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Saúde pública III- Doenças
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Prof. Ismael Costa
Tuberculose
Epidemiologia
• O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS, que representam 80%
da carga mundial de TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos,
correspondendo a um coeficiente de incidência de 38/100.000 hab.
Destes 41117 casos novos foram bacilíferos (casos com baciloscopia de
escarro positiva), apresentando um coeficiente de incidência de
41/100.000 hab.
• Estes indicadores colocam o Brasil na 19ª posição em relação ao número
de casos e na 104º posição em relação ao coeficiente de incidência.
• A distribuição dos casos está concentrada em 315 dos 5564 municípios
do país, correspondendo a 70% da totalidade dos casos. O estado de São
Paulo detecta o maior número absoluto de casos e o estado do Rio de
Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência (SINAN).
• Em 2008 a TB foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª
causa de morte dos pacientes com AIDS (SIM).
By Ismael Costa
5
Modo de transmissão
• A tuberculose é transmitida
de pessoa a pessoa,
principalmente através do ar.
A fala, o espirro e,
principalmente, a tosse de
um doente de tuberculose
pulmonar bacilífera lança no
ar gotículas, de tamanhos
variados, contendo no seu
interior o bacilo. By Ismael Costa
6
Período de incubação
• Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem,
em média, 4 a 12 semanas para a detecção das
lesões primárias. A maioria dos novos casos de
doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses
após a infecção inicial.
• A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado,
e de que essa infecção evolua para a doença,
depende de múltiplas causas, destacando-se,
dentre estas, as condições socioeconômicas e
algumas condições médicas (diabetes mellitus,
silicose, uso prolongado de corticosteróide ou
outros imunossupressores, neoplasias, uso de
drogas e infecção pelo HIV).
By Ismael Costa
7
Período de transmissibilidade
• A transmissão é plena enquanto o doente com a
forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera
eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.
• Com o esquema terapêutico recomendado, a
transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis
insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas.
• As crianças com tuberculose pulmonar geralmente
não são infectantes.
By Ismael Costa
8
DEFINIÇÃO DE CASO
by Ismael Costa9
Suspeito
• Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de
tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas,
febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame
radiológico.
• Paciente com imagem compatível com tuberculose.
Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculose
pulmonar bacilífera:
duas baciloscopias positivas ou
uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou
uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva
de tuberculose.
by Ismael Costa10
Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – paciente
com duas baciloscopias negativas, com imagem
radiológica sugestiva e achados clínicos ou outros exames
complementares que permitam ao médico efetuar um diagnóstico
de tuberculose.
Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências
clínicas e achados laboratoriais, inclusive
histopatológicos, compatíveis com tuberculose
extrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, uma
cultura positiva para M.tuberculosis, de material
proveniente de uma localização extrapulmonar.
“Caso novo” é o doente com tuberculose que nunca se submeteu
à quimioterapia antituberculosa, fez uso de tuberculostáticos por
menos de 30 dias.
Detecção de casos
• A tuberculose é transmitida por via aérea em
praticamente a totalidade dos casos. A infecção
ocorre a partir da inalação de núcleos secos de
gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala
ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias
respiratórias (pulmonar ou laríngea).
• Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja
baciloscopia de escarro é positiva, são a principal
fonte de infecção.
• Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia
negativa, mesmo que tenham resultado positivo à
cultura, são muito menos eficientes como fontes de
transmissão, embora isto possa ocorrer. As formas
exclusivamente extrapulmonares não transmitem
a doença. By Ismael Costa
11
By Ismael Costa
12
TDO
 O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS
que visa o fortalecimento da adesão do paciente
ao tratamento e a prevenção do aparecimento de
cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo
os casos de abandono e aumentando a
probabilidade de cura.
TDO - definição
 O tratamento diretamente
observado constitui uma
mudança na forma de
administrar os medicamentos,
sem mudanças no esquema
terapêutico: o profissional
treinado passa a observar a
tomada da medicação do
paciente desde o início do
tratamento até a sua cura.
Estratégia Operacional
• Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos)
deve realizar o tratamento diretamente observado.
• Para a implementação do tratamento diretamente
observado, devem-se considerar as seguintes
modalidades de supervisão:
• Domiciliar: observação realizada na residência do
paciente ou em local por ele solicitado.
• Na Unidade de Saúde – observação em unidades de
ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou
Hospitais.
• Prisional: observação no sistema prisional.
• Compartilhada: quando o doente recebe a consulta
médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em
outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao
seu domicílio ou trabalho.
By Ismael Costa
14
TDO - observações
 O TDO consiste na observação diária da ingestão dos
medicamentos antituberculose por um profissional
capacitado da equipe de saúde, por, no mínimo, 3
observações semanais do início ao fim (24 ingestões
observadas na fase intensiva e 48 na fase de
manutenção).
 Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a
observação seja realizada por uma pessoa da família, de
equipamentos da assistência social ou da comunidade,
capacitados por profissional da equipe de saúde.
 Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu
responsável semanalmente para monitorar o
tratamento, com atenção reforçada, uma vez que são
menores as taxas de cura e maior o abandono quando um
familiar faz a observação.
Diagnóstico
• A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode
acometer uma série de órgãos e/ou sistemas.
• A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais
freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública,
pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a
responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da
doença.
• A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal
estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a
detecção precoce das formas pulmonares.
By Ismael Costa
16
By Ismael Costa
• TB pulmonar:
• Pode se apresentar sob a forma primária, pós-
primária (ou secundária) ou miliar. Os
sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse
persistente, produtiva ou não (com muco e
eventualmente sangue), febre vespertina,
sudorese noturna e emagrecimento.
By Ismael Costa
18
• TB pulmonar primária - É mais comum em crianças
e clinicamente apresenta-se, na maior parte das
vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta
irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna,
inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo.
By Ismael Costa
19
• TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer
idade, mas é mais comum no adolescente e adulto
jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou
produtiva.
• A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou
sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não
costuma ultrapassar os 38,5º C.
• A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame
físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e
emagrecimento, embora indivíduos com bom estado
geral e sem perda do apetite também possam ter TB
pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar
diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou
mesmo ser normal.
By Ismael Costa
20
• TB miliar – A denominação é vinculada ao
aspecto radiológico pulmonar. É uma forma
grave de doença e ocorre em 1% dos casos de
TB em pacientes HIV soronegativos, e em até
10% dos casos em pacientes HIV
soropositivos, em fase avançada de
imunossupressão.
• A apresentação clínica clássica é a aguda, mais
comum em crianças e adultos jovens. Os
sintomas são febre, astenia e emagrecimento,
que em associação com tosse ocorrem em
80% dos casos. O exame físico mostra
hepatomegalia (35% dos casos), alterações do
sistema nervoso central (30% dos casos) e
alterações cutâneas do tipo eritemato-
máculo-papulo-vesiculosas.
By Ismael Costa
21
Exame bacteriológico
• Exame microscópico direto - baciloscopia direta
• Por ser um método simples e seguro, deve ser
realizado por todo laboratório público de saúde e
pelos laboratórios privados tecnicamente habilitados.
A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR)
pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais
utilizada em nosso meio.
• A baciloscopia do escarro, desde que executada
corretamente em todas as suas fases, permite
detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose
pulmonar, o que é importante do ponto de vista
epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os
responsáveis pela manutenção da cadeia de
transmissão
By Ismael Costa
22
• A baciloscopia direta deve ser solicitada aos
pacientes que apresentem:
• Critérios de definição de sintomático respiratório
(exame de escarro);
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar,
independentemente do tempo de tosse (exame de
escarro);
• Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em
materiais biológicos diversos).
By Ismael Costa
24
• A baciloscopia de escarro deve ser realizada em,
no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da
primeira consulta, e outra, independentemente
do resultado da primeira, na manhã do dia
seguinte, preferencialmente ao despertar.
• Nos casos em que há indícios clínicos e
radiológicos de suspeita de TB e as duas
amostras de diagnóstico apresentem resultado
negativo, podem ser solicitadas amostras
adicionais.
By Ismael Costa
25
By Ismael Costa
Recipiente – O material deve ser coletado em
potes plásticos com as seguintes características:
descartáveis, com boca larga (50mm de
diâmetro), transparente, com tampa de rosca,
altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A
identificação (nome do paciente e data da coleta)
deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa,
utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou
caneta com tinta indelével.
Cultura
• A cultura para micobactéria é indicada nos
seguintes casos:
• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com
baciloscopia repetidamente negativa;
• Suspeitos de TB com amostras paucibacilares
(poucos bacilos);
• Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção
da amostra (por exemplo crianças);
• Suspeitos de TB extrapulmonar;
• Casos suspeitos de infecções causadas por
Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes
casos o teste de sensibilidade pode ser feito
com MIC).
By Ismael Costa
28
Cultura + teste de sensibilidade
• Contatos de casos de tuberculose resistente;
• Pacientes com antecedentes de tratamento prévio
independentemente do tempo decorrido;
• Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores
de HIV;
• Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês
de tratamento;
• Falência ao tratamento antiTB .
• Em investigação de populações com maior risco de
albergarem cepa de M.tuberculosis resistente
(profissionais de saúde, população de rua, privados de
liberdade, pacientes internados em hospitais que não
adotam medidas de biossegurança e instituições de
longa permanência) ou com difícil abordagem
subseqüente (indígenas).
By Ismael Costa
29
• A técnica do escarro induzido,
utilizando nebulizador
ultrassônico e solução salina
hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%),
pode ser usada em pacientes com
forte suspeita de tuberculose
pulmonar e sem adequado
material proveniente da árvore
brônquica, tanto para a
baciloscopia direta como para a
cultura.
By Ismael Costa
30
Exame radiológico
• Deve ser solicitada para todo o paciente com
suspeita clínica de TB pulmonar. No entanto, até
15% dos casos de TB pulmonar não apresentam
alterações radiológicas, principalmente pacientes
imunodeprimidos.
• Em suspeitos radiológicos de tuberculose
pulmonar com baciloscopia direta negativa, deve-
se afastar a possibilidade de outras doenças,
recomendando-se, ainda, a cultura para
micobactéria.
• O exame radiológico, em pacientes com
baciloscopia positiva, tem como função principal
a exclusão de doença pulmonar associada .
By Ismael Costa
31
Prova tuberculínica
• A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação
intradérmica de um derivado protéico do M.
tuberculosis para medir a resposta imune celular a
estes antígenos.
• É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o
diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis
(ILTB). Na criança também é muito importante
como método coadjuvante para o diagnóstico da TB
doença.
By Ismael Costa
32
Tuberculina e Técnica
• No Brasil, a tuberculina usada é o PPD-RT 23, aplicada por via
intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço
esquerdo, na dose de 0,1ml, que contém 2 UT (unidades de
tuberculina), e guarda equivalência biológica com 5 UT de PPD-S,
utilizada em outros países.
• A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura
entre 2ºC e 8ºC e não deve ser exposta à luz solar direta. A técnica
de aplicação, de leitura e o material utilizado são padronizados pela
OMS .
• A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação ,
podendo este prazo ser estendido para 96 horas caso o paciente
falte à leitura na data agendada.
By Ismael Costa
33
Interpretação da PT
• O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação
isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais
recomendada, pois a interpretação do teste e seus valores de corte podem
variar de acordo com a população e o risco de adoecimento.
• Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por outras
micobactérias ou vacinados pelo BCG, principalmente se vacinados (ou re-
vacinados) após o primeiro ano de vida, quando o BCG produz reações
maiores e mais duradouras. Entretanto, a reação tende a diminuir com o
passar do tempo, e se a PT for realizada 10 anos ou mais após a última
vacinação, o efeito da BCG sobre ela poderá ser mínimo.
• Indicações
• Na investigação de infecção latente no adulto.
• Na investigação de infecção latente e de TB doença em crianças.
• Indivíduos com PT documentada e resultado igual ou superior a 10 mm
não devem ser retestados.
By Ismael Costa
36
Tratamento
• Período de transmissibilidade após início do tratamento
• A transmissibilidade está presente desde os primeiros
sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de
tratamento efetivo. Durante muitos anos considerou-se que,
após 15 dias de tratamento, o paciente já não transmitia a
doença.
• Na prática, quando o paciente não tem história de tratamento
anterior nem outros riscos conhecidos de resistência, pode-se
considerar que, após 15 dias de tratamento e havendo
melhora cínica, o paciente pode ser considerado não
infectante.
By Ismael Costa
37
Regimes de tratamento
• O tratamento será desenvolvido sob regime ambulatorial,
diretamente observado (TDO). A hospitalização é
recomendada em casos especiais e de acordo com as
seguintes prioridades:
• Meningoencefalite tuberculosa.
• Intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em
ambulatório.
• Estado geral que não permita tratamento em ambulatório.
• Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não
à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em
unidade hospitalar.
• Casos em situação de vulnerabilidade social, como
ausência de residência fixa ou grupos com maior
possibilidade de abandono, especialmente se for um caso
de retratamento, falência ou multirresistência.
By Ismael Costa
38
Tratamento
• Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente
com o seu Comitê Técnico Assessor reviu o sistema de tratamento da TB
no Brasil. Baseado nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional
de Resistência aos medicamentos antiTB, que mostrou aumento da
resistência primária à isoniazida (de 4,4 para 6,0%), introduz o
Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois
primeiros meses) do Esquema básico.
• A apresentação farmacológica deste esquema passa a ser em
comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos
(RHZE), nas seguintes dosagens: R 150 mg, H 75 mg, Z 400 mg e E 275
mg.
• Em todos os esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser
administrada em uma única tomada.
By Ismael Costa
39
Indicações de esquemas
terapêuticos
• Caso novo ou virgens de tratamento (VT) - pacientes que nunca se
submeteram ao tratamento anti-TB, ou o fizeram por até 30 dias.
• Retratamento ou com tratamento anterior (TA) - pessoa já tratada para TB
por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva
após cura (RC) ou retorno após abandono (RA).
• O paciente que retorna ao sistema após abandono deve ter sua doença
confirmada por nova investigação diagnóstica por baciloscopia, devendo
ser solicitada cultura, identificação e teste de sensibilidade, antes da
reintrodução do tratamento anti-TB básico.
• Falência - Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento.
São também classificados como caso de falência os casos que, no início do
tratamento, são fortemente positivos (++ ou +++) e mantêm essa situação
até o 4º mês, ou aqueles com positividade inicial seguida de negativação, e
nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4º mês de
tratamento.
• By Ismael Costa
40
By Ismael Costa 41
Esquemas
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos –
Pacientes Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol
• – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/4RH
• Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos
– Crianças Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/4RH
By Ismael Costa
42
By Ismael Costa
• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes
Adolescentes e Adultos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e
Etambutol.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZE/7RH
• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças
Menores de 10 anos.
• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.
• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.
• 2RHZ/7RH
By Ismael Costa
44
Condições especiais
• Gestante
• A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico
precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe
grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem
como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o
risco de transmissão pós-natal.
• Não há contra-indicações à amamentação, desde que a mãe não seja
portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faça
uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança.
• Gestantes e lactantes devem utilizar os esquemas preconizados acima,
mas especial atenção devem receber no monitoramento de efeitos
adversos.
• O quadro 13 descreve a segurança dos fármacos de primeira e segunda
linha nesta população.
By Ismael Costa
45
By Ismael Costa 46
Controle do tratamento
• Acompanhamento da evolução da doença em adultos
• 1) Realização mensal da baciloscopia de controle, nos casos de
TB pulmonar, sendo indispensáveis as dos 2º, 4º e 6º meses,
no Esquema Básico. Em casos de baciloscopia positiva no final
do segundo mês de tratamento, solicitar cultura para
micobactérias com identificação e teste de sensibilidade.
• 2) Acompanhamento clínico mensal visando a identificação de
queixas e sinais clínicos que possam avaliar a evolução da
doença após a introdução dos medicamentos e a detecção de
manifestações adversas com seu uso.
• 3) Pacientes inicialmente bacilíferos, deverão ter pelo menos
duas baciloscopias negativas para comprovar cura, uma na
fase de acompanhamento e outra ao final do tratamento.
By Ismael Costa
47
Controle de contatos
• Definições para proceder ao controle de contatos
• Caso índice – Todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com
baciloscopia positiva.
• Contato – É definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente
com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode
se dar em casa e/ou em ambientes de trabalho, instituições de longa
permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de exposição do
contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o
ambiente e o tempo de exposição.
• Obs. Tendo em vista que crianças com TB em geral desenvolvem a doença
após transmissão por um contato adulto bacilífero, preconiza-se a
investigação de todos os seus contatos, independentemente da forma
clínica da criança, a fim de se identificar não somente os casos de ILTB,
mas principalmente o caso índice, interrompendo assim a cadeia de
transmissão.
By Ismael Costa
48
Tratamento de ILTB
By Ismael Costa
 O tratamento da infecção latente com isoniazida reduz em 60
a 90% o risco de adoecimento. Esta variação se deve à duração
e à adesão ao tratamento.
 O número de doses tomadas tem se revelado mais importante
do que o uso diário do medicamento. Portanto, mesmo que
o indivíduo não use a H todos os dias, é importante
insistir para que complete o número de doses do
tratamento, mesmo depois de decorrido o tempo pré-
estabelecido pelo médico. O número mínimo de doses
preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num
período entre 6 e 9 meses).
Fármaco utilizado
• Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose
máxima de 300 mg/dia.
• Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da
ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade
de infecção latente e o risco de adoecimento.
Recém-nascido
By Ismael Costa
Crianças
By Ismael Costa
Além do resultado do PT, a indicação do uso da H para
tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a
probabilidade de ILTB e o risco de adoecimento . Os grupos
com indicação de tratamento são:
1- Crianças contatos de casos bacilíferos:
• PT igual ou superior a 5 mm - em crianças não vacinadas com
BCG, crianças vacinadas há mais de 2 anos ou qualquer
condição imunossupressora;
• PT igual ou superior a 10 mm em crianças vacinadas com
BCG há menos de 2 anos;
• Crianças que adquiriram ILTB até os 5 anos – grupo
prioritário para tratamento de ILTB.
adultos
By Ismael Costa
Em adultos e adolescentes:
Em adultos e adolescentes (> 10 anos) com ILTB, a relação
risco-benefício do tratamento com H deve ser avaliada.A
idade é um dos fatores de risco para hepatoxicidade pela
isoniazida. Pelo risco de hepatoxicidade e reduzido risco
acumulado de adoecimento,recomenda-se o tratamento
conforme o quadro 20.
By Ismael Costa 54
Situações especiais
• Grávidas - Em grávidas, recomenda-se postergar o tratamento da ILTB para
após o parto.
• Em gestante com infecção pelo HIV, recomenda-se tratar a ILTB após o 3º
mês de gestação.
• HIV / aids - Tratar ILTB nos seguintes casos:
• Radiografia de tórax normal e PT ≥ 5 mm
• Contatos intradomiciliares ou institucionais de pacientes bacilíferos
independentemente da PT
• PT < 5 mm com registro documental de ter tido PT ≥ 5 mm e não submetido
a tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião
• Radiografia de tórax com presença de cicatriz radiológica de TB, sem
tratamento anterior para TB (afastada possibilidade de TB ativa através de
exames de escarro,radiografias anteriores e se necessário, TC de tórax),
independentemente do resultado da PT.
By Ismael Costa
55
Resistência aos fármacos anti-TB
By Ismael Costa
• A resistencia aos farmacos antiTB e classificada em:
• Resistencia natural- É aquela que surge no processo de
multiplicacao do bacilo naturalmente.
• Resistencia primaria - E aquela que se verifica em pacientes nunca
tratados paraTB, contaminados por bacilos previamente resistentes.
• Resistencia adquirida ou secundaria - E a que se verifica em
pacientes, com tuberculose inicialmente sensivel, que se torna
resistente apos a exposicao aos medicamentos.
• As principais causas do surgimento da resistencia adquirida sao:
esquemas inadequados; uso irregular do esquema terapeutico
por má adesão ou falta temporaria de medicamentos.
Tipos de resistência
By Ismael Costa
• Monorresistencia: resistencia a um farmaco antiTB.
• Polirresistencia: resistencia a dois ou mais farmacos
antituberculose, exceto a associação Rifampicina e Isoniazida.
• Multirresistencia: resistencia a pelo menos Rifampicina e
Isoniazida (MDR).
• Resistencia extensiva: resistencia a Rifampicina e
Isoniazida acrescida a resistencia a uma fluoroquinolona
e a um injetavel de segunda linha (Amicacina, canamicina
ou Capreomicina).
by Ismael Costa 58
Acompanhamento do caso
• Alta por cura
• Alta por completar o tratamento
• Alta por abandono de tratamento
• Alta por mudança de diagnóstico
• Alta por óbito
• Alta por falência
• Alta por transferência
HANSENÍASE
By Ismael Costa59
HANSENÍASE (LEPRA)
 Doença infecto-contagiosa, crônica, curável,
causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é
capaz de infectar grande número de pessoas
(alta infectividade), mas poucos adoecem,
(baixa patogenicidade). O poder imunogênico do
bacilo é responsável pelo alto potencial
incapacitante da hanseníase.
 O comprometimento dos nervos periféricos é
a característica principal da doença, dando-
lhe um grande potencial para provocar
incapacidades físicas que podem, inclusive,
evoluir para deformidades.
by Ismael Costa60
DEFINIÇÃO DE CASO DE
HANSENÍASE
 A pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes
sinais cardinais e que necessita de tratamento
poliquimioterápico:
 lesão e/ou área da pele com diminuição ou
alteração de sensibilidade;
 acometimento de nervo periférico, com ou
sem espessamento associado a alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e
 baciloscopia positiva de esfregaço
intradérmico.
61 by Ismael Costa
AGENTE ETIOLÓGICO
 A hanseníase é causada pelo Mycobacterium
leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita
intracelular obrigatório, com afinidade por células
cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se
instala no organismo da pessoa infectada, podendo se
multiplicar.
62 by Ismael Costa
MODO DE TRANSMISSÃO
 A principal via de eliminação do bacilo, pelo
indivíduo doente de hanseníase, e a mais
provável porta de entrada no organismo
passível de ser infectado são as vias aéreas
superiores, o trato respiratório. No
entanto, para que a transmissão do bacilo
ocorra, é necessário um contato direto
com a pessoa doente não tratada.
 A hanseníase apresenta longo período de
incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há
referências a períodos mais curtos, de 7
meses, como também a mais longos, de 10
anos.
63 by Ismael Costa
Epidemiologia
 Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo,
constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um
pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras
pessoas. Os casos Paucibacilares, portanto, não são considerados
importantes fontes de transmissão da doença devido à
sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas podem até curar-se
espontaneamente.
 Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se
multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior,
podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos
Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e
manutenção da cadeia epidemiológica da doença.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hanseníase indeterminada – forma
inicial, evolui espontaneamente
para a cura na maioria dos casos
ou evolui para as formas polarizadas
em cerca de 25% dos casos, o que pode
ocorrer no prazo de 3 a 5 anos.
Geralmente, encontra-se apenas uma
lesão, de cor mais clara que a pele
normal, com distúrbio da
sensibilidade, ou áreas
circunscritas de pele com aspecto
normal e com distúrbio de
sensibilidade, podendo ser
acompanhadas de alopecia e/ou
anidrose.
By Ismael Costa65
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hanseníase tuberculoide – forma mais benigna e
localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao
bacilo. As lesões são poucas (ou uma única), de limites
bem definidos e pouco elevados, e com ausência de
sensibilidade (dormência).
 Ocorre comprometimento simétrico de troncos
nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia
muscular. Próximos às lesões em placa, podem ser
encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou
trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade
térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia.
Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete
crianças de 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no
domicílio. A clínica é caracterizada por lesões
papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno
número, principalmente na face.
By Ismael Costa66
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 Hanseníase dimorfa (ou borderline) – forma
intermediária, resultante de uma imunidade também
intermediária, com características clínicas e
laboratoriais que podem se aproximar do polo
tuberculoide ou virchowiano. A variedade de
lesões cutâneas é maior e estas apresentam-
se como placas, nódulos eritemato-
acastanhados, em grande número, com
tendência à simetria. As lesões mais
características dessa forma clínica são
denominadas lesões pré-foveolares ou
foveolares, sobre-elevadas ou não, com áreas
centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com
limites internos nítidos e externos difusos. O
acometimento dos nervos é mais extenso, podendo
ocorrer neurites agudas de grave prognóstico.
By Ismael Costa67
Manifestações clínicas
 Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa) As
lesões cutâneas caracterizam-se por placas
infiltradas e nódulos (hansenomas), de
coloração eritemato-acastanhada ou
ferruginosa, que podem se instalar também na
mucosa oral. Podem ocorrer infiltração facial com
madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos
pavilhões auriculares, espessamento e
acentuação dos sulcos cutâneos. Pode, ainda,
ocorrer acometimento da laringe, com quadro de
rouquidão, e de órgãos internos (fígado, baço,
suprarrenais e testículos), bem como a hanseníase
histoide, com predominância de hansenomas com
aspecto de queloides ou fibromas, com grande número
de bacilos. Ocorre comprometimento de maior
número de troncos nervosos de forma
simétrica.
By Ismael Costa
By Ismael Costa
Avaliação dermatológica
 Consistem na identificação de lesões de pele por
meio de inspeção de toda a superfície corporal do
paciente e realização de pesquisa de sensibilidade
térmica, dolorosa e tátil nas lesões e/ou áreas
suspeitas para verificar qualquer alteração
Classificação operacional para fins de
tratamento quimioterápico.
 CASOS COM BAAR + , MESMO COM MENOS DE 5
LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES!
by Ismael Costa72
Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele.
Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não
contagiosa
Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de
pele.
Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
 A avaliação neurológica deve ser realizada no momento
do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento,
na ocorrência de neurites e reações ou quando houver
suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT
e sempre que houver queixas.
 Os principais nervos periféricos acometidos na
hanseníase são os que passam:
 pela face - trigêmeo e facial, que podem causar
alterações na face, nos olhos e no nariz;
 pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem
causar alterações nos braços e mãos;
 pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que
podem causar alterações nas pernas e pés.
73 by Ismael Costa
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
 Exame baciloscópico – a baciloscopia de
pele (esfregaço intradérmico), quando
disponível, deve ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos
em PB ou MB. A baciloscopia positiva
classifica o caso como MB,
independentemente do número de lesões.
O resultado negativo da baciloscopia não
exclui o diagnóstico da hanseníase.
 Exame histopatológico – indicado como
apoio na elucidação diagnóstica e em
pesquisas.
by Ismael Costa74
Mitsuda
 Teste de Mitsuda - Possui valor
prognóstico e é recomendado para
distinção dos casos neurais que não
apresentam lesão cutânea, para
classificação da doença.
 O teste é feito pela aplicação
intradérmica de 0,1 ml de
mitsudina na face anterior do
antebraço direito, formando-se
uma pápula com cerca de 1cm de
diâmetro. Sendo feita a leitura
após 21 e 28 dias.
TRATAMENTO
QUIMIOTERÁPICO PQT
 A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo
conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina,
dapsona e clofazimina, com administração
associada.
 Para crianças com hanseníase, a dose dos
medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de
acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com
intolerância a um dos medicamentos do esquema-
padrão, são indicados esquemas alternativos.
 A alta por cura é dada após a administração do
número de doses preconizadas pelo esquema
terapêutico.
76 by Ismael Costa
Esquemas
77 by Ismael Costa
Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB)
Até 5 lesões de pele
Mais de 5 lesões de pele, ou com
baciloscopia positiva.
Tratamento Tratamento
Rifampicina mensal supervisionada
(600mg)
Rifampicina mensal supervisionada
(600mg)
Dapsona* - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100
mg
Dapsona - 1 dose mensal,
supervisionada de 100mg. Doses
diárias auto-administradas de 100 mg
***
Clofazimina - 1 dose mensal
superviso nada de 300mg, doses
diárias auto-administradas de 50 mg.
Critério de alta Critério de alta
6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses
* Também conhecida como Sulfona
ACOMPANHAMENTO DAS
INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA
 É importante diferenciar um quadro de estado reacional de
um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa
deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém,
o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT
deve ser reiniciado.
 Somente os casos graves, assim como os que apresentarem
reações reversas graves, deverão ser encaminhados para
hospitalização.
 É considerado um caso de recidiva, aquele que completar
com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado
venha eventualmente desenvolver novos sinais e
sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o
tratamento PQT inadequado ou incorreto.
by Ismael Costa80
ESTADOS REACIONAIS OU
REAÇÕES HANSÊNICAS
 Os estados reacionais ou reações hansênicas são
reações do sistema imunológico do doente ao
Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de
episódios inflamatórios agudos e sub-agudos.
 Os estados reacionais ocorrem, principalmente,
durante os primeiros meses do tratamento
quimioterápico da hanseníase, mas também podem
ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a
cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento,
podem induzir ao diagnóstico da doença.
 Os estados reacionais são a principal causa de
lesões dos nervos e de incapacidades provocadas
pela hanseníase.
by Ismael Costa81
82 by Ismael Costa
Reações Hansênicas
Tipo 1 (reação reversa)
Tipo 2 (Eritema nodoso
hansênico)
Dor e Espessamento de
nervos periféricos
(neurites)
Dor e Espessamento de
nervos periféricos (neurites)
Novas lesões
dermatológicas, alterações
das lesões antigas.
Eritema Nodoso Hansênico
(ENH) que se caracteriza por
apresentar nódulos
vermelhos e dolorosos, febre,
dores articulares e mal estar
generalizado.
Complicações
 As complicações da hanseníase, muitas vezes,
confundem-se com a evolução do próprio quadro
clínico da doença.
 Muitas delas dependem da resposta imune dos
indivíduos acometidos, outras estão
relacionadas à presença do M. leprae nos
tecidos e, por fim, algumas das complicações
decorrem das lesões neurais características da
hanseníase.
By Ismael Costa
Referência e contra-referência
 Na presença de intercorrências clínicas, reações
adversas ao tratamento, estados reacionais e
dúvida no diagnóstico, o caso deverá ser encaminhado
ao serviço de referência, conforme o sistema de
referência e de contra-referência estabelecido pelo
município.
By Ismael Costa84
Critérios de alta por cura
 O encerramento da PQT deve acontecer segundo os critérios
de regularidade no tratamento: número de doses e tempo
de tratamento, de acordo com cada esquema
mencionado anteriormente, sempre com avaliação
neurológica simplificada, avaliação do grau de
incapacidade física e orientação para os cuidados após
a alta.
 Condutas para pacientes irregulares – os que não
completaram o tratamento preconizado PB (6 doses, em até 9
meses) e MB (12 doses, em até 18 meses) deverão ser
avaliados quanto à necessidade de reinício ou
possibilidade de aproveitamento de doses anteriores,
visando à finalização do tratamento dentro do prazo
preconizado.
By Ismael Costa
MB
 Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento
em pacientes MB – para o doente MB sem melhora clínica
ao final das 12 doses de PQT, a indicação de um segundo
ciclo de 12 doses de tratamento deverá se basear na
associação de sinais de atividade da doença, mediante
exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e,
se indicada, histopatologia) em unidades de referência.
 Casos MB que iniciam o tratamento com numerosas lesões ou
extensas áreas de infiltração cutânea podem ter um risco
maior de desenvolver reações e dano neural após completar
as 12 doses.
By Ismael Costa
MB
 Esses casos poderão apresentar uma regressão mais lenta
das lesões de pele. A maioria desses doentes continuará a
melhorar após a conclusão do tratamento com 12
doses; é possível, no entanto, que alguns deles não
demonstrem qualquer melhora e, se isso acontecer, deverão
ser avaliados em serviço de referência (municipal, regional,
estadual ou nacional) quanto à necessidade de 12 doses
adicionais de PQT/MB.
By Ismael Costa
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
 Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória
em todo oTerritório Nacional.
 Considera-se como contato intradomiciliar toda
e qualquer pessoa que resida ou tenha residido
com o doente, nos últimos cinco anos.
by Ismael Costa88
Investigação de contato
 A investigação consiste no exame
dermatoneurológico de todos os contatos
intradomiciliares dos casos detectados.
 Deve-se ter especial atenção na investigação dos
contatos de menores de 15 anos, já que esta
situação de adoecimento mostra que há transmissão
recente e ativa que deve ser controlada.
 Após a avaliação, se o contato for considerado indene
(não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG.
by Ismael Costa89
by Ismael Costa90
Profilaxia com BCG
Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG
1 cicatriz 1 dose de BCG
2 cicatrizes Nenhuma dose de BCG
Criança menor de 1 ano
vacinada Nenhuma dose de BCG
Quem tomou a vacina há
menos de 6 meses Nenhuma dose de BCG
Atenção Integral às Pessoas com
Infecções Sexualmente Transmissíveis
By Ismael Costa
Introdução
 No ano de 2015, o ministério da saúde adotou a
nomenclatura infecções sexualmente transmissíveis
(IST´s) em substituição ao antigo termo doenças sexualmente
transmissíveis (DST´s). Desta forma busca-se alertar a
população sobre a possibilidade de ter e transmitir uma
infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
 O documento “Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas de
atenção integral á pessoas portadoras de IST” recomenda a o
manejo integral das IST, combinando, quando disponível, a
triagem e tratamento das IST assintomáticas e o uso
de fluxogramas nas IST sintomáticas , utilizando
laboratório complementar.
By Ismael Costa
Introdução
 A oferta de diagnóstico e tratamento para IST assintomáticas
é a estratégia para triagem e tratamento das seguintes IST
assintomáticas: sífilis latente recente e tardia, infecções
por N. gonorrhoeae e C. trachomatis em mulheres,
HIV e hepatites virais B e C.
 O manejo de IST com uso de fluxograma abrange a
detecção e o tratamento das IST que se apresentam
sob a forma de úlceras genitais, corrimento uretral,
corrimento vaginal, DIP e verrugas anogenitais”.
(BRASIL, 2015 p.32)
By Ismael Costa
Vigilância epidemiológica
 As IST´s de notificação compulsória são de sífilis adquirida,
sífilis em gestante, sífilis congênita, hepatites virais B e
C, aids, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em
gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta
ao risco de transmissão vertical do HIV.
 A síndrome do corrimento uretral masculino é de
notificação compulsória, a ser monitorada por meio
da estratégia de vigilância em unidades-sentinela. As
demais IST, se considerado conveniente, podem ser incluídas
na lista de notificação dos estados/municípios.
Abordagem às pessoas com IST´s
 Além do tratamento das doenças e infecções sexualmente
transmissíveis a abordagem integral inclui: a anamnese, a
identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame
físico.
 Sempre que disponíveis, devem ser realizados exames para triagem
de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C, precedidos de
uma abordagem profissional adequada.
 As amostras para os exames laboratoriais indicados devem ser
colhidas no momento da primeira consulta; caso os
resultados não estejam disponíveis imediatamente, a
conduta terapêutica não deve ser postergada até a entrega destes. A
consulta clínica se completa com a prescrição e orientação
para tratamento, além do estabelecimento de estratégia
para seguimento e atenção às parcerias sexuais.
Abordagem aos parceiros
 Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de
comunicação, aqueles (as) com as quais a pessoa infectada
tenha se relacionado sexualmente, conforme a descrição
abaixo:
 Tricomoníase: parceria atual
 Corrimento uretral ou infecção cervical: nos últimos
dois meses
 DIP: nos últimos dois meses
 Úlceras: nos últimos três meses
 Sífilis secundária: nos últimos seis meses
 Sífilis latente: no último ano
Uso de fluxogramas nas IST sintomáticas
 As principais manifestações clínicas das IST são:
corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras
genitais, DIP e verrugas anogenitais. O uso dos
fluxogramas faz parte da abordagem sindrômica.
By Ismael Costa
Corrimento vaginal
 O corrimento vaginal é uma síndrome comum, que ocorre
principalmente na idade reprodutiva, podendo ser acompanhado de
prurido, irritação local e/ou alteração de odor.
 É importante avaliar a percepção da mulher quanto à existência de
corrimento vaginal fisiológico.
 O termo Infecções do Trato Reprodutivo (ITR) é utilizado para
descrever:
 Infecções endógenas (candidíase vulvovaginal e agentes da
vaginose bacteriana);
 Infecções iatrogênicas (infecções pós-aborto, pós-parto);
 Infecções sexualmente transmissíveis (tricomoníase).
 Todos os casos de corrimento vaginal são considerados como ITR. Entre
elas, somente a tricomoníase é considerada uma IST.
By Ismael Costa
Causas não-infecciosas
 As causas não infecciosas do corrimento vaginal
incluem:
 material mucoide fisiológico, vaginite
inflamatória descamativa, vaginite atrófica
(mulheres na pós-menopausa), presença de
corpo estranho, entre outros.
 Outras patologias podem causar prurido
vulvovaginal sem corrimento, como dermatites
alérgicas ou irritativas (sabonetes, perfumes,
látex) ou doenças da pele (líquen simples
crônico, psoríase).
By Ismael Costa
Cervicite (Clamídia ou gonococo)
 Uma cervicite prolongada, sem o tratamento adequado, pode-
se estender ao endométrio e às trompas, causando doença
inflamatória pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a
gravidez ectópica e a dor pélvica crônica, as principais
sequelas.
 Alguns sintomas genitais leves, como corrimento vaginal,
dispareunia ou disúria, podem ocorrer na presença de
cervicite mucopurulenta. O colo uterino pode ficar
edemaciado, sangrando facilmente ao toque da
espátula. Pode ser verificada a presença de mucopus
no orifício externo do colo.
By Ismael Costa
Vulvovaginites
 Considera-se como vulvovaginite toda manifestação
inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior,
ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo
uterino (ectocérvice). As vulvovaginites se manifestam por
meio de corrimento vaginal, associado a um ou mais dos
seguintes sintomas inespecíficos:
 prurido vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e
sensação de desconforto pélvico. Entretanto, muitas
infecções genitais podem ser completamente
assintomáticas.
By Ismael Costa
Vaginose bacteriana
 A vaginose bacteriana é caracterizada por um
desequilíbrio da flora vaginal normal, devido ao
aumento exagerado de bactérias, em especial as
anaeróbias .
 Não se trata de infecção de transmissão sexual;
apenas pode ser desencadeada pela relação
sexual em mulheres predispostas, ao terem
contato com sêmen de pH elevado.
By Ismael Costa
Vaginose bacteriana
 Suas características clínicas incluem:
 – corrimento vaginal com odor fétido, mais acentuado após o
coito e durante o período menstrual;
 – corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto
fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso; – dor às
relações sexuais (pouco frequente).
 Embora o corrimento seja o sintoma mais frequente, quase a
metade das mulheres com vaginose bacteriana são
completamente assintomáticas
By Ismael Costa
Candidíase
 Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:
 – gravidez;
 – diabetes mellitus (descompensado);
 – obesidade;
 – uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
 – uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;
 – hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a
ventilação e aumentam a umidade e o calor local);
 – contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (por exemplo:
talco, perfume, desodorantes);
 – alterações na resposta imunológica (imunodeficiência),
inclusive a infecção pelo HIV.
By Ismael Costa
Candidíase
 Sinais e sintomas :
 – prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável); .
 – ardor ou dor à micção;
 – corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto
caseoso (“leite coalhado”);
 – hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;
 – dispareunia;
 – fissuras e maceração da pele; e
 – vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco
acinzentadas,aderidas à mucosa.
By Ismael Costa
Tricomoníase
 Suas características clínicas são:
 – corrimento abundante,
amarelado ou amarelo esverdeado,
bolhoso;
 – prurido e/ou irritação vulvar;
 – dor pélvica (ocasionalmente);
 – sintomas urinários (disúria, polaciúria);
 – hiperemia da mucosa, com placas
avermelhadas (colpite difusa e/ou focal,
com aspecto de framboesa);
 – teste de Schiller aspecto
“tigroide” .
By Ismael Costa
Diagnóstico
 pH vaginal : pH > 4,5: vaginose bacteriana ou tricomoníase,
pH < 4,5: candidíase vulvovaginal
 Teste de Wiff - (teste das aminas ou “do cheiro”) - Se houver
a eliminação de “odor de peixe”, o teste é considerado
positivo e sugestivo de vaginose bacteriana.
 Exame à fresco - observando-se a presença de leucócitos,
células parabasais, Trichomonas sp. móveis, leveduras e/ou
pseudo-hifas. Os leucócitos estão presentes em
secreções vaginais de mulheres com candidíase
vulvovaginal e tricomoníase.
By Ismael Costa
Diagnóstico
 Bacterioscopia por
coloração de Gram: a
presença de clue cells, células
epiteliais escamosas de
aspecto granular pontilhado e
bordas indefinidas cobertas
por pequenos e numerosos
cocobacilos, é típica de
vaginose bacteriana.
By Ismael Costa
Corrimento uretral
 As uretrites são IST caracterizadas por inflamação da
uretra acompanhada de corrimento.
 Os agentes microbianos das uretrites podem ser transmitidos
por relação sexual vaginal, anal e oral. O corrimento uretral
pode ter aspecto que varia de mucoide a purulento, com
volume variável, estando associado a dor uretral
(independentemente da micção), disúria, estrangúria
(micção lenta e dolorosa), prurido uretral e eritema
de meato uretral.
Etiologia do corrimento uretral
 Os agentes etiológicos mais importantes do corrimento
uretral são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis.
 Outros agentes, como T. vaginalis, U. urealyticum,
enterobactérias (nas relações anais insertivas), M. genitalium,
vírus do herpes simples (HSV, do inglês Herpes Simplex Virus),
adenovírus e Candida spp. são menos frequentes.
 Causas traumáticas (produtos e objetos utilizados na prática
sexual) devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de
corrimento uretral.
Uretrites
 Uretrite gonocócica
 É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral causado
pela Neisseria gonorrhoeae. O período de incubação é curto, de 2 a
5 dias.
 O sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido na
fossa navicular que vai se estendendo para toda a uretra.
 Após um a três dias o doente já se queixa de ardência miccional
(disúria), seguida por corrimento, inicialmente mucóide que, com o
tempo, vai se tornando, às vezes, mais abundante e purulento.
Em alguns pacientes pode haver febre e outras manifestações de
infecção aguda sistêmica.
Uretrites gonocócicas
 Se não houver tratamento, ou se esse for tardio
ou inadequado, o processo se propaga ao restante da
uretra, com o aparecimento de polaciúria e
sensação de peso no períneo; raramente há
hematúria no final da micção.
 Dentre as complicações da uretrite gonocócica
no homem destacam-se: balanopostite, prostatite,
epididimite, estenose uretral (rara), artrite,
meningite, faringite, pielonefrite, miocardite,
pericardite, septicemia.
Uretrite não gonocócica
 São denominadas uretrites não gonocócicas (UNG) as
uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias pela
coloração de Gram e/ou cultura são negativas para o
gonococo. Vários agentes têm sido responsabilizados por
essas infecções: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma
urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis,
dentre outros.
 A C. trachomatis é o agente mais comum de UNG.
 A UNG caracteriza-se, habitualmente, pela presença de
corrimentos mucóides, discretos, com disúria leve e
intermitente
Úlcera genital
 Os agentes etiológicos infecciosos mais comuns nas úlceras
genitais são:
 T. pallidum (sífilis primária e secundária);
 HSV-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital,
respectivamente);
 H. ducreyi (cancroide);
 C. trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV);
 K. granulomatis (donovanose).
Sífilis primária
 A sífilis primária, também conhecida como
“cancro duro”, ocorre após o contato
sexual com o indivíduo infectado. A
primeira manifestação é caracterizada por
uma úlcera, geralmente única, que ocorre no
local de entrada da bactéria (pênis, vulva,
vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros
locais do tegumento), indolor, com base
endurecida e fundo limpo, rica em
treponemas. Esse estágio pode durar
entre duas e seis semanas,
desaparecendo espontaneamente,
independentemente de tratamento.
Sífilis secundária
 A sífilis secundária surge em média entre seis semanas e
seis meses após a infecção. Podem ocorrer erupções
cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas,
principalmente no tronco; eritemata palmo-plantares;
placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas;
lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas
cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata);
alopécia em clareira e madarose.
 A sintomatologia pode desaparecer espontaneamente em
poucas semanas. Mais raramente, observa-se
comprometimento hepático, quadros meníngeos e/ou até
oculares, em geral uveítes.
Herpes genital
 A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio
de seis dias. Em geral, é uma manifestação mais severa
caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato-
papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que
rapidamente evoluem para vesículas sobre base
eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na
região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente
citrino, raramente turvo.
 O quadro clínico das recorrências é menos intenso que o
observado na primoinfecção e pode ser precedido de sintomas
prodrômicos característicos, como prurido leve ou sensação
de “queimação”, mialgias e “fisgadas” nas pernas,
quadris e região anogenital.
Cancro mole
 O cancroide é uma afecção de transmissão
exclusivamente sexual, provocada pelo H.
ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais.
Caracteriza-se por lesões múltiplas
(podendo, no entanto, haver uma
única lesão) e habitualmente
dolorosas, mais frequentes no sexo
masculino.
 Denomina-se também cancro mole, cancro
venéreo ou cancro de Ducrey. O período
de incubação é geralmente de três a cinco
dias, podendo se estender por até duas
semanas. O risco de infecção em uma
relação sexual é de 80%.
LGV
 O LGV é causado por C. trachomatis,
sorotipos L1, L2 e L3. A manifestação
clínica mais comum do LGV é a
linfadenopatia inguinal e/ou
femoral (também conhecido
como bubão inguinal), já que esses
sorotipos são altamente invasivos aos
tecidos linfáticos. Os últimos surtos
entre HSH estão relacionados ao
HIV.
Donovanose
 É uma IST crônica progressiva,
causada pela bactéria K. granulomatis.
Acomete preferencialmente pele e
mucosas das regiões genitais,
perianais e inguinais. É pouco
frequente, ocorrendo na maioria das
vezes em climas tropicais e
subtropicais. A donovanose (granuloma
inguinal) está frequentemente associada
à transmissão sexual, embora os
mecanismos de transmissão não sejam
bem conhecidos, com
transmissibilidade baixa.
DIP
 A DIP é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de
microrganismos do trato genital inferior, espontânea
ou devida a manipulação .
 Constitui uma das mais importantes complicações das IST e
um sério problema de saúde pública, sendo comum em
mulheres jovens com atividade sexual desprotegida.
Está associada a seqüelas importantes em longo prazo,
causando morbidades reprodutivas que incluem infertilidade
por fator tubário, gravidez ectópica e dor pélvica
crônica (em 18% dos casos).
By Ismael Costa
Etiologia da DIP
 Entre os microrganismos sexualmente transmissíveis, merecem
destaque C. trachomatis e N. gonorrhoeae.
 No entanto, bactérias facultativas anaeróbias (ex.: G.
vaginalis, H. influenza, S. agalactiae, entre outros), que
compõem a flora vaginal, também têm sido associadas à DIP.
Além disso, CMV, M. genitalium, M. hominis e U.
urealyticum podem ser associados com alguns casos de DIP.
Todas as mulheres que têm DIP aguda devem ser rastreadas
para N. gonorrhoeae e C. trachomatis e testadas para
HIV, sífilis e hepatites virais.
By Ismael Costa
Verrugas anogenitais
 O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande
variedade de lesões proliferativas na região anogenital.
 Os tipos 26, 53 e 66 são provavelmente de alto risco
oncogênico, e os tipos 34, 57 e 83 são de risco
indeterminado.
 A maioria das infecções são assintomáticas ou não
aparentes. Outras podem apresentar-se sob a forma de
lesões exofíticas, os chamados condilomas acuminados,
verrugas genitais ou cristas de galo.
 Podem também assumir uma forma subclínica, visível
apenas sob técnicas de magnificação (lentes) e após
aplicação de reagentes, como o ácido acético.
Transmissão do HPV
 Ocorre, preferencialmente,
por via sexual. A
transmissão vertical do
HPV é corroborada pela
ocorrência de
papilomatose recorrente
de laringe juvenil, em
crianças com menos de dois
anos de idade, e por relatos de
casos de RN com condiloma
genital ao nascimento. A
transmissão por fômites é
rara.
Sífilis
 A sífilis é uma infecção bacteriana de
caráter sistêmico, curável. É causada pelo T.
pallidum, uma bactéria Gram-negativa
do grupo das espiroquetas.
 Em gestantes não tratadas ou tratadas
inadequadamente, a sífilis pode ser
transmitida para o feto (transmissão
vertical), mais frequentemente
intraútero (com taxa de transmissão
de até 80%), apesar de também poder
ocorrer na passagem do feto pelo
canal do parto.
By Ismael Costa
Manifestações clínicas
 Existem duas classificações para as formas clínicas da
sífilis adquirida, a saber, pelo tempo de infecção e por
suas manifestações clínicas, conforme a descrição:
 a. Segundo o tempo de infecção:
 Sífilis adquirida recente (menos de um ano de
evolução);
 Sífilis adquirida tardia (mais de um ano de evolução).
By Ismael Costa
Manifestações clínicas
 b. Segundo as manifestações clínicas da sífilis
adquirida:
 Sífilis primária: A primeira manifestação é caracterizada por
uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria (pênis,
vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do
tegumento). É denominada “cancro duro” e é
geralmente única, indolor, com base endurecida e
fundo limpo, sendo rica em treponemas. Geralmente é
acompanhada de linfadenopatia inguinal.
By Ismael Costa
Manifestações clínicas
 Sífilis secundária: As lesões secundárias são ricas em
treponemas. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de
máculas (roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco;
lesões eritemato-escamosas palmo-plantares (essa localização
sugere fortemente o diagnóstico de sífilis no estágio
secundário); placas eritematosas branco-acinzentadas nas
mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas
cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); alopecia em
clareira e madarose (perda da sobrancelha, em especial do
terço distal), febre, mal-estar, cefaleia, adinamia e linfadenopatia
generalizada.
By Ismael Costa
By Ismael Costa
Manifestações clínicas
 Sífilis latente: período em que não se observa sinal ou sintoma
clínico de sífilis, verificando-se, porém, reatividade nos testes
imunológicos que detectam anticorpos.
 Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 30% das infecções
não tratadas, após um longo período de latência, podendo surgir
entre dois a 40 anos depois do início da infecção. A sífilis
terciária é considerada rara, devido ao fato de que a maioria da
população recebe indiretamente, ao longo da vida, antibióticos com
ação sobre o T. pallidum e que levam à cura da infecção.
 Quando presente, a sífilis nesse estágio manifesta-se na
forma de inflamação e destruição tecidual.
 É comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular.
Além disso, verifica-se a formação de gomas
By Ismael Costa
By Ismael Costa
Diagnóstico
 Exames diretos: a pesquisa direta de
T. pallidum na sífilis recente primária e
secundária pode ser feita pela
microscopia de campo escuro
(sensibilidade de 74% a 86%). Quando
isso não é possível, a pesquisa do
treponema pode ser realizada por
imunofluorescência direta, exame de
material corado e biópsias.
 Testes imunológicos: na prática são
os mais utilizados. Dividem-se em
treponêmicos e não treponêmicos.
Testes sorológicos
 ›› Testes treponêmicos: São testes
que detectam anticorpos específicos
produzidos contra os antígenos do T.
pallidum. São os primeiros a se
tornarem reagentes, sendo
importantes para a confirmação
do diagnóstico. Na maioria das
vezes, permanecem positivos
mesmo após o tratamento pelo
resto da vida do paciente; por isso,
não são indicados para o
monitoramento da resposta ao
tratamento.
Testes sorológicos
 Testes não treponêmicos:
 São que detectam anticorpos não específicos anticardiolipina
para os antígenos do T. pallidum, e podem ser qualitativos ou
quantitativos. Tornam-se reagentes cerca de uma a três
semanas após o aparecimento do cancro duro. O teste
qualitativo indica a presença ou ausência de anticorpo na
amostra. O teste quantitativo permite a titulação de
anticorpos.
 O resultado deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:64, entre
outros), sendo importante para o diagnóstico e
monitoramento da resposta ao tratamento,
porquanto a queda do título é indicação de sucesso
terapêutico.
Hepatites virais
By Ismael Costa138
Descrição
 As hepatites virais são doenças
provocadas por diferentes agentes
etiológicos, com tropismo primário
pelo fígado, que apresentam
características epidemiológicas, clínicas e
laboratoriais distintas.
 A distribuição das hepatites virais é
universal, sendo que a magnitude
varia de região para região, de
acordo com os diferentes agentes
etiológicos. No Brasil, esta variação
também ocorre.
Modo de Transmissão
 Transmissão fecal-oral (HAV e HEV)
tem seu mecanismo de transmissão ligado a
condições de saneamento básico, higiene
pessoal, qualidade da água e dos
alimentos.
 O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV)
possui diversos mecanismos de transmissão,
como o parenteral, sexual,
compartilhamento de objetos contaminados
(agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas
de dente, alicates de manicure), utensílios para
colocação de piercing e confecção de tatuagens
e outros instrumentos usados para uso de
drogas injetáveis e inaláveis.
Agentes etiológicos
 Dentre esses, o vírus da hepatite B (VHB) é o único de
genoma DNA e pertence à família Hepadnaviridae. Os demais
possuem genoma RNA e estão em diferentes famílias, a saber:
Picornaviridae – vírus da hepatite A (VHA), Flaviviridae – vírus
da hepatite C (VHC), Deltaviridae – vírus da hepatite D (VHD)
e Hepeviridae – vírus da hepatite E (VHE).
By Ismael Costa142
Tratamento
 Hepatite aguda- Não existe tratamento
específico para as formas agudas. Se
necessário, apenas tratamento sintomático para
náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral,
recomenda-se repouso relativo até a
normalização das aminotransferases. Dieta
pobre em gordura e rica em carboidratos é de
uso popular, porém seu maior beneficio é ser
mais agradável ao paladar do paciente anorético.
 A única restrição está relacionada à
ingestão de álcool, que deve ser suspensa por,
no mínimo, 6 meses.
Tratamento
 Hepatite crônica
 Uma parcela dos casos de hepatite
crônica necessitará de tratamento,
cuja indicação baseia-se no grau de
acometimento hepático observado por
exame anatomopatológico do tecido
hepático obtido por biópsia.
 Pacientes com aminotransferases
normais merecem ser avaliados com
exames de biologia molecular, pois
pode haver lesão hepática, mesmo sem
alteração daquelas enzimas.
Aspectos epidemiológicos
 No Brasil e no mundo, o comportamento das hepatites virais tem
apresentado grandes mudanças nos últimos anos. A melhoria
das condições de higiene e de saneamento básico das populações,
a vacinação contra a hepatite B e as novas técnicas moleculares
de diagnóstico do vírus da hepatite C constituem fatores
importantes que se vinculam às transformações no perfil dessas
doenças.
 A heterogeneidade socioeconômica, a distribuição irregular dos
serviços de saúde, a incorporação desigual de tecnologia avançada
para diagnóstico e tratamento de enfermidades, são elementos
importantes que devem ser considerados na avaliação do
processo endemo-epidêmico das hepatites virais no Brasil.
Infecção pelo HIV/AIDS
AIDS
 Os indivíduos infectados pelo HIV, sem tratamento,
evoluem para uma grave disfunção do sistema
imunológico, à medida que vão sendo destruídos os
linfócitosT CD4+, uma das principais células alvo do vírus.
 A história natural dessa infecção vem sendo alterada,
consideravelmente, pela terapia antirretroviral (TARV), iniciada
no Brasil em 1996, resultando em aumento da sobrevida
dos pacientes, mediante reconstituição das funções do
sistema imunológico e redução de doenças secundárias.
Agente etiológico
 É um vírus RNA. Retrovírus
denominado Vírus da
Imunodeficiência Humana
(HIV), com 2 tipos conhecidos:
o HIV-1 e o HIV-2.
 Bastante lábeis no meio externo,
estes vírus são inativados por
uma variedade de agentes
físicos (calor) e químicos
(hipoclorito de sódio,
glutaraldeído).
Modo de transmissão
 O HIV pode ser transmitido por via
sexual (esperma e secreção
vaginal), pelo sangue (via
parenteral e de mãe para filho) e
pelo leite materno.
 Desde o momento de aquisição da
infecção, o portador do HIV é
transmissor.
 A transmissão vertical (de mãe para
filho) pode ocorrer durante a gestação,
o parto e a amamentação.
 Período de incubação
 O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais
e sintomas da fase aguda, denominada síndrome retroviral
aguda (SRA), é de 1 a 3 semanas.
 Período de latência
 Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais
e sintomas da aids é em média de 10 anos. Entretanto,
sinais e sintomas de imunodeficiência associada à infecção pelo
HIV, não aids, podem aparecer com tempo de latência variável
após a infecção aguda.
Suscetibilidade/vulnerabilidade
• A suscetibilidade é geral, tendo em vista os vários modos
de transmissão e transmissibilidade.
• A vulnerabilidade de indivíduos e populações ao HIV é
fruto da combinação de muitos fatores, ligados a
questões de gênero, raça e etnia, orientação sexual,
renda, escolaridade, região geográfica de moradia e
faixa etária.
• No Brasil os homens que fazem sexo com homens
(HSH), as mulheres profissionais do sexo,
travestis/transexuais e usuários de drogas (UD) podem
ser considerados populações mais vulneráveis.
Manifestações clínicas
 Infecção aguda - Esta fase da doença é também chamada de
síndrome retroviral aguda ou infecção primária, e se manifesta
clinicamente em pelo menos 50% dos pacientes.
 As manifestações clínicas podem variar, desde quadro gripal
até uma síndrome que se assemelha à mononucleose.
 Os pacientes podem apresentar sintomas de infecção viral,
como febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia,
exantema maculopapular eritematoso; ulcerações
mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e
genitália; hiporexia, adinamia, cefaleia, fotofobia,
hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e
vômitos.
Manifestações clínicas
 Fase assintomática
 A infecção precoce pelo HIV, também conhecida
como fase assintomática, pode durar de alguns meses
a alguns anos, e os sintomas clínicos são
mínimos ou inexistentes. Os exames
sorológicos para o HIV são reagentes e a
contagem de linfócitos T CD4+ pode estar
estável ou em declínio. Alguns pacientes podem
apresentar uma linfoadenopatia generalizada
persistente,“flutuante” e indolor.
Manifestações clínicas
 Fase sintomática inicial
 O portador da infecção pelo HIV pode apresentar sinais e
sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de
processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos
como complexo relacionado à aids (ARC). São indicativos
de ARC a candidíase oral, testes de hipersensibilidade
tardia negativos e a presença de mais de um dos
seguintes sinais e sintomas, com duração superior a 1
mês, sem causa identificada: linfadenopatia
generalizada, diarreia, febre, astenia, sudorese noturna
e perda de peso superior a 10%. HIV/nefropatia
associada
Manifestações clínicas
 Aids/doenças oportunistas
 Uma vez agravada a imunodepressão, o portador da
infecção pelo HIV apresenta infecções oportunistas
(IO), causadas por microrganismos não considerados
usualmente patogênicos, ou seja, não capazes de
desencadear doença em pessoas com sistema imune normal.
 No entanto, microrganismos normalmente
patogênicos também podem, eventualmente, causar
IO. Porém, nessa situação, as infecções
necessariamente assumem um caráter de maior
gravidade ou agressividade, para serem consideradas
oportunistas
Manifestações clínicas
 Aids/tumores associados
 Sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin,
neoplasias intraepiteliais anal e cervical.
 Alterações neurológicas induzidas pelo HIV
 O HIV apresenta um neurotropismo bastante
acentuado, levando, frequentemente, ao aparecimento
de manifestações neurológicas, tais como
encefalopatia e neuropatia periférica,
particularmente nas fases mais avançadas da infecção.
Infecção inicial Fase aguda
Fase
assintomática
Fase
sintomática
inicial
Aids
Período de
incubação.1 a 3
semanas
Período de latência: média 10 anos
Janela imunológica:6 a 12
sem (média 2 meses)
Diagnóstico
 A doença pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção,
sendo importante que o profissional saiba conduzir a investigação
laboratorial após a suspeita de risco de infecção pelo HIV. Além
disso, é imprescindível reconhecer a diferença entre a
janela imunológica e a soroconversão.
 Enquanto a janela imunológica é o período de tempo entre a
exposição ao vírus até que a detecção por marcadores
virais ou antivirais se tornem detectáveis, a soroconversão é o
período que denota o processo de desenvolvimento de
anticorpos contra um patógeno.
 específico.
 Considera-se adequado trabalhar com o período médio de
janela imunológica de 30 dias.
 Diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV
 A fim de maximizar o grau de confiabilidade na emissão dos laudos e
minimizar a ocorrência dos resultados falso-negativos ou falso-positivos, o
Ministério da Saúde estabelece a obrigatoriedade de um conjunto de
procedimentos seqüenciados (Portaria nº 59/ GM, de 28/1/03, Ministério da
Saúde).
 Em indivíduos com mais de 2 anos (idade) os testes visam detectar
anticorpos anti-HIV. Para menores de 2 anos, considerando a
possibilidade de anticorpos maternos, os testes visam à detecção do RNA,
DNA viral ou cultura do vírus positiva.
 Testes.
 ELISA: ↑sensibilidade ↓ especificidade
 Western-Blot: ↑sensibilidade ↑ especificidade
 Testes Moleculares: PCR, Nasba
Testes rápidos
• Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de
equipamentos para a sua realização, sendo de fácil
execução e leitura visual. Sua aplicação é voltada para
situações emergenciais que requerem o uso profilático
com ARV, ou seja, em centros obstétricos, e no
paciente-fonte após acidente ocupacional. Esse teste
tem aplicação, ainda, em locais onde a avaliação de
custo-beneficio justifica seu uso. Os testes rápidos
são executados em tempo inferior a 30 minutos.
Tratamento
 Os objetivos do tratamento são melhorar a qualidade de
vida e prolongar a sobrevida, pela redução da carga
viral e reconstituição do sistema imunológico.
 O documento Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos introduz
uma nova política de Tratamento como Prevenção
(TasP, da sigla em inglês Treatment as Prevention), que
oferece a todos os pacientes a possibilidade de iniciar
o tratamento logo após a confirmação do diagnóstico.
Essa medida, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas
diagnosticadas, reduz a probabilidade de transmissão do vírus.
TasP
QUESTÕES
 Enfermeiro-2009
 Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO
 1-No Programa de Controle da Hanseníase do
Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer
atenção individualizada ao paciente, para
 (A) identificar as formas de interação do paciente com os
outros seres vivos.
 (B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.
 (C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de
enfermagem.
 (D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.
 (E) realizar o agendamento da clientela.
 Enfermeiro-2009
 Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO
 1-No Programa de Controle da Hanseníase do
Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer
atenção individualizada ao paciente, para
 (A) identificar as formas de interação do paciente com os
outros seres vivos.
 (B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.
 (C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na
consulta de enfermagem.
 (D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.
 (E) realizar o agendamento da clientela.
Enfermeiro –2013
ILS/Bauru/SP – IBFC
2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA:
a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide
e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco
ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma
lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos
e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver
incapacidades e deformidades f ísicas.
b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele
(manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de
sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação
das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não
ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades.
c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com
bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem
definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e
tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer
cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma
assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença.
d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT), proposta
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde (MS),
baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB): pacientes que
apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares (MB):pacientes que
apresentam mais de cinco lesões de pele.
Enfermeiro –2013
ILS/Bauru/SP – IBFC
2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA:
a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide
e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco
ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma
lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos
e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver
incapacidades e deformidades f ísicas.
b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele
(manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de
sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação
das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não
ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades.
c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com
bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem
definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e
tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer
cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma
assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença.
d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT),
proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da
Saúde (MS), baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB):
pacientes que apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares
(MB):pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele.
Enfermeiro-2015
Esteio/RS-MSconcursos
3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando
diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os
portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto,
é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da
doença. Analise as afirmativas a seguir:
I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais
neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como
manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto.
III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e
de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados.
IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao
tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde,
pelo tratamento e cura da doença.
V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a I está correta.
b) Somente I, II e V estão corretas.
c) Somente I, II, III e IV estão corretas.
d) Somente I e V estão corretas.
e) Somente I, II, III e V estão corretas.
Enfermeiro-2015
Esteio/RS-MSconcursos
3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando
diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os
portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto,
é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da
doença. Analise as afirmativas a seguir:
I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais
neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como
manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto.
III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e
de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados.
IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao
tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde,
pelo tratamento e cura da doença.
V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as
incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a I está correta.
b) Somente I, II e V estão corretas.
c) Somente I, II, III e IV estão corretas.
d) Somente I e V estão corretas.
e) Somente I, II, III e V estão corretas.
Botucatu 2012.
4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta.
(A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos
periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica
comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos.
(B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae,
um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete.
(C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com
bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma hereditária ou
por contato sexual.
(D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais
provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas
superiores (mucosa nasal e orofaringe).
(E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia
(sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que
evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
Botucatu 2012.
4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta.
(A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos
periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica
comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros
órgãos.
(B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae,
um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de
bastonete.
(C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com
bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma
hereditária ou por contato sexual.
(D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais
provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas
superiores (mucosa nasal e orofaringe).
(E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia
(sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que
evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
Enfermeiro-2015
Inhuma/PI- IMA
5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na
unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o
paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses
apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico
(ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e
sintomas, exceto:
(A) Dores articulares e mal estar generalizado.
(B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou
placas).
(C) Glomerulonefrite.
(D) Mãos e pés reacionais.
Enfermeiro-2015
Inhuma/PI- IMA
5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na
unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o
paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses
apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico
(ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e
sintomas, exceto:
(A) Dores articulares e mal estar generalizado.
(B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou
placas).
(C) Glomerulonefrite.
(D) Mãos e pés reacionais.
Enfermeiro –2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS
6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a
pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo
que pode estar afetado quando o portador de hanseníase
apresenta úlceras na região plantar:
A) Fibular comum
B) Radial
C) Tibial posterior
D) Ulnar
E) Mediano
Enfermeiro –2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS
6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a
pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo
que pode estar afetado quando o portador de hanseníase
apresenta úlceras na região plantar:
A) Fibular comum
B) Radial
C) Tibial posterior
D) Ulnar
E) Mediano
Enfermeiro-2014
Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV
7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar
pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da
fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma
pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico
de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento
recomendado?
a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum.
b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250
mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições.
e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg
+ pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
Enfermeiro-2014
Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV
7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar
pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da
fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma
pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico
de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento
recomendado?
a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum.
b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg +
pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg
+ pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum.
d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250
mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições.
e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg
+ pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
Enfermeiro-2015
São domingos do Araguaia/PA - FADESP
8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade,
referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca
há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica,
foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de
Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a
necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na
Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria
esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista
suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento
Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que
(A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum,
para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia.
(B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a
recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO).
(C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo
com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de Saúde.
(D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no
domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos
medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a
tomada da dose diária da medicação.
Enfermeiro-2015
São domingos do Araguaia/PA - FADESP
8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade,
referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca
há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica,
foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de
Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a
necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na
Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria
esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista
suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento
Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que
(A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum,
para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia.
(B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a
recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO).
(C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de
acordo com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de
Saúde.
(D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no
domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos
medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a
tomada da dose diária da medicação.
Enfermeiro-2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS
9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram
adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose.
Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no
tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da
Saúde?
A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a
resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina
B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à rifampicina
C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida
D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida
E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
Enfermeiro-2013
Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS
9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram
adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose.
Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no
tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da
Saúde?
A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a
resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina
B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à rifampicina
C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a
resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida
D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida
E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a
resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
Enfermeiro 2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4
10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica
de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre
vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do
escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à
assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é:
A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro
não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da
prova tuberculínia.
B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas,
parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios.
C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois
trata-se uma paciente não bacilífera.
D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste além
de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras doenças
sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B.
E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à
interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de
intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
Enfermeiro 2013
Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4
10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica
de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre
vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do
escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à
assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é:
A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro
não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da
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B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas,
parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios.
C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois
trata-se uma paciente não bacilífera.
D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste
além de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras
doenças sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B.
E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à
interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de
intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
Enfermeiro-2012
FUNASA/DF-Dom Cintra
11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos
estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob
controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do
seguinte procedimento:
A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina
B) baciloscopia direta das secreções nasais
C) hemograma completo
D) prova tuberculínica
E) radiografia do tórax
Enfermeiro-2012
FUNASA/DF-Dom Cintra
11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos
estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob
controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do
seguinte procedimento:
A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina
B) baciloscopia direta das secreções nasais
C) hemograma completo
D) prova tuberculínica
E) radiografia do tórax
ENFERMEIRO/2015
Esteio/RS-MSconcursos
12. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento diretamente
observado (TDO) é mais do que observar a deglutição dos
medicamentos: é uma estratégia de construção de vínculo
entre o paciente, o profissional de saúde e o serviço de saúde.
Sobre isso, assinale a alternativa correta.
a) Somente os casos resistentes ao tratamento devem ser tratados
sob supervisão direta de um profissional de saúde.
b) A escolha da modalidade do TDO deve ser decidida pelo médico.
c) A frequência ideal de supervisão é semanal.
d) Um mínimo de 24 tomadas na fase de ataque e 48 na fase de
manutenção devem ser observadas.
e) A observação não pode ser realizada por uma pessoa da família
ou da comunidade. Apenas por um profissional da saúde.
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Aprimore sp3-unirio

  • 1. Saúde pública III- Doenças transmissíveis Turma Regular
  • 3.
  • 5. Epidemiologia • O Brasil é um dos 22 países priorizados pela OMS, que representam 80% da carga mundial de TB. Em 2007, o Brasil notificou 72194 casos novos, correspondendo a um coeficiente de incidência de 38/100.000 hab. Destes 41117 casos novos foram bacilíferos (casos com baciloscopia de escarro positiva), apresentando um coeficiente de incidência de 41/100.000 hab. • Estes indicadores colocam o Brasil na 19ª posição em relação ao número de casos e na 104º posição em relação ao coeficiente de incidência. • A distribuição dos casos está concentrada em 315 dos 5564 municípios do país, correspondendo a 70% da totalidade dos casos. O estado de São Paulo detecta o maior número absoluto de casos e o estado do Rio de Janeiro apresenta o maior coeficiente de incidência (SINAN). • Em 2008 a TB foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª causa de morte dos pacientes com AIDS (SIM). By Ismael Costa 5
  • 6. Modo de transmissão • A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo. By Ismael Costa 6
  • 7. Período de incubação • Após a infecção pelo M. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias. A maioria dos novos casos de doença pulmonar ocorre em torno de 12 meses após a infecção inicial. • A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de que essa infecção evolua para a doença, depende de múltiplas causas, destacando-se, dentre estas, as condições socioeconômicas e algumas condições médicas (diabetes mellitus, silicose, uso prolongado de corticosteróide ou outros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas e infecção pelo HIV). By Ismael Costa 7
  • 8. Período de transmissibilidade • A transmissão é plena enquanto o doente com a forma clínica de tuberculose pulmonar bacilífera eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento. • Com o esquema terapêutico recomendado, a transmissão é reduzida, gradativamente, a níveis insignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas. • As crianças com tuberculose pulmonar geralmente não são infectantes. By Ismael Costa 8
  • 9. DEFINIÇÃO DE CASO by Ismael Costa9 Suspeito • Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas, febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame radiológico. • Paciente com imagem compatível com tuberculose. Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculose pulmonar bacilífera: duas baciloscopias positivas ou uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose.
  • 10. by Ismael Costa10 Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – paciente com duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva e achados clínicos ou outros exames complementares que permitam ao médico efetuar um diagnóstico de tuberculose. Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidências clínicas e achados laboratoriais, inclusive histopatológicos, compatíveis com tuberculose extrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, uma cultura positiva para M.tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar. “Caso novo” é o doente com tuberculose que nunca se submeteu à quimioterapia antituberculosa, fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias.
  • 11. Detecção de casos • A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente a totalidade dos casos. A infecção ocorre a partir da inalação de núcleos secos de gotículas contendo bacilos expelidos pela tosse, fala ou espirro de doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea). • Os doentes bacilíferos, isto é, aqueles cuja baciloscopia de escarro é positiva, são a principal fonte de infecção. • Doentes de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, mesmo que tenham resultado positivo à cultura, são muito menos eficientes como fontes de transmissão, embora isto possa ocorrer. As formas exclusivamente extrapulmonares não transmitem a doença. By Ismael Costa 11
  • 12. By Ismael Costa 12 TDO  O TDO é um elemento chave da estratégia DOTS que visa o fortalecimento da adesão do paciente ao tratamento e a prevenção do aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos, reduzindo os casos de abandono e aumentando a probabilidade de cura.
  • 13. TDO - definição  O tratamento diretamente observado constitui uma mudança na forma de administrar os medicamentos, sem mudanças no esquema terapêutico: o profissional treinado passa a observar a tomada da medicação do paciente desde o início do tratamento até a sua cura.
  • 14. Estratégia Operacional • Todo caso de tuberculose (novos e retratamentos) deve realizar o tratamento diretamente observado. • Para a implementação do tratamento diretamente observado, devem-se considerar as seguintes modalidades de supervisão: • Domiciliar: observação realizada na residência do paciente ou em local por ele solicitado. • Na Unidade de Saúde – observação em unidades de ESF, UBS, Serviço de atendimento de HIV/aids ou Hospitais. • Prisional: observação no sistema prisional. • Compartilhada: quando o doente recebe a consulta médica em uma unidade de saúde, e faz o TDO em outra unidade de saúde, mais próxima em relação ao seu domicílio ou trabalho. By Ismael Costa 14
  • 15. TDO - observações  O TDO consiste na observação diária da ingestão dos medicamentos antituberculose por um profissional capacitado da equipe de saúde, por, no mínimo, 3 observações semanais do início ao fim (24 ingestões observadas na fase intensiva e 48 na fase de manutenção).  Excepcionalmente, a unidade poderá propor ao doente que a observação seja realizada por uma pessoa da família, de equipamentos da assistência social ou da comunidade, capacitados por profissional da equipe de saúde.  Um profissional de saúde deverá visitar o paciente e o seu responsável semanalmente para monitorar o tratamento, com atenção reforçada, uma vez que são menores as taxas de cura e maior o abandono quando um familiar faz a observação.
  • 16. Diagnóstico • A tuberculose, doença causada pelo M tuberculosis, pode acometer uma série de órgãos e/ou sistemas. • A apresentação da TB na forma pulmonar, além de ser mais freqüente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a forma pulmonar, especialmente a bacilífera, a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão da doença. • A busca ativa de sintomático respiratório , é a principal estratégia para o controle da TB, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares. By Ismael Costa 16
  • 18. • TB pulmonar: • Pode se apresentar sob a forma primária, pós- primária (ou secundária) ou miliar. Os sintomas clássicos da TB pulmonar são: tosse persistente, produtiva ou não (com muco e eventualmente sangue), febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. By Ismael Costa 18
  • 19. • TB pulmonar primária - É mais comum em crianças e clinicamente apresenta-se, na maior parte das vezes, de forma insidiosa. O paciente se apresenta irritadiço, com febre baixa, sudorese noturna, inapetência e o exame físico pode ser inexpressivo. By Ismael Costa 19
  • 20. • TB pulmonar pós-primária - Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum no adolescente e adulto jovem. Tem como característica principal a tosse, seca ou produtiva. • A expectoração pode ser purulenta ou mucóide, com ou sem sangue. A febre vespertina, sem calafrios, não costuma ultrapassar os 38,5º C. • A sudorese noturna e a anorexia são comuns. O exame físico geralmente mostra “fácies” de doença crônica e emagrecimento, embora indivíduos com bom estado geral e sem perda do apetite também possam ter TB pulmonar. A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico ou mesmo ser normal. By Ismael Costa 20
  • 21. • TB miliar – A denominação é vinculada ao aspecto radiológico pulmonar. É uma forma grave de doença e ocorre em 1% dos casos de TB em pacientes HIV soronegativos, e em até 10% dos casos em pacientes HIV soropositivos, em fase avançada de imunossupressão. • A apresentação clínica clássica é a aguda, mais comum em crianças e adultos jovens. Os sintomas são febre, astenia e emagrecimento, que em associação com tosse ocorrem em 80% dos casos. O exame físico mostra hepatomegalia (35% dos casos), alterações do sistema nervoso central (30% dos casos) e alterações cutâneas do tipo eritemato- máculo-papulo-vesiculosas. By Ismael Costa 21
  • 22. Exame bacteriológico • Exame microscópico direto - baciloscopia direta • Por ser um método simples e seguro, deve ser realizado por todo laboratório público de saúde e pelos laboratórios privados tecnicamente habilitados. A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente (BAAR) pelo método de Ziehl-Nielsen é a técnica mais utilizada em nosso meio. • A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão By Ismael Costa 22
  • 23.
  • 24. • A baciloscopia direta deve ser solicitada aos pacientes que apresentem: • Critérios de definição de sintomático respiratório (exame de escarro); • Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse (exame de escarro); • Suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em materiais biológicos diversos). By Ismael Costa 24
  • 25. • A baciloscopia de escarro deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma, por ocasião da primeira consulta, e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte, preferencialmente ao despertar. • Nos casos em que há indícios clínicos e radiológicos de suspeita de TB e as duas amostras de diagnóstico apresentem resultado negativo, podem ser solicitadas amostras adicionais. By Ismael Costa 25
  • 26.
  • 27. By Ismael Costa Recipiente – O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes características: descartáveis, com boca larga (50mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. A identificação (nome do paciente e data da coleta) deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa, utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou caneta com tinta indelével.
  • 28. Cultura • A cultura para micobactéria é indicada nos seguintes casos: • Suspeita clínica e/ou radiológica de TB com baciloscopia repetidamente negativa; • Suspeitos de TB com amostras paucibacilares (poucos bacilos); • Suspeitos de TB com dificuldades de obtenção da amostra (por exemplo crianças); • Suspeitos de TB extrapulmonar; • Casos suspeitos de infecções causadas por Micobactérias Não Tuberculosas (MNT); nestes casos o teste de sensibilidade pode ser feito com MIC). By Ismael Costa 28
  • 29. Cultura + teste de sensibilidade • Contatos de casos de tuberculose resistente; • Pacientes com antecedentes de tratamento prévio independentemente do tempo decorrido; • Pacientes imunodeprimidos, principalmente portadores de HIV; • Paciente com baciloscopia positiva no final do 2º mês de tratamento; • Falência ao tratamento antiTB . • Em investigação de populações com maior risco de albergarem cepa de M.tuberculosis resistente (profissionais de saúde, população de rua, privados de liberdade, pacientes internados em hospitais que não adotam medidas de biossegurança e instituições de longa permanência) ou com difícil abordagem subseqüente (indígenas). By Ismael Costa 29
  • 30. • A técnica do escarro induzido, utilizando nebulizador ultrassônico e solução salina hipertônica (5ml de NaCl 3 a 5%), pode ser usada em pacientes com forte suspeita de tuberculose pulmonar e sem adequado material proveniente da árvore brônquica, tanto para a baciloscopia direta como para a cultura. By Ismael Costa 30
  • 31. Exame radiológico • Deve ser solicitada para todo o paciente com suspeita clínica de TB pulmonar. No entanto, até 15% dos casos de TB pulmonar não apresentam alterações radiológicas, principalmente pacientes imunodeprimidos. • Em suspeitos radiológicos de tuberculose pulmonar com baciloscopia direta negativa, deve- se afastar a possibilidade de outras doenças, recomendando-se, ainda, a cultura para micobactéria. • O exame radiológico, em pacientes com baciloscopia positiva, tem como função principal a exclusão de doença pulmonar associada . By Ismael Costa 31
  • 32. Prova tuberculínica • A prova tuberculínica (PT) consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a estes antígenos. • É utilizada, nas pessoas (adultos e crianças), para o diagnóstico de infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB). Na criança também é muito importante como método coadjuvante para o diagnóstico da TB doença. By Ismael Costa 32
  • 33. Tuberculina e Técnica • No Brasil, a tuberculina usada é o PPD-RT 23, aplicada por via intradérmica no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1ml, que contém 2 UT (unidades de tuberculina), e guarda equivalência biológica com 5 UT de PPD-S, utilizada em outros países. • A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura entre 2ºC e 8ºC e não deve ser exposta à luz solar direta. A técnica de aplicação, de leitura e o material utilizado são padronizados pela OMS . • A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação , podendo este prazo ser estendido para 96 horas caso o paciente falte à leitura na data agendada. By Ismael Costa 33
  • 34.
  • 35.
  • 36. Interpretação da PT • O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais recomendada, pois a interpretação do teste e seus valores de corte podem variar de acordo com a população e o risco de adoecimento. • Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos infectados por outras micobactérias ou vacinados pelo BCG, principalmente se vacinados (ou re- vacinados) após o primeiro ano de vida, quando o BCG produz reações maiores e mais duradouras. Entretanto, a reação tende a diminuir com o passar do tempo, e se a PT for realizada 10 anos ou mais após a última vacinação, o efeito da BCG sobre ela poderá ser mínimo. • Indicações • Na investigação de infecção latente no adulto. • Na investigação de infecção latente e de TB doença em crianças. • Indivíduos com PT documentada e resultado igual ou superior a 10 mm não devem ser retestados. By Ismael Costa 36
  • 37. Tratamento • Período de transmissibilidade após início do tratamento • A transmissibilidade está presente desde os primeiros sintomas respiratórios, caindo rapidamente após o início de tratamento efetivo. Durante muitos anos considerou-se que, após 15 dias de tratamento, o paciente já não transmitia a doença. • Na prática, quando o paciente não tem história de tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de resistência, pode-se considerar que, após 15 dias de tratamento e havendo melhora cínica, o paciente pode ser considerado não infectante. By Ismael Costa 37
  • 38. Regimes de tratamento • O tratamento será desenvolvido sob regime ambulatorial, diretamente observado (TDO). A hospitalização é recomendada em casos especiais e de acordo com as seguintes prioridades: • Meningoencefalite tuberculosa. • Intolerância aos medicamentos antiTB incontrolável em ambulatório. • Estado geral que não permita tratamento em ambulatório. • Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas relacionadas ou não à TB que necessitem de tratamento e/ou procedimento em unidade hospitalar. • Casos em situação de vulnerabilidade social, como ausência de residência fixa ou grupos com maior possibilidade de abandono, especialmente se for um caso de retratamento, falência ou multirresistência. By Ismael Costa 38
  • 39. Tratamento • Em 2009, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, juntamente com o seu Comitê Técnico Assessor reviu o sistema de tratamento da TB no Brasil. Baseado nos resultados preliminares do II Inquérito Nacional de Resistência aos medicamentos antiTB, que mostrou aumento da resistência primária à isoniazida (de 4,4 para 6,0%), introduz o Etambutol como quarto fármaco na fase intensiva de tratamento (dois primeiros meses) do Esquema básico. • A apresentação farmacológica deste esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (RHZE), nas seguintes dosagens: R 150 mg, H 75 mg, Z 400 mg e E 275 mg. • Em todos os esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser administrada em uma única tomada. By Ismael Costa 39
  • 40. Indicações de esquemas terapêuticos • Caso novo ou virgens de tratamento (VT) - pacientes que nunca se submeteram ao tratamento anti-TB, ou o fizeram por até 30 dias. • Retratamento ou com tratamento anterior (TA) - pessoa já tratada para TB por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva após cura (RC) ou retorno após abandono (RA). • O paciente que retorna ao sistema após abandono deve ter sua doença confirmada por nova investigação diagnóstica por baciloscopia, devendo ser solicitada cultura, identificação e teste de sensibilidade, antes da reintrodução do tratamento anti-TB básico. • Falência - Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento. São também classificados como caso de falência os casos que, no início do tratamento, são fortemente positivos (++ ou +++) e mantêm essa situação até o 4º mês, ou aqueles com positividade inicial seguida de negativação, e nova positividade por dois meses consecutivos, a partir do 4º mês de tratamento. • By Ismael Costa 40
  • 42. Esquemas • Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos – Pacientes Adolescentes e Adultos. • – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol • – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZE/4RH • Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos – Crianças Menores de 10 anos. • – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida. • – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZ/4RH By Ismael Costa 42
  • 44. • Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes Adolescentes e Adultos. • – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol. • – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZE/7RH • Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças Menores de 10 anos. • – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida. • – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina. • 2RHZ/7RH By Ismael Costa 44
  • 45. Condições especiais • Gestante • A prevenção da tuberculose congênita é realizada pelo diagnóstico precoce e a administração oportuna do tratamento da TB na mãe grávida, para diminuir o risco de transmissão ao feto e recém-nato, bem como aos adultos que coabitam a mesma residência, diminuindo assim o risco de transmissão pós-natal. • Não há contra-indicações à amamentação, desde que a mãe não seja portadora de mastite tuberculosa. É recomendável, entretanto, que faça uso de máscara cirúrgica ao amamentar e cuidar da criança. • Gestantes e lactantes devem utilizar os esquemas preconizados acima, mas especial atenção devem receber no monitoramento de efeitos adversos. • O quadro 13 descreve a segurança dos fármacos de primeira e segunda linha nesta população. By Ismael Costa 45
  • 47. Controle do tratamento • Acompanhamento da evolução da doença em adultos • 1) Realização mensal da baciloscopia de controle, nos casos de TB pulmonar, sendo indispensáveis as dos 2º, 4º e 6º meses, no Esquema Básico. Em casos de baciloscopia positiva no final do segundo mês de tratamento, solicitar cultura para micobactérias com identificação e teste de sensibilidade. • 2) Acompanhamento clínico mensal visando a identificação de queixas e sinais clínicos que possam avaliar a evolução da doença após a introdução dos medicamentos e a detecção de manifestações adversas com seu uso. • 3) Pacientes inicialmente bacilíferos, deverão ter pelo menos duas baciloscopias negativas para comprovar cura, uma na fase de acompanhamento e outra ao final do tratamento. By Ismael Costa 47
  • 48. Controle de contatos • Definições para proceder ao controle de contatos • Caso índice – Todo paciente com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia positiva. • Contato – É definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode se dar em casa e/ou em ambientes de trabalho, instituições de longa permanência, escola ou pré-escola. A avaliação do grau de exposição do contato deve ser individualizada considerando-se a forma da doença, o ambiente e o tempo de exposição. • Obs. Tendo em vista que crianças com TB em geral desenvolvem a doença após transmissão por um contato adulto bacilífero, preconiza-se a investigação de todos os seus contatos, independentemente da forma clínica da criança, a fim de se identificar não somente os casos de ILTB, mas principalmente o caso índice, interrompendo assim a cadeia de transmissão. By Ismael Costa 48
  • 49. Tratamento de ILTB By Ismael Costa  O tratamento da infecção latente com isoniazida reduz em 60 a 90% o risco de adoecimento. Esta variação se deve à duração e à adesão ao tratamento.  O número de doses tomadas tem se revelado mais importante do que o uso diário do medicamento. Portanto, mesmo que o indivíduo não use a H todos os dias, é importante insistir para que complete o número de doses do tratamento, mesmo depois de decorrido o tempo pré- estabelecido pelo médico. O número mínimo de doses preconizadas é de 180 (podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses).
  • 50. Fármaco utilizado • Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose máxima de 300 mg/dia. • Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade de infecção latente e o risco de adoecimento.
  • 52. Crianças By Ismael Costa Além do resultado do PT, a indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende de três fatores: a idade, a probabilidade de ILTB e o risco de adoecimento . Os grupos com indicação de tratamento são: 1- Crianças contatos de casos bacilíferos: • PT igual ou superior a 5 mm - em crianças não vacinadas com BCG, crianças vacinadas há mais de 2 anos ou qualquer condição imunossupressora; • PT igual ou superior a 10 mm em crianças vacinadas com BCG há menos de 2 anos; • Crianças que adquiriram ILTB até os 5 anos – grupo prioritário para tratamento de ILTB.
  • 53. adultos By Ismael Costa Em adultos e adolescentes: Em adultos e adolescentes (> 10 anos) com ILTB, a relação risco-benefício do tratamento com H deve ser avaliada.A idade é um dos fatores de risco para hepatoxicidade pela isoniazida. Pelo risco de hepatoxicidade e reduzido risco acumulado de adoecimento,recomenda-se o tratamento conforme o quadro 20.
  • 55. Situações especiais • Grávidas - Em grávidas, recomenda-se postergar o tratamento da ILTB para após o parto. • Em gestante com infecção pelo HIV, recomenda-se tratar a ILTB após o 3º mês de gestação. • HIV / aids - Tratar ILTB nos seguintes casos: • Radiografia de tórax normal e PT ≥ 5 mm • Contatos intradomiciliares ou institucionais de pacientes bacilíferos independentemente da PT • PT < 5 mm com registro documental de ter tido PT ≥ 5 mm e não submetido a tratamento ou quimioprofilaxia na ocasião • Radiografia de tórax com presença de cicatriz radiológica de TB, sem tratamento anterior para TB (afastada possibilidade de TB ativa através de exames de escarro,radiografias anteriores e se necessário, TC de tórax), independentemente do resultado da PT. By Ismael Costa 55
  • 56. Resistência aos fármacos anti-TB By Ismael Costa • A resistencia aos farmacos antiTB e classificada em: • Resistencia natural- É aquela que surge no processo de multiplicacao do bacilo naturalmente. • Resistencia primaria - E aquela que se verifica em pacientes nunca tratados paraTB, contaminados por bacilos previamente resistentes. • Resistencia adquirida ou secundaria - E a que se verifica em pacientes, com tuberculose inicialmente sensivel, que se torna resistente apos a exposicao aos medicamentos. • As principais causas do surgimento da resistencia adquirida sao: esquemas inadequados; uso irregular do esquema terapeutico por má adesão ou falta temporaria de medicamentos.
  • 57. Tipos de resistência By Ismael Costa • Monorresistencia: resistencia a um farmaco antiTB. • Polirresistencia: resistencia a dois ou mais farmacos antituberculose, exceto a associação Rifampicina e Isoniazida. • Multirresistencia: resistencia a pelo menos Rifampicina e Isoniazida (MDR). • Resistencia extensiva: resistencia a Rifampicina e Isoniazida acrescida a resistencia a uma fluoroquinolona e a um injetavel de segunda linha (Amicacina, canamicina ou Capreomicina).
  • 58. by Ismael Costa 58 Acompanhamento do caso • Alta por cura • Alta por completar o tratamento • Alta por abandono de tratamento • Alta por mudança de diagnóstico • Alta por óbito • Alta por falência • Alta por transferência
  • 60. HANSENÍASE (LEPRA)  Doença infecto-contagiosa, crônica, curável, causada pelo bacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz de infectar grande número de pessoas (alta infectividade), mas poucos adoecem, (baixa patogenicidade). O poder imunogênico do bacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante da hanseníase.  O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando- lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. by Ismael Costa60
  • 61. DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍASE  A pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais e que necessita de tratamento poliquimioterápico:  lesão e/ou área da pele com diminuição ou alteração de sensibilidade;  acometimento de nervo periférico, com ou sem espessamento associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; e  baciloscopia positiva de esfregaço intradérmico. 61 by Ismael Costa
  • 62. AGENTE ETIOLÓGICO  A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos, que se instala no organismo da pessoa infectada, podendo se multiplicar. 62 by Ismael Costa
  • 63. MODO DE TRANSMISSÃO  A principal via de eliminação do bacilo, pelo indivíduo doente de hanseníase, e a mais provável porta de entrada no organismo passível de ser infectado são as vias aéreas superiores, o trato respiratório. No entanto, para que a transmissão do bacilo ocorra, é necessário um contato direto com a pessoa doente não tratada.  A hanseníase apresenta longo período de incubação; em média, de 2 a 7 anos. Há referências a períodos mais curtos, de 7 meses, como também a mais longos, de 10 anos. 63 by Ismael Costa
  • 64. Epidemiologia  Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo, constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas. Os casos Paucibacilares, portanto, não são considerados importantes fontes de transmissão da doença devido à sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas podem até curar-se espontaneamente.  Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior, podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença.
  • 65. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Hanseníase indeterminada – forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos ou evolui para as formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, o que pode ocorrer no prazo de 3 a 5 anos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com distúrbio da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose. By Ismael Costa65
  • 66. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Hanseníase tuberculoide – forma mais benigna e localizada que aparece em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou uma única), de limites bem definidos e pouco elevados, e com ausência de sensibilidade (dormência).  Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Próximos às lesões em placa, podem ser encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos, pode haver perda total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia. Pode ocorrer a forma nodular infantil, que acomete crianças de 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no domicílio. A clínica é caracterizada por lesões papulosas ou nodulares, únicas ou em pequeno número, principalmente na face. By Ismael Costa66
  • 67. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS  Hanseníase dimorfa (ou borderline) – forma intermediária, resultante de uma imunidade também intermediária, com características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano. A variedade de lesões cutâneas é maior e estas apresentam- se como placas, nódulos eritemato- acastanhados, em grande número, com tendência à simetria. As lesões mais características dessa forma clínica são denominadas lesões pré-foveolares ou foveolares, sobre-elevadas ou não, com áreas centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos difusos. O acometimento dos nervos é mais extenso, podendo ocorrer neurites agudas de grave prognóstico. By Ismael Costa67
  • 68. Manifestações clínicas  Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa) As lesões cutâneas caracterizam-se por placas infiltradas e nódulos (hansenomas), de coloração eritemato-acastanhada ou ferruginosa, que podem se instalar também na mucosa oral. Podem ocorrer infiltração facial com madarose superciliar e ciliar, hansenomas nos pavilhões auriculares, espessamento e acentuação dos sulcos cutâneos. Pode, ainda, ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão, e de órgãos internos (fígado, baço, suprarrenais e testículos), bem como a hanseníase histoide, com predominância de hansenomas com aspecto de queloides ou fibromas, com grande número de bacilos. Ocorre comprometimento de maior número de troncos nervosos de forma simétrica. By Ismael Costa
  • 70. Avaliação dermatológica  Consistem na identificação de lesões de pele por meio de inspeção de toda a superfície corporal do paciente e realização de pesquisa de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil nas lesões e/ou áreas suspeitas para verificar qualquer alteração
  • 71.
  • 72. Classificação operacional para fins de tratamento quimioterápico.  CASOS COM BAAR + , MESMO COM MENOS DE 5 LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES! by Ismael Costa72 Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele. Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não contagiosa Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de pele. Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa
  • 73. AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA  A avaliação neurológica deve ser realizada no momento do diagnóstico, semestralmente e na alta do tratamento, na ocorrência de neurites e reações ou quando houver suspeita das mesmas, durante ou após o tratamento PQT e sempre que houver queixas.  Os principais nervos periféricos acometidos na hanseníase são os que passam:  pela face - trigêmeo e facial, que podem causar alterações na face, nos olhos e no nariz;  pelos braços - radial, ulnar e mediano, que podem causar alterações nos braços e mãos;  pelas pernas - fibular comum e tibial posterior, que podem causar alterações nas pernas e pés. 73 by Ismael Costa
  • 74. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL  Exame baciloscópico – a baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), quando disponível, deve ser utilizada como exame complementar para a classificação dos casos em PB ou MB. A baciloscopia positiva classifica o caso como MB, independentemente do número de lesões. O resultado negativo da baciloscopia não exclui o diagnóstico da hanseníase.  Exame histopatológico – indicado como apoio na elucidação diagnóstica e em pesquisas. by Ismael Costa74
  • 75. Mitsuda  Teste de Mitsuda - Possui valor prognóstico e é recomendado para distinção dos casos neurais que não apresentam lesão cutânea, para classificação da doença.  O teste é feito pela aplicação intradérmica de 0,1 ml de mitsudina na face anterior do antebraço direito, formando-se uma pápula com cerca de 1cm de diâmetro. Sendo feita a leitura após 21 e 28 dias.
  • 76. TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PQT  A poliquimioterapia (PQT) é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada.  Para crianças com hanseníase, a dose dos medicamentos do esquema-padrão é ajustada, de acordo com a sua idade. Já no caso de pessoas com intolerância a um dos medicamentos do esquema- padrão, são indicados esquemas alternativos.  A alta por cura é dada após a administração do número de doses preconizadas pelo esquema terapêutico. 76 by Ismael Costa
  • 77. Esquemas 77 by Ismael Costa Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB) Até 5 lesões de pele Mais de 5 lesões de pele, ou com baciloscopia positiva. Tratamento Tratamento Rifampicina mensal supervisionada (600mg) Rifampicina mensal supervisionada (600mg) Dapsona* - 1 dose mensal, supervisionada de 100mg. Doses diárias auto-administradas de 100 mg Dapsona - 1 dose mensal, supervisionada de 100mg. Doses diárias auto-administradas de 100 mg *** Clofazimina - 1 dose mensal superviso nada de 300mg, doses diárias auto-administradas de 50 mg. Critério de alta Critério de alta 6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses * Também conhecida como Sulfona
  • 78.
  • 79.
  • 80. ACOMPANHAMENTO DAS INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA  É importante diferenciar um quadro de estado reacional de um caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoa deverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar, porém, o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamento PQT deve ser reiniciado.  Somente os casos graves, assim como os que apresentarem reações reversas graves, deverão ser encaminhados para hospitalização.  É considerado um caso de recidiva, aquele que completar com êxito o tratamento PQT, e que depois de curado venha eventualmente desenvolver novos sinais e sintomas da doença. A maior causa de recidivas é o tratamento PQT inadequado ou incorreto. by Ismael Costa80
  • 81. ESTADOS REACIONAIS OU REAÇÕES HANSÊNICAS  Os estados reacionais ou reações hansênicas são reações do sistema imunológico do doente ao Mycobacterium leprae. Apresentam-se através de episódios inflamatórios agudos e sub-agudos.  Os estados reacionais ocorrem, principalmente, durante os primeiros meses do tratamento quimioterápico da hanseníase, mas também podem ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento, podem induzir ao diagnóstico da doença.  Os estados reacionais são a principal causa de lesões dos nervos e de incapacidades provocadas pela hanseníase. by Ismael Costa81
  • 82. 82 by Ismael Costa Reações Hansênicas Tipo 1 (reação reversa) Tipo 2 (Eritema nodoso hansênico) Dor e Espessamento de nervos periféricos (neurites) Dor e Espessamento de nervos periféricos (neurites) Novas lesões dermatológicas, alterações das lesões antigas. Eritema Nodoso Hansênico (ENH) que se caracteriza por apresentar nódulos vermelhos e dolorosos, febre, dores articulares e mal estar generalizado.
  • 83. Complicações  As complicações da hanseníase, muitas vezes, confundem-se com a evolução do próprio quadro clínico da doença.  Muitas delas dependem da resposta imune dos indivíduos acometidos, outras estão relacionadas à presença do M. leprae nos tecidos e, por fim, algumas das complicações decorrem das lesões neurais características da hanseníase. By Ismael Costa
  • 84. Referência e contra-referência  Na presença de intercorrências clínicas, reações adversas ao tratamento, estados reacionais e dúvida no diagnóstico, o caso deverá ser encaminhado ao serviço de referência, conforme o sistema de referência e de contra-referência estabelecido pelo município. By Ismael Costa84
  • 85. Critérios de alta por cura  O encerramento da PQT deve acontecer segundo os critérios de regularidade no tratamento: número de doses e tempo de tratamento, de acordo com cada esquema mencionado anteriormente, sempre com avaliação neurológica simplificada, avaliação do grau de incapacidade física e orientação para os cuidados após a alta.  Condutas para pacientes irregulares – os que não completaram o tratamento preconizado PB (6 doses, em até 9 meses) e MB (12 doses, em até 18 meses) deverão ser avaliados quanto à necessidade de reinício ou possibilidade de aproveitamento de doses anteriores, visando à finalização do tratamento dentro do prazo preconizado. By Ismael Costa
  • 86. MB  Condutas para indicação de outro ciclo de tratamento em pacientes MB – para o doente MB sem melhora clínica ao final das 12 doses de PQT, a indicação de um segundo ciclo de 12 doses de tratamento deverá se basear na associação de sinais de atividade da doença, mediante exame clínico e correlação laboratorial (baciloscopia e, se indicada, histopatologia) em unidades de referência.  Casos MB que iniciam o tratamento com numerosas lesões ou extensas áreas de infiltração cutânea podem ter um risco maior de desenvolver reações e dano neural após completar as 12 doses. By Ismael Costa
  • 87. MB  Esses casos poderão apresentar uma regressão mais lenta das lesões de pele. A maioria desses doentes continuará a melhorar após a conclusão do tratamento com 12 doses; é possível, no entanto, que alguns deles não demonstrem qualquer melhora e, se isso acontecer, deverão ser avaliados em serviço de referência (municipal, regional, estadual ou nacional) quanto à necessidade de 12 doses adicionais de PQT/MB. By Ismael Costa
  • 88. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA  Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em todo oTerritório Nacional.  Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos. by Ismael Costa88
  • 89. Investigação de contato  A investigação consiste no exame dermatoneurológico de todos os contatos intradomiciliares dos casos detectados.  Deve-se ter especial atenção na investigação dos contatos de menores de 15 anos, já que esta situação de adoecimento mostra que há transmissão recente e ativa que deve ser controlada.  Após a avaliação, se o contato for considerado indene (não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG. by Ismael Costa89
  • 90. by Ismael Costa90 Profilaxia com BCG Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG 1 cicatriz 1 dose de BCG 2 cicatrizes Nenhuma dose de BCG Criança menor de 1 ano vacinada Nenhuma dose de BCG Quem tomou a vacina há menos de 6 meses Nenhuma dose de BCG
  • 91. Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis By Ismael Costa
  • 92. Introdução  No ano de 2015, o ministério da saúde adotou a nomenclatura infecções sexualmente transmissíveis (IST´s) em substituição ao antigo termo doenças sexualmente transmissíveis (DST´s). Desta forma busca-se alertar a população sobre a possibilidade de ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.  O documento “Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas de atenção integral á pessoas portadoras de IST” recomenda a o manejo integral das IST, combinando, quando disponível, a triagem e tratamento das IST assintomáticas e o uso de fluxogramas nas IST sintomáticas , utilizando laboratório complementar. By Ismael Costa
  • 93. Introdução  A oferta de diagnóstico e tratamento para IST assintomáticas é a estratégia para triagem e tratamento das seguintes IST assintomáticas: sífilis latente recente e tardia, infecções por N. gonorrhoeae e C. trachomatis em mulheres, HIV e hepatites virais B e C.  O manejo de IST com uso de fluxograma abrange a detecção e o tratamento das IST que se apresentam sob a forma de úlceras genitais, corrimento uretral, corrimento vaginal, DIP e verrugas anogenitais”. (BRASIL, 2015 p.32) By Ismael Costa
  • 94. Vigilância epidemiológica  As IST´s de notificação compulsória são de sífilis adquirida, sífilis em gestante, sífilis congênita, hepatites virais B e C, aids, infecção pelo HIV, infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV.  A síndrome do corrimento uretral masculino é de notificação compulsória, a ser monitorada por meio da estratégia de vigilância em unidades-sentinela. As demais IST, se considerado conveniente, podem ser incluídas na lista de notificação dos estados/municípios.
  • 95. Abordagem às pessoas com IST´s  Além do tratamento das doenças e infecções sexualmente transmissíveis a abordagem integral inclui: a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico.  Sempre que disponíveis, devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C, precedidos de uma abordagem profissional adequada.  As amostras para os exames laboratoriais indicados devem ser colhidas no momento da primeira consulta; caso os resultados não estejam disponíveis imediatamente, a conduta terapêutica não deve ser postergada até a entrega destes. A consulta clínica se completa com a prescrição e orientação para tratamento, além do estabelecimento de estratégia para seguimento e atenção às parcerias sexuais.
  • 96. Abordagem aos parceiros  Serão consideradas parcerias sexuais, para fins de comunicação, aqueles (as) com as quais a pessoa infectada tenha se relacionado sexualmente, conforme a descrição abaixo:  Tricomoníase: parceria atual  Corrimento uretral ou infecção cervical: nos últimos dois meses  DIP: nos últimos dois meses  Úlceras: nos últimos três meses  Sífilis secundária: nos últimos seis meses  Sífilis latente: no último ano
  • 97. Uso de fluxogramas nas IST sintomáticas  As principais manifestações clínicas das IST são: corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras genitais, DIP e verrugas anogenitais. O uso dos fluxogramas faz parte da abordagem sindrômica.
  • 98.
  • 100. Corrimento vaginal  O corrimento vaginal é uma síndrome comum, que ocorre principalmente na idade reprodutiva, podendo ser acompanhado de prurido, irritação local e/ou alteração de odor.  É importante avaliar a percepção da mulher quanto à existência de corrimento vaginal fisiológico.  O termo Infecções do Trato Reprodutivo (ITR) é utilizado para descrever:  Infecções endógenas (candidíase vulvovaginal e agentes da vaginose bacteriana);  Infecções iatrogênicas (infecções pós-aborto, pós-parto);  Infecções sexualmente transmissíveis (tricomoníase).  Todos os casos de corrimento vaginal são considerados como ITR. Entre elas, somente a tricomoníase é considerada uma IST. By Ismael Costa
  • 101. Causas não-infecciosas  As causas não infecciosas do corrimento vaginal incluem:  material mucoide fisiológico, vaginite inflamatória descamativa, vaginite atrófica (mulheres na pós-menopausa), presença de corpo estranho, entre outros.  Outras patologias podem causar prurido vulvovaginal sem corrimento, como dermatites alérgicas ou irritativas (sabonetes, perfumes, látex) ou doenças da pele (líquen simples crônico, psoríase). By Ismael Costa
  • 102. Cervicite (Clamídia ou gonococo)  Uma cervicite prolongada, sem o tratamento adequado, pode- se estender ao endométrio e às trompas, causando doença inflamatória pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a gravidez ectópica e a dor pélvica crônica, as principais sequelas.  Alguns sintomas genitais leves, como corrimento vaginal, dispareunia ou disúria, podem ocorrer na presença de cervicite mucopurulenta. O colo uterino pode ficar edemaciado, sangrando facilmente ao toque da espátula. Pode ser verificada a presença de mucopus no orifício externo do colo. By Ismael Costa
  • 103. Vulvovaginites  Considera-se como vulvovaginite toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino (ectocérvice). As vulvovaginites se manifestam por meio de corrimento vaginal, associado a um ou mais dos seguintes sintomas inespecíficos:  prurido vulvovaginal, dor ou ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico. Entretanto, muitas infecções genitais podem ser completamente assintomáticas. By Ismael Costa
  • 104. Vaginose bacteriana  A vaginose bacteriana é caracterizada por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido ao aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias .  Não se trata de infecção de transmissão sexual; apenas pode ser desencadeada pela relação sexual em mulheres predispostas, ao terem contato com sêmen de pH elevado. By Ismael Costa
  • 105. Vaginose bacteriana  Suas características clínicas incluem:  – corrimento vaginal com odor fétido, mais acentuado após o coito e durante o período menstrual;  – corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso; – dor às relações sexuais (pouco frequente).  Embora o corrimento seja o sintoma mais frequente, quase a metade das mulheres com vaginose bacteriana são completamente assintomáticas By Ismael Costa
  • 106. Candidíase  Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:  – gravidez;  – diabetes mellitus (descompensado);  – obesidade;  – uso de contraceptivos orais de altas dosagens;  – uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;  – hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a umidade e o calor local);  – contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes);  – alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), inclusive a infecção pelo HIV. By Ismael Costa
  • 107. Candidíase  Sinais e sintomas :  – prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável); .  – ardor ou dor à micção;  – corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”);  – hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;  – dispareunia;  – fissuras e maceração da pele; e  – vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas,aderidas à mucosa. By Ismael Costa
  • 108. Tricomoníase  Suas características clínicas são:  – corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso;  – prurido e/ou irritação vulvar;  – dor pélvica (ocasionalmente);  – sintomas urinários (disúria, polaciúria);  – hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas (colpite difusa e/ou focal, com aspecto de framboesa);  – teste de Schiller aspecto “tigroide” . By Ismael Costa
  • 109. Diagnóstico  pH vaginal : pH > 4,5: vaginose bacteriana ou tricomoníase, pH < 4,5: candidíase vulvovaginal  Teste de Wiff - (teste das aminas ou “do cheiro”) - Se houver a eliminação de “odor de peixe”, o teste é considerado positivo e sugestivo de vaginose bacteriana.  Exame à fresco - observando-se a presença de leucócitos, células parabasais, Trichomonas sp. móveis, leveduras e/ou pseudo-hifas. Os leucócitos estão presentes em secreções vaginais de mulheres com candidíase vulvovaginal e tricomoníase. By Ismael Costa
  • 110. Diagnóstico  Bacterioscopia por coloração de Gram: a presença de clue cells, células epiteliais escamosas de aspecto granular pontilhado e bordas indefinidas cobertas por pequenos e numerosos cocobacilos, é típica de vaginose bacteriana. By Ismael Costa
  • 111. Corrimento uretral  As uretrites são IST caracterizadas por inflamação da uretra acompanhada de corrimento.  Os agentes microbianos das uretrites podem ser transmitidos por relação sexual vaginal, anal e oral. O corrimento uretral pode ter aspecto que varia de mucoide a purulento, com volume variável, estando associado a dor uretral (independentemente da micção), disúria, estrangúria (micção lenta e dolorosa), prurido uretral e eritema de meato uretral.
  • 112. Etiologia do corrimento uretral  Os agentes etiológicos mais importantes do corrimento uretral são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis.  Outros agentes, como T. vaginalis, U. urealyticum, enterobactérias (nas relações anais insertivas), M. genitalium, vírus do herpes simples (HSV, do inglês Herpes Simplex Virus), adenovírus e Candida spp. são menos frequentes.  Causas traumáticas (produtos e objetos utilizados na prática sexual) devem ser consideradas no diagnóstico diferencial de corrimento uretral.
  • 113. Uretrites  Uretrite gonocócica  É um processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral causado pela Neisseria gonorrhoeae. O período de incubação é curto, de 2 a 5 dias.  O sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido na fossa navicular que vai se estendendo para toda a uretra.  Após um a três dias o doente já se queixa de ardência miccional (disúria), seguida por corrimento, inicialmente mucóide que, com o tempo, vai se tornando, às vezes, mais abundante e purulento. Em alguns pacientes pode haver febre e outras manifestações de infecção aguda sistêmica.
  • 114. Uretrites gonocócicas  Se não houver tratamento, ou se esse for tardio ou inadequado, o processo se propaga ao restante da uretra, com o aparecimento de polaciúria e sensação de peso no períneo; raramente há hematúria no final da micção.  Dentre as complicações da uretrite gonocócica no homem destacam-se: balanopostite, prostatite, epididimite, estenose uretral (rara), artrite, meningite, faringite, pielonefrite, miocardite, pericardite, septicemia.
  • 115. Uretrite não gonocócica  São denominadas uretrites não gonocócicas (UNG) as uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias pela coloração de Gram e/ou cultura são negativas para o gonococo. Vários agentes têm sido responsabilizados por essas infecções: Chlamydia trachomatis, Ureaplasma urealyticum, Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, dentre outros.  A C. trachomatis é o agente mais comum de UNG.  A UNG caracteriza-se, habitualmente, pela presença de corrimentos mucóides, discretos, com disúria leve e intermitente
  • 116. Úlcera genital  Os agentes etiológicos infecciosos mais comuns nas úlceras genitais são:  T. pallidum (sífilis primária e secundária);  HSV-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital, respectivamente);  H. ducreyi (cancroide);  C. trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV);  K. granulomatis (donovanose).
  • 117. Sífilis primária  A sífilis primária, também conhecida como “cancro duro”, ocorre após o contato sexual com o indivíduo infectado. A primeira manifestação é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do tegumento), indolor, com base endurecida e fundo limpo, rica em treponemas. Esse estágio pode durar entre duas e seis semanas, desaparecendo espontaneamente, independentemente de tratamento.
  • 118. Sífilis secundária  A sífilis secundária surge em média entre seis semanas e seis meses após a infecção. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco; eritemata palmo-plantares; placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); alopécia em clareira e madarose.  A sintomatologia pode desaparecer espontaneamente em poucas semanas. Mais raramente, observa-se comprometimento hepático, quadros meníngeos e/ou até oculares, em geral uveítes.
  • 119. Herpes genital  A primoinfecção herpética tem um período de incubação médio de seis dias. Em geral, é uma manifestação mais severa caracterizada pelo surgimento de lesões eritemato- papulosas de um a três milímetros de diâmetro, que rapidamente evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital. O conteúdo dessas vesículas é geralmente citrino, raramente turvo.  O quadro clínico das recorrências é menos intenso que o observado na primoinfecção e pode ser precedido de sintomas prodrômicos característicos, como prurido leve ou sensação de “queimação”, mialgias e “fisgadas” nas pernas, quadris e região anogenital.
  • 120. Cancro mole  O cancroide é uma afecção de transmissão exclusivamente sexual, provocada pelo H. ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais. Caracteriza-se por lesões múltiplas (podendo, no entanto, haver uma única lesão) e habitualmente dolorosas, mais frequentes no sexo masculino.  Denomina-se também cancro mole, cancro venéreo ou cancro de Ducrey. O período de incubação é geralmente de três a cinco dias, podendo se estender por até duas semanas. O risco de infecção em uma relação sexual é de 80%.
  • 121. LGV  O LGV é causado por C. trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3. A manifestação clínica mais comum do LGV é a linfadenopatia inguinal e/ou femoral (também conhecido como bubão inguinal), já que esses sorotipos são altamente invasivos aos tecidos linfáticos. Os últimos surtos entre HSH estão relacionados ao HIV.
  • 122. Donovanose  É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria K. granulomatis. Acomete preferencialmente pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais. É pouco frequente, ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais. A donovanose (granuloma inguinal) está frequentemente associada à transmissão sexual, embora os mecanismos de transmissão não sejam bem conhecidos, com transmissibilidade baixa.
  • 123. DIP  A DIP é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microrganismos do trato genital inferior, espontânea ou devida a manipulação .  Constitui uma das mais importantes complicações das IST e um sério problema de saúde pública, sendo comum em mulheres jovens com atividade sexual desprotegida. Está associada a seqüelas importantes em longo prazo, causando morbidades reprodutivas que incluem infertilidade por fator tubário, gravidez ectópica e dor pélvica crônica (em 18% dos casos). By Ismael Costa
  • 124. Etiologia da DIP  Entre os microrganismos sexualmente transmissíveis, merecem destaque C. trachomatis e N. gonorrhoeae.  No entanto, bactérias facultativas anaeróbias (ex.: G. vaginalis, H. influenza, S. agalactiae, entre outros), que compõem a flora vaginal, também têm sido associadas à DIP. Além disso, CMV, M. genitalium, M. hominis e U. urealyticum podem ser associados com alguns casos de DIP. Todas as mulheres que têm DIP aguda devem ser rastreadas para N. gonorrhoeae e C. trachomatis e testadas para HIV, sífilis e hepatites virais. By Ismael Costa
  • 125. Verrugas anogenitais  O HPV é um DNA-vírus que pode induzir uma grande variedade de lesões proliferativas na região anogenital.  Os tipos 26, 53 e 66 são provavelmente de alto risco oncogênico, e os tipos 34, 57 e 83 são de risco indeterminado.  A maioria das infecções são assintomáticas ou não aparentes. Outras podem apresentar-se sob a forma de lesões exofíticas, os chamados condilomas acuminados, verrugas genitais ou cristas de galo.  Podem também assumir uma forma subclínica, visível apenas sob técnicas de magnificação (lentes) e após aplicação de reagentes, como o ácido acético.
  • 126. Transmissão do HPV  Ocorre, preferencialmente, por via sexual. A transmissão vertical do HPV é corroborada pela ocorrência de papilomatose recorrente de laringe juvenil, em crianças com menos de dois anos de idade, e por relatos de casos de RN com condiloma genital ao nascimento. A transmissão por fômites é rara.
  • 127. Sífilis  A sífilis é uma infecção bacteriana de caráter sistêmico, curável. É causada pelo T. pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas.  Em gestantes não tratadas ou tratadas inadequadamente, a sífilis pode ser transmitida para o feto (transmissão vertical), mais frequentemente intraútero (com taxa de transmissão de até 80%), apesar de também poder ocorrer na passagem do feto pelo canal do parto. By Ismael Costa
  • 128. Manifestações clínicas  Existem duas classificações para as formas clínicas da sífilis adquirida, a saber, pelo tempo de infecção e por suas manifestações clínicas, conforme a descrição:  a. Segundo o tempo de infecção:  Sífilis adquirida recente (menos de um ano de evolução);  Sífilis adquirida tardia (mais de um ano de evolução). By Ismael Costa
  • 129. Manifestações clínicas  b. Segundo as manifestações clínicas da sífilis adquirida:  Sífilis primária: A primeira manifestação é caracterizada por uma erosão ou úlcera no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do tegumento). É denominada “cancro duro” e é geralmente única, indolor, com base endurecida e fundo limpo, sendo rica em treponemas. Geralmente é acompanhada de linfadenopatia inguinal. By Ismael Costa
  • 130. Manifestações clínicas  Sífilis secundária: As lesões secundárias são ricas em treponemas. Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco; lesões eritemato-escamosas palmo-plantares (essa localização sugere fortemente o diagnóstico de sífilis no estágio secundário); placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); alopecia em clareira e madarose (perda da sobrancelha, em especial do terço distal), febre, mal-estar, cefaleia, adinamia e linfadenopatia generalizada. By Ismael Costa
  • 132. Manifestações clínicas  Sífilis latente: período em que não se observa sinal ou sintoma clínico de sífilis, verificando-se, porém, reatividade nos testes imunológicos que detectam anticorpos.  Sífilis terciária: ocorre aproximadamente em 30% das infecções não tratadas, após um longo período de latência, podendo surgir entre dois a 40 anos depois do início da infecção. A sífilis terciária é considerada rara, devido ao fato de que a maioria da população recebe indiretamente, ao longo da vida, antibióticos com ação sobre o T. pallidum e que levam à cura da infecção.  Quando presente, a sífilis nesse estágio manifesta-se na forma de inflamação e destruição tecidual.  É comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular. Além disso, verifica-se a formação de gomas By Ismael Costa
  • 134. Diagnóstico  Exames diretos: a pesquisa direta de T. pallidum na sífilis recente primária e secundária pode ser feita pela microscopia de campo escuro (sensibilidade de 74% a 86%). Quando isso não é possível, a pesquisa do treponema pode ser realizada por imunofluorescência direta, exame de material corado e biópsias.  Testes imunológicos: na prática são os mais utilizados. Dividem-se em treponêmicos e não treponêmicos.
  • 135. Testes sorológicos  ›› Testes treponêmicos: São testes que detectam anticorpos específicos produzidos contra os antígenos do T. pallidum. São os primeiros a se tornarem reagentes, sendo importantes para a confirmação do diagnóstico. Na maioria das vezes, permanecem positivos mesmo após o tratamento pelo resto da vida do paciente; por isso, não são indicados para o monitoramento da resposta ao tratamento.
  • 136. Testes sorológicos  Testes não treponêmicos:  São que detectam anticorpos não específicos anticardiolipina para os antígenos do T. pallidum, e podem ser qualitativos ou quantitativos. Tornam-se reagentes cerca de uma a três semanas após o aparecimento do cancro duro. O teste qualitativo indica a presença ou ausência de anticorpo na amostra. O teste quantitativo permite a titulação de anticorpos.  O resultado deve ser expresso em títulos (1:2, 1:4, 1:64, entre outros), sendo importante para o diagnóstico e monitoramento da resposta ao tratamento, porquanto a queda do título é indicação de sucesso terapêutico.
  • 137.
  • 139. Descrição  As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo fígado, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.  A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude varia de região para região, de acordo com os diferentes agentes etiológicos. No Brasil, esta variação também ocorre.
  • 140. Modo de Transmissão  Transmissão fecal-oral (HAV e HEV) tem seu mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos.  O segundo grupo (HBV, HCV, e HDV) possui diversos mecanismos de transmissão, como o parenteral, sexual, compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing e confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis.
  • 141. Agentes etiológicos  Dentre esses, o vírus da hepatite B (VHB) é o único de genoma DNA e pertence à família Hepadnaviridae. Os demais possuem genoma RNA e estão em diferentes famílias, a saber: Picornaviridae – vírus da hepatite A (VHA), Flaviviridae – vírus da hepatite C (VHC), Deltaviridae – vírus da hepatite D (VHD) e Hepeviridae – vírus da hepatite E (VHE).
  • 143. Tratamento  Hepatite aguda- Não existe tratamento específico para as formas agudas. Se necessário, apenas tratamento sintomático para náuseas, vômitos e prurido. Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em carboidratos é de uso popular, porém seu maior beneficio é ser mais agradável ao paladar do paciente anorético.  A única restrição está relacionada à ingestão de álcool, que deve ser suspensa por, no mínimo, 6 meses.
  • 144. Tratamento  Hepatite crônica  Uma parcela dos casos de hepatite crônica necessitará de tratamento, cuja indicação baseia-se no grau de acometimento hepático observado por exame anatomopatológico do tecido hepático obtido por biópsia.  Pacientes com aminotransferases normais merecem ser avaliados com exames de biologia molecular, pois pode haver lesão hepática, mesmo sem alteração daquelas enzimas.
  • 145. Aspectos epidemiológicos  No Brasil e no mundo, o comportamento das hepatites virais tem apresentado grandes mudanças nos últimos anos. A melhoria das condições de higiene e de saneamento básico das populações, a vacinação contra a hepatite B e as novas técnicas moleculares de diagnóstico do vírus da hepatite C constituem fatores importantes que se vinculam às transformações no perfil dessas doenças.  A heterogeneidade socioeconômica, a distribuição irregular dos serviços de saúde, a incorporação desigual de tecnologia avançada para diagnóstico e tratamento de enfermidades, são elementos importantes que devem ser considerados na avaliação do processo endemo-epidêmico das hepatites virais no Brasil.
  • 147. AIDS  Os indivíduos infectados pelo HIV, sem tratamento, evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida que vão sendo destruídos os linfócitosT CD4+, uma das principais células alvo do vírus.  A história natural dessa infecção vem sendo alterada, consideravelmente, pela terapia antirretroviral (TARV), iniciada no Brasil em 1996, resultando em aumento da sobrevida dos pacientes, mediante reconstituição das funções do sistema imunológico e redução de doenças secundárias.
  • 148. Agente etiológico  É um vírus RNA. Retrovírus denominado Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), com 2 tipos conhecidos: o HIV-1 e o HIV-2.  Bastante lábeis no meio externo, estes vírus são inativados por uma variedade de agentes físicos (calor) e químicos (hipoclorito de sódio, glutaraldeído).
  • 149. Modo de transmissão  O HIV pode ser transmitido por via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo sangue (via parenteral e de mãe para filho) e pelo leite materno.  Desde o momento de aquisição da infecção, o portador do HIV é transmissor.  A transmissão vertical (de mãe para filho) pode ocorrer durante a gestação, o parto e a amamentação.
  • 150.  Período de incubação  O tempo entre a infecção pelo HIV e o aparecimento de sinais e sintomas da fase aguda, denominada síndrome retroviral aguda (SRA), é de 1 a 3 semanas.  Período de latência  Após a infecção aguda, o tempo de desenvolvimento de sinais e sintomas da aids é em média de 10 anos. Entretanto, sinais e sintomas de imunodeficiência associada à infecção pelo HIV, não aids, podem aparecer com tempo de latência variável após a infecção aguda.
  • 151. Suscetibilidade/vulnerabilidade • A suscetibilidade é geral, tendo em vista os vários modos de transmissão e transmissibilidade. • A vulnerabilidade de indivíduos e populações ao HIV é fruto da combinação de muitos fatores, ligados a questões de gênero, raça e etnia, orientação sexual, renda, escolaridade, região geográfica de moradia e faixa etária. • No Brasil os homens que fazem sexo com homens (HSH), as mulheres profissionais do sexo, travestis/transexuais e usuários de drogas (UD) podem ser considerados populações mais vulneráveis.
  • 152. Manifestações clínicas  Infecção aguda - Esta fase da doença é também chamada de síndrome retroviral aguda ou infecção primária, e se manifesta clinicamente em pelo menos 50% dos pacientes.  As manifestações clínicas podem variar, desde quadro gripal até uma síndrome que se assemelha à mononucleose.  Os pacientes podem apresentar sintomas de infecção viral, como febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, exantema maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália; hiporexia, adinamia, cefaleia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e vômitos.
  • 153. Manifestações clínicas  Fase assintomática  A infecção precoce pelo HIV, também conhecida como fase assintomática, pode durar de alguns meses a alguns anos, e os sintomas clínicos são mínimos ou inexistentes. Os exames sorológicos para o HIV são reagentes e a contagem de linfócitos T CD4+ pode estar estável ou em declínio. Alguns pacientes podem apresentar uma linfoadenopatia generalizada persistente,“flutuante” e indolor.
  • 154. Manifestações clínicas  Fase sintomática inicial  O portador da infecção pelo HIV pode apresentar sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como complexo relacionado à aids (ARC). São indicativos de ARC a candidíase oral, testes de hipersensibilidade tardia negativos e a presença de mais de um dos seguintes sinais e sintomas, com duração superior a 1 mês, sem causa identificada: linfadenopatia generalizada, diarreia, febre, astenia, sudorese noturna e perda de peso superior a 10%. HIV/nefropatia associada
  • 155. Manifestações clínicas  Aids/doenças oportunistas  Uma vez agravada a imunodepressão, o portador da infecção pelo HIV apresenta infecções oportunistas (IO), causadas por microrganismos não considerados usualmente patogênicos, ou seja, não capazes de desencadear doença em pessoas com sistema imune normal.  No entanto, microrganismos normalmente patogênicos também podem, eventualmente, causar IO. Porém, nessa situação, as infecções necessariamente assumem um caráter de maior gravidade ou agressividade, para serem consideradas oportunistas
  • 156. Manifestações clínicas  Aids/tumores associados  Sarcoma de Kaposi, linfomas não Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical.  Alterações neurológicas induzidas pelo HIV  O HIV apresenta um neurotropismo bastante acentuado, levando, frequentemente, ao aparecimento de manifestações neurológicas, tais como encefalopatia e neuropatia periférica, particularmente nas fases mais avançadas da infecção.
  • 157. Infecção inicial Fase aguda Fase assintomática Fase sintomática inicial Aids Período de incubação.1 a 3 semanas Período de latência: média 10 anos Janela imunológica:6 a 12 sem (média 2 meses)
  • 158. Diagnóstico  A doença pode ou não ter expressão clínica logo após a infecção, sendo importante que o profissional saiba conduzir a investigação laboratorial após a suspeita de risco de infecção pelo HIV. Além disso, é imprescindível reconhecer a diferença entre a janela imunológica e a soroconversão.  Enquanto a janela imunológica é o período de tempo entre a exposição ao vírus até que a detecção por marcadores virais ou antivirais se tornem detectáveis, a soroconversão é o período que denota o processo de desenvolvimento de anticorpos contra um patógeno.  específico.  Considera-se adequado trabalhar com o período médio de janela imunológica de 30 dias.
  • 159.  Diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV  A fim de maximizar o grau de confiabilidade na emissão dos laudos e minimizar a ocorrência dos resultados falso-negativos ou falso-positivos, o Ministério da Saúde estabelece a obrigatoriedade de um conjunto de procedimentos seqüenciados (Portaria nº 59/ GM, de 28/1/03, Ministério da Saúde).  Em indivíduos com mais de 2 anos (idade) os testes visam detectar anticorpos anti-HIV. Para menores de 2 anos, considerando a possibilidade de anticorpos maternos, os testes visam à detecção do RNA, DNA viral ou cultura do vírus positiva.  Testes.  ELISA: ↑sensibilidade ↓ especificidade  Western-Blot: ↑sensibilidade ↑ especificidade  Testes Moleculares: PCR, Nasba
  • 160. Testes rápidos • Testes rápidos: dispensam em geral a utilização de equipamentos para a sua realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Sua aplicação é voltada para situações emergenciais que requerem o uso profilático com ARV, ou seja, em centros obstétricos, e no paciente-fonte após acidente ocupacional. Esse teste tem aplicação, ainda, em locais onde a avaliação de custo-beneficio justifica seu uso. Os testes rápidos são executados em tempo inferior a 30 minutos.
  • 161. Tratamento  Os objetivos do tratamento são melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico.  O documento Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos introduz uma nova política de Tratamento como Prevenção (TasP, da sigla em inglês Treatment as Prevention), que oferece a todos os pacientes a possibilidade de iniciar o tratamento logo após a confirmação do diagnóstico. Essa medida, além de melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas, reduz a probabilidade de transmissão do vírus.
  • 162. TasP
  • 164.
  • 165.  Enfermeiro-2009  Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO  1-No Programa de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer atenção individualizada ao paciente, para  (A) identificar as formas de interação do paciente com os outros seres vivos.  (B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.  (C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de enfermagem.  (D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.  (E) realizar o agendamento da clientela.
  • 166.  Enfermeiro-2009  Governo do Estado de Tocantins/TO-CESGRANRIO  1-No Programa de Controle da Hanseníase do Ministério da Saúde, cabe ao enfermeiro oferecer atenção individualizada ao paciente, para  (A) identificar as formas de interação do paciente com os outros seres vivos.  (B) realizar visitas domiciliares nas comunidades.  (C) avaliar o estado de saúde do indivíduo na consulta de enfermagem.  (D) gerenciar as ações de assistência e enfermagem.  (E) realizar o agendamento da clientela.
  • 167. Enfermeiro –2013 ILS/Bauru/SP – IBFC 2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA: a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver incapacidades e deformidades f ísicas. b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT), proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde (MS), baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB): pacientes que apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares (MB):pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele.
  • 168. Enfermeiro –2013 ILS/Bauru/SP – IBFC 2. Em relação à hanseníase, assinale a alternativa CORRETA: a. A forma Indeterminada clinicamente oscila entre as manifestações da forma tuberculoide e as da forma virchowiana. Pode apresentar lesões de pele, bem delimitadas, com pouco ou nenhum bacilo, e lesões infiltrativas mal delimitadas, com muitos bacilos. Uma mesma lesão pode apresentar borda interna nítida e externa difusa. O comprometimento de nervos e os episódios reacionais são frequentes, podendo esse paciente desenvolver incapacidades e deformidades f ísicas. b. A forma Tuberculoide caracteriza-se clinicamente por manchas esbranquiçadas na pele (manchas hipocrômicas), únicas ou múltiplas, de limites imprecisos e com alteração de sensibilidade. Pode ocorrer alteração apenas da sensibilidade térmica com preservação das sensibilidades dolorosa e tátil. Não há comprometimento de nervos e, por isso, não ocorrem alterações motoras ou sensitivas que possam causar incapacidades. c. A forma Virchowiana caracteriza-se clinicamente por lesões em placa na pele, com bordas bem delimitadas,eritematosas, ou por manchas hipocrômicas nítidas, bem definidas. Apresenta queda de pelos e alteração das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. As lesões de pele apresentam-se em número reduzido, podendo, também,ocorrer cura espontânea. O comprometimento de nervos ocorre, geralmente, de forma assimétrica, sendo, algumas vezes, a única manifestação clínica da doença. d. A classificação operacional para fins de tratamento poliquimioterápico (PQT), proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelo Ministério da Saúde (MS), baseia-se no número de lesões cutâneas.Casos paucibacilares (PB): pacientes que apresentam até cinco lesões de pele; e Casos multibacilares (MB):pacientes que apresentam mais de cinco lesões de pele.
  • 169. Enfermeiro-2015 Esteio/RS-MSconcursos 3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto, é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da doença. Analise as afirmativas a seguir: I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto. III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados. IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde, pelo tratamento e cura da doença. V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. Assinale a alternativa correta. a) Somente a I está correta. b) Somente I, II e V estão corretas. c) Somente I, II, III e IV estão corretas. d) Somente I e V estão corretas. e) Somente I, II, III e V estão corretas.
  • 170. Enfermeiro-2015 Esteio/RS-MSconcursos 3-A hanseníase é fácil de diagnosticar, tratar e tem cura, no entanto, quando diagnosticada e tratada tardiamente pode trazer graves consequências para os portadores e seus familiares, pelas lesões que os incapacitam fisicamente. Portanto, é necessário uma série de atividades essenciais na estratégia de controle da doença. Analise as afirmativas a seguir: I – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) que mata o bacilo previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. II – Acompanhamento do caso, visando diagnosticar e tratar precocemente eventuais neurites, efeitos colaterais dos medicamentos e estados reacionais da doença, bem como manter a regularidade do tratamento para que o paciente possa ter alta no tempo previsto. III – Prevenção de incapacidades, através de técnicas simples, nas unidades de saúde, e de orientação ao paciente para a realização de auto-cuidados. IV – É de fundamental importância envolver o paciente e familiares na adesão ao tratamento, para que estes possam ser responsáveis, tanto quanto a equipe de saúde, pelo tratamento e cura da doença. V – O tratamento PQT (Tratamento Poliquimioterápico) não mata o bacilo, mas previne as incapacidades e deformidades provocadas pela doença e cura o doente. Assinale a alternativa correta. a) Somente a I está correta. b) Somente I, II e V estão corretas. c) Somente I, II, III e IV estão corretas. d) Somente I e V estão corretas. e) Somente I, II, III e V estão corretas.
  • 171. Botucatu 2012. 4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta. (A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. (B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. (C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma hereditária ou por contato sexual. (D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe). (E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia (sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
  • 172. Botucatu 2012. 4. Sobre a hanseníase, assinale a alternativa incorreta. (A) A hanseníase acomete principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também manifesta-se como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos. (B) O agente etiológico da hanseníase é o Mycobacterium leprae, um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. (C) A hanseníase pode ser transmitida através do contato com bacilos eliminados por uma pessoa doente, de forma hereditária ou por contato sexual. (D) A principal via de eliminação do bacilo pelo doente e a mais provável via de entrada deste no organismo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe). (E) As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia (sensação de queimação, formigamento e/ou coceira local), que evoluem para ausência de sensibilidade e dormência.
  • 173. Enfermeiro-2015 Inhuma/PI- IMA 5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico (ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e sintomas, exceto: (A) Dores articulares e mal estar generalizado. (B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas). (C) Glomerulonefrite. (D) Mãos e pés reacionais.
  • 174. Enfermeiro-2015 Inhuma/PI- IMA 5-Ao avaliar um paciente com hanseníase multibacilar, na unidade básica de saúde, o enfermeiro constatou que o paciente que havia terminado o tratamento há 5 meses apresentou uma reação tipo 2 ou eritema nodos hansênico (ENH). Esse tipo de reação é caracterizado por sinais e sintomas, exceto: (A) Dores articulares e mal estar generalizado. (B) Surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas ou placas). (C) Glomerulonefrite. (D) Mãos e pés reacionais.
  • 175. Enfermeiro –2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS 6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo que pode estar afetado quando o portador de hanseníase apresenta úlceras na região plantar: A) Fibular comum B) Radial C) Tibial posterior D) Ulnar E) Mediano
  • 176. Enfermeiro –2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE– CONPASS 6. A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa que afeta a pele e nervos periféricos. Na questão a seguir, assinale o nervo que pode estar afetado quando o portador de hanseníase apresenta úlceras na região plantar: A) Fibular comum B) Radial C) Tibial posterior D) Ulnar E) Mediano
  • 177. Enfermeiro-2014 Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV 7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento recomendado? a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum. b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250 mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições. e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg + pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
  • 178. Enfermeiro-2014 Hospital Universitário Alcides Carneiro-UFCG/PB-COMPROV 7- O esquema básico estabelecido pelo Ministério da Saúde para tratar pessoas adultas com tuberculose pulmonar depende da carga bacilar, da fase de tratamento da doença, do peso corporal e da idade. Para uma pessoa de 28 anos, peso de 50 kg, BAAR positivo, em esquema básico de dois meses (fase intensiva), qual o protocolo de tratamento recomendado? a) Um comprimido de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingerido em jejum. b) Dois comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. c) Três comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 150 mg+isoniazida 75 mg + pirazinamida 400 mg + etambutol 275 mg), ingeridos em jejum. d) Quatro comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 250 mg + isoniazida 250 mg + pirazinamida 300 mg), ingeridos logo após as refeições. e) Cinco comprimidos de COXCIP-4 (rifampicina 100 mg + isoniazida 175 mg + pirazinamida 200 mg + etambutol 175 mg), ingeridos logo após as refeições.
  • 179. Enfermeiro-2015 São domingos do Araguaia/PA - FADESP 8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade, referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica, foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que (A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum, para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia. (B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO). (C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de Saúde. (D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a tomada da dose diária da medicação.
  • 180. Enfermeiro-2015 São domingos do Araguaia/PA - FADESP 8. Procurou a Unidade Básica de Saúde uma senhora de 54 anos de idade, referindo febre vespertina, fraqueza generalizada, perda de peso, tosse seca há mais de 30 dias e diarreia constante. Após avaliação clínica e diagnóstica, foi confirmado caso de tuberculose intestinal. O enfermeiro do Programa de Tuberculose esclareceu à usuária sobre o tratamento da doença e sobre a necessidade de seu comparecimento diariamente, no turno da manhã, na Unidade de Saúde para receber a medicação. A usuária informou que iria esforçar-se para comparecer diariamente e no horário estabelecido, haja vista suas ocupações domésticas. Nesse caso e com relação ao Tratamento Diretamente Observado (TDO) é correto afirmar que (A) os medicamentos deverão ser administrados uma única vez ao dia e em jejum, para maior eficácia, não podendo ser administrados em qualquer horário do dia. (B) por se tratar de tuberculose intestinal e, portanto, não bacilífera, não há a recomendação do cumprimento do Tratamento Diretamente Observado (TDO). (C) o local e o horário da administração do medicamento devem estar de acordo com as necessidades do usuário e nunca do serviço na Unidade de Saúde. (D) a tomada da dose diária da medicação antituberculose poderá ser realizada no domicílio da usuária, sem a necessidade da observação diária da ingestão dos medicamentos, desde que a mesma siga corretamente as orientações para a tomada da dose diária da medicação.
  • 181. Enfermeiro-2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS 9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose. Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da Saúde? A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à rifampicina C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
  • 182. Enfermeiro-2013 Prefeitura Municipal de Quixaba/PE-CONPASS 9 - Em nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde foram adotadas algumas mudanças no tratamento da Tuberculose. Em relação à introdução do Etambutol como 4º fármaco no tratamento, qual foi a justificativa utilizada pelo Ministério da Saúde? A) Devido ao aumento da resistência primária à pirazinamida e a resistência primária à pirazinamida associada à rifampicina B) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à rifampicina C) Devido ao aumento da resistência primária à isoniazida e a resistência primária à isoniazida associada à pirazinamida D) Devido ao aumento da resistência primária a ripampicina e a resistência primária à rifampicina associada à pirazinamida E) Devido ao aumento da resistência primária a rifampicina e a resistência primária à rifampicina associada à estreptomicina.
  • 183. Enfermeiro 2013 Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4 10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é: A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da prova tuberculínia. B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas, parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios. C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois trata-se uma paciente não bacilífera. D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste além de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras doenças sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B. E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
  • 184. Enfermeiro 2013 Universidade Federal do Rio de Janeiro/RJ-PR4 10- Uma gestante, 35 anos, procura atendimento numa Unidade Básica de Saúde, com queixa de tosse com expectoração há 03 semanas, febre vespertina e hemoptoicos. Realizou duas baciloscopias diretas do escarro com resultados positivos. A afirmativa correta quanto à assistência a ser realizada pelo Enfermeiro a essa gestante é: A) Com apenas duas amostras positivas na baciloscopia direta do escarro não é possível confirmar a tuberculose, sendo necessária arealização da prova tuberculínia. B) Convocar para investigação somente os contatos da paciente (pessoas, parentes ou não, que coabitam com ela) sintomáticos respiratórios. C) O potencial de transmissão de tuberculose por essa paciente é baixo pois trata-se uma paciente não bacilífera. D) Oferecer testagem para o HIV com aconselhamento pré e pós teste além de encaminhamento ao pré-natal para investigação de outras doenças sexualmente transmissíveis,como sífilis e hepatite B. E) Orientá-la quanto ao esquema de tratamento que será seguido e quanto à interrupção imediata sem necessidade de consulta médica em caso de intolerância gástrica até a melhora dos sintomas
  • 185. Enfermeiro-2012 FUNASA/DF-Dom Cintra 11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do seguinte procedimento: A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina B) baciloscopia direta das secreções nasais C) hemograma completo D) prova tuberculínica E) radiografia do tórax
  • 186. Enfermeiro-2012 FUNASA/DF-Dom Cintra 11. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão presentes na pessoa e o sistema imunológico os mantém sob controle. A infecção tuberculosa é detectada apenas por meio do seguinte procedimento: A) exame dos elementos anormais sedimentados da urina B) baciloscopia direta das secreções nasais C) hemograma completo D) prova tuberculínica E) radiografia do tórax
  • 187. ENFERMEIRO/2015 Esteio/RS-MSconcursos 12. Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento diretamente observado (TDO) é mais do que observar a deglutição dos medicamentos: é uma estratégia de construção de vínculo entre o paciente, o profissional de saúde e o serviço de saúde. Sobre isso, assinale a alternativa correta. a) Somente os casos resistentes ao tratamento devem ser tratados sob supervisão direta de um profissional de saúde. b) A escolha da modalidade do TDO deve ser decidida pelo médico. c) A frequência ideal de supervisão é semanal. d) Um mínimo de 24 tomadas na fase de ataque e 48 na fase de manutenção devem ser observadas. e) A observação não pode ser realizada por uma pessoa da família ou da comunidade. Apenas por um profissional da saúde.