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  PORTUGAL: DO
 AUTORITARISMO À
   DEMOCRACIA




Trabalho realizado no âmbito da disciplina de História
A P E R P E T UA Ç Ã O D O
AU T O R I TA R I S M O E A LU TA C O N T R A
                 O REGIME :
    Portugal manteve o regime autoritário e repressivo do estado Novo. Após a 2º
   guerra Mundial, a maioria dos países da Europa ocidental que vivia em regimes
   autoritários substituiu os ditadores por democracias. Em Portugal, o governo do
   Estado Novo manteve-se até á Revolução do 25 de Abril de 1974.
VO Z E S C A L A DA S P E L O M E D O : A R E C U S A D E
         DEMOCRATIZAÇÃO E A OPOSIÇÃO
                     DEMOCRÁTICA:

 Com a vitória dos Aliados na 2º Guerra Mundial e face às pressões políticas externas após
1945, sobretudo da Inglaterra e dos Estados Unidos da Américas, Salazar simulou uma certa abertura
do regime: aligeirou a censura; autorizou manifestações populares; libertou presos políticos e prometeu
eleições livres, “tão livres como na livre Inglaterra”.

 Foi neste contexto, de aparente abertura política, que surgiu o MUD.
 Mas, desde logo, a oposição percebeu que esta luta era difícil, pois foi-lhe dificultando o
acesso aos meios de comunicação social e não lhe foi dado tempo suficiente para preparar a
campanha. Os candidatos do MUD acabaram por desistir. Mais uma vez, a União Nacional
“ganhou” as eleições e, logo depois, os que se haviam alistado no MUD foram perseguidos.
 Em 1949, a oposição ao regime apoiou Norton De Matos na eleições presidenciais. Este
candidato obteve grande apoio dos populares, reivindicou liberdade de propaganda eleitora, um
recenseamento honesto e a fiscalização do voto pela oposição. O regime recusou satisfazer estas
condições e Norton de Matos, depois de grande comícios, desistiu “à boca da urnas”. Foi então
reeleito General Craveiro Lopes.
 Em 1958, houve outro movimento de forte oposição ao regime. O General Humberto
Delgado, candidato da oposição ás presidenciais, parecia ter apoio de uma grande massa de
população que se manifestava em seu favor. Contudo, segundo os resultados oficiais, obteve
apenas 25% dos votos. A Presidência da República seria, mais uma vez, entregue a um candidato
do regime, Américo Tomás. Entretanto, Humberto Delgado passou a ser perseguido pela
PIDE, fugiu para o exílio e, em 1965, foi assassinado próximo da fronteira Espanhola.
 A oposição era, assim, continuamente silenciada. As pessoas tinham medo, não
apenas de falar de política, mas também de se queixarem das dificuldades e das más
condições em que viviam, pois tudo isso era proibido. Os relatos ou mesmo
rumores sobre prisões como o Tarrafal(Cabo Verde), sobre tortura e perseguição
contribuíam para calar os descontentes.
O TARDIO DESENVOLVIMENTO
        ECONÓMICO
 Portugal na segunda guerra mundial conseguiu ter alguma propriedade
económica devido à sua neutralidade. Portugal depois da guerra não acompanhou o
desenvolvimento económico.

 Salazar recusou o apoio do plano Marshall e afirmou a ideia de “orgulhosamente
sós”. Foi uma forma de evitar a liberação do país.

 A sua balança era desfavorável, tinha de importar géneros alimentícios, matérias-
primas e meios técnicos para executar o programa industrial. A sua mão de obra era
pouco quilificada e elevadas altas taxas de analfabetismo.
 Puseram em prática Planos de Fomento (1953-1958 e 1959-1964) para o
desenvolvimento industrial do país e para a criação de infra estruturas.

 Portugal aderiu a EFTA e possibilitou um desenvolvimento Industrial voltado
para a exportação.

 O país tinha pouca produtividade. Os camponeses saíam para a guerras coloniais
e emigravam.
O CAMPONÊS DE PORTUGAL
 VISTO POR UM FRANCÊS:

  “O camponês português é pobre, mas não se queixa é
 extremamente fácil de governar.”

  Gonzague de Reynold (1936) cit.em Jacques George, Le
 Salazarisme: Histoire et Bilan 1926-1974, Paris, 1981.
EMIGRAÇÃO
 Devido às difíceis condições de vida, os portugueses eram obrigados a ir para
outros países (Alemanha e França) e também fugiam a guerra, devido às melhores
condições (salários).

 A emigração agravou a crise ao levar para fora a mão de obra sobretudo oriundo
do mundo rural, mas também acabou por permitir a entrada de importantes divisas
estrangeiras no país, devido às remessas dos emigrantes.
Vantagens:                           Desvantagens
 O envio de somas avultadas de          A saída de milhares de homens e
moeda estrangeira;                      mulheres que teriam contribuído para o

 A aceleração da mecanização da        desenvolvimento do país.

agricultora devido à falta de mão-de-
obra;

 O aumento doa salários:

 A modernização gradual de aldeias
e vilas.
A EMIGRAÇÃO
             PORTUGUESA
“Com um solo inteiramente ocupado, uma agricultura pobre e uma indústria
 reduzida, a pressão demográfica é muito forte e a emigração aparece como
                           inevitável remédio.”




                                          Fonte: Orlando Ribeiro, Portugal, o Mediterrâneo e
                                          o Atlântico, Coimbra Editora, 1945
OS MOVIMENTOS DE INDEPENDÊNCIA
      E A GUERRA COLONIAL
     A ONU defendia o direito dos povos à autodeterminação e à independência.
    Quando Portugal se tornou membro na ONU, foi aconselhado, e mais tarde
    pressionado a conceder a independência as suas colónias em África. O regime de
    Salazar opôs-se à descolonização das colónias dizendo que Portugal não tinha
    colónias, mas sim províncias ultramarinas, e que os seus habitantes eram
    portugueses, dando-se a guerra colonial. O que levou à formação de movimentos de
    libertação em todas a colónias. Estes movimentos iniciaram lutas armadas. Forças
    Armadas Portuguesas e os movimentos de defesa da independência colonial de
    Angola, Guiné-Bissau e Moçambique levaram a uma guerra colonial de 13 anos.
 Em angola, o conflito iniciou-se em 1961 com a UPA e depois com três
movimentos de libertação (MPLA, UNITA e FNLA), na Guiné, iniciou-se em 1963
com o PAIGC, em Moçambique, a guerra começou em 1964 com a FRELIMO.
Esta guerra aumentou o isolamento internacional do regime, o descontentamento
da população e a crise na economia. O arrastamento destas guerras e o elevado
número de vítimas contribuíram decisivamente para a queda do regime em 1974.
Principais líderes dos
movimentos de
independência :
ANGOLA:


Agostinho
Neto




    Holden
    Roberto
GUINÉ


Amílcar
Cabral




    Luís
    Cabral
MOÇAMBIQUE




Samora
Machel
O MARCELISMO: A
        LIBERTAÇÃO FRACASSADA
 Em 1968, Salazar foi substituído por Marcello Caetano. Este pôs em prática uma política
que, inicialmente, parecia seguir no sentido de uma mais liberdade e democratização. A sua
acção pode ser dividida em dois blocos:

 Uma “maquilhagem” das instituições repressivas, substituindo a expressão Estado Novo
por Estado Social, PIDE por DGS, a censura pelo exame prévio” e a União Nacional
(partido único) pela Acção Nacional Popular. Apesar disso, autorizam o regresso ao país de
alguns exilados políticos, como o bispo do Porto, D.António Ferreira Gomes e Mário Soares.

 Uma política social, tendo fundado a ADSE, instituído os subsídios de natal e de férias e
atribuição de pensões aos trabalhadores rurais e de profissões mais modestas e criado uma
nova legislação sindical.
 Este clima de mudança ficou conhecido por “Primavera Marcelista”, mas foi
marcada por grandes hesitações e contradições, por exemplo, continuou a ser
proibido discutir a questão da guerra colonial. Marcello Caetano governou segundo
o princípio da “evolução na continuidade”. Nas eleições de 1969, a oposição voltou
a participar nas eleições depois 44 anos sem “ir a votos”, mostrando alguma
abertura politica, contudo, uma vez mais, as eleições foram manipuladas dando a
vitória União Nacional.
MARCELLO CAETANO
PORTUGAL
DEMOCRÁTICO
 Após 48 anos de ditadura, com a
revolta de largos setores das Forças
Armadas contra o regime, dá-se a
revolução do 25 de Abril de 1974
que possibilitou o processo de
democratização do país, a
independência das colónias e a
integração de Portugal na CEE.
A REVOLUÇÃO DO 25 DE ABRIL E O
   PROCESSO REVOLUCIONÁRIO

    Face à crise social, económica, política e militar, à insistência do
   regime de Salazar e Caetano em manter a situação de guerra
   colonial, à falta de liberdade e às dificuldades que Portugal
   atravessava, os setores liberais e a oposição intensificaram a sua luta.
   Mas foi no seio do exército que se formou, clandestinamente, em
   1973, um movimento que preparava um golpe de Estado: o MFA
   (Movimento das Forças Armadas).
MFA
 O MFA, numa conspiração foi
organizado por Otelo Saraiva de Carvalho e
comandada pelo capitão Salgueiro Maia, pôs
fim ao regime do Estado Novo, no dia 25 de
Abril de 1974. O que inicialmente se
pretendia que fosse um golpe exclusivamente
militar, transformou-se numa festa popular
de libertação. O povo invadiu as ruas
apoiando os militares, enfeitando-os com
cravos e gritando slogans que se tornaram
muito populares: “ O povo está com o MFA”
ou “O povo unido jamais será vencido”.
 O golpe conheceu o seu momento mais grave
em frente ao Quartel do Carmo, onde Marcello
Caetano se refugiara. Salgueiro Maia, arriscando a
vida, controlou as tropas fiéis ao regime e
enfrentou o presidente do Conselho, exigindo a
sua imediata rendição. Marcello Caetano e
Américo Tomás foram depostos, sendo o poder
entregue à Junta de Salvação Nacional, presidido
pelo General Spínola. Esta Junta deveria zelar
para que o Governo Provisório cumprisse o
Programa do MFA. Spínola foi nomeado
Presidente da República.
A DEMOCRATIZAÇÃO DA
            SOCIEDADE PORTUGUESA
 A revolução provocou mudanças significativas na política e na sociedade. Desencadeou-se um processo de
democratização da sociedade portuguesa, em que:
 Foram imediatamente repostas a liberdades individuais, libertados os presos políticos e extintas as instituições do
salazarismo: a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa, a PIDE/DGS e a Ação Nacional Popular;
 Foram legalizados os partidos políticos que haviam sido proibidos, como o Partido Comunista Português e o
Partido Socialista;
 A censura foi abolida;
 Foram libertados os presos políticos e os exilados;
 O multipartidarismo renasceu, com o aparecimento de novos partidos como o PPD – Partido Popular
Democrático e o CDS – Centro Democrático Social e foram autorizados os sindicatos para a função pública;
 Foi negociada a independência das colónias;
 Foram organizadas eleições livres para a formação de uma Assembleia Constituinte (1975), que aprovou a nova
Constituição da República de 1976.
P R I N C I PA I S P RO TAG O N I S TA S DA
    R E VO L U Ç Ã O D O 2 5 D E A B R I L :


 Capitão Salgueiro Maia

 Major Otelo Saraiva de Carvalho

 Major Ernesto Melo Antunes

 General António de Spínola
D I R I G E N T E S P O L Í T I C O S D E PA R T I D O S
      CONCORRENTES ÀS PRIMEIRAS
E L E I Ç Õ E S L I V R E S PA R A A A S S E M B L E I A
                 CONSTITUINTE:

      Mário Soares (PS)

      Francisco Sá Carneiro (PPD)

      Álvaro Cunhal (PCP)

      Freitas do Amaral (CDS)
 O 25 de abril de 1974 instituiu um regime
                                                     CONQUISTAS
livre e democrático em Portugal, ao fim de 48     DEMOCRÁTICAS DO 25
anos de autoritarismo. A nova Constituição            DE ABRIL
permitiu uma organização democrática e
pluralista do Estado e consagrou importantes
direitos e liberdades.

 Com diversas alterações que, desde
1976, têm sido aprovadas, a Constituição
Portuguesa estabelece atualmente quatro órgãos
de soberania caracterizados na seguinte tabela:
A INDEPENDÊNCIA DAS
             COLÓNIAS

  A questão colonial foi uma das razões que contribuíram para o eclodir da
revolução do 25 de Abril. No que respeita às colónias, o Programa do Movimento
das Forças Armadas apresentava princípios como:
 O reconhecimento de que a solução das guerras no Ultramar era política e não
militar;
 O lançamento dos fundamentos de uma política ultramarina que conduzisse à
paz.
  No entanto, os movimentos de libertação das colónias em guerra que lutavam
contra as forças armadas portuguesas, ainda que apoiados por outras nações, não
conseguiram por si próprios obter a desejada independência.
Ela foi-lhes concedida apenas na
    sequência da Revolução, em pouco mais de
    um ano nasceram em África cinco nações
    independentes:
         • A Guiné – Bissau, em 23 de Agosto de
           1974;
         • Moçambique, em 26 de Julho de 1975;
         • Cabo Verde, em 5 de Julho de 1975;
         • S. Tomé e Príncipe, em 12 de Julho de
           1975;
         • Angola, a 11 de Novembro de 1975.




          Em 1999, Macau foi entregue à China, cumprindo um acordo preexistente. Timor
foi ocupado, em 1975, pela Indonésia, tornando-se em 2002 completamente independente.
A DEFESA DA
           INDEPENDÊNCIA
                             “O que queremos nós?
Uma vida independente como nação, uma existência em que as relações económicas
  sejam justas entre os países e dentro do país, um reviver dos valores culturais
                       ainda válidos para a nossa época.”




                                              Fonte: Agostinho Neto, Quem é o inimigo? Qual o
                                              nosso objetivo?, Lisboa, Maria da Fonte, 1974
O QU E AC O N T E C E U AO S
P O RT U G U E S E S QU E V I V I A M N A S
              COLÓNIAS?
  Muitas pessoas no processo de colonização, foram obrigadas a fugir deixando
 todos os seus bens e regressando a Portugal em condições muito difíceis. O
 processo de descolonização levou cerca de 500 000 portugueses que viviam nas suas
 colónias a abandonarem as terras que tinham adotado como suas e a regressarem a
 Portugal.
Grupo de “retornados” no
aeroporto de Lisboa, 1975
O S P RO B L E M A S D O
D E S E N VO LV I M E N T O E C O N Ó M I C O

    Aquando da Revolução do 25 de Abril, Portugal atravessava uma grave crise
   económica. A agricultura continuava pouco produtiva, e as experiências de reforma
   agrária postas em prática não trouxeram os resultados esperados.

    Com a perda dos mercados coloniais, a situação da economia portuguesa
   agravou-se.
A INTEGRAÇÃO EUROPEIA

Quando se iniciou o 25 de Abril de 1974, exigiu-se uma redefinição da politica
externa portuguesa, de acordo com o espirito do Programa do Movimento das
Forças Armadas que defendia a fórmula: “democratizar; descolonizar;
desenvolver”. De fato ao integrar-se num espaço democrático, Portugal, daria o seu
contributo para a construção da unidade europeia e para o reforço do seu papel e
do da europa na cena internacional. Em Março de 1977, o governo português
apresentou o seu pedido de adesão á CEE.
 Em 1985, o pedido de adesão foi
aceite. Após o tratado de
Maastricht, em Novembro de 1993, a
CEE passou a designar-se UE – União-
Europeia. Este tratado permitiu uma
maior participação dos cidadãos na vida
comunitária.
INTEGRAÇÃO DE
         PORTUGAL NA UNIÃO
              EUROPEIA
 “Ser participante de pleno direito na construção de uma « casa comum europeia», baseada
  nos valores da liberdade, da tolerância, do respeito dos Direitos Humanos anunciados há
duzentos anos atrás pela Revolução Francesa, é, num tal contexto histórico, a melhor defesa e
  a melhor resposta face a um Mundo em busca de novos equilíbrios e de uma nova ordem
                                       internacional.”




                                                    Fonte: António Reis, Portugal
                                                    Contemporâneo, vol.6, Publicações Alfa, 1990
BIBLIOGRAFIA:

 Descobrir a Terra 9 (livro e CD)

 www.historiadeportugal.info/guerra-colonial-portuguesa/

 abril25.paginas.sapo.pt/
TRABALHO REALIZADO
       POR:
    Catarina Gaspar, nº3

   Ricardo Gonçalves, nº12

      Sara Costa, nº13

    Silvana Campos, nº14

            9ºC

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Portugal da ditadura à democracia

  • 1. Agrupamento de Escolas de Ribeira de Pena PORTUGAL: DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA Trabalho realizado no âmbito da disciplina de História
  • 2. A P E R P E T UA Ç Ã O D O AU T O R I TA R I S M O E A LU TA C O N T R A O REGIME :  Portugal manteve o regime autoritário e repressivo do estado Novo. Após a 2º guerra Mundial, a maioria dos países da Europa ocidental que vivia em regimes autoritários substituiu os ditadores por democracias. Em Portugal, o governo do Estado Novo manteve-se até á Revolução do 25 de Abril de 1974.
  • 3. VO Z E S C A L A DA S P E L O M E D O : A R E C U S A D E DEMOCRATIZAÇÃO E A OPOSIÇÃO DEMOCRÁTICA:  Com a vitória dos Aliados na 2º Guerra Mundial e face às pressões políticas externas após 1945, sobretudo da Inglaterra e dos Estados Unidos da Américas, Salazar simulou uma certa abertura do regime: aligeirou a censura; autorizou manifestações populares; libertou presos políticos e prometeu eleições livres, “tão livres como na livre Inglaterra”.  Foi neste contexto, de aparente abertura política, que surgiu o MUD.
  • 4.  Mas, desde logo, a oposição percebeu que esta luta era difícil, pois foi-lhe dificultando o acesso aos meios de comunicação social e não lhe foi dado tempo suficiente para preparar a campanha. Os candidatos do MUD acabaram por desistir. Mais uma vez, a União Nacional “ganhou” as eleições e, logo depois, os que se haviam alistado no MUD foram perseguidos.  Em 1949, a oposição ao regime apoiou Norton De Matos na eleições presidenciais. Este candidato obteve grande apoio dos populares, reivindicou liberdade de propaganda eleitora, um recenseamento honesto e a fiscalização do voto pela oposição. O regime recusou satisfazer estas condições e Norton de Matos, depois de grande comícios, desistiu “à boca da urnas”. Foi então reeleito General Craveiro Lopes.
  • 5.  Em 1958, houve outro movimento de forte oposição ao regime. O General Humberto Delgado, candidato da oposição ás presidenciais, parecia ter apoio de uma grande massa de população que se manifestava em seu favor. Contudo, segundo os resultados oficiais, obteve apenas 25% dos votos. A Presidência da República seria, mais uma vez, entregue a um candidato do regime, Américo Tomás. Entretanto, Humberto Delgado passou a ser perseguido pela PIDE, fugiu para o exílio e, em 1965, foi assassinado próximo da fronteira Espanhola.
  • 6.  A oposição era, assim, continuamente silenciada. As pessoas tinham medo, não apenas de falar de política, mas também de se queixarem das dificuldades e das más condições em que viviam, pois tudo isso era proibido. Os relatos ou mesmo rumores sobre prisões como o Tarrafal(Cabo Verde), sobre tortura e perseguição contribuíam para calar os descontentes.
  • 8.  Portugal na segunda guerra mundial conseguiu ter alguma propriedade económica devido à sua neutralidade. Portugal depois da guerra não acompanhou o desenvolvimento económico.  Salazar recusou o apoio do plano Marshall e afirmou a ideia de “orgulhosamente sós”. Foi uma forma de evitar a liberação do país.  A sua balança era desfavorável, tinha de importar géneros alimentícios, matérias- primas e meios técnicos para executar o programa industrial. A sua mão de obra era pouco quilificada e elevadas altas taxas de analfabetismo.
  • 9.  Puseram em prática Planos de Fomento (1953-1958 e 1959-1964) para o desenvolvimento industrial do país e para a criação de infra estruturas.  Portugal aderiu a EFTA e possibilitou um desenvolvimento Industrial voltado para a exportação.  O país tinha pouca produtividade. Os camponeses saíam para a guerras coloniais e emigravam.
  • 10. O CAMPONÊS DE PORTUGAL VISTO POR UM FRANCÊS:  “O camponês português é pobre, mas não se queixa é extremamente fácil de governar.”  Gonzague de Reynold (1936) cit.em Jacques George, Le Salazarisme: Histoire et Bilan 1926-1974, Paris, 1981.
  • 12.  Devido às difíceis condições de vida, os portugueses eram obrigados a ir para outros países (Alemanha e França) e também fugiam a guerra, devido às melhores condições (salários).  A emigração agravou a crise ao levar para fora a mão de obra sobretudo oriundo do mundo rural, mas também acabou por permitir a entrada de importantes divisas estrangeiras no país, devido às remessas dos emigrantes.
  • 13. Vantagens: Desvantagens  O envio de somas avultadas de  A saída de milhares de homens e moeda estrangeira; mulheres que teriam contribuído para o  A aceleração da mecanização da desenvolvimento do país. agricultora devido à falta de mão-de- obra;  O aumento doa salários:  A modernização gradual de aldeias e vilas.
  • 14. A EMIGRAÇÃO PORTUGUESA “Com um solo inteiramente ocupado, uma agricultura pobre e uma indústria reduzida, a pressão demográfica é muito forte e a emigração aparece como inevitável remédio.” Fonte: Orlando Ribeiro, Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico, Coimbra Editora, 1945
  • 15. OS MOVIMENTOS DE INDEPENDÊNCIA E A GUERRA COLONIAL  A ONU defendia o direito dos povos à autodeterminação e à independência. Quando Portugal se tornou membro na ONU, foi aconselhado, e mais tarde pressionado a conceder a independência as suas colónias em África. O regime de Salazar opôs-se à descolonização das colónias dizendo que Portugal não tinha colónias, mas sim províncias ultramarinas, e que os seus habitantes eram portugueses, dando-se a guerra colonial. O que levou à formação de movimentos de libertação em todas a colónias. Estes movimentos iniciaram lutas armadas. Forças Armadas Portuguesas e os movimentos de defesa da independência colonial de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique levaram a uma guerra colonial de 13 anos.
  • 16.  Em angola, o conflito iniciou-se em 1961 com a UPA e depois com três movimentos de libertação (MPLA, UNITA e FNLA), na Guiné, iniciou-se em 1963 com o PAIGC, em Moçambique, a guerra começou em 1964 com a FRELIMO. Esta guerra aumentou o isolamento internacional do regime, o descontentamento da população e a crise na economia. O arrastamento destas guerras e o elevado número de vítimas contribuíram decisivamente para a queda do regime em 1974.
  • 17. Principais líderes dos movimentos de independência :
  • 18. ANGOLA: Agostinho Neto Holden Roberto
  • 19. GUINÉ Amílcar Cabral Luís Cabral
  • 21. O MARCELISMO: A LIBERTAÇÃO FRACASSADA  Em 1968, Salazar foi substituído por Marcello Caetano. Este pôs em prática uma política que, inicialmente, parecia seguir no sentido de uma mais liberdade e democratização. A sua acção pode ser dividida em dois blocos:  Uma “maquilhagem” das instituições repressivas, substituindo a expressão Estado Novo por Estado Social, PIDE por DGS, a censura pelo exame prévio” e a União Nacional (partido único) pela Acção Nacional Popular. Apesar disso, autorizam o regresso ao país de alguns exilados políticos, como o bispo do Porto, D.António Ferreira Gomes e Mário Soares.  Uma política social, tendo fundado a ADSE, instituído os subsídios de natal e de férias e atribuição de pensões aos trabalhadores rurais e de profissões mais modestas e criado uma nova legislação sindical.
  • 22.  Este clima de mudança ficou conhecido por “Primavera Marcelista”, mas foi marcada por grandes hesitações e contradições, por exemplo, continuou a ser proibido discutir a questão da guerra colonial. Marcello Caetano governou segundo o princípio da “evolução na continuidade”. Nas eleições de 1969, a oposição voltou a participar nas eleições depois 44 anos sem “ir a votos”, mostrando alguma abertura politica, contudo, uma vez mais, as eleições foram manipuladas dando a vitória União Nacional.
  • 25.  Após 48 anos de ditadura, com a revolta de largos setores das Forças Armadas contra o regime, dá-se a revolução do 25 de Abril de 1974 que possibilitou o processo de democratização do país, a independência das colónias e a integração de Portugal na CEE.
  • 26. A REVOLUÇÃO DO 25 DE ABRIL E O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO  Face à crise social, económica, política e militar, à insistência do regime de Salazar e Caetano em manter a situação de guerra colonial, à falta de liberdade e às dificuldades que Portugal atravessava, os setores liberais e a oposição intensificaram a sua luta. Mas foi no seio do exército que se formou, clandestinamente, em 1973, um movimento que preparava um golpe de Estado: o MFA (Movimento das Forças Armadas).
  • 27. MFA  O MFA, numa conspiração foi organizado por Otelo Saraiva de Carvalho e comandada pelo capitão Salgueiro Maia, pôs fim ao regime do Estado Novo, no dia 25 de Abril de 1974. O que inicialmente se pretendia que fosse um golpe exclusivamente militar, transformou-se numa festa popular de libertação. O povo invadiu as ruas apoiando os militares, enfeitando-os com cravos e gritando slogans que se tornaram muito populares: “ O povo está com o MFA” ou “O povo unido jamais será vencido”.
  • 28.  O golpe conheceu o seu momento mais grave em frente ao Quartel do Carmo, onde Marcello Caetano se refugiara. Salgueiro Maia, arriscando a vida, controlou as tropas fiéis ao regime e enfrentou o presidente do Conselho, exigindo a sua imediata rendição. Marcello Caetano e Américo Tomás foram depostos, sendo o poder entregue à Junta de Salvação Nacional, presidido pelo General Spínola. Esta Junta deveria zelar para que o Governo Provisório cumprisse o Programa do MFA. Spínola foi nomeado Presidente da República.
  • 29.
  • 30. A DEMOCRATIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA  A revolução provocou mudanças significativas na política e na sociedade. Desencadeou-se um processo de democratização da sociedade portuguesa, em que:  Foram imediatamente repostas a liberdades individuais, libertados os presos políticos e extintas as instituições do salazarismo: a Mocidade Portuguesa, a Legião Portuguesa, a PIDE/DGS e a Ação Nacional Popular;  Foram legalizados os partidos políticos que haviam sido proibidos, como o Partido Comunista Português e o Partido Socialista;  A censura foi abolida;  Foram libertados os presos políticos e os exilados;  O multipartidarismo renasceu, com o aparecimento de novos partidos como o PPD – Partido Popular Democrático e o CDS – Centro Democrático Social e foram autorizados os sindicatos para a função pública;  Foi negociada a independência das colónias;  Foram organizadas eleições livres para a formação de uma Assembleia Constituinte (1975), que aprovou a nova Constituição da República de 1976.
  • 31. P R I N C I PA I S P RO TAG O N I S TA S DA R E VO L U Ç Ã O D O 2 5 D E A B R I L :  Capitão Salgueiro Maia  Major Otelo Saraiva de Carvalho  Major Ernesto Melo Antunes  General António de Spínola
  • 32. D I R I G E N T E S P O L Í T I C O S D E PA R T I D O S CONCORRENTES ÀS PRIMEIRAS E L E I Ç Õ E S L I V R E S PA R A A A S S E M B L E I A CONSTITUINTE:  Mário Soares (PS)  Francisco Sá Carneiro (PPD)  Álvaro Cunhal (PCP)  Freitas do Amaral (CDS)
  • 33.  O 25 de abril de 1974 instituiu um regime CONQUISTAS livre e democrático em Portugal, ao fim de 48 DEMOCRÁTICAS DO 25 anos de autoritarismo. A nova Constituição DE ABRIL permitiu uma organização democrática e pluralista do Estado e consagrou importantes direitos e liberdades.  Com diversas alterações que, desde 1976, têm sido aprovadas, a Constituição Portuguesa estabelece atualmente quatro órgãos de soberania caracterizados na seguinte tabela:
  • 34.
  • 35. A INDEPENDÊNCIA DAS COLÓNIAS A questão colonial foi uma das razões que contribuíram para o eclodir da revolução do 25 de Abril. No que respeita às colónias, o Programa do Movimento das Forças Armadas apresentava princípios como:  O reconhecimento de que a solução das guerras no Ultramar era política e não militar;  O lançamento dos fundamentos de uma política ultramarina que conduzisse à paz. No entanto, os movimentos de libertação das colónias em guerra que lutavam contra as forças armadas portuguesas, ainda que apoiados por outras nações, não conseguiram por si próprios obter a desejada independência.
  • 36. Ela foi-lhes concedida apenas na sequência da Revolução, em pouco mais de um ano nasceram em África cinco nações independentes: • A Guiné – Bissau, em 23 de Agosto de 1974; • Moçambique, em 26 de Julho de 1975; • Cabo Verde, em 5 de Julho de 1975; • S. Tomé e Príncipe, em 12 de Julho de 1975; • Angola, a 11 de Novembro de 1975. Em 1999, Macau foi entregue à China, cumprindo um acordo preexistente. Timor foi ocupado, em 1975, pela Indonésia, tornando-se em 2002 completamente independente.
  • 37. A DEFESA DA INDEPENDÊNCIA “O que queremos nós? Uma vida independente como nação, uma existência em que as relações económicas sejam justas entre os países e dentro do país, um reviver dos valores culturais ainda válidos para a nossa época.” Fonte: Agostinho Neto, Quem é o inimigo? Qual o nosso objetivo?, Lisboa, Maria da Fonte, 1974
  • 38. O QU E AC O N T E C E U AO S P O RT U G U E S E S QU E V I V I A M N A S COLÓNIAS?  Muitas pessoas no processo de colonização, foram obrigadas a fugir deixando todos os seus bens e regressando a Portugal em condições muito difíceis. O processo de descolonização levou cerca de 500 000 portugueses que viviam nas suas colónias a abandonarem as terras que tinham adotado como suas e a regressarem a Portugal.
  • 39. Grupo de “retornados” no aeroporto de Lisboa, 1975
  • 40. O S P RO B L E M A S D O D E S E N VO LV I M E N T O E C O N Ó M I C O  Aquando da Revolução do 25 de Abril, Portugal atravessava uma grave crise económica. A agricultura continuava pouco produtiva, e as experiências de reforma agrária postas em prática não trouxeram os resultados esperados.  Com a perda dos mercados coloniais, a situação da economia portuguesa agravou-se.
  • 41. A INTEGRAÇÃO EUROPEIA Quando se iniciou o 25 de Abril de 1974, exigiu-se uma redefinição da politica externa portuguesa, de acordo com o espirito do Programa do Movimento das Forças Armadas que defendia a fórmula: “democratizar; descolonizar; desenvolver”. De fato ao integrar-se num espaço democrático, Portugal, daria o seu contributo para a construção da unidade europeia e para o reforço do seu papel e do da europa na cena internacional. Em Março de 1977, o governo português apresentou o seu pedido de adesão á CEE.
  • 42.  Em 1985, o pedido de adesão foi aceite. Após o tratado de Maastricht, em Novembro de 1993, a CEE passou a designar-se UE – União- Europeia. Este tratado permitiu uma maior participação dos cidadãos na vida comunitária.
  • 43. INTEGRAÇÃO DE PORTUGAL NA UNIÃO EUROPEIA “Ser participante de pleno direito na construção de uma « casa comum europeia», baseada nos valores da liberdade, da tolerância, do respeito dos Direitos Humanos anunciados há duzentos anos atrás pela Revolução Francesa, é, num tal contexto histórico, a melhor defesa e a melhor resposta face a um Mundo em busca de novos equilíbrios e de uma nova ordem internacional.” Fonte: António Reis, Portugal Contemporâneo, vol.6, Publicações Alfa, 1990
  • 44. BIBLIOGRAFIA:  Descobrir a Terra 9 (livro e CD)  www.historiadeportugal.info/guerra-colonial-portuguesa/  abril25.paginas.sapo.pt/
  • 45. TRABALHO REALIZADO POR: Catarina Gaspar, nº3 Ricardo Gonçalves, nº12 Sara Costa, nº13 Silvana Campos, nº14 9ºC