SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
1 – Introdução
1.1 Lei de Fouriere condução térmica
No diaa dia das pessoasacondução de calor ocorre constantemente.Esse processoconsiste
na transferênciade energiageradadevidoaumagradiente de temperatura,ouseja,é a
transferênciade calorentre sistemascomdiferençasde temperatura,onde osistemade maior
temperaturatransfere energiaparao de menortemperatura,como objetivode equipararas
temperaturas.[1] Existemdiversosmodelosque tentamexplicaresse fenômeno.Umdelesé a
Lei de Fourier,ouLei da Conduçãotérmica.EssaLei foi estabelecidaapartirde experiências
vividase consistiuemestabeleceraproporcionalidadeentre ofluxode caloraolongode um
material e a gradiente negativadatemperatura.EnunciandoaLei de Fouriertemosque a
quantidade de calortransferidaemummaterial,porcondução,é igual ao produtodas
quantidadesaseguir:[6]
𝑑𝑄
𝑑𝑡
= −𝑘. 𝐴.
𝑑𝑇
𝑑𝑥
(1)
Onde,
𝑑𝑄
𝑑𝑡
= fluxode calorpor condução(Kcal/hnosistemamétrico);
k= condutividade térmicadomaterial;
A= área da seção atravésda qual o calor flui porcondução,medidaperpendicularmente à
direçãodo fluxo(m²);
𝑑𝑇
𝑑𝑥
= gradiente de temperaturanaseção,istoé,a razão de variaçãoda temperaturaT com a
distância,nadireção x dofluxode calor(°C/h).
O fator de condutividadetérmica,k,é umapropriedade de cadamaterial e revelaafacilidade
que o material apresentaàconduçãode calor. Quandoo valorde k é alto o material é
consideradoumcondutortérmico,casocontrário,o material é isolante térmico.Osinal
negativodispostonaequaçãosugere que adireçãodoaumentoda distânciax,deve sera
mesmadireçãodofluxode calorpositivo,ouseja,comoo calorflui do pontoonde a
temperaturaé maiselevadaparao pontode temperaturamaisbaixao gradiente é negativo,
portanto,o fluxosóé positivose a gradiente tambémfore,porisso,multiplica-se por-1.[7]
1.2 Calorímetro
O calorímetroé uminstrumentoisoladotermicamente doambiente externomuitoutilizado
para a realizaçãode medidasde quantidadesde calorque podemsercedidasouabsorvidas
por meiode mudançasde estadode um sistema.Comocalorímetropode-se determinar
caloresespecíficose capacidade térmicade substânciase caloresde transformaçãode
estados.[2]
O funcionamentodocalorímetroacontece daseguinteforma:Umtermômetroé colocado
juntoa ele de modoque alcance a substâncianointeriordocalorímetro.Oagitadordeve ser
sempre utilizadode modoaagitar o sistemae fazercom que ele alcance oequilíbriotérmico
maisrapidamente.Colocando-se corposde diferentestemperaturasemseuinterior,ocorre
troca de calorentre elesaté que se atinjao equilíbriotérmico.Osistemadoexperimento
realizadoé compostoporuma fonte de tensão,que apresentaumadiferençade potencial
elétricopré-determinadoconstante,umresistorresponsávelpelaconversãodaenergia
elétricaemtérmicaatravésdoefeitoJoule e umcalorímetro.A tensãoa qual apresentaum
valorconstante é distribuídanoresistor a fimde que ocorra a dissipaçãodapotênciano
resistor[3].Alémde a potênciaserumagrandezaque mede a quantidade de energiadissipada
emum determinadointervalode tempo,elatambémpode serdefinidacomoaenergia
dissipadapeloresistoratravésdaseguinte Equação1 [5]:
P = iU (2)
Onde,
P = potênciadissipada(W);
i = corrente elétrica(A);
U = diferençade potencial elétricodosistema(V);
A fonte de tensãoproduziuumaenergiaelétricaaqual pode sermedidapelaLei de Ohme
tambématravésda razão entre a energiaenvolvidae otempo:
P =
 𝐸
 𝑡
(3)
Onde,
E = variaçãode energiaaplicadapelafonte de tensão (J);
t = variaçãodo tempo(s);
Quandoa energiaé transferidadafonte de tensãoaté o calorímetro,o resistorconverte essa
energiaelétricaemenergiatérmica,aqual seráintroduzidanocalorímetro.Supõe-se que toda
energianaforma de calor é utilizadaparaaquecera água, considerandodesprezível o
aquecimentodocalorímetro.Sabe-se tambémque osistemaé isoladoporumisoporque
envolve ocalorímetro,porémaindaháuma pequenadissipaçãode calor,aqual é desprezada
no experimento.[1] Apósaenergiaelétricasertransformadaemenergiatérmica,aágua é
aquecidaporuma quantidade de calor(Q). Comoa água não sofre mudançade estado,a
seguinte equaçãopode serdescritacomo:
Q = m.c.T (4)
Onde,
Q = quantidade de calor(J);
m = massade água (Kg);
c = calor específicodaágua (
𝐽
𝑘𝑔.𝐾
);
T = variação da temperatura(K);
Comofoi consideradoque todaenergiaelétricaé convertidaemenergiatérmica,podemos
afirmarque:
dQ = dE (5)
2 - Modelo e Metodologia
2.1 – Modelo
Para a absorção ou remoçãode calor de sólidose líquidos,tem-sealgumasrelações
importantes,umadelasé acapacidade térmica(C).Ela é a razão docalor (Q) recebidoou
cedidoe a variação da temperatura( ) de um corpo.Ela é medidaemunidadesde energiapor
grau Celsius(J/°C) ouenergiaporKelvin(J/K) [2].Elaé representadacomo:
𝐶 =
𝑄
∆𝑇
Para um corpo,a capacidade térmicaé proporcional àmassa,entãodefine-se uma
“capacidade térmicapor unidade de massa(m)”,chamadade calor específico(c).Que é
referente aumaquantidade de massadaqual o objetoé feito.Essarelaçãopode serescrita
como[2]:
𝑐 =
𝑄
𝑚𝑖∆𝑇
. (2)
Comofoi descrito,doiscorposirãotrocar calor quandoforemcolocadosemcontatoum com o
outro,e de acordo o Princípioda Conservaçãode Energia,emumsistemaisolado,asomada
quantidade de calortrocada entre eles,ocalorrecebidomaisocalor cedido,é zero[3].
Um sistemaisoladopode serrepresentadoporumcalorímetro,que é umaparelhocujas
propriedadesnãopermitemtrocasde calorcom o ambiente [3].
Uma forma de estudaras propriedadesdaáguacomo o calor específico,pode serfeitaemum
calorímetrocom uma determinadacapacidade térmica,e utilizando-sede umresistor.O
resistoré um aparelhocondutorque quandohápassagemde corrente elétricaele aquece [3].
Issose dá pelatransformaçãode energiaelétricaemcalor,denominadoefeitoJoule [3].A
passagemde corrente elétricaemumresistorpode serlimitada,dependendodomaterial.
Essa propriedade é chamadade resistênciaelétrica(R) [3].
A taxade calor que é dissipadaemumresistorporunidade de tempoé denominadapotência,
e pode serescritaemfunçãoda resistênciaelétricae datensão(oudiferençade potencial),
que pode serescritacomo[4]:
𝑃 =
𝑈²
𝑅
A potênciatérmicapode serescritacomona Eq. 6 [2],que é a taxa de calor dissipadopor
unidade de tempo:
. (6)
Essa Eq. 6 pode serreescritacomo:
Onde considerandoque apotenciaé constante,pode-se integrarambososladosda Eq. 7
obtendo-se:
.
Assimconsiderandoumsistemaisoladoformadoporumcalorímetroe por umamassa de
água, pode-se escreverequaçãoparaConservaçãode Energianele,como:
Onde igualandoessaEq.9 com a Eq. 8 e substituindoovalordapotenciapelovalordaEq. 5,
obtém-se:
Onde,isolando-se avariaçãode temperatura,obtém-se:
É possível observarque aEq. 11 representaumaequaçãolinear,onde tem-seavariaçãode
temperatura( ) emfunçãoda variação do tempo( ),podendoassimrelacionarcoma equação
do primeirograu[5],representada:
, (12)
onde , , e são escritosnasEq. 13, 14, 15 e 16, respectivamente,apartirdas relaçõesdasEq.11
e 12:
, (13)
, (14)
(15)
e
. (16)
Utilizando-sedaEq.15, e fazendoadistributivadostermos,obtém-se:
. (17)
Onde colocando-se amassaemfunçãodo coeficienteangular,tem-se:
(18)
Onde é possível notarque essaEq. 18 representaumarelaçãolinear,onde tem-seamassa( )
emfunção docoeficienteangular( ),podendoassimrelacionarcomaequaçãodo primeiro
grau escritana Eq. 12. Onde , , e o coeficiente agulare ocoeficiente linearsãoescritosnasEq.
19, 20, 21 e 22, respectivamente,apartirdasrelaçõesdasEq. 12 e 18:
, (19)
, (20)
(21)
e
. (22)
Utilizando-sedaEq.15, e fazendoadistributivadostermos,obtém-se:
. (17)
Onde colocando-se amassaemfunçãodo coeficienteangular,tem-se:
(18)
Onde é possível notarque essaEq. 18 representaumarelaçãolinear,onde tem-seamassa( )
emfunção docoeficienteangular( ),podendoassimrelacionarcomaequaçãodo primeiro
grau escritana Eq. 12. Onde , , e o coeficiente agulare ocoeficiente linearsãoescritosnasEq.
19, 20, 21 e 22, respectivamente,apartirdasrelaçõesdasEq. 12 e 18:
, (19)
, (20)
(21)
e
. (22)
Para os modelostrabalhados,é precisoconsideraroserrosdas variáveiseme .Porém,
segundoVuolo(1996) é complicadoe desnecessárioutilizarasduas incertezas.Épreciso
conhecera aproximaçãopara essasduasvariáveis.Assimoautoradmite que é o valor
verdadeiro,porémtemincertezamaior,que pode serescritacomo[5]:
( ) (23)
onde é o erro original e (dy/dx)é umaestimativapreliminarparaa derivadade emrelaçãoa .
Assimoerro de y com a transferênciadoerrode x poderser escritocomo:
(24)
Numaprimeiraparte,utiliza-se ométodoestatístico ()[5] considerandoapenasoerroem,
para obtençãodo coeficiente angular,e numasegundaetapaseráconsideradooerro de com
incertezade que foi transferida.
Então para a primeiraé possível encontrarovaloresde e a partirdo métodoestatístico ()
(qui-quadrado)[5],que é definidacomo:
( ) Σ( ) ,(25)
onde para esse modelo,é a i-ésimamedidade variaçãode tempo,é o errodas medidasem.
SubstituindonaEq.25, obtém-se:
( ) Σ( ) .(26)
Para achar a melhorretaque se ajustaaos dadosderiva-se parcialmente ()em relaçãoa e a
conforme Eq.27 e 28[5]:
(27)
e
. (28)
Assimobtém-se [5]:
(29)
e [5]:
(30)
onde os termosβ, αx, αyy,αy, αxx e αxy são [5]:
Σ , (31) Σ , (32) Σ , (33)
Σ , (34) Σ , (35)
e
Σ (36)
Comoe são medidasindiretas,elastêmumerro associado,escritocomo[5]:
(37)
e
. (38)
Para a segundaparte,serárefeitoométododoqui-quadrado,utilizandoagoraonovo valordo
erro de a partir da Eq. 24. Então a novaequaçãodo métodopode serescritacomo:
( ) Σ( ) .(39)
Assimpoderáseraplicadoométododo qui-quadradoparaencontrarosvaloresdocoeficiente
angulare do coeficiente linear,onde oque mudaráserá a relaçãoda Eq. 31, que passa a ser
escritacomo na:
(40)
Para o valorde da Eq. 20, tem-se umerro associado,paraissoseráutilizadodométodode
propagação de incertezas[5] paraencontrara equaçãopara o calculodesse erro,que será
escritacomo:
√( ) , (41)
onde é o erro referente aocoeficienteangularcalculadonaEq.37. DiferenciandoessaEq.40,
emrelaçãoà Eq. 20, obtem-se:
(42)
Para o cálculodo calor específicoseráutilizadoaEq.21 e para o cálculoda capacidade térmica
do calorímetroseráutilizadoaEq. 22, isolandocadaumdessasvariáveis,obtém-seessas
relações:
(43)
e
. (44)
Comoessesvaloressãomedidaindiretas,é precisocalcularoerrosdessasmedidas,ométodo
utilizadoseráode propagação de incertezas[5],podendoescreveraequaçãode propagação
para a Eq.43 como:
√( ) ( ) ( ) , (45)
onde é o erro referente àmedidadatensãoelétrica,é oerroreferente àresistênciaelétricae
é o erroreferente aocálculodocoeficiente angularcalculadoapartirda Eq. 37. Diferenciando
essaEq. 45, obtém-se aequaçãopara o calculodoerro referente aocalorespecífico:
√( ) ( ) ( ) . (46)
Para o cálculodo erroreferente àcapacidade térmica,pode-seescreveraequaçãode
propagação de incertezaparaa Eq. 44 como:
√( ) ( ) (47)
onde é o erro referente aocálculodocoeficiente linearcalculadoapartirda Eq. 38 é o erro
referente aocalorespecificocalculadonaEq.46. DiferenciandoessaEq.47, obtém-se a
equaçãopara o calculodo erro referenteàcapacidade térmica:
√( ) ( ) . (48)
Para o erro referente àmedidade variaçãode temperatura,Eq.3,a propagaçãode incertezas
será escritacomo:
√( ) ( ) . (49)
Resolvendoessadiferencial e considerandoque oerrodastemperaturas( e ) são iguais,jáque
o termômetroé o mesmo,tem-se aincertezadavariaçãoda temperatura:
√ . (50)
Para validara melhorretaobtidacom osdados experimentais,usa-se umteste chamadosobre
o valorde encontradoconforme escrito[5]:
(51)
onde é o númerode graus de liberdadedoajuste e é escritocomo[5]:
(52)
onde é o númerode pontose númerode parâmetros.
2.1 – Aparato Experimental
Foram utilizadosparaa realizaçãodoexperimentoosseguintesmateriais:
 Calorímetrode resistência2Ω - 3Ω;
 Provetagraduadade 250 ml;
 Fonte de tensãocom incertezasde 0,01 V e 0,01 A;
 Termômetrodigital tipoespeto, comprecisãomínimade 0,1°C;
 Cronômetrodigital comincerteza0,01s.
2.2 – Metodologia
Primeiramente, foi colocado cerca de 84,37 g de água em uma proveta graduada e em
seguida transportada para o calorímetro, tomando nota da temperatura inicial. Utilizando a
fonte de tensão, sua voltagem foi ajustada para 6,3 Volts e ligada ao calorímetro, iniciando
o aquecimento do sistema. A cada 0,5 minutos marcados pelo cronômetro, foi registrada a
nova temperatura, observando que esta aumentava gradativamente. Esse procedimento foi
repetido até totalizar 20 pontos experimentais.
O mesmo procedimento descrito anteriormente foi efetuado para as massas de água de
98,87 g, 117,47 g, 133,47 g, 147,92 g e 166,08 g respectivamente.
3 – Dados Experimentais
Tempo
 = 0,01s
Temperatura  = 0,1 °C
𝑚1=84,37g 𝑚2=98,87g 𝑚3= 117,47g 𝑚4=133,47g 𝑚5=147,92g 𝑚6=166,08g
𝑡0 = 0s 23,5 23,5 23,5 23,5 23,5 23,5
𝑡1 = 30s 24,1 24,2 24,0 23,9 23,6 23,7
𝑡2 = 60s 25,7 24,9 24,7 24,5 24,1 24,2
𝑡3 = 90s 25,9 25,6 25,4 25,2 24,9 24,8
𝑡4 = 120s 26,9 26,3 26,1 25,9 25,5 25,3
𝑡5 = 150s 27,9 26,8 26,8 26,6 26,0 25,8
𝑡6 = 180s 28,9 27,3 27,4 27,3 26,6 26,4
𝑡7 = 210s 30,0 27,9 28,1 27,9 27,2 26,8
𝑡8 = 240s 30,8 28,5 28,8 28,5 27,8 27,3
𝑡9 = 270s 31,9 29,1 29,4 29,2 28,4 27,8
𝑡10 = 300s 32,6 29,6 30,1 29,9 29,0 28,4
𝑡11 = 330s 33,7 30,3 30,7 30,6 29,6 28,8
𝑡12 = 360s 34,4 31,0 31,3 31,2 30,2 29,4
𝑡13 = 390s 35,6 31,5 32,0 31,9 30,7 29,8
𝑡14 = 420s 36,4 32,4 32,6 32,5 31,1 30,4
𝑡15 = 450s 37,3 33,0 33,3 33,2 31,7 30,9
𝑡16 = 480s 38,2 33,6 33,8 33,7 32,2 31,2
𝑡17 = 510s 39,1 34,2 34,4 34,3 32,8 31,6
𝑡18 = 540s 39,9 34,8 35,1 35,0 33,7 32,1
𝑡19 = 570s 40,7 35,3 35,7 35,5 33,9 32,8
𝑡20 = 600s 41,5 35,8 36,3 36,2 34,4 33,2
4 – Análises de Dados
a σa b σb
0,030588972 0,000253058 -0,060526316 0,090942717
a σa b σb
0,020473684 0,000147761 0,155789474 0,053101557
0
2
4
6
8
10
12
0 100 200 300 400 500 600 700
Temperatura(°C)
Tempo (s)
Temperaturax tempo(m=84,37g)
0
2
4
6
8
10
12
0 100 200 300 400 500 600 700
Temperatura(°C)
Tempo (s)
Temperaturax tempo(m=98,87g)
a σa b σb
0,021503759 0,00011666 0,026315789 0,041924738
a σa b σb
0,021654135 0,000118941 -0,171052632 0,042744469
0
2
4
6
8
10
12
0 100 200 300 400 500 600 700
Temperatura(°C)
Tempo (s)
Temperaturax tempo(m=117,47 g)
0
2
4
6
8
10
12
0 100 200 300 400 500 600 700
Temperatura(°C)
Tempo (s)
Temperaturax tempo(m=133,47g)
a σa b σb
0,019062657 0,000165801 -0,334736842 0,059584736
a σa b σb
0,01656391 0,000121556 -0,182631579 0,043684135
0
2
4
6
8
10
12
0 100 200 300 400 500 600 700
Temperatura(°C)
Tempo (s)
Temperaturax tempo(m=147,92g)
0
2
4
6
8
10
12
0 100 200 300 400 500 600 700
Temperatura(°C)
Tempo (s)
Temperaturax tempo(m=166,08g)
a σa b σb
0,002924316 0,000834468 -0,015147712 0,040500395
5 – Discussão
6 – Conclusão
0
0.02
0.04
0.06
0.08
0.1
0.12
0.14
0.16
0.18
0 10 20 30 40 50 60 70
Massa(g)
1/a (s/°C)
Massa x (1/a)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSATRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSAThomas Willams
 
Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014
Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014
Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014Fersay
 
Campo gravitacional
Campo gravitacionalCampo gravitacional
Campo gravitacionalRobson Ote
 
Transferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planas
Transferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planasTransferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planas
Transferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planasValdivinio J. Marques
 
Exercício resolvido transferência de calor por radiação
Exercício resolvido transferência de calor por radiaçãoExercício resolvido transferência de calor por radiação
Exercício resolvido transferência de calor por radiaçãoMarilza Sousa
 
Aps eletricidade e calor
Aps   eletricidade e calorAps   eletricidade e calor
Aps eletricidade e calorAILTON OLIVEIRA
 
Termodinamica joanesantana
Termodinamica   joanesantanaTermodinamica   joanesantana
Termodinamica joanesantanaJoane Santana
 
Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3
Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3
Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3Dharma Initiative
 
Equações e Formulas da Física.
Equações e Formulas da Física.Equações e Formulas da Física.
Equações e Formulas da Física.varzeano07
 
12 modelagem mat_sist_term
12 modelagem mat_sist_term12 modelagem mat_sist_term
12 modelagem mat_sist_termRayson Araujo
 
Resumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde aiResumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde aiLeonardo Abreu
 
Analise dimensional
Analise dimensionalAnalise dimensional
Analise dimensionalJorge Costa
 
Termodinâmica
TermodinâmicaTermodinâmica
TermodinâmicaCleber1965
 
Transf calor conducao
Transf calor conducaoTransf calor conducao
Transf calor conducaoorlado
 
Trabalho transcal
Trabalho transcalTrabalho transcal
Trabalho transcalalevilaca
 

Mais procurados (18)

TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSATRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA
 
Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014
Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014
Mod 5 transferencia-de-calor-vs 2013-2014
 
Campo gravitacional
Campo gravitacionalCampo gravitacional
Campo gravitacional
 
Transferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planas
Transferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planasTransferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planas
Transferência de calor por condução em paredes planas, paralelas e planas
 
Exercício resolvido transferência de calor por radiação
Exercício resolvido transferência de calor por radiaçãoExercício resolvido transferência de calor por radiação
Exercício resolvido transferência de calor por radiação
 
Aps eletricidade e calor
Aps   eletricidade e calorAps   eletricidade e calor
Aps eletricidade e calor
 
Fisica 2014 tipo_b
Fisica 2014  tipo_bFisica 2014  tipo_b
Fisica 2014 tipo_b
 
Termodinamica joanesantana
Termodinamica   joanesantanaTermodinamica   joanesantana
Termodinamica joanesantana
 
Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3
Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3
Teoria - Transferência de Calor - capítulos 1, 2 e 3
 
Equações e Formulas da Física.
Equações e Formulas da Física.Equações e Formulas da Física.
Equações e Formulas da Física.
 
Física 2009
Física 2009Física 2009
Física 2009
 
12 modelagem mat_sist_term
12 modelagem mat_sist_term12 modelagem mat_sist_term
12 modelagem mat_sist_term
 
Resumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde aiResumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde ai
 
Analise dimensional
Analise dimensionalAnalise dimensional
Analise dimensional
 
Termodinâmica
TermodinâmicaTermodinâmica
Termodinâmica
 
Transf calor conducao
Transf calor conducaoTransf calor conducao
Transf calor conducao
 
Fisica 10 11
Fisica 10 11Fisica 10 11
Fisica 10 11
 
Trabalho transcal
Trabalho transcalTrabalho transcal
Trabalho transcal
 

Destaque

YouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータ
YouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータYouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータ
YouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータYokohamaCommunityDesignLab
 
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)ranjith kumar
 
презентация Microsoft office power point
презентация Microsoft office power pointпрезентация Microsoft office power point
презентация Microsoft office power pointlavrenteva
 
Caso triple play plan mkg
Caso triple play plan mkgCaso triple play plan mkg
Caso triple play plan mkgJacobo Vila
 
Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016
Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016
Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016Dan NNN
 
Assignment 1 – researching different music videos
Assignment 1 – researching different music videosAssignment 1 – researching different music videos
Assignment 1 – researching different music videosbenchaisty
 
World Office Forum Alianza del Pacífico 2015
World Office Forum Alianza del Pacífico 2015World Office Forum Alianza del Pacífico 2015
World Office Forum Alianza del Pacífico 2015Jorge Zanoletty Pérez
 
Silabo evaluacion educativa pato tobar
Silabo evaluacion educativa pato tobarSilabo evaluacion educativa pato tobar
Silabo evaluacion educativa pato tobarUNACH
 
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)ranjith kumar
 
укмицсуфм
укмицсуфмукмицсуфм
укмицсуфмSergii Perun
 
Week ten visual arguments thurs
Week ten  visual arguments thursWeek ten  visual arguments thurs
Week ten visual arguments thursErin Hovey
 
Badmintonjorgeantonio
BadmintonjorgeantonioBadmintonjorgeantonio
Badmintonjorgeantoniosextobolvega
 

Destaque (20)

ebvwesv
ebvwesvebvwesv
ebvwesv
 
YouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータ
YouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータYouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータ
YouthUPs20161015_10_外国人サポート事業とオープンデータ
 
dcsce
dcscedcsce
dcsce
 
Sorteo avance
Sorteo avanceSorteo avance
Sorteo avance
 
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
 
svdevs
svdevssvdevs
svdevs
 
презентация Microsoft office power point
презентация Microsoft office power pointпрезентация Microsoft office power point
презентация Microsoft office power point
 
Caso triple play plan mkg
Caso triple play plan mkgCaso triple play plan mkg
Caso triple play plan mkg
 
Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016
Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016
Grid me as_engineer_architecht in the ideal town2015_2016
 
імцпмцуа
імцпмцуаімцпмцуа
імцпмцуа
 
Assignment 1 – researching different music videos
Assignment 1 – researching different music videosAssignment 1 – researching different music videos
Assignment 1 – researching different music videos
 
Rne2006 a 070
Rne2006 a 070Rne2006 a 070
Rne2006 a 070
 
World Office Forum Alianza del Pacífico 2015
World Office Forum Alianza del Pacífico 2015World Office Forum Alianza del Pacífico 2015
World Office Forum Alianza del Pacífico 2015
 
Silabo evaluacion educativa pato tobar
Silabo evaluacion educativa pato tobarSilabo evaluacion educativa pato tobar
Silabo evaluacion educativa pato tobar
 
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
Final year java dreamweb techno solutions trichy - copy (2)
 
укмицсуфм
укмицсуфмукмицсуфм
укмицсуфм
 
Week ten visual arguments thurs
Week ten  visual arguments thursWeek ten  visual arguments thurs
Week ten visual arguments thurs
 
иумым
иумымиумым
иумым
 
Taller Relatos AAEE
Taller Relatos AAEETaller Relatos AAEE
Taller Relatos AAEE
 
Badmintonjorgeantonio
BadmintonjorgeantonioBadmintonjorgeantonio
Badmintonjorgeantonio
 

Semelhante a Determinação da capacidade térmica da água e do calorímetro por meio da Lei de Fourier

Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01
Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01
Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01Carla Alves
 
Termodinâmica (entropia e diagrama)
Termodinâmica (entropia e diagrama)Termodinâmica (entropia e diagrama)
Termodinâmica (entropia e diagrama)Valter Bravim Jr.
 
Apostila de fenômenos_de_transporte
Apostila de fenômenos_de_transporteApostila de fenômenos_de_transporte
Apostila de fenômenos_de_transporteMarianna Duarte
 
Manual_Instaladores Solar.pdf
Manual_Instaladores Solar.pdfManual_Instaladores Solar.pdf
Manual_Instaladores Solar.pdfhafp hafp
 
Calculodetempodeesterilizacao
CalculodetempodeesterilizacaoCalculodetempodeesterilizacao
CalculodetempodeesterilizacaoSandro Marcio
 
Apostila.curso.vapor cogeraç¦o
Apostila.curso.vapor cogeraç¦oApostila.curso.vapor cogeraç¦o
Apostila.curso.vapor cogeraç¦oconfidencial
 
1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf
1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf
1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdfssuser704b7e
 
Resumo final (grupo g)
Resumo final (grupo g)Resumo final (grupo g)
Resumo final (grupo g)João Ferreira
 
Convecção natural
Convecção naturalConvecção natural
Convecção naturalLeandro Vial
 
Fisica10 11-110524183508-phpapp02
Fisica10 11-110524183508-phpapp02 Fisica10 11-110524183508-phpapp02
Fisica10 11-110524183508-phpapp02 Adriana Cahongo
 
Mini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-Simons
Mini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-SimonsMini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-Simons
Mini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-SimonsMaria Teresa Thomaz
 
Transf calor usp
Transf calor uspTransf calor usp
Transf calor uspDavi Aquino
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Thommas Kevin
 

Semelhante a Determinação da capacidade térmica da água e do calorímetro por meio da Lei de Fourier (20)

Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01
Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01
Apostilatransfcalor 140407144959-phpapp01
 
Termodinâmica (entropia e diagrama)
Termodinâmica (entropia e diagrama)Termodinâmica (entropia e diagrama)
Termodinâmica (entropia e diagrama)
 
Apostila de fenômenos_de_transporte
Apostila de fenômenos_de_transporteApostila de fenômenos_de_transporte
Apostila de fenômenos_de_transporte
 
Manual_Instaladores Solar.pdf
Manual_Instaladores Solar.pdfManual_Instaladores Solar.pdf
Manual_Instaladores Solar.pdf
 
Apostila de fenomenos dos transporte
Apostila de fenomenos dos transporteApostila de fenomenos dos transporte
Apostila de fenomenos dos transporte
 
Calculodetempodeesterilizacao
CalculodetempodeesterilizacaoCalculodetempodeesterilizacao
Calculodetempodeesterilizacao
 
Apostila.curso.vapor cogeraç¦o
Apostila.curso.vapor cogeraç¦oApostila.curso.vapor cogeraç¦o
Apostila.curso.vapor cogeraç¦o
 
1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf
1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf
1ª Série - Física - 1 Ano - Modulo. 4.pdf
 
Relatório 2
Relatório 2Relatório 2
Relatório 2
 
684 4188-2-pb
684 4188-2-pb684 4188-2-pb
684 4188-2-pb
 
Resumo final (grupo g)
Resumo final (grupo g)Resumo final (grupo g)
Resumo final (grupo g)
 
Convecção natural
Convecção naturalConvecção natural
Convecção natural
 
Fisica10 11-110524183508-phpapp02
Fisica10 11-110524183508-phpapp02 Fisica10 11-110524183508-phpapp02
Fisica10 11-110524183508-phpapp02
 
1+ciência..
1+ciência..1+ciência..
1+ciência..
 
Física - Energia Térmica
Física - Energia Térmica   Física - Energia Térmica
Física - Energia Térmica
 
Mini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-Simons
Mini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-SimonsMini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-Simons
Mini-Curso: Campos de gauge clássicos: Maxwell e Chern-Simons
 
Transf calor usp
Transf calor uspTransf calor usp
Transf calor usp
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
 
Relatorio pou 2
Relatorio pou 2 Relatorio pou 2
Relatorio pou 2
 
Temodinâmica revisão
Temodinâmica   revisãoTemodinâmica   revisão
Temodinâmica revisão
 

Determinação da capacidade térmica da água e do calorímetro por meio da Lei de Fourier

  • 1. 1 – Introdução 1.1 Lei de Fouriere condução térmica No diaa dia das pessoasacondução de calor ocorre constantemente.Esse processoconsiste na transferênciade energiageradadevidoaumagradiente de temperatura,ouseja,é a transferênciade calorentre sistemascomdiferençasde temperatura,onde osistemade maior temperaturatransfere energiaparao de menortemperatura,como objetivode equipararas temperaturas.[1] Existemdiversosmodelosque tentamexplicaresse fenômeno.Umdelesé a Lei de Fourier,ouLei da Conduçãotérmica.EssaLei foi estabelecidaapartirde experiências vividase consistiuemestabeleceraproporcionalidadeentre ofluxode caloraolongode um material e a gradiente negativadatemperatura.EnunciandoaLei de Fouriertemosque a quantidade de calortransferidaemummaterial,porcondução,é igual ao produtodas quantidadesaseguir:[6] 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = −𝑘. 𝐴. 𝑑𝑇 𝑑𝑥 (1) Onde, 𝑑𝑄 𝑑𝑡 = fluxode calorpor condução(Kcal/hnosistemamétrico); k= condutividade térmicadomaterial; A= área da seção atravésda qual o calor flui porcondução,medidaperpendicularmente à direçãodo fluxo(m²); 𝑑𝑇 𝑑𝑥 = gradiente de temperaturanaseção,istoé,a razão de variaçãoda temperaturaT com a distância,nadireção x dofluxode calor(°C/h). O fator de condutividadetérmica,k,é umapropriedade de cadamaterial e revelaafacilidade que o material apresentaàconduçãode calor. Quandoo valorde k é alto o material é consideradoumcondutortérmico,casocontrário,o material é isolante térmico.Osinal negativodispostonaequaçãosugere que adireçãodoaumentoda distânciax,deve sera mesmadireçãodofluxode calorpositivo,ouseja,comoo calorflui do pontoonde a temperaturaé maiselevadaparao pontode temperaturamaisbaixao gradiente é negativo, portanto,o fluxosóé positivose a gradiente tambémfore,porisso,multiplica-se por-1.[7] 1.2 Calorímetro O calorímetroé uminstrumentoisoladotermicamente doambiente externomuitoutilizado para a realizaçãode medidasde quantidadesde calorque podemsercedidasouabsorvidas por meiode mudançasde estadode um sistema.Comocalorímetropode-se determinar caloresespecíficose capacidade térmicade substânciase caloresde transformaçãode estados.[2] O funcionamentodocalorímetroacontece daseguinteforma:Umtermômetroé colocado juntoa ele de modoque alcance a substâncianointeriordocalorímetro.Oagitadordeve ser sempre utilizadode modoaagitar o sistemae fazercom que ele alcance oequilíbriotérmico maisrapidamente.Colocando-se corposde diferentestemperaturasemseuinterior,ocorre troca de calorentre elesaté que se atinjao equilíbriotérmico.Osistemadoexperimento realizadoé compostoporuma fonte de tensão,que apresentaumadiferençade potencial elétricopré-determinadoconstante,umresistorresponsávelpelaconversãodaenergia
  • 2. elétricaemtérmicaatravésdoefeitoJoule e umcalorímetro.A tensãoa qual apresentaum valorconstante é distribuídanoresistor a fimde que ocorra a dissipaçãodapotênciano resistor[3].Alémde a potênciaserumagrandezaque mede a quantidade de energiadissipada emum determinadointervalode tempo,elatambémpode serdefinidacomoaenergia dissipadapeloresistoratravésdaseguinte Equação1 [5]: P = iU (2) Onde, P = potênciadissipada(W); i = corrente elétrica(A); U = diferençade potencial elétricodosistema(V); A fonte de tensãoproduziuumaenergiaelétricaaqual pode sermedidapelaLei de Ohme tambématravésda razão entre a energiaenvolvidae otempo: P =  𝐸  𝑡 (3) Onde, E = variaçãode energiaaplicadapelafonte de tensão (J); t = variaçãodo tempo(s); Quandoa energiaé transferidadafonte de tensãoaté o calorímetro,o resistorconverte essa energiaelétricaemenergiatérmica,aqual seráintroduzidanocalorímetro.Supõe-se que toda energianaforma de calor é utilizadaparaaquecera água, considerandodesprezível o aquecimentodocalorímetro.Sabe-se tambémque osistemaé isoladoporumisoporque envolve ocalorímetro,porémaindaháuma pequenadissipaçãode calor,aqual é desprezada no experimento.[1] Apósaenergiaelétricasertransformadaemenergiatérmica,aágua é aquecidaporuma quantidade de calor(Q). Comoa água não sofre mudançade estado,a seguinte equaçãopode serdescritacomo: Q = m.c.T (4) Onde, Q = quantidade de calor(J); m = massade água (Kg); c = calor específicodaágua ( 𝐽 𝑘𝑔.𝐾 ); T = variação da temperatura(K); Comofoi consideradoque todaenergiaelétricaé convertidaemenergiatérmica,podemos afirmarque: dQ = dE (5)
  • 3. 2 - Modelo e Metodologia 2.1 – Modelo Para a absorção ou remoçãode calor de sólidose líquidos,tem-sealgumasrelações importantes,umadelasé acapacidade térmica(C).Ela é a razão docalor (Q) recebidoou cedidoe a variação da temperatura( ) de um corpo.Ela é medidaemunidadesde energiapor grau Celsius(J/°C) ouenergiaporKelvin(J/K) [2].Elaé representadacomo: 𝐶 = 𝑄 ∆𝑇 Para um corpo,a capacidade térmicaé proporcional àmassa,entãodefine-se uma “capacidade térmicapor unidade de massa(m)”,chamadade calor específico(c).Que é referente aumaquantidade de massadaqual o objetoé feito.Essarelaçãopode serescrita como[2]: 𝑐 = 𝑄 𝑚𝑖∆𝑇 . (2) Comofoi descrito,doiscorposirãotrocar calor quandoforemcolocadosemcontatoum com o outro,e de acordo o Princípioda Conservaçãode Energia,emumsistemaisolado,asomada quantidade de calortrocada entre eles,ocalorrecebidomaisocalor cedido,é zero[3]. Um sistemaisoladopode serrepresentadoporumcalorímetro,que é umaparelhocujas propriedadesnãopermitemtrocasde calorcom o ambiente [3]. Uma forma de estudaras propriedadesdaáguacomo o calor específico,pode serfeitaemum calorímetrocom uma determinadacapacidade térmica,e utilizando-sede umresistor.O resistoré um aparelhocondutorque quandohápassagemde corrente elétricaele aquece [3]. Issose dá pelatransformaçãode energiaelétricaemcalor,denominadoefeitoJoule [3].A passagemde corrente elétricaemumresistorpode serlimitada,dependendodomaterial. Essa propriedade é chamadade resistênciaelétrica(R) [3]. A taxade calor que é dissipadaemumresistorporunidade de tempoé denominadapotência, e pode serescritaemfunçãoda resistênciaelétricae datensão(oudiferençade potencial), que pode serescritacomo[4]: 𝑃 = 𝑈² 𝑅 A potênciatérmicapode serescritacomona Eq. 6 [2],que é a taxa de calor dissipadopor unidade de tempo: . (6) Essa Eq. 6 pode serreescritacomo: Onde considerandoque apotenciaé constante,pode-se integrarambososladosda Eq. 7 obtendo-se: . Assimconsiderandoumsistemaisoladoformadoporumcalorímetroe por umamassa de água, pode-se escreverequaçãoparaConservaçãode Energianele,como: Onde igualandoessaEq.9 com a Eq. 8 e substituindoovalordapotenciapelovalordaEq. 5, obtém-se:
  • 4. Onde,isolando-se avariaçãode temperatura,obtém-se: É possível observarque aEq. 11 representaumaequaçãolinear,onde tem-seavariaçãode temperatura( ) emfunçãoda variação do tempo( ),podendoassimrelacionarcoma equação do primeirograu[5],representada: , (12) onde , , e são escritosnasEq. 13, 14, 15 e 16, respectivamente,apartirdas relaçõesdasEq.11 e 12: , (13) , (14) (15) e . (16) Utilizando-sedaEq.15, e fazendoadistributivadostermos,obtém-se: . (17) Onde colocando-se amassaemfunçãodo coeficienteangular,tem-se: (18) Onde é possível notarque essaEq. 18 representaumarelaçãolinear,onde tem-seamassa( ) emfunção docoeficienteangular( ),podendoassimrelacionarcomaequaçãodo primeiro grau escritana Eq. 12. Onde , , e o coeficiente agulare ocoeficiente linearsãoescritosnasEq. 19, 20, 21 e 22, respectivamente,apartirdasrelaçõesdasEq. 12 e 18: , (19) , (20) (21) e . (22)
  • 5. Utilizando-sedaEq.15, e fazendoadistributivadostermos,obtém-se: . (17) Onde colocando-se amassaemfunçãodo coeficienteangular,tem-se: (18) Onde é possível notarque essaEq. 18 representaumarelaçãolinear,onde tem-seamassa( ) emfunção docoeficienteangular( ),podendoassimrelacionarcomaequaçãodo primeiro grau escritana Eq. 12. Onde , , e o coeficiente agulare ocoeficiente linearsãoescritosnasEq. 19, 20, 21 e 22, respectivamente,apartirdasrelaçõesdasEq. 12 e 18: , (19) , (20) (21) e . (22) Para os modelostrabalhados,é precisoconsideraroserrosdas variáveiseme .Porém, segundoVuolo(1996) é complicadoe desnecessárioutilizarasduas incertezas.Épreciso conhecera aproximaçãopara essasduasvariáveis.Assimoautoradmite que é o valor verdadeiro,porémtemincertezamaior,que pode serescritacomo[5]: ( ) (23) onde é o erro original e (dy/dx)é umaestimativapreliminarparaa derivadade emrelaçãoa . Assimoerro de y com a transferênciadoerrode x poderser escritocomo: (24) Numaprimeiraparte,utiliza-se ométodoestatístico ()[5] considerandoapenasoerroem, para obtençãodo coeficiente angular,e numasegundaetapaseráconsideradooerro de com incertezade que foi transferida. Então para a primeiraé possível encontrarovaloresde e a partirdo métodoestatístico () (qui-quadrado)[5],que é definidacomo: ( ) Σ( ) ,(25) onde para esse modelo,é a i-ésimamedidade variaçãode tempo,é o errodas medidasem. SubstituindonaEq.25, obtém-se: ( ) Σ( ) .(26) Para achar a melhorretaque se ajustaaos dadosderiva-se parcialmente ()em relaçãoa e a conforme Eq.27 e 28[5]: (27) e . (28) Assimobtém-se [5]: (29) e [5]: (30) onde os termosβ, αx, αyy,αy, αxx e αxy são [5]: Σ , (31) Σ , (32) Σ , (33) Σ , (34) Σ , (35) e Σ (36) Comoe são medidasindiretas,elastêmumerro associado,escritocomo[5]: (37)
  • 6. e . (38) Para a segundaparte,serárefeitoométododoqui-quadrado,utilizandoagoraonovo valordo erro de a partir da Eq. 24. Então a novaequaçãodo métodopode serescritacomo: ( ) Σ( ) .(39) Assimpoderáseraplicadoométododo qui-quadradoparaencontrarosvaloresdocoeficiente angulare do coeficiente linear,onde oque mudaráserá a relaçãoda Eq. 31, que passa a ser escritacomo na: (40) Para o valorde da Eq. 20, tem-se umerro associado,paraissoseráutilizadodométodode propagação de incertezas[5] paraencontrara equaçãopara o calculodesse erro,que será escritacomo: √( ) , (41) onde é o erro referente aocoeficienteangularcalculadonaEq.37. DiferenciandoessaEq.40, emrelaçãoà Eq. 20, obtem-se: (42) Para o cálculodo calor específicoseráutilizadoaEq.21 e para o cálculoda capacidade térmica do calorímetroseráutilizadoaEq. 22, isolandocadaumdessasvariáveis,obtém-seessas relações: (43) e . (44) Comoessesvaloressãomedidaindiretas,é precisocalcularoerrosdessasmedidas,ométodo utilizadoseráode propagação de incertezas[5],podendoescreveraequaçãode propagação para a Eq.43 como: √( ) ( ) ( ) , (45) onde é o erro referente àmedidadatensãoelétrica,é oerroreferente àresistênciaelétricae é o erroreferente aocálculodocoeficiente angularcalculadoapartirda Eq. 37. Diferenciando essaEq. 45, obtém-se aequaçãopara o calculodoerro referente aocalorespecífico: √( ) ( ) ( ) . (46) Para o cálculodo erroreferente àcapacidade térmica,pode-seescreveraequaçãode propagação de incertezaparaa Eq. 44 como: √( ) ( ) (47) onde é o erro referente aocálculodocoeficiente linearcalculadoapartirda Eq. 38 é o erro referente aocalorespecificocalculadonaEq.46. DiferenciandoessaEq.47, obtém-se a equaçãopara o calculodo erro referenteàcapacidade térmica: √( ) ( ) . (48) Para o erro referente àmedidade variaçãode temperatura,Eq.3,a propagaçãode incertezas será escritacomo: √( ) ( ) . (49) Resolvendoessadiferencial e considerandoque oerrodastemperaturas( e ) são iguais,jáque o termômetroé o mesmo,tem-se aincertezadavariaçãoda temperatura: √ . (50) Para validara melhorretaobtidacom osdados experimentais,usa-se umteste chamadosobre o valorde encontradoconforme escrito[5]: (51) onde é o númerode graus de liberdadedoajuste e é escritocomo[5]: (52) onde é o númerode pontose númerode parâmetros. 2.1 – Aparato Experimental Foram utilizadosparaa realizaçãodoexperimentoosseguintesmateriais:  Calorímetrode resistência2Ω - 3Ω;  Provetagraduadade 250 ml;
  • 7.  Fonte de tensãocom incertezasde 0,01 V e 0,01 A;  Termômetrodigital tipoespeto, comprecisãomínimade 0,1°C;  Cronômetrodigital comincerteza0,01s. 2.2 – Metodologia Primeiramente, foi colocado cerca de 84,37 g de água em uma proveta graduada e em seguida transportada para o calorímetro, tomando nota da temperatura inicial. Utilizando a fonte de tensão, sua voltagem foi ajustada para 6,3 Volts e ligada ao calorímetro, iniciando o aquecimento do sistema. A cada 0,5 minutos marcados pelo cronômetro, foi registrada a nova temperatura, observando que esta aumentava gradativamente. Esse procedimento foi repetido até totalizar 20 pontos experimentais. O mesmo procedimento descrito anteriormente foi efetuado para as massas de água de 98,87 g, 117,47 g, 133,47 g, 147,92 g e 166,08 g respectivamente. 3 – Dados Experimentais Tempo  = 0,01s Temperatura  = 0,1 °C 𝑚1=84,37g 𝑚2=98,87g 𝑚3= 117,47g 𝑚4=133,47g 𝑚5=147,92g 𝑚6=166,08g 𝑡0 = 0s 23,5 23,5 23,5 23,5 23,5 23,5 𝑡1 = 30s 24,1 24,2 24,0 23,9 23,6 23,7 𝑡2 = 60s 25,7 24,9 24,7 24,5 24,1 24,2 𝑡3 = 90s 25,9 25,6 25,4 25,2 24,9 24,8 𝑡4 = 120s 26,9 26,3 26,1 25,9 25,5 25,3 𝑡5 = 150s 27,9 26,8 26,8 26,6 26,0 25,8 𝑡6 = 180s 28,9 27,3 27,4 27,3 26,6 26,4 𝑡7 = 210s 30,0 27,9 28,1 27,9 27,2 26,8 𝑡8 = 240s 30,8 28,5 28,8 28,5 27,8 27,3 𝑡9 = 270s 31,9 29,1 29,4 29,2 28,4 27,8 𝑡10 = 300s 32,6 29,6 30,1 29,9 29,0 28,4 𝑡11 = 330s 33,7 30,3 30,7 30,6 29,6 28,8 𝑡12 = 360s 34,4 31,0 31,3 31,2 30,2 29,4 𝑡13 = 390s 35,6 31,5 32,0 31,9 30,7 29,8 𝑡14 = 420s 36,4 32,4 32,6 32,5 31,1 30,4 𝑡15 = 450s 37,3 33,0 33,3 33,2 31,7 30,9 𝑡16 = 480s 38,2 33,6 33,8 33,7 32,2 31,2 𝑡17 = 510s 39,1 34,2 34,4 34,3 32,8 31,6 𝑡18 = 540s 39,9 34,8 35,1 35,0 33,7 32,1 𝑡19 = 570s 40,7 35,3 35,7 35,5 33,9 32,8 𝑡20 = 600s 41,5 35,8 36,3 36,2 34,4 33,2 4 – Análises de Dados
  • 8. a σa b σb 0,030588972 0,000253058 -0,060526316 0,090942717 a σa b σb 0,020473684 0,000147761 0,155789474 0,053101557 0 2 4 6 8 10 12 0 100 200 300 400 500 600 700 Temperatura(°C) Tempo (s) Temperaturax tempo(m=84,37g) 0 2 4 6 8 10 12 0 100 200 300 400 500 600 700 Temperatura(°C) Tempo (s) Temperaturax tempo(m=98,87g)
  • 9. a σa b σb 0,021503759 0,00011666 0,026315789 0,041924738 a σa b σb 0,021654135 0,000118941 -0,171052632 0,042744469 0 2 4 6 8 10 12 0 100 200 300 400 500 600 700 Temperatura(°C) Tempo (s) Temperaturax tempo(m=117,47 g) 0 2 4 6 8 10 12 0 100 200 300 400 500 600 700 Temperatura(°C) Tempo (s) Temperaturax tempo(m=133,47g)
  • 10. a σa b σb 0,019062657 0,000165801 -0,334736842 0,059584736 a σa b σb 0,01656391 0,000121556 -0,182631579 0,043684135 0 2 4 6 8 10 12 0 100 200 300 400 500 600 700 Temperatura(°C) Tempo (s) Temperaturax tempo(m=147,92g) 0 2 4 6 8 10 12 0 100 200 300 400 500 600 700 Temperatura(°C) Tempo (s) Temperaturax tempo(m=166,08g)
  • 11. a σa b σb 0,002924316 0,000834468 -0,015147712 0,040500395 5 – Discussão 6 – Conclusão 0 0.02 0.04 0.06 0.08 0.1 0.12 0.14 0.16 0.18 0 10 20 30 40 50 60 70 Massa(g) 1/a (s/°C) Massa x (1/a)