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CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - Introdução
Concretagem submersa é toda aquela aplicada em presença de água doce ou salgada.

                                   O concreto submerso é muito utilizado para execução
                                   de tubulões, estacas barretes, estruturas de
                                   contenção, barragens, pilares de cais, portos e em
                                   paredes-diafragma com o auxílio de lama bentonítica.
                                   A principal característica desse concreto é a maior
                                   coesão entre os grãos, não permitindo sua dispersão
                                   quando em contato com a água e oferecendo maior
                                   resistência ao ataque químico. A dosagem é feita com
                                   aditivos e dependendo da agressividade do meio onde
                                   será inserido alguns específicos.

Uma das maneiras de se trabalhar com o concreto off-
shore é a chamada pre-packed, nesse caso a fôrma é
montada submersa e é cheia com brita. Depois através
de tubos, colocados no meio da brita, é feita a injeção
da massa de cimento. Essa injeção que pode ser
efetuada tanto por pressão quanto por gravidade, é
feita de baixo para cima até a forma transbordar.
Esse transbordamento é necessário para que a primeira
nata, contaminada pela água do mar, seja descartada. A
próxima nata, pura, é a que vai fazer parte da estrutura.
CONCRETO SUBMERSO (Off-shore)




   ESTACA
RETANGULAR
 ESCAVADA
 (BARRETE)


Diafragmador
CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 1
Outra maneira de se fazer concretagem submersa é
colocar o produto pronto diretamente na fôrma, o
concreto submerso feito com o uso de tremonha.
Enche-se a fôrma com o concreto até transbordar, o
que também evita que a estrutura seja formada com a
primeira nata, contaminada.
Essas estruturas são utilizadas em pontes e tubulões
de construções portuárias. As fôrmas podem ser de
dois tipos: de madeira ou metálicas. As de madeira
são removidas depois da estrutura pronta, já as de
metal podem tornar-se parte da estrutura como
acontece em pilares de cais.


                                 Muitos cuidados devem ser tomados na execução das
                                 obras submersas. Uma das primeiras precauções é a
                                 análise do solo submerso, feita com sondagens à
                                 percussão (solos moles) ou rotativas (solos rochosos).
                                 No caso de concreto lançado por tremonha, é
                                 necessário que tenha grande plasticidade e seja auto-
                                 adensável, com relação água-cimento (a/c) menor ou
                                 igual a 0,45. Essas características são obtidas
                                 adicionando-se aditivos plastificantes e retardadores.
CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 2
Esses processos de concretagem requerem o acompanhamento de mergulhadores, que
verificam a calda subindo dentro da fôrma e evitam os vazamentos. Além desse
acompanhamento, também existem cuidados com o controle do tempo de injeção,
lançamento do concreto e de retirada da tremonha.
O tubo deve subir dentro da fôrma paulatinamente à medida que o nível do concreto em
lançamento também sobe, e nunca se deve deixar que passe acima do nível do concreto
(poderia alterar a qualidade do concreto com a contaminação com a água do mar).
Em algumas obras submersas pode-se também utilizar o concreto pré-moldado, com a
vantagem de se reduzir o trabalho embaixo d’água, visto que o tempo de mergulho é
limitado e a mão de obra e equipamentos são caros.

PATOLOGIAS
As principais patologias são a corrosão das armaduras
pelo ataque por cloretos, presentes em quantidades
elevadas na água do mar (o problema se torna mais
grave ainda no trecho da estrutura sujeito à variação
das marés), expansão álcali-agregado, devido ao uso de
agregados reativos com o cimento e pressão da
cristalização dos sais no interior do concreto, quando
faces da estrutura estão expostas a diferentes
condições de molhagem/secagem. Estas estruturas
estão sujeitas à erosão provocada pelas correntes
marinhas ou ao efeito de ondas.
CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 3


COMO EVITAR OS PROBLEMAS

  Dose o concreto cuidadosamente com baixa relação água-cimento (máxima de 0,40)
  e utilize adições minerais como sílica ativa ou metacaulim associadas a cimentos
  compostos com cinzas volantes ou escória de alto-forno. O refinamento da
  microestrutura do concreto proporciona uma baixa permeabilidade, impedindo a
  penetração de íons cloreto e outros íons agressivos.
  Utilize cimentos que inibam a reatividade dos agregados, seja com relação aos
  álcalis, seja com relação a outros agentes como sulfatos ou magnésio.

  Elabore um bom projeto. Estabeleça cobrimentos mínimos de armadura de 50 mm
  para concreto armado e 75 mm para concreto protendido e abertura máxima de
  fissuras de 0,1 mm a 0,2 mm , de acordo com a recomendação da CEB e ACI224-R80.
  Confira a produção de concreto, lançamento, adensamento, cobrimento das
  armaduras e cura.
CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 4
PAREDE-DIAFRAGMA
Uma estrutura muito utilizada em obras submersas, com auxílio de lama bentonítica, é
a parede diafragma contínua, construindo-se no sub-solo um muro vertical de
concreto armado de espessura de 30 cm até 120 cm, podendo alcançar profundidades
superiores a 50 m.
A parede diafragma é executada em painéis (sucessivos ou alternados) ou lamelas,
cuja continuidade é assegurada com o auxílio de um tubo ou chapa-junta, colocado
após a escavação do painel e retirado logo após o início do endurecimento do
concreto. Esse sistema pode ser utilizado em fundações de grandes obras
hidráulicas, como obras de canalização do leito dos rios, obras contra enchentes,
portuárias e outras.                                        Lançamento do
                                                                      concreto com retirada
                                                                      simultânea da lama
                                                   lama bentonítica




                              escavação

                                    Nível d’água


                                                                           nível do solo


                                 Fôrma
                                 metálica


                                                                      concreto

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CONCRETO SUBMERSO: FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS OFFSHORE

  • 1. CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - Introdução Concretagem submersa é toda aquela aplicada em presença de água doce ou salgada. O concreto submerso é muito utilizado para execução de tubulões, estacas barretes, estruturas de contenção, barragens, pilares de cais, portos e em paredes-diafragma com o auxílio de lama bentonítica. A principal característica desse concreto é a maior coesão entre os grãos, não permitindo sua dispersão quando em contato com a água e oferecendo maior resistência ao ataque químico. A dosagem é feita com aditivos e dependendo da agressividade do meio onde será inserido alguns específicos. Uma das maneiras de se trabalhar com o concreto off- shore é a chamada pre-packed, nesse caso a fôrma é montada submersa e é cheia com brita. Depois através de tubos, colocados no meio da brita, é feita a injeção da massa de cimento. Essa injeção que pode ser efetuada tanto por pressão quanto por gravidade, é feita de baixo para cima até a forma transbordar. Esse transbordamento é necessário para que a primeira nata, contaminada pela água do mar, seja descartada. A próxima nata, pura, é a que vai fazer parte da estrutura.
  • 2. CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) ESTACA RETANGULAR ESCAVADA (BARRETE) Diafragmador
  • 3. CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 1 Outra maneira de se fazer concretagem submersa é colocar o produto pronto diretamente na fôrma, o concreto submerso feito com o uso de tremonha. Enche-se a fôrma com o concreto até transbordar, o que também evita que a estrutura seja formada com a primeira nata, contaminada. Essas estruturas são utilizadas em pontes e tubulões de construções portuárias. As fôrmas podem ser de dois tipos: de madeira ou metálicas. As de madeira são removidas depois da estrutura pronta, já as de metal podem tornar-se parte da estrutura como acontece em pilares de cais. Muitos cuidados devem ser tomados na execução das obras submersas. Uma das primeiras precauções é a análise do solo submerso, feita com sondagens à percussão (solos moles) ou rotativas (solos rochosos). No caso de concreto lançado por tremonha, é necessário que tenha grande plasticidade e seja auto- adensável, com relação água-cimento (a/c) menor ou igual a 0,45. Essas características são obtidas adicionando-se aditivos plastificantes e retardadores.
  • 4. CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 2 Esses processos de concretagem requerem o acompanhamento de mergulhadores, que verificam a calda subindo dentro da fôrma e evitam os vazamentos. Além desse acompanhamento, também existem cuidados com o controle do tempo de injeção, lançamento do concreto e de retirada da tremonha. O tubo deve subir dentro da fôrma paulatinamente à medida que o nível do concreto em lançamento também sobe, e nunca se deve deixar que passe acima do nível do concreto (poderia alterar a qualidade do concreto com a contaminação com a água do mar). Em algumas obras submersas pode-se também utilizar o concreto pré-moldado, com a vantagem de se reduzir o trabalho embaixo d’água, visto que o tempo de mergulho é limitado e a mão de obra e equipamentos são caros. PATOLOGIAS As principais patologias são a corrosão das armaduras pelo ataque por cloretos, presentes em quantidades elevadas na água do mar (o problema se torna mais grave ainda no trecho da estrutura sujeito à variação das marés), expansão álcali-agregado, devido ao uso de agregados reativos com o cimento e pressão da cristalização dos sais no interior do concreto, quando faces da estrutura estão expostas a diferentes condições de molhagem/secagem. Estas estruturas estão sujeitas à erosão provocada pelas correntes marinhas ou ao efeito de ondas.
  • 5. CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 3 COMO EVITAR OS PROBLEMAS Dose o concreto cuidadosamente com baixa relação água-cimento (máxima de 0,40) e utilize adições minerais como sílica ativa ou metacaulim associadas a cimentos compostos com cinzas volantes ou escória de alto-forno. O refinamento da microestrutura do concreto proporciona uma baixa permeabilidade, impedindo a penetração de íons cloreto e outros íons agressivos. Utilize cimentos que inibam a reatividade dos agregados, seja com relação aos álcalis, seja com relação a outros agentes como sulfatos ou magnésio. Elabore um bom projeto. Estabeleça cobrimentos mínimos de armadura de 50 mm para concreto armado e 75 mm para concreto protendido e abertura máxima de fissuras de 0,1 mm a 0,2 mm , de acordo com a recomendação da CEB e ACI224-R80. Confira a produção de concreto, lançamento, adensamento, cobrimento das armaduras e cura.
  • 6. CONCRETO SUBMERSO (Off-shore) - 4 PAREDE-DIAFRAGMA Uma estrutura muito utilizada em obras submersas, com auxílio de lama bentonítica, é a parede diafragma contínua, construindo-se no sub-solo um muro vertical de concreto armado de espessura de 30 cm até 120 cm, podendo alcançar profundidades superiores a 50 m. A parede diafragma é executada em painéis (sucessivos ou alternados) ou lamelas, cuja continuidade é assegurada com o auxílio de um tubo ou chapa-junta, colocado após a escavação do painel e retirado logo após o início do endurecimento do concreto. Esse sistema pode ser utilizado em fundações de grandes obras hidráulicas, como obras de canalização do leito dos rios, obras contra enchentes, portuárias e outras. Lançamento do concreto com retirada simultânea da lama lama bentonítica escavação Nível d’água nível do solo Fôrma metálica concreto