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Prof. Esp. Jesus Paixão Silva Bandeira
CONTABILIDADE
INTRODUTÓRIA I
O CAPITAL
O Patrimônio pode ser conceituado como um conjunto de
capitais, cuja origem dos capitais está representada pelo Passivo e a
aplicação dos capitais pelo Ativo.
O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da
empresa, seja por terceiros ou por proprietários (passivo ou
patrimônio líquido).
CAPITAL
Ou seja, é a soma das riquezas ou recursos
acumulados que se destinam à produção de novas
riquezas. A expressão Capital tem vários significados
distintos.
CAPITAL PRÓPRIO
Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do
capital social, suas variações, os lucros e as reservas. Ou seja, é aquele que se
originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros, reservas
de capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido (ou Situação
Líquida).
CAPITAL DE TERCEIROS
Corresponde ao passivo real ou passivo exigível
(obrigações) da empresa e representa os investimentos
feitos com recursos de terceiros. Por exemplo: compra de
um imóvel financiado pelo banco em 12 vezes
(Financiamentos a pagar) ou compra de mercadorias
(estoque) com pagamento a prazo (Fornecedores).
Corresponde à soma do passivo + patrimônio líquido da empresa
e representa o total dos recursos utilizados no financiamento das
atividades (Passivo Total).
É igual a soma de todas as origens que estão a disposição da
entidade e que estão aplicadas no Ativo (em decorrência do método
das partidas dobradas).
Passivo total = Ativo total = Patrimônio bruto = Total das origens
= Total das Aplicações = Capital Total a Disposição da Entidade.
CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA ENTIDADE
Os recursos destinados pelos proprietários à formação do Capital Social
nem sempre estão disponíveis para serem transferidos do patrimônio dos
sócios para o patrimônio da entidade (empresa) no ato de constituição da
mesma. Ou seja, nem sempre o capital encontra-se totalmente integralizado
(ou realizado).
Quando um sócio se compromete formalmente (mediante contrato social)
a entregar certa importância para compor o Capital Social da entidade à qual
pertence, em data futura, embora subscrita, aquela parcela do capital,
correspondente aos recursos não entregues, encontra-se a integralizar (ou a
realizar).
CAPITAL INTEGRALIZADO E CAPITAL A
INTEGRALIZAR
O Capital Social só é integralizado (realizado) quando os recursos
correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios para o
patrimônio da entidade.
Subscrição é o ato jurídico formal pelo qual o sócio, acionista ou
titular da empresa individual assume a obrigação de transferir bens
ou direitos para o patrimônio da entidade à qual está vinculado.
o capital subscrito pode ou não estar integralizado. Se, ato
contínuo à subscrição, a titularidade dos bens e direitos é transferida
para o patrimônio da entidade, então o capital estará subscrito e
integralizado. Caso contrário, embora o capital esteja subscrito, ainda
se encontrará a integralizar.
O capital próprio de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que
negociam suas ações em bolsa ou balcão), a partir da Lei nº6.404/1976, (Lei das
S.A.) foi instituido como Capital Autorizado.
Antes desta Lei, toda mudança na Constituição do Capital Social só poderia
ser feita através de uma alteração de estatuto, contrato ou registro da empresa na
Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas, com a
nova Lei, nas Sociedades Anônimas a Assembleia Geral dos acionistas pode
delegar ao Conselho de Administração (órgão executivo das S.A.) a faculdade de
elevar o Capital Social até um determinado limite autorizado.
CAPITAL AUTORIZADO
Exemplo: A empresa tem um Capital Social de R$500.000,00, um Capital
Integralizado de R$300.000,00 e um Capital Autorizado de R$800.000,00.
Existem dois tipos de investimentos que a empresa recebe quando
inicia suas atividades. Um é conhecido como investimento fixo, que
serve para a aquisição de máquinas, móveis, prédios, veículos, enfim,
para investir em itens do ativo imobilizado. O outro é conhecido como
Capital de Giro.
Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma
reserva de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades
financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos
estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc.
CAPITAL DE GIRO
É o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus
negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro",
que seriam os bens efetivamente em uso.
Quanto maior a necessidade de
investimento nos estoques, mais recursos
financeiros a empresa deverá ter.
O estoque de uma empresa é formado e mantido em função
das necessidades do mercado consumidor, portanto, ele está
sempre sofrendo mudanças de investimentos, seja em tipos de
ítens ou em quantidades.
Nas vendas, quanto mais prazo você oferece ao cliente ou quanto
maior for a parcela de vendas a prazo no seu faturamento, mais
recursos financeiros a empresa deverá ter.
É nos Bancos e no Caixa que fica uma parte dos recursos
financeiros disponíveis da empresa, ou seja, aquela que a empresa
pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos
diversos.
Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode
ocorrer uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento
específico, dia ou semana. Para isto não ocorrer, as decisões de
compra e venda devem ser tomadas com critérios estabelecidos.
Sempre que uma decisão for tomada, é necessário que seja feita uma análise sobre
a disposição dos recursos financeiros da empresa para isso. Se for tomada uma decisão
de compra em excesso ou de dar mais tempo para os clientes nas vendas a prazo, a
empresa deverá ter uma quantidade maior de dinheiro (recursos financeiros).
Se esse recurso não existe, a entidade vai precisar utilizar recursos emprestados de
bancos, de fornecedores ou de outras fontes, o que gerará uma necessidade de
pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio.
Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento
atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões
tomadas em relação a compras, vendas e à administração do caixa.
Em resumo, Capital de giro (capital circulante ou capital de
trabalho) indica a parte do patrimônio que sofre constante
movimentação nas empresas, tais como as disponibilidades e os
valores realizáveis, diferenciando-se entre estes os créditos, os
estoques e os investimentos.
São excluídos, portanto, os
capitais permanentes (ativo fixo ou
imobilizado, investimentos
permanentes) e o ativo pendente, que
compreende valores contingentes
como, por exemplo, despesas do
exercício seguinte.
Tanto Capital quanto Patrimônio podem, em termos mais
amplos, serem considerados sinônimos.
Porém é necessário distingui-los, tendo em vista que a
expressão capital pode assumir nos termos contábeis todos os
significados descritos acima, enquanto o Patrimônio será sempre
o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa.
DIFERENÇA ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIO
Não confunda dinheiro com capital. Na Contabilidade, os dois
termos são coisas distintas.
O capital é formado por dinheiro ou qualquer outro bem (móvel
ou imóvel) e até por créditos. Se o capital pertencer aos sócios ou aos
proprietários, será chamado de capital próprio, porém, se pertencer a
pessoas ou empresas alheias à entidade, será chamado de capital de
terceiros.
O capital, seja próprio ou alheio, sempre estará investido
(aplicado) no Ativo da entidade, podendo estar materializado em
dinheiro, estando na conta Caixa ou conta Bancos pertencente à
entidade.

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Capital

  • 1. 1 Prof. Esp. Jesus Paixão Silva Bandeira CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA I O CAPITAL
  • 2. O Patrimônio pode ser conceituado como um conjunto de capitais, cuja origem dos capitais está representada pelo Passivo e a aplicação dos capitais pelo Ativo. O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da empresa, seja por terceiros ou por proprietários (passivo ou patrimônio líquido). CAPITAL Ou seja, é a soma das riquezas ou recursos acumulados que se destinam à produção de novas riquezas. A expressão Capital tem vários significados distintos.
  • 3. CAPITAL PRÓPRIO Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do capital social, suas variações, os lucros e as reservas. Ou seja, é aquele que se originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros, reservas de capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida). CAPITAL DE TERCEIROS Corresponde ao passivo real ou passivo exigível (obrigações) da empresa e representa os investimentos feitos com recursos de terceiros. Por exemplo: compra de um imóvel financiado pelo banco em 12 vezes (Financiamentos a pagar) ou compra de mercadorias (estoque) com pagamento a prazo (Fornecedores).
  • 4. Corresponde à soma do passivo + patrimônio líquido da empresa e representa o total dos recursos utilizados no financiamento das atividades (Passivo Total). É igual a soma de todas as origens que estão a disposição da entidade e que estão aplicadas no Ativo (em decorrência do método das partidas dobradas). Passivo total = Ativo total = Patrimônio bruto = Total das origens = Total das Aplicações = Capital Total a Disposição da Entidade. CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA ENTIDADE
  • 5. Os recursos destinados pelos proprietários à formação do Capital Social nem sempre estão disponíveis para serem transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade (empresa) no ato de constituição da mesma. Ou seja, nem sempre o capital encontra-se totalmente integralizado (ou realizado). Quando um sócio se compromete formalmente (mediante contrato social) a entregar certa importância para compor o Capital Social da entidade à qual pertence, em data futura, embora subscrita, aquela parcela do capital, correspondente aos recursos não entregues, encontra-se a integralizar (ou a realizar). CAPITAL INTEGRALIZADO E CAPITAL A INTEGRALIZAR
  • 6. O Capital Social só é integralizado (realizado) quando os recursos correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade. Subscrição é o ato jurídico formal pelo qual o sócio, acionista ou titular da empresa individual assume a obrigação de transferir bens ou direitos para o patrimônio da entidade à qual está vinculado. o capital subscrito pode ou não estar integralizado. Se, ato contínuo à subscrição, a titularidade dos bens e direitos é transferida para o patrimônio da entidade, então o capital estará subscrito e integralizado. Caso contrário, embora o capital esteja subscrito, ainda se encontrará a integralizar.
  • 7. O capital próprio de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que negociam suas ações em bolsa ou balcão), a partir da Lei nº6.404/1976, (Lei das S.A.) foi instituido como Capital Autorizado. Antes desta Lei, toda mudança na Constituição do Capital Social só poderia ser feita através de uma alteração de estatuto, contrato ou registro da empresa na Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas, com a nova Lei, nas Sociedades Anônimas a Assembleia Geral dos acionistas pode delegar ao Conselho de Administração (órgão executivo das S.A.) a faculdade de elevar o Capital Social até um determinado limite autorizado. CAPITAL AUTORIZADO
  • 8. Exemplo: A empresa tem um Capital Social de R$500.000,00, um Capital Integralizado de R$300.000,00 e um Capital Autorizado de R$800.000,00.
  • 9. Existem dois tipos de investimentos que a empresa recebe quando inicia suas atividades. Um é conhecido como investimento fixo, que serve para a aquisição de máquinas, móveis, prédios, veículos, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado. O outro é conhecido como Capital de Giro. Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc. CAPITAL DE GIRO
  • 10. É o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso. Quanto maior a necessidade de investimento nos estoques, mais recursos financeiros a empresa deverá ter. O estoque de uma empresa é formado e mantido em função das necessidades do mercado consumidor, portanto, ele está sempre sofrendo mudanças de investimentos, seja em tipos de ítens ou em quantidades.
  • 11. Nas vendas, quanto mais prazo você oferece ao cliente ou quanto maior for a parcela de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter. É nos Bancos e no Caixa que fica uma parte dos recursos financeiros disponíveis da empresa, ou seja, aquela que a empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos diversos. Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode ocorrer uma falta ou uma sobra desses recursos em um momento específico, dia ou semana. Para isto não ocorrer, as decisões de compra e venda devem ser tomadas com critérios estabelecidos.
  • 12. Sempre que uma decisão for tomada, é necessário que seja feita uma análise sobre a disposição dos recursos financeiros da empresa para isso. Se for tomada uma decisão de compra em excesso ou de dar mais tempo para os clientes nas vendas a prazo, a empresa deverá ter uma quantidade maior de dinheiro (recursos financeiros). Se esse recurso não existe, a entidade vai precisar utilizar recursos emprestados de bancos, de fornecedores ou de outras fontes, o que gerará uma necessidade de pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio. Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a compras, vendas e à administração do caixa.
  • 13. Em resumo, Capital de giro (capital circulante ou capital de trabalho) indica a parte do patrimônio que sofre constante movimentação nas empresas, tais como as disponibilidades e os valores realizáveis, diferenciando-se entre estes os créditos, os estoques e os investimentos. São excluídos, portanto, os capitais permanentes (ativo fixo ou imobilizado, investimentos permanentes) e o ativo pendente, que compreende valores contingentes como, por exemplo, despesas do exercício seguinte.
  • 14. Tanto Capital quanto Patrimônio podem, em termos mais amplos, serem considerados sinônimos. Porém é necessário distingui-los, tendo em vista que a expressão capital pode assumir nos termos contábeis todos os significados descritos acima, enquanto o Patrimônio será sempre o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa. DIFERENÇA ENTRE CAPITAL E PATRIMÔNIO
  • 15. Não confunda dinheiro com capital. Na Contabilidade, os dois termos são coisas distintas. O capital é formado por dinheiro ou qualquer outro bem (móvel ou imóvel) e até por créditos. Se o capital pertencer aos sócios ou aos proprietários, será chamado de capital próprio, porém, se pertencer a pessoas ou empresas alheias à entidade, será chamado de capital de terceiros. O capital, seja próprio ou alheio, sempre estará investido (aplicado) no Ativo da entidade, podendo estar materializado em dinheiro, estando na conta Caixa ou conta Bancos pertencente à entidade.