2. No início do século XIX, vigorava
em Portugal um regime
Introdução
tipicamente absolutista, sob a
administração do príncipe regente
D.João, que substituía D.Maria I,
sua mãe, dado o seu estado de
loucura.
Para além disso, o país
encontrava-se desprovido dos
ideais iluministas, que há muito se
tinham espalhado pela Europa.
O Absolutismo estava para durar,
sendo que a economia era
essencialmente agrícola, a vida
quotidiana era esmagadoramente
rural e muito pobre, sentindo-se a
falta duma “opinião iluminada” que
pusesse em causa a legitimidade
do absolutismo em nome dos
princípios da soberania nacional e
da igualdade cívica.
3. Introdução
Todavia, destacavam-se da sociedade uma
burguesia comercial (endinheirada) que
ansiava pela mudança e um restrito grupo de
intelectuais que propagavam os ideais da
Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade
que eram provenientes da França. Estes
frequentavam cafés, botequins e lojas
maçónicas.
Assim sendo, as aspirações de mudança
destes “iluminados” viriam a ser
impulsionadas pelas Invasões Francesas, que
por sinal tiveram um grande impacto em
Portugal.
4. • As Invasões Francesas
Decidido a pôr fim ao poderio da
Inglaterra, Napoleão Bonaparte decretou
o Bloqueio Continental, em 1806, para
que nenhuma nação europeia mantivesse
qualquer tipo de contacto comercial com
as Ilhas Britânicas.
Deste modo, Portugal estava então com
graves problemas: ou se mantinha fiel à
sua antiga e leal aliada Inglaterra; ou
aceitava o bloqueio, pondo em causa a
liberdade do país.
5.
6. • Atendendo ao Documento 2, anteriormente
visto, concluí que mesmo querendo conservar
a neutralidade, ainda que hesitando, Portugal
manteve-se fiel à sua velha aliada e acabou
por não se subordinar aos ditames do
Bloqueio. Deu-se então a fuga do príncipe-
regente D.João juntamente com a família real
e a Corte para as colónias do Brasil. Fuga esta
que permitiu a manutenção da independência
do país.
7. Como consequência deste decisão,
Portugal foi alvo de três invasões
napoleónicas, de 1807 a 1811,
comandadas, sucessivamente, pelo
general Junot, pelo marechal Soult e pelo
marechal Massena.
8. Estas invasões foram desastrosas e resultaram na
devastação e destruição, dado que a Inglaterra exerceu
um enorme domínio político e económico sobre Portugal.
Estes conflitos arruinaram importantes setores, tais
como o agrícola, industrial e comercial, causaram
imensas perdas humanas e o património nacional sofre
perdas em consequência do saque de mosteiros, igrejas
e palácios.
O país ficou na miséria durante estes quatro longos
anos!
9. Portugal encontrou-se
assim sob o comando
Inglês, de 1808 a 1821.
Coube ao marechal
Beresford a reestruturação
do exército e organizar a
defesa do reino contra os
Franceses. Porém, o
mesmo ocupou funções
que foram para além da
esfera militar, exercendo
um controlo da economia,
reativando a Inquisição e
enchendo as prisões de
suspeitos de atos radicais
e revolucionários.
10. Consequências do domínio britânico
Despesas ultrapassavam as
receitas
A balança comercial A agricultura e o comércio
apresentava valores apresentavam sinais de uma
deficitários crise estrutural
Com a abertura dos portos do Brasil em 1808 ao comércio internacional,
dando-se a perda do exclusivo colonial;
E com o tratado do comércio em 1810 com a Grã-Bertanha, que veio
reforçar o Tratado de Methuen, visto que a liberdade de comércio e
navegação favoreceu a entrada de mercadorias britânicas nos portos
portugueses
11. Esta atitude repressiva e a deplorável
situação económica e financeira, gerou
um clima de repulsa contra os
ingleses, por parte da burguesia
portuguesa, visto que esta camada
social viu a sua atividade mercantil
diminuir a larga escala.
12. • A rebelião em marcha
Foi no Porto, em 1817, que nasceu uma
associação maçónica denominada por Sinédrio.
Tinham como objetivo intervir no país quando o
contexto fosse favorável…
13. • Revolução Liberal
A tão desejada revolução, ocorreu no Porto, a 24
de Agosto de 1820.
Esta revolução contou com o apoio de todas as
camadas sociais e foi essencialmente um
pronunciamento militar.
14. Entre as suas reivindicações, a mesma
exigiu convocar as cortes para elaborar
uma constituição para o país,
defendendo a autoridade régia e os direitos
dos portugueses.
Pretendia-se o imediato Pretendia-se também a
retorno da família real restauração da
juntamente com a corte exclusividade do
para Portugal comércio
15. • Constituição de 1822
Coube às Cortes Gerais Extraordinárias
e Constituintes da Nação Portuguesa,
reunidas desde Janeiro de 1821, a
elaboração do mais antigo texto
constitucional português, assinado
pelos deputados em 23 de Setembro
de 1822 e jurado pelo rei D.João VI, a
1 de Outubro deste mesmo ano.
16. A Constituição de 1822 é um longo
documento de 240 artigos e:
• Reconhece os direitos e deveres do
indivíduo, garantindo a liberdade, a
segurança, a propriedade e a igualdade
perante a lei;
• Afirma a soberania da Nação, cabendo aos
varões maiores de 25 anos, quer
soubessem ler e escrever, a eleição direta
dos deputados;
• Aceita a independdência dos poderes
legislativo, executivo e judicial;
17. • Não reconhece qualquer prerrogativa à
nobreza e ao clero;
• Submete o poder real à supremacia das Cortes
Legislativas.
18.
19.
20.
21. • Conclusão
Contudo, a Constituição de 1822 foi
demasiado progressista para o seu
tempo.
E como tal, provocou reações por parte
dos absolutistas, tais como a Vilafrancada
e a Abrilada, o que levou D.Pedro a
outorgar a Carta Constitucional de 1826,
na tentativa de evitar mais confrontos
entre liberais e absolutistas.
22. Apesar de jurar a Carta, D.Miguel não a
cumpre e iniciasse então uma Guerra Civil,
liderada por D.Miguel (por parte dos
absolutistas) e por D.Pedro (por parte dos
liberalistas).
O liberalismo é finalmente implantado
com o desfecho da Guerra Civil, na qual
D.Miguel sai derrotado.
23. • Bibliografia
• Livro História A, Célia Pinto do Couto e Maria
Antónia Monterroso Rosas, Porto Editora.
• http://www.infopedia.pt/