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História e Ensino Criativo




Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso
de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico
numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno
dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (2)
realizada entre dia 22 e 29 de Janeiro de 2011.

1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de
duas frases (duas linhas) e;
2. Cada formando deve, no máximo de um parágrafo (3 a 5 linhas), partilhar a seguinte
informação:

a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a
realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho
realizado durante a formação ou outro);
b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e
Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico .

No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último)
para identificação.

                                                             Obrigado e bom trabalho!




                              Documento de Trabalho
No contexto actual no ensino a criatividade revela-se necessária e urgente. É uma boa
via para promover no aluno o acto de pensar, de pensar criticamente, constituindo-se
contra corrente, por exemplo, ao ato passivo das horas passadas em frente à televisão.
É ainda urgente porque libertadora do “eu” do aluno e do professor espartilhados há
muito pelos tradicionais modelos de ensino. A criatividade deve ser usada em sala de
aula tanto pelos professores como pelos alunos pois existem duas partes interessadas
no processo de ensino-aprendizagem: o aluno e o professor: para que a satisfação seja
mútua, nada melhor que a diversificação, a experimentação e a inovação. E
criatividade é isto. A criatividade posta ao serviço da educação e da formação de
crianças ,jovens e até adultos, prova que o conhecimento adquirido se vai
paulatinamente construíndo e deste modo consolidando, o que por vezes se torna mais
difícil ( ou mesmo) impossível quando aquilo que se faz com os alunos se resume a um
despejar de informação remetendo para estes a aquesição dos conhecimentos que
mais tarde irão ser testados. Assim não podemos desejar nem sonhar com o «
sucesso» tão desejado na nossa disciplina e claro que o conhecimento dos garotos é
éfemero, compete-nos a nós como veiculos transmissores de conhecimentos ajuda-los
a tornarem-se seres pensantes ,com metodologias criativas e com desafios, os nossos
alunos caminham na direcção de um conhecimento sólido.




Na minha actividade como docente de História e Geografia procuro em primeiro lugar
captar o interesse dos alunos para os assuntos que vão ser estudados e e dentro das
condicionantes da faixa etária a que pertencem, levá-los a construir o pensamento
histórico. A partilha de ideias com outros colegas, a formação na área da didáctica e o
empenho no desenvolvimento do gosto pela disciplina obrigam a pensar em novos
processos tendo sempre em vista o envolvimento dos alunos na construção do
conhecimento .


Uma vez que o Programa de História e Geografia de Portugal não muda, cabe ao
docente enveredar por uma abordagem diferente, criativa e adequada aos seus alunos.
Neste sentido, o professor não deve deixar de tentar, e mesmo ousar, pôr em prática
soluções diferentes para problemas que são iguais e que se repetem frequentemente.
Desta forma, tentamos preparar os alunos para serem cidadãos num futuro que não
conhecemos, mas cujas ferramentas lhes transmitimos. No fundo, as aulas de História
e Geografia de Portugal devem despertar a criatividade nos alunos, pois assim eles
estarão preparados para transformar o seu futuro e a sua realidade.
Devemos privilegiar aulas que estimulem a imaginação e o pensamento crítico, a
autonomia e a criatividade e que incentivem uma abertura ao mundo dos outros e às
mudanças do quotidiano permitindo aos alunos um protagonismo esclarecido. O
professor deve ter a pretensão de que os alunos se sintam confiantes nas suas
possibilidades, no valor dos seus contributos para a melhoria da sociedade e, que se
assumam perante o mundo de forma crítica e responsável.


A partir da perspectiva contextualizada do presente poderemos - e sempre - construir
uma “nova” visão do passado, através do ângulo de interesses e vivências dos nossos
alunos, (criando-os e recriando-os: projectando-os no passado e com eles questionar o
futuro), de forma criativa.

A criatividade revela-se essencial para o processo de criação de algo novo. Esse
processo nem sempre é fácil e contínuo, pois envolve a testagem de vários factores.
Envolve, por vezes, o abandono ou alteração da ideia inicial. O produto final pode ser
bem diferente do que se tinha previsto inicialmente, mas julgo que é esse o grande
desafio do ensino actual: partir de algo (conteúdos programáticos / conhecimento), não
ter receio de ousar e de criar algo que seja original (imaginação / originalidade) e que
nos surpreenda enquanto actores (quer professores, quer alunos, quer a própria
comunidade educativa) de uma História que se faz com recurso ao passado, presente
e futuro. Este processo criativo faz-me lembrar uma frase de Cícero “nihil est simul
inuentum et perfectum” (nada é, simultaneamente, criado e perfeito). É portanto,
necessário um longo caminho desde a fase inicial até ao produto final.

Ser professor de HGP é cada vez mais ser capaz de renovar estratégias e métodos de
ensino, para fazer frente a uma sociedade onde os conhecimentos se renovam minuto
a minuto, devido aos progressos científicos e tecnológicos.Cabe a nós professores ser
capaz de descobrir o aluno que temos e descobrir como levá-lo à descoberta de si
mesmo e das suas capacidades de criar evitando que ele caia na estagnação .Mas
será que a “escola” que temos encoraja a nossa criatividade?
Cabe-nos a nós professores, actores no sistema, abrir espaço, na nossa actividade
lectiva, ao espírito crítico e à criatividade potenciando nos alunos capacidades de visão
estratégica e de conceptualização de soluções face aos problemas impostos por um
mundo em permanente e acelerada mudança nos mais diversos domínios.
Se permitir a “fossilização” da capacidade criativa dos meus alunos, bloqueando-lhes
horizontes do imaginário simbólico, barrando-lhes a capacidade de serem sujeitos
cognoscentes, despertos para o caminho do bem comum na acção e nos valores,
então, não serei eu!

O professor deve ter a sensibilidade para despertar ou descobrir em cada aluno as
potencialidades que este encerra de modo a que o ensino da História faça sentido e a
criatividade é a ferramenta que o professor e o aluno têm disponível para construir
conhecimento significativo.
Um desafio: dar espaço à criatividade nas nossas aulas, nos temas que abordamos,
no saber que “construímos”. Através das Novas Tecnologias, um recurso, permitir que
a criatividade flua, as aulas não tenham um registo “cinzento” e os alunos participem,
criem, pesquisem, vivenciem os momentos da História e, no final, alguém diga: a aula
já acabou?

Imaginação e criatividade para todos. Liberdade de pensar, sentir, reflectir e agir. Nas
aulas, na escola e na sociedade. É tão bom sentirmos que os nossos alunos possam
através das TIC irem mais longe, voar mais alto, reflectirem sobre o passado para
construirem o futuro. E se por acaso eles se perderem nesse caminho da imaginação,
podemos sempre com um discurso lógico, chamá-los à terra, porque mesmo a
criatividade tem o seu tempo.

       É nesta contagem que encontramos o tempo. O tempo da disciplina de HGP:
tempo da História e tempo da aula, essencial para que façamos toda a diferença.
Tempo que, muitas vezes, não temos ou aquele que está do nosso lado para podermos
dar resposta aos nossos alunos, com actividades criativas, transformando as ideias,
que surgem no seu estado original, em aprendizagens concretas e relevantes.
Entretanto, nesse tempo, o de há milhares de anos e o da actualidade, o que está entre
o verão e o outro verão, entre o primeiro e o último toque, entre a imaginação e o
produto final, há um Mundo que o professor deve explorar com toda a ousadia.

      É nesta “exploração do mundo” com toda a ousadia que reside a acção
imprescindível do professor. A envolvência que deve gerar à sua volta, partilhando
saberes de um modo original, criativo, imaginativo e desafiador, sempre com o
objectivo de fazer conhecer a História, de modo a levar os alunos a conhecerem o
passado, compreenderem o presente e quiçá,o futuro. O professor nunca deve ter
receio do produto final que conseguiu com os seus alunos, pois foi fruto dessa sua
ousadia neste processo de ensino/aprendizagem, que se tornou concreto e relevante.

      Ter medo é bom. O temor põe-nos a pensar e pensando, criamos. A criatividade
não é por isso mais do que a capacidade de pegar em algo “familiar” aos docentes e
discentes e recrear em função das ferramentas disponíveis.

       E, no entanto, criar é fazer nascer algo novo e inédito. Partindo de existências
ou mesmo inovando desde o princípio, o ensino criativo conduz o aluno ao
conhecimento através um caminho novo, coloca questões que não surgiriam de outra
forma, oferece experiências que de outra forma não seriam possíveis.
Mas, experimentar e tentar é cada vez mais importante. Transmitir o
conhecimento através da criatividade não só motiva, como também promove
conhecimento.No entanto, esse conhecimento tem de ser repensado pelo docente para
transformar as práticas de sala de aula.Nada melhor que levar a conhecer a História de
forma criativa, num mosaico onde todas as cores estejam presentes e no qual
possamos mexer, sem medo, para ensinar e aprender.

        Motivar...o que é motivar, senão despertar os sentidos mais profundos do ser
humano, quiçá algures escondidos...e que necessitam de apenas um clic para
surgir...do nada! É este universo fascinante, desconhecido, esta curiosidade que nos
leva ao conhecimento, logo à criatividade.

    Motivar, no sentido de determinar a motivação de, estimular e impulsionar, tarefa
não menos criativa, fazendo despertar o gosto pelo representativo, girando esse
fantástico caleidoscópio que cada um pode criar, consolidando-o através de o explicar.

E se arranjássemos uma casa para todos nós partilharmos ideias e trabalhos? Casa
da História Criativa?! Uma espécie de Clube de Poetas Vivos, numa visão de partilha
de ideias e produtos da História Criativa.

Vejo esta “Casa” como um poderoso aliado colocando a criatividade ao serviço do
desenvolvimento da competência “ Comunicação em História”, um dos “ calcanhares
de Aquiles dos nossos alunos!
Como eu gostaria de pertencer a esta nova Casa!

Despertar a curiosidade para conseguirmos chegar à criatividade. A criatividade é algo
de que todos precisamos até para encontrar caminhos ao longo da vida, vamos
detectando os obstáculos e assim os vamos ultrapassando, nas nossas aulas fazemos
o mesmo só que os obstáculos transformam-se em oportunidades de aprendizagem.

A criatividade é uma mistura, sem receita exacta, da curiosidade, das ideias, do
interesse, da imaginação, do conhecimento, dos recursos e das técnicas. Quando
precedemos à referida mistura surge “um mundo novo”.

Como Sócrates afirmava ser a Maiêutica, arte da pesquisa em comum, o professor
deve centrar a sua actividade no estímulo e despertar o interesse pela pesquisa, sendo
o aluno construtor das suas aprendizagens.

Simplicidade. É a palavra que me ocorre quando penso em criatividade. As
melhores criações são, muitas vezes, as mais simples. E quantas vezes nem
precisamos de recorrer ao que é absolutamente novidade. A partir de velhos e
tradicionais «ingredientes» podemos confecionar um prato absolutamente
inovador. É só deixar de lado velhas e rígidas estruturas de pensamento.

O processo criativo apresenta uma solução para um problema. A criatividade é
importante, mas o nosso objectivo é o conhecimento. O processo criativo implica
regras. É importante que o professor antes de ensinar saiba fazer. A maior parte
das vezes limitamo-nos a adaptar a criação de outro. O resultado do processo
criativo tem de ser algo novo no contexto em que se aplica e pode ou não
requerer imaginação. Grandes imaginadores foram Julio Verne ou Lewis Carrol.
Precisamos de imaginação como água no deserto aquando do processo criativo.
Os alunos terão fases em que serão imaginativos e outras serão criativos. O
processo de aprendizagem requer uma base de trabalho que tem a ver com o
conhecimento. É preciso darmos a base do conhecimento para depois os alunos
serem criativos. Os nossos alunos nasceram na época da tecnologia e usam-na
como nós usámos os lápis de cor para criar. Os alunos têm de saber partilhar
ideias em grupo e não só expôr individualmente as ideias.Mais interessante
ainda é partilhar os mesmos valores para a realização de um projecto. A gestão
do projecto implica que não nos sintamos sós no projecto escolar. Cerca de 90%
dos projectos de sala de aula são esquecidos, não têm continuidade ou afixados
publicamente no placard da sala. Em Outubro do ano passado, a minha escola
comemorou o centenário da República. Todos os departamentos colaboraram
no projecto: aula de motivação, hastear da bandeira da República/coreografia
(Monarquia vs República)/plantação da árvore do centenário/exposição dos
Presidentes da República, e toda a comunidade escolar esteve presente.


A criatividade revela-se essencial diria mesmo, imprescindível para motivar os
alunos para o Ensino/Aprendizagem. O professor tem que conseguir que a sua
Turma o escute...Ao longo dos meus vinte e quatro anos de experiência
pedagógica, constato que cada vez é mais difícil consegui-lo... Assim sendo, é
um desafio aliciante(pelo menos para mim) arranjar sempre novas maneiras,
novos processos, de apresentar os conteúdos de História e Geografia de
Portugal.
Esta ação deu-me ideias excelentes e exequíveis que irei por em prática quando
os temas forem abordados.
A criatividade pode e deve ser estimulada, para isso, poder-se-ia formar nas
escolas, um Atelier das Ideias, onde alunos e professores de diferentes idades
tivessem a liberdade de partilhar ideias e experiências. As aulas e as escolas
ficariam ainda mais coloridas!


        História e ensino criativo!? Como ensinar o passado de forma criativa? Com
criatividade. Imaginação. No processo criativo, o professor terá de pensar na ideia,
simples, sempre simples e no(s) outro(s), nos seus alunos, naquele(s) para quem o
conhecimento final que pretende transmitir se transforme na sua cana de pesca, em
ferramenta para a vida. Ao longo do seu processo criativo, o professor terá de ser
capaz de ir adequando as estratégias a utilizar e ser capaz de avaliar, com a distância
possível, o sucesso ou insucesso do seu ensino criativo. Necessária muita reflexão por
parte do professor! Difícil, mas apaixonante tarefa!

        As novas tecnologias ocupam, cada vez mais, um espaço relevante no processo
de ensino-aprendizagem. A diversidade de meios e a variedade de recursos
educativos, que utilizam as novas ferramentas de informação e comunicação,
constituem um valor acrescentado nos domínios da motivação e da compreensão
histórica.


                                   Textos Individuais


Criatividade dá trabalho, imaginar nem por isso, contudo o desafio lançado será uma
oportunidade para acordar consciências..... e provar que estamos receptivos a desafios.
Os nossos alunos precisam cada vez mais desse estimulo.


A criatividade é o motor da história das civilizações. Ela não parte do nada, mas apresenta
sempre algo de novo. Desde a invenção da roda até ao aparecimento do primeiro automóvel,
vão séculos de diferença, mas o processo criativo está lá: problema inicial, planeamento,
construção, produto final, divulgação, aceitação geral.


A História é por demais viva para que possa ser transmitida apenas pelos manuais da escola.
O aluno deve ser ensinado a aguçar a curiosidade, a dar nexo às tramas que lhe são
apresentadas, a questionar os acontecimentos e experimentar “vesti-los na sua pele”, o aluno
deve ser estimulado a criar a História, ainda que ela já esteja criada. E quem o guia, o seu
mestre, não deve nunca esquecer que foi essa inquietação que sempre o cativou para a
História. O professor de História deve ser criativo em sala de aula e deve desafiar os seus
alunos a sê-lo também, deve diversificar as estratégias de ensino e usar os mais variados
suportes na transmissão de conhecimentos, desde o quadro de giz às novas tecnologias e
estimular os seus alunos a usá-los também. A criatividade em sala de aula e o uso das novas
tecnologias são poderosos aliados do Professor no ensino da disciplina de HGP.
Durante o Curso de Formação “História e Ensino Criativo” recebemos o desafio de preparar
uma aula só com post-its. O trabalho desenvolvido em pequeno grupo levou à produção de
uma actividade de consolidação de matéria de 6º ano “As Invasões Francesas”. A
apresentação ao grupo de formandos correu muito bem e penso que foi bem acolhida.
Observei também com muito interesse os trabalhos apresentados pelos restantes grupos. Do
trabalho produzido nesta formação surgiram muitas ideias a ser aplicadas em contexto de sala
de aula. Deste trabalho fizemos depois um relatório conjunto. que passo a apresentar:
Colocado o desafio de, com um conjunto de post-its, e apenas estes, “criar” uma aula, pusemos
mãos à obra com entusiasmo e expectativa! A proposta despertou em nós grande curiosidade,
pois nunca ninguém tinha considerado planear uma aula única e exclusivamente com esta
ferramenta que, à primeira vista, só seria usada como lembrete.

Começámos por trabalhar uma ideia que rapidamente foi abandonada por não se revelar KISS
(keep idea simple and short).
Passámos, seguidamente, à análise de outra ideia, assim concretizada:
Conteúdo seleccionado: as Invasões Francesas (6º ano).
Objectivo: Consolidar aprendizagens, desenvolvendo as competências específicas de
comunicação dramatizada do conhecimento histórico e da compreensão contextualizada.
Tempo: aula de 45 minutos.
Recursos: post-its contendo os nomes dos generais, a ordem de cada acontecimento, as
respectivas datas (anos), os itinerários, os nomes das batalhas e de monumentos evocativos.
Descrição da Actividade:
O professor selecciona, entre os alunos voluntários, os três “generais” das Invasões, dando a
escolher os post-its respectivos e solicita-lhes a escolha do post-it relativo à correspondente
invasão. Estes alunos colocam-se de frente para a turma e colam sobre si os dois post-its.
O professor distribui o restante material pelos restantes alunos.
Cada aluno desloca-se da sua carteira e cola no respectivo “general” o seu post-it.
Os generais trocam, entre si, os eventuais post-its intrusos e iniciam o reconto dramatizado da
sua invasão baseado nos post-its, podendo acrescentar outras informações sobre o facto.
No final da actividade, o professor e os alunos procedem à auto e hetero-avaliação oral.
Nota: Uma vez que os três alunos «vestiram a pele de…», será natural e desejável a
ocorrência de situações imaginativas e recreativas, com humor e de questões para que todos
alunos participem activamente.


No contexto actual do ensino a criatividade revela-se absolutamente necessária. Durante
muitos anos o ensino preocupou-se em transmitir os conhecimentos que seriam assimilados
passivamente pelos alunos, que depois deveriam repeti-los nos momentos de avaliação. Este
tipo de ensino expositivo, tradicional está hoje em dia ultrapassado. Mas continua a ser
massivamente utilizado nas nossas escolas. Substituímos o quadro de giz, os acetatos e até o
texto do manual (quem não se lembra das aulas passadas a ler os textos do manual, a copiar
os apontamentos do quadro ou de acetatos...) pelo típico power-point expositivo, que os alunos
se limitam a ler, a copiar... Isto é criatividade no ensino? Não. Nem para o professor, e muito
menos para os alunos. É preciso que os professores recorram à criatividade - criatividade essa
que deve estar presente não só no método de ensinar, nos recursos utilizados, como também,
sobretudo, na aprendizagem dos alunos. As crianças são extremamente criativas e a escola
tende a castrar essa criatividade. Passados mais de trinta anos do 25 de Abril, urge reformar os
métodos de ensino que formatam os cidadãos, tornando-os seres passivos e alienados. Se
queremos formar cidadãos activos, empreendedores e conscientes, temos de promover um
ensino criativo, fornecendo as ferramentas básicas (onde não podem estar ausentes os
conhecimentos) para os alunos desenvolverem o seu espírito crítico.
Durante a formação fomos desafiados a conceber uma aula apenas com o recurso aos post-its.
A nossa ideia foi utilizar os post-its para os alunos associarem datas, locais, acontecimentos
relativos a cada invasão francesa. A partir desta ideia-base elaboramos uma actividade de
consolidação da matéria dada, que passo a descrever: três alunos da turma seriam convidados
a vir para a frente e escolher um general (Junot, Soult ou Massena); seriam convidados a
associar essa personalidade à respectiva invasão (1ª, 2ª ou 3ª). Posteriormente seria
distribuído por cada aluno um post-it com datas (1807, 1809, 1810), locais (Castelo Branco,
Lisboa, Porto, …), acontecimentos (batalha do Buçaco, batalha do Vimeiro, desastre da ponte
das barcas...) e seriam convidados a colar nos colegas, associando a cada general. No fim da
actividade, e corrigidos os erros, os três colegas elaborariam o relato da sua invasão.


  Na verdade as aulas onde os alunos são chamados a intervir de uma forma mais criativa,
permite que eles construam o saber de uma forma mais consistente, umas das minhas
experiências mais recentes esteve relacionada com a construção da Rosa - dos Ventos, levei
CD, antigos e sugeri que na aula seguinte cada um trouxesse os materiais que tivessem lá por
casa , o resultado foi surpreendente, desde palitos, lã, esparguete,cartão etc..... construíram-
se, ficaram giras, e todos eles sabem os pontos cardeais e colaterais sem dificuldade.
Aproveito para salientar que este tipo de actividades em certas turmas provocam grande
desgaste no professor .
O meu grupo no entanto vai registar aqui a actividade desenvolvida nesta Acção que hoje
terminou, e que foi fantástica pois a partilha de ideias e experiências é ,foi e será sempre uma
mais valia, e foi muito bem orientada.
Aproveito para expressar a minha opinião quanto ao uso das Novas Tecnologias, não podemos
correr o risco de banalizar o seu uso, se por um lado elas são uma importante ferramenta para
o aluno e lhe permitem de uma forma rápida, simples e cómoda´aceder ao saber, sem dúvida
que lhe corta a capacidade de criar e sem criatividade o conhecimento torna-se monótono .

Criatividade, algo muito complexo, pensava eu,só ao alcance de alguns eleitos, os Criativos.
Nesta Acção,aprendi que também eu posso ser criativa, afinal é simples, basta parar, pensar
,inovar, planear e concretizar.
Cabe ao professor lançar as sementes que despertem a curiosidade dos alunos, depois as
ideias germinam, florescem e dão frutos.Na escola actual o uso das Novas Tecnologias é
importante, mas mais importante é levar o aluno a pensar, a construir a sua própria
aprendizagem, a ser curioso e por consequência Criativo.
 Durante a formação o grupo decidiu, recorrendo ao uso de post-its ,planificar uma actividade
para todos os alunos do segundo ciclo, para a comemorar o 25 de Abril. Pretendia-se que os
alunos associassem palavras ligadas à Ditadura e à Democracia e assim consolidassem os
conhecimentos previamente adquiridos.

A ideia que passo a descrever, surgiu em contexto de grupo, durante a Ação de Formação e
destina-se à planificação de uma Atividade no âmbito da comemoração do 25 de abril, usando
como material post’its. Estes serão destribuídos pela turma que registará um palavra associada
ao Estado Novo(Ditadura) ou à Democracia. De seguida é pedido a cada um dos alunos que se
dirija até ao cenário onde se encontra uma rede ,estratégicamente colocada e enrolada que
procura dar a noção de Temporalidade e onde se encontra um grande cravo vermelho, como
que a estabelecer o Antes e o Depois deste Acontecimento histórico. Uma vez que se trata de
uma Atividade de consolidação de conhecimentos, o professor, durante o processo da
colocação dos post-its verificará se estes estão a ser colocados nos locais correspondentes,
caso aja alguns que se encontrem mal colocados o professor interpelará a turma no sentido de
corrigir o que está errado, pois o que é fundamental neste processo é que os alunos tenham
aprendido.
No que diz respeito à utilização das novas tecnologias e à criatividade na sala de aula sou de
opinião de que são importantes, enquanto processo, como meio para atingir o meu/nosso
objetivo que é o de Ensinar, desenvolver nos alunos competências. Rejeito em absoluto o
ensino/aprendizagem passivo, do ”magister dixit” sou a favor de levar os alunos a construírem
a sua aprendizagem a torná-los proativos e neste sentido ser criativo e usar as novas
tecnologias é fundamental.

       A diversidade de contextos e de necessidades educativas exigem um permanente
esforço do professor para desenvolver diferentes metodologias de ensino. Hoje é quase um
lugar-comum dizer que a educação escolar não se pode restringir à mera transmissão de
conhecimentos específicos das disciplinas. A formação orientada para o desenvolvimento de
competências deve constituir o guião estruturador da ação educativa e criativa.
       A criatividade pode ser uma grande aliada para promover essa nova construção do
saber, onde a aprendizagem se centre na pessoa em formação e não na pessoa do formador.
No contexto atual de escola/aprendizagem, o professor deve privilegiar a participação dos
alunos na construção das suas aprendizagens, no balanço das mesmas e na definição dos
caminhos para as melhorar e ampliar.




        Colocado o desafio de, com um conjunto de post-its, e apenas estes, “criar” uma aula,
pusemos mãos à obra com entusiasmo e expectativa! A proposta despertou em nós grande
curiosidade, pois nunca ninguém tinha considerado planear uma aula única e exclusivamente
com esta ferramenta que, à primeira vista, só seria usada como lembrete.
Começámos por trabalhar uma ideia que rapidamente foi abandonada por não se
   revelar KISS (keep idea simple and short).
          Passámos, seguidamente, à análise de outra ideia, assim concretizada:

       ●   Conteúdo seleccionado: as Invasões Francesas (6º ano).
       ●   Objectivo: Consolidar aprendizagens, desenvolvendo as competências específicas de
           comunicação dramatizada do conhecimento histórico e da compreensão histórica.
       ●   Tempo: aula de 45 minutos.
       ●   Recursos: post-its contendo os nomes dos generais, a ordem de cada acontecimento,
           as respectivas datas (anos), os itinerários, os nomes das batalhas e de monumentos
           evocativos.

           Descrição da Actividade:

§ O professor selecciona, entre os alunos voluntários, os três “generais” das Invasões, dando a
   escolher os post-its respectivos e solicita-lhes a escolha do post-it relativo à correspondente
   invasão. Estes alunos colocam-se de frente para a turma e colam sobre si os dois post-its.
§ O professor distribui o restante material pelos outros alunos.
§ Cada aluno vem colar no respectivo “general” o seu post-it.
§ Os generais trocam, entre si, os eventuais post-its intrusos e iniciam o reconto dramatizado da
   sua invasão baseada nos post-its, podendo acrescentar outras informações sobre o facto.

       No final da actividade, o professor e os alunos procedem à auto e hetero-avaliação oral.

       Nota: Uma vez que os três alunos «vestiram a pele de…», será natural e desejável a
   ocorrência de situações imaginativas e recreativas, com humor e de questões para que todos
   alunos participem activamente.

       A presença da História no currículo do Ensino Básico encontra a sua justificação maior no
   sentido que é através dela que o aluno constrói um visão global e organizada de uma
   sociedade complexa, plural e em permanente mudança. As metodologias experienciadas pelos
   alunos irão contribuir para a sua formação enquanto cidadãos mais ou menos activos. Nesta
   sociedade do conhecimento é essencial desenvolver nos jovens a capacidade de aceder,
   seleccionar, organizar e usar a informação para chegarem ao conhecimento, o que implica
   valorizar, no domínio educativo as “ferramentas digitais”. Porém, estas ferramentas, por si só,
   pouco valor têm se não forem convenientemente usadas. De facto, a sociedade do
   conhecimento é, por inerência, uma sociedade do pensamento e de interpretação. Nesta
   perspectiva é imperioso, mais do que nunca, apostar numa mudança das práticas pedagógicas,
   levando os alunos à identificação e resolução de problemas e ao pensamento crítico, na
   construção da sua formação global enquanto cidadãos interventivos na sociedade.( Filomena
   Sousa)

      A contribuição do meu grupo incidia sobre a comemoração do 25 de Abril. A partir de uma
   motivação, um trabalho em powerpoint realizado por alunos do ano lectivo anterior, criou-se
uma dinamização na biblioteca. Foram criados materiais, uma rede de arame enrolada,
simbolizando o tempo da ditadura e o surgimento da democracia, formando uma díade em que
os alunos faziam a comparação entre os dois tempos, utilizando os post-its com conceitos
essenciais. No final fazia-se o “Jogo da Forca”, identificando as palavras intrusas.
   As TIC devem ser equacionadas no ensino da História como uma ferramenta poderosa de
motivação e organização dos conhecimentos. Mas o cerne de todas as actividades deve ser
sempre a aprendizagem, a aquisição de conhecimentos, de forma estruturada e consistente,
assegurando a prossecução dos estudos.




      Apresentação do trabalho “ Queda da Monarquia/ Implantação da República”

A escolha deste tema deveu-se ao facto de dentro do grupo de trabalho termos colegas que
leccionam os 2º e 3º ciclos e o conteúdo ser comum a ambos. A ideia subjacente ao trabalho
foi “UMA IMAGEM VALE POR MIL PALAVRAS”. Deste modo seleccionamos imagens e,            Se
não criamos nada de novo, mas usarmos de maneira diferente, o que já está criado,
será originalidade?
          De igual forma, as palavras intrusas iriam ter um tratamento de analise em
grupos Atendendo ao conceito de criatividade que defende o uso de actividades pré-
existentes de forma renovada, podemos considerar que é uma forma de criatividade.
    Assim sendo.devemos estimular nos nossos alunos este «acto de criar», fornecendo
o que existe e provocando uma nova atitude.
    Após alguma reflexão, penso que reformulava o powerpoint tornando-o mais directo
e sugestivo levando os alunos de 2º ciclo a retirarem as palavras chave mais
diferenciadas.
para serem transformadas em correctas.usando novamente post-its restantes.
        O uso de TIC na História e´uma ferramenta interessante na aquisição de
conhecimentos,porém deve servir como forma de adquirir competências, sem nunca
esquecer o verdadeiro conhecimento.Penso que não deve ser utilizada diariamente e
sem critério,mas sim como um meio poderoso ao serviço do professor/aluno . Devem
ser usadas com intencionalidade e em determinados momentos para terem sucesso
-nem sempre, nem nunca.

        A partir dos conhecimentos prévios dos alunos, a actividade desenvolvia-se com a
selecção das imagens correctas para um postit previamente legendado. A avaliação da
actividade foi feita pelo preenchimento de um crucigrama que continha palavras/chave e a
partir do vocábulo REGICÍDIO.

       O professor de História deve procurar elaborar os seus materiais e utilizar métodos de
trabalho que conduzam a propostas criativas de ensino. Desse modo, poderá tornar a tarefa de
educar em algo que lhe dê prazer bem como aos seus alunos e assim ser capaz de modificar a
forma de olhar o ensino da história.


       O professor deve ser experimentador e criador do saber e direccionar o seu trabalho
para o exercício da imaginação, da criatividade e da fantasia dos alunos na tentativa de
solucionar problemas ou situações.


Criatividade - Novas Tecnologias - Ensino da História e Geografia de Portugal: Estas
tecnologias em si contém um enorme potencial, capaz de impressionar ao permitirem ver os
diversos vestígios do passado em diferentes locais do país e do mundo, ao proporcionar a
visualização do passado em ação (filmes), ao facultar o acesso a fontes de informação.
Aproveitar essas tecnologias criativamente requer algum domínio das mesmas por parte do
professor. A aptência na sua utilização, por parte dos alunos nascidos na era digital, poderá
surpreender o professor.


As novas tecnologias podem funcionar, e apenas, como mais um instrumento - a forma para a
veiculação da aprendizagem e do conhecimento no recurso à criatividade digital. Na procura
de ir ao encontro dos nossos alunos - no actual contexto em que a utilização das novas
tecnologias se encontra cada vez mais generalizada e enraizada através de uma consciência e
identidade colectivas das novas gerações - como a forma “mais apetecível” de acesso e
manuseamento da informação e do conhecimento.


As tecnologias de informação são importantes, mas temos que saber enquadrá-las, uma vez
que elas são um meio e não um fim! O professor torna-se agora no estimulador da curiosidade
do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por procurar informações pertinentes. Assim,
enquanto professores devemos reflectir nas seguintes questões: Como gerir a informação?
Como usar este meio? Qual a sua credibilidade?
As potencialidades do multimédia tornam-no um recurso muito importante, mas temos de ter
presente que ensinar é sobretudo gerir informação e transformar informação em conhecimento.
As novas tecnologias em articulação com uma boa proposta pedagógica facilitam a construção
do conhecimento e, a par da fala humana, do livro, do giz ou do quadro poderão contribuir para
o desenvolvimento da criatividade.

Proposta de Actividade Criativa:
Trabalho desenvolvido pelo Grupo 1: Anabela, Ângela, Teresa, Filomena, Elisabete e Cristina.
A ideia patente neste processo criativo consistiu em levar os alunos a procederem à
interiorização/apreensão do esquema da sociedade portuguesa do século XIII, através da
associação de imagens, conceitos e identificação das funções de cada grupo social.
Esta ideia foi concretizada através da actividade “Prova que sabes...” - com o recurso a post-it’s
onde o aluno encontra imagens, conceitos e discriminação de funções, que deverá agrupar por
classe social, construíndo assim a pirâmide social do século XIII.
As Novas Tecnologias são o presente, serão certamente o futuro, mas aplicadas na História
desvendam o Passado.


Para além desta actividade considero que a visita à exposição : “Às artes cidadãos”, no Museu
de Serralves, abriu novas perspectivas de abordar acontecimentos / temas em História. Levar
os alunos a visitar esta exposição, que aborda conceitos como globalização, democracia,
activismo, ideologia, memória, exílio, revolução, iconoclastia e comunidade, numa viagem
desde a Antiguidade Clássica até à destruição das Torres Gémeas.
A própria forma de apresentação criativa das obras ( convidando à participação activa do
visitante na própria construção ) fez-me reflectir sobre as várias maneiras de tornar um público
passivo num público activo, mesmo sem recurso às novas tecnologias.
Isto leva - me a valorizar a criatividade como o factor mais importante para tornar situações
banais em situações excepcionais - como pude observar em alguns vídeos do blog ( os
degraus do metro transformados em piano; o letreiro do invisual …).
Assim também numa aula também deve a criatividade ser o factor mais usado para cativar os
alunos , com ou sem recurso às novas tecnologias. esse é um recurso que , como foi mostrado
numa das sessões da formação , ainda está por explorar ( o computador / internet , o uso do
telemóvel para escrever, para fotografar, para gravar aulas, etc ).
esse será um dos desafios criativos que terei daqui para a frente.


       Todas as actividades realizadas e apresentadas foram muito interessantes e
sugestivas: Da viagem “Às artes!, cidadãos.” por Serralves, irei, na turma de 5.º ano, usar o
globo no subtema “A expansão marítima portuguesa”; e, proximamente, utilizarei os post-it’s no
subtema A Sociedade portuguesa nos séculos XIII e XIV (5.º ano) e Queda da
Monarquia/Implantação da República (6.º ano). As novas tecnologias são, para mim, e esta
acção comprovou-o, mais uma das muitas ferramentas que temos ao dispor para motivar os
alunos no seu processo de ensino aprendizagem.


A criatividade manifesta-se, antes de tudo, pela capacidade de inovar e resolver problemas
inesperados, bem como pela capacidade de decidir autonomamente e sobretudo pelo
inconformismo. No cenário educativo actual, em que somos confrontados com novos
problemas nas nossas escolas, a criatividade, a imaginação e a capacidade de adaptação
devem ser tão importantes como as novas linguagens tecnológicas. As tecnologias digitais
permitem sem dúvida descobrir novos processos criativos que a sociedade actual e os nossos
jovens alunos exigem, mas como demonstrou toda a dinâmica desta acção são apenas mais
uma possibilidade. O que faz a verdadeira diferença é a sua utilização criativa e inovadora por
parte dos professores e alunos. As novas tecnologias lançam, sem dúvida, desafios aos
professores para que, com o seu contributo, utilizem estratégias que promovam aprendizagens
criativas, mas por si só não bastam, pois um simples post-it pode assumir-se como um recurso
tão ou mais privilegiado na transmissão do saber. Afinal como terá proclamado Bernard Shaw
“quem sabe cria, quem não sabe ensina.” Esta acção foi sem dúvida a excelência do exercício
da criatividade!


         É urgente (re)criar, é urgente (re)educar, é urgente (re)formular, é urgente
(re)motivarmos, é urgente (re)pensarmos. O prefixo re- pode surgir carregado de nostalgia e de
receios porém, na conjuntura desta formação, ele irrompe recheado de imaginação, de
criatividade, de perspectivas futuras e de emoção.
         Cessem com o abstencionismo, o conformismo e o negativismo no palco educativo!
Cessem de remeter os problemas para os dirigentes deste país! Às Artes, Cidadãos! Atrevo-me
a dizer: “Às Artes, Docentes!”. É urgente fazer sobressair o engenho e a arte!
         Difícil hoje ser engenhoso! Difícil ser criativo! Isto, quando julgamos que tudo foi
inventado! Que só através das novas tecnologias é que conseguimos motivar! Ou quando
consideramos que a invenção/criação emana do nada e é uma graça misteriosa e inata!
“Genius is one percent inspiration, ninety-nine percent perspiration” (Thomas Edison, Harper´s
Monthly, 1932). Ser criativo é ser activo. A independência, a liberdade que despertam a
imaginação e a curiosidade são elementos imprescindíveis à criatividade. Daí, as crianças
serem mais criativas e, muitas vezes, surpreenderem-nos com a sua simplicidade.
         A essência da criatividade está em criar o desconhecido a partir de coisas conhecidas.
É acrescentar vida à vida! É a cereja no topo do bolo! É a oitava cor do arco-íris! É um músculo
que todos nós possuímos e que necessitamos exercer todos os dias! Loucos? Talvez, mas “de
louco, todos temos um pouco”! Mas uma coisa é certa: a criatividade não pertence única e
exclusivamente ao artista, cada um de nós pode fazer de algo uma obra de arte! Citando
Almada Negreiros: “E isto de haver sempre ainda uma maneira pra tudo?” Já pensou?

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História e Ensino Criativo Porto

  • 1. História e Ensino Criativo Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (2) realizada entre dia 22 e 29 de Janeiro de 2011. 1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de duas frases (duas linhas) e; 2. Cada formando deve, no máximo de um parágrafo (3 a 5 linhas), partilhar a seguinte informação: a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho realizado durante a formação ou outro); b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico . No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último) para identificação. Obrigado e bom trabalho! Documento de Trabalho
  • 2. No contexto actual no ensino a criatividade revela-se necessária e urgente. É uma boa via para promover no aluno o acto de pensar, de pensar criticamente, constituindo-se contra corrente, por exemplo, ao ato passivo das horas passadas em frente à televisão. É ainda urgente porque libertadora do “eu” do aluno e do professor espartilhados há muito pelos tradicionais modelos de ensino. A criatividade deve ser usada em sala de aula tanto pelos professores como pelos alunos pois existem duas partes interessadas no processo de ensino-aprendizagem: o aluno e o professor: para que a satisfação seja mútua, nada melhor que a diversificação, a experimentação e a inovação. E criatividade é isto. A criatividade posta ao serviço da educação e da formação de crianças ,jovens e até adultos, prova que o conhecimento adquirido se vai paulatinamente construíndo e deste modo consolidando, o que por vezes se torna mais difícil ( ou mesmo) impossível quando aquilo que se faz com os alunos se resume a um despejar de informação remetendo para estes a aquesição dos conhecimentos que mais tarde irão ser testados. Assim não podemos desejar nem sonhar com o « sucesso» tão desejado na nossa disciplina e claro que o conhecimento dos garotos é éfemero, compete-nos a nós como veiculos transmissores de conhecimentos ajuda-los a tornarem-se seres pensantes ,com metodologias criativas e com desafios, os nossos alunos caminham na direcção de um conhecimento sólido. Na minha actividade como docente de História e Geografia procuro em primeiro lugar captar o interesse dos alunos para os assuntos que vão ser estudados e e dentro das condicionantes da faixa etária a que pertencem, levá-los a construir o pensamento histórico. A partilha de ideias com outros colegas, a formação na área da didáctica e o empenho no desenvolvimento do gosto pela disciplina obrigam a pensar em novos processos tendo sempre em vista o envolvimento dos alunos na construção do conhecimento . Uma vez que o Programa de História e Geografia de Portugal não muda, cabe ao docente enveredar por uma abordagem diferente, criativa e adequada aos seus alunos. Neste sentido, o professor não deve deixar de tentar, e mesmo ousar, pôr em prática soluções diferentes para problemas que são iguais e que se repetem frequentemente. Desta forma, tentamos preparar os alunos para serem cidadãos num futuro que não conhecemos, mas cujas ferramentas lhes transmitimos. No fundo, as aulas de História e Geografia de Portugal devem despertar a criatividade nos alunos, pois assim eles estarão preparados para transformar o seu futuro e a sua realidade. Devemos privilegiar aulas que estimulem a imaginação e o pensamento crítico, a autonomia e a criatividade e que incentivem uma abertura ao mundo dos outros e às mudanças do quotidiano permitindo aos alunos um protagonismo esclarecido. O
  • 3. professor deve ter a pretensão de que os alunos se sintam confiantes nas suas possibilidades, no valor dos seus contributos para a melhoria da sociedade e, que se assumam perante o mundo de forma crítica e responsável. A partir da perspectiva contextualizada do presente poderemos - e sempre - construir uma “nova” visão do passado, através do ângulo de interesses e vivências dos nossos alunos, (criando-os e recriando-os: projectando-os no passado e com eles questionar o futuro), de forma criativa. A criatividade revela-se essencial para o processo de criação de algo novo. Esse processo nem sempre é fácil e contínuo, pois envolve a testagem de vários factores. Envolve, por vezes, o abandono ou alteração da ideia inicial. O produto final pode ser bem diferente do que se tinha previsto inicialmente, mas julgo que é esse o grande desafio do ensino actual: partir de algo (conteúdos programáticos / conhecimento), não ter receio de ousar e de criar algo que seja original (imaginação / originalidade) e que nos surpreenda enquanto actores (quer professores, quer alunos, quer a própria comunidade educativa) de uma História que se faz com recurso ao passado, presente e futuro. Este processo criativo faz-me lembrar uma frase de Cícero “nihil est simul inuentum et perfectum” (nada é, simultaneamente, criado e perfeito). É portanto, necessário um longo caminho desde a fase inicial até ao produto final. Ser professor de HGP é cada vez mais ser capaz de renovar estratégias e métodos de ensino, para fazer frente a uma sociedade onde os conhecimentos se renovam minuto a minuto, devido aos progressos científicos e tecnológicos.Cabe a nós professores ser capaz de descobrir o aluno que temos e descobrir como levá-lo à descoberta de si mesmo e das suas capacidades de criar evitando que ele caia na estagnação .Mas será que a “escola” que temos encoraja a nossa criatividade? Cabe-nos a nós professores, actores no sistema, abrir espaço, na nossa actividade lectiva, ao espírito crítico e à criatividade potenciando nos alunos capacidades de visão estratégica e de conceptualização de soluções face aos problemas impostos por um mundo em permanente e acelerada mudança nos mais diversos domínios. Se permitir a “fossilização” da capacidade criativa dos meus alunos, bloqueando-lhes horizontes do imaginário simbólico, barrando-lhes a capacidade de serem sujeitos cognoscentes, despertos para o caminho do bem comum na acção e nos valores, então, não serei eu! O professor deve ter a sensibilidade para despertar ou descobrir em cada aluno as potencialidades que este encerra de modo a que o ensino da História faça sentido e a criatividade é a ferramenta que o professor e o aluno têm disponível para construir conhecimento significativo.
  • 4. Um desafio: dar espaço à criatividade nas nossas aulas, nos temas que abordamos, no saber que “construímos”. Através das Novas Tecnologias, um recurso, permitir que a criatividade flua, as aulas não tenham um registo “cinzento” e os alunos participem, criem, pesquisem, vivenciem os momentos da História e, no final, alguém diga: a aula já acabou? Imaginação e criatividade para todos. Liberdade de pensar, sentir, reflectir e agir. Nas aulas, na escola e na sociedade. É tão bom sentirmos que os nossos alunos possam através das TIC irem mais longe, voar mais alto, reflectirem sobre o passado para construirem o futuro. E se por acaso eles se perderem nesse caminho da imaginação, podemos sempre com um discurso lógico, chamá-los à terra, porque mesmo a criatividade tem o seu tempo. É nesta contagem que encontramos o tempo. O tempo da disciplina de HGP: tempo da História e tempo da aula, essencial para que façamos toda a diferença. Tempo que, muitas vezes, não temos ou aquele que está do nosso lado para podermos dar resposta aos nossos alunos, com actividades criativas, transformando as ideias, que surgem no seu estado original, em aprendizagens concretas e relevantes. Entretanto, nesse tempo, o de há milhares de anos e o da actualidade, o que está entre o verão e o outro verão, entre o primeiro e o último toque, entre a imaginação e o produto final, há um Mundo que o professor deve explorar com toda a ousadia. É nesta “exploração do mundo” com toda a ousadia que reside a acção imprescindível do professor. A envolvência que deve gerar à sua volta, partilhando saberes de um modo original, criativo, imaginativo e desafiador, sempre com o objectivo de fazer conhecer a História, de modo a levar os alunos a conhecerem o passado, compreenderem o presente e quiçá,o futuro. O professor nunca deve ter receio do produto final que conseguiu com os seus alunos, pois foi fruto dessa sua ousadia neste processo de ensino/aprendizagem, que se tornou concreto e relevante. Ter medo é bom. O temor põe-nos a pensar e pensando, criamos. A criatividade não é por isso mais do que a capacidade de pegar em algo “familiar” aos docentes e discentes e recrear em função das ferramentas disponíveis. E, no entanto, criar é fazer nascer algo novo e inédito. Partindo de existências ou mesmo inovando desde o princípio, o ensino criativo conduz o aluno ao conhecimento através um caminho novo, coloca questões que não surgiriam de outra forma, oferece experiências que de outra forma não seriam possíveis.
  • 5. Mas, experimentar e tentar é cada vez mais importante. Transmitir o conhecimento através da criatividade não só motiva, como também promove conhecimento.No entanto, esse conhecimento tem de ser repensado pelo docente para transformar as práticas de sala de aula.Nada melhor que levar a conhecer a História de forma criativa, num mosaico onde todas as cores estejam presentes e no qual possamos mexer, sem medo, para ensinar e aprender. Motivar...o que é motivar, senão despertar os sentidos mais profundos do ser humano, quiçá algures escondidos...e que necessitam de apenas um clic para surgir...do nada! É este universo fascinante, desconhecido, esta curiosidade que nos leva ao conhecimento, logo à criatividade. Motivar, no sentido de determinar a motivação de, estimular e impulsionar, tarefa não menos criativa, fazendo despertar o gosto pelo representativo, girando esse fantástico caleidoscópio que cada um pode criar, consolidando-o através de o explicar. E se arranjássemos uma casa para todos nós partilharmos ideias e trabalhos? Casa da História Criativa?! Uma espécie de Clube de Poetas Vivos, numa visão de partilha de ideias e produtos da História Criativa. Vejo esta “Casa” como um poderoso aliado colocando a criatividade ao serviço do desenvolvimento da competência “ Comunicação em História”, um dos “ calcanhares de Aquiles dos nossos alunos! Como eu gostaria de pertencer a esta nova Casa! Despertar a curiosidade para conseguirmos chegar à criatividade. A criatividade é algo de que todos precisamos até para encontrar caminhos ao longo da vida, vamos detectando os obstáculos e assim os vamos ultrapassando, nas nossas aulas fazemos o mesmo só que os obstáculos transformam-se em oportunidades de aprendizagem. A criatividade é uma mistura, sem receita exacta, da curiosidade, das ideias, do interesse, da imaginação, do conhecimento, dos recursos e das técnicas. Quando precedemos à referida mistura surge “um mundo novo”. Como Sócrates afirmava ser a Maiêutica, arte da pesquisa em comum, o professor deve centrar a sua actividade no estímulo e despertar o interesse pela pesquisa, sendo o aluno construtor das suas aprendizagens. Simplicidade. É a palavra que me ocorre quando penso em criatividade. As melhores criações são, muitas vezes, as mais simples. E quantas vezes nem
  • 6. precisamos de recorrer ao que é absolutamente novidade. A partir de velhos e tradicionais «ingredientes» podemos confecionar um prato absolutamente inovador. É só deixar de lado velhas e rígidas estruturas de pensamento. O processo criativo apresenta uma solução para um problema. A criatividade é importante, mas o nosso objectivo é o conhecimento. O processo criativo implica regras. É importante que o professor antes de ensinar saiba fazer. A maior parte das vezes limitamo-nos a adaptar a criação de outro. O resultado do processo criativo tem de ser algo novo no contexto em que se aplica e pode ou não requerer imaginação. Grandes imaginadores foram Julio Verne ou Lewis Carrol. Precisamos de imaginação como água no deserto aquando do processo criativo. Os alunos terão fases em que serão imaginativos e outras serão criativos. O processo de aprendizagem requer uma base de trabalho que tem a ver com o conhecimento. É preciso darmos a base do conhecimento para depois os alunos serem criativos. Os nossos alunos nasceram na época da tecnologia e usam-na como nós usámos os lápis de cor para criar. Os alunos têm de saber partilhar ideias em grupo e não só expôr individualmente as ideias.Mais interessante ainda é partilhar os mesmos valores para a realização de um projecto. A gestão do projecto implica que não nos sintamos sós no projecto escolar. Cerca de 90% dos projectos de sala de aula são esquecidos, não têm continuidade ou afixados publicamente no placard da sala. Em Outubro do ano passado, a minha escola comemorou o centenário da República. Todos os departamentos colaboraram no projecto: aula de motivação, hastear da bandeira da República/coreografia (Monarquia vs República)/plantação da árvore do centenário/exposição dos Presidentes da República, e toda a comunidade escolar esteve presente. A criatividade revela-se essencial diria mesmo, imprescindível para motivar os alunos para o Ensino/Aprendizagem. O professor tem que conseguir que a sua Turma o escute...Ao longo dos meus vinte e quatro anos de experiência pedagógica, constato que cada vez é mais difícil consegui-lo... Assim sendo, é um desafio aliciante(pelo menos para mim) arranjar sempre novas maneiras, novos processos, de apresentar os conteúdos de História e Geografia de Portugal. Esta ação deu-me ideias excelentes e exequíveis que irei por em prática quando os temas forem abordados.
  • 7. A criatividade pode e deve ser estimulada, para isso, poder-se-ia formar nas escolas, um Atelier das Ideias, onde alunos e professores de diferentes idades tivessem a liberdade de partilhar ideias e experiências. As aulas e as escolas ficariam ainda mais coloridas! História e ensino criativo!? Como ensinar o passado de forma criativa? Com criatividade. Imaginação. No processo criativo, o professor terá de pensar na ideia, simples, sempre simples e no(s) outro(s), nos seus alunos, naquele(s) para quem o conhecimento final que pretende transmitir se transforme na sua cana de pesca, em ferramenta para a vida. Ao longo do seu processo criativo, o professor terá de ser capaz de ir adequando as estratégias a utilizar e ser capaz de avaliar, com a distância possível, o sucesso ou insucesso do seu ensino criativo. Necessária muita reflexão por parte do professor! Difícil, mas apaixonante tarefa! As novas tecnologias ocupam, cada vez mais, um espaço relevante no processo de ensino-aprendizagem. A diversidade de meios e a variedade de recursos educativos, que utilizam as novas ferramentas de informação e comunicação, constituem um valor acrescentado nos domínios da motivação e da compreensão histórica. Textos Individuais Criatividade dá trabalho, imaginar nem por isso, contudo o desafio lançado será uma oportunidade para acordar consciências..... e provar que estamos receptivos a desafios. Os nossos alunos precisam cada vez mais desse estimulo. A criatividade é o motor da história das civilizações. Ela não parte do nada, mas apresenta sempre algo de novo. Desde a invenção da roda até ao aparecimento do primeiro automóvel, vão séculos de diferença, mas o processo criativo está lá: problema inicial, planeamento, construção, produto final, divulgação, aceitação geral. A História é por demais viva para que possa ser transmitida apenas pelos manuais da escola. O aluno deve ser ensinado a aguçar a curiosidade, a dar nexo às tramas que lhe são apresentadas, a questionar os acontecimentos e experimentar “vesti-los na sua pele”, o aluno deve ser estimulado a criar a História, ainda que ela já esteja criada. E quem o guia, o seu mestre, não deve nunca esquecer que foi essa inquietação que sempre o cativou para a História. O professor de História deve ser criativo em sala de aula e deve desafiar os seus
  • 8. alunos a sê-lo também, deve diversificar as estratégias de ensino e usar os mais variados suportes na transmissão de conhecimentos, desde o quadro de giz às novas tecnologias e estimular os seus alunos a usá-los também. A criatividade em sala de aula e o uso das novas tecnologias são poderosos aliados do Professor no ensino da disciplina de HGP. Durante o Curso de Formação “História e Ensino Criativo” recebemos o desafio de preparar uma aula só com post-its. O trabalho desenvolvido em pequeno grupo levou à produção de uma actividade de consolidação de matéria de 6º ano “As Invasões Francesas”. A apresentação ao grupo de formandos correu muito bem e penso que foi bem acolhida. Observei também com muito interesse os trabalhos apresentados pelos restantes grupos. Do trabalho produzido nesta formação surgiram muitas ideias a ser aplicadas em contexto de sala de aula. Deste trabalho fizemos depois um relatório conjunto. que passo a apresentar: Colocado o desafio de, com um conjunto de post-its, e apenas estes, “criar” uma aula, pusemos mãos à obra com entusiasmo e expectativa! A proposta despertou em nós grande curiosidade, pois nunca ninguém tinha considerado planear uma aula única e exclusivamente com esta ferramenta que, à primeira vista, só seria usada como lembrete. Começámos por trabalhar uma ideia que rapidamente foi abandonada por não se revelar KISS (keep idea simple and short). Passámos, seguidamente, à análise de outra ideia, assim concretizada: Conteúdo seleccionado: as Invasões Francesas (6º ano). Objectivo: Consolidar aprendizagens, desenvolvendo as competências específicas de comunicação dramatizada do conhecimento histórico e da compreensão contextualizada. Tempo: aula de 45 minutos. Recursos: post-its contendo os nomes dos generais, a ordem de cada acontecimento, as respectivas datas (anos), os itinerários, os nomes das batalhas e de monumentos evocativos. Descrição da Actividade: O professor selecciona, entre os alunos voluntários, os três “generais” das Invasões, dando a escolher os post-its respectivos e solicita-lhes a escolha do post-it relativo à correspondente invasão. Estes alunos colocam-se de frente para a turma e colam sobre si os dois post-its. O professor distribui o restante material pelos restantes alunos. Cada aluno desloca-se da sua carteira e cola no respectivo “general” o seu post-it. Os generais trocam, entre si, os eventuais post-its intrusos e iniciam o reconto dramatizado da sua invasão baseado nos post-its, podendo acrescentar outras informações sobre o facto. No final da actividade, o professor e os alunos procedem à auto e hetero-avaliação oral. Nota: Uma vez que os três alunos «vestiram a pele de…», será natural e desejável a ocorrência de situações imaginativas e recreativas, com humor e de questões para que todos alunos participem activamente. No contexto actual do ensino a criatividade revela-se absolutamente necessária. Durante muitos anos o ensino preocupou-se em transmitir os conhecimentos que seriam assimilados passivamente pelos alunos, que depois deveriam repeti-los nos momentos de avaliação. Este tipo de ensino expositivo, tradicional está hoje em dia ultrapassado. Mas continua a ser massivamente utilizado nas nossas escolas. Substituímos o quadro de giz, os acetatos e até o
  • 9. texto do manual (quem não se lembra das aulas passadas a ler os textos do manual, a copiar os apontamentos do quadro ou de acetatos...) pelo típico power-point expositivo, que os alunos se limitam a ler, a copiar... Isto é criatividade no ensino? Não. Nem para o professor, e muito menos para os alunos. É preciso que os professores recorram à criatividade - criatividade essa que deve estar presente não só no método de ensinar, nos recursos utilizados, como também, sobretudo, na aprendizagem dos alunos. As crianças são extremamente criativas e a escola tende a castrar essa criatividade. Passados mais de trinta anos do 25 de Abril, urge reformar os métodos de ensino que formatam os cidadãos, tornando-os seres passivos e alienados. Se queremos formar cidadãos activos, empreendedores e conscientes, temos de promover um ensino criativo, fornecendo as ferramentas básicas (onde não podem estar ausentes os conhecimentos) para os alunos desenvolverem o seu espírito crítico. Durante a formação fomos desafiados a conceber uma aula apenas com o recurso aos post-its. A nossa ideia foi utilizar os post-its para os alunos associarem datas, locais, acontecimentos relativos a cada invasão francesa. A partir desta ideia-base elaboramos uma actividade de consolidação da matéria dada, que passo a descrever: três alunos da turma seriam convidados a vir para a frente e escolher um general (Junot, Soult ou Massena); seriam convidados a associar essa personalidade à respectiva invasão (1ª, 2ª ou 3ª). Posteriormente seria distribuído por cada aluno um post-it com datas (1807, 1809, 1810), locais (Castelo Branco, Lisboa, Porto, …), acontecimentos (batalha do Buçaco, batalha do Vimeiro, desastre da ponte das barcas...) e seriam convidados a colar nos colegas, associando a cada general. No fim da actividade, e corrigidos os erros, os três colegas elaborariam o relato da sua invasão. Na verdade as aulas onde os alunos são chamados a intervir de uma forma mais criativa, permite que eles construam o saber de uma forma mais consistente, umas das minhas experiências mais recentes esteve relacionada com a construção da Rosa - dos Ventos, levei CD, antigos e sugeri que na aula seguinte cada um trouxesse os materiais que tivessem lá por casa , o resultado foi surpreendente, desde palitos, lã, esparguete,cartão etc..... construíram- se, ficaram giras, e todos eles sabem os pontos cardeais e colaterais sem dificuldade. Aproveito para salientar que este tipo de actividades em certas turmas provocam grande desgaste no professor . O meu grupo no entanto vai registar aqui a actividade desenvolvida nesta Acção que hoje terminou, e que foi fantástica pois a partilha de ideias e experiências é ,foi e será sempre uma mais valia, e foi muito bem orientada. Aproveito para expressar a minha opinião quanto ao uso das Novas Tecnologias, não podemos correr o risco de banalizar o seu uso, se por um lado elas são uma importante ferramenta para o aluno e lhe permitem de uma forma rápida, simples e cómoda´aceder ao saber, sem dúvida que lhe corta a capacidade de criar e sem criatividade o conhecimento torna-se monótono . Criatividade, algo muito complexo, pensava eu,só ao alcance de alguns eleitos, os Criativos. Nesta Acção,aprendi que também eu posso ser criativa, afinal é simples, basta parar, pensar ,inovar, planear e concretizar. Cabe ao professor lançar as sementes que despertem a curiosidade dos alunos, depois as ideias germinam, florescem e dão frutos.Na escola actual o uso das Novas Tecnologias é
  • 10. importante, mas mais importante é levar o aluno a pensar, a construir a sua própria aprendizagem, a ser curioso e por consequência Criativo. Durante a formação o grupo decidiu, recorrendo ao uso de post-its ,planificar uma actividade para todos os alunos do segundo ciclo, para a comemorar o 25 de Abril. Pretendia-se que os alunos associassem palavras ligadas à Ditadura e à Democracia e assim consolidassem os conhecimentos previamente adquiridos. A ideia que passo a descrever, surgiu em contexto de grupo, durante a Ação de Formação e destina-se à planificação de uma Atividade no âmbito da comemoração do 25 de abril, usando como material post’its. Estes serão destribuídos pela turma que registará um palavra associada ao Estado Novo(Ditadura) ou à Democracia. De seguida é pedido a cada um dos alunos que se dirija até ao cenário onde se encontra uma rede ,estratégicamente colocada e enrolada que procura dar a noção de Temporalidade e onde se encontra um grande cravo vermelho, como que a estabelecer o Antes e o Depois deste Acontecimento histórico. Uma vez que se trata de uma Atividade de consolidação de conhecimentos, o professor, durante o processo da colocação dos post-its verificará se estes estão a ser colocados nos locais correspondentes, caso aja alguns que se encontrem mal colocados o professor interpelará a turma no sentido de corrigir o que está errado, pois o que é fundamental neste processo é que os alunos tenham aprendido. No que diz respeito à utilização das novas tecnologias e à criatividade na sala de aula sou de opinião de que são importantes, enquanto processo, como meio para atingir o meu/nosso objetivo que é o de Ensinar, desenvolver nos alunos competências. Rejeito em absoluto o ensino/aprendizagem passivo, do ”magister dixit” sou a favor de levar os alunos a construírem a sua aprendizagem a torná-los proativos e neste sentido ser criativo e usar as novas tecnologias é fundamental. A diversidade de contextos e de necessidades educativas exigem um permanente esforço do professor para desenvolver diferentes metodologias de ensino. Hoje é quase um lugar-comum dizer que a educação escolar não se pode restringir à mera transmissão de conhecimentos específicos das disciplinas. A formação orientada para o desenvolvimento de competências deve constituir o guião estruturador da ação educativa e criativa. A criatividade pode ser uma grande aliada para promover essa nova construção do saber, onde a aprendizagem se centre na pessoa em formação e não na pessoa do formador. No contexto atual de escola/aprendizagem, o professor deve privilegiar a participação dos alunos na construção das suas aprendizagens, no balanço das mesmas e na definição dos caminhos para as melhorar e ampliar. Colocado o desafio de, com um conjunto de post-its, e apenas estes, “criar” uma aula, pusemos mãos à obra com entusiasmo e expectativa! A proposta despertou em nós grande curiosidade, pois nunca ninguém tinha considerado planear uma aula única e exclusivamente com esta ferramenta que, à primeira vista, só seria usada como lembrete.
  • 11. Começámos por trabalhar uma ideia que rapidamente foi abandonada por não se revelar KISS (keep idea simple and short). Passámos, seguidamente, à análise de outra ideia, assim concretizada: ● Conteúdo seleccionado: as Invasões Francesas (6º ano). ● Objectivo: Consolidar aprendizagens, desenvolvendo as competências específicas de comunicação dramatizada do conhecimento histórico e da compreensão histórica. ● Tempo: aula de 45 minutos. ● Recursos: post-its contendo os nomes dos generais, a ordem de cada acontecimento, as respectivas datas (anos), os itinerários, os nomes das batalhas e de monumentos evocativos. Descrição da Actividade: § O professor selecciona, entre os alunos voluntários, os três “generais” das Invasões, dando a escolher os post-its respectivos e solicita-lhes a escolha do post-it relativo à correspondente invasão. Estes alunos colocam-se de frente para a turma e colam sobre si os dois post-its. § O professor distribui o restante material pelos outros alunos. § Cada aluno vem colar no respectivo “general” o seu post-it. § Os generais trocam, entre si, os eventuais post-its intrusos e iniciam o reconto dramatizado da sua invasão baseada nos post-its, podendo acrescentar outras informações sobre o facto. No final da actividade, o professor e os alunos procedem à auto e hetero-avaliação oral. Nota: Uma vez que os três alunos «vestiram a pele de…», será natural e desejável a ocorrência de situações imaginativas e recreativas, com humor e de questões para que todos alunos participem activamente. A presença da História no currículo do Ensino Básico encontra a sua justificação maior no sentido que é através dela que o aluno constrói um visão global e organizada de uma sociedade complexa, plural e em permanente mudança. As metodologias experienciadas pelos alunos irão contribuir para a sua formação enquanto cidadãos mais ou menos activos. Nesta sociedade do conhecimento é essencial desenvolver nos jovens a capacidade de aceder, seleccionar, organizar e usar a informação para chegarem ao conhecimento, o que implica valorizar, no domínio educativo as “ferramentas digitais”. Porém, estas ferramentas, por si só, pouco valor têm se não forem convenientemente usadas. De facto, a sociedade do conhecimento é, por inerência, uma sociedade do pensamento e de interpretação. Nesta perspectiva é imperioso, mais do que nunca, apostar numa mudança das práticas pedagógicas, levando os alunos à identificação e resolução de problemas e ao pensamento crítico, na construção da sua formação global enquanto cidadãos interventivos na sociedade.( Filomena Sousa) A contribuição do meu grupo incidia sobre a comemoração do 25 de Abril. A partir de uma motivação, um trabalho em powerpoint realizado por alunos do ano lectivo anterior, criou-se
  • 12. uma dinamização na biblioteca. Foram criados materiais, uma rede de arame enrolada, simbolizando o tempo da ditadura e o surgimento da democracia, formando uma díade em que os alunos faziam a comparação entre os dois tempos, utilizando os post-its com conceitos essenciais. No final fazia-se o “Jogo da Forca”, identificando as palavras intrusas. As TIC devem ser equacionadas no ensino da História como uma ferramenta poderosa de motivação e organização dos conhecimentos. Mas o cerne de todas as actividades deve ser sempre a aprendizagem, a aquisição de conhecimentos, de forma estruturada e consistente, assegurando a prossecução dos estudos. Apresentação do trabalho “ Queda da Monarquia/ Implantação da República” A escolha deste tema deveu-se ao facto de dentro do grupo de trabalho termos colegas que leccionam os 2º e 3º ciclos e o conteúdo ser comum a ambos. A ideia subjacente ao trabalho foi “UMA IMAGEM VALE POR MIL PALAVRAS”. Deste modo seleccionamos imagens e, Se não criamos nada de novo, mas usarmos de maneira diferente, o que já está criado, será originalidade? De igual forma, as palavras intrusas iriam ter um tratamento de analise em grupos Atendendo ao conceito de criatividade que defende o uso de actividades pré- existentes de forma renovada, podemos considerar que é uma forma de criatividade. Assim sendo.devemos estimular nos nossos alunos este «acto de criar», fornecendo o que existe e provocando uma nova atitude. Após alguma reflexão, penso que reformulava o powerpoint tornando-o mais directo e sugestivo levando os alunos de 2º ciclo a retirarem as palavras chave mais diferenciadas. para serem transformadas em correctas.usando novamente post-its restantes. O uso de TIC na História e´uma ferramenta interessante na aquisição de conhecimentos,porém deve servir como forma de adquirir competências, sem nunca esquecer o verdadeiro conhecimento.Penso que não deve ser utilizada diariamente e sem critério,mas sim como um meio poderoso ao serviço do professor/aluno . Devem ser usadas com intencionalidade e em determinados momentos para terem sucesso -nem sempre, nem nunca. A partir dos conhecimentos prévios dos alunos, a actividade desenvolvia-se com a selecção das imagens correctas para um postit previamente legendado. A avaliação da actividade foi feita pelo preenchimento de um crucigrama que continha palavras/chave e a partir do vocábulo REGICÍDIO. O professor de História deve procurar elaborar os seus materiais e utilizar métodos de trabalho que conduzam a propostas criativas de ensino. Desse modo, poderá tornar a tarefa de
  • 13. educar em algo que lhe dê prazer bem como aos seus alunos e assim ser capaz de modificar a forma de olhar o ensino da história. O professor deve ser experimentador e criador do saber e direccionar o seu trabalho para o exercício da imaginação, da criatividade e da fantasia dos alunos na tentativa de solucionar problemas ou situações. Criatividade - Novas Tecnologias - Ensino da História e Geografia de Portugal: Estas tecnologias em si contém um enorme potencial, capaz de impressionar ao permitirem ver os diversos vestígios do passado em diferentes locais do país e do mundo, ao proporcionar a visualização do passado em ação (filmes), ao facultar o acesso a fontes de informação. Aproveitar essas tecnologias criativamente requer algum domínio das mesmas por parte do professor. A aptência na sua utilização, por parte dos alunos nascidos na era digital, poderá surpreender o professor. As novas tecnologias podem funcionar, e apenas, como mais um instrumento - a forma para a veiculação da aprendizagem e do conhecimento no recurso à criatividade digital. Na procura de ir ao encontro dos nossos alunos - no actual contexto em que a utilização das novas tecnologias se encontra cada vez mais generalizada e enraizada através de uma consciência e identidade colectivas das novas gerações - como a forma “mais apetecível” de acesso e manuseamento da informação e do conhecimento. As tecnologias de informação são importantes, mas temos que saber enquadrá-las, uma vez que elas são um meio e não um fim! O professor torna-se agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por procurar informações pertinentes. Assim, enquanto professores devemos reflectir nas seguintes questões: Como gerir a informação? Como usar este meio? Qual a sua credibilidade? As potencialidades do multimédia tornam-no um recurso muito importante, mas temos de ter presente que ensinar é sobretudo gerir informação e transformar informação em conhecimento. As novas tecnologias em articulação com uma boa proposta pedagógica facilitam a construção do conhecimento e, a par da fala humana, do livro, do giz ou do quadro poderão contribuir para o desenvolvimento da criatividade. Proposta de Actividade Criativa: Trabalho desenvolvido pelo Grupo 1: Anabela, Ângela, Teresa, Filomena, Elisabete e Cristina. A ideia patente neste processo criativo consistiu em levar os alunos a procederem à interiorização/apreensão do esquema da sociedade portuguesa do século XIII, através da associação de imagens, conceitos e identificação das funções de cada grupo social. Esta ideia foi concretizada através da actividade “Prova que sabes...” - com o recurso a post-it’s onde o aluno encontra imagens, conceitos e discriminação de funções, que deverá agrupar por classe social, construíndo assim a pirâmide social do século XIII.
  • 14. As Novas Tecnologias são o presente, serão certamente o futuro, mas aplicadas na História desvendam o Passado. Para além desta actividade considero que a visita à exposição : “Às artes cidadãos”, no Museu de Serralves, abriu novas perspectivas de abordar acontecimentos / temas em História. Levar os alunos a visitar esta exposição, que aborda conceitos como globalização, democracia, activismo, ideologia, memória, exílio, revolução, iconoclastia e comunidade, numa viagem desde a Antiguidade Clássica até à destruição das Torres Gémeas. A própria forma de apresentação criativa das obras ( convidando à participação activa do visitante na própria construção ) fez-me reflectir sobre as várias maneiras de tornar um público passivo num público activo, mesmo sem recurso às novas tecnologias. Isto leva - me a valorizar a criatividade como o factor mais importante para tornar situações banais em situações excepcionais - como pude observar em alguns vídeos do blog ( os degraus do metro transformados em piano; o letreiro do invisual …). Assim também numa aula também deve a criatividade ser o factor mais usado para cativar os alunos , com ou sem recurso às novas tecnologias. esse é um recurso que , como foi mostrado numa das sessões da formação , ainda está por explorar ( o computador / internet , o uso do telemóvel para escrever, para fotografar, para gravar aulas, etc ). esse será um dos desafios criativos que terei daqui para a frente. Todas as actividades realizadas e apresentadas foram muito interessantes e sugestivas: Da viagem “Às artes!, cidadãos.” por Serralves, irei, na turma de 5.º ano, usar o globo no subtema “A expansão marítima portuguesa”; e, proximamente, utilizarei os post-it’s no subtema A Sociedade portuguesa nos séculos XIII e XIV (5.º ano) e Queda da Monarquia/Implantação da República (6.º ano). As novas tecnologias são, para mim, e esta acção comprovou-o, mais uma das muitas ferramentas que temos ao dispor para motivar os alunos no seu processo de ensino aprendizagem. A criatividade manifesta-se, antes de tudo, pela capacidade de inovar e resolver problemas inesperados, bem como pela capacidade de decidir autonomamente e sobretudo pelo inconformismo. No cenário educativo actual, em que somos confrontados com novos problemas nas nossas escolas, a criatividade, a imaginação e a capacidade de adaptação devem ser tão importantes como as novas linguagens tecnológicas. As tecnologias digitais permitem sem dúvida descobrir novos processos criativos que a sociedade actual e os nossos jovens alunos exigem, mas como demonstrou toda a dinâmica desta acção são apenas mais uma possibilidade. O que faz a verdadeira diferença é a sua utilização criativa e inovadora por parte dos professores e alunos. As novas tecnologias lançam, sem dúvida, desafios aos professores para que, com o seu contributo, utilizem estratégias que promovam aprendizagens criativas, mas por si só não bastam, pois um simples post-it pode assumir-se como um recurso
  • 15. tão ou mais privilegiado na transmissão do saber. Afinal como terá proclamado Bernard Shaw “quem sabe cria, quem não sabe ensina.” Esta acção foi sem dúvida a excelência do exercício da criatividade! É urgente (re)criar, é urgente (re)educar, é urgente (re)formular, é urgente (re)motivarmos, é urgente (re)pensarmos. O prefixo re- pode surgir carregado de nostalgia e de receios porém, na conjuntura desta formação, ele irrompe recheado de imaginação, de criatividade, de perspectivas futuras e de emoção. Cessem com o abstencionismo, o conformismo e o negativismo no palco educativo! Cessem de remeter os problemas para os dirigentes deste país! Às Artes, Cidadãos! Atrevo-me a dizer: “Às Artes, Docentes!”. É urgente fazer sobressair o engenho e a arte! Difícil hoje ser engenhoso! Difícil ser criativo! Isto, quando julgamos que tudo foi inventado! Que só através das novas tecnologias é que conseguimos motivar! Ou quando consideramos que a invenção/criação emana do nada e é uma graça misteriosa e inata! “Genius is one percent inspiration, ninety-nine percent perspiration” (Thomas Edison, Harper´s Monthly, 1932). Ser criativo é ser activo. A independência, a liberdade que despertam a imaginação e a curiosidade são elementos imprescindíveis à criatividade. Daí, as crianças serem mais criativas e, muitas vezes, surpreenderem-nos com a sua simplicidade. A essência da criatividade está em criar o desconhecido a partir de coisas conhecidas. É acrescentar vida à vida! É a cereja no topo do bolo! É a oitava cor do arco-íris! É um músculo que todos nós possuímos e que necessitamos exercer todos os dias! Loucos? Talvez, mas “de louco, todos temos um pouco”! Mas uma coisa é certa: a criatividade não pertence única e exclusivamente ao artista, cada um de nós pode fazer de algo uma obra de arte! Citando Almada Negreiros: “E isto de haver sempre ainda uma maneira pra tudo?” Já pensou?