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Psicologia relacionada À ética do Técnico e/ou
Tecnólogo em Radiologia
Inúmeras vezes ouvimos a palavra psicologia em nosso cotidiano, tomando
formas e sentidos diferentes. Quando procuramos aquele amigo que sempre está
disposto a nos ouvir e, aconselhar-nos sobre a vida, dizemos que ele tem
“psicologia” para entender as pessoas ou quando nos deparamos com aquele
vendedor, que possui a capacidade de exercer um alto poder de persuasão,
inferimos que tal indivíduo usa de sua “psicologia” para convencer as pessoas.
Porém, não é esse o real sentido da psicologia científica e, sim o que classificamos
de “Psicologia do senso comum”, práticas que são desenvolvidas a partir da vida
empírica.
O que nos leva, a inferirmos que todos nós temos acúmulos de informações
sobre psicologia, mesmo se tratando de uma psicologia de “senso comum”.
Entender o condicionamento social de um indivíduo pode se tornar algo
complexo, se partirmos do princípio de que cada indivíduo é regido por
características inatas, porém, a psicologia ao se desenvolver criou padrões de
generalizações válidas para a possível compreensão do pensamento humano.
Assim como cada parte do corpo possui suas funcionalidades específicas, o
nosso cérebro também possui as suas, dentre elas se encontra o desenvolvimento
de mecanismos intrínsecos especializados em processar o mundo da experiência. A
nossa mente esta constantemente ativa tentando dar sentido ao mundo à medida
que compreendemos a lógica de sua funcionalidade e, o que fazemos nos níveis
mais básicos para obter tal compreensão é a criação de padrões.
Os psicólogos da corrente Gestalt demonstraram que os humanos enxergam
padrões naturalmente ao organizarem as informações recebidas.
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Contornos ilusórios vistos na imagem Kanizsa.
Por exemplo, a figura acima demonstra um padrão feito com quatro formas
geométricas no formato de círculos, com uma parte removida de cada uma delas, no
entanto, o que geralmente visualizamos nesta imagem é um quadrado branco sobre
quatro círculos pretos e, o mais incrível é que nossa mente projeta até mesmo os
lados do quadrado que estão faltando, porém, o quadrado é inexistente nesta
imagem. Esta visualização ocorre porque nosso cérebro está programado para
extrair sentido do mundo utilizando padrões habituais.
Os padrões existem não só em nossa mente, mas também no mundo objetivo
e, esses padrões são alguns dos fatores que condicionam nossas atitudes dentro do
meio social, costumamos julgar grupos e pessoas de acordo com a visão que
criamos delas, o que é extremamente natural. Você já deve ter ouvido alguém
dizendo a seguinte frase:
“Quem sou eu para julgar?”, somos seres humanos e julgar é demasiado
humano. Quando adentramos a uma sala cheia de pessoas desconhecidas e,
lançamos um olhar sobre cada uma delas automaticamente começamos a
estereotipá-las através dos padrões que conhecemos, tais como: belo, feio, certo,
errado, bom, ruim e essa atitude é resultado de um processo natural.
Porém, não devemos conceder uma ação baseada no estereótipo criado ao
primeiro contato, pois, isso pode acarretar uma atitude preconceituosa. É necessário
que todos os indivíduos adotem uma visão profissional dentro do ambiente de
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trabalho controlando seus impulsos naturais. É preciso adotar não só um conceito
ético, mas também um conceito humanitário no desenvolvimento do seu trabalho
respeitando a todos independente de religião, etnia ou classe social.
Como toda vida em sociedade necessita de regras para um bom convívio,
dentro do ambiente profissional é imprescindível aderirmos condutas que possam
beneficiar e manter a integridade da instituição vigente, de seus funcionários e
principalmente de seus clientes. O conjunto dessas condutas é denominado de
código de ética profissional.
A ética se resume nos princípios e valores pelos quais nos orientamos para
cogitar sobre o impacto de nossas atitudes perante a sociedade, concluindo um ciclo
de cogito dos fatores que resultarão em uma conduta social plausível, que só é
atingida quando nossas ações atingem um objetivo singular sem provocar prejuízo
nos demais indivíduos incluídos no mesmo ciclo de vida social.
O código de ética dos profissionais das técnicas Radiológicas foi aprovado em
reunião de plenário do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia, realizada em
02 de dezembro de 1987, no auditório do Departamento de Radiologia do Hospital
do Servidor do Estado do Rio de Janeiro, regulamentado através de a Resolução
CONTER nº 01, de 02/12/1987.
O código de Ética dos Profissionais das Técnicas Radiológicas foi
reformulado em Reunião Plenária do CONTER, realizada no dia 11 de maio de
2006, sendo regulamentado através de a Resolução CONTER nº 06, de 31 de maio
de 2006.
Adiante apresentarei uma breve análise sobre os artigos 2°e 8º existente no
código de ética referido ao Técnico e/ou tecnólogo em Radiologia, que tem por
objetivo zelar pela honestidade e, integridade dos clientes/pacientes e, de seus
profissionais no exercício de suas funções, destacando a importância de tais artigos
no comportamento profissional do técnico/tecnólogo em Radiologia.
Art. 2º - O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar de Radiologia, no desempenho de
suas atividades profissionais, devem respeitar integralmente a dignidade da pessoa
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humana destinatária de seus serviços, sem restrição de raça, nacionalidade, partido
político, classe social e religião.
Quando nos deparamos com alguém uma série de decisões são tomadas
inconscientemente. Os psicólogos sociais demonstraram que mesmo com o mínimo
de informações, podemos fazer um julgamento rápido e sem o menor esforço, tais,
julgamentos estão estruturados em ligeiras impressões ou intuições, que podem
causar um efeito profundo em nossas decisões.
Tais efeitos podem se manifestar tanto de forma positiva, quanto de forma
negativa, estando diretamente relacionado com a forma que extraímos sentido do
mundo. O artigo 2°tem uma grande importância dentr o do presente código de ética,
pois, condiciona o profissional a uma conduta de apreço em relação ao seu alvo de
atenção: o cliente/paciente, como descreve o artigo seguinte:
“Art. 4º - O alvo de toda a atenção do Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em
Radiologia é o cliente/paciente, em beneficio do qual deverá agir com o máximo de
zelo e o melhor de sua capacidade técnica e profissional.”
Art. 8º – O Tecnólogo, Técnico e Auxiliar em Radiologia têm obrigação de
adotar uma atitude de solidariedade e consideração a seus colegas, respeitando
sempre os padrões de ética profissional e pessoal estabelecidos neste código,
indispensáveis à harmonia e a elevação de sua profissão, dentro da classe e no
conceito da sociedade.
Cada indivíduo pode ser referido como membro de um grupo, seja esse grupo
de amigos, familiares ou colegas de profissão e, esse convívio diário acaba
conectando tais indivíduos como uma “cola social".
“Na psicologia social acadêmica, o termo “cola social” é utilizado para representar
mecanismos de conexões sociais de um grupo”, (M.Van Vugt e C.M.Hart, “Social identity as
glue: the origins of group loyalty”, journal of personality and social psychology, 86, 2004).
O artigo acima referido tem por objetivo estabelecer padrões que levem a
homogeneidade de um grupo, acarretando inúmeras vantagens para o
desenvolvimento de suas respectivas funções.
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O grupo deve possuir um objetivo em comum - desenvolver ações benéficas
aos seus clientes/pacientes - zelando sempre pelo bem estar e segurança do
mesmo. Uma equipe bem estruturada é capaz de produzir ações uniformes que
resultem em uma sincronia perfeita no desenvolvimento de suas ações diárias.
Toda profissão orienta-se por padrões éticos que estabelecem a garantia de
uma adequada relação entre o profissional, seus colegas de trabalho e a sociedade.
Tal relação é atingida através de práticas encontradas no código de ética referido à
determinada profissão, induzindo o indivíduo a estabelecer uma auto-reflexão acerca
de sua prática social, tornando-se responsável por suas ações e, suas
consequências no exercício de suas funções. Por conseguinte o código de ética tem
como objetivo propor uma conduta que fortaleça o relacionamento social.
O código de ética pode ser traduzido como princípios pelos quais nos
orientamos, pelo respeito ao indivíduo e, pelos direitos dirigidos ao mesmo e, que
são regidos por valores universais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGHIROLLI Maria Elaine, BISI Paulo Guy, RIZZON Antônio Luiz, NICOLETTO
Ugo. Psicologia Geral. Petrópolis, RJ, Editora Vozes 1995. 25ª Edição.
CRTR – Conselho Regional de Técnicos em Radiologia 1ª Região.
file:///E:/codigo_de_etica.html
PARANHO Walkyria Disciplina semipresencial - Ética profissional
http://famanet.br/pdf/cursos/semipre/etica_profissional_md1.pdf
M.Van Vugt e C.M.Hart, “Social identity as glue: the origins of group loyalty”,
journal of personality and social psychology, 86, 2004.