SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
1. Uma vez reconhecida a necessidade de uma língua internacional, resta o problema
da escolha daquela que deverá desempenhar esse papel. O uso de línguas naturais
nessa função não tem conseguido preencher a lacuna deixada pelo abandono do uso
do latim, que foi instrumento de comunicação diplomática, de divulgação científica e
de discussão filosófica e política durante toda a Idade Média. É de se notar que o latim
usado como interlíngua não era aquele falado quotidianamente pelo povo, o “sermo
vulgaris”. Não era a língua que, sujeita à instabilidade do processo evolutivo natural,
viriaasetransformaresediversificarnasváriaslínguasromânicas.Oidiomausadonas
comunicações internacionais era o produto estável, altamente elaborado pelos
gramáticoseestilistasdalatinidade.
2. O fato de não pertencer a povo algum dava ao latim a condição primeira para o
desempenho do papel de interlíngua: a neutralidade política. As línguas naturais
encontram sempre fortes restrições em seu uso como língua internacional, restrições
que variam, segundo as áreas onde se pretenda usá-las. Não há uma única língua
naturalquegarantaaoseuusuáriolivretrânsitoemtodoomundo,paranãodizernem
mesmo em toda a Europa. Apesar disso, as nações econômica e politicamente
poderosas concentram grandes esforços e despendem enormes recursos financeiros
no sentido de difundirem e, até certo ponto, imporem seus idiomas para uso
internacional, visto serem inegáveis os rendimentos em prestígio político e as
vantagens econômicas que retornam como altos dividendos, em razão de
investimentos bem aplicados. É muito fácil, para o falante nativo, parlamentar,
influenciar, convencer, vender, e até mesmo dominar, quando o interlocutor fala uma
línguaquenãosejaasuaprópria.
3. Assim, eleger, em âmbito mundial, uma língua natural para o desempenho da tarefa
de interlíngua é conceder ao povo que a fala como nativo uma série de prerrogativas
contra as quais se insurgiriam os demais povos, a arguírem o mesmo direito de não
seremobrigadosàsdespesaseaosesforçosnecessáriosaoaprendizadodeumalíngua
estrangeira.
Utopia ou Solução?
por José Passini
4. Aceitar oficialmente o idioma de outro povo como segunda língua é elevar o país de
origem desse idioma à condição de metrópole intelectual. É submeter-se-lhe
psicologicamente, aceitando a sua influência política e a sua cultura, no sentido mais
abrangente do termo. Não se defende, ao pôr-se em relevo a gravidade desse
problema, um nacionalismo absurdo, fechado às ideias renovadoras vindas do
exterior. É de senso comum que nenhum país pode progredir de forma apreciável, se
fechadoaoconfrontosalutarcomasideiasgeradasemoutrasculturas.Oquesebusca
demonstrar é o perigo de uma descaracterização nacional como consequência da
forte influência de uma determinada cultura, aceita, às vezes, inconscientemente,
atravésdaadoçãodalínguadeoutropovocomosegundalíngua.
5. No caso de se adotar alguma língua neutra, as influências recebidas do exterior se
originariam de fontes diversas, porque conduzidas através de uma língua igualmente
acessível a todos os povos. A adoção de uma língua internacional neutra permitiria
àqueles povos, cujas línguas não têm penetração internacional, a divulgação da sua
posição política, do seu pensamento filosófico, dos seus progressos sociais e
científicos, diretamente, ao resto do mundo, sem ter de se sujeitar ao processo
seletivo da corrente de informação a que a tradução em uma língua natural
conduziria. Ao traduzir-se uma obra para um idioma natural, raramente tem-se em
vista a sua divulgação mundial. As traduções são quase sempre feitas em função dos
interesses e do gosto do povo ou dos povos falantes nativos dessa língua, o que
constitui um fator altamente seletivo e restritivo na divulgação de ideias em ambiente
mundial, em desfavor dos usuários de línguas minoritárias. A tradução em uma língua
neutra, ao contrário, destinar-se-ia indistintamente a todos os povos e facilitaria
sobremaneira o acesso a uma literatura muito mais vasta aos povos em cujas línguas
astraduçõesnãoseriamrentáveis.
6. Se, como foi demonstrado, as línguas naturais não se prestam à função de
interlíngua, só resta a alternativa do uso de uma língua construída, neutra, indene de
vinculação étnica, política, filosófica, cultural, enfim. Essa condição ideal, como se
depreende, só poderá ser conseguida por um idioma não vinculado a povo algum, um
idioma conscientemente elaborado para o papel de interlíngua mundial, a ser
aprendidaportodosospovos,nacondiçãodesegundalíngua.
7. Para o desempenho desse papel, relevante sob todos os aspectos, propõe-se o
Esperanto, porque dentre os idiomas criados para esse fim, que surgiram até agora, é
aquele que se destaca pela facilidade de aprendizado, graças à simplicidade e
regularidade que seu criador conseguiu imprimir-lhe. Entretanto, essa simplicidade
não implica pobreza de recursos de expressão, visto ter-lhe sido possível acompanhar,
desde a sua publicação, em 1887, o progresso sem precedentes que se constata em
todos os setores da atividade humana, dando conta do discurso científico, filosófico,
político e religioso de todos os tempos, como atesta a extensa bibliografia existente.
Sua regularidade, que o livra daqueles caminhos sinuosos que dificultam o
aprendizado de um novo idioma, principalmente na idade adulta, não o desfigura
comoidiomahumano,nãootornaumcódigomatemático,frio,monótono,artificial.A
esse respeito, consulte-se a vasta literatura, original e traduzida, em poesia e prosa,
sobreosmaisvariadostemas.
8. A prova mais concludente a respeito da adequação do Esperanto ao papel a que se
propõe é dada pela sua sobrevivência e pelo progresso que, embora lento, sem apoio
direto de nenhum governo, é sempre crescente em todo o mundo. Dezenas de línguas
surgiram antes dele; outras lhe foram contemporâneas no lançamento; várias outras,
posteriores.Nãoobstante,nenhumaconseguiuameaçar-lheoprogresso.
9. Assim, ao Homem, que adotou conscientemente a linguagem internacional das
notas musicais, do Código Morse, dos sinais de tráfego, dos códigos de computação e
de tantos e tantos sistemas e códigos usados em âmbito mundial, não lhe será
impossível adotar a língua elaborada pelo gênio de Zamenhof como código de
comunicação falada e escrita, o que constituirá mais do que uma vitória do Esperanto,
umademonstraçãodeespíritoprático,debom-sensoe,sobretudo,dejustiça.
PASSINI, José. Utopia ou solução. In: _. Bilinguismo: utopia ou antibabel.
Campinas: Pontes, 1995. p. 151-154
www.intraespo.org/brasil
www.falesperanto.com.br
Organização Mundial para o
Desenvolvimento da Economia Esperantista
José Passini é natural de Nova Itapirema, interior de São Paulo. Doutor em
Linguística, Licenciatura em Letras, Mestrado em Língua Portuguesa, foi reitor da
Universidade Federal de Juiz de Fora.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A influência dos estrangeirismos
A influência dos estrangeirismosA influência dos estrangeirismos
A influência dos estrangeirismosboine2015
 
Dossie por uma vida melhor
Dossie   por uma vida melhorDossie   por uma vida melhor
Dossie por uma vida melhorHugo Albuquerque
 
Preconceito Linguístico - Marta Scherre
Preconceito Linguístico - Marta ScherrePreconceito Linguístico - Marta Scherre
Preconceito Linguístico - Marta ScherreIsrael Lima
 
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?Elaine Teixeira
 
14.resenha adriano - preconceito linguistico
14.resenha adriano - preconceito linguistico14.resenha adriano - preconceito linguistico
14.resenha adriano - preconceito linguisticorobertodejesus
 
Difusão da lingua p
Difusão da lingua pDifusão da lingua p
Difusão da lingua pdocasbm
 
Apresentação português -_dia_10.10.2014
Apresentação português -_dia_10.10.2014Apresentação português -_dia_10.10.2014
Apresentação português -_dia_10.10.2014bebetocesar
 
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...Joyce Fettermann
 
A mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalA mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalAdriana Rocha de Jesus
 
A revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidade
A revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidadeA revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidade
A revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidadeguest0b027
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguísticoLetras .
 
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz 'Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz 'Danielle Galvão
 

Mais procurados (20)

Q129
Q129Q129
Q129
 
A influência dos estrangeirismos
A influência dos estrangeirismosA influência dos estrangeirismos
A influência dos estrangeirismos
 
Lingua legal
Lingua legalLingua legal
Lingua legal
 
Dossie por uma vida melhor
Dossie   por uma vida melhorDossie   por uma vida melhor
Dossie por uma vida melhor
 
Seminário socio Texto 5
Seminário socio Texto 5Seminário socio Texto 5
Seminário socio Texto 5
 
Língua e ignorância - ABRALIN
Língua e ignorância - ABRALINLíngua e ignorância - ABRALIN
Língua e ignorância - ABRALIN
 
Preconceito Linguístico - Marta Scherre
Preconceito Linguístico - Marta ScherrePreconceito Linguístico - Marta Scherre
Preconceito Linguístico - Marta Scherre
 
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
 
14.resenha adriano - preconceito linguistico
14.resenha adriano - preconceito linguistico14.resenha adriano - preconceito linguistico
14.resenha adriano - preconceito linguistico
 
Difusão da lingua p
Difusão da lingua pDifusão da lingua p
Difusão da lingua p
 
Apresentação português -_dia_10.10.2014
Apresentação português -_dia_10.10.2014Apresentação português -_dia_10.10.2014
Apresentação português -_dia_10.10.2014
 
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS PARA LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NAS LICENCIAT...
 
A mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico finalA mitologia do preconceito linguístico final
A mitologia do preconceito linguístico final
 
Preconceito Linguístico
Preconceito LinguísticoPreconceito Linguístico
Preconceito Linguístico
 
A Revolução da Linguagem
A Revolução da Linguagem   A Revolução da Linguagem
A Revolução da Linguagem
 
A revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidade
A revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidadeA revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidade
A revolução tecnológica na linguagem: do ensino à publicidade
 
PCN- Lingua Estrangeira
PCN- Lingua Estrangeira PCN- Lingua Estrangeira
PCN- Lingua Estrangeira
 
Preconceito linguístico
Preconceito linguísticoPreconceito linguístico
Preconceito linguístico
 
Mito 7 - Marcos Bagno
Mito 7 - Marcos BagnoMito 7 - Marcos Bagno
Mito 7 - Marcos Bagno
 
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz 'Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
 

Semelhante a Língua internacional neutra permite divulgação global

A invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdf
A invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdfA invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdf
A invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdfMarília Vieira
 
Idiomas
IdiomasIdiomas
Idiomasedi
 
Sociedade, ideologia e língua(s)
Sociedade, ideologia e língua(s)Sociedade, ideologia e língua(s)
Sociedade, ideologia e língua(s)fromgaliza
 
Lingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniLingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniSâmara Lopes
 
Linguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeLinguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeKaren Olivan
 
1. libras modulo1
1. libras modulo1 1. libras modulo1
1. libras modulo1 Rodriguescrs
 
Variações linguísticas
Variações linguísticas Variações linguísticas
Variações linguísticas LOCIMAR MASSALAI
 
A resistência linguística do crioulo brasileiro
A resistência linguística do crioulo brasileiroA resistência linguística do crioulo brasileiro
A resistência linguística do crioulo brasileiroshfigueiredo
 
Evolução da Língua e Literatura Portuguesa
Evolução da Língua e Literatura PortuguesaEvolução da Língua e Literatura Portuguesa
Evolução da Língua e Literatura PortuguesaAna Nunes
 
Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02
Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02
Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02Fernanda Oliveira
 
Capitulo 1 – língua fenômeno cognitivo
Capitulo 1 – língua fenômeno cognitivoCapitulo 1 – língua fenômeno cognitivo
Capitulo 1 – língua fenômeno cognitivoThiago Aguiar
 
A literatura surda e a língua de sinais
A literatura surda e a língua de sinaisA literatura surda e a língua de sinais
A literatura surda e a língua de sinaisGuida Gava
 

Semelhante a Língua internacional neutra permite divulgação global (20)

Fundamentos do Esperantismo Econômico
Fundamentos do Esperantismo EconômicoFundamentos do Esperantismo Econômico
Fundamentos do Esperantismo Econômico
 
A invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdf
A invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdfA invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdf
A invenção do monolinguismo e da língua nacional.pdf
 
Idiomas
IdiomasIdiomas
Idiomas
 
O desafio das línguas
O desafio das línguasO desafio das línguas
O desafio das línguas
 
Texto linguistica
Texto linguisticaTexto linguistica
Texto linguistica
 
Sociedade, ideologia e língua(s)
Sociedade, ideologia e língua(s)Sociedade, ideologia e língua(s)
Sociedade, ideologia e língua(s)
 
Marquilhas kiel
Marquilhas kielMarquilhas kiel
Marquilhas kiel
 
Língua pdf
Língua pdfLíngua pdf
Língua pdf
 
Lingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniLingua e linguagem perini
Lingua e linguagem perini
 
Mito e realidade
Mito e realidadeMito e realidade
Mito e realidade
 
Linguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeLinguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidade
 
1. libras modulo1
1. libras modulo1 1. libras modulo1
1. libras modulo1
 
Variações linguísticas
Variações linguísticas Variações linguísticas
Variações linguísticas
 
A resistência linguística do crioulo brasileiro
A resistência linguística do crioulo brasileiroA resistência linguística do crioulo brasileiro
A resistência linguística do crioulo brasileiro
 
Aula1 cursinho
Aula1 cursinhoAula1 cursinho
Aula1 cursinho
 
Tp1
Tp1Tp1
Tp1
 
Evolução da Língua e Literatura Portuguesa
Evolução da Língua e Literatura PortuguesaEvolução da Língua e Literatura Portuguesa
Evolução da Língua e Literatura Portuguesa
 
Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02
Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02
Variedadeslingusticas 120330142710-phpapp02
 
Capitulo 1 – língua fenômeno cognitivo
Capitulo 1 – língua fenômeno cognitivoCapitulo 1 – língua fenômeno cognitivo
Capitulo 1 – língua fenômeno cognitivo
 
A literatura surda e a língua de sinais
A literatura surda e a língua de sinaisA literatura surda e a língua de sinais
A literatura surda e a língua de sinais
 

Mais de Intraespo - Organização Mundial para o Desenvolvimento da Economia Esperantista (9)

A importancia do ridiculo
A importancia do ridiculoA importancia do ridiculo
A importancia do ridiculo
 
Nao apenas para ver a vitoria
Nao apenas para ver a vitoriaNao apenas para ver a vitoria
Nao apenas para ver a vitoria
 
A lingua mundial
A lingua mundialA lingua mundial
A lingua mundial
 
Stelo
SteloStelo
Stelo
 
Intraespo-Statuto
Intraespo-StatutoIntraespo-Statuto
Intraespo-Statuto
 
устав на русском
устав на русскомустав на русском
устав на русском
 
Estatuto em Persa
Estatuto em PersaEstatuto em Persa
Estatuto em Persa
 
Esperanto: sucesso em todas as frentes de uma língua viva
Esperanto: sucesso em todas as frentes de uma língua vivaEsperanto: sucesso em todas as frentes de uma língua viva
Esperanto: sucesso em todas as frentes de uma língua viva
 
Estatuto da Intraespo
Estatuto da IntraespoEstatuto da Intraespo
Estatuto da Intraespo
 

Último

HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfdio7ff
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAlexandreFrana33
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 

Último (20)

HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdfHABILIDADES ESSENCIAIS  - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
HABILIDADES ESSENCIAIS - MATEMÁTICA 4º ANO.pdf
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptxAs Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
As Viagens Missionária do Apostolo Paulo.pptx
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 

Língua internacional neutra permite divulgação global

  • 1. 1. Uma vez reconhecida a necessidade de uma língua internacional, resta o problema da escolha daquela que deverá desempenhar esse papel. O uso de línguas naturais nessa função não tem conseguido preencher a lacuna deixada pelo abandono do uso do latim, que foi instrumento de comunicação diplomática, de divulgação científica e de discussão filosófica e política durante toda a Idade Média. É de se notar que o latim usado como interlíngua não era aquele falado quotidianamente pelo povo, o “sermo vulgaris”. Não era a língua que, sujeita à instabilidade do processo evolutivo natural, viriaasetransformaresediversificarnasváriaslínguasromânicas.Oidiomausadonas comunicações internacionais era o produto estável, altamente elaborado pelos gramáticoseestilistasdalatinidade. 2. O fato de não pertencer a povo algum dava ao latim a condição primeira para o desempenho do papel de interlíngua: a neutralidade política. As línguas naturais encontram sempre fortes restrições em seu uso como língua internacional, restrições que variam, segundo as áreas onde se pretenda usá-las. Não há uma única língua naturalquegarantaaoseuusuáriolivretrânsitoemtodoomundo,paranãodizernem mesmo em toda a Europa. Apesar disso, as nações econômica e politicamente poderosas concentram grandes esforços e despendem enormes recursos financeiros no sentido de difundirem e, até certo ponto, imporem seus idiomas para uso internacional, visto serem inegáveis os rendimentos em prestígio político e as vantagens econômicas que retornam como altos dividendos, em razão de investimentos bem aplicados. É muito fácil, para o falante nativo, parlamentar, influenciar, convencer, vender, e até mesmo dominar, quando o interlocutor fala uma línguaquenãosejaasuaprópria. 3. Assim, eleger, em âmbito mundial, uma língua natural para o desempenho da tarefa de interlíngua é conceder ao povo que a fala como nativo uma série de prerrogativas contra as quais se insurgiriam os demais povos, a arguírem o mesmo direito de não seremobrigadosàsdespesaseaosesforçosnecessáriosaoaprendizadodeumalíngua estrangeira. Utopia ou Solução? por José Passini
  • 2. 4. Aceitar oficialmente o idioma de outro povo como segunda língua é elevar o país de origem desse idioma à condição de metrópole intelectual. É submeter-se-lhe psicologicamente, aceitando a sua influência política e a sua cultura, no sentido mais abrangente do termo. Não se defende, ao pôr-se em relevo a gravidade desse problema, um nacionalismo absurdo, fechado às ideias renovadoras vindas do exterior. É de senso comum que nenhum país pode progredir de forma apreciável, se fechadoaoconfrontosalutarcomasideiasgeradasemoutrasculturas.Oquesebusca demonstrar é o perigo de uma descaracterização nacional como consequência da forte influência de uma determinada cultura, aceita, às vezes, inconscientemente, atravésdaadoçãodalínguadeoutropovocomosegundalíngua. 5. No caso de se adotar alguma língua neutra, as influências recebidas do exterior se originariam de fontes diversas, porque conduzidas através de uma língua igualmente acessível a todos os povos. A adoção de uma língua internacional neutra permitiria àqueles povos, cujas línguas não têm penetração internacional, a divulgação da sua posição política, do seu pensamento filosófico, dos seus progressos sociais e científicos, diretamente, ao resto do mundo, sem ter de se sujeitar ao processo seletivo da corrente de informação a que a tradução em uma língua natural conduziria. Ao traduzir-se uma obra para um idioma natural, raramente tem-se em vista a sua divulgação mundial. As traduções são quase sempre feitas em função dos interesses e do gosto do povo ou dos povos falantes nativos dessa língua, o que constitui um fator altamente seletivo e restritivo na divulgação de ideias em ambiente mundial, em desfavor dos usuários de línguas minoritárias. A tradução em uma língua neutra, ao contrário, destinar-se-ia indistintamente a todos os povos e facilitaria sobremaneira o acesso a uma literatura muito mais vasta aos povos em cujas línguas astraduçõesnãoseriamrentáveis. 6. Se, como foi demonstrado, as línguas naturais não se prestam à função de interlíngua, só resta a alternativa do uso de uma língua construída, neutra, indene de vinculação étnica, política, filosófica, cultural, enfim. Essa condição ideal, como se depreende, só poderá ser conseguida por um idioma não vinculado a povo algum, um idioma conscientemente elaborado para o papel de interlíngua mundial, a ser aprendidaportodosospovos,nacondiçãodesegundalíngua. 7. Para o desempenho desse papel, relevante sob todos os aspectos, propõe-se o Esperanto, porque dentre os idiomas criados para esse fim, que surgiram até agora, é aquele que se destaca pela facilidade de aprendizado, graças à simplicidade e regularidade que seu criador conseguiu imprimir-lhe. Entretanto, essa simplicidade não implica pobreza de recursos de expressão, visto ter-lhe sido possível acompanhar,
  • 3. desde a sua publicação, em 1887, o progresso sem precedentes que se constata em todos os setores da atividade humana, dando conta do discurso científico, filosófico, político e religioso de todos os tempos, como atesta a extensa bibliografia existente. Sua regularidade, que o livra daqueles caminhos sinuosos que dificultam o aprendizado de um novo idioma, principalmente na idade adulta, não o desfigura comoidiomahumano,nãootornaumcódigomatemático,frio,monótono,artificial.A esse respeito, consulte-se a vasta literatura, original e traduzida, em poesia e prosa, sobreosmaisvariadostemas. 8. A prova mais concludente a respeito da adequação do Esperanto ao papel a que se propõe é dada pela sua sobrevivência e pelo progresso que, embora lento, sem apoio direto de nenhum governo, é sempre crescente em todo o mundo. Dezenas de línguas surgiram antes dele; outras lhe foram contemporâneas no lançamento; várias outras, posteriores.Nãoobstante,nenhumaconseguiuameaçar-lheoprogresso. 9. Assim, ao Homem, que adotou conscientemente a linguagem internacional das notas musicais, do Código Morse, dos sinais de tráfego, dos códigos de computação e de tantos e tantos sistemas e códigos usados em âmbito mundial, não lhe será impossível adotar a língua elaborada pelo gênio de Zamenhof como código de comunicação falada e escrita, o que constituirá mais do que uma vitória do Esperanto, umademonstraçãodeespíritoprático,debom-sensoe,sobretudo,dejustiça. PASSINI, José. Utopia ou solução. In: _. Bilinguismo: utopia ou antibabel. Campinas: Pontes, 1995. p. 151-154 www.intraespo.org/brasil www.falesperanto.com.br Organização Mundial para o Desenvolvimento da Economia Esperantista José Passini é natural de Nova Itapirema, interior de São Paulo. Doutor em Linguística, Licenciatura em Letras, Mestrado em Língua Portuguesa, foi reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora.