SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
        Modulo 8    Português


         Obras De Eça De Queiroz
                          Os Maias
      Episódios Da Vida Romântica
                         Capitulo XVI
                Teatro Da Trindade




         Professora: Natividade Filipe


1   Carina Silva nº8
     Fábio Evo nº 13
    Tiago Soares nº25
     Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
            Modulo 8     Português



Índice

Introdução..................................................................3
R e s u m o d o C a p i t u l o X V I .................................4
O espaço físico..........................................................6
Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da
Trindade” ....................................................................7
O modo como este espaço motiva os diálogos
entre as personagens e se projecta nos seus
comportamentos. .....................................................9
Actualidade da obra entre as temáticas
debatidas nesse espaço .......................................12
Conclusão ................................................................13




    2   Carina Silva nº8
         Fábio Evo nº 13
        Tiago Soares nº25
         Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
          Modulo 8    Português


Introdução
Fizemos este trabalho que nos foi proposto pela
professora, para conseguirmos ter mais conhecimento
acercado capítulo XVI.




  3   Carina Silva nº8
       Fábio Evo nº 13
      Tiago Soares nº25
       Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português


Resum o do Cap it ulo X VI
Neste capítulo sabemos que a Maria já estava
instalada na Rua de S. Francisco, terminado o jantar,
e Ega insistia com Carlos para irem ao sarau de
beneficência que se realizava no Teatro da Trindade
em favor das vítimas das cheias.
Carlos, com alguma resistência ao princípio aceita a
ideia de ir, já que o Cruges era um dos actuantes.
Juntamente com o Ega, suporta estoicamente o
discurso de um parlamentar arrebatado, a actuação
do Cruges, e assiste ao Triunfo do Alencar, que recita
um poema seu, dedicado à Democracia, tudo
intercalado com idas ao botequim e conversas de
corredor com os conhecidos.
É no botequim que, pela mão de Alencar, o Ega
trava conhecimento com o Sr. Guimarães, o tio do
Dâmaso, que se sentira atingido pelas declarações
do sobrinho na célebre carta que o Ega redigira. O
sobrinho alegara que assinara sob coacção. Mas,
sabendo-o mentiroso, o Sr. Guimarães apenas
desejava que o Sr. Ega declarasse que não o
considerava um bêbado, coisa que o Ega fez sem
dificuldade, pois, além do mais, simpatizara com
aquele patriarca anarquista e republicano.
Carlos, tendo apercebido o Eusebiozinho a sair do
sarau, foi-lhe no encalço e cobrou-lhe com uma
tareia a intervenção que tivera no caso da Corneta.
Mas, quando se tratou de regressarem a casa, os dois
   4   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

amigos, Carlos e Ega, desencontram-se, e Ega
caminhava com o Cruges pela Rua Nova da
Trindade, quando se ouviu chamado pelo Sr.
Guimarães.
O caso é que o Sr. Guimarães sabia o Sr. Ega, íntimo
do Sr. Carlos da Maia. E ele, Sr. Guimarães, fora muito
amigo, em Paris, da mãe, que lhe confiara, antes de
morrer, um cofre onde estariam, segundo ele, papéis
importantes. Como estava perdida, pedia ao Sr. Ega
que entregasse o cofre ou ao Carlos ou à sua irmã. E,
perante a estupefacção do Ega, o Sr. Guimarães
revela candidamente ao Ega que Maria Eduarda era
irmã de Carlos, aliás, o Sr. Ega devia estar informado
mas não estava informado, mas, se dar por achado,
arranca do Sr. Guimarães a história que, em tudo e
por tudo, condiz com a que Maria Eduarda contara a
Carlos. E, de posse do cofre, correndo para o
Ramalhete, Ega realiza, atordoado, a enormidade da
situação: Carlos amante da sua irmã! Que fazer?
Indeciso numa primeira fase, toma depois a resolução
de não pactuar com essa situação horrorosa e de
contar tudo ao Vilaça, o procurador dos Maias, para
que seja este a dar notícia a Carlos.




   5   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
          Modulo 8    Português


O espaço físico
 Nota-se o gosto dos portugueses, dominados por
 valores caducos, enraizados num sentimentalismo
 educacional e sociais ultrapassados.
 Total ausência de espírito crítico e analítico da alta
 burguesia e da aristocracia nacionais e a sua falta
 de cultura.
 Rufino, o orador “sublime”, que pregava a
 “caridade” e o “progresso”, representa a
 orientação mental daqueles que o ouviam: a sua
 retórica vazia e impregnada de artificialismos
 barrocos e ultra-românticos traduz a sensibilidade
 literária da época, o seu enaltecimento à nação e
 à família.
 Cruges, que tocou Beethoven, representa aqueles
 que, em Portugal, se distinguiam pelo verdadeiro
 amor à arte e que, tocando a Sonata patética,
 surgiu como alvo de risos mal disfarçados, depois
 de a marquesa dizer que se tratava da Sonata
 Pateta, o que o tornaria o fiasco da noite.
 Alencar declamou “A Democracia”, depois de
 “um maganão gordo” lamentar que nós
 Portugueses, não aproveitássemos “herança dos
 nossos       avós”,revelando      um       patriotismo
 convincente. O poeta aliava, agora, poesia, e
 política, numa encenação exuberante, que
 traduzia a sua emoção pelo facto de ter ouvido
 “uma voz saída do fundo dos séculos” e que o
 levava a querer a República, essa ”aurora”(e os
 aplausos foram numerosos) que viria com Deus.


  6   Carina Silva nº8
       Fábio Evo nº 13
      Tiago Soares nº25
       Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
            Modulo 8    Português

Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da Trindade”

As Personagens que frequentam o Sarau da Trindade
são: Carlos da Maia, João da Ega, Craft, Cruges,
Alencar, Rufino, Sr. Guimarães, Eusebiozinho.
Havia dois temas debatidos, sendo um deles o estado
agrícola da província do Minho e o outro o estado da
política em Portugal, que era um bom exemplo de
realismo, o estilo que naquela altura predominava.

Carlos da Maia
Caracterização Física: belo, alto, bem constituído,
ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos
negros e ondulados, barba fina, castanha escura
pequena e aguçada no queixo. Tinha bigode
arqueado.
Caracterização psicológica: culto, bem-educado
(educação à inglesa), de gostos requintados.

João da Ega- Escritor
Caracterização Física: nariz adunco, pescoço
esganiçado, punhos tísicos e pernas e cegonha.
Caracterização psicológica: é a projecção literária
de Eça de Queirós. Por um lado, romântico e
sentimental, por outro, progressista e crítico. Boémio,
excêntrico, exagerado, caricatural, leal e romântico.

Craft
   7    Carina Silva nº8
         Fábio Evo nº 13
        Tiago Soares nº25
         Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

Caracterização psicológica: representa a formação
britânica, o exemplo do que deve ser um homem. É
culto e forte, de hábitos rígidos, rico e boémio.

Cruges- Maestro e Pianista
Caracterização Física: olhinhos piscos e nariz
espetado.
Caracterização psicológica: desmotivado e patético.

Alencar- Poeta do ultra-romantismo
Caracterização Física: muito alto, com uma face
encaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino,
longos, espessos e românticos bigodes grisalhos.
Caracterização psicológica: não tem defeitos e
possui um coração grande e generoso.



Sr. Guimarães- Democrata
Caracterização Física: largas barbas e um grande
chapéu de abas à moda de 1830.

Eusebiozinho- representa a educação reaccionária
portuguesa.
Caracterização      psicológica: tísico, molengão,
tristonho e corrupto.




   8   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

O modo como este espaço motiva os diálogos entre
as  personagens   e  se  projecta     nos   seus
comportamentos.

Houve um jantar na Rua de S.Francisco, onde Ega
perguntou a Maria se não ia ao sarau da Trindade, à
qual esta respondeu: “não me interessa, estou muito
cansada”.
Carlos Eduardo da Maia murmurou dizendo que era
uma seca.
Ega protestou e acabou por convencer Maria a ir ao
sarau dizendo que neste sarau iria ver por dez tostões
uma coisa também rara que era a alma sentimental
de um povo exibindo-se num palco.
Carlos perguntou a Ega quem era o Rufino e Ega
respondeu que não sabia mas que ouvira dizer que
era um deputado, um bacharel e um inspirado.
Maria que andava à procura dos nocturnos de
Chopin perguntou se esse Rufino era o grande orador
de que falavam na Toca, à qual responderam que
não e que este era uma pessoa séria, um amigo de
Coimbra, o José Clemente.
Este Rufino era um ratão de pêra grande, deputado
por Monção e que era bastante sublime nessa arte.
Depois de terem trocado opiniões sobre Rufino, Carlos
teve uma ideia que era o sarau ser realizado onde
eles se encontravam.


   9   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

Nesse sarau Maria tocaria Beethoven, Carlos e Ega
declamaria Musset.
Maria perguntou “e há melhores cadeiras”e Carlos
afirmou “melhores poetas”, “bons charutos”, “bom
conhaque”.
Depois de terem abandonado o sarau Carlos, disse a
Ega que estava contente em ter deixado os Olivais
pois poderiam reunir-se para um bocado de cavaco
e de literatura.
Carlos tencionava arranjar a sala com mais gosto e
conforto para quando os amigos viessem cear.
Queria também lançar a Revista que era a suprema
pândega intelectual, tudo isto anunciava um Inverno
chique a valer (como dizia Dâmaso).
Ao entrarem no Teatro da Trindade, Carlos e Ega
começaram a ouvir bater palmas e pensaram logo
que fosse Cruges que estivesse a actuar, mas não, era
o Rufino, o que não interessava a Carlos.
Como estava sem curiosidade Carlos ficou junto de
Teles da Gama, mas como era magro e esguio foi
rompendo pela coxia tapetada de vermelho.
Algum tempo depois Ega reparou que Rufino se
estava a fazer a uma princesa que dera seiscentos mil
reis para os inundados do Ribatejo.
Ega já estava farto do Rufino e estava com a
impressão de que o padre cheirava mal, voltou para
trás para desabafar com Carlos.


  10   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

Ega perguntou a Carlos “ Tu imaginavas uma besta
assim”, à qual murmurou Carlos “Horroroso”,e
perguntou quando iria tocar Cruges.
Carlos e Ega ao ouvirem atrás de si a ciciarem
discretamente: bonsoir, messieurs, olharam para trás e
era Steinbroken e o seu secretário.
Steinbroken perguntou a Ega se Rufino era o grande
orador de que lhe tinha falado, e Ega afirmou com
patriotismo que era um dos maiores oradores da
Europa.
Depois da actuação de Cruges, D.Maria teve uma
surpresa que foi ver o Sr. Carlos da Maia (o Príncipe
Tenebroso).
Mais à frente neste capítulo, o Sr. Guimarães e o Ega
iam descendo o Chiado e Ega parou um momento e
ficou a olhar para o velho, e depois perguntou se ele
tinha conhecido muito bem a Maria Monforte.
De referir que no final deste capítulo, Vilaça tinha
deixado uma carta a Ega lembrando a este que a
letrinha de duzentos mil réis no Banco Popular vencia
daí a dois dias, e a reacção de Ega foi de fúria,
atirando a carta amarrotada para o chão.




  11   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

Actualidade da obra entre as temáticas debatidas
nesse espaço


Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos e
Maria Eduarda. Nos olhos do Ega e a fim de tentar
convencer Carlos ele diz que “Ora a Sr. a D. Maria,
neste sarau, ia ver por dez tostões uma coisa também
rara alma sentimental de um povo exibindo−se num
palco, ao mesmo tempo nua e de casaca.” As
instâncias de Ega, Carlos vão ao sarau de
beneficência, em favor das vítimas das cheias, no
Teatro da Trindade. No sarau intervêm: Rufino, que
fala da caridade e do progresso, recorrendo a
imagens pouco originam. Num registo inflamado e
apelando à emoção e à sensibilidade do público.
Também Rufino mete na conversa a natureza que
atacava os seus filhos neste caso os homens. No qual
iria espalhar o terror. Nesse jantar houve tantas
perguntas como no advento sublime da República?
Se Era o pão carinhoso dado à criança? Se era a
mão justa estendida ao proletário? Se Era a
esperança?




  12   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26
11ºTurismo   ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS
           Modulo 8    Português

Conclusão
Com este trabalho ficamos a sabre, que Carlos e
Maria Eduarda eram irmãos através pelo Sr.
Guimarães que revela ao Ega mas Ega sabia que
eram amantes e não sabia que fazer e contou ao
Vilaça, também um pouco mais acerca do teatro da
Trindade.




  13   Carina Silva nº8
        Fábio Evo nº 13
       Tiago Soares nº25
        Tiago Montes nº26

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa balolas
 
Memorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IVMemorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IV12º A Golegã
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de CamposOde Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de Camposguest3fc89a1
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosRui Matos
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradeAnaGomes40
 
Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Paula Rebelo
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana SofiaJoana Azevedo
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoAlexandra Canané
 
Mensagem Fernando Pessoa
Mensagem   Fernando PessoaMensagem   Fernando Pessoa
Mensagem Fernando Pessoaguest0f0d8
 

Mais procurados (20)

A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa A mensagem de fernando pessoa
A mensagem de fernando pessoa
 
Memorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IVMemorial do Convento - Cap. IV
Memorial do Convento - Cap. IV
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de CamposOde Triunfal de Álvaro de Campos
Ode Triunfal de Álvaro de Campos
 
Os Maias - análise
Os Maias - análiseOs Maias - análise
Os Maias - análise
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por Capítulos
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
Memorial do convento
Memorial do conventoMemorial do convento
Memorial do convento
 
Os Maias - Capítulo XVIII
Os Maias - Capítulo XVIIIOs Maias - Capítulo XVIII
Os Maias - Capítulo XVIII
 
Os maias a intriga
Os maias   a intrigaOs maias   a intriga
Os maias a intriga
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Não, não é cansaço...
Não, não é cansaço...Não, não é cansaço...
Não, não é cansaço...
 
Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2Corrida de cavalos2
Corrida de cavalos2
 
Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana SofiaCesario Verde   Ave Marias   Ana Catarina E Ana Sofia
Cesario Verde Ave Marias Ana Catarina E Ana Sofia
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/PoéticoFernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
Fernando Pessoa - Fingimento Artístico/Poético
 
Mensagem Fernando Pessoa
Mensagem   Fernando PessoaMensagem   Fernando Pessoa
Mensagem Fernando Pessoa
 
Ricardo Reis
Ricardo ReisRicardo Reis
Ricardo Reis
 

Destaque

Teatro da trindade
Teatro da trindadeTeatro da trindade
Teatro da trindadeAnaFPinto
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análiseluiza1973
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação joanana
 
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A TradeOs Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A TradeOxana Marian
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralDina Baptista
 
Análise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralAnálise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralDina Baptista
 
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestanaPortugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestanaDiogo Soares
 
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Alexandra Soares
 
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida RomânticaTrabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida RomânticaLuisMagina
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIsin3stesia
 
Análise Capitulo XV - Os Maias
Análise Capitulo XV -  Os MaiasAnálise Capitulo XV -  Os Maias
Análise Capitulo XV - Os Maiasmonicasantosilva
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasDina Baptista
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoDina Baptista
 

Destaque (18)

Teatro da trindade
Teatro da trindadeTeatro da trindade
Teatro da trindade
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
Os Maias Apresentação
Os Maias   Apresentação Os Maias   Apresentação
Os Maias Apresentação
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A TradeOs Maias - Episódio da Corneta do Diabo e  Jornal A Trade
Os Maias - Episódio da Corneta do Diabo e Jornal A Trade
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel Central
 
Os Maias - Análise
Os Maias - AnáliseOs Maias - Análise
Os Maias - Análise
 
Análise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralAnálise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel Central
 
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestanaPortugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
Portugues resumos maias-livro inteiro- teresa pestana
 
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
Corridas do hipodromo (Cap. X - Os Maias)
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida RomânticaTrabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
Trabalho sobre Os Maias - Episódios da Vida Romântica
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Análise Capitulo XV - Os Maias
Análise Capitulo XV -  Os MaiasAnálise Capitulo XV -  Os Maias
Análise Capitulo XV - Os Maias
 
Narrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os MaiasNarrativa e estilo n' Os Maias
Narrativa e estilo n' Os Maias
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 
Tomás de Alencar
Tomás de AlencarTomás de Alencar
Tomás de Alencar
 

Semelhante a Os maias

Capítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os MaiasCapítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os MaiasDina Baptista
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terrarafabebum
 
Os Maias, Eça de Queirós
Os Maias, Eça de QueirósOs Maias, Eça de Queirós
Os Maias, Eça de QueirósCristina Martins
 
Pedrosa histórias do velho jaraguá 2
Pedrosa histórias do velho jaraguá 2Pedrosa histórias do velho jaraguá 2
Pedrosa histórias do velho jaraguá 2Myllena Azevedo
 
A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.
A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.
A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.Bruno Moreira
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVDina Baptista
 
Os maias intriga e cap xviii
Os maias intriga e cap xviiiOs maias intriga e cap xviii
Os maias intriga e cap xviiijoes34
 
O tempo e o vento o arquilpe - erico verissimo
O tempo e o vento    o arquilpe - erico verissimoO tempo e o vento    o arquilpe - erico verissimo
O tempo e o vento o arquilpe - erico verissimoPatrick François Jarwoski
 
Katipsoi zunontee guerreiro_os_maias
Katipsoi zunontee guerreiro_os_maiasKatipsoi zunontee guerreiro_os_maias
Katipsoi zunontee guerreiro_os_maiaskatipsoi_zunontee
 
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - LiteraturaA Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - LiteraturaHadassa Castro
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 

Semelhante a Os maias (20)

Capítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os MaiasCapítulos V a VI d' Os Maias
Capítulos V a VI d' Os Maias
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Viagens na minha terra
Viagens na minha terraViagens na minha terra
Viagens na minha terra
 
Os Maias, Eça de Queirós
Os Maias, Eça de QueirósOs Maias, Eça de Queirós
Os Maias, Eça de Queirós
 
Os Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicosOs Maias - aspetos básicos
Os Maias - aspetos básicos
 
Pedrosa histórias do velho jaraguá 2
Pedrosa histórias do velho jaraguá 2Pedrosa histórias do velho jaraguá 2
Pedrosa histórias do velho jaraguá 2
 
A cidade e as serras 3ª A 2013
A cidade e as serras 3ª  A 2013A cidade e as serras 3ª  A 2013
A cidade e as serras 3ª A 2013
 
A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.
A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.
A Diversidade Cultural presente na literatura Fantástica de J.R.R. Tolkien.
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IV
 
Os maias intriga e cap xviii
Os maias intriga e cap xviiiOs maias intriga e cap xviii
Os maias intriga e cap xviii
 
O tempo e o vento o arquilpe - erico verissimo
O tempo e o vento    o arquilpe - erico verissimoO tempo e o vento    o arquilpe - erico verissimo
O tempo e o vento o arquilpe - erico verissimo
 
Katipsoi zunontee guerreiro_os_maias
Katipsoi zunontee guerreiro_os_maiasKatipsoi zunontee guerreiro_os_maias
Katipsoi zunontee guerreiro_os_maias
 
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - LiteraturaA Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
A Geração De 22 - Prof. Kelly Mendes - Literatura
 
-Resumos-Dos-Maias.pdf
-Resumos-Dos-Maias.pdf-Resumos-Dos-Maias.pdf
-Resumos-Dos-Maias.pdf
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Revista Cordel
Revista CordelRevista Cordel
Revista Cordel
 
Cronicas futuro
Cronicas futuroCronicas futuro
Cronicas futuro
 
Brasileiros no Mundo
Brasileiros no MundoBrasileiros no Mundo
Brasileiros no Mundo
 
José de Alencar - Ao correr da pena
José de Alencar - Ao correr da penaJosé de Alencar - Ao correr da pena
José de Alencar - Ao correr da pena
 
RecuperaçãO Final 1 Em
RecuperaçãO Final 1 EmRecuperaçãO Final 1 Em
RecuperaçãO Final 1 Em
 

Mais de Karyn XP

Pedro calapez
Pedro calapezPedro calapez
Pedro calapezKaryn XP
 
Importancia das novas tecnologias
Importancia das novas tecnologiasImportancia das novas tecnologias
Importancia das novas tecnologiasKaryn XP
 
Btl carina silva e vanessa carvalho
Btl    carina silva e vanessa carvalhoBtl    carina silva e vanessa carvalho
Btl carina silva e vanessa carvalhoKaryn XP
 
Animação
AnimaçãoAnimação
AnimaçãoKaryn XP
 
Revisao para historia
Revisao para historiaRevisao para historia
Revisao para historiaKaryn XP
 
Alimentação carina silva nº10
Alimentação carina silva nº10Alimentação carina silva nº10
Alimentação carina silva nº10Karyn XP
 
Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32
Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32
Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32Karyn XP
 
Modelo tiat
Modelo tiatModelo tiat
Modelo tiatKaryn XP
 
Museu do chiado
Museu do chiadoMuseu do chiado
Museu do chiadoKaryn XP
 
Viagem a lua
Viagem a luaViagem a lua
Viagem a luaKaryn XP
 
Qualidade em destino turístico
Qualidade em destino turísticoQualidade em destino turístico
Qualidade em destino turísticoKaryn XP
 
Britsh airways
Britsh airwaysBritsh airways
Britsh airwaysKaryn XP
 
Português
PortuguêsPortuguês
PortuguêsKaryn XP
 
Visitas de hca
Visitas de hcaVisitas de hca
Visitas de hcaKaryn XP
 
O grito de edvard mun.0ch
O grito de edvard mun.0chO grito de edvard mun.0ch
O grito de edvard mun.0chKaryn XP
 

Mais de Karyn XP (20)

Pedro calapez
Pedro calapezPedro calapez
Pedro calapez
 
Importancia das novas tecnologias
Importancia das novas tecnologiasImportancia das novas tecnologias
Importancia das novas tecnologias
 
Tibete
TibeteTibete
Tibete
 
Corte
CorteCorte
Corte
 
Btl carina silva e vanessa carvalho
Btl    carina silva e vanessa carvalhoBtl    carina silva e vanessa carvalho
Btl carina silva e vanessa carvalho
 
Animação
AnimaçãoAnimação
Animação
 
Otet
OtetOtet
Otet
 
Revisao para historia
Revisao para historiaRevisao para historia
Revisao para historia
 
Tcat
TcatTcat
Tcat
 
10 jogos
10 jogos10 jogos
10 jogos
 
Alimentação carina silva nº10
Alimentação carina silva nº10Alimentação carina silva nº10
Alimentação carina silva nº10
 
Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32
Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32
Perfil do animador turística carina nº10 tiago montes nº32
 
Modelo tiat
Modelo tiatModelo tiat
Modelo tiat
 
Museu do chiado
Museu do chiadoMuseu do chiado
Museu do chiado
 
Viagem a lua
Viagem a luaViagem a lua
Viagem a lua
 
Qualidade em destino turístico
Qualidade em destino turísticoQualidade em destino turístico
Qualidade em destino turístico
 
Britsh airways
Britsh airwaysBritsh airways
Britsh airways
 
Português
PortuguêsPortuguês
Português
 
Visitas de hca
Visitas de hcaVisitas de hca
Visitas de hca
 
O grito de edvard mun.0ch
O grito de edvard mun.0chO grito de edvard mun.0ch
O grito de edvard mun.0ch
 

Os maias

  • 1. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Obras De Eça De Queiroz Os Maias Episódios Da Vida Romântica Capitulo XVI Teatro Da Trindade Professora: Natividade Filipe 1 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 2. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Índice Introdução..................................................................3 R e s u m o d o C a p i t u l o X V I .................................4 O espaço físico..........................................................6 Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da Trindade” ....................................................................7 O modo como este espaço motiva os diálogos entre as personagens e se projecta nos seus comportamentos. .....................................................9 Actualidade da obra entre as temáticas debatidas nesse espaço .......................................12 Conclusão ................................................................13 2 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 3. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Introdução Fizemos este trabalho que nos foi proposto pela professora, para conseguirmos ter mais conhecimento acercado capítulo XVI. 3 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 4. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Resum o do Cap it ulo X VI Neste capítulo sabemos que a Maria já estava instalada na Rua de S. Francisco, terminado o jantar, e Ega insistia com Carlos para irem ao sarau de beneficência que se realizava no Teatro da Trindade em favor das vítimas das cheias. Carlos, com alguma resistência ao princípio aceita a ideia de ir, já que o Cruges era um dos actuantes. Juntamente com o Ega, suporta estoicamente o discurso de um parlamentar arrebatado, a actuação do Cruges, e assiste ao Triunfo do Alencar, que recita um poema seu, dedicado à Democracia, tudo intercalado com idas ao botequim e conversas de corredor com os conhecidos. É no botequim que, pela mão de Alencar, o Ega trava conhecimento com o Sr. Guimarães, o tio do Dâmaso, que se sentira atingido pelas declarações do sobrinho na célebre carta que o Ega redigira. O sobrinho alegara que assinara sob coacção. Mas, sabendo-o mentiroso, o Sr. Guimarães apenas desejava que o Sr. Ega declarasse que não o considerava um bêbado, coisa que o Ega fez sem dificuldade, pois, além do mais, simpatizara com aquele patriarca anarquista e republicano. Carlos, tendo apercebido o Eusebiozinho a sair do sarau, foi-lhe no encalço e cobrou-lhe com uma tareia a intervenção que tivera no caso da Corneta. Mas, quando se tratou de regressarem a casa, os dois 4 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 5. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português amigos, Carlos e Ega, desencontram-se, e Ega caminhava com o Cruges pela Rua Nova da Trindade, quando se ouviu chamado pelo Sr. Guimarães. O caso é que o Sr. Guimarães sabia o Sr. Ega, íntimo do Sr. Carlos da Maia. E ele, Sr. Guimarães, fora muito amigo, em Paris, da mãe, que lhe confiara, antes de morrer, um cofre onde estariam, segundo ele, papéis importantes. Como estava perdida, pedia ao Sr. Ega que entregasse o cofre ou ao Carlos ou à sua irmã. E, perante a estupefacção do Ega, o Sr. Guimarães revela candidamente ao Ega que Maria Eduarda era irmã de Carlos, aliás, o Sr. Ega devia estar informado mas não estava informado, mas, se dar por achado, arranca do Sr. Guimarães a história que, em tudo e por tudo, condiz com a que Maria Eduarda contara a Carlos. E, de posse do cofre, correndo para o Ramalhete, Ega realiza, atordoado, a enormidade da situação: Carlos amante da sua irmã! Que fazer? Indeciso numa primeira fase, toma depois a resolução de não pactuar com essa situação horrorosa e de contar tudo ao Vilaça, o procurador dos Maias, para que seja este a dar notícia a Carlos. 5 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 6. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português O espaço físico Nota-se o gosto dos portugueses, dominados por valores caducos, enraizados num sentimentalismo educacional e sociais ultrapassados. Total ausência de espírito crítico e analítico da alta burguesia e da aristocracia nacionais e a sua falta de cultura. Rufino, o orador “sublime”, que pregava a “caridade” e o “progresso”, representa a orientação mental daqueles que o ouviam: a sua retórica vazia e impregnada de artificialismos barrocos e ultra-românticos traduz a sensibilidade literária da época, o seu enaltecimento à nação e à família. Cruges, que tocou Beethoven, representa aqueles que, em Portugal, se distinguiam pelo verdadeiro amor à arte e que, tocando a Sonata patética, surgiu como alvo de risos mal disfarçados, depois de a marquesa dizer que se tratava da Sonata Pateta, o que o tornaria o fiasco da noite. Alencar declamou “A Democracia”, depois de “um maganão gordo” lamentar que nós Portugueses, não aproveitássemos “herança dos nossos avós”,revelando um patriotismo convincente. O poeta aliava, agora, poesia, e política, numa encenação exuberante, que traduzia a sua emoção pelo facto de ter ouvido “uma voz saída do fundo dos séculos” e que o levava a querer a República, essa ”aurora”(e os aplausos foram numerosos) que viria com Deus. 6 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 7. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Capitulo XVI“ Sarau Literário do Teatro da Trindade” As Personagens que frequentam o Sarau da Trindade são: Carlos da Maia, João da Ega, Craft, Cruges, Alencar, Rufino, Sr. Guimarães, Eusebiozinho. Havia dois temas debatidos, sendo um deles o estado agrícola da província do Minho e o outro o estado da política em Portugal, que era um bom exemplo de realismo, o estilo que naquela altura predominava. Carlos da Maia Caracterização Física: belo, alto, bem constituído, ombros largos, olhos negros, pele branca, cabelos negros e ondulados, barba fina, castanha escura pequena e aguçada no queixo. Tinha bigode arqueado. Caracterização psicológica: culto, bem-educado (educação à inglesa), de gostos requintados. João da Ega- Escritor Caracterização Física: nariz adunco, pescoço esganiçado, punhos tísicos e pernas e cegonha. Caracterização psicológica: é a projecção literária de Eça de Queirós. Por um lado, romântico e sentimental, por outro, progressista e crítico. Boémio, excêntrico, exagerado, caricatural, leal e romântico. Craft 7 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 8. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Caracterização psicológica: representa a formação britânica, o exemplo do que deve ser um homem. É culto e forte, de hábitos rígidos, rico e boémio. Cruges- Maestro e Pianista Caracterização Física: olhinhos piscos e nariz espetado. Caracterização psicológica: desmotivado e patético. Alencar- Poeta do ultra-romantismo Caracterização Física: muito alto, com uma face encaveirada, olhos encovados, e sob o nariz aquilino, longos, espessos e românticos bigodes grisalhos. Caracterização psicológica: não tem defeitos e possui um coração grande e generoso. Sr. Guimarães- Democrata Caracterização Física: largas barbas e um grande chapéu de abas à moda de 1830. Eusebiozinho- representa a educação reaccionária portuguesa. Caracterização psicológica: tísico, molengão, tristonho e corrupto. 8 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 9. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português O modo como este espaço motiva os diálogos entre as personagens e se projecta nos seus comportamentos. Houve um jantar na Rua de S.Francisco, onde Ega perguntou a Maria se não ia ao sarau da Trindade, à qual esta respondeu: “não me interessa, estou muito cansada”. Carlos Eduardo da Maia murmurou dizendo que era uma seca. Ega protestou e acabou por convencer Maria a ir ao sarau dizendo que neste sarau iria ver por dez tostões uma coisa também rara que era a alma sentimental de um povo exibindo-se num palco. Carlos perguntou a Ega quem era o Rufino e Ega respondeu que não sabia mas que ouvira dizer que era um deputado, um bacharel e um inspirado. Maria que andava à procura dos nocturnos de Chopin perguntou se esse Rufino era o grande orador de que falavam na Toca, à qual responderam que não e que este era uma pessoa séria, um amigo de Coimbra, o José Clemente. Este Rufino era um ratão de pêra grande, deputado por Monção e que era bastante sublime nessa arte. Depois de terem trocado opiniões sobre Rufino, Carlos teve uma ideia que era o sarau ser realizado onde eles se encontravam. 9 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 10. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Nesse sarau Maria tocaria Beethoven, Carlos e Ega declamaria Musset. Maria perguntou “e há melhores cadeiras”e Carlos afirmou “melhores poetas”, “bons charutos”, “bom conhaque”. Depois de terem abandonado o sarau Carlos, disse a Ega que estava contente em ter deixado os Olivais pois poderiam reunir-se para um bocado de cavaco e de literatura. Carlos tencionava arranjar a sala com mais gosto e conforto para quando os amigos viessem cear. Queria também lançar a Revista que era a suprema pândega intelectual, tudo isto anunciava um Inverno chique a valer (como dizia Dâmaso). Ao entrarem no Teatro da Trindade, Carlos e Ega começaram a ouvir bater palmas e pensaram logo que fosse Cruges que estivesse a actuar, mas não, era o Rufino, o que não interessava a Carlos. Como estava sem curiosidade Carlos ficou junto de Teles da Gama, mas como era magro e esguio foi rompendo pela coxia tapetada de vermelho. Algum tempo depois Ega reparou que Rufino se estava a fazer a uma princesa que dera seiscentos mil reis para os inundados do Ribatejo. Ega já estava farto do Rufino e estava com a impressão de que o padre cheirava mal, voltou para trás para desabafar com Carlos. 10 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 11. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Ega perguntou a Carlos “ Tu imaginavas uma besta assim”, à qual murmurou Carlos “Horroroso”,e perguntou quando iria tocar Cruges. Carlos e Ega ao ouvirem atrás de si a ciciarem discretamente: bonsoir, messieurs, olharam para trás e era Steinbroken e o seu secretário. Steinbroken perguntou a Ega se Rufino era o grande orador de que lhe tinha falado, e Ega afirmou com patriotismo que era um dos maiores oradores da Europa. Depois da actuação de Cruges, D.Maria teve uma surpresa que foi ver o Sr. Carlos da Maia (o Príncipe Tenebroso). Mais à frente neste capítulo, o Sr. Guimarães e o Ega iam descendo o Chiado e Ega parou um momento e ficou a olhar para o velho, e depois perguntou se ele tinha conhecido muito bem a Maria Monforte. De referir que no final deste capítulo, Vilaça tinha deixado uma carta a Ega lembrando a este que a letrinha de duzentos mil réis no Banco Popular vencia daí a dois dias, e a reacção de Ega foi de fúria, atirando a carta amarrotada para o chão. 11 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 12. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Actualidade da obra entre as temáticas debatidas nesse espaço Ega vai jantar à Rua de S. Francisco com Carlos e Maria Eduarda. Nos olhos do Ega e a fim de tentar convencer Carlos ele diz que “Ora a Sr. a D. Maria, neste sarau, ia ver por dez tostões uma coisa também rara alma sentimental de um povo exibindo−se num palco, ao mesmo tempo nua e de casaca.” As instâncias de Ega, Carlos vão ao sarau de beneficência, em favor das vítimas das cheias, no Teatro da Trindade. No sarau intervêm: Rufino, que fala da caridade e do progresso, recorrendo a imagens pouco originam. Num registo inflamado e apelando à emoção e à sensibilidade do público. Também Rufino mete na conversa a natureza que atacava os seus filhos neste caso os homens. No qual iria espalhar o terror. Nesse jantar houve tantas perguntas como no advento sublime da República? Se Era o pão carinhoso dado à criança? Se era a mão justa estendida ao proletário? Se Era a esperança? 12 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26
  • 13. 11ºTurismo ESCOLA SECUNDARIA FERREIRA DIAS Modulo 8 Português Conclusão Com este trabalho ficamos a sabre, que Carlos e Maria Eduarda eram irmãos através pelo Sr. Guimarães que revela ao Ega mas Ega sabia que eram amantes e não sabia que fazer e contou ao Vilaça, também um pouco mais acerca do teatro da Trindade. 13 Carina Silva nº8 Fábio Evo nº 13 Tiago Soares nº25 Tiago Montes nº26