SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia de Pernambuco
Campus Pesqueira

Patogenia das Doenças
     Infecciosas
        Iasmyn Florencio
         Jordana Soares
          Maria Oliveira
        Roberto Rivelino
          Sandra Helena
Infecção Vs Doenças Infecciosas
   Quando um patógeno se aloja no
organismo dar-se o nome de infecção, esta
pode desenvolver uma doença infecciosa ou
não. Doença infecciosa é aquela doença
causada    por    microrganismo,   e   os
microrganismos que causam doenças são
coletivamente chamados de patógenos.
Porque nem sempre se desenvolve
         doença infecciosa.

• O microrganismo pode “se alojar” em um local
  anatômico onde é incapaz de se multiplicar.
• Muitos patógenos precisam se fixar a
  específicos receptores locais antes que sejam
  capazes de se multiplicar e causar dano.
• Fatores antibacterianos que destroem ou
  inibem o crescimento do microorganismo.
• A microbiota endógena local, que pode
  produzir fatores antibacterianos ou através do
  antagonismo microbiano.
• O estado nutricional ou a saúde do individuo
• Imunidade ao patógeno específico
• Os leucócitos fagocíticos.
Quatro períodos ou fases no curso de
          uma doença infecciosa
•   Período de incubação;
•   Período prodrômico;
•   Período da doença;
•   Período de convalescência.
Curso de uma doença infecciosa
Exposição ao patógeno

     Período de incubação

          Período prodrômico

                 Período da doença
                                     Morte
Convalescência
                   Incapacidade
Infecções localizadas versus infecções
               sistêmicas
      Uma vez que um processo infeccioso tenha
sido iniciado, a doença pode permanecer localizada
num determinado local ou se espalhar.
Infecções localizadas: espinhas, furúnculos, e
abscessos.
Infecção sistêmica ou generalizada: tuberculose,
que a bactéria causadora pode se espalhar por
muitos órgãos, condição conhecida como
tuberculose miliar.
Doença aguda, subaguda e crônica
• Aguda tem início repentino recuperação
  rápida (ex: sarampo, caxumba, gripe);

• Crônica tem início insidioso e dura muito
  tempo (ex: tuberculose, hanseníase e sífilis);

• Subaguda surge mais repentinamente do que
  a crônica e menos subitamente do que a
  aguda(ex: endocardite bacteriana)
Sintomas versus sinais de uma doença
• Sintoma de uma doença é definido como
  alguma evidência de doença percebido pelo
  paciente, algo mais subjetivo.

• Sinal de doença é definido como algum tipo
  de evidência objetiva da doença.
Infecções latentes
    Uma doença infecciosa pode ir de
sintomática a assintomática, e algum tempo
depois voltar a ser sintomática. Tais doenças
são referidas como infecções latentes.



                Exemplos:
Estágios da sífilis
       Infecção por sífilis (3 semanas)

     Primária: Cancro (2 a 6 meses)

Secundária: Lesões, febre, perda de cabelo
              (2 a 6 meses)

Estágio latente: Sem sintomas (5 a 50 anos)

 Terciária: Destruição do cérebro, coração,
    medula espinhal e/ou outros órgãos
Catapora x Cobreiro
     O cobreiro é uma dolorosa infecção dos
nervos, considerada manifestação latente da
catapora.
Infecções primárias e infecções
             secundárias

      Em geral, uma doença infecciosa pode
surgir depois de outra, caso em que a primeira
doença é chamada de infecção primária e a
segunda, infecção secundária.
Etapas na patogenia das doenças
              infecciosas
      Em geral a patogenia segue a sequência
abaixo:
• Entrada;
• Fixação;
• Multiplicação;
• Invasão/disseminação;
• Evasão das defesas do hospedeiro;
• Dano ao(s) tecido(s) do hospedeiro.
Virulência
      Às vezes se utiliza a palavra virulento como
sinônimo de patogênico, ou seja, podem existir
cepas virulentas (patogênicas) e não virulentas
(não patogênicas) de uma determinada espécie.
      A virulência também é utilizada como
medida/grau de patogenicidade.
      Algumas vezes a virulência é utilizada
como referência à gravidade das doenças
infecciosas causadas pelos patógenos, ou seja se
um patógeno causa uma doença mais grave que
a que outro patógeno causa, o primeiro é mais
virulento que o segundo.
Fatores de virulência
      Os atributos que possibilitam ao patógeno
aderir, escapar dos vários mecanismos de defesa
do organismo do hospedeiro e desencadear a
doença são chamados de fatores de virulência.
Fixação
      Para causar doença, alguns patógenos
precisam ser capazes de se fixar/prender às
células para depois conseguirem ter acesso ao
corpo.
• Receptores e Adesinas
      Um determinado patógeno só pode aderir
à células que possuam o receptor apropriado.
      Os termos usuais adesinas e ligantes são
usados para descrever a molécula na superfície
de um patógeno capaz de reconhecer e se ligar a
um receptor específico.
• Fímbria Bacteriana (Pili)
     Projeções      longas,    finas,    flexíveis,
semelhantes a pelos, compostas principalmente
de um arranjo de proteína chamada pilina. São
consideradas fatores de virulência porque
permitem que as bactérias se fixem às
superfícies. Pelo fato de a fímbria possibilitar às
bactérias     colonizar superfícies, elas são,
algumas vezes referidas como fatores de
colonização.
Patógenos intracelulares obrigatórios
      Também    chamados       de   parasitas
intracelulares      obrigatórios,      esses
microrganismos precisam viver no interior de
uma célula hospedeira para sobreviver e se
multiplicar.
Patógenos intracelulares facultativos
      Também       chamados        de    parasitas
intracelulares facultativos, esses microrganismos
podem sobreviver tanto de forma intracelular
quanto extracelular.
Mecanismos de sobrevivência
            intracelular
      Os fagócitos desempenham importante
função em nossa defesa contra os patógenos.
Uma vez fagocitados, os patógenos são, na
grande maioria, destruídos no interior dos
fagócitos.     Entretanto    alguns    patógenos
conseguem sobreviver, uns possuem parede
celular resistente à digestão; outros impedem a
fusão dos lisossomas; há ainda alguns que são
capazes de sobreviver através de mecanismos
que ainda são desconhecidos.
Cápsulas
      As cápsulas bacterianas são consideradas
fatores de virulência porque servem a uma
função antifagocítica. Os fagócitos são incapazes
de se prender às bactérias capsuladas porque
não possuem os receptores de superfície para o
material polissacarídico do qual a cápsula é
constituída.
      Já as bactérias não encapsuladas são
fagocitadas e mortas.
Flagelos
      Os flagelos bacterianos são considerados
fatores de virulência pois permitem às bactérias
flageladas invadir áreas aquosas do corpo onde
as bactérias não flageladas não conseguem.
      Talvez os flagelos também permitam que
as bactérias escapem da fagocitose.
Exoenzimas
      As exoenzimas e/ou toxinas que os patógenos
produzem constituem os principais mecanismos
pelos quais eles causam doenças. Alguns exemplos
de exoenzimas, são:

• Enzimas Necrosantes;
•Coagulase;
•Quinases;
•Hialuronidase;
•Colagenase;
•Hemolisinas;
•Lectinase.
Toxinas
      Vários tipos de substâncias venenosas que
dependendo de sua produção e liberação,
aumentam a capacidade dos patógenos de
danificarem os tecidos do hospedeiro e causar
doença. Sendo endotoxinas e exotoxinas, suas
principais categorias.
• Endotoxina:      pode causar graves efeitos
  fisiológicos adversos, como febre e choque. As
  substâncias que causam a febre são chamadas
  pirógenas. O choque representa condição
  potencialmente       fatal    resultante    de
  hipertensão e hipotensão, fornecimento
  inadequado de sangue aos tecidos e orgãos do
  corpo.

• Exotoxinas:   são    proteínas  venenosas
  secretadas por inúmeros patógenos. As mais
  potentes são as neurotoxinas, outros tipos
  são, chamadas enterotoxinas.
Mecanismos pelos quais os patógenos
escapam das respostas imunológicas

• Variação Antigênica

• Camuflagem e Mimetismo Molecular

• Destruição de Anticorpos
Referências Bibliográficas
BURTON, G.R.W.; ENGELKIRK, P.G. Microbiologia
para ciências da saúde. 7.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaRicardo Portela
 
Aula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquiridaAula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquiridaAdila Trubat
 
Imunidade Adquirida - Humoral
Imunidade Adquirida - HumoralImunidade Adquirida - Humoral
Imunidade Adquirida - HumoralIsabel Lopes
 
Imunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e AdaptativaImunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e AdaptativaLABIMUNO UFBA
 
Processos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoProcessos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoMarília Gomes
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaMauro Cunha Xavier Pinto
 
Imunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata AdaptativaImunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata AdaptativaLABIMUNO UFBA
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaJaqueline Almeida
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoErivaldo Rosendo
 
Patologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitosPatologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitosLarissaComparini
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a MicrobiologiaTiago da Silva
 
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaPrograma nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaNadja Salgueiro
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesRicardo Portela
 
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011mfernandamb
 

Mais procurados (20)

ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
 
Aula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquiridaAula 4 imunidade adquirida
Aula 4 imunidade adquirida
 
Imunidade Adquirida - Humoral
Imunidade Adquirida - HumoralImunidade Adquirida - Humoral
Imunidade Adquirida - Humoral
 
Imunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e AdaptativaImunidade Inata e Adaptativa
Imunidade Inata e Adaptativa
 
Processos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoProcessos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônico
 
Infecções
InfecçõesInfecções
Infecções
 
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - FarmacodinâmicaAula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
Aula - Farmacologia básica - Farmacodinâmica
 
Imunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata AdaptativaImunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata Adaptativa
 
Infecção hospitalar
Infecção hospitalarInfecção hospitalar
Infecção hospitalar
 
Aula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia BásicaAula de Parasitologia Básica
Aula de Parasitologia Básica
 
Hipersensibilidade
HipersensibilidadeHipersensibilidade
Hipersensibilidade
 
Aula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de ImunizacaoAula Programa Nacional de Imunizacao
Aula Programa Nacional de Imunizacao
 
Patologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitosPatologia geral aula conceitos
Patologia geral aula conceitos
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
11. antivirais 27 e 28 mai
11. antivirais 27 e 28 mai11. antivirais 27 e 28 mai
11. antivirais 27 e 28 mai
 
Sistema Imunológico
Sistema ImunológicoSistema Imunológico
Sistema Imunológico
 
Farmacodinâmica
FarmacodinâmicaFarmacodinâmica
Farmacodinâmica
 
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadjaPrograma nacional de imunizacao pni-aula-nadja
Programa nacional de imunizacao pni-aula-nadja
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
 
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
Aula 4 imunidade adquirida humoral_2-2011
 

Semelhante a Patogenia das doenças infecciosas

Patogenia das Doenças Infecciosas
Patogenia das Doenças InfecciosasPatogenia das Doenças Infecciosas
Patogenia das Doenças Infecciosasbrunna queiroz
 
Resumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças Infecciosas
Resumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças InfecciosasResumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças Infecciosas
Resumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças InfecciosasNathy Oliveira
 
O que é preciso saber sobre infecções
O que é preciso saber sobre infecçõesO que é preciso saber sobre infecções
O que é preciso saber sobre infecçõesTookmed
 
Patologia 07 doenças infecciosas - med resumos - arlindo netto
Patologia 07   doenças infecciosas - med resumos - arlindo nettoPatologia 07   doenças infecciosas - med resumos - arlindo netto
Patologia 07 doenças infecciosas - med resumos - arlindo nettoJucie Vasconcelos
 
Os microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociaisOs microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociaisCarla Gomes
 
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveisAspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveisMaria Luiza
 
IMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptx
IMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptxIMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptx
IMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptxvaloarnteGritte
 
Virus seres vivos ou seres brutos?
Virus seres vivos ou seres brutos?Virus seres vivos ou seres brutos?
Virus seres vivos ou seres brutos?deia14
 
1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx
1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx
1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptxRodrigo Corte Real
 
Capítulo 5 vírus
Capítulo 5   vírusCapítulo 5   vírus
Capítulo 5 vírusrafaelcef3
 
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdfArlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdfCleytonVerssimo
 
Microrganismos Oscar Couto_6º CF.pptx
Microrganismos Oscar Couto_6º CF.pptxMicrorganismos Oscar Couto_6º CF.pptx
Microrganismos Oscar Couto_6º CF.pptxMaria Céu Santos
 
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMAULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMizabellinurse
 
Bacterioses
BacteriosesBacterioses
Bacteriosescelss
 
A Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptx
A Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptxA Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptx
A Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptxBethniaOliveira
 

Semelhante a Patogenia das doenças infecciosas (20)

Patogenia das Doenças Infecciosas
Patogenia das Doenças InfecciosasPatogenia das Doenças Infecciosas
Patogenia das Doenças Infecciosas
 
Os microorganismos
Os microorganismosOs microorganismos
Os microorganismos
 
Resumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças Infecciosas
Resumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças InfecciosasResumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças Infecciosas
Resumo e Perguntas sobre Patogenia das Doenças Infecciosas
 
O que é preciso saber sobre infecções
O que é preciso saber sobre infecçõesO que é preciso saber sobre infecções
O que é preciso saber sobre infecções
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Patologia 07 doenças infecciosas - med resumos - arlindo netto
Patologia 07   doenças infecciosas - med resumos - arlindo nettoPatologia 07   doenças infecciosas - med resumos - arlindo netto
Patologia 07 doenças infecciosas - med resumos - arlindo netto
 
Os microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociaisOs microrganismos, higiene e problemas sociais
Os microrganismos, higiene e problemas sociais
 
Aula 05 bacterias
Aula   05  bacteriasAula   05  bacterias
Aula 05 bacterias
 
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveisAspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
Aspectos epidemiológicos das doenças transmissiveis
 
IMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptx
IMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptxIMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptx
IMUNIDADE A VIRÚS APRESENTAÇÃO (1).pptx
 
Virus seres vivos ou seres brutos?
Virus seres vivos ou seres brutos?Virus seres vivos ou seres brutos?
Virus seres vivos ou seres brutos?
 
1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx
1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx
1.1Prevenção da Infeção_23_24.pptx
 
doenças enem 2017
doenças enem 2017doenças enem 2017
doenças enem 2017
 
Capítulo 5 vírus
Capítulo 5   vírusCapítulo 5   vírus
Capítulo 5 vírus
 
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdfArlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
Arlindo_Ugulino_Netto_PATOLOGIA_MEDICINA.pdf
 
Vírus e reino monera
Vírus e reino moneraVírus e reino monera
Vírus e reino monera
 
Microrganismos Oscar Couto_6º CF.pptx
Microrganismos Oscar Couto_6º CF.pptxMicrorganismos Oscar Couto_6º CF.pptx
Microrganismos Oscar Couto_6º CF.pptx
 
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEMAULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM
 
Bacterioses
BacteriosesBacterioses
Bacterioses
 
A Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptx
A Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptxA Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptx
A Transmissão de doenças infecciosas 06-03-24.pptx
 

Patogenia das doenças infecciosas

  • 1. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco Campus Pesqueira Patogenia das Doenças Infecciosas Iasmyn Florencio Jordana Soares Maria Oliveira Roberto Rivelino Sandra Helena
  • 2. Infecção Vs Doenças Infecciosas Quando um patógeno se aloja no organismo dar-se o nome de infecção, esta pode desenvolver uma doença infecciosa ou não. Doença infecciosa é aquela doença causada por microrganismo, e os microrganismos que causam doenças são coletivamente chamados de patógenos.
  • 3. Porque nem sempre se desenvolve doença infecciosa. • O microrganismo pode “se alojar” em um local anatômico onde é incapaz de se multiplicar. • Muitos patógenos precisam se fixar a específicos receptores locais antes que sejam capazes de se multiplicar e causar dano. • Fatores antibacterianos que destroem ou inibem o crescimento do microorganismo.
  • 4. • A microbiota endógena local, que pode produzir fatores antibacterianos ou através do antagonismo microbiano. • O estado nutricional ou a saúde do individuo • Imunidade ao patógeno específico • Os leucócitos fagocíticos.
  • 5. Quatro períodos ou fases no curso de uma doença infecciosa • Período de incubação; • Período prodrômico; • Período da doença; • Período de convalescência.
  • 6. Curso de uma doença infecciosa Exposição ao patógeno Período de incubação Período prodrômico Período da doença Morte Convalescência Incapacidade
  • 7. Infecções localizadas versus infecções sistêmicas Uma vez que um processo infeccioso tenha sido iniciado, a doença pode permanecer localizada num determinado local ou se espalhar. Infecções localizadas: espinhas, furúnculos, e abscessos. Infecção sistêmica ou generalizada: tuberculose, que a bactéria causadora pode se espalhar por muitos órgãos, condição conhecida como tuberculose miliar.
  • 8. Doença aguda, subaguda e crônica • Aguda tem início repentino recuperação rápida (ex: sarampo, caxumba, gripe); • Crônica tem início insidioso e dura muito tempo (ex: tuberculose, hanseníase e sífilis); • Subaguda surge mais repentinamente do que a crônica e menos subitamente do que a aguda(ex: endocardite bacteriana)
  • 9. Sintomas versus sinais de uma doença • Sintoma de uma doença é definido como alguma evidência de doença percebido pelo paciente, algo mais subjetivo. • Sinal de doença é definido como algum tipo de evidência objetiva da doença.
  • 10. Infecções latentes Uma doença infecciosa pode ir de sintomática a assintomática, e algum tempo depois voltar a ser sintomática. Tais doenças são referidas como infecções latentes. Exemplos:
  • 11. Estágios da sífilis Infecção por sífilis (3 semanas) Primária: Cancro (2 a 6 meses) Secundária: Lesões, febre, perda de cabelo (2 a 6 meses) Estágio latente: Sem sintomas (5 a 50 anos) Terciária: Destruição do cérebro, coração, medula espinhal e/ou outros órgãos
  • 12.
  • 13. Catapora x Cobreiro O cobreiro é uma dolorosa infecção dos nervos, considerada manifestação latente da catapora.
  • 14. Infecções primárias e infecções secundárias Em geral, uma doença infecciosa pode surgir depois de outra, caso em que a primeira doença é chamada de infecção primária e a segunda, infecção secundária.
  • 15. Etapas na patogenia das doenças infecciosas Em geral a patogenia segue a sequência abaixo: • Entrada; • Fixação; • Multiplicação; • Invasão/disseminação; • Evasão das defesas do hospedeiro; • Dano ao(s) tecido(s) do hospedeiro.
  • 16. Virulência Às vezes se utiliza a palavra virulento como sinônimo de patogênico, ou seja, podem existir cepas virulentas (patogênicas) e não virulentas (não patogênicas) de uma determinada espécie. A virulência também é utilizada como medida/grau de patogenicidade. Algumas vezes a virulência é utilizada como referência à gravidade das doenças infecciosas causadas pelos patógenos, ou seja se um patógeno causa uma doença mais grave que a que outro patógeno causa, o primeiro é mais virulento que o segundo.
  • 17. Fatores de virulência Os atributos que possibilitam ao patógeno aderir, escapar dos vários mecanismos de defesa do organismo do hospedeiro e desencadear a doença são chamados de fatores de virulência.
  • 18. Fixação Para causar doença, alguns patógenos precisam ser capazes de se fixar/prender às células para depois conseguirem ter acesso ao corpo. • Receptores e Adesinas Um determinado patógeno só pode aderir à células que possuam o receptor apropriado. Os termos usuais adesinas e ligantes são usados para descrever a molécula na superfície de um patógeno capaz de reconhecer e se ligar a um receptor específico.
  • 19. • Fímbria Bacteriana (Pili) Projeções longas, finas, flexíveis, semelhantes a pelos, compostas principalmente de um arranjo de proteína chamada pilina. São consideradas fatores de virulência porque permitem que as bactérias se fixem às superfícies. Pelo fato de a fímbria possibilitar às bactérias colonizar superfícies, elas são, algumas vezes referidas como fatores de colonização.
  • 20. Patógenos intracelulares obrigatórios Também chamados de parasitas intracelulares obrigatórios, esses microrganismos precisam viver no interior de uma célula hospedeira para sobreviver e se multiplicar.
  • 21. Patógenos intracelulares facultativos Também chamados de parasitas intracelulares facultativos, esses microrganismos podem sobreviver tanto de forma intracelular quanto extracelular.
  • 22. Mecanismos de sobrevivência intracelular Os fagócitos desempenham importante função em nossa defesa contra os patógenos. Uma vez fagocitados, os patógenos são, na grande maioria, destruídos no interior dos fagócitos. Entretanto alguns patógenos conseguem sobreviver, uns possuem parede celular resistente à digestão; outros impedem a fusão dos lisossomas; há ainda alguns que são capazes de sobreviver através de mecanismos que ainda são desconhecidos.
  • 23. Cápsulas As cápsulas bacterianas são consideradas fatores de virulência porque servem a uma função antifagocítica. Os fagócitos são incapazes de se prender às bactérias capsuladas porque não possuem os receptores de superfície para o material polissacarídico do qual a cápsula é constituída. Já as bactérias não encapsuladas são fagocitadas e mortas.
  • 24. Flagelos Os flagelos bacterianos são considerados fatores de virulência pois permitem às bactérias flageladas invadir áreas aquosas do corpo onde as bactérias não flageladas não conseguem. Talvez os flagelos também permitam que as bactérias escapem da fagocitose.
  • 25. Exoenzimas As exoenzimas e/ou toxinas que os patógenos produzem constituem os principais mecanismos pelos quais eles causam doenças. Alguns exemplos de exoenzimas, são: • Enzimas Necrosantes; •Coagulase; •Quinases; •Hialuronidase; •Colagenase; •Hemolisinas; •Lectinase.
  • 26. Toxinas Vários tipos de substâncias venenosas que dependendo de sua produção e liberação, aumentam a capacidade dos patógenos de danificarem os tecidos do hospedeiro e causar doença. Sendo endotoxinas e exotoxinas, suas principais categorias.
  • 27. • Endotoxina: pode causar graves efeitos fisiológicos adversos, como febre e choque. As substâncias que causam a febre são chamadas pirógenas. O choque representa condição potencialmente fatal resultante de hipertensão e hipotensão, fornecimento inadequado de sangue aos tecidos e orgãos do corpo. • Exotoxinas: são proteínas venenosas secretadas por inúmeros patógenos. As mais potentes são as neurotoxinas, outros tipos são, chamadas enterotoxinas.
  • 28. Mecanismos pelos quais os patógenos escapam das respostas imunológicas • Variação Antigênica • Camuflagem e Mimetismo Molecular • Destruição de Anticorpos
  • 29. Referências Bibliográficas BURTON, G.R.W.; ENGELKIRK, P.G. Microbiologia para ciências da saúde. 7.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.