O documento discute o escopo da área de conforto ambiental para arquitetos e urbanistas. Ele inclui fatores como salubridade urbana, conforto térmico, visual, acústico e qualidade do ar que afetam o conforto ambiental dos edifícios e da vida urbana. Além disso, também abrange redução do impacto ambiental, mobilidade urbana, acessibilidade, ergonomia e segurança urbana na criação de espaços públicos confortáveis.
3. ABRANGÊNCIA DA ÁREA DE CONFORTO AMBIENTAL
Dada a variedade de situações reais e de percepções do ambiente, hoje são
incluídos como quesitos para constituição do conforto ambiental não
apenas aqueles diretamente ligados à edificação, mas também os
relacionados à vida urbana:
Salubridade urbana (associada diretamente a questões de conforto
ambiental do edifício habitacional):
•insolação e iluminação
•ventilação cruzada
•lotação
Conforto Térmico externo:
•áreas verdes e vegetação ao longo das ruas
•sombreamento
•disponibilidade de espaços públicos
4. ABRANGÊNCIA DA ÁREA DE CONFORTO AMBIENTAL
Conforto Visual:
•passeios para pedestres
•áreas de convivência dos cidadãos
•diversidade de usos, de pessoas, de espaços, de arquitetura (edifícios de
diversas idades e tipos)
Conforto Acústico:
privacidade da habitação em relação à rua e aos vizinhos
ruído urbano (níveis máximos de ruído)
Qualidade do Ar :
•disponibilidade de vento
•configuração física dos edifícios para que facilitem a circulação do ar
5. ABRANGÊNCIA DA ÁREA DE CONFORTO AMBIENTAL
Redução do Impacto Ambiental:
•redução de energia não-renovável
•geração de energias renováveis
•descarte de resíduos sólidos orgânicos e recicláveis
•reuso da água
•captação de águas pluviais
•meios de transportes de massa menos poluidores
•opções de transporte além do automóvel
•cooperativas de reciclagem que também pensem a inserção social do
catador de recicláveis
•preservação de áreas sensíveis e de mananciais
6. ABRANGÊNCIA DA ÁREA DE CONFORTO AMBIENTAL
Mobilidade Urbana:
•redução do consumo de energias não-renováveis por meio do
aumento da oferta de transporte
•público de massa e redução da frota de automóveis
•cidade compacta na qual os deslocamentos são menores e
qualificados
Acessibilidade Urbana:
•veículos motorizados, pedestres e ciclistas
•desenho acessível
Ergonomia Urbana :
•acesso a variáveis básicas socio urbanas
(moradia, empregos, comércio e serviços, recreação e
lazer, áreas verdes, equipamentos públicos ...
7. ABRANGÊNCIA DA ÁREA DE CONFORTO AMBIENTAL
Segurança Urbana:
•diversidade urbana - geradora de confiança e afinidade entre os
habitantes de determinada rua ou bairro
•diversidade de usos no espaço urbano - diversidade de pessoas e de
horários de uso ao longo do dia - vida às ruas (JACOBS, 1965)
•controle de velocidade das vias - fluidez, redução de atropelamentos e
acidentes (conforme a situação)
Espaços livres
•grandes praças (gregárias), pequenas praças (do cotidiano) e espaços
lineares (vielas, galerias e calçadas)
•convivência, circulação e lazer
•identidade própria do lugar, seja ele uma grande praça ou pequena
galeria comercial.
•micro drenagem - infiltração e armazenamento das águas pluviais
8. ATUAÇÃO DO ARQUITETO
Adaptação do meio construído à natureza:
Condicionantes:
•clima:
MACROCLIMA:
insolação, nebulosidade, temperatura, ventos, umidade, precipitação
MESOCLIMA: vegetação, topografia, tipo de solo, obstáculos
naturais e artificiais
MICROCLIMA: mesmos elementos anteriores, mas em escala tal
que o arquiteto possa interferir
•latitude
•altitude
•posicionamento do lote em relação à orientação solar
10. ATUAÇÃO DO ARQUITETO
VIANNA, Nelson Solano; Gonçalves, Joana Carla Soares. Iluminação e arquitetura. São Paulo:
Geros Arquitetura, 2007.
11. ATUAÇÃO DO ARQUITETO
Adaptação do meio construído às atividades humanas:
Condicionantes:
•usos e fins específicos
•futuro – mudança de uso, de dinâmica, ampliação
•tecnologia
12. ATUAÇÃO DO ARQUITETO
Elementos arquitetônicos para o equilíbrio energético
•implantação do edifício no lote
•aberturas - iluminação e ventilação natural - ativação de funções
fisiológicas
•vedações e proteções
•cores e materiais
•sombras e reflexões
•flexibilidade do projeto
•umidade e circulação de ar
•disposição do lixo e remanescentes
•conexão com o entorno e a cidade
•promoção da convivência
•locomoção inclusiva e alternativa
13. A arquitetura não se mede
pelo material de construção,
pelos processos utilizados,
pela forma, espaço ou luz,
mas pelo comportamento das pessoas.
14. Atividade para a próxima aula
1- LEITURA das páginas de 1 a 5:
RHEINGANTZ, Paulo Afonso. Uma pequena digressão sobre
conforto ambiental e qualidade de vida nos centros urbanos.
Cidade & Ambiente. Universidade Federal de Santa Maria. Vol.
1, n.22, Jan/Jun 2001. Disponível em:
http://www.fau.ufrj.br/prolugar/arq_pdf/diversos/conf_am
b_qual_vida_cidades_par.pdf
2 - RESUMO IMPRESSO para dinâmica em classe e entrega para o
professor.