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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
     FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS




             CAMILA DE SOUSA CATALANO
               HELOISE CARLA DA SILVA
            ISABELA ARGENTÃO CICARELLI




PERFIL DA DISPENSAÇÃO DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS
    DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS




                  FERNANDÓPOLIS
                       2011
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             CAMILA DE SOUSA CATALANO
              HELOISE CARLA DA SILVA
            ISABELA ARGENTÃO CICARELLI




PERFIL DA DISPENSAÇÃO DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS
    DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS




                  Monografia apresentada ao Curso de Farmácia da
                  Fundação Educacional de Fernandópolis como
                  parte das exigências para conclusão do curso de
                  graduação em Farmácia..


                  Orientadora: Profª. Esp. Valeria Cristina José Erédia
                  Fancio




      FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
                FERNANDÓPOLIS – SP
                         2011
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                          CAMILA DE SOUSA CATALANO
                            HELOISE CARLA DA SILVA
                         ISABELA ARGENTÃO CICARELLI




 PERFIL DA DISPENSAÇÃO DE HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS
           DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS




                                    Monografia apresentada ao Curso de Farmácia da
                                    Fundação   Educacional   de   Fernandópolis como
                                    parte das exigências para conclusão do curso de
                                    graduação em Farmácia




           Banca examinadora                    Assinatura              Conceito
Profª. Esp. Valéria Cristina Jose
Erédia Fancio (Orientadora)
Profª. Esp. Vanessa Maira Rizzato
Silveira
Prof. Ms. Ocimar Antônio de Castro




                                         Aprovada em __ de novembro de 2011


                  Profª. Esp. Valéria Cristina Jose Erédia Fancio
                         Presidente da Banca Examinadora
4




Dedicamos este trabalho primeiramente a
Deus, pela força dada para chegar até
aqui, aos nossos pais, pelo incentivo ao
decorrer desta caminhada, aos nossos
namorados pela ajuda neste projeto,
paciência e amor e aos nossos amigos,
pelo ombro amigo, pelas risadas e por
todos os momentos em que passamos
juntos.
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                             AGRADECIMENTOS


Agradecemos imensamente a nossos pais, que compartilharam de nossos ideais e
nos ajudaram alimentando nossos sonhos, nessa longa jornada e ainda hoje quando
esta responsabilidade já não mais lhes cabe, permanecem vigilantes, estimulando e
incentivando tudo aquilo que possa significar o meu crescimento. Assim fazemos
desta conquista um instrumento de gratidão por sempre estarem ao nosso lado em
todos os momentos em todos estes anos de estudo.


A nossos professores:


Estes os quais abriram o caminho do conhecimento durante esta longa jornada e
aqui neste trabalho têm um pouco de cada um. Obrigada.


Em especial a nossa querida Profª Esp. Valéria Cristina Jose Erédia Fancio, pela
compreensão, pelo apoio e por nos acolher nos momentos de desespero. Sem
dúvidas não poderia ter escolhido por orientadora melhor. Obrigada.


Enfim a Deus, pois sem ele nada seria possível, nos dando esperança, força,
vontade, discernimento e sabedoria. Obrigada Senhor por estar ao nosso lado em
mais esta etapa de nossa vida, que saibamos exercer com excelência esta nova
etapa que ainda esta por vir. Obrigada.
6




“Determinando tu algum objetivo, se-ter-á
firme em teu negócio, e a luz brilhará em
teus caminhos”


                                Jô 22:28
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                                     RESUMO

     PERFIL DA DISPENSAÇÃO DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE
               MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS



A pele é o maior órgão do corpo humano, dividida em três camadas: a epiderme,
responsável pela barreira de defesa, a derme constituída de tecido conjuntivo e logo
abaixo se localiza a hipoderme, rica em tecido gorduroso. A cor da pele se da pela
produção de um pigmento chamado melanina, produzido a partir de organelas
chamadas melanossomas, estas organelas estão distribuídas nas camadas
epidérmicas dando origem a sua cor. As desordens pigmentares ou discromias são
resultantes do aumento deste pigmento chamadas de hipercromias que podem ser
desencadeadas por fatores internos ou externos, são conhecidas como melasmas,
sardas ou efélides, hiperpigmentação pós inflamatória e lentigos solares. Existem
inúmeros tipos de tratamentos para essas desordens como o uso de agentes
despigmentantes inibidores da atividade da tirosinase como a Hidroquinona,
apresenta-se instável a processos oxidativos. Para aumentar sua estabilidade nas
formulações é necessária a adição de antioxidantes e quelantes mantendo um ph
ideal entre 3,0 e 4,5. Apresenta rápida resposta clareadora e baixo custo, em contra
partida produz efeitos adversos e colaterais como hipopigmentação em confete e
ocronose por isso têm sido banida em alguns países e substituída por outros
agentes despigmentantes. Este trabalho teve por objetivos abordar fatores que
desencadeiam a hiperpigmentação e avaliar o perfil da dispensação do princípio
ativo Hidroquinona nas farmácias de manipulação do município de Fernandópolis.
Este trabalho referencia um embasamento juntamente com levantamento de dados
através de pesquisa de campo.

Palavra – chave: discromias; hiperpigmentação; hidroquinona; manipulação.
8




                                      ABSTRACT

   PROFILE OF DISPENSING HYDROQUINONE IN PHARMACIES HANDLING
                       MASTERFUL FERNDALE

The skin is the largest organ in the human body is divided into three layers: the
epidermis, responsible for defense barrier, the dermis consisting of connective tissue
and is located just below the hypodermis rich in fat tissue. The color of the skin by
production of a pigment called melanin, produced from organelles called
melanosomes, in turn distribute the epidermal layers giving rise to its color, or
pigment dyschromia are disorders resulting from the increase of this pigment called
hyperchromia that can be triggered by internal or external factors, are known as
melasma, freckles or ephelides, post inflammatory hyperpigmentation and solar
lentigines. There are numerous types of treatments for disorders such as the use of
depigmenting agents in the synthesis of tyrosinase inhibitors such as hydroquinone,
but it has a high degree of oxidation. To increase its stability requires the addition of
antioxidants and chelating keeping your ideal pH between 3 and 4.5. It features
lightening fast response and low cost, but produces side effects like ochronosis and
confetti-like hypopigmentation so have been banned in some countries and replaced
by other depigmenting agents. This work aimed to study factors that trigger
hyperpigmentation and assess the acid Hydroquinone pharmacies in the city of
Fernandópolis.The methodology used was based on literature searches with data
collection through field research.


Keyword: dyschromia; hyperpigmentation; hydroquinone; pharmacies
9



                                                LISTA DE FIGURAS



Figura 1 - Componentes da pele ............................................................................... 17
Figura 2 - Melasma ................................................................................................... 29
Figura 3 - Lentigos solares nas mãos ....................................................................... 30
Figura 4 – Hiperpigmentação pós inflamatória após aplicação de laser para
depilação ................................................................................................................... 31
Figura 5 – Sardas e/ou éfelides................................................................................. 32
Figura 6 - Estrutura química da Hidroquinona ........................................................... 33
Figura 7 - Ácido Retinóico ......................................................................................... 36
Figura 8 - Ácido Retinóico ......................................................................................... 37
Figura 9 - Ácido Glicólico .......................................................................................... 38
Figura 10 - Quantidade média diária dispensada de produto contendo o princípio
ativo Hidroquinona. ................................................................................................... 42
Figura 11 - Quantidade média mensal dispensada de produtos contendo o princípio
ativo Hidroquinona. ................................................................................................... 43
Figura 12 - Procura de produtos contendo este princípio ativo é maior por mulheres,
ou ambos os sexos ................................................................................................... 44
Figura 13 - Faixa etária que mais procura formulações contendo o princípio ativo
Hidroquinona ............................................................................................................. 44
Figura 14 - Contendo formulações com a hidroquinona são dispensadas com receita
médica. ...................................................................................................................... 45
Figura 15 - Concentração usual mais dispensada. ................................................... 46
Figura 16 - A Hidroquinona é mais dispensada em área facial ou corporal .............. 48
Figura 17 - Horário indicado para o uso dos produtos contendo o princípio
Hidroquinona através da atenção farmacêutica prestada. ........................................ 49
Figura 18 - O agente despigmentante mais dispensado. ......................................... 50
Figura 19 - Formulações mais prescritas contendo associações ou apenas com a
Hidroquinona. ............................................................................................................ 51
10



                      LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS




RUV - Radiação Ultravioleta
DOPA – 3, 4 – diidroxifenilalanina
APPI - Alteração pigmentar pós-inflamatória
AHA - Alfa-hidroxiácido
HQ - Hidroquinona
11



                                                        SUMÁRIO



INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13
1. PELE ..................................................................................................................... 16
1.1 Funções.............................................................................................................. 17
1.2 Constituição cutânea ........................................................................................ 18
1.2.1 Epiderme ......................................................................................................... 18
1.2.2 Camada Basal ................................................................................................. 19
1.2.3 Camada espinhosa ou de malpighi............................................................... 19
1.2.4 Camada granulosa ......................................................................................... 20
1.2.5 Camada lúcida ................................................................................................ 20
1.2.6 Camada córnea ............................................................................................... 20
1.2.7 Junção dermoepidérmica .............................................................................. 21
1.3 Derme ................................................................................................................ 21
1.4 Hipoderme.......................................................................................................... 22
1.5 Anexos cutâneos ............................................................................................... 23
1.6 Pigmentações da pele ....................................................................................... 24
1.6.1 Melanócito....................................................................................................... 24
1.6.2 Melanogênse ................................................................................................... 25
1.6.3 Hiperpigmentação cutânea ............................................................................ 26
1.6.4 Melanodermias ............................................................................................... 26
1.6.5 Distúrbios da pigmentação ........................................................................... 27
1.6.6 Melasma .......................................................................................................... 28
1.6.7 Lentigos Solares ............................................................................................ 29
1.6.8 Hiperpigmentação pós-inflamatória ............................................................. 30
1.6.9 Sardas e/ou Efélides ...................................................................................... 31
1.7 Tratamentos das desordens despigmentares ................................................ 32
1.7.1 Principais agentes despigmentantes inibidores da tirosinase .................. 33
1.7.1.1 Hidroquinona ............................................................................................... 33
1.7.1.2 Ácido Kójico ................................................................................................ 36
1.7.1.3 Acido Retinóico ........................................................................................... 37
1.7.1.4 Acido Glicólico ............................................................................................ 38
OBJETIVOS .............................................................................................................. 40
12



OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 40
OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 40
MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................ 41
RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 42
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53
APÊNDICES ............................................................................................................. 57
13



                                    INTRODUÇÃO




        De acordo com Côrrea (2005, pág. 84) a pele é o maior órgão do corpo
humano, é divida em três camadas. A camada mais externa é a epiderme, também
responsável pela barreira de defesa, a camada intermediaria é conhecida como
derme, logo abaixo se localiza a hipoderme, rica em tecido gorduroso.
        A cor da pele se da pela produção de um pigmento marrom – escura
chamada melanina. Este pigmento é produzido a partir organelas chamadas
melanossomas, presentes dentro das células dendríticas chamados melanócitos,
estas células apresentam terminações dendríticas que penetram na camada basal,
transportando os melanossomas para os queratinócitos que por sua vez se
distribuem nas camadas epidérmicas dando origem a sua cor (GOMES; DAMAZIO,
2009 p.15).
        As desordens pigmentares ou discromias são resultantes do aumento de
pigmentos (hipercromia), diminuição (hipocromia) ou ausência (acromia) (FILHO,
2006 p.1226).
        A hipocromia é caracterizada pela diminuição de melanina, originando
manchas mais claras do que o tom da pele, já a acromia são manchas de diferentes
formatos causadas pela ausência total de melanina (CÔRREA, 2005 p.85).
        A produção excessiva de melanina causada por fatores internos ou externos
originam manchas mais escuras do que o tom da pele, chamadas de hipercromias,
conhecidas como melasmas, sardas ou efélides, hiperpigmentação pós-inflamatória
e lentigos solares (CÔRREA, 2005 p.85).
        O melasma pode ser relacionado às alterações hormonais como gravidez,
uso de anticoncepcionais e também tem como fator desencadeante a exposição da
pele a luz solar ou raios ultravioletas artificiais. É caracterizada por manchas escuras
ou acastanhada na face, que se localizam nas maças do rosto, testa, nariz, lábio
superior e têmporas (CORAZZA, 2010 p. 6).
        Já as sardas ou efélides tem como fator desencadeante a exposição da
pele ao sol ou em luz ultravioleta artificial, caracteriza - se por manchas pequenas
arredondadas de cor castanhas avermelhadas ou marrons claro, normalmente
surgem na infância, em pessoas de pele clara e ruivas (MIOT et. al., 2009 p. 624).
14



          Os   casos   de   hiperpigmentações   pós-inflamatórias   são   encontrados
freqüentemente em pós-operatório, cirurgias cutâneas, lesões de acne, queimaduras
e dermatites de contato causadas por processos inflamatórios. É caracterizado por
manchas irregulares de cor marrom que podem ocorrem em qualquer área da pele,
freqüentemente em fototipos mais escuros (BAUMANN, 2004 p. 69).
          Os lentigos solares são hipercromias que geralmente surgem em pessoas
com mais de 50 anos, devido à exposição prolongada ao sol e também pela
incidência dos raios ultravioletas artificial. Essas manchas têm maior freqüência em
lugares como dorso das mãos e dos braços, o colo e os ombros (BAUMANN, 2004
p. 67).
          Existem inúmeros tipos de tratamentos para as desordens hiperpigmentares,
porém com diferenças no mecanismo de ação: destruição seletiva dos melanócitos;
inibição da formação de melanossomas e alteração de sua estrutura; inibição da
formação de melanina; interferência no transporte dos grânulos de melanina;
alteração química da melanina; degradação de melanossomas e queratinócitos;
inibição da biossíntese da tirosinase (CORRÊA, 2005 p. 86).
          Temos como agentes despigmentantes inibidores da tirosinase o Arbutin,
Albatin o Ácido Kójico, o Ácido Fítico, o Algowhite, Idebenona, Mequinol e a
Hidroquinona (VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 244).
          A Hidroquinona esta entre os principais cremes dermatológicos manipulados
na farmácia magistral é um ácido despigmentante, de rápida resposta clareadora e
baixo custo. Consiste em um composto fenólico inibidor da oxidação enzimática da
tirosina em 3,4- diidroxifenilalanina (DOPA). Sua concentração usual mais
comercializada na farmácia magistral é de 2%, pois apresenta menor risco de efeitos
colaterais, porém podem ser utilizadas em até 10%. Para tratamentos faciais
utilizam-se de 2% a 5%, e quanto os tratamentos corporais de 6% a 10%. A
Hidroquinona apresenta um alto grau de oxidação, acelerada pela exposição da luz,
presença de metais (ferro e cobre) e agentes oxidantes como o oxigênio (O2)
(VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 254).
          Para aumentar sua estabilidade e evitar o escurecimento da formulação é
necessária a adição de antioxidantes como o metabissulfito de sódio e quelantes
como o EDTA, mantendo assim seu ph ideal entre 3 e 4,5. Baixas temperaturas
podem diminuir a velocidade de oxidação, por isso recomenda-se o armazenamento
15



de seus cremes em geladeira, além de serem armazenadas em bisnagas metálicas
que impedem a incidência de luz (SHIMABUKU et. al., 2009 p. 31).
       Sua metabolização ocorre no fígado em dois componentes: p-benzoquinona
e glutationa consideradas substâncias carcinogênicas derivadas do benzeno, além
de produzir efeitos colaterais como hipopigmentação em confete e ocronose por isso
têm sido banida em alguns países e substituída por outros agentes despigmentantes
(VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 256).
       O presente trabalho teve como objetivos abordar fatores que desencadeiam
a hiperpigmentação e avaliar o perfil do ácido Hidroquinona nas farmácias de
manipulação magistral do município de Fernandópolis. Este trabalho serve como
ponto de partida para o aprofundamento de estudos em relação ao perfil da
Hidroquinona nas preparações magistrais, apresentando suas vantagens e
desvantagens.
16



1. PELE



       A superfície corpórea é constituída por um órgão ao qual chamamos de pele,
constituindo 16% do peso corporal, se tornando o maior órgão do corpo humano.
Tem como limites a boca, fossas nasais, conjuntivas, membranas timpânicas, uretra,
vagina e o ânus (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 360).
       A pele é constituída por camadas de origem ectodérmica e mesodérmica,
porém funcionam interdependentes: a epiderme, e a derme. Há também uma
terceira camada composta de tecido adiposo subcutâneo chamado de hipoderme
(ELDER, 2011 p.7).
       A união entre a epiderme e a derme apresenta irregularidades. Essas
irregularidades se da pelo fato da derme possuir projeções chamadas de papilas
dérmicas e a epiderme possui espessamentos denominados cristas epidérmicas,
aumentando a área de contato e a superfície de coesão entre ambas as camadas.
De acordo com sexo, idade e região anatômica, a espessura e textura cutânea
distinguem-se entre fina e espessa. Nas regiões palmares e plantares além da face
posterior do pescoço o tegumento é mais espesso, já no dorso dos pés e mãos,
antebraço, braço, seios, saco escrotal, pálpebras e face anterior do pescoço a pele é
mais fina (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 360).
       A coloração característica da pele esta relacionada com as, condições do
meio, regiões do corpo e a raça do indivíduo. Em regiões como o dorso da mão,
órgãos genitais e aréolas mamárias há maior concentração de melanina e partes
expostas a radiação ultravioleta a pigmentação é mais escura. Em um individuo
negro há uma maior concentração de melanina, já em um albino existe a ausência
deste pigmento não só na pele como nos pelos. Este pigmento proporciona a
proteção da luz solar, se tornando uma defesa natural (ELDER, 2011 p.14).
17




                         Figura 1: Componentes da pele
               Fonte: AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R.; ABULAFIA, L. A., 2011.




1.1 Funções



       A pele como envoltório desempenha variadas funções com relação ao meio
externo, tendo como principal a manutenção da homeostasia, impedindo a perda da
água, promovendo assim a sudorese de termorregulação corporal controlada pelas
glândulas sudoríparas. Estas desempenham a função excretora de água e eletrólitos
com o objetivo de eliminar o calor de dentro do organismo. Com a finalidade de
proteger, a pele atua como uma barreira protetora que impede ações de agentes
18



biológicos, químicos e mecânicos resistindo à penetração de agentes estranhos
como substâncias tóxicas e microorganismos. Por meio de terminações nervosas
encontradas na epiderme recebem-se estímulos como dor, calor, frio, tato e pressão
do meio externo que os envia para o sistema nervoso central. Além da síntese de
vitamina D através da absorção de Radiação Ultravioleta (RUV), há também a
produção de um pigmento na epiderme chamado de melanina, que tem como função
proteger a pele contra a incidência direta desta radiação (JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2004 p. 359).




1.2 Constituição cutânea



      A pele pode ser dividida em duas camadas: a epiderme, e a derme. Já uma
terceira camada subcutânea composta por tecido adiposo, é chamada hipoderme.
Pêlos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas são chamados de anexos
cutâneos, caracterizando assim estruturas acessórias da pele (ELDER, 2011 p.7).




1.2.1 Epiderme




      A porção externa da pele é chamada de epiderme, é constituído por um
epitélio estratificado pavimentoso queratinizado onde suas células se organizam de
forma coesa, aderidas umas as outras (HARRIS, 2009 p.19).
      As células que compõem a epiderme são: os queratinócitos, os melanócitos,
as células de Langerhans e as células Merkel (ELDER, 2011 p.7).
      A epiderme se divide basicamente em cinco camadas, à medida que os
queratinócitos se diferenciam em direção a superfície, são denominadas: camada
basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea
(HARRIS, 2009 p. 19).
19



1.2.2 Camada Basal




        A camada basal é a camada mais profunda da epiderme, é conhecida por
sua alta capacidade de renovação celular, pois ocorre uma produção permanente de
queratinócitos, ou seja, uma produção mitótica, que à medida que se diferenciam
passam para a superfície formando a camada espinhosa ou de Malpighi, desta para
a camada granulosa, passando para a camada córnea onde as células anucleadas
serão descamadas, este processo tem duração em média de quatro semanas
(ELDER, 2011 p.7).
        A camada basal é composta por basicamente dois tipos celulares:
         Queratinócitos: Os queratinócitos são células que sofrem diversos
estágios de diferenciação, acumulando filamentos de queratina no citoplasma. São
de contorno ovóide, citoplasma basófilo e núcleo oval grande. À medida que se
diferenciam promovem constante renovação celular (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D.
R. ; ABULAFIA, L. A, 2011, p. 3).
         Melanócitos: São células dendríticas que apresentam um núcleo
intensamente corado. É responsável pela produção de um pigmento chamado
melanina o que resulta a cor da pele (HARRIS, 2009 p. 22).




1.2.3 Camada espinhosa ou de malpighi




        É formada por células que à medida que se exteriorizam se tornam
achatadas e poliédricas, apesar de não haver mais a síntese de queratina, estes
filamentos ainda persistem no citoplasma desta célula. Embora os desmossomos
sejam encontrados na epiderme é nesta camada que ele se encontra em maior
quantidade, mantendo as células unidas e dando um aspecto espinhoso (AZULAY,
R. D. ; AZULAY. D. R.; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 3).
20




1.2.4 Camada granulosa



        As células da camada granulosa são achatadas e ao migrarem da camada
espinhosa para a camada granulosa, formam algumas fileiras de células onde o
citoplasma destas, se encontra repleto de grânulos basofílicos, chamados de cerato-
hialina. Já os grânulos lamelares são vesículas secretoras que liberaram seu
conteúdo no espaço intercelular formando uma barreira lipídica responsável pela
impermeabilidade da pele, impedindo a desidratação do organismo. Esta camada se
encontra em grande atividade metabólica, sintetizando os elementos que faltam para
o surgimento da camada córnea (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A;
2011 p. 4).



1.2.5 Camada lúcida



        Esta localizada entre a camada granulosa e a camada córnea, suas células
não possuem organelas e são anucleadas, são compostas de filamentos de
queratina densamente compactados (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 360).
        Esta camada está presente em regiões onde a pele é mais delgada como
nas solas dos pés e palmas das mãos, exercendo função de proteção mecânica
(HARRIS, 2009 p. 26).




1.2.6 Camada córnea



        É o resultado do último processo de diferenciação dos queratinócitos, dando
origem a última camada da epiderme. São células anucleadas ricas em filamentos
de queratina (RIBEIRO, 2010 p. 22).
21



       São envoltas por uma barreira lipídica hidrofóbica, formando um envelope
celular, logo ocorre à destruição dos desmossomos gradativamente e, por
conseguinte a descamação tecidual das células mais externas (AZULAY, R. D. ;
AZULAY, D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 4).
       Esta descamação ocorre devido à proliferação dos queratinócitos na camada
basal (HARRIS, 2009, p.133).
       Esta camada desempenha proteção mecânica além de regular a
homeostasia (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 4).




1.2.7 Junção dermoepidérmica



       A epiderme e a derme unem-se de maneira irregular e sinuosa de forma em
que a epiderme penetra na derme através das cristas epidérmicas e a derme
salienta-se na epiderme através das papilas dérmicas, esta estrutura também
chamada de membrana basal é responsável pela adesão dermoepidérmica e serve
também como barreira semipermeável. Esta união é composta pela membrana da
célula basal e seus hemidesmossomos, lâmina lúcida, lâmina densa e sublâmina
densa (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 5).




1.3 Derme



       A derme é constituída por uma camada de tecido conjuntivo denso não
modelado onde há uma matriz extracelular composta por vários tipos de fibras
colágenas e fibras elásticas, onde estas são formadas por elastina e microfibrilas
(ELDER, 2011 p. 38).
       É uma camada vascularizada, onde estão presentes os anexos cutâneos
como pêlos, glândulas sudoríparas e sebáceas, há presença de nervos, células
matrizes, fibroblastos, macrógafos e mastócitos, enquanto plasmócitos e linfócitos
22



são encontrados de forma variável e transitória (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ;
ABULAFIA, L. A, 2011 p.10).
       A derme é responsável parcialmente pela termorregulação e pela defesa
imunológica em conjunto com as células Langerhans (HARRIS, 2009 p. 33).
       Pode ser dividida em duas regiões distintas, uma se encontra diretamente
em contato com a epiderme, a derme papilar, e outra logo abaixo, a derme reticular
(RIBEIRO, 2010 p. 23).
        Derme Papilar: é composta por finos feixes de colágeno que se arranjam
verticalmente ligando à epiderme a derme promovendo sua fixação. Esta camada
contém fibroblastos, macrófagos, plasmócitos e mastócitos dentre outras células
comuns do tecido conjuntivo (HARRIS, 2009 p. 34).
        Derme Reticular: é constituída por feixes mais grossos de colágeno,
ondulados e dispostos horizontalmente que oferecem grande elasticidade e força a
pele. Nesta camada estão presentes os anexos cutâneos, como as glândulas
sudoríparas écrinas e apócrinas, glândulas sebáceas e folículos pilosos (HARRIS,
2009 p. 34).




1.4 Hipoderme



       A hipoderme é a última e mais profunda camada da pele, constituída por
tecido conjuntivo frouxo aderindo de forma superficial à derme aos órgãos
subjacentes. Região altamente vascularizada, com a presença de fibras elásticas e
nervosas. (MICHALUN. M.V. ; MICHALUN. N, 2010 p.21)
       A hipoderme poderá apresentar uma camada variável de tecido adiposo,
formando o panículo adiposo. Este é responsável pela reserva de energia e atua
como isolante térmico, além de absorver choques e fixar os órgãos. Dependendo da
região e grau de nutrição do organismo o acúmulo de gordura se torna maior em
regiões como o abdômen e glúteos (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L.
A p.12).
23




1.5 Anexos cutâneos



        Os anexos cutâneos são estruturas que constituem a epiderme surgindo a
partir de modificações embrionárias; são elas: glândulas sudoríparas, glândulas
sebáceas, pêlos e unhas (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A p. 7).
        As glândulas sudoríparas localizam-se na derme, atravessando a epiderme
até chegar à superfície através de poros. O produto que essas glândulas produzem
denomina-se suor, um líquido aquoso e incolor que auxilia na regulação térmica
corpórea. Há dois tipos de glândulas sudoríparas: as apócrinas e as écrinas
(AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A p. 7).
         Glândulas   Sudoríparas   Apócrinas:   originam-se   nas   regiões   mais
profundas da derme. São encontradas nas axilas, mamilos, regiões perineal e
pubianas, sua secreção relaciona-se com o estímulo sexual. Seu funcionamento tem
início na puberdade, devido à grande necessidade da atividade de excretar
hormônios sexuais (GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 16).
         Glândulas Sudoríparas Écrinas: Estão distribuídas por toda superfície
corpórea, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Secretam um
líquido incolor e inodoro que através da degradação por bactérias, juntamente com
descamações epiteliais resultam ao odor característico do suor, este é basicamente
constituído de: sódio, potássio, cloreto, amônia e ácido úrico (KEDE; SABATOVICH,
2009 p. 7).
      Já as glândulas sebáceas recobrem toda a superfície do tegumento com
exceção da região palmar e plantar, seus ductos geralmente desembocam na
porção terminal dos folículos pilosos. Seu produto de excreção é rico em lipídios,
proporcionando elasticidade a pele além de proteger contra o ressecamento
(GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 15).
      Os pêlos estão presentes em quase toda a superfície corpórea, se
desenvolvem a partir de invaginações da epiderme chamado folículo piloso
(AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 7). Tem como função a
proteção contra os raios solares, proteção dos olhos, fossas nasais, conduto
auditivo, função sensorial e tátil além de auxiliar no isolamento térmico (GOMES;
DAMAZIO, 2009 p. 17).
24



        As unhas são encontradas na superfície dorsal das falanges terminais dos
dedos das mãos e dos pés, são constituídas por queratina formando escamas
fortemente aderidas umas as outras, produzida pela epiderme. Sua porção proximal
é chamada de raiz da unha, a cutícula é formada a partir da camada córnea onde as
células sofrem diferenciação e gradualmente se queratinizam formando uma placa
córnea. A cor rósea é atribuída devido à presença de redes capilares da derme e
sua fina espessura (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 368).




1.6 Pigmentações da pele




1.6.1 Melanócito



         Acredita-se que as variações, na cor da pele, sejam ganhos evolutivos e
estejam relacionadas com a regulação da penetração da radiação ultravioleta
(RUV).A cor normal da pele é influenciada principalmente pela produção de
melanina, pigmentos de outro peso molecular que se torna cada vez mais escuro de
acordo com sua concentração. Outros pigmentos exógenos como os carotenóides
também influenciam na coloração da pele. Os melanócitos são células importantes,
não só pela pigmentação da pele e dos pelos como também promovem proteção
direta aos danos causados pelas radiações ultravioletas (RVU) (MIOT et al., 2009 p.
624).
         A pigmentação da pele nos humanos depende da atividade melanogênica,
sabendo que a quantidade de melanócitos por qual é a mesma, portanto se deve ao
tamanho, número, quantidade e distribuição de melanina (KEDE; SABATOVICH,
2009 p. 5).



                     São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos,
                     os quais se originam da crista neural, migrando para pele logo, após
                     fechamento do tubo neural. Essa migração pode ocorrer para vários
                     destinos, sendo que os sinalizadores para os quais direcionam tal processo,
                     ainda precisam ser melhores caracterizados (MIOT et al., 2009 p. 624)
25




       Quando os melanócitos se tornam corretamente desenvolvidos distribuem-
se em diversos locais: olhos, ouvidos, sistema nervoso central, matriz dos pelos,
mucosa e pele. Na pele, localizam-se na camada basal da epiderme e podem ser
também encontrados na derme. “Projetam-se seus dendritos, através da camada
basal, onde transferem seus melanossomas aos seus queratinócitos”. A associação
dos melanócitos e queratinócitos é chamada de unidade epidérmico - melânica,
sendo constituída nos humanos por um melanócito em cerca de seis queratinócitos
(BAUMANN, 2004 p. 63).
       A melanina produzida nos melanócitos e armazenada em estruturas
chamadas melanossomas. Estes são organelas elípticas onde além da síntese e
deposição de melanina, e local de armazenamento da tirosinase sintetizada pelos
ribossomos (MIOT et al., 2009 p. 624)




1.6.2 Melanogênse




       A melanina é um polímero proteico que se origina da oxidação da tirosina
pela enzima tirosinase formando de hidrofenilalanina dentro dos melanócitos.
Durante este processo são formados dois tipos de melanina: as eumelaninas e as
feomelaninas (CORRÊA, 2005 p. 85).
       A síntese da melanina ocorre no interior dos melanócitos em organelas
especializadas   chamadas    melanossomas    que   distribuem-se   nas   camadas
epidérmicas. A enzima tirosinase tem importante poder de participação nesse
processo a partir de sua ação, o aminoácido tirosina é transformado em 3,4-
diidroxifenilalanina (DOPA), produzindo a DOPA-quinona, esta passa por processos
de oxirredução, assim obtêm a melanina. Esta enzima é acumulada em vesículas no
complexo de Golgi chamadas pré melanossomas. Através dos capilares sanguíneos
a enzima tirosina penetra nos melanócitos, seguindo a síntese de melanina, sendo
assim o pré melanossoma se transforma em melanossomas e gradualmente em
grãos de melanina, após a fixação da melanina nos queratinócitos resulta a cor da
pele. A ação inibitória desta enzima dificulta a migração da melanina para os
queratinócitos, resumindo assim o mecanismo de ação da maior parte dos
26



despigmentantes utilizados no tratamento de hipercromias (VANZIN; CAMARGO,
2011 p. 236).




1.6.3 Hiperpigmentação cutânea




       É também chamada de melanose, causada pelo exagero da função
melanogênica da pele, tratando-se de uma coloração mais enegrecida da cútis.
Pode ser um processo fisiológico, como no caso dos cloasmas gravídicos, como
também podem ser patológicos, como ocorre nos casos de melanose devido a
outras doenças como sífilis e hanseníase. (MIOT et al., 2009, p. 624)
       Também pode ocorrer um excesso de coloração da pele em decorrência do
acumulo de outros pigmentos como os biliares, e férricos. A hiperpigmentação pode
ser localizada, apresentando-se como manchas pigmentares, ou ainda podem ser
sob forma difusa, recebendo o nome de melanodermia. (NICOLETTI et al., 2002 p.
47)



1.6.4 Melanodermias



       Melanodermia ou melanose é um termo geral que expressa simplesmente
aumento do conteúdo de melanina na epiderme devido à maior atividade dos
melanócitos (FILHO, 2006 p. 1226).



                      A melanidermia ou melanose pode estar associada a doenças internas e
                      muitas vezes na doença de Addison, na hiperpigmentação após
                      suprarrenalectomia, no tratamento com corticosteróide, nos tumores e
                      hiperplasia da suprarrenais e na síndrome de Cushing há hiperpigmentação
                      difusa da pele e mucosas. A síndrome de Albright caracteriza-se por
                      grandes áreas hipercrômicas, osteíte fibrosa disseminada e puberdade
                      precoce em meninas (FILHO, 2006 p. 1227).
27



         Finalmente melanodermia é encontrada em estados carências, como na
vitaminose A, pelagra, anemia perniciosa e desnutrição crônica. Em todas elas
observa-se aumento de melanina na camada basal e nas camadas inferiores da
espinhosa (FILHO, 2006 p. 1227).



1.6.5 Distúrbios da pigmentação



         Os distúrbios da pigmentação não são normalmente considerados
problemas cosméticos. No entanto, praticamente toda mulher se preocupa com os
problemas relacionados a pigmentação da pele (BAUMANN, 2004 p. 63).
         Os distúrbios da pigmentação são chamados de discromia causadas por
aumento de pigmentos (hipercromia), ou diminuição destes (hipocromia) ou ainda a
falta de pigmentação (acromia) (FILHO, 2006 p. 1226).
         As discromias podem ser de natureza patológica ou não, sendo importante o
conhecimento de sua natureza para que possa ser escolhido um tratamento correto
(BAUMANN, 2004 p. 63).
         A cor da pele resulta da incorporação dos melanossomas que contém
melanina, produzida pelos melanócitos, para dentro dos queratinócitos na epiderme,
e em sua degradação subseqüente (BAUMANN, 2004 p. 63).
         A melanina é um pigmento que varia da cor castanha a negra, podendo ser
encontrada em animais e plantas. A diferença de cor observada na pele, cabelos e
olhos de ser humano é resultado em grande parte da distribuição de melanina
nessas regiões. As funções da pigmentação cutânea através da melanina são de
proteção contra a Radiação Ultravioleta B, dentre outras funções (FILHO, 2006 p.
1226).
         A síntese de melanina ocorre nos melanócitos. Na pele estas células estão
situadas junto à camada basal da epiderme e na matriz do folículo piloso. A
melanogênese, também chamada de biossíntese da melanina, tem isso graças à
participação de um aminoácido chamado tirosina, proveniente da fenilalamina
através da via fenilalamina hidroxilase (FILHO, 2006 p. 1226).
         A melanina é formada quando a enzima tirosinase catalisa a oxidação de
hidroxifenilalamina nos melanócitos (FAUSTO, 2005 p. 1286). A diihidrofenilalanina
28



é chamada DOPA. A DOPA é oxidado formando a dopaquinona e formação de
melanina. Logo depois a melanina é produzida no interior dos melanossomas, ela
migra para as extremidades dos dendritos dos melanócitos. A melanina nos
melanócitos é posteriormente incorporada para dentro de outros queratinócitos
vizinhos ou para dentro da derme. Essa transferência da melanina possui
mecanismos que ainda não foram compreendidos, existindo diversas explicações
(BAUMANN, 2004 p. 63).




                       Existem dois tipos de melanina: a eumelanina, insolúvel, de cor castanha
                       negra, com ação fotoprotetora e antioxidante, e a feomelanina, solúvel em
                       solução alcalina, de cor amarela a vermelha, igualmente com efeito
                       antioxidante. A cor do cabelo depende da proporção entre eumelanina e
                       feomelanina. Assim, o cabelo de cor negra contém 99% de eumelanina e
                       1% de feomelanina; o de cor castanha e loura contém 95% de eumelanina e
                       5% de feomelanina; e o de cor vermelha contém 67% de eumelanina e 33%
                       de feomelanina (FILHO, 2006 p. 86).




        O excesso na produção ou redução na síntese de melanina causa
respectivamente hiperpigmentação e hipopigmentação melânicas, podendo originar
várias doenças geradas pelas difusões de uma ou mais etapas do processo de
melanogênese (FILHO, 2006 p.1226).




1.6.6 Melasma



        A palavra melasma deriva do grego melas, que significa “negro”. É uma
hipermelanose      comum,      adquirida,     simétrica,    caracterizada      por    máculas
acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, mas limites nítidos,
nas áreas fotoexpostas, que ocorrem nas maçãs do rosto, têmporas, lábio superior e
raramente no nariz. Ela pode acontecer em pessoas de ambos os sexos e raças,
porém favorecem fototipos intermediários e também em mulheres adultas com idade
fértil (MIOT et al., 2009 p. 630).
        Vários são os fatores etiológicos para o desenvolvimento de melasma,
porém nenhum deles pode ser causa isolada do seu desenvolvimento. Dentre os
29



fatores pode-se citar: não possuem desordem de caráter hereditário, exposição
solar,fatores emocionais, gravidez, drogas antiepilépticas e anticoncepcionais orais,
quando associado o estrógeno ao progestógeno pode ser considerado agentes
causadores (RIBEIRO, 2010 p.181).
       Todavia, a predisposição genética e a exposição aos raios solares parecem
desempenhar importante papel para desenvolvimento de melasma, já que estas
lesões são mais evidentes quando à exposição solar (MIOT et al., 2009 p. 630).




                                 Figura 2 - Melasma
                                 Fonte: FARIA, 2011



1.6.7 Lentigos Solares



       Cerca de 90% de pacientes com 65 anos de idade ou mais apresentam um
ou mais lentigos solares. São causados pela exposição aguda e crônica ao sol, e as
áreas mais afetadas são dorso da mão, braços, colo e ombros. São raras em
pacientes com menos de 50 anos de idade, portanto estas manchas podem ser
chamadas “lentigos senis”. O aparecimento dessas se torna raro na pele protegida
dos raios solares (BAUMANN, 2004 p.67).
       São máculas pequenas circunscritas, possui uma coloração castanha escura
a negra, normalmente com um centímetro de diâmetro (RIBEIRO, 2010 p.182).
       Os lentigos solares, sardas, e lentigos simples são considerados lesões com
importante fator de risco para o surgimento do Carcinoma Baso Celular. Existem
30



diversos tratamentos dessas lesões, porém não existe nenhuma evidência que
comprove que quando há um tratamento bem sucedido o risco de câncer de pele
diminua, sendo necessário que os pacientes com esse tipo de lesão sejam
submetidos a exame de rotina para verificação de um possível câncer de pele
(BAUMANN, 2004 p.67).




                        Figura 3 - Lentigos solares nas mãos
                             Fonte: VIGNJEVOC, 2011



1.6.8 Hiperpigmentação pós-inflamatória



       Pode ser chamada também de alteração pigmentar pós-inflamatória (APPI),
causada por uma variedade de distúrbios da pele, este tipo de hiperpigmentação é
freqüente em pacientes com a pele mais escura, porém pode afetar pessoas de
qualquer tipo de pele, na seqüência do restabelecimento de acne, dermatites de
contato causadas por processos inflamatórios, eczema, alergia podem levar ao
surgimento deste distúrbio (RIBEIRO, 2010 p.181).
       A hiperpigmentação pós-inflamatória se apresenta em áreas em que houve
inflamação sob forma de regiões irregulares pigmentadas em escuro. Pode ocorrer
em qualquer área da pele, é decorrência de um aumento da síntese de melanina em
resposta a uma lesão cutânea. Pode ser difusa ou localizada e sua distribuição na
pele irá depender da localização da lesão original (BAUMANN, 2004 p.69).
31



                                    .



                      A APPI é difícil de tratar porque ocorre em indivíduos suscetíveis a
                      hiperpigmentação subseqüente a inflamação. Inflamação subseqüente
                      como induzida por peelings ou lasers, pioraria o processo.
                      Conseqüentemente, apenas produtos tópicos não irritantes, como
                      Hidroquinona, ácido kójico e retinóides, são potencialmente úteis para tratar
                      essa condição. Esses agentes têm, no entanto, mínima eficácia. A melhor
                      conduta de tratamento é prevenção solar, uso de protetor solar e paciência,
                      porque essas lesões tendem a melhorar com o tempo (BAUMANN, 2004 p.
                      69).




   Figura 4 – Hiperpigmentação pós-inflamatória após aplicação de laser para depilação
                                 Fonte: LIMA, 2011 a




1.6.9 Sardas e/ou Efélides



        Efélides são também chamadas de sardas e constituem lesões pigmentadas
que ocorrem mais comumente na infância e em pessoas de pele clara. Normalmente
apresentam-se como pequenas manchas de cor castanho-avermelhada ou marrom-
claras, aparecendo inicialmente na infância após exposição solar. Quando presentes
as efélides acentuam-se no verão e atenuam-se no inverno. Esta característica
distingue-as dos lentigos, pois neste último, a coloração das manchas permanece
estável independente da exposição solar. As efélides resultam-se do aumento na
quantidade do pigmento de melanina dentro dos queratinócitos basais, Quando os
32



melanócitos, estes são normais em número, porém podem ter tamanho tampouco
aumentado (KUMAR, 2005 p. 1286).




                          Figura 5 – Sardas e/ou éfelides
                              Fonte – LIMA, 2011 b




1.7 Tratamentos das desordens despigmentares



       O tratamento para hiperpigmentação da pele é feito utilizando-se
substâncias despigmentantes ou clareadoras (CORRÊA, 2005 p. 86).
        A determinação da pigmentação da pele é dada através da síntese da
melanina dentro dos melanossomas, que são distribuídos para os queratinócitos
dentro da unidade epidérmo-melânica. Assim, a hiperpigmentação acontece quando
essa síntese ocorre de forma inadequada (BAUMANN, 2004 p. 99).
       Nas discromias da pele, o tratamento é difícil, pois muitas substâncias
efetivas são irritantes e podem em alguns casos causar descamação. Além disso, o
resultado satisfatório não se consegue de imediato, já que o processo de
despigmentação ocorre de forma gradual (CORRÊA, 2005 p.86).
       Os agentes despigmentantes podem agir por diferentes mecanismos de
ação, tais como: inibição da atividade dessa enzima, inibição da formação de
33



melanina, destruição seletiva dos melanócitos, degradação dos melanossomas e
queratinócitos (CORRÊA, 2005 p. 86).




1.7.1 Principais agentes despigmentantes inibidores da tirosinase




1.7.1.1 Hidroquinona




                      Figura 6 - Estrutura química da Hidroquinona
                         Fonte: KATO; SOUZA; GOMES, 2010


        A Hidroquinona (1-4-dihidroxibenzeno) é utilizada em várias formulações
para o clareamento da pele. “Ela também é um ingrediente natural em vários
produtos derivados de plantas, incluindo vegetais, frutas, grãos, café, chá, cerveja, e
vinho”. É considerada há muitos anos como a principal modalidade de tratamento da
hiperpigmentação pós-inflamatória e para o melasma (BAUMANN, 2004 p. 99).
        A hidroquinona (HQ) é também utilizada no tratamento de outras manchas
dermatológicas, como as sardas, lentigos senis e dermatite de berloque (causada
por perfumes) e é o despigmentante de uso tópico mais utilizado (FRASSON;
CANSSI, 2008 p. 197).
        Ela também é utilizada no tratamento de outras manchas dermatológicas,
como as sardas, lentigos senis e dermatite de berloque (causada por perfumes) e é
despigmentante de uso tópico mais utilizado (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197).
34



       “A ação despigmentante da HQ foi descoberta após a verificação da
despigmentação da pele de operários da indústria da borracha que utiliza o
monobenziléter da hidroquinona” (BOLDRINI, 2005 p. 8).
        Ela se apresenta sob forma de cristais incolores ou brancos, finos e com
formato de agulha, é incompatível com bases e meios alcalinos, sais de ferro, e
agentes oxidantes (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197).
        A hidroquinona é hidrossolúvel, podendo ser facilmente incorporada em
formulações, porém apresenta o inconveniente de ser oxidável, necessitando de se
adicionar substâncias antioxidantes. A hidroquinona forma cristais finos com formato
de agulha que na presença de luz escurecem (CORRÊA, 2005 p. 86).
       A hidroquinona atua inibindo a conversão da tirosinase em melanina, ou
seja, ela diminui a atividade da tirosinase em até 90% (DRAELOS, 2009 p. 126).
       Além disso, outros mecanismos estão envolvidos com a diminuição da
proliferação dos melanócitos pela inibição da síntese de DNA e RNA no interior
destas células, interferência na formação e degradação dos melanossomas e
destruição dos melanócito. Pode causar irritações na pele, como queimação e
vermelhidão devido o seu efeito citotóxico sobre os melanócitos (CORRÊA, 2005 p.
87).
       Normalmente      a   hidroquinona    é    associada    a   outros    agentes
despigmentantes, como o ácido glicólico, ácido Retinóico, e o ácido kójico, porém
tem utilidade clínica quando usada isoladamente (BAUMANN, 2004 p. 99).
       A concentração de hidroquinona usual é de 2%, podendo ser prescrita em
concentrações de até 10%. Quanto maior a concentração maior será o risco de
surgirem efeitos colaterais e irritações na pele (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197).
       A hidroquinona é metabolizada pelo fígado através de dois componentes: p:
benzoquinona e glutationa, que são consideradas carcinogênicas (VANZIN;
CAMARGO, 2011 p. 255).
       Um dos efeitos colaterais que ela pode causar, grave, é a ocronose
exógena, que é uma hiperpigmentação fuliginosa na área que está sendo tratada.
Isso ocorre mais em pessoas de pele morena, quando a hidroquinona é utilizada em
altas concentrações, ou por períodos prolongados mesmo em baixa concentração. E
por esse motivo em alguns países foi restringido o uso da hidroquinona, como em
países africanos, países asiáticos, etc (DRAELOS, 2009, p.127).
35



        Normalmente, utilizam-se concentrações de 2% a 5% quando o seu uso for
facial e de 6% a 10% quando for aplicada no tronco e extremidades. Como a
despigmentação obtida é um processo reversível, basta que o tratamento seja
interrompido para que a síntese de melanina volte ao normal, daí a importância do
uso do filtro solar durante e após o tratamento (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197).


                     Existem várias preocupações sobre a segurança da hidroquinona, e seu uso
                     foi abolido na Europa e é altamente regulamentado na Ásia. Essa
                     preocupação se dá em parte porque ela é um metabólito do benzeno e
                     possui propriedades mutagênicas em potencial. O mais sério efeito à saúde
                     humana observado em trabalhadores expostos à hidroquinona é a
                     pigmentação dos olhos e, em um pequeno número de casos, dano
                     permanente da córnea (BAUMANN, 2004 p. 100).




        A hidroquinona é encontrada em diversas formas farmacêuticas, como
soluções, cremes e géis, sendo estabilizadas com a adição de antioxidantes. Os
produtos comerciais que possuem hidroquinona tem validade em torno de dois anos
e os produtos manipulados de um a dois meses normalmente. Muitas vezes a
hidroquinona é associada a substâncias que não são compatíveis com ela, como
são o caso de bioativos de origem protéica, complexantes insolúveis, ou com
agentes oxidantes (BOLDRINI, 2005 p.8).
        Os produtos que contém hidroquinona são eficazes na descoloração das
manchas, porém possuem dois inconvenientes, que são: irritantes para a pele e
também são facilmente oxidados.            A oxidação dos produtos que contém
hidroquinona se da através do oxigênio quando está exposto à luz , que tem a perda
de elétrons da molécula, dando a forma de uma quinona que se oxida a
hidroxiquinona, dando origem a coloração marrom escura (FRASSON; CANSSI,
2008 p. 197).
        Para retardar este processo de oxidação, normalmente utiliza-se uma
combinação de antioxidantes e quelantes e mantêm-se o pH na faixa adequada.
Além disso, estes produtos devem ser armazenados corretamente em embalagens
que não permitem a passagem de luz e que diminuam o contato com o ar
(BOLDRINI, 2005 p.3).
        Para aumentar a estabilidade das formulações contendo hidroquinona
utilizam-se antioxidantes com o sulfito ou metabissulfito de sódio a 0,1%, ou vitamina
36



C a 0,1%. Também podem ser utilizados agentes sequestrantes de íons e utilização
de técnicas que possibilitem uma baixa incorporação de alguns elementos
desestabilizantes, como é o caso do O2 e íons metálicos (BOLDRINI, 2005 p. 3).
           A maioria das prescrições que contém hidroquinona em suas formulações
possui uma concentração de 3% a 4%, dando mais segurança e bons resultados em
relação à redução da hiperpigmentação (DRAELOS, 2009 p. 127).
           O uso de hidroquinona está associado a alguns efeitos adversos como:
Irritações na pele, alergias, hiperpigmentações pós-inflamatória, hipopigmentação,
ocronose, etc (BOLDRINI, 2005 p. 3).




1.7.1.2 Ácido Kójico




                                 Figura 7 - Ácido Retinóico
                                 Fonte: BAUMANN, 2004


           O ácido kójico (5-hidróxi-2-hidroximetil-4H-piran-4-ona) é uma substância de
origem natural, obtida a partir da fermentação de fungos Aspergillus, Acetobacter e
penicillium, utilizado amplamente como aditivo em alimentos e como despigmentante
em produtos para uso tópico. Esse ácido pertence ao grupo dos ácidos fenólicos
“com duas hidroxilas e, deste modo, dois prótons ionizáveis” (OLIVEIRA et al., 2007
p. 576).
           Seu mecanismo de ação é dado através da inibição não-competitiva da
enzima tirosinase, através da quelação de íons que são necessários para a atividade
dessa enzima, inibindo assim sua ação. Ele também reduz a síntese do processo de
37



melanogênese, bloqueando o processo de oxidação da formação da melanina
(RIBEIRO, 2010 p. 187).
        Uma das vantagens desse ácido é que ele não causa irritação na pele do
paciente, podendo ser usado durante o dia. Seu efeito é observado depois de duas a
quatro semanas de uso contínuo, mas dependendo da pele o efeito demora mais
para aparecer (CORRÊA, 2005, p. 86).
       Esse ácido é utilizado em concentrações de 1% a 4%, e quando associado a
outros ingredientes ele fica mais efetivo. Normalmente os produtos que contêm
ácido kójico são usados em um período de um a dois meses, ou até que se obtenha
o efeito desejado (DRAELOS, 2009 p. 128).
       Quando o ácido kójico é utilizado como produtos dermocosméticos, ele
causa um aumento da durabilidade destes produtos, graças à sua ação antibiótica e
preservativa. Por ser estável, ele apresenta vantagens em relação à hidroquinona e
outras substâncias despigmentantes (BAUMANN, 2004 p.100).




1.7.1.3 Acido Retinóico




                             Figura 8 - Ácido Retinóico
                              Fonte: SANTOS, 2011



       O ácido Retinóico quando utilizado topicamente é chamado tretinoína. Seu
uso se deu a partir da década de 1960 para tratamento de distúrbios do processo de
queratinização e, posteriormente, para o tratamento da acne. Recentemente passou
38



a ser utilizado para fotoenvelhecimento e em forma de peelings (CLAUDIO;
KLINGELFUS; FERNANDES, 2011 p. 1).
       A tretinoína possui ação queratolítica e esfoliante a nível celular, e estimula a
síntese de uma nova produção de colágeno. É usada no tratamento da acne,
acelerando a renovação da pele e prevenindo a formação de comedões, além disso,
também podem ser utilizada no tratamento de estrias e de melasmas. Quando
associada ao minoxidil, tem como finalidade aumentar a absorção deste último
(CLAUDIO; KLINGELFUS; FERNANDES, 2011 p.1).
       Apesar de ser utilizado com freqüência como agente adjuvante no
tratamento dos distúrbios da pigmentação, seu mecanismo de ação ainda não está
completamente compreendido, mas existem alguns estudos que demonstram que o
ácido retinóico inibe a indução da tirosinase, e conseqüentemente a melanogênese,
fazendo com que esse ácido seja mais eficaz no tratamento de melasma
(BAUMANN, 2004 p.102).
       Esse ácido é facilmente oxidável, portanto é recomendável o uso de
antioxidantes nas formulações. Normalmente a estabilidade do ph desse ácido varia
de 0,01% a 0,05% ou até 5,0% para tratamento de estrias (SOUZA; ANTUNES JR,
2009 p.450).




1.7.1.4 Acido Glicólico




                             Figura 9 - Ácido Glicólico
                  Fonte: FIORUCCI; SOARES; CAVALHEIRO, 2002




       O ácido glicólico é um (alfa-hidroxiácido) conhecido como AHA. Suas
propriedades são encontradas em alimentos naturais como a cana-de-açúcar, que
39



são ideais para ser utilizados na dermocosmética. É considerado um queratinolítico,
pois tem uma pequena estrutura química que apresenta um grande poder de
penetração (PERSSONELLE, 2004 p.97).
        Sua absorção está nas diferentes camadas da pele e reduz o excesso de
queratinização, levando ao afinamento da camada extrato-córneo, sendo útil na
renovação da epiderme e causando a redução visível de linhas faciais (HENRIQUES
et al., 2007 p.1).
        Sua concentração é utilizada de 4%, 8%, 10% e 15%, acima dessas
concentrações ele tem efeito de “peeling”, pois o ácido glicólico tem efeito de
descamação na pele (MANCRINI, 2004 p.16).
        Com adição de ácido glicólico nas formulações de hidroquinona, ocorre um
aumento da eficácia do produto, devido ao aumento da penetração deste na pele
(DRAELOS, 2009 p.129)
        É considerado um agente clareador hidrofílico, por aumentar a hidratação e
a elasticidade da pele. Além disso, ele promove a estimulação direta da produção de
colágeno, elastina e mucopolissacarídeos das camadas profundas da pele
(HENRIQUES et al., 2007 p.1).
40



                                    OBJETIVOS



                               OBJETIVO GERAL



       Avaliar o perfil da dispensação do princípio ativo Hidroquinona nas farmácias
magistrais de Fernandópolis - SP.



                           OBJETIVOS ESPECÍFICOS



        Abordar aspectos sobre fatores que desencadeiam a hiperpigmentação
cutânea.
        Descrever sobre os ácidos pertencentes a classe dos inibidores da
enzima tirosinase.
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                             MATERIAIS E MÉTODOS



        O presente trabalho foi realizado a partir de uma revisão descritiva com
busca sistematizada da literatura em livros, teses, dissertações, artigos periódicos e
boletins informativos, disponíveis em bibliotecas e base de dados on-line. Foi
realizado através de pesquisa de campo em 13 de agosto de 2011 um questionário
(segue em apêndice) contendo 10 questões onde os funcionários e farmacêuticos
das farmácias magistrais de Fernandópolis eram abordados, se totalizando 09
farmácias participantes.
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                          RESULTADOS E DISCUSSÕES




                                 0%

                        22%

                                                                       1a4

                                                                       5 a 10
                                           78%
                                                                       Mais de 10




      Figura 10: Quantidade média diária dispensada de produto contendo o
princípio ativo Hidroquinona.


      Dentre as nove farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 78%
(n=7) delas relataram que manipulam de 1 a 4 fórmulas contendo o princípio ativo
Hidroquinona diariamente, 22% (n=2) delas relataram manipular de 5 a 10, e
nenhuma delas relataram manipular mais de 10.
43




                                11%

                 22%                                                  10 a 30

                                                67%                   40 a 60

                                                                      Mais de 70




      Figura 11: Quantidade média mensal dispensada de produtos contendo o
princípio ativo Hidroquinona.


      Das nove farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 67% (n=6)
delas relataram dispensar de 10 a 30 formulações mensais contendo o princípio
ativo Hidroquinona, 22% (n=2) delas relataram de 40 a 60 e 11% (n=1) mais de 70
formulações mensais.
44




                     22%


                                                                   Mulheres

                                         78%                       Ambos Sexos




      Figura 12: Procura de produtos contendo este princípio ativo é maior por
mulheres, ou ambos os sexos


       Entre as farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 78% (n=7)
relataram que a procura de agentes despigmentante como a Hidroquinona é maior
por mulheres, já 22% (n=2) farmácias relataram que existe uma dispensação
equilibrada para ambos os sexos.
45




                                             22%
              45%
                                                                         25 a 30 anos

                                                                         35 a 40 anos
                                             33%
                                                                         45 a 50 anos




      Figura 13: Faixa etária que mais procura formulações contendo o princípio
ativo Hidroquinona


      Dentre todas as farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 22%
(n=2) relataram que a maior procura é de 25 a 30 anos, 33% (n=3) disseram que é
de 35 a 40 anos e 45% (n=4) relataram que a maior procura de formulações
contendo o princípio ativo Hidroquinona é de pessoas de 45 a 50 anos. Nota-se que
o índice de procura por mulheres com mais idade é maior, pois se trata da faixa
etária mais atingida com problemas de hiperpigmentações cutâneas.
46




                                                  44%

                  56%                                                  SIM

                                                                       NÃO




      Figura 14: Contendo formulações com a hidroquinona são dispensadas com
receita médica.


      As farmácias de manipulação magistral entrevistadas, 44% (n=4) delas
relataram que as formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona são
dispensadas sem receita médica e 56% (n=5).
47




                   33%


                                                                        2% a 5%
                                                 67%
                                                                        6% a 10%




      Figura 15: Concentração usual mais dispensada.

          Das nove farmácias magistrais entrevistadas, 67% (n=6) delas relataram
que a concentração mais dispensada de Hidroquinona é de 2% a 5% e 33% (n=3)
delas relataram dispensar de 6% a 10%. Com base nesses resultados comprova-se
que a maior parte das farmácias opta por dispensar Hidroquinona em menores
concentrações, evitando maiores danos, mas a outra parte continua dispensando
Hidroquinona em maiores concentrações, não se sabe com ou sem prescrição
médica.
48




                                   0%




                                                                            Uso facial

                                  100%                                      Uso corporal




      Figura 16 - A Hidroquinona é mais dispensada em área facial ou corporal

      Das nove farmácias entrevistadas, todas elas relataram dispensar o princípio
ativo Hidroquinona para uso facial. Isso nos mostra uma divergência de resultados,
pois houve relatos de dispensações em concentrações usual para o corpo como é
mostrado na figura 15, ou seja, maiores do que indicado para tratamento facial.
49




                                     0%




                                                                             Manhã

                                    100%                                     Noite




      Figura 17: Horário indicado para o uso dos produtos contendo o princípio
Hidroquinona através da atenção farmacêutica prestada.


      Todas as farmácias entrevistadas relataram prestar atenção farmacêutica
adequada e orientar seu cliente quanto ao uso racional de formulações contendo o
princípio ativo Hidroquinona, informando-lhes sobre seus efeitos a exposição solar,
como aumento das manchas e quanto ao uso do protetor solar sempre que haver
exposição à radiação ultravioleta (RUV).
50




                                               33%
               45%                                                      Ácido Kójico


                                                                        Ácido Glicólico
                                      22%
                                                                        Ácido Retinóico




      Figura 18: O agente despigmentante mais dispensado.


      Nas farmácias magistrais entrevistadas, 45% (n= 4) delas relataram que nos
dias de hoje o Ácido Retinóico é o ácido mais dispensado, já 33% (n= 3) relataram o
Ácido Kójico e 22% (n= 2) relataram ser o Ácido Glicólico mais dispensado.
51




                              0%




                                                                   Associações

                              100%                                 Apensa Hidroquinona




      Figura 19: Formulações mais prescritas contendo associações ou apenas
com a Hidroquinona.

       Todas as farmácias entrevistadas relataram que a Hidroquinona é mais
prescrita juntamente com associações, justificando assim a diminuição do uso
apenas do princípio ativo Hidroquinona, pelo seu alto risco de efeitos adversos e
colaterais.
52




                                   CONCLUSÃO



      De acordo com a pesquisa elaborada nas farmácias de manipulação
magistrais de Fernandópolis, pode-se concluir que a Hidroquinona esta sendo
menos indicada pelos médicos. Estes têm preferido outros ácidos despigmentantes
como o ácido retinóico, ácido kójico e o ácido glicólico como tratamento, por serem
menos irritantes evitando o risco de reações adversas e efeitos colaterais, visando o
sucesso da terapêutica.
      Conforme dados coletados em pesquisas bibliográficas, outros inconvenientes
de sua formulação é sua instabilidade química, pois se oxida facilmente.
      Com a pesquisa realizada pode-se notar que há uma grande procura dos
agentes despigmentantes como a Hidroquinona, principalmente por mulheres com
idade de 45 a 50 anos.
      Os efeitos indesejados devido à falta de orientação se comprovam na
pesquisa realizada.
      A falta de conhecimento das farmácias também é evidenciada nesta
pesquisa, pois todas as formulações desenvolvidas são para o tratamento de
hipercromias faciais, onde a concentração usual é de 2% a 5%, porem houve relatos
de dispensação de Hidroquinona em contrações de 6% a 10%, deixando claros a
maior chance de efeitos adversos e fracasso no tratamento, podendo piorar as
hipercromias.
53



                                  REFERÊNCIAS


AZULAY, R. D; AZULAY, D. R; ABULAFIA. L. A. Dermatologia. 5ª ed. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan, p. 2-5, 10-12, 2011.


BAUMANN, L. Dermatologia Cosmética. Rio de Janeiro: Editora Revinter, p. 65-69,
2004.


BOLDRINI, F. Obtenção e Caracterização do Complexo Molecular
Hidroquinona/Beta-Ciclodextrina e Estudo do Uso Dermatológico. 2005. 116 f.
(Mestre em Ciências Farmacêuticas) – Faculdades de Ciências Farmacêuticas.
Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara.


CORAZZA, S. Peeling e suas combinações, 2010.                      Disponível   em:
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CORRÊA, G. M. Tratamento de hipercromia pós inflamatória com diferentes
formulações             clareadoras.            2005          Disponível         em:
<http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/17/tratamento_de_hipercromia.pdf>.
p. 84-86, Acesso em: 02/09/2011.


DRAELOS, Z. D. Cosmecêuticos. 2ª ed. São Paulo: Editora Elsevier, Cáp. 15, p.
125-126, 2009.


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WWBSjhW_Xg==>, p.1, Acesso em: 18/11/2011.


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02/10/2011.


VANZIN, S. B.; CAMARGO, C. P. Entendendo Cosmecêuticos Diagnósticos e
Tratamentos. 2 ed. São Paulo: Santos, p. 243-258, 2011.
57




APÊNDICES


QUESTIONÁRIO

PERFIL DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL


Esse questionário visa colher informações sobre a comercialização da Hidroquinona
nas farmácias magistrais de Fernandópolis.

   1. Qual é a quantidade média diária dispensada de produto contendo o princípio
       ativo Hidroquinona?
( )1a4
( ) 2 a 10
( ) Mais de 10


   2. Qual é a quantidade média mensal dispensada de produtos contendo o
      princípio ativo Hidroquinona?

( ) 10 a 30
( ) 40 a 60
( ) Mais de 70

   3. A procura de produtos contendo este princípio ativo é maior por mulher, ou
       ambos os sexos?
( ) Mulheres
( ) Ambos os sexos


   4. Quais as faixas etárias que mais procura formulações contendo o princípio
       ativo Hidroquinona?
( ) 25 a 30
( ) 35 a 40
( ) 45 a 50


   5. Formulações contendo este princípio ativo são dispensadas com receita
       médica?
( ) SIM
58



( ) NÃO


   6. Qual sua concentração usual mais dispensada?
( ) 2% a 5%
( ) 6% a 10%


   7. A Hidroquinona é mais dispensada para uso facial ou corporal?
( ) Facial
( ) Corporal


   8. Qual horário indicado para o uso dos produtos contendo o princípio
       Hidroquinona.
( ) Manhã
( ) Noite


   9. Qual o agente despigmentante mais dispensado.
Resposta: _____________________________________.


   10. As formulações são mais prescritas com associações ou apenas com a
       Hidroquinona, como princípio ativo.
( ) Associações
( ) Apenas a Hidroquinona

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Perfil da Hidroquinona

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CAMILA DE SOUSA CATALANO HELOISE CARLA DA SILVA ISABELA ARGENTÃO CICARELLI PERFIL DA DISPENSAÇÃO DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS 2011
  • 2. 2 CAMILA DE SOUSA CATALANO HELOISE CARLA DA SILVA ISABELA ARGENTÃO CICARELLI PERFIL DA DISPENSAÇÃO DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS Monografia apresentada ao Curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das exigências para conclusão do curso de graduação em Farmácia.. Orientadora: Profª. Esp. Valeria Cristina José Erédia Fancio FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FERNANDÓPOLIS – SP 2011
  • 3. 3 CAMILA DE SOUSA CATALANO HELOISE CARLA DA SILVA ISABELA ARGENTÃO CICARELLI PERFIL DA DISPENSAÇÃO DE HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS Monografia apresentada ao Curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das exigências para conclusão do curso de graduação em Farmácia Banca examinadora Assinatura Conceito Profª. Esp. Valéria Cristina Jose Erédia Fancio (Orientadora) Profª. Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira Prof. Ms. Ocimar Antônio de Castro Aprovada em __ de novembro de 2011 Profª. Esp. Valéria Cristina Jose Erédia Fancio Presidente da Banca Examinadora
  • 4. 4 Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pela força dada para chegar até aqui, aos nossos pais, pelo incentivo ao decorrer desta caminhada, aos nossos namorados pela ajuda neste projeto, paciência e amor e aos nossos amigos, pelo ombro amigo, pelas risadas e por todos os momentos em que passamos juntos.
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS Agradecemos imensamente a nossos pais, que compartilharam de nossos ideais e nos ajudaram alimentando nossos sonhos, nessa longa jornada e ainda hoje quando esta responsabilidade já não mais lhes cabe, permanecem vigilantes, estimulando e incentivando tudo aquilo que possa significar o meu crescimento. Assim fazemos desta conquista um instrumento de gratidão por sempre estarem ao nosso lado em todos os momentos em todos estes anos de estudo. A nossos professores: Estes os quais abriram o caminho do conhecimento durante esta longa jornada e aqui neste trabalho têm um pouco de cada um. Obrigada. Em especial a nossa querida Profª Esp. Valéria Cristina Jose Erédia Fancio, pela compreensão, pelo apoio e por nos acolher nos momentos de desespero. Sem dúvidas não poderia ter escolhido por orientadora melhor. Obrigada. Enfim a Deus, pois sem ele nada seria possível, nos dando esperança, força, vontade, discernimento e sabedoria. Obrigada Senhor por estar ao nosso lado em mais esta etapa de nossa vida, que saibamos exercer com excelência esta nova etapa que ainda esta por vir. Obrigada.
  • 6. 6 “Determinando tu algum objetivo, se-ter-á firme em teu negócio, e a luz brilhará em teus caminhos” Jô 22:28
  • 7. 7 RESUMO PERFIL DA DISPENSAÇÃO DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL DE FERNANDÓPOLIS A pele é o maior órgão do corpo humano, dividida em três camadas: a epiderme, responsável pela barreira de defesa, a derme constituída de tecido conjuntivo e logo abaixo se localiza a hipoderme, rica em tecido gorduroso. A cor da pele se da pela produção de um pigmento chamado melanina, produzido a partir de organelas chamadas melanossomas, estas organelas estão distribuídas nas camadas epidérmicas dando origem a sua cor. As desordens pigmentares ou discromias são resultantes do aumento deste pigmento chamadas de hipercromias que podem ser desencadeadas por fatores internos ou externos, são conhecidas como melasmas, sardas ou efélides, hiperpigmentação pós inflamatória e lentigos solares. Existem inúmeros tipos de tratamentos para essas desordens como o uso de agentes despigmentantes inibidores da atividade da tirosinase como a Hidroquinona, apresenta-se instável a processos oxidativos. Para aumentar sua estabilidade nas formulações é necessária a adição de antioxidantes e quelantes mantendo um ph ideal entre 3,0 e 4,5. Apresenta rápida resposta clareadora e baixo custo, em contra partida produz efeitos adversos e colaterais como hipopigmentação em confete e ocronose por isso têm sido banida em alguns países e substituída por outros agentes despigmentantes. Este trabalho teve por objetivos abordar fatores que desencadeiam a hiperpigmentação e avaliar o perfil da dispensação do princípio ativo Hidroquinona nas farmácias de manipulação do município de Fernandópolis. Este trabalho referencia um embasamento juntamente com levantamento de dados através de pesquisa de campo. Palavra – chave: discromias; hiperpigmentação; hidroquinona; manipulação.
  • 8. 8 ABSTRACT PROFILE OF DISPENSING HYDROQUINONE IN PHARMACIES HANDLING MASTERFUL FERNDALE The skin is the largest organ in the human body is divided into three layers: the epidermis, responsible for defense barrier, the dermis consisting of connective tissue and is located just below the hypodermis rich in fat tissue. The color of the skin by production of a pigment called melanin, produced from organelles called melanosomes, in turn distribute the epidermal layers giving rise to its color, or pigment dyschromia are disorders resulting from the increase of this pigment called hyperchromia that can be triggered by internal or external factors, are known as melasma, freckles or ephelides, post inflammatory hyperpigmentation and solar lentigines. There are numerous types of treatments for disorders such as the use of depigmenting agents in the synthesis of tyrosinase inhibitors such as hydroquinone, but it has a high degree of oxidation. To increase its stability requires the addition of antioxidants and chelating keeping your ideal pH between 3 and 4.5. It features lightening fast response and low cost, but produces side effects like ochronosis and confetti-like hypopigmentation so have been banned in some countries and replaced by other depigmenting agents. This work aimed to study factors that trigger hyperpigmentation and assess the acid Hydroquinone pharmacies in the city of Fernandópolis.The methodology used was based on literature searches with data collection through field research. Keyword: dyschromia; hyperpigmentation; hydroquinone; pharmacies
  • 9. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Componentes da pele ............................................................................... 17 Figura 2 - Melasma ................................................................................................... 29 Figura 3 - Lentigos solares nas mãos ....................................................................... 30 Figura 4 – Hiperpigmentação pós inflamatória após aplicação de laser para depilação ................................................................................................................... 31 Figura 5 – Sardas e/ou éfelides................................................................................. 32 Figura 6 - Estrutura química da Hidroquinona ........................................................... 33 Figura 7 - Ácido Retinóico ......................................................................................... 36 Figura 8 - Ácido Retinóico ......................................................................................... 37 Figura 9 - Ácido Glicólico .......................................................................................... 38 Figura 10 - Quantidade média diária dispensada de produto contendo o princípio ativo Hidroquinona. ................................................................................................... 42 Figura 11 - Quantidade média mensal dispensada de produtos contendo o princípio ativo Hidroquinona. ................................................................................................... 43 Figura 12 - Procura de produtos contendo este princípio ativo é maior por mulheres, ou ambos os sexos ................................................................................................... 44 Figura 13 - Faixa etária que mais procura formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona ............................................................................................................. 44 Figura 14 - Contendo formulações com a hidroquinona são dispensadas com receita médica. ...................................................................................................................... 45 Figura 15 - Concentração usual mais dispensada. ................................................... 46 Figura 16 - A Hidroquinona é mais dispensada em área facial ou corporal .............. 48 Figura 17 - Horário indicado para o uso dos produtos contendo o princípio Hidroquinona através da atenção farmacêutica prestada. ........................................ 49 Figura 18 - O agente despigmentante mais dispensado. ......................................... 50 Figura 19 - Formulações mais prescritas contendo associações ou apenas com a Hidroquinona. ............................................................................................................ 51
  • 10. 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS RUV - Radiação Ultravioleta DOPA – 3, 4 – diidroxifenilalanina APPI - Alteração pigmentar pós-inflamatória AHA - Alfa-hidroxiácido HQ - Hidroquinona
  • 11. 11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 1. PELE ..................................................................................................................... 16 1.1 Funções.............................................................................................................. 17 1.2 Constituição cutânea ........................................................................................ 18 1.2.1 Epiderme ......................................................................................................... 18 1.2.2 Camada Basal ................................................................................................. 19 1.2.3 Camada espinhosa ou de malpighi............................................................... 19 1.2.4 Camada granulosa ......................................................................................... 20 1.2.5 Camada lúcida ................................................................................................ 20 1.2.6 Camada córnea ............................................................................................... 20 1.2.7 Junção dermoepidérmica .............................................................................. 21 1.3 Derme ................................................................................................................ 21 1.4 Hipoderme.......................................................................................................... 22 1.5 Anexos cutâneos ............................................................................................... 23 1.6 Pigmentações da pele ....................................................................................... 24 1.6.1 Melanócito....................................................................................................... 24 1.6.2 Melanogênse ................................................................................................... 25 1.6.3 Hiperpigmentação cutânea ............................................................................ 26 1.6.4 Melanodermias ............................................................................................... 26 1.6.5 Distúrbios da pigmentação ........................................................................... 27 1.6.6 Melasma .......................................................................................................... 28 1.6.7 Lentigos Solares ............................................................................................ 29 1.6.8 Hiperpigmentação pós-inflamatória ............................................................. 30 1.6.9 Sardas e/ou Efélides ...................................................................................... 31 1.7 Tratamentos das desordens despigmentares ................................................ 32 1.7.1 Principais agentes despigmentantes inibidores da tirosinase .................. 33 1.7.1.1 Hidroquinona ............................................................................................... 33 1.7.1.2 Ácido Kójico ................................................................................................ 36 1.7.1.3 Acido Retinóico ........................................................................................... 37 1.7.1.4 Acido Glicólico ............................................................................................ 38 OBJETIVOS .............................................................................................................. 40
  • 12. 12 OBJETIVO GERAL ................................................................................................... 40 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................................... 40 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................ 41 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................................. 42 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 52 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53 APÊNDICES ............................................................................................................. 57
  • 13. 13 INTRODUÇÃO De acordo com Côrrea (2005, pág. 84) a pele é o maior órgão do corpo humano, é divida em três camadas. A camada mais externa é a epiderme, também responsável pela barreira de defesa, a camada intermediaria é conhecida como derme, logo abaixo se localiza a hipoderme, rica em tecido gorduroso. A cor da pele se da pela produção de um pigmento marrom – escura chamada melanina. Este pigmento é produzido a partir organelas chamadas melanossomas, presentes dentro das células dendríticas chamados melanócitos, estas células apresentam terminações dendríticas que penetram na camada basal, transportando os melanossomas para os queratinócitos que por sua vez se distribuem nas camadas epidérmicas dando origem a sua cor (GOMES; DAMAZIO, 2009 p.15). As desordens pigmentares ou discromias são resultantes do aumento de pigmentos (hipercromia), diminuição (hipocromia) ou ausência (acromia) (FILHO, 2006 p.1226). A hipocromia é caracterizada pela diminuição de melanina, originando manchas mais claras do que o tom da pele, já a acromia são manchas de diferentes formatos causadas pela ausência total de melanina (CÔRREA, 2005 p.85). A produção excessiva de melanina causada por fatores internos ou externos originam manchas mais escuras do que o tom da pele, chamadas de hipercromias, conhecidas como melasmas, sardas ou efélides, hiperpigmentação pós-inflamatória e lentigos solares (CÔRREA, 2005 p.85). O melasma pode ser relacionado às alterações hormonais como gravidez, uso de anticoncepcionais e também tem como fator desencadeante a exposição da pele a luz solar ou raios ultravioletas artificiais. É caracterizada por manchas escuras ou acastanhada na face, que se localizam nas maças do rosto, testa, nariz, lábio superior e têmporas (CORAZZA, 2010 p. 6). Já as sardas ou efélides tem como fator desencadeante a exposição da pele ao sol ou em luz ultravioleta artificial, caracteriza - se por manchas pequenas arredondadas de cor castanhas avermelhadas ou marrons claro, normalmente surgem na infância, em pessoas de pele clara e ruivas (MIOT et. al., 2009 p. 624).
  • 14. 14 Os casos de hiperpigmentações pós-inflamatórias são encontrados freqüentemente em pós-operatório, cirurgias cutâneas, lesões de acne, queimaduras e dermatites de contato causadas por processos inflamatórios. É caracterizado por manchas irregulares de cor marrom que podem ocorrem em qualquer área da pele, freqüentemente em fototipos mais escuros (BAUMANN, 2004 p. 69). Os lentigos solares são hipercromias que geralmente surgem em pessoas com mais de 50 anos, devido à exposição prolongada ao sol e também pela incidência dos raios ultravioletas artificial. Essas manchas têm maior freqüência em lugares como dorso das mãos e dos braços, o colo e os ombros (BAUMANN, 2004 p. 67). Existem inúmeros tipos de tratamentos para as desordens hiperpigmentares, porém com diferenças no mecanismo de ação: destruição seletiva dos melanócitos; inibição da formação de melanossomas e alteração de sua estrutura; inibição da formação de melanina; interferência no transporte dos grânulos de melanina; alteração química da melanina; degradação de melanossomas e queratinócitos; inibição da biossíntese da tirosinase (CORRÊA, 2005 p. 86). Temos como agentes despigmentantes inibidores da tirosinase o Arbutin, Albatin o Ácido Kójico, o Ácido Fítico, o Algowhite, Idebenona, Mequinol e a Hidroquinona (VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 244). A Hidroquinona esta entre os principais cremes dermatológicos manipulados na farmácia magistral é um ácido despigmentante, de rápida resposta clareadora e baixo custo. Consiste em um composto fenólico inibidor da oxidação enzimática da tirosina em 3,4- diidroxifenilalanina (DOPA). Sua concentração usual mais comercializada na farmácia magistral é de 2%, pois apresenta menor risco de efeitos colaterais, porém podem ser utilizadas em até 10%. Para tratamentos faciais utilizam-se de 2% a 5%, e quanto os tratamentos corporais de 6% a 10%. A Hidroquinona apresenta um alto grau de oxidação, acelerada pela exposição da luz, presença de metais (ferro e cobre) e agentes oxidantes como o oxigênio (O2) (VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 254). Para aumentar sua estabilidade e evitar o escurecimento da formulação é necessária a adição de antioxidantes como o metabissulfito de sódio e quelantes como o EDTA, mantendo assim seu ph ideal entre 3 e 4,5. Baixas temperaturas podem diminuir a velocidade de oxidação, por isso recomenda-se o armazenamento
  • 15. 15 de seus cremes em geladeira, além de serem armazenadas em bisnagas metálicas que impedem a incidência de luz (SHIMABUKU et. al., 2009 p. 31). Sua metabolização ocorre no fígado em dois componentes: p-benzoquinona e glutationa consideradas substâncias carcinogênicas derivadas do benzeno, além de produzir efeitos colaterais como hipopigmentação em confete e ocronose por isso têm sido banida em alguns países e substituída por outros agentes despigmentantes (VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 256). O presente trabalho teve como objetivos abordar fatores que desencadeiam a hiperpigmentação e avaliar o perfil do ácido Hidroquinona nas farmácias de manipulação magistral do município de Fernandópolis. Este trabalho serve como ponto de partida para o aprofundamento de estudos em relação ao perfil da Hidroquinona nas preparações magistrais, apresentando suas vantagens e desvantagens.
  • 16. 16 1. PELE A superfície corpórea é constituída por um órgão ao qual chamamos de pele, constituindo 16% do peso corporal, se tornando o maior órgão do corpo humano. Tem como limites a boca, fossas nasais, conjuntivas, membranas timpânicas, uretra, vagina e o ânus (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 360). A pele é constituída por camadas de origem ectodérmica e mesodérmica, porém funcionam interdependentes: a epiderme, e a derme. Há também uma terceira camada composta de tecido adiposo subcutâneo chamado de hipoderme (ELDER, 2011 p.7). A união entre a epiderme e a derme apresenta irregularidades. Essas irregularidades se da pelo fato da derme possuir projeções chamadas de papilas dérmicas e a epiderme possui espessamentos denominados cristas epidérmicas, aumentando a área de contato e a superfície de coesão entre ambas as camadas. De acordo com sexo, idade e região anatômica, a espessura e textura cutânea distinguem-se entre fina e espessa. Nas regiões palmares e plantares além da face posterior do pescoço o tegumento é mais espesso, já no dorso dos pés e mãos, antebraço, braço, seios, saco escrotal, pálpebras e face anterior do pescoço a pele é mais fina (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 360). A coloração característica da pele esta relacionada com as, condições do meio, regiões do corpo e a raça do indivíduo. Em regiões como o dorso da mão, órgãos genitais e aréolas mamárias há maior concentração de melanina e partes expostas a radiação ultravioleta a pigmentação é mais escura. Em um individuo negro há uma maior concentração de melanina, já em um albino existe a ausência deste pigmento não só na pele como nos pelos. Este pigmento proporciona a proteção da luz solar, se tornando uma defesa natural (ELDER, 2011 p.14).
  • 17. 17 Figura 1: Componentes da pele Fonte: AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R.; ABULAFIA, L. A., 2011. 1.1 Funções A pele como envoltório desempenha variadas funções com relação ao meio externo, tendo como principal a manutenção da homeostasia, impedindo a perda da água, promovendo assim a sudorese de termorregulação corporal controlada pelas glândulas sudoríparas. Estas desempenham a função excretora de água e eletrólitos com o objetivo de eliminar o calor de dentro do organismo. Com a finalidade de proteger, a pele atua como uma barreira protetora que impede ações de agentes
  • 18. 18 biológicos, químicos e mecânicos resistindo à penetração de agentes estranhos como substâncias tóxicas e microorganismos. Por meio de terminações nervosas encontradas na epiderme recebem-se estímulos como dor, calor, frio, tato e pressão do meio externo que os envia para o sistema nervoso central. Além da síntese de vitamina D através da absorção de Radiação Ultravioleta (RUV), há também a produção de um pigmento na epiderme chamado de melanina, que tem como função proteger a pele contra a incidência direta desta radiação (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 359). 1.2 Constituição cutânea A pele pode ser dividida em duas camadas: a epiderme, e a derme. Já uma terceira camada subcutânea composta por tecido adiposo, é chamada hipoderme. Pêlos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas são chamados de anexos cutâneos, caracterizando assim estruturas acessórias da pele (ELDER, 2011 p.7). 1.2.1 Epiderme A porção externa da pele é chamada de epiderme, é constituído por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado onde suas células se organizam de forma coesa, aderidas umas as outras (HARRIS, 2009 p.19). As células que compõem a epiderme são: os queratinócitos, os melanócitos, as células de Langerhans e as células Merkel (ELDER, 2011 p.7). A epiderme se divide basicamente em cinco camadas, à medida que os queratinócitos se diferenciam em direção a superfície, são denominadas: camada basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e camada córnea (HARRIS, 2009 p. 19).
  • 19. 19 1.2.2 Camada Basal A camada basal é a camada mais profunda da epiderme, é conhecida por sua alta capacidade de renovação celular, pois ocorre uma produção permanente de queratinócitos, ou seja, uma produção mitótica, que à medida que se diferenciam passam para a superfície formando a camada espinhosa ou de Malpighi, desta para a camada granulosa, passando para a camada córnea onde as células anucleadas serão descamadas, este processo tem duração em média de quatro semanas (ELDER, 2011 p.7). A camada basal é composta por basicamente dois tipos celulares:  Queratinócitos: Os queratinócitos são células que sofrem diversos estágios de diferenciação, acumulando filamentos de queratina no citoplasma. São de contorno ovóide, citoplasma basófilo e núcleo oval grande. À medida que se diferenciam promovem constante renovação celular (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011, p. 3).  Melanócitos: São células dendríticas que apresentam um núcleo intensamente corado. É responsável pela produção de um pigmento chamado melanina o que resulta a cor da pele (HARRIS, 2009 p. 22). 1.2.3 Camada espinhosa ou de malpighi É formada por células que à medida que se exteriorizam se tornam achatadas e poliédricas, apesar de não haver mais a síntese de queratina, estes filamentos ainda persistem no citoplasma desta célula. Embora os desmossomos sejam encontrados na epiderme é nesta camada que ele se encontra em maior quantidade, mantendo as células unidas e dando um aspecto espinhoso (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R.; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 3).
  • 20. 20 1.2.4 Camada granulosa As células da camada granulosa são achatadas e ao migrarem da camada espinhosa para a camada granulosa, formam algumas fileiras de células onde o citoplasma destas, se encontra repleto de grânulos basofílicos, chamados de cerato- hialina. Já os grânulos lamelares são vesículas secretoras que liberaram seu conteúdo no espaço intercelular formando uma barreira lipídica responsável pela impermeabilidade da pele, impedindo a desidratação do organismo. Esta camada se encontra em grande atividade metabólica, sintetizando os elementos que faltam para o surgimento da camada córnea (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A; 2011 p. 4). 1.2.5 Camada lúcida Esta localizada entre a camada granulosa e a camada córnea, suas células não possuem organelas e são anucleadas, são compostas de filamentos de queratina densamente compactados (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 360). Esta camada está presente em regiões onde a pele é mais delgada como nas solas dos pés e palmas das mãos, exercendo função de proteção mecânica (HARRIS, 2009 p. 26). 1.2.6 Camada córnea É o resultado do último processo de diferenciação dos queratinócitos, dando origem a última camada da epiderme. São células anucleadas ricas em filamentos de queratina (RIBEIRO, 2010 p. 22).
  • 21. 21 São envoltas por uma barreira lipídica hidrofóbica, formando um envelope celular, logo ocorre à destruição dos desmossomos gradativamente e, por conseguinte a descamação tecidual das células mais externas (AZULAY, R. D. ; AZULAY, D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 4). Esta descamação ocorre devido à proliferação dos queratinócitos na camada basal (HARRIS, 2009, p.133). Esta camada desempenha proteção mecânica além de regular a homeostasia (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 4). 1.2.7 Junção dermoepidérmica A epiderme e a derme unem-se de maneira irregular e sinuosa de forma em que a epiderme penetra na derme através das cristas epidérmicas e a derme salienta-se na epiderme através das papilas dérmicas, esta estrutura também chamada de membrana basal é responsável pela adesão dermoepidérmica e serve também como barreira semipermeável. Esta união é composta pela membrana da célula basal e seus hemidesmossomos, lâmina lúcida, lâmina densa e sublâmina densa (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 5). 1.3 Derme A derme é constituída por uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado onde há uma matriz extracelular composta por vários tipos de fibras colágenas e fibras elásticas, onde estas são formadas por elastina e microfibrilas (ELDER, 2011 p. 38). É uma camada vascularizada, onde estão presentes os anexos cutâneos como pêlos, glândulas sudoríparas e sebáceas, há presença de nervos, células matrizes, fibroblastos, macrógafos e mastócitos, enquanto plasmócitos e linfócitos
  • 22. 22 são encontrados de forma variável e transitória (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p.10). A derme é responsável parcialmente pela termorregulação e pela defesa imunológica em conjunto com as células Langerhans (HARRIS, 2009 p. 33). Pode ser dividida em duas regiões distintas, uma se encontra diretamente em contato com a epiderme, a derme papilar, e outra logo abaixo, a derme reticular (RIBEIRO, 2010 p. 23).  Derme Papilar: é composta por finos feixes de colágeno que se arranjam verticalmente ligando à epiderme a derme promovendo sua fixação. Esta camada contém fibroblastos, macrófagos, plasmócitos e mastócitos dentre outras células comuns do tecido conjuntivo (HARRIS, 2009 p. 34).  Derme Reticular: é constituída por feixes mais grossos de colágeno, ondulados e dispostos horizontalmente que oferecem grande elasticidade e força a pele. Nesta camada estão presentes os anexos cutâneos, como as glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas, glândulas sebáceas e folículos pilosos (HARRIS, 2009 p. 34). 1.4 Hipoderme A hipoderme é a última e mais profunda camada da pele, constituída por tecido conjuntivo frouxo aderindo de forma superficial à derme aos órgãos subjacentes. Região altamente vascularizada, com a presença de fibras elásticas e nervosas. (MICHALUN. M.V. ; MICHALUN. N, 2010 p.21) A hipoderme poderá apresentar uma camada variável de tecido adiposo, formando o panículo adiposo. Este é responsável pela reserva de energia e atua como isolante térmico, além de absorver choques e fixar os órgãos. Dependendo da região e grau de nutrição do organismo o acúmulo de gordura se torna maior em regiões como o abdômen e glúteos (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A p.12).
  • 23. 23 1.5 Anexos cutâneos Os anexos cutâneos são estruturas que constituem a epiderme surgindo a partir de modificações embrionárias; são elas: glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, pêlos e unhas (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A p. 7). As glândulas sudoríparas localizam-se na derme, atravessando a epiderme até chegar à superfície através de poros. O produto que essas glândulas produzem denomina-se suor, um líquido aquoso e incolor que auxilia na regulação térmica corpórea. Há dois tipos de glândulas sudoríparas: as apócrinas e as écrinas (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A p. 7).  Glândulas Sudoríparas Apócrinas: originam-se nas regiões mais profundas da derme. São encontradas nas axilas, mamilos, regiões perineal e pubianas, sua secreção relaciona-se com o estímulo sexual. Seu funcionamento tem início na puberdade, devido à grande necessidade da atividade de excretar hormônios sexuais (GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 16).  Glândulas Sudoríparas Écrinas: Estão distribuídas por toda superfície corpórea, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Secretam um líquido incolor e inodoro que através da degradação por bactérias, juntamente com descamações epiteliais resultam ao odor característico do suor, este é basicamente constituído de: sódio, potássio, cloreto, amônia e ácido úrico (KEDE; SABATOVICH, 2009 p. 7). Já as glândulas sebáceas recobrem toda a superfície do tegumento com exceção da região palmar e plantar, seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Seu produto de excreção é rico em lipídios, proporcionando elasticidade a pele além de proteger contra o ressecamento (GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 15). Os pêlos estão presentes em quase toda a superfície corpórea, se desenvolvem a partir de invaginações da epiderme chamado folículo piloso (AZULAY, R. D. ; AZULAY. D. R. ; ABULAFIA, L. A, 2011 p. 7). Tem como função a proteção contra os raios solares, proteção dos olhos, fossas nasais, conduto auditivo, função sensorial e tátil além de auxiliar no isolamento térmico (GOMES; DAMAZIO, 2009 p. 17).
  • 24. 24 As unhas são encontradas na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos das mãos e dos pés, são constituídas por queratina formando escamas fortemente aderidas umas as outras, produzida pela epiderme. Sua porção proximal é chamada de raiz da unha, a cutícula é formada a partir da camada córnea onde as células sofrem diferenciação e gradualmente se queratinizam formando uma placa córnea. A cor rósea é atribuída devido à presença de redes capilares da derme e sua fina espessura (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004 p. 368). 1.6 Pigmentações da pele 1.6.1 Melanócito Acredita-se que as variações, na cor da pele, sejam ganhos evolutivos e estejam relacionadas com a regulação da penetração da radiação ultravioleta (RUV).A cor normal da pele é influenciada principalmente pela produção de melanina, pigmentos de outro peso molecular que se torna cada vez mais escuro de acordo com sua concentração. Outros pigmentos exógenos como os carotenóides também influenciam na coloração da pele. Os melanócitos são células importantes, não só pela pigmentação da pele e dos pelos como também promovem proteção direta aos danos causados pelas radiações ultravioletas (RVU) (MIOT et al., 2009 p. 624). A pigmentação da pele nos humanos depende da atividade melanogênica, sabendo que a quantidade de melanócitos por qual é a mesma, portanto se deve ao tamanho, número, quantidade e distribuição de melanina (KEDE; SABATOVICH, 2009 p. 5). São células dendríticas, embriologicamente derivadas dos melanoblastos, os quais se originam da crista neural, migrando para pele logo, após fechamento do tubo neural. Essa migração pode ocorrer para vários destinos, sendo que os sinalizadores para os quais direcionam tal processo, ainda precisam ser melhores caracterizados (MIOT et al., 2009 p. 624)
  • 25. 25 Quando os melanócitos se tornam corretamente desenvolvidos distribuem- se em diversos locais: olhos, ouvidos, sistema nervoso central, matriz dos pelos, mucosa e pele. Na pele, localizam-se na camada basal da epiderme e podem ser também encontrados na derme. “Projetam-se seus dendritos, através da camada basal, onde transferem seus melanossomas aos seus queratinócitos”. A associação dos melanócitos e queratinócitos é chamada de unidade epidérmico - melânica, sendo constituída nos humanos por um melanócito em cerca de seis queratinócitos (BAUMANN, 2004 p. 63). A melanina produzida nos melanócitos e armazenada em estruturas chamadas melanossomas. Estes são organelas elípticas onde além da síntese e deposição de melanina, e local de armazenamento da tirosinase sintetizada pelos ribossomos (MIOT et al., 2009 p. 624) 1.6.2 Melanogênse A melanina é um polímero proteico que se origina da oxidação da tirosina pela enzima tirosinase formando de hidrofenilalanina dentro dos melanócitos. Durante este processo são formados dois tipos de melanina: as eumelaninas e as feomelaninas (CORRÊA, 2005 p. 85). A síntese da melanina ocorre no interior dos melanócitos em organelas especializadas chamadas melanossomas que distribuem-se nas camadas epidérmicas. A enzima tirosinase tem importante poder de participação nesse processo a partir de sua ação, o aminoácido tirosina é transformado em 3,4- diidroxifenilalanina (DOPA), produzindo a DOPA-quinona, esta passa por processos de oxirredução, assim obtêm a melanina. Esta enzima é acumulada em vesículas no complexo de Golgi chamadas pré melanossomas. Através dos capilares sanguíneos a enzima tirosina penetra nos melanócitos, seguindo a síntese de melanina, sendo assim o pré melanossoma se transforma em melanossomas e gradualmente em grãos de melanina, após a fixação da melanina nos queratinócitos resulta a cor da pele. A ação inibitória desta enzima dificulta a migração da melanina para os queratinócitos, resumindo assim o mecanismo de ação da maior parte dos
  • 26. 26 despigmentantes utilizados no tratamento de hipercromias (VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 236). 1.6.3 Hiperpigmentação cutânea É também chamada de melanose, causada pelo exagero da função melanogênica da pele, tratando-se de uma coloração mais enegrecida da cútis. Pode ser um processo fisiológico, como no caso dos cloasmas gravídicos, como também podem ser patológicos, como ocorre nos casos de melanose devido a outras doenças como sífilis e hanseníase. (MIOT et al., 2009, p. 624) Também pode ocorrer um excesso de coloração da pele em decorrência do acumulo de outros pigmentos como os biliares, e férricos. A hiperpigmentação pode ser localizada, apresentando-se como manchas pigmentares, ou ainda podem ser sob forma difusa, recebendo o nome de melanodermia. (NICOLETTI et al., 2002 p. 47) 1.6.4 Melanodermias Melanodermia ou melanose é um termo geral que expressa simplesmente aumento do conteúdo de melanina na epiderme devido à maior atividade dos melanócitos (FILHO, 2006 p. 1226). A melanidermia ou melanose pode estar associada a doenças internas e muitas vezes na doença de Addison, na hiperpigmentação após suprarrenalectomia, no tratamento com corticosteróide, nos tumores e hiperplasia da suprarrenais e na síndrome de Cushing há hiperpigmentação difusa da pele e mucosas. A síndrome de Albright caracteriza-se por grandes áreas hipercrômicas, osteíte fibrosa disseminada e puberdade precoce em meninas (FILHO, 2006 p. 1227).
  • 27. 27 Finalmente melanodermia é encontrada em estados carências, como na vitaminose A, pelagra, anemia perniciosa e desnutrição crônica. Em todas elas observa-se aumento de melanina na camada basal e nas camadas inferiores da espinhosa (FILHO, 2006 p. 1227). 1.6.5 Distúrbios da pigmentação Os distúrbios da pigmentação não são normalmente considerados problemas cosméticos. No entanto, praticamente toda mulher se preocupa com os problemas relacionados a pigmentação da pele (BAUMANN, 2004 p. 63). Os distúrbios da pigmentação são chamados de discromia causadas por aumento de pigmentos (hipercromia), ou diminuição destes (hipocromia) ou ainda a falta de pigmentação (acromia) (FILHO, 2006 p. 1226). As discromias podem ser de natureza patológica ou não, sendo importante o conhecimento de sua natureza para que possa ser escolhido um tratamento correto (BAUMANN, 2004 p. 63). A cor da pele resulta da incorporação dos melanossomas que contém melanina, produzida pelos melanócitos, para dentro dos queratinócitos na epiderme, e em sua degradação subseqüente (BAUMANN, 2004 p. 63). A melanina é um pigmento que varia da cor castanha a negra, podendo ser encontrada em animais e plantas. A diferença de cor observada na pele, cabelos e olhos de ser humano é resultado em grande parte da distribuição de melanina nessas regiões. As funções da pigmentação cutânea através da melanina são de proteção contra a Radiação Ultravioleta B, dentre outras funções (FILHO, 2006 p. 1226). A síntese de melanina ocorre nos melanócitos. Na pele estas células estão situadas junto à camada basal da epiderme e na matriz do folículo piloso. A melanogênese, também chamada de biossíntese da melanina, tem isso graças à participação de um aminoácido chamado tirosina, proveniente da fenilalamina através da via fenilalamina hidroxilase (FILHO, 2006 p. 1226). A melanina é formada quando a enzima tirosinase catalisa a oxidação de hidroxifenilalamina nos melanócitos (FAUSTO, 2005 p. 1286). A diihidrofenilalanina
  • 28. 28 é chamada DOPA. A DOPA é oxidado formando a dopaquinona e formação de melanina. Logo depois a melanina é produzida no interior dos melanossomas, ela migra para as extremidades dos dendritos dos melanócitos. A melanina nos melanócitos é posteriormente incorporada para dentro de outros queratinócitos vizinhos ou para dentro da derme. Essa transferência da melanina possui mecanismos que ainda não foram compreendidos, existindo diversas explicações (BAUMANN, 2004 p. 63). Existem dois tipos de melanina: a eumelanina, insolúvel, de cor castanha negra, com ação fotoprotetora e antioxidante, e a feomelanina, solúvel em solução alcalina, de cor amarela a vermelha, igualmente com efeito antioxidante. A cor do cabelo depende da proporção entre eumelanina e feomelanina. Assim, o cabelo de cor negra contém 99% de eumelanina e 1% de feomelanina; o de cor castanha e loura contém 95% de eumelanina e 5% de feomelanina; e o de cor vermelha contém 67% de eumelanina e 33% de feomelanina (FILHO, 2006 p. 86). O excesso na produção ou redução na síntese de melanina causa respectivamente hiperpigmentação e hipopigmentação melânicas, podendo originar várias doenças geradas pelas difusões de uma ou mais etapas do processo de melanogênese (FILHO, 2006 p.1226). 1.6.6 Melasma A palavra melasma deriva do grego melas, que significa “negro”. É uma hipermelanose comum, adquirida, simétrica, caracterizada por máculas acastanhadas, mais ou menos escuras, de contornos irregulares, mas limites nítidos, nas áreas fotoexpostas, que ocorrem nas maçãs do rosto, têmporas, lábio superior e raramente no nariz. Ela pode acontecer em pessoas de ambos os sexos e raças, porém favorecem fototipos intermediários e também em mulheres adultas com idade fértil (MIOT et al., 2009 p. 630). Vários são os fatores etiológicos para o desenvolvimento de melasma, porém nenhum deles pode ser causa isolada do seu desenvolvimento. Dentre os
  • 29. 29 fatores pode-se citar: não possuem desordem de caráter hereditário, exposição solar,fatores emocionais, gravidez, drogas antiepilépticas e anticoncepcionais orais, quando associado o estrógeno ao progestógeno pode ser considerado agentes causadores (RIBEIRO, 2010 p.181). Todavia, a predisposição genética e a exposição aos raios solares parecem desempenhar importante papel para desenvolvimento de melasma, já que estas lesões são mais evidentes quando à exposição solar (MIOT et al., 2009 p. 630). Figura 2 - Melasma Fonte: FARIA, 2011 1.6.7 Lentigos Solares Cerca de 90% de pacientes com 65 anos de idade ou mais apresentam um ou mais lentigos solares. São causados pela exposição aguda e crônica ao sol, e as áreas mais afetadas são dorso da mão, braços, colo e ombros. São raras em pacientes com menos de 50 anos de idade, portanto estas manchas podem ser chamadas “lentigos senis”. O aparecimento dessas se torna raro na pele protegida dos raios solares (BAUMANN, 2004 p.67). São máculas pequenas circunscritas, possui uma coloração castanha escura a negra, normalmente com um centímetro de diâmetro (RIBEIRO, 2010 p.182). Os lentigos solares, sardas, e lentigos simples são considerados lesões com importante fator de risco para o surgimento do Carcinoma Baso Celular. Existem
  • 30. 30 diversos tratamentos dessas lesões, porém não existe nenhuma evidência que comprove que quando há um tratamento bem sucedido o risco de câncer de pele diminua, sendo necessário que os pacientes com esse tipo de lesão sejam submetidos a exame de rotina para verificação de um possível câncer de pele (BAUMANN, 2004 p.67). Figura 3 - Lentigos solares nas mãos Fonte: VIGNJEVOC, 2011 1.6.8 Hiperpigmentação pós-inflamatória Pode ser chamada também de alteração pigmentar pós-inflamatória (APPI), causada por uma variedade de distúrbios da pele, este tipo de hiperpigmentação é freqüente em pacientes com a pele mais escura, porém pode afetar pessoas de qualquer tipo de pele, na seqüência do restabelecimento de acne, dermatites de contato causadas por processos inflamatórios, eczema, alergia podem levar ao surgimento deste distúrbio (RIBEIRO, 2010 p.181). A hiperpigmentação pós-inflamatória se apresenta em áreas em que houve inflamação sob forma de regiões irregulares pigmentadas em escuro. Pode ocorrer em qualquer área da pele, é decorrência de um aumento da síntese de melanina em resposta a uma lesão cutânea. Pode ser difusa ou localizada e sua distribuição na pele irá depender da localização da lesão original (BAUMANN, 2004 p.69).
  • 31. 31 . A APPI é difícil de tratar porque ocorre em indivíduos suscetíveis a hiperpigmentação subseqüente a inflamação. Inflamação subseqüente como induzida por peelings ou lasers, pioraria o processo. Conseqüentemente, apenas produtos tópicos não irritantes, como Hidroquinona, ácido kójico e retinóides, são potencialmente úteis para tratar essa condição. Esses agentes têm, no entanto, mínima eficácia. A melhor conduta de tratamento é prevenção solar, uso de protetor solar e paciência, porque essas lesões tendem a melhorar com o tempo (BAUMANN, 2004 p. 69). Figura 4 – Hiperpigmentação pós-inflamatória após aplicação de laser para depilação Fonte: LIMA, 2011 a 1.6.9 Sardas e/ou Efélides Efélides são também chamadas de sardas e constituem lesões pigmentadas que ocorrem mais comumente na infância e em pessoas de pele clara. Normalmente apresentam-se como pequenas manchas de cor castanho-avermelhada ou marrom- claras, aparecendo inicialmente na infância após exposição solar. Quando presentes as efélides acentuam-se no verão e atenuam-se no inverno. Esta característica distingue-as dos lentigos, pois neste último, a coloração das manchas permanece estável independente da exposição solar. As efélides resultam-se do aumento na quantidade do pigmento de melanina dentro dos queratinócitos basais, Quando os
  • 32. 32 melanócitos, estes são normais em número, porém podem ter tamanho tampouco aumentado (KUMAR, 2005 p. 1286). Figura 5 – Sardas e/ou éfelides Fonte – LIMA, 2011 b 1.7 Tratamentos das desordens despigmentares O tratamento para hiperpigmentação da pele é feito utilizando-se substâncias despigmentantes ou clareadoras (CORRÊA, 2005 p. 86). A determinação da pigmentação da pele é dada através da síntese da melanina dentro dos melanossomas, que são distribuídos para os queratinócitos dentro da unidade epidérmo-melânica. Assim, a hiperpigmentação acontece quando essa síntese ocorre de forma inadequada (BAUMANN, 2004 p. 99). Nas discromias da pele, o tratamento é difícil, pois muitas substâncias efetivas são irritantes e podem em alguns casos causar descamação. Além disso, o resultado satisfatório não se consegue de imediato, já que o processo de despigmentação ocorre de forma gradual (CORRÊA, 2005 p.86). Os agentes despigmentantes podem agir por diferentes mecanismos de ação, tais como: inibição da atividade dessa enzima, inibição da formação de
  • 33. 33 melanina, destruição seletiva dos melanócitos, degradação dos melanossomas e queratinócitos (CORRÊA, 2005 p. 86). 1.7.1 Principais agentes despigmentantes inibidores da tirosinase 1.7.1.1 Hidroquinona Figura 6 - Estrutura química da Hidroquinona Fonte: KATO; SOUZA; GOMES, 2010 A Hidroquinona (1-4-dihidroxibenzeno) é utilizada em várias formulações para o clareamento da pele. “Ela também é um ingrediente natural em vários produtos derivados de plantas, incluindo vegetais, frutas, grãos, café, chá, cerveja, e vinho”. É considerada há muitos anos como a principal modalidade de tratamento da hiperpigmentação pós-inflamatória e para o melasma (BAUMANN, 2004 p. 99). A hidroquinona (HQ) é também utilizada no tratamento de outras manchas dermatológicas, como as sardas, lentigos senis e dermatite de berloque (causada por perfumes) e é o despigmentante de uso tópico mais utilizado (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197). Ela também é utilizada no tratamento de outras manchas dermatológicas, como as sardas, lentigos senis e dermatite de berloque (causada por perfumes) e é despigmentante de uso tópico mais utilizado (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197).
  • 34. 34 “A ação despigmentante da HQ foi descoberta após a verificação da despigmentação da pele de operários da indústria da borracha que utiliza o monobenziléter da hidroquinona” (BOLDRINI, 2005 p. 8). Ela se apresenta sob forma de cristais incolores ou brancos, finos e com formato de agulha, é incompatível com bases e meios alcalinos, sais de ferro, e agentes oxidantes (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197). A hidroquinona é hidrossolúvel, podendo ser facilmente incorporada em formulações, porém apresenta o inconveniente de ser oxidável, necessitando de se adicionar substâncias antioxidantes. A hidroquinona forma cristais finos com formato de agulha que na presença de luz escurecem (CORRÊA, 2005 p. 86). A hidroquinona atua inibindo a conversão da tirosinase em melanina, ou seja, ela diminui a atividade da tirosinase em até 90% (DRAELOS, 2009 p. 126). Além disso, outros mecanismos estão envolvidos com a diminuição da proliferação dos melanócitos pela inibição da síntese de DNA e RNA no interior destas células, interferência na formação e degradação dos melanossomas e destruição dos melanócito. Pode causar irritações na pele, como queimação e vermelhidão devido o seu efeito citotóxico sobre os melanócitos (CORRÊA, 2005 p. 87). Normalmente a hidroquinona é associada a outros agentes despigmentantes, como o ácido glicólico, ácido Retinóico, e o ácido kójico, porém tem utilidade clínica quando usada isoladamente (BAUMANN, 2004 p. 99). A concentração de hidroquinona usual é de 2%, podendo ser prescrita em concentrações de até 10%. Quanto maior a concentração maior será o risco de surgirem efeitos colaterais e irritações na pele (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197). A hidroquinona é metabolizada pelo fígado através de dois componentes: p: benzoquinona e glutationa, que são consideradas carcinogênicas (VANZIN; CAMARGO, 2011 p. 255). Um dos efeitos colaterais que ela pode causar, grave, é a ocronose exógena, que é uma hiperpigmentação fuliginosa na área que está sendo tratada. Isso ocorre mais em pessoas de pele morena, quando a hidroquinona é utilizada em altas concentrações, ou por períodos prolongados mesmo em baixa concentração. E por esse motivo em alguns países foi restringido o uso da hidroquinona, como em países africanos, países asiáticos, etc (DRAELOS, 2009, p.127).
  • 35. 35 Normalmente, utilizam-se concentrações de 2% a 5% quando o seu uso for facial e de 6% a 10% quando for aplicada no tronco e extremidades. Como a despigmentação obtida é um processo reversível, basta que o tratamento seja interrompido para que a síntese de melanina volte ao normal, daí a importância do uso do filtro solar durante e após o tratamento (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197). Existem várias preocupações sobre a segurança da hidroquinona, e seu uso foi abolido na Europa e é altamente regulamentado na Ásia. Essa preocupação se dá em parte porque ela é um metabólito do benzeno e possui propriedades mutagênicas em potencial. O mais sério efeito à saúde humana observado em trabalhadores expostos à hidroquinona é a pigmentação dos olhos e, em um pequeno número de casos, dano permanente da córnea (BAUMANN, 2004 p. 100). A hidroquinona é encontrada em diversas formas farmacêuticas, como soluções, cremes e géis, sendo estabilizadas com a adição de antioxidantes. Os produtos comerciais que possuem hidroquinona tem validade em torno de dois anos e os produtos manipulados de um a dois meses normalmente. Muitas vezes a hidroquinona é associada a substâncias que não são compatíveis com ela, como são o caso de bioativos de origem protéica, complexantes insolúveis, ou com agentes oxidantes (BOLDRINI, 2005 p.8). Os produtos que contém hidroquinona são eficazes na descoloração das manchas, porém possuem dois inconvenientes, que são: irritantes para a pele e também são facilmente oxidados. A oxidação dos produtos que contém hidroquinona se da através do oxigênio quando está exposto à luz , que tem a perda de elétrons da molécula, dando a forma de uma quinona que se oxida a hidroxiquinona, dando origem a coloração marrom escura (FRASSON; CANSSI, 2008 p. 197). Para retardar este processo de oxidação, normalmente utiliza-se uma combinação de antioxidantes e quelantes e mantêm-se o pH na faixa adequada. Além disso, estes produtos devem ser armazenados corretamente em embalagens que não permitem a passagem de luz e que diminuam o contato com o ar (BOLDRINI, 2005 p.3). Para aumentar a estabilidade das formulações contendo hidroquinona utilizam-se antioxidantes com o sulfito ou metabissulfito de sódio a 0,1%, ou vitamina
  • 36. 36 C a 0,1%. Também podem ser utilizados agentes sequestrantes de íons e utilização de técnicas que possibilitem uma baixa incorporação de alguns elementos desestabilizantes, como é o caso do O2 e íons metálicos (BOLDRINI, 2005 p. 3). A maioria das prescrições que contém hidroquinona em suas formulações possui uma concentração de 3% a 4%, dando mais segurança e bons resultados em relação à redução da hiperpigmentação (DRAELOS, 2009 p. 127). O uso de hidroquinona está associado a alguns efeitos adversos como: Irritações na pele, alergias, hiperpigmentações pós-inflamatória, hipopigmentação, ocronose, etc (BOLDRINI, 2005 p. 3). 1.7.1.2 Ácido Kójico Figura 7 - Ácido Retinóico Fonte: BAUMANN, 2004 O ácido kójico (5-hidróxi-2-hidroximetil-4H-piran-4-ona) é uma substância de origem natural, obtida a partir da fermentação de fungos Aspergillus, Acetobacter e penicillium, utilizado amplamente como aditivo em alimentos e como despigmentante em produtos para uso tópico. Esse ácido pertence ao grupo dos ácidos fenólicos “com duas hidroxilas e, deste modo, dois prótons ionizáveis” (OLIVEIRA et al., 2007 p. 576). Seu mecanismo de ação é dado através da inibição não-competitiva da enzima tirosinase, através da quelação de íons que são necessários para a atividade dessa enzima, inibindo assim sua ação. Ele também reduz a síntese do processo de
  • 37. 37 melanogênese, bloqueando o processo de oxidação da formação da melanina (RIBEIRO, 2010 p. 187). Uma das vantagens desse ácido é que ele não causa irritação na pele do paciente, podendo ser usado durante o dia. Seu efeito é observado depois de duas a quatro semanas de uso contínuo, mas dependendo da pele o efeito demora mais para aparecer (CORRÊA, 2005, p. 86). Esse ácido é utilizado em concentrações de 1% a 4%, e quando associado a outros ingredientes ele fica mais efetivo. Normalmente os produtos que contêm ácido kójico são usados em um período de um a dois meses, ou até que se obtenha o efeito desejado (DRAELOS, 2009 p. 128). Quando o ácido kójico é utilizado como produtos dermocosméticos, ele causa um aumento da durabilidade destes produtos, graças à sua ação antibiótica e preservativa. Por ser estável, ele apresenta vantagens em relação à hidroquinona e outras substâncias despigmentantes (BAUMANN, 2004 p.100). 1.7.1.3 Acido Retinóico Figura 8 - Ácido Retinóico Fonte: SANTOS, 2011 O ácido Retinóico quando utilizado topicamente é chamado tretinoína. Seu uso se deu a partir da década de 1960 para tratamento de distúrbios do processo de queratinização e, posteriormente, para o tratamento da acne. Recentemente passou
  • 38. 38 a ser utilizado para fotoenvelhecimento e em forma de peelings (CLAUDIO; KLINGELFUS; FERNANDES, 2011 p. 1). A tretinoína possui ação queratolítica e esfoliante a nível celular, e estimula a síntese de uma nova produção de colágeno. É usada no tratamento da acne, acelerando a renovação da pele e prevenindo a formação de comedões, além disso, também podem ser utilizada no tratamento de estrias e de melasmas. Quando associada ao minoxidil, tem como finalidade aumentar a absorção deste último (CLAUDIO; KLINGELFUS; FERNANDES, 2011 p.1). Apesar de ser utilizado com freqüência como agente adjuvante no tratamento dos distúrbios da pigmentação, seu mecanismo de ação ainda não está completamente compreendido, mas existem alguns estudos que demonstram que o ácido retinóico inibe a indução da tirosinase, e conseqüentemente a melanogênese, fazendo com que esse ácido seja mais eficaz no tratamento de melasma (BAUMANN, 2004 p.102). Esse ácido é facilmente oxidável, portanto é recomendável o uso de antioxidantes nas formulações. Normalmente a estabilidade do ph desse ácido varia de 0,01% a 0,05% ou até 5,0% para tratamento de estrias (SOUZA; ANTUNES JR, 2009 p.450). 1.7.1.4 Acido Glicólico Figura 9 - Ácido Glicólico Fonte: FIORUCCI; SOARES; CAVALHEIRO, 2002 O ácido glicólico é um (alfa-hidroxiácido) conhecido como AHA. Suas propriedades são encontradas em alimentos naturais como a cana-de-açúcar, que
  • 39. 39 são ideais para ser utilizados na dermocosmética. É considerado um queratinolítico, pois tem uma pequena estrutura química que apresenta um grande poder de penetração (PERSSONELLE, 2004 p.97). Sua absorção está nas diferentes camadas da pele e reduz o excesso de queratinização, levando ao afinamento da camada extrato-córneo, sendo útil na renovação da epiderme e causando a redução visível de linhas faciais (HENRIQUES et al., 2007 p.1). Sua concentração é utilizada de 4%, 8%, 10% e 15%, acima dessas concentrações ele tem efeito de “peeling”, pois o ácido glicólico tem efeito de descamação na pele (MANCRINI, 2004 p.16). Com adição de ácido glicólico nas formulações de hidroquinona, ocorre um aumento da eficácia do produto, devido ao aumento da penetração deste na pele (DRAELOS, 2009 p.129) É considerado um agente clareador hidrofílico, por aumentar a hidratação e a elasticidade da pele. Além disso, ele promove a estimulação direta da produção de colágeno, elastina e mucopolissacarídeos das camadas profundas da pele (HENRIQUES et al., 2007 p.1).
  • 40. 40 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Avaliar o perfil da dispensação do princípio ativo Hidroquinona nas farmácias magistrais de Fernandópolis - SP. OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Abordar aspectos sobre fatores que desencadeiam a hiperpigmentação cutânea.  Descrever sobre os ácidos pertencentes a classe dos inibidores da enzima tirosinase.
  • 41. 41 MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado a partir de uma revisão descritiva com busca sistematizada da literatura em livros, teses, dissertações, artigos periódicos e boletins informativos, disponíveis em bibliotecas e base de dados on-line. Foi realizado através de pesquisa de campo em 13 de agosto de 2011 um questionário (segue em apêndice) contendo 10 questões onde os funcionários e farmacêuticos das farmácias magistrais de Fernandópolis eram abordados, se totalizando 09 farmácias participantes.
  • 42. 42 RESULTADOS E DISCUSSÕES 0% 22% 1a4 5 a 10 78% Mais de 10 Figura 10: Quantidade média diária dispensada de produto contendo o princípio ativo Hidroquinona. Dentre as nove farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 78% (n=7) delas relataram que manipulam de 1 a 4 fórmulas contendo o princípio ativo Hidroquinona diariamente, 22% (n=2) delas relataram manipular de 5 a 10, e nenhuma delas relataram manipular mais de 10.
  • 43. 43 11% 22% 10 a 30 67% 40 a 60 Mais de 70 Figura 11: Quantidade média mensal dispensada de produtos contendo o princípio ativo Hidroquinona. Das nove farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 67% (n=6) delas relataram dispensar de 10 a 30 formulações mensais contendo o princípio ativo Hidroquinona, 22% (n=2) delas relataram de 40 a 60 e 11% (n=1) mais de 70 formulações mensais.
  • 44. 44 22% Mulheres 78% Ambos Sexos Figura 12: Procura de produtos contendo este princípio ativo é maior por mulheres, ou ambos os sexos Entre as farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 78% (n=7) relataram que a procura de agentes despigmentante como a Hidroquinona é maior por mulheres, já 22% (n=2) farmácias relataram que existe uma dispensação equilibrada para ambos os sexos.
  • 45. 45 22% 45% 25 a 30 anos 35 a 40 anos 33% 45 a 50 anos Figura 13: Faixa etária que mais procura formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona Dentre todas as farmácias magistrais de Fernandópolis entrevistadas, 22% (n=2) relataram que a maior procura é de 25 a 30 anos, 33% (n=3) disseram que é de 35 a 40 anos e 45% (n=4) relataram que a maior procura de formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona é de pessoas de 45 a 50 anos. Nota-se que o índice de procura por mulheres com mais idade é maior, pois se trata da faixa etária mais atingida com problemas de hiperpigmentações cutâneas.
  • 46. 46 44% 56% SIM NÃO Figura 14: Contendo formulações com a hidroquinona são dispensadas com receita médica. As farmácias de manipulação magistral entrevistadas, 44% (n=4) delas relataram que as formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona são dispensadas sem receita médica e 56% (n=5).
  • 47. 47 33% 2% a 5% 67% 6% a 10% Figura 15: Concentração usual mais dispensada. Das nove farmácias magistrais entrevistadas, 67% (n=6) delas relataram que a concentração mais dispensada de Hidroquinona é de 2% a 5% e 33% (n=3) delas relataram dispensar de 6% a 10%. Com base nesses resultados comprova-se que a maior parte das farmácias opta por dispensar Hidroquinona em menores concentrações, evitando maiores danos, mas a outra parte continua dispensando Hidroquinona em maiores concentrações, não se sabe com ou sem prescrição médica.
  • 48. 48 0% Uso facial 100% Uso corporal Figura 16 - A Hidroquinona é mais dispensada em área facial ou corporal Das nove farmácias entrevistadas, todas elas relataram dispensar o princípio ativo Hidroquinona para uso facial. Isso nos mostra uma divergência de resultados, pois houve relatos de dispensações em concentrações usual para o corpo como é mostrado na figura 15, ou seja, maiores do que indicado para tratamento facial.
  • 49. 49 0% Manhã 100% Noite Figura 17: Horário indicado para o uso dos produtos contendo o princípio Hidroquinona através da atenção farmacêutica prestada. Todas as farmácias entrevistadas relataram prestar atenção farmacêutica adequada e orientar seu cliente quanto ao uso racional de formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona, informando-lhes sobre seus efeitos a exposição solar, como aumento das manchas e quanto ao uso do protetor solar sempre que haver exposição à radiação ultravioleta (RUV).
  • 50. 50 33% 45% Ácido Kójico Ácido Glicólico 22% Ácido Retinóico Figura 18: O agente despigmentante mais dispensado. Nas farmácias magistrais entrevistadas, 45% (n= 4) delas relataram que nos dias de hoje o Ácido Retinóico é o ácido mais dispensado, já 33% (n= 3) relataram o Ácido Kójico e 22% (n= 2) relataram ser o Ácido Glicólico mais dispensado.
  • 51. 51 0% Associações 100% Apensa Hidroquinona Figura 19: Formulações mais prescritas contendo associações ou apenas com a Hidroquinona. Todas as farmácias entrevistadas relataram que a Hidroquinona é mais prescrita juntamente com associações, justificando assim a diminuição do uso apenas do princípio ativo Hidroquinona, pelo seu alto risco de efeitos adversos e colaterais.
  • 52. 52 CONCLUSÃO De acordo com a pesquisa elaborada nas farmácias de manipulação magistrais de Fernandópolis, pode-se concluir que a Hidroquinona esta sendo menos indicada pelos médicos. Estes têm preferido outros ácidos despigmentantes como o ácido retinóico, ácido kójico e o ácido glicólico como tratamento, por serem menos irritantes evitando o risco de reações adversas e efeitos colaterais, visando o sucesso da terapêutica. Conforme dados coletados em pesquisas bibliográficas, outros inconvenientes de sua formulação é sua instabilidade química, pois se oxida facilmente. Com a pesquisa realizada pode-se notar que há uma grande procura dos agentes despigmentantes como a Hidroquinona, principalmente por mulheres com idade de 45 a 50 anos. Os efeitos indesejados devido à falta de orientação se comprovam na pesquisa realizada. A falta de conhecimento das farmácias também é evidenciada nesta pesquisa, pois todas as formulações desenvolvidas são para o tratamento de hipercromias faciais, onde a concentração usual é de 2% a 5%, porem houve relatos de dispensação de Hidroquinona em contrações de 6% a 10%, deixando claros a maior chance de efeitos adversos e fracasso no tratamento, podendo piorar as hipercromias.
  • 53. 53 REFERÊNCIAS AZULAY, R. D; AZULAY, D. R; ABULAFIA. L. A. Dermatologia. 5ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, p. 2-5, 10-12, 2011. BAUMANN, L. Dermatologia Cosmética. Rio de Janeiro: Editora Revinter, p. 65-69, 2004. BOLDRINI, F. Obtenção e Caracterização do Complexo Molecular Hidroquinona/Beta-Ciclodextrina e Estudo do Uso Dermatológico. 2005. 116 f. (Mestre em Ciências Farmacêuticas) – Faculdades de Ciências Farmacêuticas. Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara. CORAZZA, S. Peeling e suas combinações, 2010. Disponível em: <www.belezainteligente.com.br>. p. 6, Acesso em: 13/09/2011. CORRÊA, G. M. Tratamento de hipercromia pós inflamatória com diferentes formulações clareadoras. 2005 Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/17/tratamento_de_hipercromia.pdf>. p. 84-86, Acesso em: 02/09/2011. DRAELOS, Z. D. Cosmecêuticos. 2ª ed. São Paulo: Editora Elsevier, Cáp. 15, p. 125-126, 2009. ELDER, D. E. Histologia da pele. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p.7- 39, 2011. FILHO, G. B. Bogliolo Patologia. 7. ed. Rio de Janeiro:Editora Guanabara Koogan, p. 1226-1227, 2006. FARIA, B. Melasma no verão. 2011, Disponível em: < http://oblogdapele.blogspot.com/2011/01/melasma-no-verao.html>. Acesso em: 03/09/2011. FIORUCCI, A. R; SOARES, M. H. F. B; CAVALHEIRO, E. T. G. Ácidos orgânicos dos primórdios da química experimental e sua presença em nosso cotidiano. 2002, Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a02.pdf> p. 8, Acesso em: 18/11/2011.
  • 54. 54 FERREIRA, A. O. Manipulação de Hidroquinona em fórmulas semi-sólidas, dicas farmacotécnicas. Disponível em: <http://www.ortofarma.com.br/INTRANET/Web%20Forms/arquivos/Artigos%20t%C3 %A9cnicos/2008/Manipula%C3%A7%C3%A3o%20do%20Hidroquinona.pdf>. Acesso em: 03/09/2011. CLAUDIO, G; KLINGELFUS, B. L; FERNANDES, M. L. M. Estudo do ácido retinóico no tratamento da acne. 2011, Disponível em: <http:// G Claudio, BL Klingelfus… - xa.yimg.com>. p. 1, Acesso em: 02/09/2011. FRASSON, A. P. Z; CANSSI, C. M. Análise da qualidade de cremes com hidroquinona 2% manipulados no município Ijuí/RS. 2008, Disponível em: <http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/462/433> p. 197, Acesso em: 18/11/2011. GARDONI. B. L. K. et al. Avaliação Clínica e Morfológica da ação da Hidroquinona e do Ácido Fítico como Agentes Despigmentantes. Disponível em: <http://www.dermage.com.br/dermage/paginas/Artigo-acido-kojico.pdf> Acesso em: 02/09/2011. GOMES, R. K; DAMAZIO, M. G. Cosmetologia descomplicando os princípios ativos. 3 ed. São Paulo: LMP, p. 10-17, 2009. HARRIS, M. I. N. C. Pele: estrutura, propriedades e envelhecimento. 3 ed. São Paulo: Editora Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), p. 19-26, 33- 34, 2009. HENRIQUES, B. G.; SOUSA, V. P.; VOLPATO, N. M.; GARCIA. S. Desenvolvimento e avaliação de metodologia analítica para a determinação do teor de ácido glicólico na matéria-prima e em formulações dermocosméticas. 2007, Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S151693322007000100005&script=sci_artt ext>. Acesso em: 23/10/2011. JUNQUEIRA, L. C; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Cáp 18, p. 359, 360, 368. 2004. KATO, F. P.; SOUZA, M. S.; GOMES, A. J. P. S. Verificação do prazo de validade de cremes contendo Hidroquinona preparados magistralmente: evidências do processo de oxidação. 2011, Disponível em: <http://servbib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/1085/952http ://bases.bireme.br/cgi-
  • 55. 55 bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p &nextAction=lnk&exprSearch=570155&indexSearch=ID> Acesso em: 03/09/2011. KEDE. M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. 2ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, cáp. 1, p. 1, cáp. 8, p. 355, 2009. LIMA, R. B. Doenças da pele, sardas. A, 2011, Disponível em: <http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/sardas.shtml>. Acesso em: 02/10/2011. LIMA, R, B. Doenças da pele. B, 2011, Disponível em: <http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/hiperpigmentacao.shtml>. Acesso em: 02/10/2011. MIOT, L. D. B.; SILVA, M. G.; MARQUES, M. E. A.; MIOT, H. A. Fisiopatologia do melasma, 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/abd/v84n6/v84n06a08.pdf >, p. 623-635, Acesso em: 01/09/2011. MICHALUN. M. V.; MICHALUN. N. Dicionário de Ingredientes para cosmética e cuidados da pele. 3ª ed. São Paulo: Editora SENAC, cáp 1, p. 7, 21, 2010. MACRINI, D. J. Avaliação de extratos de plantas da Região Amazônica quanto à atividade inibitória da tirosinase. 2004. 64 f. (Mestre em Farmácia) – Faculdades de Ciências Farmacêuticas da USP. Universidade de São Paulo, São Paulo. NICOLETTI, M. A.; ORSINE, E. M. A.; DUARTE, A. C. N.; BUONO, G. A. Hipercromias aspectos gerais e uso de despigmentantes cutâneos. 2002, Disponível em:< http://www.tecnopress-editora.com.br/pdf/nct_443.pdf>, p. 47, Acesso em: 01/09/2011. OLIVEIRA, R. V. M.; OHARA, M.T.; GONÇALVES, M. M.; VILA, M. M. D. C. Qualificação de ácido kójico em estudos de permeação in vitro. 2007, Disponível em: < http://www.latamjpharm.org/trabajos/26/4/LAJOP_26_4_3_1_0X7581B81N.pdf>, p. 576, Acesso em: 18/10/2011 PERSSNELLE, J. G. Cosmiatria: A Ciência da Beleza. Ed. REVINTER Ltda. Rio de Janeiro, 2004.
  • 56. 56 RIBEIRO, C. Cosmetologia aplicada a dermoestética. 2ª ed. São Paulo: Pharmabooks, p. 17-35, 2010. SHIMABUKU, P. S.; ZILOTTI, L. M. A.; CUNHA, A. R. C. C.; RIGATO, L. A. B.; ZOCOLER, M. A. Avaliação da qualidade de cremes dermatológicos manipulados na cidade de Marília. Disponível em: <http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/33336_4249.PDF>, p. 30, Acesso em: 17/11/2011. SOUZA, V. M; ANTUNES JR, D. Guia de artigos dermatológicos. vol. 1 a 4. São Paulo: Pharmabooks, p. 450, 2009. SANTOS, A. C. Ácido Retinóico. 2011. Disponível em: <http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=uKau69Nq- P_iUgzYyFxGFNbsf_A3UO6EhYIiA9H9iJxhyuIy0uhr0eMR0zBm9r1bhK3RG_ZnuVg WWBSjhW_Xg==>, p.1, Acesso em: 18/11/2011. VIGNJEVOC, P. Lentigos solares. Disponível em: <http://www.doctorv.ca/conditions/white-brown-discolouration.html>. Acessado em: 02/10/2011. VANZIN, S. B.; CAMARGO, C. P. Entendendo Cosmecêuticos Diagnósticos e Tratamentos. 2 ed. São Paulo: Santos, p. 243-258, 2011.
  • 57. 57 APÊNDICES QUESTIONÁRIO PERFIL DA HIDROQUINONA NAS FÁRMACIAS DE MANIPULAÇÃO MAGISTRAL Esse questionário visa colher informações sobre a comercialização da Hidroquinona nas farmácias magistrais de Fernandópolis. 1. Qual é a quantidade média diária dispensada de produto contendo o princípio ativo Hidroquinona? ( )1a4 ( ) 2 a 10 ( ) Mais de 10 2. Qual é a quantidade média mensal dispensada de produtos contendo o princípio ativo Hidroquinona? ( ) 10 a 30 ( ) 40 a 60 ( ) Mais de 70 3. A procura de produtos contendo este princípio ativo é maior por mulher, ou ambos os sexos? ( ) Mulheres ( ) Ambos os sexos 4. Quais as faixas etárias que mais procura formulações contendo o princípio ativo Hidroquinona? ( ) 25 a 30 ( ) 35 a 40 ( ) 45 a 50 5. Formulações contendo este princípio ativo são dispensadas com receita médica? ( ) SIM
  • 58. 58 ( ) NÃO 6. Qual sua concentração usual mais dispensada? ( ) 2% a 5% ( ) 6% a 10% 7. A Hidroquinona é mais dispensada para uso facial ou corporal? ( ) Facial ( ) Corporal 8. Qual horário indicado para o uso dos produtos contendo o princípio Hidroquinona. ( ) Manhã ( ) Noite 9. Qual o agente despigmentante mais dispensado. Resposta: _____________________________________. 10. As formulações são mais prescritas com associações ou apenas com a Hidroquinona, como princípio ativo. ( ) Associações ( ) Apenas a Hidroquinona