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DESAFIOS DA DOCÊNCIA NO CONSTANTE MOVIMENTO
CULTURAL E SOCIAL
Jackeline Monteiro Sousa
Curso de Pós-Graduação em
Formação Docente para o ensino Superior
Polo de Taguatinga, DF.
Orientador: Dr. Mario Nishikawa
RESUMO
O século XXI é marcado por características pouco vistas em tempos anteriores. A
globalização, a emergência e a nova sociedade do conhecimento, o avanço
tecnológico, a importância à informação e o processo comunicacional trouxeram
mudanças significativas no cenário da vida humana. A fugacidade com que esse
movimento cultural tem acontecido torna-se um desafio para a docência no ensino
superior e a partir dessa nova realidade empírica, onde o ensinar e o aprender muda
frequentemente, o docente precisa compreender o atual contexto social e
principalmente acompanhar de forma prática esse movimento. O Objetivo dessa
pesquisa é conhecer e apresentar os principais desafios da atuação docente num
contexto social que se encontra em constantes mudanças.
2
INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por foco apresentar informações e novas questões
sobre o trabalho docente na atualidade, onde pode ser obsevados diversos desafios.
É evidente que a sociedade atual mostra-se em constante movimento, há
mudanças de valores, conceitos e práticas sociais com maior frequência que no
século passado quando uma simples mudança no modo de cumprimentar alguém na
rua ou na maneira de se enviar um recado demorava décadas para que houvesse
alguma mudança e esta ser aceita.
Com o as novas tecnologias, que evoluem com muita rapidez, a sociedade
tem mudado sua maneira de refletir, de criar novos valores e tem revisto conceitos
que já foram considerados modernos. As formas de ensinar e aprender não têm
ficado afora desse movimento, portanto, os métodos de ensino usados hoje,
possivelmente, não serão usados nos próximos cinco ou dez anos.
Acredita-se que no ensino superior esses desafios sejam mais aparentes,
pois, o discente, é um adulto disposto ao diálogo e ao questionamento inclusive
sobre as técnicas docentes. Porém, a atual realidade do movimento cultural não
elimina a atuação reflexiva, crítica, responsável e competente do docente.
À vista disso, justifica-se esta pesquisa pela intenção de discutir as teorias e
práticas relacionadas à docência num ambiente cultural que está em constante
movimento. Diante da realidade cultural e social quais os principais desafios para
uma atuação docente e como enfrentá-los?
Portanto o objetivo geral é conhecer e apresentar os principais desafios da
atuação docente num contexto social que se encontra em constantes mudanças. Os
objetivos específicos são: Pesquisar sobre os desafios da atuação docente ao longo
do século; Investigar quais são os desafios da atuação docente atualmente;
Apresentar possíveis soluções que o constante movimento cultural oferece para uma
atuação docente eficaz.
Pressupõe-se que a atuação docente precisa passar por todos os processos
de evolução e mudanças da sociedade. Por isso, diante da atual realidade social, o
educador tem enfrentado desafios para acompanhar as constantes mudanças nas
formas de ensinar e aprender, isso está ligado principalmente com os avanços
tecnológicos que levam às novas formas de obter conhecimentos.
A pesquisa exploratória mostrou-se mais eficaz para abordagem do tema,
3
podendo assim explicar pontos sobre o trabalho docente, para isso, foi feito o
levantamento bibliográfico, tendo como fontes livros, artigos e material digital. Após
catalogar os dados, foram apresentados e discutidos, buscando sempre diversificar
com opiniões de autores diferentes.
1 DESAFIOS DA ATUAÇÃO DOCENTE AO LONGO DO SÉCULO XXI
Neste tópico da pesquisa encontra-se a abordagem de alguns pontos que se
tornam desafios para o trabalho docente diante das mudanças sociais reveladas no
século XXI.
Ao longo do século pôde ser observadas mudanças em diversas áreas da
sociedade, em relação ao ensino e aprendizagem não foi diferente. Pode-se afirmar
que as mudanças aconteceram com muita rapidez nos últimos anos, inclusive na
formação docente. Visto que o professor difere de outros profissionais por ser um
incentivador aos novos conhecimentos e novas formas de pensar, ou seja, o
docente no século XXI é agente de um ensino ativo e participativo.
Para Roldão:
Do nosso ponto de vista, a dialéctica do ensino transmissivo versus o
ensino activo faz parte de uma história relevante, mas passada, e remete,
na sua origem, para momentos e situações contextuais e sócio-históricas
específicas. À luz do conhecimento mais actual, importa avançar a análise
para um plano mais integrador da efectiva complexidade da acção em
causa e da sua relação profunda com o estatuto profissional daqueles que
ensinam: a função específica de ensinar já não é hoje definível pela simples
passagem do saber, não por razões ideológicas ou apenas por opções
pedagógicas, mas por razões sócio-históricas. (ROLDÃO, 2007. p.95)
No atual contexto da educação, onde o acesso à informação e de uma
sociedade em constante reavaliação de valores e novas formas de viver em
sociedade, a concepção de ensinar remete, em muitos casos, ao passado, quando
socialmente, os indivíduos alimentam o aprendizado pelas próprias descobertas ou
criações. Tudo isso não descarta o papel fundamental do professor, onde é visto
como um mediador e organizador desse aprendizado.
Essa afirmação pode ser confirmada pelo artigo publicado no portal Sala,
onde a autora afirma que:
A década de 1990 trouxe consigo várias expectativas a respeito da
4
revolução do ensino por meio das novas tecnologias de comunicação,
informação e expressão. No entanto, embora a adoção das tecnologias
aplicadas ao cotidiano da sala de aula tenha sido incentivada, isso não
garantiu a qualidade da aprendizagem (LÉTTI, 2014. s/p).
Logo, pode-se afirmar que não é suficiente trazer as novas tecnologias para
sala de aula, mas é fundamental uma atuação e aceitação do docente, onde
acompanhe a implantação dessas tecnologias levando o discente a obter,
armazenar e reproduzir novos conhecimentos por meio delas. Ainda segundo a
autora (LÉTTI, 2014. s/p), não basta inserir as tecnologias em sala, mas sim usá-la
em benefício da forma das formas de aprender “autônomo, personalizado, menos
invasivo e mais processual”.
Ensinar apenas transmitindo conhecimentos não é mais aceitável nesse
novo contexto social. Segundo Roldão (2007. p.95), atualmente a função de ensinar
é representada pela “figura da dupla transitividade e pelo lugar de mediação”. Logo,
ensinar é a especialidade de fazer aprender alguma coisa (currículo), a alguém
(destinatário da ação).
O autor afirma ainda que:
saber produzir essa mediação não é um dom, embora alguns o tenham; não
é uma técnica, embora requeira uma excelente operacionalização técnico-
estratégica; não é uma vocação, embora alguns a possam sentir. É ser um
profissional de ensino, legitimado por um conhecimento específico exigente
e complexo. (ROLDÃO, 2007. p. 102)
Com base na afirmação acima, pode-se afirmar que, a atuação docente não
dispensa uso de técnicas, estratégias e, principalmente, conhecimento sendo um
mediador nos novos meios de aprendizagem. O processo formativo do professor
deve estar focado nessas mudanças sem desvalorizar a importância do
conhecimento e técnicas.
Segundo Pacheco (1995, p.45), a formação de um docente “é um processo
dinâmico e evolutivo que compreende um conjunto variado de aprendizagens e de
experiências ao longo das diferentes etapas formativas”, ou seja, a sociedade atual
não dispensa o professor, pelo contrário, é necessário um agente adepto desse
processo evolutivo para incentivar os novos conhecimentos, ainda que de forma
autônoma na sua aplicação, o individuo precisa ser guiado a esse caminho.
Castelli e Pedrini (2012, p. 01) afirmam:
5
A chamada sociedade da informação e do conhecimento exige uma
resignificação da educação, à luz das novas configurações sociais, dos
ambientes educativos, bem como, atentar para a complexidade do processo
de educação, que assume a responsabilidade de educar ao longo da vida e,
para tanto, necessita reinventar-se e se reconfigurar diante das novas
necessidades que se apresentam no cotidiano no qual estamos inseridos.
Nesse contexto, o educador é o formador desta sociedade que se
transforma aceleradamente, tem o desafio de se preparar profissionalmente uma
prática docente reflexiva e com autonomia intelectual, assumindo seu papel
fundamental de intelectual transformador e incentivador.
Essa posição será determinante nas percepções, interpretações e ações,
permitindo-lhe enfrentar os novos paradigmas e desafios encontrados no cotidiano
do trabalho docente com conhecimento científico, saberes, habilidade e criatividade.
Desta maneira, os desafios apresentados acima, que são da nova visão do
trabalho docente como um mediador para obtenção de novos conhecimentos, das
constantes reavaliações de valores sociais e novas formas de viver em sociedade
que remetem aos métodos de ensino, a necessidade do docente de permanecer
aberto aos novos processos evolutivos, a necessidade de reinventar-se diante das
novas necessidades da comunidade na qual o docente está inseridos geram o
desafio de estar preparado profissionalmente para uma prática reflexiva do trabalho
docente assumindo seu papel indispensável de intelectual transformador e
incentivador
2 DESAFIOS DO TRABALHO DOCENTE ATUALMENTE
Neste ponto da pesquisa encontra-se a exposição de alguns desafios mais
atuais do profissional em educação. A exploração desses desafios trouxe à reflexão
o questionamento quanto à formação e atuação do docente no presente momento
sociocultural.
Freire (2002) afirma que:
É na minha disponibilidade à realidade que construo a minha segurança,
indispensável à própria disponibilidade. É impossível viver a disponibilidade
à realidade sem segurança, mas é impossível também criar a segurança
fora do risco da disponibilidade (FREIRE, 2002. p.152).
Expor os desafios não significa necessariamente focar nos problemas, mas
6
sim em quais pontos precisam ser evoluídos e melhorados, pode trazer à realidade o
trabalho docente visando o aperfeiçoamento e o desenvolvimento, mas para isso é
preciso que haja disposição.
Para dar início a este tópico, podem-se citar alguns desafios eminentes na
área de tecnologias: Comunicação; Informação; e Expressão.
É inegável que a sociedade dos anos 80 e 90 se comunicava ou mesmo via
a comunicação de forma bem diferente, grande parte da sociedade brasileira ainda
se comunicava pessoalmente, por serviço de telefonia, fixo ou público e cartas,
recebiam seus comunicados comercias, de lazer ou informativos pela televisão,
rádio e jornais impressos. Entende-se por comunicação “como um processo de troca
simbólica no qual os papéis de falante e ouvinte são intercambiáveis” (CYRINO,
1997, p. 160). Na educação Paulo Freire (1975, p. 69) reforça que “educação é
comunicação, é diálogo”.
Atualmente as redes sociais, portais, sites, canais virtuais de vídeos, entre
outros são os maiores meios de comunicação usados pelos individuas, empresas e
governo. Ou seja, a comunicação atual é feita, em grande parte, por meio da
internet. Nota-se também que a sociedade deseja e espera estar em constante
comunicação e o trabalho docente não pode eximir-se de acompanhar esse novo
meio de se comunicar.
Informar no trabalho docente também pode ser um desafio, é notável a
velocidade com as quais as informações circulam pelo mundo, o individuo espera
que as informações o alcance por todos os meios de comunicação. O aluno espera
o mesmo do educador, ele quer ter em fácil acesso todas as informações
necessárias sobre o que está sendo estudado.
As novas tecnologias de informação e comunicação no ensino superior
inovaram as práticas educacionais, modificando principalmente o paradigma da
educação superior. A utilização do microcomputador e da Internet propiciou o
desenvolvimento de um modelo pedagógico mais interativo. Tais tecnologias podem
ser um desafio para o trabalho docente, porém pode ser visto com muito mais
ênfase como oportunidade de melhorias e avanços do desenvolvimento do trabalho,
levando o aluno ao autodesenvolvimento.
Mas para Castells (2003, p.212), o sistema educacional ainda não estaria
preparado para as mudanças oriundas da difusão e do uso de novas tecnologias de
informação e comunicação, principalmente da Internet. Ressalta que o acesso aos
7
conteúdos da Internet tem como condição básica o nível educacional dos indivíduos.
Ainda segundo o autor (CASTELLS, 2003) para uma adaptação do trabalho
docente às exigências da “Era da Internet”, o sistema educacional teria que
modificar tanto as metodologias quanto as práticas educacionais. A falta de
equilíbrio educacional existente no país pode ter como consequência a exclusão
digital, ou seja, um contingente significativo de pessoas, poderiam a ser excluídas do
acesso ao uso de tecnologias de informação e comunicação.
Quando o trabalho docente acompanha essas mudanças nas áreas de
comunicação e informação exige dos estudantes mais autonomia e independência,
além de um conhecimento sobre as tecnologias, podendo ser um obstáculo quase
inexistente nos últimos anos no ensino superior, pois é observado o Brasil passou
em 2014 para quinto país mais conectado do mundo segundo a pesquisa do
ComScore1
.
Por outro lado, o uso das tecnologias de informação e comunicação nas
práticas educacionais exige mais tempo de dedicação no trabalho docente na
formulação de conteúdos para as disciplinas e no atendimento dos estudantes.
Outro ponto que tem se tornado um desafio no trabalho docente são as
novas formas que os indivíduos têm usado para se expressar, a capacidade de
expressão tomou uma relevância fundamental para a sociedade, para isso a grande
maioria usa as redes sociais para expor suas satisfações e insatisfações.
Há algumas décadas atrás o indivíduo não dispunha de muito espaço para
se expressar, estava limitado ao círculo de amigos e familiares, mas atualmente
querem ter à disposição espaço, tempo e meios para expor suas ideias, sentimentos
e opiniões “é pela palavra, que o homem vem ao mundo e a si próprio, e esta
palavra, que o singulariza entre todos os seres vivos, faz dele um ser de expressão,
dependente, no mais íntimo de si, do assentimento ou da desaprovação de outrem”
(GUSDORF, 1956, p. 281).
Na atuação docente o educador precisa estar preparado e aberto para atuar
com pessoas querem expressar suas opiniões, desejam e esperam que o ambiente
educacional proporcione essa oportunidade. O novo aluno exige um professor que
dialogue com ele, que proponha novas metodologias de ensino e aulas em que não
se depositem tão somente informações em suas mentes.
1
Disponível em: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/40022/40022
8
Segundo Nóvoa, os educadores são obrigados a cruzar, superar e enfrentar
muitas situações, “O profissional competente possui capacidades de auto-
desenvolvimento reflexivo [...]. A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao
desenvolvimento de uma práxis reflexiva” (1997, p.27).
Outros desafios na área sociocultural são: Novas definições de preconceito e
Criatividade em foco.
Na sociedade atual as mudanças nas relações entre indivíduos são cada vez
mais variadas e complexas. “Ensinar exige disponibilidades para o diálogo. É no
respeito às diferenças entre mim e eles ou elas, na coerência entre o que faço e o
que digo que me encontro com eles ou elas.” (FREIRE, 2002, p.152).
O Portal Sala2
publicou na coluna Educadores Globais o artigo: Raça, etnia,
preconceito, onde encontramos um depoimento de uma educadora que afirma:
Raça e etnia fazem parte daqueles assuntos, que como religião e política, a
gente aprendeu que deveria evitar. Confesso que me esqueci de
desconsiderar esses ensinamentos arraigados de boas maneiras quando
me tornei professora. Desde que assumi a função de educadora de
cidadãos e, mais recentemente, com perfil globalizado, considero que é
imprescindível expandir a visão sociocultural do aluno, e do professor, para
que estejam adequados às demandas de ensino-aprendizagem e
mercadológicas do século XXI. (SALA. s/p, 2013)
O trabalho docente no ensino superior deve acompanhar o apelo global
contra o preconceito em todas as suas formas e conhecer a realidade sociocultural
onde atua, reconhecendo a liberdade de expressão, onde o educador precisa
diferenciá-la do preconceito, respeitando as diferenças. A sociedade deste século
não tem aprovado preconceitos também em relações as novas formas de se
relacionarem, espera-se do cidadão não a aceitação geral dessas novas formas,
mas sim o respeito e a ausência de preconceito.
Desta forma, o trabalho docente é desafiado a conhecer a realidade de sua
atuação, construído no contexto de uma prática social formas de se expressar e
educar.
Indissociáveis da identidade destes atores sociais, os saberes da
experiência constituem os fundamentos da prática docente e da
competência profissional refletindo tanto a dimensão individual quanto a
coletivados seus autores. Legitimados na práxis, a verdade que eles
2
http://www.sala.org.br/
9
carregam refere à situação e ao grupo social que lhe dá significado
(THERRIEN. 1997, p.18)
Esses conhecimentos refletem as contradições e conflitos do sistema
sociocultural do momento, sendo dinâmico e às vezes, contraditórios devido as
mudanças constantes.
Seguindo para o último desafio citado neste artigo, observa-se que a
criatividade é o foco no mundo de hoje e segundo Cowan (2002. p. 52):
necessitamos do desenvolvimento das capacidades superiores de ser
capaz de aplicar informações e mesmo entendimento mecânicos, de ser
capaz de analisar situações e ver potenciais para desenvolvimento, de ser
criativo, sugerindo maneiras em que o desenvolvimento deva ocorrer e
possa ser amparado, e de ser avaliativo, julgando atividades recentes de
maneira formativa e criando propostas de julgamento para atividades ainda
não traduzidas para a realidade da ação. Cada vez mais apreciamos a
importância das habilidades interpessoais e do entendimento de relações
que sempre foram importantes [...] (COWAN, 2002. p. 52).
Se o trabalho docente no ensino superior não acompanhar o desejo social
pelo novo, pelo ainda não visto e pelas novas formas de fazer, poderá ter grandes
dificuldades de passar e incentivar o aluno ao conhecimento através de habilidades
interpessoais. Torna-se fundamental estar aberto às próprias criatividades na prática
docente tanto quanto possibilitar os alunos a serem criativos.
3 ATUAÇÃO DOCENTE EFICAZ NA ATUALIDADE
Neste ponto o foco dar-se na eficácia do trabalho docente diante dos
desafios apresentados neste artigo.
Na educação superior os desafios podem se mostrar mais evidentes, pois se
trata de alunos adultos e que ao ingressarem no ensino superior esperam
comunicarem-se de maneira moderna, receber informações de todas as maneiras
inovadoras possíveis e de ter oportunidade se expressarem com liberdade e
receberem respeito diante de suas expressões.
Estes alunos esperam também que o ambiente educacional esteja livre de
preconceitos quanto às suas escolhas e que esse ambiente estimule e incentive à
criatividade. Diante dessa veracidade o professor pode interpretar erroneamente que
perdeu sua autoridade como mestre em sala mas, Paulo Freire (2003) explica que:
10
[...] a autoridade do professor deve estar sempre lá, mas ela muda quando
os estudantes mudam e o estudo evolui, quando eles emergem como
sujeitos críticos do ato de conhecimento. Se o processo funciona, o
professor também se recria (FREIRE, 2003, p. 117).
Segundo a afirmação do autor (FREIRE, 2003) o trabalho docente não perde
sua autoridade ao se atualizar, mas sim sofre adaptações que a reforça, de acordo
com a realidade sociocultural. Gusdorf (1995, p. 18) explica que: “todo professor, na
Universidade, é um mestre na sua especialidade, mas todo professor deve ser
também, por vocação, um mestre da totalidade”.
Para que o trabalho docente mantenha-se atualizado sem perder a
qualidade de um bom ambiente de aprendizado é importante que o professor
coloque-se como discutidor da realidade e faça processos de reflexão permanente
sobre sua formação, atuação e situação sociocultural do momento. Logo a
formação e a construção de saberes dos docentes que atuam na docência do ensino
superior constituem-se em um processo de preparação político/pedagógica que não
pode ser desvinculado do desenvolvimento pessoal e institucional.
Schön (apud ALACARTÃO) afirma que:
o desenvolvimento de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o
contexto constitucional. O professor tem de se tornar um navegador atento
à burocracia [...] estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os
alunos e aprender a fazer da escola um lar no qual seja possível ouvir os
alunos – devem ser olhados como inseparáveis (1997, p. 87).
Para ser considerado eficaz, no presente momento, o trabalho docente deve
ter sido precedido por uma formação que prepare o profissional para realidade, mas
o professor não deve limitar-se aos conhecimentos adquiridos durante sua
formação. Benincá e Caimi (2004), atenta sobre a necessidade de pensar a
formação dos professores como ato desafiador onde os professores assumem
aceitar o progresso na formação que ultrapassa o tempo da graduação e o ambiente
universitário gerando um crescimento progressivo na sua atuação.
Pimenta e Anastasiou (2008, p.173) afirmam que o trabalho docente precisa
“aprender a olhar em seu entorno, a compreender e assimilar os fenômenos, a
produzir respostas às mudanças sociais, a preparar globalmente os estudantes para
as complexidades que se avizinham [...]”.
O trabalho docente exige criatividade no dia a dia para driblar as dificuldades
e superar desafios. Ser parceiro dos alunos, ter acesso a uma rede informatizada e
11
ser um articulador no processo de aprendizagem dos alunos poderá fazer muita
diferença. Logo, será possível superar os constantes desafios que os alunos trazem
para o ambiente educacional.
Diante da realidade apresentada os desafios atuais poderão não ser
permanentes, haverá novos desafios a serem superados conforme a realidade social
se altera. A solução diante dessa realidade é que o trabalho docente precisa
acompanhar as constantes mudanças da situação sociocultural na realidade de sua
atuação sem descartar a primazia de qualidade de ensino.
Portanto, acredita-se que o trabalho docente é fundamental para o
desenvolvimento de uma sociedade, onde seus cidadãos terão uma formação
moderna e eficaz que os prepare para o momento sociocultural.
CONCLUSÃO
Com o objetivo de apresentar informações referentes sobre o trabalho
docente na atualidade, o presente artigo trouxe alguns dos pontos mais relevantes
que se tornam desafios a serem superados pelos educadores.
O objetivo geral era conhecer e apresentar os principais desafios da atuação
docente num contexto sociocultural que se encontra em constantes mudanças.
Esses desafios foram apresentados como sendo diversos e, pontuado e discutido às
questões referentes à comunicação, informação e expressão. Também foram
abordado pontos desafiantes referentes às novas definições de preconceito e
criatividade em foco. Esses desafios não fazem o trabalho docente dispensável e
não desvaloriza sua participação no processo de aprendizagem.
Para alcançar os objetivos específicos pesquisou-se sobre os desafios da
atuação docente ao longo do século, que foi impactada pelo aumento do uso das
tecnologias, alcançado inclusive o ambiente escolar, onde também o acesso à
informação, reavaliação de valores e novas formas de viver em sociedade mudaram
a perspectiva de atuação do trabalho docente, que se mostra muito mais como um
mediador do conhecimento.
Com base na questão inicial “Diante da realidade cultural e social quais os
principais desafios para uma atuação docente e como enfrentá-los?” investigou-se
quais são os desafios da atuação docente atualmente, esses desafios foram
apresentados como sendo diversos e, pontuado e discutido às questões referentes à
12
comunicação, informação e expressão. Também foram abordados pontos
desafiantes referentes às novas definições de preconceito e criatividade em foco,
mostrando que o trabalho docente precisa acompanhar esse foco.
Como soluções para o trabalho docente no constante movimento
sociocultural, destacaram-se a importância do uso das novas tecnologias, a
exigência criatividade no dia a dia para driblar as dificuldades, superar desafios e
receber informações de todas as maneiras inovadoras possíveis, criar oportunidades
para os alunos se expressarem com liberdade e receberem respeito diante de suas
expressões. Tudo isso sem dispensar a qualidade no ato de ensinar, pois a atual
realidade do movimento cultural não elimina a atuação reflexiva, crítica, responsável
e competente do docente.
Logo, confirma-se a suposição de que a atuação docente precisa passar por
todos os processos de evolução e mudanças da sociedade. É necessário
compreender como a sociedade se comunica, aprende, ensina, informa e se
relaciona, pois esses indivíduos esperam um ambiente educacional que atua de
acordo com a realidade social que se encontra. Como afirma Consolaro (2005, p.
17) “se a educação é o ponto chave nesse início de século XXI, é preciso mudar
drástica e rapidamente os instrumentos de ensino”.
A pesquisa abordou inclusive que os desafios apresentados não
desvalorizam o trabalho docente, pelo contrário, e neste momento sociocultural que
o educador faz ainda mais necessário, pois diante das mudanças o conhecimento é
cada vez mais importante. A partir dessa compreensão, os educadores podem
desempenhar o seu papel de intelectuais transformadores que contribuem para o
desenvolvimento social.
Portanto, considera-se a pesquisa satisfatória atingindo o objetivo geral e os
específicos respondendo a questão da pesquisa.
REFERÊNCIAS
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de formação de professores. In Formação Reflexiva de Professores - Estratégias
de Supervisão. I. Alarcão et al. (p. 9-40). Porto: Porto Editora. 1996.
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13
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Contexto do Ensino Superior. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias
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CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios
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LÉTTI, Mariana Marlière. Calça curta não se remenda. Publicado em: 31 mar 2014.
Disponível em: < http://www.sala.org.br/index.php/estante/colunas/educar-na-cultura-
digital/975-calca-curta-nao-se-remenda >. Acesso em 22 abr 2014.
NÓVOA, António. Vidas de professores. Portugal: Porto Editora. 1997.
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ROLDÃO, Maria. do Céu. Função docente: natureza e construção do
conhecimento profissional. Portugal. Revista brasileira de Educação. v. 12 n. 34
jan/abril 2007.

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  • 1. 1 DESAFIOS DA DOCÊNCIA NO CONSTANTE MOVIMENTO CULTURAL E SOCIAL Jackeline Monteiro Sousa Curso de Pós-Graduação em Formação Docente para o ensino Superior Polo de Taguatinga, DF. Orientador: Dr. Mario Nishikawa RESUMO O século XXI é marcado por características pouco vistas em tempos anteriores. A globalização, a emergência e a nova sociedade do conhecimento, o avanço tecnológico, a importância à informação e o processo comunicacional trouxeram mudanças significativas no cenário da vida humana. A fugacidade com que esse movimento cultural tem acontecido torna-se um desafio para a docência no ensino superior e a partir dessa nova realidade empírica, onde o ensinar e o aprender muda frequentemente, o docente precisa compreender o atual contexto social e principalmente acompanhar de forma prática esse movimento. O Objetivo dessa pesquisa é conhecer e apresentar os principais desafios da atuação docente num contexto social que se encontra em constantes mudanças.
  • 2. 2 INTRODUÇÃO O presente artigo tem por foco apresentar informações e novas questões sobre o trabalho docente na atualidade, onde pode ser obsevados diversos desafios. É evidente que a sociedade atual mostra-se em constante movimento, há mudanças de valores, conceitos e práticas sociais com maior frequência que no século passado quando uma simples mudança no modo de cumprimentar alguém na rua ou na maneira de se enviar um recado demorava décadas para que houvesse alguma mudança e esta ser aceita. Com o as novas tecnologias, que evoluem com muita rapidez, a sociedade tem mudado sua maneira de refletir, de criar novos valores e tem revisto conceitos que já foram considerados modernos. As formas de ensinar e aprender não têm ficado afora desse movimento, portanto, os métodos de ensino usados hoje, possivelmente, não serão usados nos próximos cinco ou dez anos. Acredita-se que no ensino superior esses desafios sejam mais aparentes, pois, o discente, é um adulto disposto ao diálogo e ao questionamento inclusive sobre as técnicas docentes. Porém, a atual realidade do movimento cultural não elimina a atuação reflexiva, crítica, responsável e competente do docente. À vista disso, justifica-se esta pesquisa pela intenção de discutir as teorias e práticas relacionadas à docência num ambiente cultural que está em constante movimento. Diante da realidade cultural e social quais os principais desafios para uma atuação docente e como enfrentá-los? Portanto o objetivo geral é conhecer e apresentar os principais desafios da atuação docente num contexto social que se encontra em constantes mudanças. Os objetivos específicos são: Pesquisar sobre os desafios da atuação docente ao longo do século; Investigar quais são os desafios da atuação docente atualmente; Apresentar possíveis soluções que o constante movimento cultural oferece para uma atuação docente eficaz. Pressupõe-se que a atuação docente precisa passar por todos os processos de evolução e mudanças da sociedade. Por isso, diante da atual realidade social, o educador tem enfrentado desafios para acompanhar as constantes mudanças nas formas de ensinar e aprender, isso está ligado principalmente com os avanços tecnológicos que levam às novas formas de obter conhecimentos. A pesquisa exploratória mostrou-se mais eficaz para abordagem do tema,
  • 3. 3 podendo assim explicar pontos sobre o trabalho docente, para isso, foi feito o levantamento bibliográfico, tendo como fontes livros, artigos e material digital. Após catalogar os dados, foram apresentados e discutidos, buscando sempre diversificar com opiniões de autores diferentes. 1 DESAFIOS DA ATUAÇÃO DOCENTE AO LONGO DO SÉCULO XXI Neste tópico da pesquisa encontra-se a abordagem de alguns pontos que se tornam desafios para o trabalho docente diante das mudanças sociais reveladas no século XXI. Ao longo do século pôde ser observadas mudanças em diversas áreas da sociedade, em relação ao ensino e aprendizagem não foi diferente. Pode-se afirmar que as mudanças aconteceram com muita rapidez nos últimos anos, inclusive na formação docente. Visto que o professor difere de outros profissionais por ser um incentivador aos novos conhecimentos e novas formas de pensar, ou seja, o docente no século XXI é agente de um ensino ativo e participativo. Para Roldão: Do nosso ponto de vista, a dialéctica do ensino transmissivo versus o ensino activo faz parte de uma história relevante, mas passada, e remete, na sua origem, para momentos e situações contextuais e sócio-históricas específicas. À luz do conhecimento mais actual, importa avançar a análise para um plano mais integrador da efectiva complexidade da acção em causa e da sua relação profunda com o estatuto profissional daqueles que ensinam: a função específica de ensinar já não é hoje definível pela simples passagem do saber, não por razões ideológicas ou apenas por opções pedagógicas, mas por razões sócio-históricas. (ROLDÃO, 2007. p.95) No atual contexto da educação, onde o acesso à informação e de uma sociedade em constante reavaliação de valores e novas formas de viver em sociedade, a concepção de ensinar remete, em muitos casos, ao passado, quando socialmente, os indivíduos alimentam o aprendizado pelas próprias descobertas ou criações. Tudo isso não descarta o papel fundamental do professor, onde é visto como um mediador e organizador desse aprendizado. Essa afirmação pode ser confirmada pelo artigo publicado no portal Sala, onde a autora afirma que: A década de 1990 trouxe consigo várias expectativas a respeito da
  • 4. 4 revolução do ensino por meio das novas tecnologias de comunicação, informação e expressão. No entanto, embora a adoção das tecnologias aplicadas ao cotidiano da sala de aula tenha sido incentivada, isso não garantiu a qualidade da aprendizagem (LÉTTI, 2014. s/p). Logo, pode-se afirmar que não é suficiente trazer as novas tecnologias para sala de aula, mas é fundamental uma atuação e aceitação do docente, onde acompanhe a implantação dessas tecnologias levando o discente a obter, armazenar e reproduzir novos conhecimentos por meio delas. Ainda segundo a autora (LÉTTI, 2014. s/p), não basta inserir as tecnologias em sala, mas sim usá-la em benefício da forma das formas de aprender “autônomo, personalizado, menos invasivo e mais processual”. Ensinar apenas transmitindo conhecimentos não é mais aceitável nesse novo contexto social. Segundo Roldão (2007. p.95), atualmente a função de ensinar é representada pela “figura da dupla transitividade e pelo lugar de mediação”. Logo, ensinar é a especialidade de fazer aprender alguma coisa (currículo), a alguém (destinatário da ação). O autor afirma ainda que: saber produzir essa mediação não é um dom, embora alguns o tenham; não é uma técnica, embora requeira uma excelente operacionalização técnico- estratégica; não é uma vocação, embora alguns a possam sentir. É ser um profissional de ensino, legitimado por um conhecimento específico exigente e complexo. (ROLDÃO, 2007. p. 102) Com base na afirmação acima, pode-se afirmar que, a atuação docente não dispensa uso de técnicas, estratégias e, principalmente, conhecimento sendo um mediador nos novos meios de aprendizagem. O processo formativo do professor deve estar focado nessas mudanças sem desvalorizar a importância do conhecimento e técnicas. Segundo Pacheco (1995, p.45), a formação de um docente “é um processo dinâmico e evolutivo que compreende um conjunto variado de aprendizagens e de experiências ao longo das diferentes etapas formativas”, ou seja, a sociedade atual não dispensa o professor, pelo contrário, é necessário um agente adepto desse processo evolutivo para incentivar os novos conhecimentos, ainda que de forma autônoma na sua aplicação, o individuo precisa ser guiado a esse caminho. Castelli e Pedrini (2012, p. 01) afirmam:
  • 5. 5 A chamada sociedade da informação e do conhecimento exige uma resignificação da educação, à luz das novas configurações sociais, dos ambientes educativos, bem como, atentar para a complexidade do processo de educação, que assume a responsabilidade de educar ao longo da vida e, para tanto, necessita reinventar-se e se reconfigurar diante das novas necessidades que se apresentam no cotidiano no qual estamos inseridos. Nesse contexto, o educador é o formador desta sociedade que se transforma aceleradamente, tem o desafio de se preparar profissionalmente uma prática docente reflexiva e com autonomia intelectual, assumindo seu papel fundamental de intelectual transformador e incentivador. Essa posição será determinante nas percepções, interpretações e ações, permitindo-lhe enfrentar os novos paradigmas e desafios encontrados no cotidiano do trabalho docente com conhecimento científico, saberes, habilidade e criatividade. Desta maneira, os desafios apresentados acima, que são da nova visão do trabalho docente como um mediador para obtenção de novos conhecimentos, das constantes reavaliações de valores sociais e novas formas de viver em sociedade que remetem aos métodos de ensino, a necessidade do docente de permanecer aberto aos novos processos evolutivos, a necessidade de reinventar-se diante das novas necessidades da comunidade na qual o docente está inseridos geram o desafio de estar preparado profissionalmente para uma prática reflexiva do trabalho docente assumindo seu papel indispensável de intelectual transformador e incentivador 2 DESAFIOS DO TRABALHO DOCENTE ATUALMENTE Neste ponto da pesquisa encontra-se a exposição de alguns desafios mais atuais do profissional em educação. A exploração desses desafios trouxe à reflexão o questionamento quanto à formação e atuação do docente no presente momento sociocultural. Freire (2002) afirma que: É na minha disponibilidade à realidade que construo a minha segurança, indispensável à própria disponibilidade. É impossível viver a disponibilidade à realidade sem segurança, mas é impossível também criar a segurança fora do risco da disponibilidade (FREIRE, 2002. p.152). Expor os desafios não significa necessariamente focar nos problemas, mas
  • 6. 6 sim em quais pontos precisam ser evoluídos e melhorados, pode trazer à realidade o trabalho docente visando o aperfeiçoamento e o desenvolvimento, mas para isso é preciso que haja disposição. Para dar início a este tópico, podem-se citar alguns desafios eminentes na área de tecnologias: Comunicação; Informação; e Expressão. É inegável que a sociedade dos anos 80 e 90 se comunicava ou mesmo via a comunicação de forma bem diferente, grande parte da sociedade brasileira ainda se comunicava pessoalmente, por serviço de telefonia, fixo ou público e cartas, recebiam seus comunicados comercias, de lazer ou informativos pela televisão, rádio e jornais impressos. Entende-se por comunicação “como um processo de troca simbólica no qual os papéis de falante e ouvinte são intercambiáveis” (CYRINO, 1997, p. 160). Na educação Paulo Freire (1975, p. 69) reforça que “educação é comunicação, é diálogo”. Atualmente as redes sociais, portais, sites, canais virtuais de vídeos, entre outros são os maiores meios de comunicação usados pelos individuas, empresas e governo. Ou seja, a comunicação atual é feita, em grande parte, por meio da internet. Nota-se também que a sociedade deseja e espera estar em constante comunicação e o trabalho docente não pode eximir-se de acompanhar esse novo meio de se comunicar. Informar no trabalho docente também pode ser um desafio, é notável a velocidade com as quais as informações circulam pelo mundo, o individuo espera que as informações o alcance por todos os meios de comunicação. O aluno espera o mesmo do educador, ele quer ter em fácil acesso todas as informações necessárias sobre o que está sendo estudado. As novas tecnologias de informação e comunicação no ensino superior inovaram as práticas educacionais, modificando principalmente o paradigma da educação superior. A utilização do microcomputador e da Internet propiciou o desenvolvimento de um modelo pedagógico mais interativo. Tais tecnologias podem ser um desafio para o trabalho docente, porém pode ser visto com muito mais ênfase como oportunidade de melhorias e avanços do desenvolvimento do trabalho, levando o aluno ao autodesenvolvimento. Mas para Castells (2003, p.212), o sistema educacional ainda não estaria preparado para as mudanças oriundas da difusão e do uso de novas tecnologias de informação e comunicação, principalmente da Internet. Ressalta que o acesso aos
  • 7. 7 conteúdos da Internet tem como condição básica o nível educacional dos indivíduos. Ainda segundo o autor (CASTELLS, 2003) para uma adaptação do trabalho docente às exigências da “Era da Internet”, o sistema educacional teria que modificar tanto as metodologias quanto as práticas educacionais. A falta de equilíbrio educacional existente no país pode ter como consequência a exclusão digital, ou seja, um contingente significativo de pessoas, poderiam a ser excluídas do acesso ao uso de tecnologias de informação e comunicação. Quando o trabalho docente acompanha essas mudanças nas áreas de comunicação e informação exige dos estudantes mais autonomia e independência, além de um conhecimento sobre as tecnologias, podendo ser um obstáculo quase inexistente nos últimos anos no ensino superior, pois é observado o Brasil passou em 2014 para quinto país mais conectado do mundo segundo a pesquisa do ComScore1 . Por outro lado, o uso das tecnologias de informação e comunicação nas práticas educacionais exige mais tempo de dedicação no trabalho docente na formulação de conteúdos para as disciplinas e no atendimento dos estudantes. Outro ponto que tem se tornado um desafio no trabalho docente são as novas formas que os indivíduos têm usado para se expressar, a capacidade de expressão tomou uma relevância fundamental para a sociedade, para isso a grande maioria usa as redes sociais para expor suas satisfações e insatisfações. Há algumas décadas atrás o indivíduo não dispunha de muito espaço para se expressar, estava limitado ao círculo de amigos e familiares, mas atualmente querem ter à disposição espaço, tempo e meios para expor suas ideias, sentimentos e opiniões “é pela palavra, que o homem vem ao mundo e a si próprio, e esta palavra, que o singulariza entre todos os seres vivos, faz dele um ser de expressão, dependente, no mais íntimo de si, do assentimento ou da desaprovação de outrem” (GUSDORF, 1956, p. 281). Na atuação docente o educador precisa estar preparado e aberto para atuar com pessoas querem expressar suas opiniões, desejam e esperam que o ambiente educacional proporcione essa oportunidade. O novo aluno exige um professor que dialogue com ele, que proponha novas metodologias de ensino e aulas em que não se depositem tão somente informações em suas mentes. 1 Disponível em: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/40022/40022
  • 8. 8 Segundo Nóvoa, os educadores são obrigados a cruzar, superar e enfrentar muitas situações, “O profissional competente possui capacidades de auto- desenvolvimento reflexivo [...]. A lógica da racionalidade técnica opõe-se sempre ao desenvolvimento de uma práxis reflexiva” (1997, p.27). Outros desafios na área sociocultural são: Novas definições de preconceito e Criatividade em foco. Na sociedade atual as mudanças nas relações entre indivíduos são cada vez mais variadas e complexas. “Ensinar exige disponibilidades para o diálogo. É no respeito às diferenças entre mim e eles ou elas, na coerência entre o que faço e o que digo que me encontro com eles ou elas.” (FREIRE, 2002, p.152). O Portal Sala2 publicou na coluna Educadores Globais o artigo: Raça, etnia, preconceito, onde encontramos um depoimento de uma educadora que afirma: Raça e etnia fazem parte daqueles assuntos, que como religião e política, a gente aprendeu que deveria evitar. Confesso que me esqueci de desconsiderar esses ensinamentos arraigados de boas maneiras quando me tornei professora. Desde que assumi a função de educadora de cidadãos e, mais recentemente, com perfil globalizado, considero que é imprescindível expandir a visão sociocultural do aluno, e do professor, para que estejam adequados às demandas de ensino-aprendizagem e mercadológicas do século XXI. (SALA. s/p, 2013) O trabalho docente no ensino superior deve acompanhar o apelo global contra o preconceito em todas as suas formas e conhecer a realidade sociocultural onde atua, reconhecendo a liberdade de expressão, onde o educador precisa diferenciá-la do preconceito, respeitando as diferenças. A sociedade deste século não tem aprovado preconceitos também em relações as novas formas de se relacionarem, espera-se do cidadão não a aceitação geral dessas novas formas, mas sim o respeito e a ausência de preconceito. Desta forma, o trabalho docente é desafiado a conhecer a realidade de sua atuação, construído no contexto de uma prática social formas de se expressar e educar. Indissociáveis da identidade destes atores sociais, os saberes da experiência constituem os fundamentos da prática docente e da competência profissional refletindo tanto a dimensão individual quanto a coletivados seus autores. Legitimados na práxis, a verdade que eles 2 http://www.sala.org.br/
  • 9. 9 carregam refere à situação e ao grupo social que lhe dá significado (THERRIEN. 1997, p.18) Esses conhecimentos refletem as contradições e conflitos do sistema sociocultural do momento, sendo dinâmico e às vezes, contraditórios devido as mudanças constantes. Seguindo para o último desafio citado neste artigo, observa-se que a criatividade é o foco no mundo de hoje e segundo Cowan (2002. p. 52): necessitamos do desenvolvimento das capacidades superiores de ser capaz de aplicar informações e mesmo entendimento mecânicos, de ser capaz de analisar situações e ver potenciais para desenvolvimento, de ser criativo, sugerindo maneiras em que o desenvolvimento deva ocorrer e possa ser amparado, e de ser avaliativo, julgando atividades recentes de maneira formativa e criando propostas de julgamento para atividades ainda não traduzidas para a realidade da ação. Cada vez mais apreciamos a importância das habilidades interpessoais e do entendimento de relações que sempre foram importantes [...] (COWAN, 2002. p. 52). Se o trabalho docente no ensino superior não acompanhar o desejo social pelo novo, pelo ainda não visto e pelas novas formas de fazer, poderá ter grandes dificuldades de passar e incentivar o aluno ao conhecimento através de habilidades interpessoais. Torna-se fundamental estar aberto às próprias criatividades na prática docente tanto quanto possibilitar os alunos a serem criativos. 3 ATUAÇÃO DOCENTE EFICAZ NA ATUALIDADE Neste ponto o foco dar-se na eficácia do trabalho docente diante dos desafios apresentados neste artigo. Na educação superior os desafios podem se mostrar mais evidentes, pois se trata de alunos adultos e que ao ingressarem no ensino superior esperam comunicarem-se de maneira moderna, receber informações de todas as maneiras inovadoras possíveis e de ter oportunidade se expressarem com liberdade e receberem respeito diante de suas expressões. Estes alunos esperam também que o ambiente educacional esteja livre de preconceitos quanto às suas escolhas e que esse ambiente estimule e incentive à criatividade. Diante dessa veracidade o professor pode interpretar erroneamente que perdeu sua autoridade como mestre em sala mas, Paulo Freire (2003) explica que:
  • 10. 10 [...] a autoridade do professor deve estar sempre lá, mas ela muda quando os estudantes mudam e o estudo evolui, quando eles emergem como sujeitos críticos do ato de conhecimento. Se o processo funciona, o professor também se recria (FREIRE, 2003, p. 117). Segundo a afirmação do autor (FREIRE, 2003) o trabalho docente não perde sua autoridade ao se atualizar, mas sim sofre adaptações que a reforça, de acordo com a realidade sociocultural. Gusdorf (1995, p. 18) explica que: “todo professor, na Universidade, é um mestre na sua especialidade, mas todo professor deve ser também, por vocação, um mestre da totalidade”. Para que o trabalho docente mantenha-se atualizado sem perder a qualidade de um bom ambiente de aprendizado é importante que o professor coloque-se como discutidor da realidade e faça processos de reflexão permanente sobre sua formação, atuação e situação sociocultural do momento. Logo a formação e a construção de saberes dos docentes que atuam na docência do ensino superior constituem-se em um processo de preparação político/pedagógica que não pode ser desvinculado do desenvolvimento pessoal e institucional. Schön (apud ALACARTÃO) afirma que: o desenvolvimento de uma prática reflexiva eficaz tem que integrar o contexto constitucional. O professor tem de se tornar um navegador atento à burocracia [...] estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lar no qual seja possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis (1997, p. 87). Para ser considerado eficaz, no presente momento, o trabalho docente deve ter sido precedido por uma formação que prepare o profissional para realidade, mas o professor não deve limitar-se aos conhecimentos adquiridos durante sua formação. Benincá e Caimi (2004), atenta sobre a necessidade de pensar a formação dos professores como ato desafiador onde os professores assumem aceitar o progresso na formação que ultrapassa o tempo da graduação e o ambiente universitário gerando um crescimento progressivo na sua atuação. Pimenta e Anastasiou (2008, p.173) afirmam que o trabalho docente precisa “aprender a olhar em seu entorno, a compreender e assimilar os fenômenos, a produzir respostas às mudanças sociais, a preparar globalmente os estudantes para as complexidades que se avizinham [...]”. O trabalho docente exige criatividade no dia a dia para driblar as dificuldades e superar desafios. Ser parceiro dos alunos, ter acesso a uma rede informatizada e
  • 11. 11 ser um articulador no processo de aprendizagem dos alunos poderá fazer muita diferença. Logo, será possível superar os constantes desafios que os alunos trazem para o ambiente educacional. Diante da realidade apresentada os desafios atuais poderão não ser permanentes, haverá novos desafios a serem superados conforme a realidade social se altera. A solução diante dessa realidade é que o trabalho docente precisa acompanhar as constantes mudanças da situação sociocultural na realidade de sua atuação sem descartar a primazia de qualidade de ensino. Portanto, acredita-se que o trabalho docente é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade, onde seus cidadãos terão uma formação moderna e eficaz que os prepare para o momento sociocultural. CONCLUSÃO Com o objetivo de apresentar informações referentes sobre o trabalho docente na atualidade, o presente artigo trouxe alguns dos pontos mais relevantes que se tornam desafios a serem superados pelos educadores. O objetivo geral era conhecer e apresentar os principais desafios da atuação docente num contexto sociocultural que se encontra em constantes mudanças. Esses desafios foram apresentados como sendo diversos e, pontuado e discutido às questões referentes à comunicação, informação e expressão. Também foram abordado pontos desafiantes referentes às novas definições de preconceito e criatividade em foco. Esses desafios não fazem o trabalho docente dispensável e não desvaloriza sua participação no processo de aprendizagem. Para alcançar os objetivos específicos pesquisou-se sobre os desafios da atuação docente ao longo do século, que foi impactada pelo aumento do uso das tecnologias, alcançado inclusive o ambiente escolar, onde também o acesso à informação, reavaliação de valores e novas formas de viver em sociedade mudaram a perspectiva de atuação do trabalho docente, que se mostra muito mais como um mediador do conhecimento. Com base na questão inicial “Diante da realidade cultural e social quais os principais desafios para uma atuação docente e como enfrentá-los?” investigou-se quais são os desafios da atuação docente atualmente, esses desafios foram apresentados como sendo diversos e, pontuado e discutido às questões referentes à
  • 12. 12 comunicação, informação e expressão. Também foram abordados pontos desafiantes referentes às novas definições de preconceito e criatividade em foco, mostrando que o trabalho docente precisa acompanhar esse foco. Como soluções para o trabalho docente no constante movimento sociocultural, destacaram-se a importância do uso das novas tecnologias, a exigência criatividade no dia a dia para driblar as dificuldades, superar desafios e receber informações de todas as maneiras inovadoras possíveis, criar oportunidades para os alunos se expressarem com liberdade e receberem respeito diante de suas expressões. Tudo isso sem dispensar a qualidade no ato de ensinar, pois a atual realidade do movimento cultural não elimina a atuação reflexiva, crítica, responsável e competente do docente. Logo, confirma-se a suposição de que a atuação docente precisa passar por todos os processos de evolução e mudanças da sociedade. É necessário compreender como a sociedade se comunica, aprende, ensina, informa e se relaciona, pois esses indivíduos esperam um ambiente educacional que atua de acordo com a realidade social que se encontra. Como afirma Consolaro (2005, p. 17) “se a educação é o ponto chave nesse início de século XXI, é preciso mudar drástica e rapidamente os instrumentos de ensino”. A pesquisa abordou inclusive que os desafios apresentados não desvalorizam o trabalho docente, pelo contrário, e neste momento sociocultural que o educador faz ainda mais necessário, pois diante das mudanças o conhecimento é cada vez mais importante. A partir dessa compreensão, os educadores podem desempenhar o seu papel de intelectuais transformadores que contribuem para o desenvolvimento social. Portanto, considera-se a pesquisa satisfatória atingindo o objetivo geral e os específicos respondendo a questão da pesquisa. REFERÊNCIAS ALARCÃO, I. Reflexão crítica sobre o pensamento de D. Schön e os programas de formação de professores. In Formação Reflexiva de Professores - Estratégias de Supervisão. I. Alarcão et al. (p. 9-40). Porto: Porto Editora. 1996. BENINCÁ, Elli; CAIMI, Flavia Eloisa. (Org.). Formação de Professores: diálogo entre a teoria e a prática. 2. ed. Passo Fundo: UPF, 2004.
  • 13. 13 CASTELLI, Maria Dinorá Baccin; PEDRINI, Maristela. A Formação Docente no Contexto do Ensino Superior. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias /index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/2595/563>. Acesso em: 28 mar 2014. CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. CONSOLARO, Alberto. O “Ser” Professor: a arte e ciência no ensinar e aprender. 4. ed. Maringá: Dental Press, 2005. CONTRERAS, José. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez. 2002. COWAN, John. Como ser um professor universitário inovador. Tradução Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2002. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra, 2002. ______________. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. FREIRE, P.; SHOR, I. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 10. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003. CYNIRO, A.P; CYRINO, E.G. Integrando comunicação, saúde e educação: experiência do UNIBotucatu. Interface: comunicação, educação, saúde. 1997. GUSDORF, Georges. Prefácio de comunicação docente. Gadotti. São Paulo: Loyola, 1995. LÉTTI, Mariana Marlière. Calça curta não se remenda. Publicado em: 31 mar 2014. Disponível em: < http://www.sala.org.br/index.php/estante/colunas/educar-na-cultura- digital/975-calca-curta-nao-se-remenda >. Acesso em 22 abr 2014. NÓVOA, António. Vidas de professores. Portugal: Porto Editora. 1997. PACHECO, J. A. O Pensamento e a ação do professor. Porto: Porto Editora, 1995. PIMENTA, Selma Garrido; ANASTASIOU, Léa das Graças Camargo. Docência no Ensino Superior. São Paulo: Cortez, 2008. RAÇA, ETNIA E PRECONCEITO. Educadores Globais. Publicado em: 16 abr 2013. Disponível em: <http://www.sala.org.br/index.php/estante/colunas/educadores- globais/705-raca-etnia-preconceito> Acesso em: 01 mai 2014. ROLDÃO, Maria. do Céu. Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional. Portugal. Revista brasileira de Educação. v. 12 n. 34 jan/abril 2007.