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Faculdade Santo Agostinho-FSA
Coordenação de Enfermagem
Disciplina: Epidemiologia aplicada à
enfermagem
Professora: Maria Amélia de Oliveira Costa

HANSENÍASE

TERESINA-PI
NOVEMBRO DE 2013
ACADÊMICOS









Ana Karla Araújo
Antonia Joana Macedo
Cássia de Santana
Joice de Oliveira Pereira
Laianny Nascimento
Maria de Aquino
Sâmia Vanessa
CONCEITO


Doença crônica granulomatosa, proveniente de
infecção causada pelo Mycobacterium leprae.
Esse bacilo tem a capacidade de infectar
grande
numero
de
indivíduos
(alta
infectividade), no entanto poucos adoecem
(baixa patogenicidade);
MANIFESTAÇÕES


As formas de manifestação da hanseníase
dependem da resposta imune do hospedeiro ao
bacilo causador da doença.
TRANSMISSÃO


A principal via de eliminação dos bacilos dos
pacientes multibacilares (virchowianos e
dimorfos) e a aérea superior, sendo, também, o
trato respiratório a mais provável via de entrada
do M. leprae no corpo.
TIPOS


A classificação operacional do caso de Hanseníase,
visando o tratamento com poliquimioterapia e baseada
no numero de lesões cutâneas de acordo com os
seguintes critérios:

• Paucibacilar
Casos com até 5 lesões

• Multibacilar
Casos com mais de 5 lesões
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico e clinico e epidemiológico, realizado por meio da análise da
historia e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológicos,
para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade
e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou
autonômico). Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem
lesão cutânea (suspeita de Hanseníase neural pura), e aqueles que
apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem
lesão cutânea evidente deverão ser encaminhados para unidades de
saúde de maior complexidade para confirmação diagnostica.
 Em crianças, o diagnostico da Hanseníase exige exame criterioso, diante
da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade.

Diagnóstico laboratorial
Exame baciloscópico- A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico),
quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para
a classificação dos casos em PB ou MB. A baciloscopia positiva classifica
o caso como MB, independentemente do numero de lesões.
Observação: O resultado negativo da baciloscopia nao exclui o diagnostico
de Hanseníase.
Diagnóstico diferencial - As seguintes dermatoses podem se assemelhar
a algumas formas e reações de Hanseníase e exigem segura
diferenciação: eczematides, nevo acrômico, pitiriase versicolor, vitiligo,
pitiriase rósea de Gilbert, eritema solar, eritrodermias e eritemas
difusos vários, psoríase, eritema polimorfo, eritema nodoso, eritemas
anulares, granuloma anular, lúpus eritematoso, farmacodermias, foto
dermatites
 polimorfas, pelagra, sífilis, alopecia areata (pelada), sarcoidose,
 Tuberculose, xantomas, hemoblastoses, esclerodermias, neurofibromatose
 de Von Recklinghausen.
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
TRATAMENTO
Os pacientes devem ser tratados em regime
ambulatorial. Nos serviços básicos de saúde,
administra-se uma associação de medicamentos, a
poliquimioterapia.
 A PQT/OMS mata o bacilo e evita a evolução da
doença, prevenindo incapacidades e levando à cura.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos: Detectar e tratar precocemente os casos novos,
para interromper a cadeia de transmissão e prevenir as
incapacidades físicas e realizar exames dermatoneurológicos
de todos os contatos de casos de Hanseníase, com o
objetivo de detectar novos casos e iniciar o tratamento o
mais precocemente possível, evitando a ocorrência de outros
casos.
 Notificação: Doença de notificação compulsória em todo
território nacional e de investigação obrigatória.
 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
 A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) inclui a
hanseníase no grupo das doenças negligenciadas e outras
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  • 1. Faculdade Santo Agostinho-FSA Coordenação de Enfermagem Disciplina: Epidemiologia aplicada à enfermagem Professora: Maria Amélia de Oliveira Costa HANSENÍASE TERESINA-PI NOVEMBRO DE 2013
  • 2. ACADÊMICOS        Ana Karla Araújo Antonia Joana Macedo Cássia de Santana Joice de Oliveira Pereira Laianny Nascimento Maria de Aquino Sâmia Vanessa
  • 3. CONCEITO  Doença crônica granulomatosa, proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. Esse bacilo tem a capacidade de infectar grande numero de indivíduos (alta infectividade), no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade);
  • 4. MANIFESTAÇÕES  As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença.
  • 5. TRANSMISSÃO  A principal via de eliminação dos bacilos dos pacientes multibacilares (virchowianos e dimorfos) e a aérea superior, sendo, também, o trato respiratório a mais provável via de entrada do M. leprae no corpo.
  • 6. TIPOS  A classificação operacional do caso de Hanseníase, visando o tratamento com poliquimioterapia e baseada no numero de lesões cutâneas de acordo com os seguintes critérios: • Paucibacilar Casos com até 5 lesões • Multibacilar Casos com mais de 5 lesões
  • 7. DIAGNÓSTICO O diagnóstico e clinico e epidemiológico, realizado por meio da análise da historia e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológicos, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor e/ou autonômico). Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de Hanseníase neural pura), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnostica.  Em crianças, o diagnostico da Hanseníase exige exame criterioso, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade. 
  • 8. Diagnóstico laboratorial Exame baciloscópico- A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do numero de lesões. Observação: O resultado negativo da baciloscopia nao exclui o diagnostico de Hanseníase. Diagnóstico diferencial - As seguintes dermatoses podem se assemelhar a algumas formas e reações de Hanseníase e exigem segura diferenciação: eczematides, nevo acrômico, pitiriase versicolor, vitiligo, pitiriase rósea de Gilbert, eritema solar, eritrodermias e eritemas difusos vários, psoríase, eritema polimorfo, eritema nodoso, eritemas anulares, granuloma anular, lúpus eritematoso, farmacodermias, foto dermatites  polimorfas, pelagra, sífilis, alopecia areata (pelada), sarcoidose,  Tuberculose, xantomas, hemoblastoses, esclerodermias, neurofibromatose  de Von Recklinghausen.             
  • 9. TRATAMENTO Os pacientes devem ser tratados em regime ambulatorial. Nos serviços básicos de saúde, administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia.  A PQT/OMS mata o bacilo e evita a evolução da doença, prevenindo incapacidades e levando à cura. 
  • 10. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Objetivos: Detectar e tratar precocemente os casos novos, para interromper a cadeia de transmissão e prevenir as incapacidades físicas e realizar exames dermatoneurológicos de todos os contatos de casos de Hanseníase, com o objetivo de detectar novos casos e iniciar o tratamento o mais precocemente possível, evitando a ocorrência de outros casos.  Notificação: Doença de notificação compulsória em todo território nacional e de investigação obrigatória.  PERFIL EPIDEMIOLÓGICO  A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) inclui a hanseníase no grupo das doenças negligenciadas e outras relacionadas com a pobreza por meio da resolução OPAS/CD49.R19/2009 