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Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação




                        «ESTA É A NOSSA FÉ,
   A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»

   *Foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria*



1. Formação

Não basta acreditar que Jesus é Filho de Deus, é preciso um cristão
acreditar também na Sua Encarnação. Na sequência do que vimos na
semana passada, em relação a Jesus ser Filho de Deus, quando analisámos o
Prólogo do Evangelho de São João, debrucemos a nossa atenção no versículo
14, «E o Verbo se fez carne.» (Jo 1, 14)

Dois exemplos que retratam a união de Jesus com o Pai:
A palavra/ideia, quando é concebida do nosso interior, e não é
pronunciada. Vejamos: ninguém conhece a palavra enquanto está no
interior do homem, a não ser ele próprio. Mas a partir do momento em que
é proferida, torna-se conhecida. Do mesmo modo, o Verbo de Deus não era
conhecido senão pelo Pai, enquanto estava no seio do Pai. No entanto,
assim que se revestiu de carne, como a palavra concebida no interior e pela
voz se manifesta e conhece, também Jesus passou a ser conhecido.

A palavra que é pronunciada é ouvida, mas não é vista, nem se pode tocar.
No entanto, quando escrita numa folha, pode ser vista e tocada. Assim
também, o Verbo de Deus, quando se encarnou, tornou-se visível.



«Foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem
Maria»

Com relação a este artigo do Credo, também muitos erros foram surgindo,
por isso, no Símbolo de Niceia, foram acrescentados alguns
esclarecimentos:
• Orígenes (185-253) - afirmava que Cristo nasceu e veio a este mundo
  também para salvar o demónio. Segundo ele, pela remissão de
  Jesus, no fim do tempos, também os demónios haviam de ser salvos.
        - Vejamos o que nos diz São Mateus (Mt 25, 41)
        Por esta razão, foi acrescentado «para nós Homens, e para
        nossa Salvação» - não se diz pelos demónios.

• Fotino (séc. IV) - afirmava, tal como vimos na semana passada, que
  Jesus, por ter sido bom e por ter feito a vontade de Deus é que
  merecia ser chamado de Filho de Deus.
         - Vejamos o que nos diz São João (Jo 6,38)
         É evidente que não teria descido do céu se não estivesse lá e,
         se fosse um simples homem, não podia ter estado no céu.
         Como tal, foi acrescentado «desceu dos Céus»

• Manés (216-776) - esta corrente que durou alguns séculos afirmava
  que Cristo foi sempre Filho de Deus, que desceu do Céu, mas que
  não possuía verdadeira carne, que a carne de Jesus era "aparente".
       - Vejamos o que nos diz São Lucas (Lc 24,39)
       Como tal, foi acrescentado «e encarnou».

• Ébionitas (até ao séc.V) - aceitavam que Jesus tinha nascido de
  Maria, mas de uma união carnal, de sémen humano.
        - Vejamos o que nos diz são Mateus (Mt 1,20)
        Para afastar esse erro foi acrescentado ao Credo a expressão
        «do Espírito Santo».

• Valentino (136-160) - aceitava que Jesus tivesse sido concebido pelo
  Espírito Santo mas que Cristo trouxera um corpo celeste e o
  depositara na Bem-Aventurada Virgem Maria, como tal Ela "não
  tinha feito mais nada" a não ser, ser receptáculo.
         - Por esse motivo foi acrescentado «nasceu da Virgem
  Maria».

• Ário e Apolinário (388) - afirmavam que Jesus nasceu da Virgem
  Maria mas que não possuia alma, estando em seu lugar a divindade.
  Várias vezes na escritura, Jesus fala que a Sua alma está perturbada.
Ora, se um homem é constituido por corpo e alma, então também
      Jesus havia de ter alma, daí se ter acrescentados «fez-se homem».




2. Considerações finais

Antes da vinda de Cristo, os patriarcas e profetas falaram algumas verdades
a respeito de Deus. Os homens, porém não acreditaram nelas da mesma
forma que acreditaram em Cristo, como tal, podemos dizer que a nossa Fé
é confirmada pelas verdades transmitidas por Jesus Cristo.

Jesus fez-se Homem por um motivo importante, não foi apenas "porque lhe
apeteceu", mas sim para grande utilidade nossa. Assumiu um corpo, nasceu
da Virgem Maria para nos entregar a Sua divindade, e fez-Se homem, para
abrir ao homem um caminho para Deus.

Para que a nossa caridade seja mais fervorosa, devemos saber que Deus,
criador de todas as coisas, fez-se nosso irmão. O Filho de Deus fez-se
filho de homem.

A natureza e a criação foi de tal forma tornada nobre e exaltada pela união
com Deus, ao formar-se uma pessoa divida, que devemos conservar a
pureza da nossa alma.

A meditação dos mistérios da Encarnação aumenta em nós o desejo de nos
aproximar-mos de Cristo. Quando uma pessoa está longe de um irmão ou
de alguém que gosta muito, quer permanecer junto dele. Ora, sendo Jesus
nosso irmão, devemos estar com Ele e unidos a Ele.
3. Oração

Sopra sobre mim, Espírito Santo,
Para que eu pense em santidade.
Empurra-me, Espírito Santo
Para que eu aja em santidade.
Seduz-me, Espírito Santo
Para que eu ame em santidade.
Fortalece-me, Espírito Santo
Para que eu guarde a santidade.
Guarda-me, Espírito Santo
Para que eu nunca perca a santidade.
                                       Santo Agostinho

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  • 1. Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação «ESTA É A NOSSA FÉ, A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR» *Foi concebido do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria* 1. Formação Não basta acreditar que Jesus é Filho de Deus, é preciso um cristão acreditar também na Sua Encarnação. Na sequência do que vimos na semana passada, em relação a Jesus ser Filho de Deus, quando analisámos o Prólogo do Evangelho de São João, debrucemos a nossa atenção no versículo 14, «E o Verbo se fez carne.» (Jo 1, 14) Dois exemplos que retratam a união de Jesus com o Pai: A palavra/ideia, quando é concebida do nosso interior, e não é pronunciada. Vejamos: ninguém conhece a palavra enquanto está no interior do homem, a não ser ele próprio. Mas a partir do momento em que é proferida, torna-se conhecida. Do mesmo modo, o Verbo de Deus não era conhecido senão pelo Pai, enquanto estava no seio do Pai. No entanto, assim que se revestiu de carne, como a palavra concebida no interior e pela voz se manifesta e conhece, também Jesus passou a ser conhecido. A palavra que é pronunciada é ouvida, mas não é vista, nem se pode tocar. No entanto, quando escrita numa folha, pode ser vista e tocada. Assim também, o Verbo de Deus, quando se encarnou, tornou-se visível. «Foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria» Com relação a este artigo do Credo, também muitos erros foram surgindo, por isso, no Símbolo de Niceia, foram acrescentados alguns esclarecimentos:
  • 2. • Orígenes (185-253) - afirmava que Cristo nasceu e veio a este mundo também para salvar o demónio. Segundo ele, pela remissão de Jesus, no fim do tempos, também os demónios haviam de ser salvos. - Vejamos o que nos diz São Mateus (Mt 25, 41) Por esta razão, foi acrescentado «para nós Homens, e para nossa Salvação» - não se diz pelos demónios. • Fotino (séc. IV) - afirmava, tal como vimos na semana passada, que Jesus, por ter sido bom e por ter feito a vontade de Deus é que merecia ser chamado de Filho de Deus. - Vejamos o que nos diz São João (Jo 6,38) É evidente que não teria descido do céu se não estivesse lá e, se fosse um simples homem, não podia ter estado no céu. Como tal, foi acrescentado «desceu dos Céus» • Manés (216-776) - esta corrente que durou alguns séculos afirmava que Cristo foi sempre Filho de Deus, que desceu do Céu, mas que não possuía verdadeira carne, que a carne de Jesus era "aparente". - Vejamos o que nos diz São Lucas (Lc 24,39) Como tal, foi acrescentado «e encarnou». • Ébionitas (até ao séc.V) - aceitavam que Jesus tinha nascido de Maria, mas de uma união carnal, de sémen humano. - Vejamos o que nos diz são Mateus (Mt 1,20) Para afastar esse erro foi acrescentado ao Credo a expressão «do Espírito Santo». • Valentino (136-160) - aceitava que Jesus tivesse sido concebido pelo Espírito Santo mas que Cristo trouxera um corpo celeste e o depositara na Bem-Aventurada Virgem Maria, como tal Ela "não tinha feito mais nada" a não ser, ser receptáculo. - Por esse motivo foi acrescentado «nasceu da Virgem Maria». • Ário e Apolinário (388) - afirmavam que Jesus nasceu da Virgem Maria mas que não possuia alma, estando em seu lugar a divindade. Várias vezes na escritura, Jesus fala que a Sua alma está perturbada.
  • 3. Ora, se um homem é constituido por corpo e alma, então também Jesus havia de ter alma, daí se ter acrescentados «fez-se homem». 2. Considerações finais Antes da vinda de Cristo, os patriarcas e profetas falaram algumas verdades a respeito de Deus. Os homens, porém não acreditaram nelas da mesma forma que acreditaram em Cristo, como tal, podemos dizer que a nossa Fé é confirmada pelas verdades transmitidas por Jesus Cristo. Jesus fez-se Homem por um motivo importante, não foi apenas "porque lhe apeteceu", mas sim para grande utilidade nossa. Assumiu um corpo, nasceu da Virgem Maria para nos entregar a Sua divindade, e fez-Se homem, para abrir ao homem um caminho para Deus. Para que a nossa caridade seja mais fervorosa, devemos saber que Deus, criador de todas as coisas, fez-se nosso irmão. O Filho de Deus fez-se filho de homem. A natureza e a criação foi de tal forma tornada nobre e exaltada pela união com Deus, ao formar-se uma pessoa divida, que devemos conservar a pureza da nossa alma. A meditação dos mistérios da Encarnação aumenta em nós o desejo de nos aproximar-mos de Cristo. Quando uma pessoa está longe de um irmão ou de alguém que gosta muito, quer permanecer junto dele. Ora, sendo Jesus nosso irmão, devemos estar com Ele e unidos a Ele.
  • 4. 3. Oração Sopra sobre mim, Espírito Santo, Para que eu pense em santidade. Empurra-me, Espírito Santo Para que eu aja em santidade. Seduz-me, Espírito Santo Para que eu ame em santidade. Fortalece-me, Espírito Santo Para que eu guarde a santidade. Guarda-me, Espírito Santo Para que eu nunca perca a santidade. Santo Agostinho