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Perda e Fragmentação de habitats




                                   Página 1
Fragmentação de habitats

A fragmentação de habitats é um processo de alteração
do   meio   ambiente,     descreve   o   aparecimento    de
descontinuidades (fragmentação) no meio ambiente de
um organismo (habitat).

A fragmentação de habitats pode ser causada por
processos   geológicos,     que   lentamente   alteram    a
configuração do meio ambiente físico, ou por actividades
humanas, como por exemplo, a construção de estradas,
barragens, etc.



                                                    Página 2
Perda de habitats

A perda de habitats é frequentemente causada pelo
Homem quando a vegetação nativa é removida para
instalar uma produção agrícola, desenvolvimento
rural ou planeamento urbano.

Os habitats que formavam uma unidade única, ficam
separados em fragmentos isolados. Os fragmentos
de habitat tendem a ficar como ilhas isoladas entre
si por caminhos, estradas, pastagens, etc.



                                               Página 3
Casos em estudo

Estruturas lineares

Desflorestação

Barragens




                        Página 4
As estradas
Estão entre as principais formas de alteração do ambiente provocadas
pelo desenvolvimento humano.

Entre os inúmeros impactos causados pela sua construção podemos
citar:

Remoção directa do habitat original,

Alterações na paisagem,

Modificação do comportamento da fauna local,

Aumento da mortalidade de animais devido a colisões com veículos,

alterações físicas nas áreas mais próximas à estrada relacionado com
o sistema de escoamento de água,

Maior facilidade no estabelecimento de espécies exóticas,

Alteração no uso da terra,

Variações no escoamento superficial da água

                                                              Página 5
Mortalidade nas estradas

A   construção    excessiva    de    estradas    em   péssimas
condições   de    utilização   sem    qualquer    planeamento
ambiental   tem     causando    milhares        acidentes     nas
estradas, principalmente com animais.

Cerca de 4500 animais selvagens vertebrados morreram
no ano de 2010 em 37 quilómetros de estradas entre
Montemor    e    Évora,   segundo      um   investigador       da
Universidade de Évora, que admite que a nível nacional o
número atinja vários milhões.



                                                            Página 6
Página 7
Desflorestação

Define-se como o abate de árvores com vista a utilizar o solo por elas

ocupado para outros fins, economicamente mais rentáveis do que ter

um conjunto de seres vivos que controlam os ciclos de água do solo e a

reciclagem do ar, com produção de oxigénio.

É devido a esta forma materialista de pensar que a desflorestação foi

durante muitos anos vista como impulsionadora do desenvolvimento da

economia de um país, visto que com ela se liquida o "capital" de uma

floresta, abrindo caminho para outras formas de lucro, como a produção

de comida, matéria prima, energia ou construção de infra-estruturas




                                                                Página 8
17 milhões…

Segundo as estatísticas,   17 milhões de hectares
(uma área superior à da Inglaterra, País de Gales e
Irlanda do Norte, quando combinada) de floresta são
destruídos anualmente.

Hoje em dia, as percentagens de floresta virgem (ainda
não explorada pelo Homem) na Europa são virtualmente
nulas, e são extremamente reduzidas na América do
Norte.




                                                 Página 9
Página 10
Modos de desflorestação
 Desflorestação por abate e queima (slash & burn): representa
  45% da desflorestação em África e no sudeste Asiático;

 Desflorestação para colheita de madeira: é uma significativa
  fonte de desflorestação no sudeste Asiático e, até perto de
  1990, na África ocidental;

 Desflorestação dos solos para agricultura, em solos inférteis,
  resulta apenas em ganhos a curto prazo;

 Desflorestação para plantação de florestas mais produtivas:
  em termos de quantidade de madeira produzida, tem sido
  muito significativa na Ásia e na América do Sul;



                                                           Página 11
 Desflorestação para pastagens: foi a maior causa de
  desflorestação, nas décadas de 70 e 80, nas florestas do
  Brasil e da América Central, motivada pelo patrocínio
  governamental para a criação de produtores de gado;

 Desflorestação para madeira combustível: (carvão vegetal) é
  um problema nas áreas secas de África, dos Himalaias e dos
  Andes;

 Desflorestação de vastas áreas de floresta para colonização,
  mineração e exploração de óleo: têm importância local, na
  Indonésia e no Brasil onde, até recentemente, o governo
  colocava os excessos populacionais dos grandes centros
  nas florestas;

 Desflorestação de gigantescas áreas para construção de
  estradas e barragens;
                                                          Página 12
As Barragens
Barreira artificial, feita em cursos de água para
a retenção de grandes quantidades da mesma.
A   sua     utilização    serve   sobretudo   para
abastecer     água       em   zonas   residenciais,
agrícolas, industriais, para produção de energia
eléctrica e regularização de um caudal;




                                              Página 13
Um pouco de História
As barragens foram, desde o início da história da
Humanidade, fundamentais ao desenvolvimento. A
sua construção devia-se sobretudo à escassez de
água no período seco e à consequente necessidade
de   armazenamento       de   água.   A   nível   mundial,
algumas das barragens mais antigas de que há
conhecimento situavam-se, por exemplo, no Egipto,
Médio Oriente e Índia.



                                                     Página 14
Alguns problemas:

As   barragens   colocam   uma    variedade     de
problemas que requerem consideração atenta
dos riscos geotécnicos e sísmicos,     impactos
biológicos, climáticos, agrícolas, socioculturais
e económicos, nos territórios e nas populações
adjacentes.




                                              Página 15
 A destruição de florestas e habitats selvagens, incluindo o

   desaparecimento de espécies e a degradação das áreas de captação

   a montante, devido à inundação da área do reservatório;



 A redução da biodiversidade aquática, a diminuição das áreas de

   desova a montante e a jusante, e o declínio dos serviços ambientais

   prestados pelas planícies aluviais a jusante, brejos, ecossistemas de

   rios, estuários e ecossistemas marinhos adjacentes;



 Impactos cumulativos sobre a qualidade da água, inundações

   naturais e a composição de espécies quando várias barragens são

   implantadas num mesmo rio.




                                                                 Página 16
 As barragens constituem uma violenta perturbação da
  dinâmica fluvial, interferindo no ciclo natural dos
  processos    erosivos   e   sedimentares,    causando
  impactos locais mas também regionais que alcançam
  o mar;


 Ao longo do tempo vão se depositando no fundo
  matérias transportados pelo rio, o que vai diminuindo a
  capacidade de armazenamento de água;


 As barragens como qualquer outra obra de engenharia,
  têm um determinado período de vida útil, findo o qual
  colocam problemas de segurança.


                                                   Página 17
Página 18
Em   suma,   podemos      concluir       que   a   perda     e
fragmentação       de   habitats     é    exclusivamente
causada pelo Homem e consequentemente causa a
morte a milhões de seres vivos diariamente, tanto
ao nível da morte por atropelamento em estradas, a
construção        de    grandes      barragens       e       à
desflorestação     crescente      que    fragmentam         os
habitats que por vezes dão vida a espécies únicas
de seres vivos.



                                                         Página 19

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  • 3. Perda de habitats A perda de habitats é frequentemente causada pelo Homem quando a vegetação nativa é removida para instalar uma produção agrícola, desenvolvimento rural ou planeamento urbano. Os habitats que formavam uma unidade única, ficam separados em fragmentos isolados. Os fragmentos de habitat tendem a ficar como ilhas isoladas entre si por caminhos, estradas, pastagens, etc. Página 3
  • 4. Casos em estudo Estruturas lineares Desflorestação Barragens Página 4
  • 5. As estradas Estão entre as principais formas de alteração do ambiente provocadas pelo desenvolvimento humano. Entre os inúmeros impactos causados pela sua construção podemos citar: Remoção directa do habitat original, Alterações na paisagem, Modificação do comportamento da fauna local, Aumento da mortalidade de animais devido a colisões com veículos, alterações físicas nas áreas mais próximas à estrada relacionado com o sistema de escoamento de água, Maior facilidade no estabelecimento de espécies exóticas, Alteração no uso da terra, Variações no escoamento superficial da água Página 5
  • 6. Mortalidade nas estradas A construção excessiva de estradas em péssimas condições de utilização sem qualquer planeamento ambiental tem causando milhares acidentes nas estradas, principalmente com animais. Cerca de 4500 animais selvagens vertebrados morreram no ano de 2010 em 37 quilómetros de estradas entre Montemor e Évora, segundo um investigador da Universidade de Évora, que admite que a nível nacional o número atinja vários milhões. Página 6
  • 8. Desflorestação Define-se como o abate de árvores com vista a utilizar o solo por elas ocupado para outros fins, economicamente mais rentáveis do que ter um conjunto de seres vivos que controlam os ciclos de água do solo e a reciclagem do ar, com produção de oxigénio. É devido a esta forma materialista de pensar que a desflorestação foi durante muitos anos vista como impulsionadora do desenvolvimento da economia de um país, visto que com ela se liquida o "capital" de uma floresta, abrindo caminho para outras formas de lucro, como a produção de comida, matéria prima, energia ou construção de infra-estruturas Página 8
  • 9. 17 milhões… Segundo as estatísticas, 17 milhões de hectares (uma área superior à da Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, quando combinada) de floresta são destruídos anualmente. Hoje em dia, as percentagens de floresta virgem (ainda não explorada pelo Homem) na Europa são virtualmente nulas, e são extremamente reduzidas na América do Norte. Página 9
  • 11. Modos de desflorestação  Desflorestação por abate e queima (slash & burn): representa 45% da desflorestação em África e no sudeste Asiático;  Desflorestação para colheita de madeira: é uma significativa fonte de desflorestação no sudeste Asiático e, até perto de 1990, na África ocidental;  Desflorestação dos solos para agricultura, em solos inférteis, resulta apenas em ganhos a curto prazo;  Desflorestação para plantação de florestas mais produtivas: em termos de quantidade de madeira produzida, tem sido muito significativa na Ásia e na América do Sul; Página 11
  • 12.  Desflorestação para pastagens: foi a maior causa de desflorestação, nas décadas de 70 e 80, nas florestas do Brasil e da América Central, motivada pelo patrocínio governamental para a criação de produtores de gado;  Desflorestação para madeira combustível: (carvão vegetal) é um problema nas áreas secas de África, dos Himalaias e dos Andes;  Desflorestação de vastas áreas de floresta para colonização, mineração e exploração de óleo: têm importância local, na Indonésia e no Brasil onde, até recentemente, o governo colocava os excessos populacionais dos grandes centros nas florestas;  Desflorestação de gigantescas áreas para construção de estradas e barragens; Página 12
  • 13. As Barragens Barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades da mesma. A sua utilização serve sobretudo para abastecer água em zonas residenciais, agrícolas, industriais, para produção de energia eléctrica e regularização de um caudal; Página 13
  • 14. Um pouco de História As barragens foram, desde o início da história da Humanidade, fundamentais ao desenvolvimento. A sua construção devia-se sobretudo à escassez de água no período seco e à consequente necessidade de armazenamento de água. A nível mundial, algumas das barragens mais antigas de que há conhecimento situavam-se, por exemplo, no Egipto, Médio Oriente e Índia. Página 14
  • 15. Alguns problemas: As barragens colocam uma variedade de problemas que requerem consideração atenta dos riscos geotécnicos e sísmicos, impactos biológicos, climáticos, agrícolas, socioculturais e económicos, nos territórios e nas populações adjacentes. Página 15
  • 16.  A destruição de florestas e habitats selvagens, incluindo o desaparecimento de espécies e a degradação das áreas de captação a montante, devido à inundação da área do reservatório;  A redução da biodiversidade aquática, a diminuição das áreas de desova a montante e a jusante, e o declínio dos serviços ambientais prestados pelas planícies aluviais a jusante, brejos, ecossistemas de rios, estuários e ecossistemas marinhos adjacentes;  Impactos cumulativos sobre a qualidade da água, inundações naturais e a composição de espécies quando várias barragens são implantadas num mesmo rio. Página 16
  • 17.  As barragens constituem uma violenta perturbação da dinâmica fluvial, interferindo no ciclo natural dos processos erosivos e sedimentares, causando impactos locais mas também regionais que alcançam o mar;  Ao longo do tempo vão se depositando no fundo matérias transportados pelo rio, o que vai diminuindo a capacidade de armazenamento de água;  As barragens como qualquer outra obra de engenharia, têm um determinado período de vida útil, findo o qual colocam problemas de segurança. Página 17
  • 19. Em suma, podemos concluir que a perda e fragmentação de habitats é exclusivamente causada pelo Homem e consequentemente causa a morte a milhões de seres vivos diariamente, tanto ao nível da morte por atropelamento em estradas, a construção de grandes barragens e à desflorestação crescente que fragmentam os habitats que por vezes dão vida a espécies únicas de seres vivos. Página 19