
são usadas de uma maneira formal demais para a situação, é interessante fazer com
que eles discutam e cheguem a uma ou mais conclusões. No entanto, o professor deve
estar atento no direcionamento da discussão. Além dos termos mencionados, seria
interessante perguntar aos alunos o porquê da revelação sobre quem realmente é
Pedro estar somente no último parágrafo. A produção de hipóteses expande as
possibilidades de interpretação, o que torna o texto mais rico.
Avaliação:
O professor orienta os alunos a produzirem uma reescrita da crônica que será
anteriormente relembrada oralmente pelos próprios colegas. Além da reescrita um
texto apontando seus comentários pessoais, impressões, expectativas e outras
possibilidades de finalização para a história será produzido pelas duplas que fizeram a
reescrita;
Produção de questionário com as perguntas Como? Onde? Quando Por quê?
Com as atividades de produção e revisão de texto pode-se então verificar a
transposição da linguagem oral para escrita, distinguindo as marcas de oralidade para
a escrita formal; a produção do questionário Como? Onde? Quando? Por quê? O que?
Proporcionará a percepção do nível de interpretação/compreensão do aluno.
Bibliografia
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e
escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros
orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é
melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na
Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.
Cadernos do professor de Língua Portuguesa ensino fundamental, 6º ao 9º anos - São
Paulo: SEE e currículo de Língua Portuguesa - SEE.
No Aeroporto de Carlos Drummond de Andrade - Cadeira de balanço. Rio de Janeiro,
Livraria José Olympio Editora, 1976, p. 61, 62

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Crônica na sala de aula.

  • 1. Jot@ CRÔNICA NA SALA DE AULA Crônica 01 - NO AEROPORTO Carlos Drummond de Andrade Público alvo: Alunos dos 6º, 7º, 8º e 9º anos Tempo previsto: 04 a 06 aulas por turma. Este projeto poderá ser utilizado com diversos textos e autores. Objetivo Geral: Oportunizar ao educando o contato com grandes cronistas da literatura brasileira, visando estimular o gosto e habito pela leitura. Objetivo específico: Desenvolver o hábito de leitura e escrita de diferentes gêneros textuais; Identificar e caracterizar os elementos da narrativa; Diferenciar os tipos de discurso; Reconhecer diversos gêneros textuais; Analisar o contexto histórico-social dos autores; Reestruturar os contos ou crônicas em diversos gêneros textuais; Desenvolver a oralidade, a escrita e criatividade dos alunos; Justificativa: As situações de ensino são concebidas com o fim de permitirem aos alunos a transposição de seus próprios limites no processo de aprendizagem. Os alunos terão a oportunidade de trabalhar com o gênero textual “crônica” e suas principais características, além disso, serão retomados os elementos da narrativa. A atenção das atividades deste trabalho estará na percepção do foco narrativo e na compreensão/interpretação do texto. Espera-se que, ao final das atividades propostas o aluno seja capaz de reconhecer o gênero em estudo, a narrativa com foco na 1ª pessoa e que tenha compreendido o texto como um todo significativo. Uma das funções da literatura é sem dúvida surpreender o leitor causando-lhe impacto e novas sensações, sejam elas agradáveis ou não. Trabalhar crônicas ou contos de grandes autores, por serem textos curtos estimulam o gosto pela leitura e desenvolvem habilidades como: selecionar, analisar, sintetizar, argumentar, comparar e transformar. Outro fator importante é a oportunidade de entrar em contato com mundos e idéias diferentes do contexto atual na qual o aluno está inserido. Conteúdos: Conceito de crônica; retomada dos elementos da narrativa (com ênfase no foco narrativo); leitura do texto “No Aeroporto”, de Carlos Drummond de Andrade; roteiro de perguntas sobre informações explícitas e implícitas contidas no texto – “O que? como? Onde? Quando? Por quê? e produção escrita. Competências e habilidades: Conhecer o gênero “crônica narrativa”, identificar os elementos narrativos; interpretar um texto pertencente ao gênero em estudo. Estratégias: Estudo do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação do texto “No Aeroporto”; discussão com os alunos fazendo as devidas intervenções. Recursos: Cópia do texto; uso de data show para reprodução de imagens e demais slides pertinentes.
  • 2. Jot@ Metodologia: Passo 01: O professor apresenta aos alunos o plano de aula contendo o tema (assunto) a ser trabalhado durante as próximas aulas, os respectivos objetivos e o que será avaliado. Passo 02: Para trabalhar o conceito de crônica, o professor, após pesquisa, entrega para os alunos (em duplas) exemplares de jornais ou revistas e direciona os alunos para a leitura de um determinado texto, ou seja, uma crônica. Após a leitura em dupla o professor lerá um texto para toda a sala. Espera-se com isso que os alunos obtenham as primeiras impressões a respeito do gênero textual em estudo. Durante a leitura, o professor pode fazer intervenções apontando os aspectos que julgar importante para as etapas seguintes. Por exemplo: O que os textos têm em comum? Trata-se de textos longos ou curtos? Eles são parecidos com outros gêneros textuais? E quanto à estrutura? Passo 03: Apresentação do conceito de crônica e focalização dos aspectos presentes nos textos lidos. O que é Crônica: Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego "chronos" que significa "tempo". Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, ao esporte, à ciência, etc. Os cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. Alguns tipos de crônicas são a jornalística, humorística, histórica, descritiva, narrativa, dissertativa, poética e lírica. Disponível em: < http://www.significados.com.br/cronica/>, acesso em 13 de junho de 2013. Passo 04: Após esclarecer as possíveis dúvidas dos alunos, o professor propõe a leitura da crônica “No Aeroporto” do autor Carlos Drummond de Andrade. No entanto, antes da leitura, o professor fala um pouco sobre a vida e obra do autor a fim de despertar nos alunos o interesse por outros textos escritos por ele. O professor propõe que a primeira leitura seja individual e pede aos alunos para lerem quantas vezes acharem necessárias e que os mesmos registrem, caso seja necessário, os vocábulos e expressões não conhecidas. Passo 05: Neste momento, o professor retoma o conceito de gênero e propõe aos alunos uma atividade de revisão dos elementos da narrativa, estudados anteriormente, porém presentes no texto lido. Para isso, o professor, a partir de um modelo explicativo, solicita aos alunos que preencham um quadro de informações que deverá ser corrigido e discutido em seguida. Aspecto História analisada Foco narrativo 1ª. ou 3ª. pessoa? Personagem Quais são? Enredo Quais os principais acontecimentos da história, na sequência em que são apresentados? Tempo Quanto tempo a história parece apresentar? Há marcas da passagem do tempo no texto? Quais? Espaço O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem as ações?
  • 3. Jot@ Passo 06: Após a correção/discussão da atividade anterior, o professor retoma a leitura do texto fazendo ele mesmo essa leitura. O objetivo agora é fazer com que os alunos percebam cada detalhe do texto (pontuação, entonação, sequência da narrativa...). Ao término da leitura, o professor procura por meio de perguntas ativar o conhecimento de mundo dos alunos: Quem conhece um aeroporto? Como é o funcionamento? Quem utiliza e qual o seu nível social, circunstâncias? Etc. Passo 07: Depois de explorar tais aspectos, o professor deve aprofundar os estudos na compreensão do texto. Percebe-se em sua construção que o autor faz uso da descrição e do humor para caracterizar a personagem. Assim, o professor pode explorar a maneira como o autor descreveu tal personagem, quais as comparações feitas e se são ou não verdadeiras, se são possíveis. Passo 08: Em seguida, o professor pode explorar com os alunos por que o autor usou os termos “incontinência”, “ameno” e “requisitava” no texto. Uma vez que tais palavras são usadas de uma maneira formal demais para a situação, é interessante fazer com que eles discutam e cheguem a uma ou mais conclusões. No entanto, o professor deve estar atento no direcionamento da discussão. Além dos termos mencionados, seria interessante perguntar aos alunos o porquê da revelação sobre quem realmente é Pedro estar somente no último parágrafo. A produção de hipóteses expande as possibilidades de interpretação, o que torna o texto mais rico. Avaliação: O professor orienta os alunos a produzirem uma reescrita da crônica que será anteriormente relembrada oralmente pelos próprios colegas. Além da reescrita um texto apontando seus comentários pessoais, impressões, expectativas e outras possibilidades de finalização para a história será produzido pelas duplas que fizeram a reescrita; Produção de questionário com as perguntas Como? Onde? Quando Por quê? Com as atividades de produção e revisão de texto pode-se então verificar a transposição da linguagem oral para escrita, distinguindo as marcas de oralidade para a escrita formal; a produção do questionário Como? Onde? Quando? Por quê? O que? Proporcionará a percepção do nível de interpretação/compreensão do aluno. Bibliografia DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010. ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED. Cadernos do professor de Língua Portuguesa ensino fundamental, 6º ao 9º anos - São Paulo: SEE e currículo de Língua Portuguesa - SEE. No Aeroporto de Carlos Drummond de Andrade - Cadeira de balanço. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1976, p. 61, 62