SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Sovereignty: Change and Continuity
in a Fundamental Institution - Georg
Sorenson (1999)
Ciência Política 2016/2017
André Neves
Joana Rodrigues
Sofia Seguro
Introdução
"Just as we know a camel or a chair when we see one, so we know a sovereignty
state. It is a political entity which is treated as a sovereignty state by other
sovereign states."
(Miller apud Sorenson, 1999: 590)
• O "central issue" para Sorenson diz respeito às questões que mudaram:
"Is sovereignty a stable and unchanging institution or has is undergone dramatic
change, both present times and in earlier periods?" (1999: 591)
" 'the end of sovereignty' or 'the illusion of sovereignty' "? (1999: 591)
Sovereignty: Continuity of Constitutive
Rules
• Instituições = "persistent and connected sets of rules, formal and informal,
that prescribe behavioural roles, constrain activity, and shape expectations" =
Soberania (1999: 591)
"X counts as Y in context C" (Searle apud
Sorenson, 1999: 592)
• X: Estados com território, população e Governo. (1999: 593)
• Y: Regras constitutivas da soberania (1999: 592), ou seja, independência
constitucional, sendo esta uma condição legal, absoluta e unitária. (1999: 593)
• C: Sociedade internacional de Estados (1999: 593)
"The international legal order does not provide foundation for the State; it
presupposes the State's existence."
(C. de Visscher apud Sorenson, 1999: 592)
"The sovereignty state stands apart from other all other sovereignty entities, it is
'constitutionally apart'." (1999: 592)
"a group of states which not merely form a system, (...) the behaviour of each is
a necessary factor in the calculation of others, but also have established by
dialogue and consent common rules and institutions for the conduct of their
relations, and recognize their common interest in maintaining these
arrangements."
"once the system of modern states was consolidated, however, the process of
fundamental transformation ceased: '[states] have all remained recognizably of
the same species up to our own time'." (Ruggie apud Sorenson, 1999: 594)
"stable core of sovereignty is the 'constitutional independence of other states'."
(Jackson apud Sorenson, 1999: 594)
Em suma: Continuity of Constitutive Rules
in Sovereignty
• Existe um elemento estável que marca a continuidade da instituição (soberania): a
independência constitucional (o núcleo constitutivo da soberania) possuída pelos
Estados que tenham território, população e Governo. (1999: 594)
• Isto não invalida, no entanto, o facto de existirem sim mudanças substanciais nas
regras regulativas da soberania, regras através das quais o Jogo de Soberania é
jogado. (1999: 595)
Sovereignty: Change in Regulative Rules
“Non intervention, making and honouring of treaties, diplomacy
conducted in accordance with accepted practices and, in the broadest
sense, a framework of international law… In short term, the rules
include every convention and practice of international life which
moderate and indeed civilize the relationships os states.”
The Post-colonial Sovereignty Game
• Este jogo de Soberania surgiu aquando da independência das antigas colónias do "3 Mundo";
• "a new type of player than joined the society of states, a weak player with severes deficiencies in substantial terms."
(Jackson apud Sorensen,1999:600)
• Nestes casos, a "existência" de território, população e governo é, frequentemente, mais formal
que real;
• Populações divididas étnica, linguística e socioculturalmente;
• "Post-colonial states do not have national economies in the sense of coherent main sectors within a unified
economic space." (1999:601)
• Estes estados não são Estados-Nação;
• "The people inside former colonial borders were communities only in the sense that they shared a border
drawn by others." (1999:601)
• A sua ideia de Nacionalismo era negativa: Expulsar o colonizador;
• "It is clear that the legal equality between modern and post-colonial states is not matched by substancial equality"
(1999:601)
• Estados pós-coloniais são agentes muito mais fracos;
• Estados confiam no conceito da "não-intervenção";
• Centrados na defesa doméstica em detrimento da internacional;
• "Economic conditionalities and, of late, political conditionalities have been tied to development assistance."
(1999:601);
Conclusão
• É necessário que a sociedade internacional encontre uma fórmula eficaz para
lidar com a segurança e problemas de bem-estar em países subdesenvolvidos;
• A forma como este jogo de Soberania é feito é reflexo disto mesmo
The postmodern Sovereignty Game
• Este jogo de soberania é baseado na cooperação intensa entre estados
soberanos;
• A UE representa o caso em que uma cooperação supranacional foi mais
longe;
• "The members of the EU are no longer westfalian in terms of their substancial
statehood." (1999:602);
• O processo da Globalização económica contem dois elementos principais:
• O aumento de todo o tipo de relações económicas entre países;
• Reposição gradual de economias nacionais por um sistema económico
global;
• "The national economy in no longer self sustaining; it is part of a larger, globalized
economic space" (1999:602);
• A Globalização económica é um incentivo decisivo para uma
cooperação politica supranacional mais intensa;
• "States bargain with their sovereignty, their territorial autority, in the sense that they allow
other states to influence the regulation of their domestic affairs in return for influence over
the domestic affairs of these others countries" (1999:602);
• Também o jogo de soberania dos estados pós-modernos difere do "jogo
vestefaliano";
• Caso do SMT;
• O jogo pós moderno é de cooperação em vez de competição;
• "There is an intense discussion in Europe concerning the relationship between the regulative rules
of sovereignty and constitutional independence." (1999:603);
Conclusão
• A discussão existente em redor destas questões mostra o quão longe as
mudanças na regulação da Soberania levantam questões em relação a estas
instituições.
• A Soberania tornou-se, em si, um conceito contestado.
Tópicos para debate
1. Taiwan, Mónaco e Andorra não são estados, porque não têm soberania,
portanto não são atores de direito no sistema internacional. Concorda?
2. O que distingue o Chipre de territórios como o Kosovo e o Sara Ocidental?

Mais conteúdo relacionado

Destaque

O acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
O acordo de associação: Ucrânia e União EuropeiaO acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
O acordo de associação: Ucrânia e União EuropeiaJoana Filipa Rodrigues
 
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte IIIImpacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte IIIJoana Filipa Rodrigues
 
Sistema Político da União Europeia - SPUE
Sistema Político da União Europeia - SPUESistema Político da União Europeia - SPUE
Sistema Político da União Europeia - SPUEJoana Filipa Rodrigues
 
A sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em PortugalA sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em PortugalJoana Filipa Rodrigues
 

Destaque (20)

Parques de ciências e tecnologia
Parques de ciências e tecnologiaParques de ciências e tecnologia
Parques de ciências e tecnologia
 
O acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
O acordo de associação: Ucrânia e União EuropeiaO acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
O acordo de associação: Ucrânia e União Europeia
 
O bom uso da retórica
O bom uso da retóricaO bom uso da retórica
O bom uso da retórica
 
Retórica e democracia
Retórica e democraciaRetórica e democracia
Retórica e democracia
 
Absolutismo
AbsolutismoAbsolutismo
Absolutismo
 
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte IIIImpacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
Impacto dos fluxos migratórios numa sociedade parte III
 
Sistema Político da União Europeia - SPUE
Sistema Político da União Europeia - SPUESistema Político da União Europeia - SPUE
Sistema Político da União Europeia - SPUE
 
Policy Memorandum on Brexit
Policy Memorandum on BrexitPolicy Memorandum on Brexit
Policy Memorandum on Brexit
 
A sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em PortugalA sociedade de antigo regime em Portugal
A sociedade de antigo regime em Portugal
 
Falácias informais
Falácias informaisFalácias informais
Falácias informais
 
Estratégias de persuasão
Estratégias de persuasãoEstratégias de persuasão
Estratégias de persuasão
 
Cógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de DescartesCógito cartesiano de Descartes
Cógito cartesiano de Descartes
 
Silogismos
SilogismosSilogismos
Silogismos
 
A Crise dos Refugiados parte I
A Crise dos Refugiados parte IA Crise dos Refugiados parte I
A Crise dos Refugiados parte I
 
Tentativas absolutistas em inglaterra
Tentativas absolutistas em inglaterraTentativas absolutistas em inglaterra
Tentativas absolutistas em inglaterra
 
Conferência de Berlim
Conferência de BerlimConferência de Berlim
Conferência de Berlim
 
O Iluminismo (ou Filosofia das luzes)
O Iluminismo (ou Filosofia das luzes)O Iluminismo (ou Filosofia das luzes)
O Iluminismo (ou Filosofia das luzes)
 
Modelo Demografico Antigo e Novo
Modelo Demografico Antigo e NovoModelo Demografico Antigo e Novo
Modelo Demografico Antigo e Novo
 
Liberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. IgualdadeLiberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. Igualdade
 
Costa Cabral
Costa CabralCosta Cabral
Costa Cabral
 

Mais de Joana Filipa Rodrigues

Mais de Joana Filipa Rodrigues (16)

O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)
O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)
O Acordo Nuclear entre o Irão e o P5 + 1/UE (2015)
 
Apontamentos de Teoria das Relações Internacionais I
Apontamentos de Teoria das Relações Internacionais IApontamentos de Teoria das Relações Internacionais I
Apontamentos de Teoria das Relações Internacionais I
 
História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6História A - módulo 3, 4 e 6
História A - módulo 3, 4 e 6
 
Psicologia - a mente, as emoções e a conação
Psicologia - a mente, as emoções e a conaçãoPsicologia - a mente, as emoções e a conação
Psicologia - a mente, as emoções e a conação
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
 
História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1
História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1
História A, 12º ano, Módulo 9, Unidade 1
 
Psicologia 12º
Psicologia 12ºPsicologia 12º
Psicologia 12º
 
Fidel Castro
Fidel CastroFidel Castro
Fidel Castro
 
Provas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo DescartesProvas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo Descartes
 
O racionalismo de Descartes
O racionalismo de DescartesO racionalismo de Descartes
O racionalismo de Descartes
 
O empirismo de david hume
O empirismo de david humeO empirismo de david hume
O empirismo de david hume
 
Estrutura do ato de conhecer
Estrutura do ato de conhecer Estrutura do ato de conhecer
Estrutura do ato de conhecer
 
Kant e Stuart Mill
Kant e Stuart MillKant e Stuart Mill
Kant e Stuart Mill
 
As TIC e o seu impacto
As TIC e o seu impactoAs TIC e o seu impacto
As TIC e o seu impacto
 
Evolução Democrática
Evolução DemocráticaEvolução Democrática
Evolução Democrática
 
Sociedade Oitocentista - Século XIX
Sociedade Oitocentista - Século XIXSociedade Oitocentista - Século XIX
Sociedade Oitocentista - Século XIX
 

Último

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 

Último (20)

Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 

Soberania: Mudança e Continuidade nas Regras Constitutivas e Regulativas

  • 1. Sovereignty: Change and Continuity in a Fundamental Institution - Georg Sorenson (1999) Ciência Política 2016/2017 André Neves Joana Rodrigues Sofia Seguro
  • 2. Introdução "Just as we know a camel or a chair when we see one, so we know a sovereignty state. It is a political entity which is treated as a sovereignty state by other sovereign states." (Miller apud Sorenson, 1999: 590)
  • 3. • O "central issue" para Sorenson diz respeito às questões que mudaram: "Is sovereignty a stable and unchanging institution or has is undergone dramatic change, both present times and in earlier periods?" (1999: 591) " 'the end of sovereignty' or 'the illusion of sovereignty' "? (1999: 591)
  • 4. Sovereignty: Continuity of Constitutive Rules • Instituições = "persistent and connected sets of rules, formal and informal, that prescribe behavioural roles, constrain activity, and shape expectations" = Soberania (1999: 591)
  • 5. "X counts as Y in context C" (Searle apud Sorenson, 1999: 592) • X: Estados com território, população e Governo. (1999: 593) • Y: Regras constitutivas da soberania (1999: 592), ou seja, independência constitucional, sendo esta uma condição legal, absoluta e unitária. (1999: 593) • C: Sociedade internacional de Estados (1999: 593)
  • 6. "The international legal order does not provide foundation for the State; it presupposes the State's existence." (C. de Visscher apud Sorenson, 1999: 592)
  • 7. "The sovereignty state stands apart from other all other sovereignty entities, it is 'constitutionally apart'." (1999: 592)
  • 8. "a group of states which not merely form a system, (...) the behaviour of each is a necessary factor in the calculation of others, but also have established by dialogue and consent common rules and institutions for the conduct of their relations, and recognize their common interest in maintaining these arrangements."
  • 9. "once the system of modern states was consolidated, however, the process of fundamental transformation ceased: '[states] have all remained recognizably of the same species up to our own time'." (Ruggie apud Sorenson, 1999: 594) "stable core of sovereignty is the 'constitutional independence of other states'." (Jackson apud Sorenson, 1999: 594)
  • 10. Em suma: Continuity of Constitutive Rules in Sovereignty • Existe um elemento estável que marca a continuidade da instituição (soberania): a independência constitucional (o núcleo constitutivo da soberania) possuída pelos Estados que tenham território, população e Governo. (1999: 594) • Isto não invalida, no entanto, o facto de existirem sim mudanças substanciais nas regras regulativas da soberania, regras através das quais o Jogo de Soberania é jogado. (1999: 595)
  • 11. Sovereignty: Change in Regulative Rules “Non intervention, making and honouring of treaties, diplomacy conducted in accordance with accepted practices and, in the broadest sense, a framework of international law… In short term, the rules include every convention and practice of international life which moderate and indeed civilize the relationships os states.”
  • 12. The Post-colonial Sovereignty Game • Este jogo de Soberania surgiu aquando da independência das antigas colónias do "3 Mundo"; • "a new type of player than joined the society of states, a weak player with severes deficiencies in substantial terms." (Jackson apud Sorensen,1999:600) • Nestes casos, a "existência" de território, população e governo é, frequentemente, mais formal que real; • Populações divididas étnica, linguística e socioculturalmente;
  • 13. • "Post-colonial states do not have national economies in the sense of coherent main sectors within a unified economic space." (1999:601) • Estes estados não são Estados-Nação; • "The people inside former colonial borders were communities only in the sense that they shared a border drawn by others." (1999:601) • A sua ideia de Nacionalismo era negativa: Expulsar o colonizador;
  • 14. • "It is clear that the legal equality between modern and post-colonial states is not matched by substancial equality" (1999:601) • Estados pós-coloniais são agentes muito mais fracos; • Estados confiam no conceito da "não-intervenção"; • Centrados na defesa doméstica em detrimento da internacional; • "Economic conditionalities and, of late, political conditionalities have been tied to development assistance." (1999:601);
  • 15. Conclusão • É necessário que a sociedade internacional encontre uma fórmula eficaz para lidar com a segurança e problemas de bem-estar em países subdesenvolvidos; • A forma como este jogo de Soberania é feito é reflexo disto mesmo
  • 16. The postmodern Sovereignty Game • Este jogo de soberania é baseado na cooperação intensa entre estados soberanos; • A UE representa o caso em que uma cooperação supranacional foi mais longe; • "The members of the EU are no longer westfalian in terms of their substancial statehood." (1999:602);
  • 17. • O processo da Globalização económica contem dois elementos principais: • O aumento de todo o tipo de relações económicas entre países; • Reposição gradual de economias nacionais por um sistema económico global; • "The national economy in no longer self sustaining; it is part of a larger, globalized economic space" (1999:602);
  • 18. • A Globalização económica é um incentivo decisivo para uma cooperação politica supranacional mais intensa; • "States bargain with their sovereignty, their territorial autority, in the sense that they allow other states to influence the regulation of their domestic affairs in return for influence over the domestic affairs of these others countries" (1999:602);
  • 19. • Também o jogo de soberania dos estados pós-modernos difere do "jogo vestefaliano"; • Caso do SMT; • O jogo pós moderno é de cooperação em vez de competição; • "There is an intense discussion in Europe concerning the relationship between the regulative rules of sovereignty and constitutional independence." (1999:603);
  • 20. Conclusão • A discussão existente em redor destas questões mostra o quão longe as mudanças na regulação da Soberania levantam questões em relação a estas instituições. • A Soberania tornou-se, em si, um conceito contestado.
  • 21. Tópicos para debate 1. Taiwan, Mónaco e Andorra não são estados, porque não têm soberania, portanto não são atores de direito no sistema internacional. Concorda? 2. O que distingue o Chipre de territórios como o Kosovo e o Sara Ocidental?