SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 1

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS DOS AGREGADOS

Podem ser agrupadas em:
• impurezas que interferem no processo de hidratação do cimento (ácidos
     húmicos, sais minerais);
• substâncias envolventes do agregado, formando películas que impedem a
     aderência à pasta de cimento (argilas, silte);
• partículas frágeis e defeituosas (partículas xistosas, linhito, carvão).

    Podem ocorrer ainda, certas reações químicas entre o agregado e o
    cimento que, gerando expansão, anulam a coesão existente entre os
    materiais. As reações expansivas enquadram-se em três tipos diferentes:

a) reação entre álcalis do cimento e a sílica não cristalizada do agregado;
b) reação dos álcalis do cimento com o carbonato de magnésio de certos
   calcários dolomíticos;
c) reação de determinadas formas da alumina do agregado com sulfatos, em
   presença de elevada alcalinidade.
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 2

A reação álcali-agregado é uma patologia que pode afetar a durabilidade de um
concreto. A deterioração causada por esta patologia consiste na expansão
provocada por um gel formado através da reação entre os álcalis,
principalmente do cimento, e os minerais reativos presentes no agregado. Este
gel, ao absorver água exerce pressões hidráulicas produzindo expansões
elevadas, causando fissurações que com o tempo interferem negativamente na
durabilidade de uma estrutura de concreto.
 Formação de um gel expansivo originário da interatividade entre os álcalis
 do cimento e certos tipos minerais presentes nos agregados.
                                                        HIDRÓXIDOS
       álcalis dos cimentos                     Na(OH) – hidróxido de Sódio
                                               K(OH) – hidróxido de potássio

Reação Álcali-Silicato: reação ocorre entre os álcalis do cimento e os silicatos
existentes nos feldspatos, folhelhos argilosos e certas rochas sedimentares,
metamórficas e magmáticas. se manifesta por uma zona sombria no contato do agregado
com a pasta de cimento e por depósito branco sobre os agregados, nos planos de
clivagem.
Reação Álcali-Carbonato: reação nociva que ocorre entre alguns agregados calcários
dolomíticos e os álcalis do cimento. É provável que ocorra a desdolomitização, isto é, a
transformação de dolomita CaMg(CaCO3)2 em CaCO3 e MgCO3.
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 3

REATIVIDADE POTENCIAL
Alguns agregados naturais como a calcedônia e a opala e até mesmo algumas
rochas carbonatadas tais como os calcários dolomíticos argilosos reagem com os
álcalis dos cimentos (NaOH e KOH) dando compostos expansivos,
tremendamente prejudiciais à estrutura do concreto. Basicamente, essa reação
se dá entre os álcalis do cimento e a sílica amorfa (Si O2. nH2O) presente
nesses agregados.
Apenas o quartzo, a forma mais estável da sílica não é reativa.


No entanto, outros fatores também são intervenientes:
- quantidade de álcalis
- relação KOH/NaOH
- do consumo de cimento
- de granulometria do agregado, etc
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 4

MÉTODO ACELERADO
Este método permite a avaliação do comportamento de um agregado face a uma reação
álcali-sílica (ASTM C-1260).
Possuindo o mesmo princípio do método das barras (NBR 9773 e ASTM C-227), o ensaio
torna-se acelerado quando após 24 horas de imersão em água a 80ºC, as barras são
imersas em solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 1N a uma temperatura de 80ºC por
28 dias. Devem ser confeccionadas no mínimo três barras de argamassa, cuja preparação
é similar à do método das barras, porém a água é fixada por um A/C de 0,47 (em peso).
As barras são medidas periodicamente e os resultados expressos em porcentagem de
expansão (média das três amostras). A norma ASTM C-1260 interpreta os resultados
deste ensaio através dos limites de expansão, como segue:
     - Expansões inferiores a 0,10% aos 16 dias indicam um comportamento inócuo na
       maioria dos casos.
     - Expansões superiores a 0,20% aos 16 dias são um indicativo de expansão
       potencialmente nociva.
     - Expansões com valores entre 0,10% e 0,20% aos 16 dias indicam a possibilidade
       da presença de agregados tanto com comportamento inócuo como nocivo.
       Portanto, neste caso sugere-se que investigações adicionais sejam realizadas
       para confirmar se a expansão é devida à reação álcali-sílica. Estas informações
       incluem a análise petrográfica do agregado, análise das amostras após ensaio para
       identificação de produtos provenientes da RAA e acompanhamento de campo.
   NOTA: O método NBRI estabelece que expansões superiores a 0,11% até 12 dias de
           ensaio representam reações expansivas nocivas.
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 5

ESTUDO DE CASO:      Barragens de Concreto
As condicionantes ambientais, das fundações, estruturais e químicas atuantes
no concreto, tais como a reação álcali-agregado, podem originar infiltrações no
corpo da barragem e a subseqüentes fissurações e à deterioração do concreto.
A água que se infiltra no corpo da barragem é recolhida e descarregada pelo
seu sistema de drenagem. Ao longo do tempo a quantidade de água infiltrada na
barragem pode aumentar, transportando materiais finos e calcita do concreto
para os drenos, podendo resultar na sua obstrução. Quando tal ocorre, o corpo
da barragem atinge a saturação, surgindo indesejáveis supressões e a redução
dos coeficientes de segurança. Esta situação pode conduzir ao incremento das
perdas de água e à aceleração do processo de deterioração do concreto.




                 antes                              depois
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 6

SOLUÇÃO ENCONTRADA

A instalação de uma geomembrana sintética, flexível e drenada no paramento de
montante da barragem resultou nas seguintes vantagens:

- Impede as infiltrações
- Previne/reduz a instalação de subpressões
- Permite obter reduções substanciais nas infiltrações através do corpo da barragem
- Pode resultar no retardamento da reação álcali-agregado
- Instalação é rápida podendo ser efetuada dentro ou fora de água
- Necessita apenas de uma preparação mínima da superfície
- Pode proporcionar período de mais de 20 anos sem necessidade de manutenção.



                                    Selagem de Fissuras (execução do serviço)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Moldagem de borracha
Moldagem de borrachaMoldagem de borracha
Moldagem de borrachaBorrachas
 
Metais na construção civil: corrosão e proteção
Metais na construção civil: corrosão e proteçãoMetais na construção civil: corrosão e proteção
Metais na construção civil: corrosão e proteçãoAdriana de Araujo
 
5 diagrama ferro carbono
5 diagrama ferro carbono5 diagrama ferro carbono
5 diagrama ferro carbonoThulio Cesar
 
Aula 4 petróleo prof. pedro ibrapeq
Aula 4 petróleo prof. pedro ibrapeqAula 4 petróleo prof. pedro ibrapeq
Aula 4 petróleo prof. pedro ibrapeqPedro Monteiro
 
Vulcanizacao teoria metodos
Vulcanizacao teoria metodosVulcanizacao teoria metodos
Vulcanizacao teoria metodosBorrachas
 
Laudo técnico de inspeção predial
Laudo técnico de inspeção predial Laudo técnico de inspeção predial
Laudo técnico de inspeção predial Vera Gomes
 
Meios corrosivos [modo de compatibilidade]
Meios corrosivos [modo de compatibilidade]Meios corrosivos [modo de compatibilidade]
Meios corrosivos [modo de compatibilidade]Emanuelle Andrade
 
Curso de Tecnologia da Borracha
Curso de Tecnologia da BorrachaCurso de Tecnologia da Borracha
Curso de Tecnologia da BorrachaCENNE
 
Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)
Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)
Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)David Grubba
 

Mais procurados (20)

Moldagem de borracha
Moldagem de borrachaMoldagem de borracha
Moldagem de borracha
 
Prevenção e recuperação de fissuras
Prevenção e recuperação de fissurasPrevenção e recuperação de fissuras
Prevenção e recuperação de fissuras
 
Metais na construção civil: corrosão e proteção
Metais na construção civil: corrosão e proteçãoMetais na construção civil: corrosão e proteção
Metais na construção civil: corrosão e proteção
 
02 aula industria do petróleo
02 aula industria do petróleo02 aula industria do petróleo
02 aula industria do petróleo
 
5 diagrama ferro carbono
5 diagrama ferro carbono5 diagrama ferro carbono
5 diagrama ferro carbono
 
Aula 4 petróleo prof. pedro ibrapeq
Aula 4 petróleo prof. pedro ibrapeqAula 4 petróleo prof. pedro ibrapeq
Aula 4 petróleo prof. pedro ibrapeq
 
Vulcanizacao teoria metodos
Vulcanizacao teoria metodosVulcanizacao teoria metodos
Vulcanizacao teoria metodos
 
Laudo técnico de inspeção predial
Laudo técnico de inspeção predial Laudo técnico de inspeção predial
Laudo técnico de inspeção predial
 
Ensaio de materiais
Ensaio de materiaisEnsaio de materiais
Ensaio de materiais
 
Hidrogênio
HidrogênioHidrogênio
Hidrogênio
 
Corrosão de metais
Corrosão de metaisCorrosão de metais
Corrosão de metais
 
Meios corrosivos [modo de compatibilidade]
Meios corrosivos [modo de compatibilidade]Meios corrosivos [modo de compatibilidade]
Meios corrosivos [modo de compatibilidade]
 
Curso de Tecnologia da Borracha
Curso de Tecnologia da BorrachaCurso de Tecnologia da Borracha
Curso de Tecnologia da Borracha
 
Risco Estrutural
Risco EstruturalRisco Estrutural
Risco Estrutural
 
Resumo fe c
Resumo fe cResumo fe c
Resumo fe c
 
PolíMeros - Prof Thaiza
PolíMeros - Prof ThaizaPolíMeros - Prof Thaiza
PolíMeros - Prof Thaiza
 
Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)
Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)
Aglomerantes (argila, asfalto, cal e gesso)
 
Flambagem
FlambagemFlambagem
Flambagem
 
proc mat ceramicos
 proc mat ceramicos proc mat ceramicos
proc mat ceramicos
 
Nbr 09575-2010
Nbr 09575-2010Nbr 09575-2010
Nbr 09575-2010
 

Destaque

Aula 1 pc introdução
Aula 1 pc introduçãoAula 1 pc introdução
Aula 1 pc introduçãoSelmita Silva
 
Medicina UFG - Dermatite de contato
Medicina UFG - Dermatite de contatoMedicina UFG - Dermatite de contato
Medicina UFG - Dermatite de contatoisrael.gyn
 
Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)
Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)
Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)Rafael Bruno
 
Powerpoint atualizado portugues
Powerpoint atualizado portuguesPowerpoint atualizado portugues
Powerpoint atualizado portuguesMaadri Destinos
 

Destaque (6)

Soda Cáustica
Soda CáusticaSoda Cáustica
Soda Cáustica
 
Patologia
Patologia Patologia
Patologia
 
Aula 1 pc introdução
Aula 1 pc introduçãoAula 1 pc introdução
Aula 1 pc introdução
 
Medicina UFG - Dermatite de contato
Medicina UFG - Dermatite de contatoMedicina UFG - Dermatite de contato
Medicina UFG - Dermatite de contato
 
Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)
Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)
Exercícios de termodinâmica (carnot, rankine e entropia)
 
Powerpoint atualizado portugues
Powerpoint atualizado portuguesPowerpoint atualizado portugues
Powerpoint atualizado portugues
 

Semelhante a 1b alcali-agregado

Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteELKA PORCIÚNCULA
 
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAndrea Chociay
 
Agua construção civil
Agua construção civilAgua construção civil
Agua construção civilNodge Holanda
 
Techne passivação e corrosão 2016
Techne passivação e corrosão 2016Techne passivação e corrosão 2016
Techne passivação e corrosão 2016Adriana de Araujo
 
Falhas em revestimentos
Falhas em revestimentosFalhas em revestimentos
Falhas em revestimentosTon Luis
 
06 capitulo2 dissevandro
06 capitulo2 dissevandro06 capitulo2 dissevandro
06 capitulo2 dissevandroLucas mello
 
7. adições minerais para concretos
7. adições minerais para concretos7. adições minerais para concretos
7. adições minerais para concretosgiliard silva
 
Corrosão das armaduras.pptx
Corrosão das armaduras.pptxCorrosão das armaduras.pptx
Corrosão das armaduras.pptxDeyvison5
 
Corrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto ArmadoCorrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto ArmadoRodrigo Duarte
 
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Barto Freitas
 
Resistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenho
Resistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenhoResistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenho
Resistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenhoFelipe Lima da Costa
 
Pratica 03 - teste de carbonatação do concreto-
Pratica 03 -  teste de carbonatação do concreto-Pratica 03 -  teste de carbonatação do concreto-
Pratica 03 - teste de carbonatação do concreto-cmdantasba
 
Pratica 04 - teste de carbonatação do concreto-
Pratica 04 -  teste de carbonatação do concreto-Pratica 04 -  teste de carbonatação do concreto-
Pratica 04 - teste de carbonatação do concreto-cmdantasba
 

Semelhante a 1b alcali-agregado (20)

Corrosão em concreto
Corrosão em concretoCorrosão em concreto
Corrosão em concreto
 
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho StorteImpermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
Impermeabilizacao E Patologias Trabalho Storte
 
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiaisAula  durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
Aula durabilidade das estruturas de concreto e concretos especiais
 
Agua construção civil
Agua construção civilAgua construção civil
Agua construção civil
 
Introdução trabalho
Introdução trabalhoIntrodução trabalho
Introdução trabalho
 
Techne passivação e corrosão 2016
Techne passivação e corrosão 2016Techne passivação e corrosão 2016
Techne passivação e corrosão 2016
 
Patologiastraba
PatologiastrabaPatologiastraba
Patologiastraba
 
Falhas em revestimentos
Falhas em revestimentosFalhas em revestimentos
Falhas em revestimentos
 
06 capitulo2 dissevandro
06 capitulo2 dissevandro06 capitulo2 dissevandro
06 capitulo2 dissevandro
 
7. adições minerais para concretos
7. adições minerais para concretos7. adições minerais para concretos
7. adições minerais para concretos
 
Corrosão das armaduras.pptx
Corrosão das armaduras.pptxCorrosão das armaduras.pptx
Corrosão das armaduras.pptx
 
Gesso e Cal
Gesso e CalGesso e Cal
Gesso e Cal
 
16 agrominerais-calcario-dolomito
16 agrominerais-calcario-dolomito16 agrominerais-calcario-dolomito
16 agrominerais-calcario-dolomito
 
Corrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto ArmadoCorrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto Armado
 
Mecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do ConcretoMecanismos de deterioracão do Concreto
Mecanismos de deterioracão do Concreto
 
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
Mecanismosdedeterioracao 150519182813-lva1-app6892
 
Resistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenho
Resistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenhoResistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenho
Resistência à corrosão de concreto geopolimérico de ultra alto desempenho
 
Estudar p2-genese
Estudar p2-geneseEstudar p2-genese
Estudar p2-genese
 
Pratica 03 - teste de carbonatação do concreto-
Pratica 03 -  teste de carbonatação do concreto-Pratica 03 -  teste de carbonatação do concreto-
Pratica 03 - teste de carbonatação do concreto-
 
Pratica 04 - teste de carbonatação do concreto-
Pratica 04 -  teste de carbonatação do concreto-Pratica 04 -  teste de carbonatação do concreto-
Pratica 04 - teste de carbonatação do concreto-
 

Mais de Jho05

Apostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalApostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalJho05
 
Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02Jho05
 
Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01Jho05
 
Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)Jho05
 
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrutDesenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrutJho05
 
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturaisDesenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturaisJho05
 
Desenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capaDesenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capaJho05
 
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmadoDesenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmadoJho05
 
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalicDesenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalicJho05
 
3d prova de carga
3d   prova de carga3d   prova de carga
3d prova de cargaJho05
 
3e estudos de casos acidentes
3e  estudos de casos acidentes3e  estudos de casos acidentes
3e estudos de casos acidentesJho05
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentesJho05
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cerJho05
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cerJho05
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cerJho05
 
1 recuperação
1   recuperação1   recuperação
1 recuperaçãoJho05
 
1e conc submerso
1e   conc submerso1e   conc submerso
1e conc submersoJho05
 
3g biodeterioração
3g   biodeterioração3g   biodeterioração
3g biodeterioraçãoJho05
 
Planejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_uPlanejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_uJho05
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concretoJho05
 

Mais de Jho05 (20)

Apostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambientalApostila basica-de-conforto-ambiental
Apostila basica-de-conforto-ambiental
 
Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02Estrut concreto texto(calcvigas)02
Estrut concreto texto(calcvigas)02
 
Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01Estrut concreto texto(calcvigas)01
Estrut concreto texto(calcvigas)01
 
Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)Estrut concreto texto(vigalu)
Estrut concreto texto(vigalu)
 
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrutDesenh estrut apostila02(texto)alvestrut
Desenh estrut apostila02(texto)alvestrut
 
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturaisDesenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
Desenh estrut apostila01(texto)introdsistemestruturais
 
Desenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capaDesenh estrut apostila00(texto)capa
Desenh estrut apostila00(texto)capa
 
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmadoDesenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
Desenh estrut apostila04(texto)concretoarmado
 
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalicDesenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
Desenh estrut apostila03(texto)estrmetalic
 
3d prova de carga
3d   prova de carga3d   prova de carga
3d prova de carga
 
3e estudos de casos acidentes
3e  estudos de casos acidentes3e  estudos de casos acidentes
3e estudos de casos acidentes
 
2 pat e acidentes
2  pat e acidentes2  pat e acidentes
2 pat e acidentes
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
 
1 pat e arg-alv_cer
1  pat e arg-alv_cer1  pat e arg-alv_cer
1 pat e arg-alv_cer
 
1 recuperação
1   recuperação1   recuperação
1 recuperação
 
1e conc submerso
1e   conc submerso1e   conc submerso
1e conc submerso
 
3g biodeterioração
3g   biodeterioração3g   biodeterioração
3g biodeterioração
 
Planejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_uPlanejamento trabalhos tcc111_u
Planejamento trabalhos tcc111_u
 
1d vazios concreto
1d   vazios concreto1d   vazios concreto
1d vazios concreto
 

1b alcali-agregado

  • 1. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 1 SUBSTÂNCIAS NOCIVAS DOS AGREGADOS Podem ser agrupadas em: • impurezas que interferem no processo de hidratação do cimento (ácidos húmicos, sais minerais); • substâncias envolventes do agregado, formando películas que impedem a aderência à pasta de cimento (argilas, silte); • partículas frágeis e defeituosas (partículas xistosas, linhito, carvão). Podem ocorrer ainda, certas reações químicas entre o agregado e o cimento que, gerando expansão, anulam a coesão existente entre os materiais. As reações expansivas enquadram-se em três tipos diferentes: a) reação entre álcalis do cimento e a sílica não cristalizada do agregado; b) reação dos álcalis do cimento com o carbonato de magnésio de certos calcários dolomíticos; c) reação de determinadas formas da alumina do agregado com sulfatos, em presença de elevada alcalinidade.
  • 2. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 2 A reação álcali-agregado é uma patologia que pode afetar a durabilidade de um concreto. A deterioração causada por esta patologia consiste na expansão provocada por um gel formado através da reação entre os álcalis, principalmente do cimento, e os minerais reativos presentes no agregado. Este gel, ao absorver água exerce pressões hidráulicas produzindo expansões elevadas, causando fissurações que com o tempo interferem negativamente na durabilidade de uma estrutura de concreto. Formação de um gel expansivo originário da interatividade entre os álcalis do cimento e certos tipos minerais presentes nos agregados. HIDRÓXIDOS álcalis dos cimentos Na(OH) – hidróxido de Sódio K(OH) – hidróxido de potássio Reação Álcali-Silicato: reação ocorre entre os álcalis do cimento e os silicatos existentes nos feldspatos, folhelhos argilosos e certas rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas. se manifesta por uma zona sombria no contato do agregado com a pasta de cimento e por depósito branco sobre os agregados, nos planos de clivagem. Reação Álcali-Carbonato: reação nociva que ocorre entre alguns agregados calcários dolomíticos e os álcalis do cimento. É provável que ocorra a desdolomitização, isto é, a transformação de dolomita CaMg(CaCO3)2 em CaCO3 e MgCO3.
  • 3. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 3 REATIVIDADE POTENCIAL Alguns agregados naturais como a calcedônia e a opala e até mesmo algumas rochas carbonatadas tais como os calcários dolomíticos argilosos reagem com os álcalis dos cimentos (NaOH e KOH) dando compostos expansivos, tremendamente prejudiciais à estrutura do concreto. Basicamente, essa reação se dá entre os álcalis do cimento e a sílica amorfa (Si O2. nH2O) presente nesses agregados. Apenas o quartzo, a forma mais estável da sílica não é reativa. No entanto, outros fatores também são intervenientes: - quantidade de álcalis - relação KOH/NaOH - do consumo de cimento - de granulometria do agregado, etc
  • 4. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 4 MÉTODO ACELERADO Este método permite a avaliação do comportamento de um agregado face a uma reação álcali-sílica (ASTM C-1260). Possuindo o mesmo princípio do método das barras (NBR 9773 e ASTM C-227), o ensaio torna-se acelerado quando após 24 horas de imersão em água a 80ºC, as barras são imersas em solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 1N a uma temperatura de 80ºC por 28 dias. Devem ser confeccionadas no mínimo três barras de argamassa, cuja preparação é similar à do método das barras, porém a água é fixada por um A/C de 0,47 (em peso). As barras são medidas periodicamente e os resultados expressos em porcentagem de expansão (média das três amostras). A norma ASTM C-1260 interpreta os resultados deste ensaio através dos limites de expansão, como segue: - Expansões inferiores a 0,10% aos 16 dias indicam um comportamento inócuo na maioria dos casos. - Expansões superiores a 0,20% aos 16 dias são um indicativo de expansão potencialmente nociva. - Expansões com valores entre 0,10% e 0,20% aos 16 dias indicam a possibilidade da presença de agregados tanto com comportamento inócuo como nocivo. Portanto, neste caso sugere-se que investigações adicionais sejam realizadas para confirmar se a expansão é devida à reação álcali-sílica. Estas informações incluem a análise petrográfica do agregado, análise das amostras após ensaio para identificação de produtos provenientes da RAA e acompanhamento de campo. NOTA: O método NBRI estabelece que expansões superiores a 0,11% até 12 dias de ensaio representam reações expansivas nocivas.
  • 5. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 5 ESTUDO DE CASO: Barragens de Concreto As condicionantes ambientais, das fundações, estruturais e químicas atuantes no concreto, tais como a reação álcali-agregado, podem originar infiltrações no corpo da barragem e a subseqüentes fissurações e à deterioração do concreto. A água que se infiltra no corpo da barragem é recolhida e descarregada pelo seu sistema de drenagem. Ao longo do tempo a quantidade de água infiltrada na barragem pode aumentar, transportando materiais finos e calcita do concreto para os drenos, podendo resultar na sua obstrução. Quando tal ocorre, o corpo da barragem atinge a saturação, surgindo indesejáveis supressões e a redução dos coeficientes de segurança. Esta situação pode conduzir ao incremento das perdas de água e à aceleração do processo de deterioração do concreto. antes depois
  • 6. REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO - 6 SOLUÇÃO ENCONTRADA A instalação de uma geomembrana sintética, flexível e drenada no paramento de montante da barragem resultou nas seguintes vantagens: - Impede as infiltrações - Previne/reduz a instalação de subpressões - Permite obter reduções substanciais nas infiltrações através do corpo da barragem - Pode resultar no retardamento da reação álcali-agregado - Instalação é rápida podendo ser efetuada dentro ou fora de água - Necessita apenas de uma preparação mínima da superfície - Pode proporcionar período de mais de 20 anos sem necessidade de manutenção. Selagem de Fissuras (execução do serviço)