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Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação




                         «ESTA É A NOSSA FÉ,
   A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»

 *Creio em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra*



1. Dinâmica Inicial - Deus Pai e criador

Material: lápis e algumas frutas

Descrição:
1. Quando duas pessoas falam ao telemóvel, como é que se ouve a voz do
outro? São as ondas que estão no ar que levam a informação, tal como
acontece com o rádio ou a televisão.
Veêm as ondas no ar? Não, mas elas existem...
2. Esta sala está delimitada por quatro paredes. Quem as fez?
Apesar de não vermos aqui o pedreiro que construiu a igreja, sabemos que
ele existe.
3. Este lápis que tenho na minha mão existe, mas quem o fez? A pessoa que
o fez existe?
4. Distribuir uma ou duas peças de fruta. Deixar que encontrem as
diferenças de cheiro, de aspecto. Quem é que as criou? Foi Deus. Mas
vemos Deus? Não, mas sabemos que as frutas foram criadas por ele. Se as
frutas foram criadas por Deus, então Ele existe.

Conclusão: A parede é a obra, o efeito do trabalho do pedreiro. O pedreiro
é a causa da parede existir.
Não há efeito sem causa, e o mesmo ocorre com a Natureza e toda a
Criação. A Criação é o efeito, ou seja, uma obra de Deus e neste caso, Deus
é a causa da Criação existir, pois foi por sua vontade que tudo criou.
2. Formação

São Tomás de Aquino, diz-nos que de todas as verdades que os fiéis
devem acreditar, em primeiro lugar é que Deus existe.

Mas o que significa este nome? Que significa a palavra Deus?
Deus é Aquele que governa e cuida de todas as coisas.
Como tal, todo aquele que acredita em Deus, acredita que todas as coisas
deste mundo são por Ele governadas, e estão subordinadas à Sua
providência.

Quem pensa que as coisas se originaram por acaso não acredita na
existência de Deus. Vemos o sol, a lua, as estrelas e muitos outros
elementos da natureza a obedecerem a um determinado decurso, a uma
determinada regra. Isso não acontecia se viesse do acaso.

Há quem acredite que Deus governa as coisas naturais mas não acredita
que Deus atinge também os actos humanos.
     Isto porque veêm no mundo os bons sofrerem e os maus
     prosperarem e daí concluem que Deus não atinge os actos humanos.
     Mas por motivo justo e pela Sua providência, Deus dispõe as coisas
     necessárias para os homens quando aflige os bons e permite que
     alguns maus prosperem.

Porque dizemos que cremos num só Deus?
Porque a perfeição do governo nas coisas tem de vir de uma pessoa só.
Então porque é que os homens são levados ao politeísmo?
   • Fraqueza da inteligência humana (alguns povos pensaram que entre os
      seres corpóreos, os mais dignos e belos deveriam presidir e dirigir o mundo - sol,
      lua, estrelas).
   • Adulação dos Homens (muitos, desejando prestar homenagem aos reis e
      senhores, deram-lhes a honra de deuses)
   • A Malícia do Diabo (o diabo esforça-se o mais possível para que os homens o
      adorem e lhe prestem culto)


Muitas vezes o homem não manifesta por palavras que crê em muitos
deuses, mas pelos seus actos - o exemplo de quem acredita que os astros
podem modificar e reger a vida humana.
Os que praticam a feitiçaria e acreditam no demónio como se fosse Deus e
pedem ao diabo o que só se pode pedir a Deus, como é o caso das previsões
futuras. Tudo isso é falso! Devemos acreditar que há um só Deus.

«criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis»

Se alguém, indo a uma casa e desde a porta que fosse sentindo calor, e cada
vez que entrasse mais nessa casa percebesse que o calor era maior,
evidentemente que perceberia que ou havia fogo no interior da casa ou
uma grande fonte de calor.
      Acontece o mesmo connosco ao considerarmos as coisas deste
      mundo. Todas as coisas estão ordenadas conforme diversos graus de
      beleza e de nobreza: quanto mais próximas de Deus, mais nobres.

Devemos assim ter por certo que todas as coisas foram criadas por
Deus.

       Três erros que devem ser evitados:
              1. Dizer que as coisas visíveis foram criadas pelo diabo e que as
invisíveis foram criadas por Deus.

Se alguém entrasse na casa de um operário e aí encontrasse uma       ferramenta que o
ferisse, e por esse motivo, concluísse que o operário era mau seria tolo, porque o operário
só as usa para o trabalho.

                                                                          Santo Agostinho


Podem as ferramentas serem más para uns, mas o instrumento de trabalho
para outros.

2. Afirmar que o mundo é eterno - isso é porque não consideram nem
percebem que o mundo teve uma criação e terá um fim.

3. Afirmar que o mundo é feito de matéria pré-existente. Chega-se a esse
erro quando se quer medir o poder de Deus pelo nosso. Como o homem
não pode criar nada sem uma matéria pré-existente, assim também Deus,
para produzir a matéria, teve de usar algo que já existia.

Dizemos no Credo: «Criador do Céu e da Terra.»
Há uma grande diferença entre criar e fazer. Criar é tirar alguma coisa do
nada. Fazer é produzir uma coisa de outra coisa.



3. Considerações finais

Podemos tirar 5 conclusões práticas:

      Considerar a divina majestade - se o artista é superior às obras,
      porque é ele quem as cria, então Deus, sendo o criador de todas as
      coisas é superior a todas as coisas.

      Devemos dar graças a Deus - porque Deus é criador e todas as
      coisas que temos e tudo o que somos, vem de Deus.

      Suportar as adversidades com paciência - pois se todas as
      criaturas vêm de Deus, são boas por natureza, mesmo se em alguma
      coisa nos prejudicam ou nos fazem penar. As penas purificam-nos do
      pecado.

      Devemos usar bem das coisas criadas - as coisas devem ser
      utilizadas conforme as finalidades que lhes foram atribuídas por
      Deus. As coisas foram criadas para duas finalidades: a glória de Deus
      e a nossa utilidade.

      Porque fomos criados por Deus, devemos reconhecer a nossa
      dignidade - Deus fez todas as coisas para o homem. Lê-se na
      escritura, no Livro dos Salmos "todas as coisas submetestes a seus
      pés". O homem é a criatura que mais se assemelha a Deus, não pelo
      corpo, mas pela alma.
      Deus fez o homem para governar tudo o que há na terra, mas para
      que o Homem ficasse submetido a Ele.
             Devemos pois, dominar e governar o mundo, mas
      submetendo-nos a Deus e a Ele obedecendo e servindo.
4. Oração

Altíssimo, omnipotente, bom Senhor, a ti o louvor, a glória, a honra e toda a bênção.
A ti só, Altíssimo, se hão-de prestar
e nenhum homem é digno de te nomear.

Louvado sejas, ó meu Senhor, com todas as tuas criaturas,
especialmente o meu senhor irmão Sol,
o qual faz o dia e por ele nos alumias.
E ele é belo e radiante, com grande esplendor:
de ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem.

Louvado sejas, ó meu Senhor,
pela irmã Lua e as Estrelas: no céu as acendeste, claras, e preciosas e belas.

Louvado sejas, ó meu Senhor,
pelo irmão Vento e pelo Ar, e Nuvens, e Sereno,
e todo o tempo, por quem dás às tuas criaturas o sustento.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Água,
que é tão útil e humilde, e preciosa e casta.

Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Fogo,
pelo qual alumias a noite: e ele é belo, e jucundo, e robusto e forte.

Louvado sejas, ó meu Senhor,
pela nossa irmã a mãe Terra, que nos sustenta e governa,
e produz variados frutos, com flores coloridas, e verduras.

Louvado sejas, ó meu Senhor,
por aqueles que perdoam por teu amor e suportam enfermidades e tribulações.
Bem-aventurados aqueles que as suportam em paz,
pois por ti, Altíssimo, serão coroados.

Louvado sejas, ó meu Senhor,
por nossa irmã a Morte corporal,
à qual nenhum homem vivente pode escapar.
Ai daqueles que morrem em pecado mortal!
Bem-aventurados aqueles
que cumpriram a tua santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal.

Louvai e bendizei a meu Senhor,
e dai-lhe graças e servi-o com grande humildade.

                                              São Francisco de Assis - Cântico das Criaturas

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Deus Criador do Céu e da Terra

  • 1. Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação «ESTA É A NOSSA FÉ, A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR» *Creio em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra* 1. Dinâmica Inicial - Deus Pai e criador Material: lápis e algumas frutas Descrição: 1. Quando duas pessoas falam ao telemóvel, como é que se ouve a voz do outro? São as ondas que estão no ar que levam a informação, tal como acontece com o rádio ou a televisão. Veêm as ondas no ar? Não, mas elas existem... 2. Esta sala está delimitada por quatro paredes. Quem as fez? Apesar de não vermos aqui o pedreiro que construiu a igreja, sabemos que ele existe. 3. Este lápis que tenho na minha mão existe, mas quem o fez? A pessoa que o fez existe? 4. Distribuir uma ou duas peças de fruta. Deixar que encontrem as diferenças de cheiro, de aspecto. Quem é que as criou? Foi Deus. Mas vemos Deus? Não, mas sabemos que as frutas foram criadas por ele. Se as frutas foram criadas por Deus, então Ele existe. Conclusão: A parede é a obra, o efeito do trabalho do pedreiro. O pedreiro é a causa da parede existir. Não há efeito sem causa, e o mesmo ocorre com a Natureza e toda a Criação. A Criação é o efeito, ou seja, uma obra de Deus e neste caso, Deus é a causa da Criação existir, pois foi por sua vontade que tudo criou.
  • 2. 2. Formação São Tomás de Aquino, diz-nos que de todas as verdades que os fiéis devem acreditar, em primeiro lugar é que Deus existe. Mas o que significa este nome? Que significa a palavra Deus? Deus é Aquele que governa e cuida de todas as coisas. Como tal, todo aquele que acredita em Deus, acredita que todas as coisas deste mundo são por Ele governadas, e estão subordinadas à Sua providência. Quem pensa que as coisas se originaram por acaso não acredita na existência de Deus. Vemos o sol, a lua, as estrelas e muitos outros elementos da natureza a obedecerem a um determinado decurso, a uma determinada regra. Isso não acontecia se viesse do acaso. Há quem acredite que Deus governa as coisas naturais mas não acredita que Deus atinge também os actos humanos. Isto porque veêm no mundo os bons sofrerem e os maus prosperarem e daí concluem que Deus não atinge os actos humanos. Mas por motivo justo e pela Sua providência, Deus dispõe as coisas necessárias para os homens quando aflige os bons e permite que alguns maus prosperem. Porque dizemos que cremos num só Deus? Porque a perfeição do governo nas coisas tem de vir de uma pessoa só. Então porque é que os homens são levados ao politeísmo? • Fraqueza da inteligência humana (alguns povos pensaram que entre os seres corpóreos, os mais dignos e belos deveriam presidir e dirigir o mundo - sol, lua, estrelas). • Adulação dos Homens (muitos, desejando prestar homenagem aos reis e senhores, deram-lhes a honra de deuses) • A Malícia do Diabo (o diabo esforça-se o mais possível para que os homens o adorem e lhe prestem culto) Muitas vezes o homem não manifesta por palavras que crê em muitos deuses, mas pelos seus actos - o exemplo de quem acredita que os astros podem modificar e reger a vida humana.
  • 3. Os que praticam a feitiçaria e acreditam no demónio como se fosse Deus e pedem ao diabo o que só se pode pedir a Deus, como é o caso das previsões futuras. Tudo isso é falso! Devemos acreditar que há um só Deus. «criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis» Se alguém, indo a uma casa e desde a porta que fosse sentindo calor, e cada vez que entrasse mais nessa casa percebesse que o calor era maior, evidentemente que perceberia que ou havia fogo no interior da casa ou uma grande fonte de calor. Acontece o mesmo connosco ao considerarmos as coisas deste mundo. Todas as coisas estão ordenadas conforme diversos graus de beleza e de nobreza: quanto mais próximas de Deus, mais nobres. Devemos assim ter por certo que todas as coisas foram criadas por Deus. Três erros que devem ser evitados: 1. Dizer que as coisas visíveis foram criadas pelo diabo e que as invisíveis foram criadas por Deus. Se alguém entrasse na casa de um operário e aí encontrasse uma ferramenta que o ferisse, e por esse motivo, concluísse que o operário era mau seria tolo, porque o operário só as usa para o trabalho. Santo Agostinho Podem as ferramentas serem más para uns, mas o instrumento de trabalho para outros. 2. Afirmar que o mundo é eterno - isso é porque não consideram nem percebem que o mundo teve uma criação e terá um fim. 3. Afirmar que o mundo é feito de matéria pré-existente. Chega-se a esse erro quando se quer medir o poder de Deus pelo nosso. Como o homem não pode criar nada sem uma matéria pré-existente, assim também Deus, para produzir a matéria, teve de usar algo que já existia. Dizemos no Credo: «Criador do Céu e da Terra.»
  • 4. Há uma grande diferença entre criar e fazer. Criar é tirar alguma coisa do nada. Fazer é produzir uma coisa de outra coisa. 3. Considerações finais Podemos tirar 5 conclusões práticas: Considerar a divina majestade - se o artista é superior às obras, porque é ele quem as cria, então Deus, sendo o criador de todas as coisas é superior a todas as coisas. Devemos dar graças a Deus - porque Deus é criador e todas as coisas que temos e tudo o que somos, vem de Deus. Suportar as adversidades com paciência - pois se todas as criaturas vêm de Deus, são boas por natureza, mesmo se em alguma coisa nos prejudicam ou nos fazem penar. As penas purificam-nos do pecado. Devemos usar bem das coisas criadas - as coisas devem ser utilizadas conforme as finalidades que lhes foram atribuídas por Deus. As coisas foram criadas para duas finalidades: a glória de Deus e a nossa utilidade. Porque fomos criados por Deus, devemos reconhecer a nossa dignidade - Deus fez todas as coisas para o homem. Lê-se na escritura, no Livro dos Salmos "todas as coisas submetestes a seus pés". O homem é a criatura que mais se assemelha a Deus, não pelo corpo, mas pela alma. Deus fez o homem para governar tudo o que há na terra, mas para que o Homem ficasse submetido a Ele. Devemos pois, dominar e governar o mundo, mas submetendo-nos a Deus e a Ele obedecendo e servindo.
  • 5. 4. Oração Altíssimo, omnipotente, bom Senhor, a ti o louvor, a glória, a honra e toda a bênção. A ti só, Altíssimo, se hão-de prestar e nenhum homem é digno de te nomear. Louvado sejas, ó meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o meu senhor irmão Sol, o qual faz o dia e por ele nos alumias. E ele é belo e radiante, com grande esplendor: de ti, Altíssimo, nos dá ele a imagem. Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Lua e as Estrelas: no céu as acendeste, claras, e preciosas e belas. Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Vento e pelo Ar, e Nuvens, e Sereno, e todo o tempo, por quem dás às tuas criaturas o sustento. Louvado sejas, ó meu Senhor, pela irmã Água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta. Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão Fogo, pelo qual alumias a noite: e ele é belo, e jucundo, e robusto e forte. Louvado sejas, ó meu Senhor, pela nossa irmã a mãe Terra, que nos sustenta e governa, e produz variados frutos, com flores coloridas, e verduras. Louvado sejas, ó meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor e suportam enfermidades e tribulações. Bem-aventurados aqueles que as suportam em paz, pois por ti, Altíssimo, serão coroados. Louvado sejas, ó meu Senhor, por nossa irmã a Morte corporal, à qual nenhum homem vivente pode escapar. Ai daqueles que morrem em pecado mortal! Bem-aventurados aqueles que cumpriram a tua santíssima vontade, porque a segunda morte não lhes fará mal. Louvai e bendizei a meu Senhor, e dai-lhe graças e servi-o com grande humildade. São Francisco de Assis - Cântico das Criaturas