2. Inovações Centradas no Paciente
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O entendimento que inovar é mudar hábitos clarifica a dificuldade de
inovar. Logo a diretriz da ANVISA no sentido de implementar o
Plano Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) apresenta
desafios bem significativos. Desafios estes que só podem ser
superados desde que a inovação seja alicerçada numa estratégia
viável.
A velocidade com que os usuarios adotam a inovação vai depender da
capacidade técnica dos inovadores em conduzir o processo. E o
fato do PNSP atacar problemas antigos tais como a higienização
das mãos deixa claro a dimensão do problema. Já que para um
programa de segurança do paciente uma vez implementado seja
gerenciável, indicadores de desempenho serão indispensáveis.
Independentemente da introdução de inovações na dinâmica
hospitalar, os profissionais de saúde ficam sob constante assedio
pelo alto volume de interações por um lado e da rotina de transição
nas substituições do comando pela responsabilidade pela atenção
do paciente.
4. Interrupções e Transições – Estudo de Caso
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1) Inovar é mudar hábitos: e isso não é trivial
2) O PNSP caracteriza uma inovação em toda sua complexidade
3) Inovar requer estratégia
4) Inovar com sucesso em pouco tempo requer domínio de técnicas
específicas
5) O PNSP ataca problemas seculares, como a higienização das mãos
6) A eficácia da segurança do paciente depende da
disponibilidade de indicadores de desempenho
7) Transições e Interrupções são variáveis que afetam a segurança do
paciente
5. 1) Inovar é mudar hábitos:
e isso não é trivial
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Estudos consolidados sobre
implementação de inovações comprovam
que mesmo que claramente vantajoso
para uma ampla gama de stakeholders,
mudar hábitos exige, persistência,
competência e prática reconhecidas,
aceitação e convencimento gradual, além
do enfrentamento da disonância cognitiva
(o conflito entre o que se faz e se
acredita), como também da necessária
flexibilidade no ajustamento de papéis,
tecnologias, estruturas e processos.
7. 2) O PNSP caracteriza uma inovação em
toda sua complexidade
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Logo implementar algo novo, é uma condição
dependente da criação de novos hábitos,
alterando o modo usual de atuação,
especialmente em organizações hospitalares.
Rompe-se a rotina, para melhor, com o intuito de
viabilizar uma inovação. O presente texto se
propõe a exemplificar a implementação de
inovações, no Brasil, no contexto de um hospital
público de ensino (HPE), considerando as ações
para aplicar, no mundo real, o Programa Nacional
de Segurança do Paciente (PNSP) em geral, e
especificamente, o aperfeiçoamento da
comunicação entre profissionais da Saúde.
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É bem aceito que inovação requer o concurso de
uma organização responsável que estabeleça e
dirija o conjunto de ações estratégicas
abrangentes, e de eficácia comprovada, capazes
de moldar uma transformação centrada nas
pessoas, com o objetivo na área da saúde de:
(a) inovar a experiência do cuidado (qualidade e
segurança); (b) aperfeiçoar quanto à saúde de
uma dada população, disponibilizando
atendimento universal, e fortalecendo a
viabilidade economica da equação, (c) reduzir o
custo percapita do serviço.
11. 4) Inovar com sucesso em pouco tempo
requer domínio de técnicas específicas
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A viabilidade da adoção da inovação requer por
parte da equipe inovadora, o domínio de
técnicas organizacionais tão específicas, quanto
àquelas exigidas de profissionais de saúde, no
atendimento eficaz aos pacientes. Propiciar o
alcance da adoção efetiva, em prazo exíguo é
desafio de dimensões significativas, exigindo
preparo apropriado.
13. 5) O PNSP ataca problemas seculares, como
a higienização das mãos
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O PNSP sugere ampla e profunda inovação,
quando comparado com a realidade hospitalar
vigente. Apresenta por exemplo, uma área
prioritária de atenção; que é a higienização das
mãos. Reforça-se no século XXI o presente
cardapio das inovações propostas no PNSP,
embora desde o século XIX Semmelweis e
Pasteur tenham suficientemente comprovado a
necessidade de higienização para proteger a
vida dos pacientes, defendendo-os dos germes.
15. 6) A eficácia da segurança do paciente depende da
disponibilidade de indicadores de desempenho
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Este quadro de desafios fica amplificado pelo
fato que no Brasil, ainda não dispomos de uma
base de indicadores satisfatória sobre segurança
do paciente hospitalizado. Isso contrasta com as
inúmeras estatísticas econômicas
disponibilizadas pelo IBGE, como a farta
informação sobre o nível de desemprego no
País. Esta carência estatística, e de dados
fundados em pesquisas de campo acentuam o
risco da proposta de implementar inovações.
Como, no caso, avaliar então os avanços na
segurança, sem estatísticas nacionais de
qualidade reconhecida? Resultados têm que ser
medidos!
17. 7) Transições e Interrupções são variáveis
que afetam a segurança do paciente
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Entre os riscos à segurança do paciente apresentados pela
quebra da comunicação efetiva, inserem-se as transições
que também chamamos de “handoffs” (ou passagem do
bastão entre profissionais de sua responsabilidade com o
paciente), pois são justamente a estes momentos, que
quando falhos, lhes são imputados um severo histórico de
significativos danos evitáveis aos pacientes. Somem-se aos
desafios da comunicação, representados pelos handoffs, a
característica típica do ambiente hospitalar assoberbado
pela avalanche diária de interrupções, constantemente
ocorridas.
Coincidem, quase sempre, com o próprio handoffs, e na
situação em que as partes, negligenciando sua obrigaçao de
serem seletivas, utilizam sem critério a comunicação direta e
síncrona, que poderia ser substituida, sem prejuíço, por um
formato menos intrusivo, como é a comunicação assincrona,
que permite reduzir a frequência das interrupções diretas,
limitando-as apenas àquelas efetivamente indispensáveis.
19. Queremos ajudar na implementação de
inovações seguras e rápidas!!! Junte-se a nós e
venha ser um campeão vc também!
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20. Gosta de desafios? quer participar?
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O foco do estudo consiste em identificar
quais as dificuldades enfrentadas
decorrentes das ameaças
representadas pela elevada frequência
de interrupões e a necessidade de
transições e como gerencia-las durante
a Implementação de Inovações
Centradas no Paciente com atenção
especial na prioridades da
comunicação hospitalar
Entre em contato com o Projeto GIOS: guillermo.asper@gmail.com
22. Grupo Focal em 28 de abril, 2014,
Início 8 horas, Fim 10 horas, Local sala de Ensino HPE
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As informações coletadas no encontro, ao serem
divulgadas, serão dissociadas dos indivíduos que as
forneceram.
Os participantes do Grupo Focal além de se identificar
mediante um apelido, não conhecido, em substituição do
nome, devem indicar: Profissão, (tempo de formado),
escolaridade (graduação, especialização, mestrado,
doutorado), Área de Atuação, (tempo na área), Tempo
no Hospital, sexo, idade, estado civil, bairro/cidade em
que mora.
O Foco do grupo é...
(a) Implementação de Inovações para melhorar a
comunicação entre pares no hospital para tornar as
transições mais seguras e minimizar as interrupções
desnecessárias.
(b) Principais aspectos a serem abordados apresentar
para o grupo um ou mais fatos críticos que ilustrem
dificuldades em termos de transições e interrupções.
23. O perfil do grupo focal
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Foram convocados colegas da rede de relações de
alunos que atuam no mesmo hospital dos
profissionais de saúde que estão frequentando o
curso de extensão, com disponibilidade para
comparecer no dia e hora combinada.
A grupo foi constituido ao todo de 11 pessoas, 3
delas a animar e auxiliar na condução dos
depoimentos e em seu registro para posterior
análise. A distribuição 8 profissionais do HPE que
prestaram seu depoimento doi a seguinte:
25. Distribuição preponderante da composição
do grupo focal
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Gênero Feminino: 63%
Idade 31 a 40 anos: 63%
Profissão: Enfermagem: 63%
Escolaridade: Mestrado e Especialização somados:
51%
Anos de Formado: 6 a 20 : 63%
Antiguidade no Hospital: -1 a 15 : 63%
Estado Civil: Casados: 50%
Residência: Plano Piloto (próximo ao HPE): 51%
Área de Atuação: Segurança do Paciente: 51%