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DTM: Patologias articulares

            Dr Gustavo Marques Tondin


              Cirurgia e Traumatologia
           Buco-Maxilo-Facial & Implantes

                   Curitiba – Pr
            gustavotondin@hotmail.com
Dr Gustavo Marques Tondin




                          Sinonímia
   Disfunção de ATM;

   Síndrome de Costen;

   Síndrome da Articulação Temporomandibular;

   Disfunção Mandibular;

   Síndrome da Dor e Disfunção Miofascial;

   Desordens Temporomandibulares;

   Desordens Craniomandibulares

   Disfunção Craniomandibular

   Disfunção Temporomandibular (DTM)
Dr Gustavo Marques Tondin




                           Definição

“conjunto de manifestações clinicas
de má função mandibular, associadas
ou não a dor, que são geradas por
agentes   agressores   à   integridade
morfológica ou funcional do sistema
temporomandibular” (Korff, 1995)


                                         “Conjunto    de     transtornos
                                         articulares , musculares, e das
                                         estruturas associadas com a
                                         ATM” (Macneill, 1993)
Dr Gustavo Marques Tondin




                            Histórico
   Costen – 1934 (11 casos de otalgias, sugeriu para os dentistas que
    mudanças nas condições dentais eram responsáveis pelos sintomas)

    Estudos científicos (década de 50): a oclusão poderia influenciar na
    função da musculatura mastigatória – confirmados com EMG

   Moyer, 1950; Ramfjord, 1956: maloclusão como fator etiológico

   Sarnat, 1951: desarmonia oclusal e estresse emocional

    Farrar, 1979: etiologia das dores e das DTMs eram provenientes de
    fontes intracapsulares

   Pullinger et al., 1993: deduziram que os fatores oclusais, ao contrário,
    desempenhavam pouco ou nenhum papel
Dr Gustavo Marques Tondin




                Epidemiologia
   64 a 71% (Egermark, 1981)

   Prevalência de DTMs – 39 a 48% (Pullinger, 1988)

   70% mulheres (fatores hormonais)

    Solberg et al. em 1979 estudaram 739 estudantes americanos
     - 18 a 25 anos
     - responderam a um questionário e submetidos ex. Clínico
     - Sinais de DTMs em 76% (ex. clínico)
     - apenas 26% relataram ter sintomas (questionário)
     - 50% apresentaram sinais que não foram relatados como sintomas
    (sinais subclínicos)
     - 10% procuraram tto (DTMs graves)
Dr Gustavo Marques Tondin


      CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS
                ATM
   Uma das mais complexas articulações do corpo

   Articulação composta ( mandíbula, temporal, disco)

   Movimento de dobradiça  articulação ginglimoidal

   Movimentos de deslize     articulação artroidal

      ARTICULAÇÃO GINGLIMO ARTROIDAL / SINOVIAL




                                                  Okeson J. P., 2000
Dr Gustavo Marques Tondin

           Cartilagem
Anatomia    Articular




                                    Espaço
                                    Articular




                                       Líquido
                                       Sinovial




                        Membrana
                         Sinovial

            Cápsula
            Articular
CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS
                                                            Dr Gustavo Marques Tondin




       disco articular
   Bilaminar bicôncavo
   TCF denso
   Destituído de vasos sanguíneos e fibras nervosas



PLANO SAGITAL       - Zona intermediária (área central)      fig 1-12
                    - Borda anterior
                    - Borda posterior (espessa)




PLANO FRONTAL - Polo lateral                                fig 1-13
               - Polo medial (espesso)
                                                          Okeson J. P., 2000
Dr Gustavo Marques Tondin



CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS
CONSIDERAÇÕES
 ANATOMICAS
 UFMS/NHU
             LIGAMENTOS (5)

Agentes limitadores de movimentos

Funcionais

1- Colaterais (discais)
2- Capsular
3- Temporomandibular


Acessórios

4- Esfenomandibular
5- Estilomandibular

                                    Okeson J. P., 2000
Histologia das Superfícies articulares
SUPERFÍCIES DO CÔNDILO E DA FOSSA MANDIBULAR

 CAMADAS OU ZONAS

1- Zona articular
(mais externa, TCFD)

                                                           Fig 1-15
2- Zona proliferativa
(céls. Mesenquimais indiferenciadas, prolif. Cartilagem)


3- Zona fibrocartilaginosa
( oferece resistência contra forças compressivas)


4- Zona calcificada
(condrócitos e condroblastos – remodelação sup. art.)




                                                                      Okeson J. P., 2000
Etiologia das DTMs
Fatores oclusais

- mordida aberta anterior esquelética
- discrepância entre RC e MIH > 2mm
- overjet > 4mm
- 5 ou mais dentes perdidos e não substituídos


Traumas

Fatores sistêmicos (estresse emocional)

Fatores de estímulo de dor intensa

Bruxismo e apertamento

Parafunções

Instabilidade ortopédica
                              Pullinger et al., 1993
Instabilidade ortopédica
    Quando a posição de intercuspidação estável dos dentes está em
    desarmonia com a posição músculo-esqueletal estável dos côndilos




MIH
ATM E: relação estável com a fossa
ATM D: instável (inferior)
> 2mm
ATM D procura uma P.M.E.
Superiormente: mm’s
Desordens côndilo-disco
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
  Group I: Muscle disorders

  I.a. Myofascial pain
  I.b. Myofascial pain with limitations in aperture


  Group II: Disc displacement

  II.a. Disc displacement with reduction
  II.b. Disc displacement without reduction and no
  limitations in aperture
  II.c. Disc displacement without reduction and with
  limitations in aperture

  Group III: Arthralgia, arthritis, arthrosis

  III.a. Arthralgia
  III.b. Osteoarthritis of the TMJ
  III.c. Osteoarthrosis of the TMJ
  RDC/TMD                                       Dworkin and Le Resche, 1992
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
Deslocamento de disco articular (anterior com ou sem
redução)

Open Lock/ Closed Lock

Aderências de disco

Subluxação/ Luxação

Anquilose temporomandibular

Desordens inflamatórias ATM

Neoplasias
DIAGNÓSTICO

Exame clinico
Exames complementares
          Radiografia panorâmica
          Radiografia transcraniana
          Tomografia computadorizada
          IRM



                               Okeson J. P., 2000
Desenvolvimento dos Distúrbios
  Funcionais do Sistema Mastigatório

          Fatores oclusais
          Traumas
          Fatores sistêmicos (estresse emocional)
Eventos   Fatores de estímulo de dor intensa
          Hiperatividade muscular
          Parafunções
          Instabilidade ortopédica



                                                        SINTOMAS
FUNÇÃO       +  UM     TOLERÂNCIA
                     > FISIOLÓGICA                  =     DTMs
NORMAL        EVENTO
                                                        Okeson J. P., 2000
Fisiopatologia das DTMs




     Líquido Sinovial {Fosfolipidio ativo + àc. Hialurônico} - biofilme
Sobrecarga

Inflamação  Fosfolipasae A2 (degrada o fosfolipídeo ativo)      Nitzan, D. W. J Oral Maxillofac
                                                                  Nitzan, D.2001; 59: 36-45
                                                                      Surg. W. J Oral Maxillofac
                                                                       Surg. 2001; 59: 36-45
Sinais e sintomas das DTMs
dor à palpação (músculos e ATMs)

limitação de abertura bucal/ desvios

hipermobilidade das ATMs

sons de estalidos ou crepitação

desgaste dental/ mobilidade dentária

dor de ouvido/ cabeça

zumbido (som de campainha)

vertigem (tontura)
                                       Okeson J. P., 2000
Articulação saudável
Quando as superfícies do côndilo, disco e fossa mandibular são suaves
e permitem um fácil movimento, sem atrito

O que mantém o disco autoposicionado no côndilo?

- Morfologia (bordas ant. e post. mais espessas)
- Pressão interarticular (mantém o côndilo na ZI mais fina)
- Ligamentos discais, capsular, lâminas retrodiscais saudáveis
- M. pterigóideo lateral superior

Abertura e fechamento:

- Quando a boca se abre, o côndilo se move para a frente (m.p.l),
  a lâmina RD superior se torna mais rígida, rotacionando o disco
  posteriormente durante a translação condilar

- No fechamento, contração do mm’s elevadores
                                                         Okeson J. P., 2000
Articulação saudável




                  Okeson J. P., 2000
Articulação saudável
DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO
         COM REDUÇÃO
  Alongamento dos ligamentos discais
  Lâmina retrodiscal inferior
  Afinamento da borda posterior do disco
  Côndilo em contato com a B.P. do disco na eminência (repouso)

 - O disco é posicionado anteriormente pela ação do m.p.l. superior


 Características clínicas:

 - Limitação de abertura
 - Desvio
 - Estalido (captura- redução)



                                                       Okeson J. P., 2000
DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO
         COM REDUÇÃO




               Estalido




                          Okeson J. P., 2000
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
Deslocamento anterior de disco com redução
UFMS/NHU
DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO
         SEM REDUÇÃO
  Alongamento dos ligamentos discais
  Lâmina retrodiscal inferior
  Afinamento da borda posterior do disco
  Côndilo em contato com a B.P. do disco na eminência (repouso)

 - O disco é posicionado anteriormente pela ação do m.p.l. Superior
 Perda da elasticidade da lâmina retrodiscal superior (dificulta a recaptura)

 Características clínicas:

 - Abertura de 25 a 30 mm
 - Deflexão em abertura (lado afetado)
 - Normalmente dor
 - Não apresenta estalido


                                                          Okeson J. P., 2000
DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO
         SEM REDUÇÃO




  Closed lock: a posição do disco não permite a translação total do côndilo




                                                            Okeson J. P., 2000
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
Deslocamento anterior de disco sem redução
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
                   Open - lock

Incapacidade de fechamento bucal
 Geralmente assintomático
Posicionamento posterior do disco
 Côndilo abaixo da E.A.
Etiologia : Sobrecarga e fricção aumentada entre o
disco e fossa
D.D. – Luxação recidivante

                                          Tracy Hampton, 2008
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
               Aderências de disco

Líquido sinovial (nutrição, lubrificação, suavização)
Lubrificação insuficiente
Aderências entre as superfícies (fossa, eminência, côndilo)

Aderência: colagem temporária
Adesão: colagem permanente            Anquilose


Sensação de aspereza e crepitação
Endurecimento articular

                                               Okeson J. P., 2000
Aderências de disco




Aderência permanente entre o disco e a fossa
   num deslocamento posterior de disco

                                          Okeson J. P., 2000
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
                      Subluxação
 hipermobilidade
 a rotação posterior máxima do disco ocorre antes da
  translação máxima do côndilo – salto súbito para a posição
  de abertura máxima
 sem estalido
 abertura – pausa - salto súbito
 ruído surdo no complexo côndilo-disco
 depressão pré-auricular notável

                                              Okeson J. P., 2000
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
                           Luxação

Hiperextensão do mov. condilar

Translado condilar a frente da eminência

 Disco (anterior ou posterior?)

Unilateral ou bilateral

Redução (manobra de Nelaton)


                                            Freitas, 2006
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
       Anquilose temporomandibular

 Processo de fusão das superficies articulares
 Amplitude muito pequena de movimento
 Uni ou bilateral
 Etiologia: adesão fibrosa, traumas, cirurgias
  da ATM e infecção prévia
 Hemartrose - Tecido fibroso – Tecido ósseo


                                          Peterson et al., 1998
DESORDENS INFLAMATÓRIAS

                 Sinovite/ Capsulite

 Inflamação dos tecidos sinoviais / ligamento capsular

 impossível de diferenciar clinicamente

 dor à palpação lateral da ATM (até mesmo no repouso)

 etiologia: trauma com boca aberta, alongamento do ligamento
  capsular (capsulite)

 inflamação de tecidos adjacentes




                                                    Okeson J. P., 2000
DESORDENS INFLAMATÓRIAS
                            Retrodiscite

 inflamação dos tecidos retrodiscais

 dor constante / surda

 aumentada pelo apertamento dos dentes

 pode ocorrer inchaço pelo exsudato inflamatório

 côndilo para frente e para baixo

 desoclusão posterior

 etiologia: trauma de boca aberta (mento) – força o côndilo posteriormente
   contra os tecidos retrodiscais


                                                         Okeson J. P., 2000
DESORDENS INFLAMATÓRIAS
        Retrodiscite
DESORDENS INFLAMATÓRIAS
  Artrite/ doença articular
UFMS/NHU
         degenerativa
 Ateracões ósseas destrutivas
 Sobrecarga articular contínua
 Osteoartrite (mais comum)
 Osso subarticular começa a se reabsorver
 Perfurações de disco
 Articulação do côndilo diretamente na fossa
 Redução da carga – a condição artrítica torna-se
  adaptativa (osteoartrose)
                                               Freitas, 2006
Artrite/ doença articular degenerativa




     Bilateral          Mordida aberta anterior
Erosão                             Osteófito




Erosão e Osteófito        Desgaste e aplainamento condilar
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
  Doença articular degenerativa
CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs
                   Neoplasias

Extremamente raras
Causam: assimetria facial, limitação dos mov. Mandibulares
 e dor


Tumores benignos: osteocondroma, osteoma e condroma


Tumores malignos: condrossarcoma, fibrossarcoma sinovial,
osteossarcoma e histiocimtoma
                                                Freitas, 2006
TRATAMENTO CONSERVADOR
 Dieta (redução de carga)
 UFMS/NHU
 Terapia oclusal reversível (placas oclusais lisas, placas de
   reposicionamento anterior)
 Terapia oclusal irreversível (desgaste seletivos dos dentes,
   ortodontia, reabilitação protética)
 Terapias de relaxamento (stress)
 Termoterapia (Calor)
 Fisioterapia (exercícios)
 Terapia farmacológica (analgésicos, AINE’s, relaxantes
   musculares, ansiolíticos)
                                                 Okeson J. P., 2000
TRATAMENTO CONSERVADOR
 Deslocamento anterior de disco com redução
   Placas de reposicionamento anterior (8 a 10 semanas – noite)
   AINES e analgésico (S/N) – Termoterapia

Objetivos:
   Recaptura do disco ? (adaptação dos tecidos retrodiscais)
   Redução dos sintomas dolorosos (côndilo se afasta dos tecidos R.D)
   Reduzir os ruídos articulares (nem sempre)




                                                        Okeson J. P., 2000
TRATAMENTO CONSERVADOR
Deslocamento anterior de disco com redução

Deslocamento anterior   Placa de reposicionamento
                                                    Adaptação dos T.R.D
                                 anterior




                                                        Okeson J. P., 2000
TRATAMENTO CONSERVADOR
    Deslocamento anterior de disco sem redução
D.A.D sem redução agudo (até 1 semana): Closed Lock

    Tecidos articulares saudáveis (lâmina retrodiscal superior)
    Primeira tentativa: pedir para o paciente tentar reduzir sem ajuda
    Movimentos mandibulares (lateralidade oposta) – várias vezes

Falha na primeira tentativa – Manipulação manual

    O polegar é colocado sobre o segundo molar do paciente
    Demais dedos são colocados na base da mandíbula numa posição
     mais anterior
    Polegar – força para baixo
    Outros dedos – força para cima                       Okeson J. P., 2000
    Outra mão apoia a cabeça do paciente do lado afetado
TRATAMENTO CONSERVADOR
 Deslocamento anterior de disco sem redução




AINES e analgésico
Após: placa de posicionamento anterior (evitar redeslocamento do disco)
                                                          Okeson J. P., 2000
TRATAMENTO INVASIVO
UFMS/NHU
  Artrocentese (D.A.D. com e sem Redução, limitação
  de abertura bucal de origem articular, dor articular)
  Artroscopia
  Injeções (Hialuronato de sódio, corticóides)
  Artrotomia – cirurgia aberta (discopexia, discectomia)
  Condilectomia (anquilose)
  Eminectomia (luxação recidivante)
  Cirurgia ortognática


                                                  Yoda et al, 2002
Ácido Hialurônico (Hialuronato de Sódio)

   Mucopolissacarídeo – alto peso molecular


   Altas concentrações no líquido Sinovial

   Diminui com o envelhecimento:


   Articulações tornam-se mais rígidas
   Pele torna-se ressecada e enrugada


   Pode ser utilizado após artrocentese
   Vantagem: iniciar uma fisioterpia mais eficiente


   HS x Corticóides (efeitos mais adversos)
ARTROCENTESE
    UFMS/NHU




                               Espaço articular superior
linha tragus - canto do olho

Marcação 1: 10mm/ 0,5mm
Marcação 2: 20mm/ 1 mm
                                   Nitzan et al., 1991
ARTROCENTESE
UFMS/NHU




                      Agulhas 40x12
            Lavagem com 250 ml de Ringer Lactato
                   Sob pressão contínua



                                                   Nitzan et al., 1991
ARTROCENTESE
ARTROSCOPIA
          Hallazgos artroscópicos en un caso de disco
                 articular adherido de la ATM
    Arthroscopic findings in a fixed disc case of the TMJ

R. Martín-Granizo López1, J. Giner Díaz2, J.J. Sánchez Gutiérrez1




    CM: Cápsula medial
    BP: Banda posterior
                                  Rev Esp Cir Oral y Maxilofac 2005;27,6
                                 (Noviembre-Diciembre):344-350 © 2005
ARTROSCOPIA
UFMS/NHU




                 Rev Esp Cir Oral y Maxilofac 2005;27,6
                (Noviembre-Diciembre):344-350 © 2005
LUXAÇÃO RECIDIVANTE
              EMINECTOMIA
UFMS/NHU
LUXAÇÃO RECIDIVANTE
              EMINECTOMIA
UFMS/NHU
ANQUILOSE
           CONDILECTOMIA
UFMS/NHU
ANQUILOSE
UFMS/NHU   CONDILECTOMIA
ANQUILOSE
           CONDILECTOMIA
UFMS/NHU
ANQUILOSE
           CONDILECTOMIA
UFMS/NHU
CONDILECTOMIA
UFMS/NHU
Closed lock (MRI fixed disc):a comparison of
               arthrocentesis and arthroscopy
                                J. F. Sanroman
              Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 2004; 33: 344–348.


Objetivo : comparar os resultados clínicos de pacientes com aderências de
  disco tratados por artroscopia ou artrocentecese

Materiais e métodos:
  26 pacientes (6 homens e 20 mulheres)
  16-35 anos (média de 24,3 anos),
   2 anos de acompanhamento
Foram analisadas as seguintes variáveis: dor nas articulações utilizando um
   escala analógica visual, ruídos comuns (cliques, crepidações ou nenhum),
   história de travamento fechado, duração dos sintomas, máxima abertura
   inter- incisal, protrusão máxima e máximo movimento contra-lateral
Materiais e métodos:

- Todos os pacientes foram submetidos a tratamento não-cirúrgico que
consistiu em dieta leve, antiinflamatórios, fisioterapia e controle do
bruxismo quando presente utilizando-se placa de mordida plana

- Os pacientes foram reavaliados clinicamente após 4-6 meses de
tratamento não-cirúrgico

- Apenas dois pacientes recuperaram função normal ATM com uma
normalização da máxima abertura inter-incisal após tratamento não-
cirúrgico

- 16 pacientes foram submetidos a artroscopia
- 8 artrocentese


                                                      Sanroman J. F., 2004
Materiais e métodos:



- No procedimento de artroscopia, pacientes foram submetidos à
exploração cuidadosa e lise das aderências




- No procedimento de artrocentese duas agulhas foram introduzidas e o
conjunto foi irrigado com 200 ml de Ringer com lactato em solução. Após
a conclusão, 5 ml de hialuronato de sódio (10 mg / ml)




                                                         Sanroman J. F., 2004
Resultados:
Artroscopia X Artrocentese – Resultados semelhantes

redução significativa da dor, aumento da abertura inter-incisal máxima,
aumento dos movimentos lateralidade contralateral e protrusão
 Durante os 24 meses – sem alterações significantes


Conclusão:
Tanto artrocentese quanto artroscopia parecem ser úteis para tratamento
de pacientes que apresentam aderências de disco

Neste estudo o tratamento não-cirúrgico falhou a dar bons resultados em
pacientes



                                                      Sanroman J. F., 2004
Objetivo: Comparar o resultado clínico entre
a artroscopia e a cirurgia aberta no tratamento
de desarranjos internos da ATM

 Materiais e métodos: O estudo foi realizado
 em dois centros (Paris e Beirute)

 - 62 pacientes do gênero feminino (35,1 anos)
 - 28 artroscopia e 34 tiveram cirurgia aberta
 - Escala analógica Visual para avaliar a dor
 - Foram acompanhadas por 12 meses
 - Foi utilizado o teste do Qui-quadrado para
 observar a diferença significativa entre os
 grupos.


                       Hobeiche J. et al., 2008
Table 3. Frequency distribution of pre- and post operative chewing, mouth
          opening, clicking, and joint stiffness pain among the studied population.




Resultados
Conclusão

Conclusão: Cirurgia artroscópica é um método seguro,
efetivo e poucamente invasivo para o tratamento de
desarranjos internos da ATM, redução de dor, e
aumento da extensão do movimento mandibular em
aproximadamente 80% dos pacientes.


     No entanto, é necessário uma amostra de
     tamanho maior de pacientes masculinos e
     femininos por um longo período de tempo
       comparando ambas as modalidades de
                   tratamento.


                                                       Hobeiche J. et al., 2008
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DTM: Patologia articulares

  • 1. DTM: Patologias articulares Dr Gustavo Marques Tondin Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial & Implantes Curitiba – Pr gustavotondin@hotmail.com
  • 2. Dr Gustavo Marques Tondin Sinonímia  Disfunção de ATM;  Síndrome de Costen;  Síndrome da Articulação Temporomandibular;  Disfunção Mandibular;  Síndrome da Dor e Disfunção Miofascial;  Desordens Temporomandibulares;  Desordens Craniomandibulares  Disfunção Craniomandibular  Disfunção Temporomandibular (DTM)
  • 3. Dr Gustavo Marques Tondin Definição “conjunto de manifestações clinicas de má função mandibular, associadas ou não a dor, que são geradas por agentes agressores à integridade morfológica ou funcional do sistema temporomandibular” (Korff, 1995) “Conjunto de transtornos articulares , musculares, e das estruturas associadas com a ATM” (Macneill, 1993)
  • 4. Dr Gustavo Marques Tondin Histórico  Costen – 1934 (11 casos de otalgias, sugeriu para os dentistas que mudanças nas condições dentais eram responsáveis pelos sintomas)  Estudos científicos (década de 50): a oclusão poderia influenciar na função da musculatura mastigatória – confirmados com EMG  Moyer, 1950; Ramfjord, 1956: maloclusão como fator etiológico  Sarnat, 1951: desarmonia oclusal e estresse emocional  Farrar, 1979: etiologia das dores e das DTMs eram provenientes de fontes intracapsulares  Pullinger et al., 1993: deduziram que os fatores oclusais, ao contrário, desempenhavam pouco ou nenhum papel
  • 5. Dr Gustavo Marques Tondin Epidemiologia  64 a 71% (Egermark, 1981)  Prevalência de DTMs – 39 a 48% (Pullinger, 1988)  70% mulheres (fatores hormonais)  Solberg et al. em 1979 estudaram 739 estudantes americanos - 18 a 25 anos - responderam a um questionário e submetidos ex. Clínico - Sinais de DTMs em 76% (ex. clínico) - apenas 26% relataram ter sintomas (questionário) - 50% apresentaram sinais que não foram relatados como sintomas (sinais subclínicos) - 10% procuraram tto (DTMs graves)
  • 6. Dr Gustavo Marques Tondin CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS ATM  Uma das mais complexas articulações do corpo  Articulação composta ( mandíbula, temporal, disco)  Movimento de dobradiça  articulação ginglimoidal  Movimentos de deslize  articulação artroidal ARTICULAÇÃO GINGLIMO ARTROIDAL / SINOVIAL Okeson J. P., 2000
  • 7. Dr Gustavo Marques Tondin Cartilagem Anatomia Articular Espaço Articular Líquido Sinovial Membrana Sinovial Cápsula Articular
  • 8. CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS Dr Gustavo Marques Tondin disco articular  Bilaminar bicôncavo  TCF denso  Destituído de vasos sanguíneos e fibras nervosas PLANO SAGITAL - Zona intermediária (área central) fig 1-12 - Borda anterior - Borda posterior (espessa) PLANO FRONTAL - Polo lateral fig 1-13 - Polo medial (espesso) Okeson J. P., 2000
  • 9. Dr Gustavo Marques Tondin CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS
  • 10. CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS UFMS/NHU LIGAMENTOS (5) Agentes limitadores de movimentos Funcionais 1- Colaterais (discais) 2- Capsular 3- Temporomandibular Acessórios 4- Esfenomandibular 5- Estilomandibular Okeson J. P., 2000
  • 11. Histologia das Superfícies articulares SUPERFÍCIES DO CÔNDILO E DA FOSSA MANDIBULAR CAMADAS OU ZONAS 1- Zona articular (mais externa, TCFD) Fig 1-15 2- Zona proliferativa (céls. Mesenquimais indiferenciadas, prolif. Cartilagem) 3- Zona fibrocartilaginosa ( oferece resistência contra forças compressivas) 4- Zona calcificada (condrócitos e condroblastos – remodelação sup. art.) Okeson J. P., 2000
  • 12. Etiologia das DTMs Fatores oclusais - mordida aberta anterior esquelética - discrepância entre RC e MIH > 2mm - overjet > 4mm - 5 ou mais dentes perdidos e não substituídos Traumas Fatores sistêmicos (estresse emocional) Fatores de estímulo de dor intensa Bruxismo e apertamento Parafunções Instabilidade ortopédica Pullinger et al., 1993
  • 13. Instabilidade ortopédica Quando a posição de intercuspidação estável dos dentes está em desarmonia com a posição músculo-esqueletal estável dos côndilos MIH ATM E: relação estável com a fossa ATM D: instável (inferior) > 2mm ATM D procura uma P.M.E. Superiormente: mm’s Desordens côndilo-disco
  • 14. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Group I: Muscle disorders I.a. Myofascial pain I.b. Myofascial pain with limitations in aperture Group II: Disc displacement II.a. Disc displacement with reduction II.b. Disc displacement without reduction and no limitations in aperture II.c. Disc displacement without reduction and with limitations in aperture Group III: Arthralgia, arthritis, arthrosis III.a. Arthralgia III.b. Osteoarthritis of the TMJ III.c. Osteoarthrosis of the TMJ RDC/TMD Dworkin and Le Resche, 1992
  • 15. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Deslocamento de disco articular (anterior com ou sem redução) Open Lock/ Closed Lock Aderências de disco Subluxação/ Luxação Anquilose temporomandibular Desordens inflamatórias ATM Neoplasias
  • 16. DIAGNÓSTICO Exame clinico Exames complementares Radiografia panorâmica Radiografia transcraniana Tomografia computadorizada IRM Okeson J. P., 2000
  • 17. Desenvolvimento dos Distúrbios Funcionais do Sistema Mastigatório Fatores oclusais Traumas Fatores sistêmicos (estresse emocional) Eventos Fatores de estímulo de dor intensa Hiperatividade muscular Parafunções Instabilidade ortopédica SINTOMAS FUNÇÃO + UM TOLERÂNCIA > FISIOLÓGICA = DTMs NORMAL EVENTO Okeson J. P., 2000
  • 18. Fisiopatologia das DTMs Líquido Sinovial {Fosfolipidio ativo + àc. Hialurônico} - biofilme Sobrecarga Inflamação  Fosfolipasae A2 (degrada o fosfolipídeo ativo) Nitzan, D. W. J Oral Maxillofac Nitzan, D.2001; 59: 36-45 Surg. W. J Oral Maxillofac Surg. 2001; 59: 36-45
  • 19. Sinais e sintomas das DTMs dor à palpação (músculos e ATMs) limitação de abertura bucal/ desvios hipermobilidade das ATMs sons de estalidos ou crepitação desgaste dental/ mobilidade dentária dor de ouvido/ cabeça zumbido (som de campainha) vertigem (tontura) Okeson J. P., 2000
  • 20. Articulação saudável Quando as superfícies do côndilo, disco e fossa mandibular são suaves e permitem um fácil movimento, sem atrito O que mantém o disco autoposicionado no côndilo? - Morfologia (bordas ant. e post. mais espessas) - Pressão interarticular (mantém o côndilo na ZI mais fina) - Ligamentos discais, capsular, lâminas retrodiscais saudáveis - M. pterigóideo lateral superior Abertura e fechamento: - Quando a boca se abre, o côndilo se move para a frente (m.p.l), a lâmina RD superior se torna mais rígida, rotacionando o disco posteriormente durante a translação condilar - No fechamento, contração do mm’s elevadores Okeson J. P., 2000
  • 21. Articulação saudável Okeson J. P., 2000
  • 23. DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO COM REDUÇÃO  Alongamento dos ligamentos discais  Lâmina retrodiscal inferior  Afinamento da borda posterior do disco  Côndilo em contato com a B.P. do disco na eminência (repouso) - O disco é posicionado anteriormente pela ação do m.p.l. superior Características clínicas: - Limitação de abertura - Desvio - Estalido (captura- redução) Okeson J. P., 2000
  • 24. DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO COM REDUÇÃO Estalido Okeson J. P., 2000
  • 25. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Deslocamento anterior de disco com redução UFMS/NHU
  • 26. DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO SEM REDUÇÃO  Alongamento dos ligamentos discais  Lâmina retrodiscal inferior  Afinamento da borda posterior do disco  Côndilo em contato com a B.P. do disco na eminência (repouso) - O disco é posicionado anteriormente pela ação do m.p.l. Superior Perda da elasticidade da lâmina retrodiscal superior (dificulta a recaptura) Características clínicas: - Abertura de 25 a 30 mm - Deflexão em abertura (lado afetado) - Normalmente dor - Não apresenta estalido Okeson J. P., 2000
  • 27. DESLOCAMENTO ANTERIOR DE DISCO SEM REDUÇÃO Closed lock: a posição do disco não permite a translação total do côndilo Okeson J. P., 2000
  • 28. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Deslocamento anterior de disco sem redução
  • 29. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Open - lock Incapacidade de fechamento bucal  Geralmente assintomático Posicionamento posterior do disco  Côndilo abaixo da E.A. Etiologia : Sobrecarga e fricção aumentada entre o disco e fossa D.D. – Luxação recidivante Tracy Hampton, 2008
  • 30. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Aderências de disco Líquido sinovial (nutrição, lubrificação, suavização) Lubrificação insuficiente Aderências entre as superfícies (fossa, eminência, côndilo) Aderência: colagem temporária Adesão: colagem permanente Anquilose Sensação de aspereza e crepitação Endurecimento articular Okeson J. P., 2000
  • 31. Aderências de disco Aderência permanente entre o disco e a fossa num deslocamento posterior de disco Okeson J. P., 2000
  • 32. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Subluxação  hipermobilidade  a rotação posterior máxima do disco ocorre antes da translação máxima do côndilo – salto súbito para a posição de abertura máxima  sem estalido  abertura – pausa - salto súbito  ruído surdo no complexo côndilo-disco  depressão pré-auricular notável Okeson J. P., 2000
  • 33. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Luxação Hiperextensão do mov. condilar Translado condilar a frente da eminência  Disco (anterior ou posterior?) Unilateral ou bilateral Redução (manobra de Nelaton) Freitas, 2006
  • 34. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Anquilose temporomandibular  Processo de fusão das superficies articulares  Amplitude muito pequena de movimento  Uni ou bilateral  Etiologia: adesão fibrosa, traumas, cirurgias da ATM e infecção prévia  Hemartrose - Tecido fibroso – Tecido ósseo Peterson et al., 1998
  • 35. DESORDENS INFLAMATÓRIAS Sinovite/ Capsulite  Inflamação dos tecidos sinoviais / ligamento capsular  impossível de diferenciar clinicamente  dor à palpação lateral da ATM (até mesmo no repouso)  etiologia: trauma com boca aberta, alongamento do ligamento capsular (capsulite)  inflamação de tecidos adjacentes Okeson J. P., 2000
  • 36. DESORDENS INFLAMATÓRIAS Retrodiscite  inflamação dos tecidos retrodiscais  dor constante / surda  aumentada pelo apertamento dos dentes  pode ocorrer inchaço pelo exsudato inflamatório  côndilo para frente e para baixo  desoclusão posterior  etiologia: trauma de boca aberta (mento) – força o côndilo posteriormente contra os tecidos retrodiscais Okeson J. P., 2000
  • 37. DESORDENS INFLAMATÓRIAS Retrodiscite
  • 38. DESORDENS INFLAMATÓRIAS Artrite/ doença articular UFMS/NHU degenerativa  Ateracões ósseas destrutivas  Sobrecarga articular contínua  Osteoartrite (mais comum)  Osso subarticular começa a se reabsorver  Perfurações de disco  Articulação do côndilo diretamente na fossa  Redução da carga – a condição artrítica torna-se adaptativa (osteoartrose) Freitas, 2006
  • 39. Artrite/ doença articular degenerativa Bilateral Mordida aberta anterior
  • 40. Erosão Osteófito Erosão e Osteófito Desgaste e aplainamento condilar
  • 41. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Doença articular degenerativa
  • 42. CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs Neoplasias Extremamente raras Causam: assimetria facial, limitação dos mov. Mandibulares e dor Tumores benignos: osteocondroma, osteoma e condroma Tumores malignos: condrossarcoma, fibrossarcoma sinovial, osteossarcoma e histiocimtoma Freitas, 2006
  • 43. TRATAMENTO CONSERVADOR  Dieta (redução de carga) UFMS/NHU  Terapia oclusal reversível (placas oclusais lisas, placas de reposicionamento anterior)  Terapia oclusal irreversível (desgaste seletivos dos dentes, ortodontia, reabilitação protética)  Terapias de relaxamento (stress)  Termoterapia (Calor)  Fisioterapia (exercícios)  Terapia farmacológica (analgésicos, AINE’s, relaxantes musculares, ansiolíticos) Okeson J. P., 2000
  • 44. TRATAMENTO CONSERVADOR Deslocamento anterior de disco com redução Placas de reposicionamento anterior (8 a 10 semanas – noite) AINES e analgésico (S/N) – Termoterapia Objetivos: Recaptura do disco ? (adaptação dos tecidos retrodiscais) Redução dos sintomas dolorosos (côndilo se afasta dos tecidos R.D) Reduzir os ruídos articulares (nem sempre) Okeson J. P., 2000
  • 45. TRATAMENTO CONSERVADOR Deslocamento anterior de disco com redução Deslocamento anterior Placa de reposicionamento Adaptação dos T.R.D anterior Okeson J. P., 2000
  • 46. TRATAMENTO CONSERVADOR Deslocamento anterior de disco sem redução D.A.D sem redução agudo (até 1 semana): Closed Lock Tecidos articulares saudáveis (lâmina retrodiscal superior) Primeira tentativa: pedir para o paciente tentar reduzir sem ajuda Movimentos mandibulares (lateralidade oposta) – várias vezes Falha na primeira tentativa – Manipulação manual  O polegar é colocado sobre o segundo molar do paciente  Demais dedos são colocados na base da mandíbula numa posição mais anterior  Polegar – força para baixo  Outros dedos – força para cima Okeson J. P., 2000  Outra mão apoia a cabeça do paciente do lado afetado
  • 47. TRATAMENTO CONSERVADOR Deslocamento anterior de disco sem redução AINES e analgésico Após: placa de posicionamento anterior (evitar redeslocamento do disco) Okeson J. P., 2000
  • 48. TRATAMENTO INVASIVO UFMS/NHU  Artrocentese (D.A.D. com e sem Redução, limitação de abertura bucal de origem articular, dor articular)  Artroscopia  Injeções (Hialuronato de sódio, corticóides)  Artrotomia – cirurgia aberta (discopexia, discectomia)  Condilectomia (anquilose)  Eminectomia (luxação recidivante)  Cirurgia ortognática Yoda et al, 2002
  • 49. Ácido Hialurônico (Hialuronato de Sódio)  Mucopolissacarídeo – alto peso molecular  Altas concentrações no líquido Sinovial  Diminui com o envelhecimento:  Articulações tornam-se mais rígidas  Pele torna-se ressecada e enrugada  Pode ser utilizado após artrocentese  Vantagem: iniciar uma fisioterpia mais eficiente  HS x Corticóides (efeitos mais adversos)
  • 50. ARTROCENTESE UFMS/NHU Espaço articular superior linha tragus - canto do olho Marcação 1: 10mm/ 0,5mm Marcação 2: 20mm/ 1 mm Nitzan et al., 1991
  • 51. ARTROCENTESE UFMS/NHU Agulhas 40x12 Lavagem com 250 ml de Ringer Lactato Sob pressão contínua Nitzan et al., 1991
  • 53. ARTROSCOPIA Hallazgos artroscópicos en un caso de disco articular adherido de la ATM Arthroscopic findings in a fixed disc case of the TMJ R. Martín-Granizo López1, J. Giner Díaz2, J.J. Sánchez Gutiérrez1 CM: Cápsula medial BP: Banda posterior Rev Esp Cir Oral y Maxilofac 2005;27,6 (Noviembre-Diciembre):344-350 © 2005
  • 54. ARTROSCOPIA UFMS/NHU Rev Esp Cir Oral y Maxilofac 2005;27,6 (Noviembre-Diciembre):344-350 © 2005
  • 55. LUXAÇÃO RECIDIVANTE EMINECTOMIA UFMS/NHU
  • 56. LUXAÇÃO RECIDIVANTE EMINECTOMIA UFMS/NHU
  • 57. ANQUILOSE CONDILECTOMIA UFMS/NHU
  • 58. ANQUILOSE UFMS/NHU CONDILECTOMIA
  • 59. ANQUILOSE CONDILECTOMIA UFMS/NHU
  • 60. ANQUILOSE CONDILECTOMIA UFMS/NHU
  • 62. Closed lock (MRI fixed disc):a comparison of arthrocentesis and arthroscopy J. F. Sanroman Int. J. Oral Maxillofac. Surg. 2004; 33: 344–348. Objetivo : comparar os resultados clínicos de pacientes com aderências de disco tratados por artroscopia ou artrocentecese Materiais e métodos: 26 pacientes (6 homens e 20 mulheres) 16-35 anos (média de 24,3 anos), 2 anos de acompanhamento Foram analisadas as seguintes variáveis: dor nas articulações utilizando um escala analógica visual, ruídos comuns (cliques, crepidações ou nenhum), história de travamento fechado, duração dos sintomas, máxima abertura inter- incisal, protrusão máxima e máximo movimento contra-lateral
  • 63. Materiais e métodos: - Todos os pacientes foram submetidos a tratamento não-cirúrgico que consistiu em dieta leve, antiinflamatórios, fisioterapia e controle do bruxismo quando presente utilizando-se placa de mordida plana - Os pacientes foram reavaliados clinicamente após 4-6 meses de tratamento não-cirúrgico - Apenas dois pacientes recuperaram função normal ATM com uma normalização da máxima abertura inter-incisal após tratamento não- cirúrgico - 16 pacientes foram submetidos a artroscopia - 8 artrocentese Sanroman J. F., 2004
  • 64. Materiais e métodos: - No procedimento de artroscopia, pacientes foram submetidos à exploração cuidadosa e lise das aderências - No procedimento de artrocentese duas agulhas foram introduzidas e o conjunto foi irrigado com 200 ml de Ringer com lactato em solução. Após a conclusão, 5 ml de hialuronato de sódio (10 mg / ml) Sanroman J. F., 2004
  • 65. Resultados: Artroscopia X Artrocentese – Resultados semelhantes redução significativa da dor, aumento da abertura inter-incisal máxima, aumento dos movimentos lateralidade contralateral e protrusão Durante os 24 meses – sem alterações significantes Conclusão: Tanto artrocentese quanto artroscopia parecem ser úteis para tratamento de pacientes que apresentam aderências de disco Neste estudo o tratamento não-cirúrgico falhou a dar bons resultados em pacientes Sanroman J. F., 2004
  • 66. Objetivo: Comparar o resultado clínico entre a artroscopia e a cirurgia aberta no tratamento de desarranjos internos da ATM Materiais e métodos: O estudo foi realizado em dois centros (Paris e Beirute) - 62 pacientes do gênero feminino (35,1 anos) - 28 artroscopia e 34 tiveram cirurgia aberta - Escala analógica Visual para avaliar a dor - Foram acompanhadas por 12 meses - Foi utilizado o teste do Qui-quadrado para observar a diferença significativa entre os grupos. Hobeiche J. et al., 2008
  • 67.
  • 68. Table 3. Frequency distribution of pre- and post operative chewing, mouth opening, clicking, and joint stiffness pain among the studied population. Resultados
  • 69. Conclusão Conclusão: Cirurgia artroscópica é um método seguro, efetivo e poucamente invasivo para o tratamento de desarranjos internos da ATM, redução de dor, e aumento da extensão do movimento mandibular em aproximadamente 80% dos pacientes. No entanto, é necessário uma amostra de tamanho maior de pacientes masculinos e femininos por um longo período de tempo comparando ambas as modalidades de tratamento. Hobeiche J. et al., 2008

Notas do Editor

  1. DTM refere-se a um termogenérico, subdivididoemvariaspatologias.Conceitomaisamplo: ausencia de normalidade nosistemamastigatório, de etiologiamultifatorial.Anormalidadesmusculoesqueleticas
  2. ligamentosO ligamento temporomandibular localiza-se na parte externa do ligamento capsular, sendo considerado algumas vezes como um espaçamento da mesma. Pode ser dividido em duas partes; uma oblíqua e outra horizontal. O ligamento oblíquo une o tubérculo articular e o processo zigomático a borda posterior do colo do côndilo limitando o grau de rotação do mesmo. Após aproximadamente 28mm de rotação mandibular, este ligamento fica tenso, e a mandíbula é impedida de continuar a rotacionar sem que ocorra um deslocamento para anterior, evitando assim a compressão de estruturas nobres do pescoço.O ligamento horizontal liga-se anteriormente também no tubérculo articular e processo zigomático, e posteriormente na superfície lateral do côndilo e borda lateral da cartilagem. Esse ligamento limita o deslocamento posterior do côndilo, evitando assim a compressão da zona retrodiscal altamente vascularizada e inervada. A resistência desse ligamento pode ser demonstrada efetivamente nos casos de trauma na região mentoniana, nessas circunstâncias ocorre a fratura no colo do côndilo evitando que o mesmo invada fossa craniana.
  3. Taking this classification as reference, Samuel Dworkin and Linda LeResche (2) proposed a newsystem known as the Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD), with the aim of establishing standardized criteria for research, based on the available knowledge on TMJ pathology (Table 1).
  4. Apesar do uso da radiação ionizante, a tomografia computadorizada (TC) pode fornecer informações importantes quando se necessita de detalhes de toda a anatomia óssea. Apresenta, adicionalmente, a vantagem das reconstruções tridimensionais, que são úteis na avaliação das deformidades ósseas(4). Os protocolos utilizados para a obtenção das seqüências de imagens da ATM ponderadas em T1 (sagitais, em boca fechada e aberta, com cortes de 2 mm de espessura) e em densidade de prótons (coronais, em boca fechada, com cortes de 2 mm de espessura) estão descritos na Tabela 1 (adaptado de Katzberg e Westesson(11)). As seqüências de imagens ponderadas em T1 são utilizadas rotineiramente(7,8,11), fornecendo excelente detalhamento anatômico. As seqüências de imagens ponderadas em densidade de prótons também fazem parte do protocolo de rotina, uma vez que apresentam boa resolução espacial nas lesões do disco articular, além de ser excelente opção na individualização dos deslocamentos discais lateral e medial. As imagens ponderadas em T2, no entanto, fornecem pobre detalhe anatômico, sendo indicadas quando se deseja acentuar a efusão articular e o edema na medula óssea(11). A aquisição adicional das seqüências de imagens ponderadas em T2 é realizada em pequeno número de situações clínicas, como em casos pós-traumatismo ou tumefação na região periauricular(21). Segundo Pieruci et al.(21), apesar de as imagens ponderadas em T2 permitirem uma melhor apreciação do estado do disco articular e da presença de líquido intra-articular ou de aderências, estas informações têm hoje pequeno valor no momento da decisão terapêutica.
  5. Tolerânciafisiológica das estruturas do sistemamastigatórioLimitefuncional
  6. Teoria mais aceita: Entre o disco articular e a fossa mandibular (espaço supra-discal), encontra-se o liquido sinovial, que segundo Nitzan é um biofilme constituiido de Acido hialuronico e fosfolipideos para facilitar o deslizamento (reduzir o atrito) entre o disco e a fossa mandibular.Uma sobrecarga na articulação (aumento da pressão interarticular) gera uma inflamação, induzindo a liberação de fosfolipase A2,a qual degrada o fosfolipideo ativo, resultando num aumento do atrito entre o disco e a fossa mandibular, criando aderencias, deslocamentos de Disco e ate mesmo pode levar a uma degeneração articular.Supra: 1,5 a 2,0 mlInfra: 0,5 a 1 ml
  7. Closed lock (disc displacement without reduction) occurs when clicking noises disappear but limited opening persists. The patient complains of TMJ pain and chronic limited opening, with the opening usually less than 30 mm. Examination will reveal preauricular tenderness and deviation of the mandible to the affected side with mouth opening and protrusive movements. TMJ pain may accompany border movement. Interestingly, arthrocentesis and arthroscopic surgery have documented consistently high success rates in relieving this particular pattern of internal derangement.9Arthrographic examination and magnetic resonance imaging show anterior disc displacement in both centric occlusion and maximal mouth open positions. Limited condylar translation may also be evident. In chronic closed lock episodes, if the condition progresses, the condyle may steadily push the disc forward to achieve almost normal ranges of mouth opening, in spite of the presence of a non-reducing disc.
  8. 25 a 35% dapopulaçãopossuemruídosarticularesassintomáticosO fato de reduzirosruidos art. Nãosiginificaque a ATM estátratadaO condilo se articulanostecidosretrodiscaisrecentementeadaptados, (respostafibrótica dos tecidos RD)Apesar de o disco aindaestardeslocadoanteriormente!!!!!!!Se o uso for de 24 hs, pode-se criarumamordidaaberta posterior!!!!Se apos a terapia com placa o pacientesentirdor – tem instabilidadeortopedica – uso de placa o. lisa, paraO condiloretornar à suaposiçãomusculo-esqueletalestável!!! Além de terapiaoclusal!!!Exercíciosnãosãouteis – cansam a articulação
  9. Geral/e disco deslocadoanteromedial – lateralidadepararecapturar
  10. Cartilagem auricular/retalhos temporais (artrotomia)INTRODUÇÃO A artrocentese da articulação temporomandibular consiste na lavagem do espaço articular superior da ATM, realizada sem a visão direta do mesmo, com a finalidade primária de limpar a articulação dos tecidos necrosados, sangue e mediadores da dor (Barkin, Weinberg, 2000).A artrocentese da ATM foi primeiro descrito por Nitzan et al. (1991) como sendo a forma mais simples de intervenção cirúrgica da articulação temporomandibular, com objetivo de liberar o disco articular e romper as adesões formadas entre as superfícies do mesmo e a fossa mandibular, através da pressão hidráulica criada pela irrigação do compartimento superior da ATM.Dentre os procedimentos cirúrgicos da ATM, a artrocentese apresenta mínima morbidade, pouco risco de complicações e baixo custo em relação a outros procedimentos cirúrgicos e pode ser realizada sob anestesia local em nível ambulatorial (Hasson, Levy, 1999; Carvajal, Laskin, 2000; Salazar et al., 2004).As indicações para artrocentese descritas na literatura são: deslocamento do disco articular com redução ou sem redução, limitação da abertura bucal de origem articular, dor articular e outros desarranjos internos da articulação (Nitzan, 1991; Frost, Kendell, 1999; Trieger et al., 1999; Yoda et al., 2002).A aplicação clínica da artrocentese na articulação temporomandibular consiste em um procedimento novo dentre as opções cirúrgicas de tratamento das disfunções articulares. A necessidade de novos trabalhos mostrando evidências da sua indicação, taxa de sucesso e complicações decorrentes deste procedimento é de extrema importância.Neste trabalho tem-se por objetivo apresentar uma série de casos que foram submetidos à artrocentese, avaliando os resultados, bem como uma revisão da literatura.
  11. O procedimento foi realizado sob anestesia local e sedação. A técnica cirúrgica seguia a mesma descrita por Nitzan et al., 1991. Foi delimitada uma linha tragus - canto do olho e a primeira marcação a 10mm do tragus e 0,5mm abaixo da linha traçada. O segundo ponto foi marcado a 20mm do tragus e 1mm abaixo da linha. Foi colocada uma agulha 40x12 em cada ponto e irrigado a articulação com 250ml de soro fisiológico sob pressão contínua A artrocentese da articulação temporomandibular consiste na lavagem do espaço articular superior da ATM, realizada sem a visão direta do mesmo, com a finalidade primária de limpar a articulação dos tecidos necrosados, sangue e mediadores da dor (Barkin, Weinberg, 2000).A artrocentese da ATM foi primeiro descrito por Nitzan et al. (1991) como sendo a forma mais simples de intervenção cirúrgica da articulação temporomandibular, com objetivo de liberar o disco articular e romper as adesões formadas entre as superfícies do mesmo e a fossa mandibular, através da pressão hidráulica criada pela irrigação do compartimento superior da ATM.Dentre os procedimentos cirúrgicos da ATM, a artrocentese apresenta mínima morbidade, pouco risco de complicações e baixo custo em relação a outros procedimentos cirúrgicos e pode ser realizada sob anestesia local em nível ambulatorial (Hasson, Levy, 1999; Carvajal, Laskin, 2000; Salazar et al., 2004).As indicações para artrocentese descritas na literatura são: deslocamento do disco articular com redução ou sem redução, limitação da abertura bucal de origem articular, dor articular e outros desarranjos internos da articulação (Nitzan, 1991; Frost, Kendell, 1999; Trieger et al., 1999; Yoda et al., 2002).A aplicação clínica da artrocentese na articulação temporomandibular consiste em um procedimento novo dentre as opções cirúrgicas de tratamento das disfunções articulares. A necessidade de novos trabalhos mostrando evidências da sua indicação, taxa de sucesso e complicações decorrentes deste procedimento é de extrema importância.Neste trabalho tem-se por objetivo apresentar uma série de casos que foram submetidos à artrocentese, avaliando os resultados, bem como uma revisão da literatura.
  12. Figure 3. Arthroscopic image of the posterior recess of the upper compartmentof right TMJ. The articular disc (D) appears positioned correctlywith regard to the joint eminence (E) with 100% roofing (union of thearticular disc with the posterior band (BP) behind the midline of theeminence (P=posterior, A=anterior, CM=medial capsule).Figure 4. Arthroscopic image of intermediate portion of the superiorjoint space. An erythematous area (arrow) measuring 10 mm2 in thesynovial tissue covering the medial portion of the temporal eminenceof the TMJ can be appreciated. The hypothesis is that the lesionhas been produced by the disc being released when the arthroscopewas introduced to carry out joint lavage (P=posterior; A=anterior; D=disc; E = joint eminence).
  13. Figura 5. Al avanzar hacia delante y hacia medial se aprecia unapequeña adherencia (flecha) colocada entre la porción media deldisco articular y la eminencia. Estas adherencias son extremadamenteraras en estalocalización.Figure 5. On progressing forwards towards the middle a small adhesioncan be appreciated (arrow) between the middle portion of thearticular disc and the eminence. These adherences are extremely rarein this location.Figura 6. Tras una maniobra de lisis directa con el artroscopio serompe la adherencia (flechas pequeñas) observándose una pequeñazona eritematosa remanente en la sinovial del disco articular(flechagrande).Figure 6. After carrying out direct lysis with the arthroscope, the adhesionis broken away (small arrows). The small erythematous area thatremains can be observed in the synovial membrane of the articulardisc (large arrow).
  14. Chewing compromised: mastigação comprometida, Short pain: dor de curta duração, 62 mulheres cobaias foram acompanhadas por 12 meses após a cirurgia. Os níveis de dor pós-operatória nos dois grupos estão apresentados na Tabela 3, figura 2. Baseado na EAV, a porcentagem média de redução de dor para cirurgia aberta foi 47% e 45% para cirurgia artroscópica após 12 meses. Essas reduções na dor foram estatisticamente significantes (p<0,05) no mesmo grupo, mas nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os dois grupos quanto à dor de ATM.32% das pacientes com cirurgia aberta e 26% do grupo da cirurgia artroscópica não tiveram mais ruídos de ATM 1 ano após a cirurgia. Ambos os procedimentos cirúrgicos reduziram significantemente o número de pacientes com estalidos na articulação entre todos os pacientes do estudo. Entretanto, estalido foi significante entre o grupo da artroscopia.Um ano seguinte à cirurgia, o grupo da cirurgia aberta mostrou uma redução de 50% na abertura máxima enquanto que o grupo da artroscopia apresentou uma redução de somente 32%. A dureza do maxilar e dos músculos foi significantemente diferente depois de um ano entre o grupo da cirurgia. Os dois grupos experimentaram o mesmo nível de comprometimento mastigatório.Os procedimentos clínicos de tratamento (artroscopia e cirurgia) podem ser vistos nas figuras 3 e 4.
  15. Há muitos procedimentos cirúrgicos disponíveis para o tratamento de desarranjos internos, ou deslocamento de disco com ou sem redução, perfuração do disco articular ou do disco e/ou superfícies articulares.Cirurgia artroscópica parece ser um método seguro, efetivo e poucamente invasivo para o tratamento de desarranjos internos da ATM, redução de dor, e aumento da extensão do movimento mandibular em aproximadamente 80% dos pacientes. Embora esses resultados sejam animadores, eles são baseados em um estudo retrospectivo e descontrolado.Além da pesquisa, é necessária uma amostra de tamanho maior de cobaias masculinos e femininos por um longo período de tempo comparando ambas as modalidades de tratamento em termos de qualidade de vida melhoradas entre a população estudada.