2. ÍNDICE
Introdução
A França no século XVIII
Queda da Bastilha (14 de Junho de 1789)
A Revolução Francesa
Conclusão
Bibliografia
3. INTRODUÇÃO
A Revolução Francesa é considerada o mais importante
acontecimento da história contemporânea. Inspirada
pelas ideias iluministas e como a sublevação de
lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" ecoou em todo
mundo, pondo abaixo regimes absolutistas e ascendendo
os valores burgueses.
4. A FRANÇA PRÉ-REVOLUCIONÁRIA
A sociedade francesa anteriormente à
revolução era uma sociedade moldada
no Antigo Regime. Ou seja, politicamente
o Estado era Absolutista (Absolutismo
Monárquico), economicamente
predominavam as
práticas mercantilistas que sofriam com as
constantes intervenções do Estado e na
área social predominavam as relações
de servidão uma vez que a maioria da
população francesa era camponesa. Em
torno de 250 milhões de pessoas viviam em
condições miseráveis nos campos
franceses, pagando altíssimos impostos a
uma elite aristocrática que usufruía do luxo
e da riqueza gerados pelo trabalho dos
campesinos em propriedades
latifundiárias, ou feudos, dos nobres. Nas
áreas urbanas a situação não era muito
diferente de quem vivia nas áreas rurais.
6. A REVOLUÇÃO E SUAS FASES
No final do século XVIII a situação sócio económica da França
era de total calamidade. Numa perspectiva de tentar resolver as
situações problemas, o Monarca Luís XVI convocou seu Ministro
das finanças Necker, que estava afastado do cargo, para decidir
quanto a situação de crise económica e financeira.
Por sugestão de Necker, Luís XVI convocou, no dia 5 de Maio de
1789, a Assembleia dos chamados Estados Gerais que reunia os
representantes políticos do 1º. , 2º. e 3º. Estados os quais não
se reuniam desde o século XVII. O 1º. Estado era formado pelo
alto clero, o 2º. Estado pela alta nobreza e o 3º. Estado, pelos
deputados que representavam a maioria da população
(assalariados, camponeses e pequena burguesia) – era o grupo
maior, pois continha um número maior de representantes.
8. 1ª. FASE DA REVOLUÇÃO: A ASSEMBLEIA
NACIONAL CONSTITUINTE – 1789-1792
Nesta fase, fundou uma Monarquia Parlamentarista, ou Constitucional. Um dos
actos mais importantes da Assembleia foi o confisco dos bens do clero
francês, que seriam usados como uma espécie de lastro para os bónus emitidos
para superar a crise financeira. Parte do clero reage e começa a se organizar e
o clero passa a ser funcionário do Estado, e qualquer gesto de rebeldia levaria a
prisão.
A situação estava muito confusa Assembleia não conseguia manter a disciplina
e controlar o caos económico. O Rei entra em contacto com os emigrados no
exterior (principalmente na Prússia e na Áustria) e começam a conspirar para
invadir a França, derrubar o governo revolucionário e restaurar o absolutismo.
Para organizar a contra-revolução, o monarca foge da França para a
Prússia, mas no caminho e reconhecido por camponeses, é preso e enviado à
Paris. A partir daí uma grande agitação tem início, pois seria votada e aprovada
a Constituição de 1791. Esta constituição estabelecia, na França, a Monarquia
Parlamentar, ou seja, o Rei ficaria limitado pela actuação do poder legislativo
(Parlamento).
9. 2ª. FASE DA REVOLUÇÃO: A CONVENÇÃO
NACIONAL – 1792-1794/95
Foi a fase considerada mais radical do movimento revolucionário
porque foi a etapa em que os Jacobinos, liderados por
Robespierre, assumiram o comando da revolução. Portanto, foi
a etapa mais popular do movimento já que os Jacobinos eram
representantes políticos das classes populares. Para alguns
historiadores, esta etapa não predominou a ideologia burguesa,
já que a burguesia não conduzia a revolução neste período.
Porém, antes da queda da Monarquia Parlamentar, a burguesia
chegou a proclamar uma República – a República Girondina em
Setembro de 1792.
A república foi proclamada como um mecanismo de assegurar a
burguesia seus interesses, projectos, no poder político do
Estado. Como as tensões estavam exaltadas, a alta burguesia
francesa decidiu tirar todo o poder político do rei Luís XVI e
transferi-lo para si (a burguesia)
10. 3ª. FASE DA REVOLUÇÃO: O DIRECTÓRIO
– 1795-1799
Conhecido como Reacção Termidoriana, o golpe de Estado armado pela alta
burguesia financeira, que marcou o fim da participação popular no
movimento revolucionário, em compensação os estabelecimentos comerciais
cresciam, porque as acções burguesas anteriores haviam eliminado os
empecilhos feudais. O novo governo, denominado Directório (1795-
1799), autoritário e fundamentado numa aliança com o exército (então
restabelecido após vitórias realizadas em guerras externas), foi o responsável
por elaborar a nova Constituição, que manteria a burguesia livre de duas
grandes ameaças: a República Democrática Jacobina e o Antigo Regime.
O Poder Executivo foi concebido ao Directório, e uma comissão formada por
cinco directores eleitos por cinco anos. Apesar disso, em 1796 a burguesia
enfrentou a reacção dos Jacobinos e radicais igualitaristas. Graco Babeuf
liderou a chamada Conspiração dos Iguais, um movimento socialista que
propunha a "comunidade dos bens e do trabalho", cuja atenção era voltada a
alcançar a igualdade efectiva entre os homens, que segundo Graco, a única
maneira de ser alcançada era através da abolição da propriedade privada. A
revolta foi esmagada pelo Directório, que decretou pena de morte a todos os
participantes da conspiração, e o enforcamento Babeuf.
11. CONCLUSÃO
A Revolução Francesa foi um importante marco
na história Moderna da nossa civilização. Significou o
fim do sistema absolutista e dos privilégios da
nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus
direitos passaram a ser respeitados. A vida dos
trabalhadores urbanos e rurais melhorou
significativamente. Por outro lado, a burguesia
conduziu o processo de forma a garantir o seu
domínio social.
A Revolução Francesa também influenciou, com
seus ideais iluministas, a independência de alguns
países da América Espanhola.