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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
      FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS




             ANA CRISTINA DA CRUZ GARCIA
     ELAINE FORTUNATO OLIVEIRA ZANINI DOS PASSOS
          JOSIANE NARA DOMINGUES MARIANO
         MARIA PAULA DE SANT’ANNA DO CARMO




ESQUIZOFRENIA E OS ANTIPSICÓTICOS DISPENSADOS NA REDE
               PÚBLICA DE PARANAÍBA-MS




                   FERNANDÓPOLIS
                        2011
ANA CRISTINA DA CRUZ GARCIA
     ELAINE FORTUNATO OLIVEIRA ZANINI DOS PASSOS
          JOSIANE NARA DOMINGUES MARIANO
         MARIA PAULA DE SANT’ANNA DO CARMO




ASPECTOS GERAIS SOBRE A ESQUIZOFRENIA E MEDICAMENTOS
     DISPENSADOS NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA.




                            Monografia apresentada ao curso de
                            Farmácia da Fundação Educacional de
                            Fernandópolis como parte das exigências
                            para a conclusão do curso de graduação
                            em Farmácia.
                            Orientadora: Prof.Esp. Vanessa Maira
                            Rizzato Silveira




                   FERNANDÓPOLIS
                        2011
ANA CRISTINA DA CRUZ GARCIA
ELAINE FORTUNATO OLIVEIRA ZANINI DOS PASSOS
JOSIANE NARA DOMINGUES MARIANO
MARIA PAULA DE SANT’ANNA DO CARMO


ASPECTOS GERAIS SOBRE A ESQUIZOFRENIA E MEDICAMENTOS
DISPENSADOS NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA.




                         Monografia apresentada ao curso de Farmácia da
                         Fundação Educacional de Fernandópolis como parte
                         das exigências para a conclusão do curso de
                         graduação em Farmácia.
                         Orientadora: Prof.Esp. Vanessa Maira Rizzato
                         Silveira




                                       Aprovada em 31 de Outubro de 2011



Examinadores:


_____________________________________________
Prof. Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta
Curso: Farmácia

_____________________________________________
Prof. MSc. Jeferson de Leandro de Paiva
Curso: Farmácia

_____________________________________________
Prof. Esp.Vanessa Maira Rizzato Silveira
Curso: Farmácia
Dedico essa minha vitória a meu esposo e
minha querida mãe que me apoiaram a
todo o momento, amo vocês.          (Ana
Cristina)

Dedico esse trabalho as pessoas que
lutaram todos os dias ao meu lado,
transmitindo amor, fé, alegria e muita
prosperidade. Ao meu esposo Sanderson
por ter tido paciência, compreensão e
principalmente pelo carinho para comigo.
E pelo amor de Deus presente em todos
os momentos da minha vida. (Elaine
Fortunato)

Em primeiro lugar, quero dedicar este
trabalho á Deus, por ter me dado forças e
me capacitado para chegar até aqui. Em
segundo lugar, quero dedicá-lo aos meus
pais, que sempre me apoiaram e
incentivaram a estudar, e que estão me
deixando aquilo que é maior que muitas
riquezas: o estudo. E por último quero
dedicá-lo ao meu amado esposo Marcos,
que sempre esteve ao meu lado em todos
os momentos e não mediu esforços para
me ajudar... Amo muito você meu querido.
(Josiane Nara)

Este trabalho é dedicado a todos os meus
familiares e pessoas intimamente ligadas
à minha vida, que no período de
desenvolvimento deste trabalho me
ajudaram com paciência, carinho e
compreensão, demonstrando que a
superação nos momentos difíceis vale à
pena, por estarmos ao lado de quem
realmente se importa com nosso sucesso.
(Maria Paula)
Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me abençoado e me ajudado a chegar
até aqui. Agradeço a nossa querida professora Vanessa Maira Rizzato Silveira pela
orientação nesse trabalho. Quero agradecer também a meu amor Claudemir, meus
pais, minhas filhas e minha irmã pela força e por terem acreditado em mim. (Ana
Cristina)


Agradeço primeiramente a Deus, por mesmo eu tendo me afastado dele na maior
parte da faculdade Ele nunca me desamparou. Agradeço a toda minha família e
principalmente ao meu filho Junior que com seu lindo sorriso me fez tirar forças da
onde não tinha e me fez forte com o brilho dos seus olhos, me ajudando a vencer
todas as barreiras. Amo você. E á você, Sanderson, meu lindo esposo por ter me
ajudado em tudo. A professora Vanessa Maira Rizzato Silveira pelo tempo,
paciência, ensino e pela confiança na nossa equipe. E pelas orações da minha
querida Mamãe. E agradeço também as minhas companheiras do grupo desse
período da faculdade. (Elaine Fortunato)


Agradeço a professora Vanessa Maira Rizzato Silveira por seu companheirismo e
carinho durante o decorrer do nosso trabalho. Agradeço aos meus pais, que me
proporcionaram a oportunidade de estudar, sempre me incentivando e me apoiando
em tudo, fazendo o melhor que podiam para que eu pudesse completar o meu
curso. Se hoje eu cheguei até aqui, foi porque vocês me educaram e com a graça de
Deus vocês me ensinaram tudo o que sou hoje. Amo muito vocês. Agradeço
também ao meu amor, meu querido esposo Marcos, que sempre esteve ao meu
lado, me ajudando, me apoiando, em todos os momentos; pelo seu amor, carinho e
paciência durante todo este tempo de estudo... Amo muito você meu amor... E
encerrar agradecendo aos meus amigos, familiares e meus irmãos da minha amada
Segunda Igreja Batista, que sempre me apoiaram e oraram por mim, pedindo a
benção de Deus sobre a minha vida. A todos, meus sinceros agradecimentos.
(Josiane Nara)


Agradeço primeiramente a Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem me dado. A
minha mãe e ao meu esposo, fiéis companheiros na hora da tribulação. Aos meus
irmãos, amigos e familiares pelo incentivo a busca de novos conhecimentos. A todos
os professores e professoras que muito contribuíram para a minha formação, em
especial a professora Vanessa que nos orientou neste trabalho. Enfim agradeço a
todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que
indiretamente, para a conclusão deste curso. (Maria Paula)
O Senhor é a minha luz e a minha
salvação, a quem temerei? O Senhor é a
força da minha vida, de quem me
recearei?
Salmos: 27.1
RESUMO


O presente trabalho teve como objetivo mostrar os principais medicamentos
antipsicóticos para o tratamento da esquizofrenia distribuído na rede pública de
Paranaíba-MS. Os dados foram coletados diretamente do CAPS-Centro de
Atendimento Psicossocial, órgão filiado á prefeitura municipal de Paranaíba e
secretaria municipal de saúde. Foi feito também uma revisão da literatura sobre a
patologia, apresentada de maneira clara e sucinta com objetivo de conhecer mais
sobre a doença. Os medicamentos antipsicóticos revelaram um grande avanço no
tratamento da esquizofrenia. A psicoterapia passou a ser uma importante aliada na
intervenção, auxiliando á adaptação do doente em seu ambiente, revertendo
prejuízos sociais e interpessoais. Porém, erros de diagnósticos entre os profissionais
da área são frequentes, por ser uma patologia de difícil diagnóstico e também a falta
de atualização destes. Também existem dados conflitantes em estudos feitos sobre
a melhor forma de tratamento medicamentoso, entre antipsicóticos típicos e atípicos,
com um enfoque negativo na parte dos típicos relacionados aos efeitos
extrapiramidais.

Palavras-Chave: Esquizofrenia. Antipsicóticos. Rede pública.
ABSTRACT


This study aimed to show the main antipsychotic drugs for the treatment of
schizophrenia distributed in public Paranaíba-MS. The data were collected directly
from CAPS, Psychosocial Care Center, an agency affiliated with the Municipality of
Paranaíba and the municipal health department. It was also made a review of the
literature on the pathology, presented clearly and succinctly in order to know more
about the disease. Antipsychotic drugs have revealed a breakthrough in the
treatment of schizophrenia. Psychotherapy has become an important ally in the
intervention, helping the patient will adapt to your environment, changing social and
interpersonal losses. However, errors in diagnoses among the professionals are
frequent, as it is a difficult to diagnosis and also the lack of update. There are also
conflicting data in studies on the best form of drug treatment, including typical and
atypical      antipsychotics,        with a focus on     the negative related     to the
typicalextrapyramidal                                                           effects.

Keywords: Schizophrenia. Antipsychotics. Public network.
LISTA DE TABELAS




Tabela 1: Vias dopaminérgicas centrais e suas ações ............................................. 20
Tabela 2: Critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para esquizofrenia ......................... 25
LISTA DE ABREVIATURAS




 Antipsicótico de Primeira Geração- APG
 Antagonistas da Serotonina-Dopamina - ASDs
 Antipsicótico de Segunda Geração- ASG
 Centro de Atendimento Psicossocial- CAPS
 Classificação Internacional de Doenças- CID 10
 Ácido desoxirribonucléico- DNA
 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno- DSM-IV-TR
 Organização Mundial da Saúde- OMS
 Fenciclidina- PCP
 Intervalo Corrigido pela Frequência Cardíaca- QTc
 Sintomas Extrapiramidais- SEP
 Sistema Único de Saúde- SUS
SUMÁRIO




1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13




2 OBJETIVO ............................................................................................................. 16




3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 17
3.1 ASPECTOS GERAIS .......................................................................................... 17
3.2 FISIOPATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA .......................................................... 18
3.3 TEORIAS ETIOLÓGICAS DA ESQUIZOFRENIA ............................................... 19
3.4 SINAIS E SINTOMAS.......................................................................................... 21
3.4.1 Sintomas Positivos e Negativos ................................................................... 23
3.5 SUBTIPOS DA ESQUIZOFRENIA ...................................................................... 23
3.6 FORMAS DE DIAGNÓSTICO ............................................................................. 24
3.7 FORMAS DE TRATAMENTO ............................................................................. 26
3.7.1 Tratamento Farmacológico ........................................................................... 27
3.7.1.1 Antipsicóticos Típicos ................................................................................ 29
3.7.1.2 Antipsicóticos Atípicos ............................................................................... 30
3.8 TRATAMENTO PSICOLÓGICO .......................................................................... 31
3.9      PRINCIPAIS              FÁRMACOS                 ANTIPSICÓTICOS                     DISTRIBUÍDOS                  PARA
TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA USADO NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA
.................................................................................................................................. 32
3.9.1 Haloperidol Comprimidos .............................................................................. 33
3.9.1.1 Interações Medicamentosas ....................................................................... 34
3.9.2 Haldol Decanoato Solução Injetável ............................................................. 35
3.9.3 Clorpromazina ................................................................................................ 36
3.9.3.1 Interações Medicamentosas ....................................................................... 37
3.9.3.2 Efeitos Colaterais ........................................................................................ 38
3.9.4 Risperidona ..................................................................................................... 38
4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 40




5 RESULTADOS ....................................................................................................... 41




6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 42




REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
INTRODUÇÃO




     Esquizofrenia é uma psicose crônica idiopática, apresentando-se como um
conjunto de diversas doenças com sintomas que se parecem e se justapõem. A
esquizofrenia é originada por vários fatores onde fatores genéticos e ambientais se
coligam ampliando o risco de aumentar a doença (SILVA, 2006).
       A esquizofrenia atinge cerca de 1% da população e normalmente inicia antes
dos 25 anos de idade, persiste por toda a vida e afeta pessoas de todas as classes
sociais (SADOCK B.; SADOCK V, 2007).


                    A incidência mediana de esquizofrenia é de 15,2/100.000 pessoas,
                    sendo que as estimativas podem variar até cinco vezes conforme a
                    área geográfica, de 7,7 a 43,0/ 100.000. A esquizofrenia é mais
                    frequente em homens, sendo a proporção homem: mulher de 1,4: 1
                    (KAYO, 2010).


       A esquizofrenia é, mesmo hoje, a doença mental avaliada como a mais
incapacitante. Em 1896, foi proposta por Emil Kraepling como Demência Precoce.
Somente em 1911 sua característica principal de sintoma foi à desorganização do
pensamento. O termo esquizofrenia significa “mente partida” (TEIXEIRA, 2005).
       Mesmo com a baixa incidência, sendo uma doença de longa duração,
acumula-se, ao longo dos anos, uma parcela de indivíduos com esse transtorno, em
graus diferentes de comprometimento e necessidades (GIACON; GALERA, 2006).
       Conforme os autores citados acima a esquizofrenia é um transtorno
ocasionado por fatores biopsicossociais que interagem, criando circunstâncias,
favoráveis ou não ao aparecimento do transtorno. Os fatores biológicos são ligados
á genética ou aqueles devidos a uma lesão ou anormalidade nas estruturas
cerebrais e deficiência de neurotransmissores. Os fatores psicossociais são ligados
á pessoa, em vista para o psicológico e sua relação com o ambiente social, como
por exemplo: ansiedade intensa, estresse elevado, fobia social, causas sociais e
emocionais intensos. Pessoas com predisposição podem desenvolver a doença
quando estimulados por fatores biológicos, ambientais ou emocionais.
       A esquizofrenia apresenta sintomas diferentes em múltiplos domínios, de
forma muito heterogênea em diferentes indivíduos e também variabilidade nos
mesmos indivíduos ao longo do tempo (FALKAI et al., 2006).
14



       Em fase aguda, a esquizofrenia pode ser dividida em três grandes grupos:
positivos ou psicóticos (delírios e alucinações), negativos embotamento afetivo,
diminuição da volição e de desorganização (desorganização conceitual do
pensamento, comportamento bizarro). Fora estes três grupos de sintomas existem
também os sintomas cognitivos e de humor. É ocasionada na fase crônica da
esquizofrenia a perda da capacidade de iniciativa e deterioração cognitiva. Os
sintomas de humor e ansiedade apresentam-se especialmente em episódios de
transtornos de ansiedade e depressão, prevalecendo o suicídio (KAYO, 2010).
       Atualmente a esquizofrenia é um dos problemas principais de saúde,
causando grandes investimentos no sistema de saúde. Quando há interferência no
primeiro episódio do transtorno é possível ter uma oportunidade exclusiva no
tratamento da doença, influenciando no seu andamento (GIACON; GALERA, 2006).
       Dados do Ministério de Saúde advertem que de 0,7% a 1% da população
brasileira já passou por um surto de esquizofrenia. Os gastos por ano através do
Sistema Único de Saúde (SUS) como hospitalização e tratamento de 131 mil
pacientes com esquizofrenia consomem elevadas quantias á saúde pública
(LUKASOVA et al., 2007).
       Por volta de 1% da renda nacional é usada no tratamento de doenças
mentais (eliminando os transtornos relacionados às substâncias), sendo que a
esquizofrenia resulta por 2,5% de todos os consumos com saúde. A grande parte
dos estudos relatou que mais de 75% dos pacientes com esquizofrenia fumam se
comparado com menos da metade dos indivíduos com problemas psiquiátricos em
geral. Por volta de 30 a 50% das pessoas com esquizofrenia atendem os critérios
diagnósticos para excesso ou dependência de álcool. Outras substâncias muito
usadas com freqüência são a maconha (cerca de 15 a 25%) e a cocaína (cerca de 5
a 10%). Pacientes dizem que fazem uso destas substâncias para terem mais prazer,
diminuindo a depressão e a ansiedade (SADOCK B.; SADOCK V, 2007).
       Não existe um curso típico da esquizofrenia devido á grande sintomatologia
apresentada, que varia de indivíduo para indivíduo (GIACON; GALERA, 2006).
       Novos    episódios   de   esquizofrenia   raramente   acontecem   antes   da
adolescência e acima dos 50 anos. A primeira administração hospitalar para homens
é mais cedo (média de 25 anos) do que para as mulheres (média de 30 anos).
       Portanto, para o subgrupo de doentes com história familiar positiva de
transtornos psicóticos em parentes de primeiro grau não existiu diferença entre os
15



sexos quanto à idade de início, porém essas demonstraram um começo da doença
mais precoce do que outros sem antecedentes familiares (MARI; LEITÃO, 2000).
         No final da adolescência e no início da vida adulta é uma fase bem
conturbada,    pois   envolve   transformações   físicas,   emocionais,   e   novas
responsabilidades e papéis, do indivíduo, em seu ambiente social. O surgimento da
psicose neste período se dá, muitas vezes, pela pressão que o jovem sofre,
mediante a essas mudanças (GIACON; GALERA, 2006).
         Tem-se conhecimento que o atraso em procurar o tratamento tem uma
grande influência no prognóstico do paciente, levando a ruptura dos níveis psíquico,
físico e da rede social do indivíduo.    Consequentemente aumenta o tempo de
remissão do quadro agudo sucedendo os episódios psicóticos (GIACON; GALERA,
2006).
         Diante do que foi apresentado, de uma patologia de grande complexidade,
tivemos o intuito de realizar um levantamento de quais medicamentos são utilizados
no tratamento da Esquizofrenia no município de Paranaíba-MS, abordando a
patologia como um todo e enfocando o tratamento farmacológico, pois representam
o fundamental tratamento para esta patologia.
16



2 OBJETIVO




Objetivo geral:
       O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento de dados sobre os
medicamentos que são dispensados para o tratamento da esquizofrenia na rede
pública do município de Paranaíba-MS e dar ênfase no impacto destes no controle
da doença.


Objetivos específicos:
      Aspectos gerais
      Fisiopatologia da esquizofrenia
      Teorias etiológicas da esquizofrenia
      Sinais e sintomas
      Formas de tratamento – Farmacológico e Psicológico
17



3 REVISÃO DA LITERATURA




3.1 ASPECTOS GERAIS




        A esquizofrenia é uma doença complicada de compreender, saber o que
afeta a mente do doente, pois estes doentes por ocasiões são visivelmente pessoas
normais, com uma mente confundida por períodos ou consecutivamente, em que
eles próprios padecem bastante, pois não se percebe ou têm consciência que
socialmente estão a errar e a perturbar o próximo ou os demais á sua volta
(LOURENÇO, 2007).
        Os indivíduos portadores da esquizofrenia doença essa de longa duração,
sendo incapacitante, requer em quase todos os casos um acompanhamento familiar
sem interrupções, o que acarreta uma dedicação total ao paciente, sempre muito
exaustivo (TEIXEIRA, 2005).
        Ainda segundo o autor citado acima, os doentes esquizofrênicos apresentam
recaídas freqüentes, portanto se cumprirem o tratamento tem grandes chances
retornarem a sua vida e integrar-se na sociedade, em outros casos contrários nunca
chegam a reintegrar-se socialmente.
        Segundo Shirakawa (2000), “A esquizofrenia é um transtorno de evolução
crônica. Costuma comprometer a vida do paciente, torná-lo frágil diante de situações
estressantes e aumentar o risco de suicídio”.
        Os   pacientes    com    esquizofrenia   apresentam    maiores    risco   de
comportamento suicida. Por volta de um terço deles vai tentar o suicídio e cerca de
um em cada 10 vai se matar (HALES; YUDOFSKY, 2006).
        Já para Ayres (2009), os transtornos psiquiátricos denominados psicose
funcional tem características como à perda de capacidade de julgar apropriadamente
a realidade em consequência de alterações no campo do pensamento, percepção,
emoção, movimento e comportamento.
        De acordo com Teixeira (2005), a esquizofrenia pode aparecer de forma
brusca ou lentamente. Quando se inicia lentamente pode passar alguns meses até
que a família ou o próprio doente o perceba e procure um tratamento médico. O
paciente permanece mais isolado dos demais, fica desinteressado pelas coisas que
18



gostava desmotivado para tudo, separa-se das pessoas. Quando seu início é
brusco, o doente pode apresentar perplexidade, ansiedade e a percepção. A
esquizofrenia afeta muito os setores da vida do paciente e têm-se conhecimento que
sua reintegração na sociedade, na família e nas atividades profissionais é muito
complicada.




3.2 FISIOPATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA




          Segundo Neto, Bressan e Filho (2007), as dificuldades de metodologias
inseparáveis aos estudos neuropatológicos, os achados incoerentes e o surgimento
dos antipsicóticos na década de 1950, fizeram com que as pesquisas passassem a
enfocar    os    neurotransmissores    como    elementos    centrais   na    gênese   da
esquizofrenia.
          A formulação mais simples da hipótese da dopamina na esquizofrenia
postula que o transtorno resulta do excesso de atividade dopaminérgica (SADOCK
B.; SADOCK V, 2007).
          Ainda segundo o autor citado acima, ainda que a dopamina receba maior
atenção nas pesquisas sobre a esquizofrenia, outros neurotransmissores também
têm sido estudados os quais são:
         Serotonina: O antagonismo no receptor 5 HT2 foi colocado como importante
          em reduzir os sintomas psicóticos e abrandar o desenvolvimento de
          transtornos de movimentos incluídos ao antagonismo de D 2. A atividade da
          serotonina foi indiciada no comportamento suicida e impulsivo que também
          pode estar presente em pacientes com esquizofrenia.
         Noradrenalina:   Através    de   relatos   de   administração     de   fármacos
          antipsicóticos em longo prazo, nota-se que diminuiu a atividade dos
          neurônios noradrenérgicos e que os efeitos terapêuticos de alguns fármacos
          envolvem atividades em receptores α1 e α2.
         Gaba: O aminoácido neurotransmissor inibitório ácido ‫-ץ‬aminobutírico
          (GABA) foi inserido na fisiopatologia da esquizofrenia. Alguns doentes têm
          perdas de neurônios GABAérgicos no hipocampo. Como conseqüência pode
          levar á hiperatividade dos neurônios dopaminérgicos e noradrenérgicos.
19



      Glutamato: Ao seu respeito, foi colocado como proposta a hiperatividade, a
       hipoatividade e a neurotoxicidade induzidas por ele. Ele foi incluído porque a
       ingestão de fenciclidina (PCP), um antagonista do glutamato, produz uma
       síndrome aguda semelhante é esquizofrenia.
      Neuropeptídeos: A colecistocinina e a neurotensina, encontram-se em várias
       regiões cerebrais implicadas na esquizofrenia, e suas concentrações se
       tornam alteradas nos estados psicóticos.




3.3 TEORIAS ETIOLÓGICAS DA ESQUIZOFRENIA




       Nos dias de hoje, existe uma concordância entre muitos investigadores de
que o melhor conceito para a esquizofrenia é por ser uma doença de determinantes
múltiplos semelhante ao câncer. Os pacientes podem ter uma predisposição
genética, mas esse aspecto de vulnerabilidade não é “desencadeado” sem a
intervenção de outros fatores. Ainda que a maioria desses fatores seja considerada
de caráter ambiental, sendo que não estão codificados no ácido desoxirribonucléico
(DNA) e têm potencial para produzir mutações ou influenciar a expressão genética,
muito deles são biológicos, mais do que psicológicos e incluem características como
lesões no parto ou nutrição (HALES; YUDOFSKY, 2006).
       A causa da esquizofrenia é desconhecida. Nos últimos dez anos, uma
quantidade crescente de pesquisas indicou um papel fiosipatológico para determinar
áreas do cérebro, incluindo o sistema límbico, o córtex frontal, o cerebelo e os
gânglios basais. Esta quatro áreas são interligadas, porém uma disfunção em uma
delas pode arrastar um processo patológico primário em outra (SADOCK B.;
SADOCK V, 2007).
       Dentre os sistemas dopaminérgicos cerebrais nos quais os antipsicóticos
atuam, o mesocortical e o mesolímbico são os que mais prováveis se relacionam
com a fisiopatologia da esquizofrenia. O bloqueio de receptores dopaminérgicos do
sistema nigroestriatal é visto como responsável pelos efeitos extrapiramidais dos
neurolépticos, enquanto a ação no sistema túberoinfundibular parece ser
responsável pelos efeitos endocrinológicos (SILVA, 2006).
20



Tabela 1 Vias dopaminérgicas centrais e suas ações
VIAS                                       FUNÇÕES
                                           Relacionada a comportamentos e
Mesolímbica                                emoções. Sua
                                           hiperatividade relaciona-se aos sintomas
                                           psicóticos positivos.
                                           O papel na mediação de sintomas
                                           psicóticos
 Mesocortical                              ainda é controverso, mas parece que
                                           seu bloqueio
                                           associa-se a piora de sintomas
                                           negativos.
                                           Coordenação           de      movimentos
                                           voluntários. Seu
                                           bloqueio está associado a distúrbios
                                           motores com
 Nigroestriada
                                           acatisia, distonia, tremores, rigidez e
                                           acinesia/bradicinesia e em longo prazo
                                           pode levar
                                           a discinesia tardia.
                                           Relacionada à inibição da secreção de
                                           prolactina.
 Tuberoinfundibular
                                           Seu bloqueio associa-se a aumento dos
                                           níveis
                                           desse hormônio.
                                           Relacionado com o comportamento
 Meduloperiventricular
                                           alimentar
Fonte: Silva, 2006

       Ainda segundo o autor citado acima, estudos atuais implicam que os
cérebros de alguns pacientes esquizofrênicos são mais leves e menores em se
comparando a indivíduos normais. Além disso, as alterações cerebrais mais
localizadas têm sido identificadas. Áreas mais consistentemente implicadas são as
porções mediais dos lobos temporais, sobretudo hipocampo e giro para-hipocampal.
A Diminuição de volume em áreas frontais, tálamo, gânglios da base e corpo caloso
têm sido também indicadas (SILVA, 2006).
21



3.4 SINAIS E SINTOMAS




        Sobre os sinais e sintomas clínicos da esquizofrenia apresentam-se três
questões chaves: Em primeiro lugar, não existe um sinal ou sintoma certo, todos os
sinais ou sintomas vistos na esquizofrenia ocorrem em outros transtornos
psiquiátricos e neurológicos. No entanto, a história do paciente é essencial para
diagnosticar o transtorno, e sua existência não pode se confirmar a partir dos
resultados de um exame do estado mental, pois estes podem ter variações. Em
segundo lugar, os sintomas alteram-se com o passar do tempo. O paciente pode ter
alucinações que desaparece e reaparece, e competência variada no comportamento
adequado em situações sociais, ou sintomas de transtorno de humor podem ir e vir
durante a esquizofrenia. Em terceiro lugar, deve ser analisados o nível de
escolaridade do paciente, seu potencial intelectual e filiação cultural e subcultural.
Quando há pouca capacidade de se conhecer conceitos abstratos, pode indicar sua
escolaridade ou inteligência (SADOCK B.; SADOCK V, 2007).
        Ainda segundo o autor citado acima, a aparência de uma pessoa com
esquizofrenia pode variar desde um indivíduo completamente desleixado, aos gritos
e agitado ou até alguém obsessivamente arrumado, silencioso e imóvel.
        Os sinais e sintomas iniciais da doença aparecem frequentemente no
período da adolescência ou no começo da idade adulta. Não obstante, pode
aparecer de forma abrupta, e o quadro mais repetido começa de modo astucioso.
Sintomas de aproximação da doença pouco característicos, compreendendo perda
de energia, iniciativa e interesses, humor depressivo, afastamento, comportamento
impróprio, relaxamento com a exterioridade e higiene, podem aparecer e continuar
por algumas semanas ou meses antes da manifestação de sinais mais
característicos da doença (SILVA, 2006).
        Os sintomas psicóticos, alucinações e delírios podem ser capazes de afetar
a habilidade de trabalho e de relações interpessoais por toda a vida. Essas
condições se explicam, pois os pacientes psiquiátricos apresentam menor
variabilidade de desempenho diante de mudanças em situações sociais. A
esquizofrenia tem como traço fundamental o dano nas funções cognitivas, senso-
perceptivas e afetivas das populações afetadas (COSTA; CALAIS, 2010).
22



        As alucinações e os delírios são sempre observados em algum momento
durante o curso da esquizofrenia. As alucinações visuais incidem em 15%, as
auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os pacientes, e os delírios em mais de
90% deles. Aspectos mais característicos da Esquizofrenia são alucinações e
delírios, transtornos de pensamento e fala, perturbações das emoções e do afeto,
déficits cognitivos e avolição. Os distúrbios do comportamento na esquizofrenia
incluem comportamento grosseiramente desordenado e comportamento catatônico.
Define-se catatonia como um conjunto de movimentos, posturas e ações complexas
involuntárias.   Fenômenos     catatônicos    compreendem      estupor,       catalepsia,
automatismo, maneirismo, esteriotipias, fazer posturas e caretas, negativismo e
ecopraxia. Entre 5 e 10% dos pacientes com esquizofrenia encontram-se fenômenos
catatônicos. No entanto, esses sintomas não são específicos para esquizofrenia,
podendo sobrevir mania (SILVA, 2006).
         Ainda segundo o mesmo autor, a anedonia ou perda da habilidade de sentir
prazer foi colocada como característica central da esquizofrenia. A anedonia física
concentra na perda de sentir prazer como admirar a beleza do pôr-do-sol, comer,
beber, cantar, e receber uma massagem. A anedonia social envolve a perda de
prazeres como estar entra amigos e ficar ao lado de outras pessoas.
        Pacientes esquizofrênicos se caracterizam pela perda de associações de
idéias, alucinações, afeto embotado, riso imotivado ou inapropriado, avolição, alogia,
delírios proeminentes, deterioração global do funcionamento, associações frouxas,
desorganização da sintaxe, pensamento ilógico e, especialmente, pobre em
acontecimentos (GIACON; GALERA, 2006).
        Os   doentes   com    esquizofrenia   demonstraram     um   déficit    cognitivo
generalizado, ou seja, eles tendem a desempenharem níveis mais baixos do que
controles normais em um grande número de testes cognitivos. Também apresentam
múltiplos déficits neuropsicológicos em testes de raciocínio conceitual, complexas
velocidade psicomotora, memória de aprendizagem nova e incidental e habilidades
motoras, sensoriais e percentuais (SILVA, 2006).
23



3.4.1 Sintomas positivos e negativos




        O conceito sobre os sintomas positivos e negativos foi formulado
originalmente pelo neurologista britânico John Hughlings Jackson (1931). Os
sintomas negativos, no entanto, simplesmente representavam uma “dissolução” ou
perda da função cerebral (HALES; YUDOFSKY, 2006).
        Ainda segundo o mesmo autor, os sintomas positivos, incluindo alucinações,
delírios, transtorno acentuado e positivo do pensamento formal (manifestado por
incoerência   acentuada,    descarrilamento,      tangencialidade   ou   ilogicidade)   e
comportamento bizarro ou desorganizado, vêm mostrar distorção ou exagero de
funções que estão presentes normalmente. Como exemplo, as alucinações são a
distorção ou o exagero da função dos sistemas perceptivos do cérebro, fazendo com
que o indivíduo experimente a percepção na ausência de estímulo externo. Os
sintomas negativos nos mostram uma deficiência de função mental que
normalmente está presente. Um exemplo, é que alguns pacientes exibem alogia.
Outros mostram embotamento afetivo, anedonial associalidade, abulia/apatia e
comprometimento da atenção. Esses sintomas negativos ou deficitários não são
apenas difíceis de tratar como correspondem menos aos neurolépticos do que os
positivos como também são os mais devastadores, pois deixam o paciente inerte e
desmotivado. O paciente esquizofrênico com sintomas negativos acentuados pode
melhorar seu desempenho sob supervisão, mas não consegue mantê-lo quando ela
é removida.




3.5 SUBTIPOS DA ESQUIZOFRENIA




        O DSM-IV-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais)
reconhece     cinco   subtipos   clássicos   de    esquizofrenia:   1)   paranóide,     2)
desorganizada, 3) catatônica, 4) indiferenciada e 5) residual. Os objetivos principais
dessa divisão em subtipos são ajudar a validade preditiva, auxiliar o médico a
escolher o tratamento e fazer previsões de resultados. Os subtipos são:
       Esquizofrenia Paranóide
24



        Têm como característica um ou mais delírios e alucinações auditivas
freqüentes. Fala e comportamento desorganizado, catatônico e afeto embotado ou
impróprio não são acentuados.
       Esquizofrenia Desorganizada
        Suas características são fala e comportamento desorganizados, afeto
embotado ou impróprio, porém não satisfaz os critérios para esquizofrenia
catatônica. No modo geral, se tiver delírios e alucinações eles são fragmentados, ao
contrário de delírios bem-sistematizados do esquizofrênico paranóide.
       Esquizofrenia Catatônica
        É definida como um tipo de esquizofrenia denominada pelos sintomas:
imobilidade motora, em evidência a catalepsia ou estupor, agitação e negativismo
extremos    ou     mutismo,   peculiaridades   dos   movimentos      voluntários   como
estereotipias, maneirismos, trejeitos faciais, e ecolalia ou ecopraxia.
       Esquizofrenia Indiferenciada
        O subtipo indiferenciado que é uma categoria residual foi incluído para
pacientes que satisfazem os critérios para esquizofrenia, mas não se classifica em
subtipos paranóide, desorganizado ou catatônico. Esse subtipo é mais comum entre
os diagnósticos.
       Esquizofrenia Residual
        Este tipo de subtipo esquizofrênico é aplicado aos pacientes que não tem
mais sintomas psicóticos acentuados, mas que já satisfizeram os critérios da doença
e ainda têm evidências da patologia. Podem ser indicadas pelos sintomas negativos
ou de forma diminuída crenças bizarras, experiências perceptivas incomuns
(HALES; YUDOFSKY, 2006).




3.6 FORMAS DE DIAGNÓSTICOS




        O diagnóstico de esquizofrenia depende de excluir a doença cerebral
orgânica e sua ocorrência de um conjunto de sintomas característicos, que devem
ser presentes na maior parte do tempo no último mês ou em um período menos se o
episódio foi tratado com sucesso, se acordo com a Classificação internacional de
25



doenças (CID10), ou pelo menos seis meses, segundo os critérios do DSM-IV-TR
(FALKAY et al., 2006).
       Segundo o DSM-IV-TR, a esquizofrenia consiste na apresentação de
sintomas positivos e negativos caracterizando pelo menos um mês de duração
(exceto quando tratados com sucesso), deterioração no trabalho, nas relações
interpessoais ou nos cuidados pessoais, sinais contínuos de perturbação por, pelo
menos, seis meses, exclusão de transtorno esquizoafetivo e do humor com
características psicóticas, determinando que a perturbação não é por uma condição
médica geral ou efeitos fisiológicos diretos de uma substância, e, enfim, se tiver um
transtorno autista ou outro global do desenvolvimento, alucinações e delírios
proeminentes, devem ser      presentes por um período mínimo de um mês. A
esquizofrenia é classificada ainda segundo o curso da doença, como é mostrado na
tabela (HALES; YUDOFSKY, 2006).


Tabela 2 Critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para esquizofrenia
A. Sintomas característicos: No mínimo dois dos seguintes quesitos, cada qual por
uma porção significativa de tempo durante o período de um mês (ou menos, se
tratado com sucesso):
(1) delírios
(2) alucinações
(3) fala desorganizada (p. ex., descarrilamento frequente ou incoerência)
(4) comportamento acentuadamente desorganizado ou catatônico
(5) sintomas negativos, isto é, embotamento afetivo, alogia ou abulia
Nota: Apenas um sintoma do Critério A é necessário quando os delírios são
bizarros ou as alucinações consistem em vozes que comentam o comportamento
ou os pensamentos do indivíduo, ou múltiplas vozes conversando entre si.
B. Disfunção social/ocupacional: Por uma porção significativa de tempo desde o
início da perturbação, uma ou mais áreas importantes do funcionamento, tais como
trabalho, relações interpessoais ou cuidados pessoais, estão acentuadamente
abaixo do nível alcançado antes do início (ou quando o início ocorre na infância ou
adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de realização interpessoal,
acadêmica ou profissional).
C. Duração: Sinais contínuos da perturbação persistem pelo período mínimo de
seis meses, que deve incluir pelo menos um mês de sintomas (ou menos, se
tratados com sucesso) que satisfazem o critério A e pode incluir períodos de
sintomas prodrômicos ou residuais. Durantes esses períodos prodrômicos ou
residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas
negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no critério A presentes de
forma acentuada (p. ex., crenças estranhas, experiências perceptivas incomuns).
D. Exclusão de transtorno esquizoafetivo e transtorno do humor. O transtorno
esquizoafetivo e o do humor com características psicóticas foram descartados
porque (1) nenhum episódio depressivo maior, maníaco ou misto ocorreu
concomitantemente aos sintomas da fase ativa; ou (2) se os episódios do humor
26



ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve com
relação á dos períodos ativo e residual.
E. Exclusão de substância/condição médica: A perturbação não se deve aos efeitos
fisiológicos diretos de uma substância (p. ex., uma droga de abuso, um
medicamento) ou uma condição médica geral.
F. Relação com um transtorno global do desenvolvimento: Se existe uma história de
transtorno autista ou de outro transtorno global do desenvolvimento, o diagnóstico
adicional de esquizofrenia é feito apenas se delírios ou alucinações estiverem
presentes pelo período mínimo de um mês (ou menos, se tratados com sucesso)
Fonte: Hales; Yudofsky, 2006

       Ainda de acordo com ao autor citado acima, a esquizofrenia continua a ser
um diagnóstico clínico embasado em informações da anamnese e no exame
criterioso do estado mental, e não há anormalidades laboratoriais visíveis que sejam
possíveis diagnósticas do transtorno. O primeiro passo é obter uma anamnese
minuciosa e realizar o exame físico para excluir certas psicoses com causas
médicas conhecidas.




3.7 FORMAS DE TRATAMENTO




       Segundo Falkai et al. (2006), o atendimento da maior parte dos pacientes
que sofrem desta doença envolve esforços múltiplos e a abordagem de uma equipe
multidisciplinar para minimizar a freqüência, a duração e a gravidade dos episódios;
diminuir a morbidade e a mortalidade globais este distúrbio, ajudar a melhorar a
função psicossocial, a independência e a qualidade de vida.
       Ainda segundo o autor citado acima, as metas principais do tratamento se
devem a participação do paciente e de todos aqueles que estão juntos no processo
de tratamento, a colaboração dos familiares, a coordenação e a cooperação das
instituições de tratamento no caso de atendimento integrado e a inclusão de ajuda
não-profissional e de sistemas de auto-ajuda.
27



3.7.1 Tratamento Farmacológico




         Os antipsicóticos representam o fundamental tratamento para portadores de
esquizofrenia. O descobrimento dos antipsicóticos de primeira geração (APG), na
década de 1950, trouxe grande melhoramento para os doentes com esquizofrenia,
no conceito em que tais medicamentos indicaram eficácia no combate aos sintomas
psicóticos e, como resultado, probabilidade de tratamento em regime ambulatorial e
diminuição da permanência hospitalar, bem como do número de internações (ELKIS;
LOUZÃ, 2007).
         Os antipsicóticos mais antigos, atualmente chamados de antipsicóticos
típicos ou de primeira geração tem suas características pelo forte bloqueio dos
receptores dopaminérgicos D2 e pelo maior risco de sintomas extrapiramidais (SEP),
quando se comparam aos antipsicóticos mais atuais, conhecidos como antipsicóticos
atípicos ou de segunda geração (ASG), que além dos receptores de dopamina D 2,
apresentam atividade antagonista nos receptores de serotonina 5 HT 2 (KAYO,
2010).
         Ainda segundo o mesmo autor, não existe até o momento uma evidência
que seja favorável ao uso de associação de antipsicóticos no tratamento da
esquizofrenia. Assim, quando um paciente não responde ao tratamento com um
determinado    antipsicótico,   os   algoritmos   de   tratamento   mais   conhecidos
recomendam a mudança do antipsicótico.
         Num primeiro episódio psicótico, o tratamento farmacológico deve ser
introduzido com cautela pelo maior risco de desenvolvimento de sintomas
extrapiramidais. Recomenda-se a introdução da medicação antipsicótica em baixas
doses, seguida de ajuste gradual, sempre com cuidadosa explicação ao paciente
(FALKAI et al; 2011).
         Ao que se refere ao paciente, diversos aspectos são observados, por
exemplo, as condições intrínsecas à própria psicopatologia (desorganização, idéias
delirantes – principalmente de cunho paranóide – hostilidade, déficit cognitivo, falta
de motivação e de iniciativa) e a gravidade da doença. A dificuldade em
compreender e distinguir os sintomas e a doença leva muitos pacientes a analisarem
que não necessitam de tratamento (BECHELLI, 2003).
28



         No momento, não existe precaução particular para a esquizofrenia. Assim, o
foco está no tratamento precoce e contínuo, e na reabilitação do paciente. Apesar de
não curativas, os fármacos neurolépticos, ou antipsicóticos se constituíram como o
tratamento principal para todos os estágios de evolução da doença (PÁDUA, et al
2005).
         Os pacientes psiquiátricos submetidos ao tratamento com neurolépticos
apresentaram uma melhora da sintomatologia, o que permitiu maior interação entre
pacientes e profissionais de saúde (CARDOSO E GALERA, 2006).
         É frequente a teoria de uma linha de sugestões do doente, sem que se leve
em conta a complicação dos processos, disposição de sua aplicação, valor e
prováveis reações adversas ao medicamento. Como conseqüência, é comum o
pequeno grau de aderência individualmente; quando se exigem processos de
tratamento ou uso contínuo de medicamento durante um longo período.               Dessa
maneira, a taxa de aderência gira em torno de 50%. Essa porcentagem fica menor
ainda nas terapêuticas longas ou profiláticas, em condições clínicas discretas ou
assintomáticas e nas patologias cujas decorrências da interrupção demoram a
aparecer. Nos pacientes psiquiátricos á aderência pretende a ser menor (BECHELLI,
2003).
         O impacto extraordinário do tratamento das doenças mentais com estes
medicamentos foi por só um momento. Contrariando as esperanças de benefícios
constantes e estáveis, logo se viu que as recaídas e conseqüentes internações
tornaram-se mais frequentes. Após a melhoria dos sintomas, os pacientes tomavam
seus medicamentos de forma irregular, chegando a interromper o tratamento,
demonstrando o uso descontínuo dos neurolépticos prescritos (CARDOSO;
GALERA, 2006).
         Os antipsicóticos têm sido à base no tratamento da esquizofrenia nos
últimos cinqüenta anos. Em termos de estrutura química, os antipsicóticos,
conhecidos também como neurolépticos, são um grupo heterogêneo de drogas
psicoativas   (como   fenotiazina,   tioxantina,   butirofenona,   difenilbutilpiperidina,
benzamida, benzisoxazol e dibenzepina) mais utilizado na fase aguda do tratamento,
na terapia de manutenção e na precaução da reincidente esquizofrenia em longo
prazo (FALKAI et al, 2006).
         Altas doses de antipsicóticos convencionais podem ser necessárias para
alguns pacientes, porém estudos controlados não apresentaram vantagens nem nas
29



doses de ataque rápido nem em dosagens altas sustentadas. Além disso, as doses
mais altas aumentam a possibilidade de efeitos colaterais adversos (HALES;
YUDOFSKY, 2006).
         Nos dias de hoje, em benefício de suas vantagens farmacológicas,
especialmente na melhora dos sintomas negativos, qualidade de vida e
tolerabilidade, vários autores apreciam os antipsicóticos atípicos como primeira linha
no tratamento da esquizofrenia (OLIVEIRA et al, 2011)
         Ainda segundo o mesmo autor, a adesão dos pacientes é algo
importantíssimo,   entretanto,    de      algum   modo,       negligenciado      nos   regimes
terapêuticos. A adesão aos antipsicóticos é melhor em razão de terem menores
quantidades de efeitos colaterais. Em casos diferentes, de dificuldade no uso de
medicações orais,ou pela não aceitação do paciente, ou pela dificuldade do controle
familiar no uso regular as medicação, pode-se optar pelo uso de antipsicóticos na
forma de injetáveis de ação prolongada.




3.7.1.1 Antipsicóticos Típicos




         Os antipsicóticos foram ao início chamado de neurolépticos, devido a sua
capacidade de induzir catalepsia em ratos. A atividade antipsicótica da
clorpromazina foi por acaso, e sua atividade era devido ao bloqueio do receptor
dopaminérgico D2. Desse modo, foram-se elucidados a hiperatividade dopaminérgica
da esquizofrenia, e vários outros antipsicóticos foram introduzidos, como o
haloperidol e a flufenazina. As doses de haloperidol e flufenazina eram menores
para bloquear o efeito D2 mais intenso, por isso chamados de neurolépticos de alta
potência, enquanto aqueles semelhantes a clorpromazina de baixa potência (KAYO,
2010).
         Já para Silva (2006) os antipsicóticos levam dias a semanas para
alcançarem seus efeitos terapêuticos máximos. Eles são divididos conforme as suas
potências:   halperidol,   flufenazina,    trifluoperazina,    tioxene)   alta    potência   e
(clorpromazina, tioridazina) de baixa potência. Além dos efeitos terapêuticos, eles
causam efeitos colaterais típicos. A via dopaminérgica nigroestriatal participa da
30



atividade motora. Devido ao bloqueio de receptores dopaminérgicos estriatais, esses
antipsicóticos podem produzir o aparecimento de efeitos adversos extrapiramidais.




3.7.1.2 Antipsicóticos Atípicos




         Na década de 1970 foi descoberta a clozapina, um antipsicótico bastante
eficaz que praticamente não se desenvolvia efeitos adversos extrapiramidais.
Surgiram outros antipsicóticos diferentes dos convencionais que já existiam, não
causando os efeitos extrapiramidais, e por isso foram chamados de áticos (KAYO,
2010).
         Os   antipsicóticos   atípicos   são   fármacos   associados   à   menores
acontecimentos de sintomas extrapiramidais. Esses sintomas são os mais
perturbadores entre os efeitos colaterais dos antipsicóticos, e o advento desses
novos agentes constituiu um grande avanço na psicofarmacoterapia. (OLIVEIRA et
al., 2011)
         Os esforços foram concentrados na busca de antipsicóticos com menos
efeitos extrapiramidais e que sejam eficazes também no tratamento dos sintomas
negativos da esquizofrenia, levaram aos denominados antipsicóticos atípicos, como
exemplo a clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona e mais recente
o aripiprazol (SILVA, 2006).
         Segundo Oliveira (2000), a risperidona ou a olanzapina são as drogas
recomendadas como primeira escolha da esquizofrenia, em decorrência dos ensaios
clínicos e da experiência clínica acumulada.
         Ainda segundo o mesmo autor, os antipsicóticos convencionais ainda são de
primeira escolha quando se consideram as questões relativas ao custo do
tratamento. Isso ainda acontece em nosso meio.
31



3.8 TRATAMENTO PSICOLÓGICO




         As principais funções cognitivas são: percepção, atenção, memória,
linguagem e funções executivas. Partindo da relação entre essas funções que
entendemos a grande parte dos comportamentos, desde o mais simples até os
complexos, exigindo atividades cerebrais mais formadas (NEUROPSICOLOGIA...,
2006).
         A intervenção psicossocial em famílias de indivíduos esquizofrênicos tem
dois objetivos principais: reduzir, prevenir, os sintomas da esquizofrenia e melhorar a
qualidade de vida de todos. Busca-se cooperar para que o paciente tenha o mínimo
de incapacidades ligadas á esquizofrenia e para que seus familiares compreendam
e lidem melhor com os problemas relacionados à doença do parente, e com
emoções ocasionadas por causa desse contato (SCAZUFCA, 2000).
         Ainda segundo o autor citado acima, a esquizofrenia é uma doença que
tende a se manifestar em pessoas biologicamente vulneráveis, em que o ambiente
afetivo familiar pode colaborar para ocasionar a doença ou a ter recaídas. A família
não é responsável ou culpada pela doença. É necessário reconhecer as dificuldades
que a família passa com um de seus membros com grave incapacitação mental.
         Os programas de intervenções possuem pontos que têm obtido sucesso
como: elementos de educação sobre a esquizofrenia, apoio dos terapeutas á família,
auxílio nos problemas atuais, negociando soluções e formas de lidar com os
problemas, e esclarecimento á família da importância da medicação no tratamento.
Componentes psicoeducacionais        são   utilizados   como   intervenção,   técnicas
cognitivo-comportamentais, redução de tensões na família visando solução de
problemas e estratégias para situações difíceis. Os programas com familiares se
destinam as pessoas que convivem sempre perto do doente, em geral, pais, irmão,
cônjuges, e filhos (SCAZUFCA, 2000).
         A psicoterapia passou a ser uma importante aliada na intervenção,
auxiliando á adaptação do doente em seu ambiente, revertendo prejuízos sociais e
interpessoais. Tais intervenções criam situações que proporcionam adequação nos
relacionamentos (COSTA; CALAIS, 2010).
         Alguns dos sintomas mais típicos da esquizofrenia envolvendo os
relacionamentos interpessoais, são demonstrados por meio de encenações de
32



papéis em terapia (ensaio comportamental) e tarefas de casa nas habilidades
sociais, demonstram o fraco contato visual, demora em responder, não tem
espontaneidade em situações sociais e não percebe coisas certas e as emoções de
outras pessoas (COSTA; CALAIS, 2010).
       Essas intervenções psicossociais representam importante papel no cuidado
de esquizofrênicos, integrados á farmacoterapia, adequadas a cada paciente. A
adequação do doente vai depender dele, do curso da doença e como está a sua
vida. Como exemplo, doentes que moram com suas famílias podem ir à terapia
familiar, e os que vivem sós, tem a opção de estimulação social de programas de
hospital-dia e contato com enfermeiros em visitas em casa. Alguns pacientes têm
empregos e cuidam de si mesmos outros precisam de 24 horas de atendimento por
muitos dias de hospitalização. Esses pacientes precisam de algum tipo de
intervenção no início da doença e outras em estágios posteriores, quando houver
sintomas alterados. Os benefícios ao paciente são mais independência e
participação na vida social (HALES; YUDOFSKY, 2006).
       As famílias em que o doente é casado ou tem filhos pequenos apresentam
problemas no relacionamento do casal e dificuldades dos filhos em entender a
doença. A família aprova estas intervenções, pois demonstram sua eficácia na
melhora de vida de todos (SCAZUFCA, 2000).




3.9 PRINCIPAIS ANTIPSICÓTICOS DISTRIBUÍDOS PARA TRATAMENTO DA
ESQUIZOFRENIA USADO NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA.



       Os medicamentos antipsicóticos, inseridos no início do ano de 1950,
revolucionaram o tratamento da esquizofrenia. Em número, a estimativas são de 2 a
4 vezes maior de pacientes que tem recaídas quando tratados com placebo,
comparado aqueles tratados com fármacos antipsicóticos. Estes medicamentos,
porém, se atêm aos sintomas da doença, mas não a curam. Os medicamentos
antipsicóticos dividem-se em duas classes principais: antagonistas do receptor da
dopamina (p. ex., clorpromazina e haloperidol e ASDs (p. ex., risperidona e
clozapina) (SADOCK B.; SADOCK V, 2007).
33



        Todos os antipsicóticos são elevados ao placebo no tratamento da
esquizofrenia. Estudos controlados não confirmaram o uso de um medicamento
específico para um subtipo apontado de esquizofrenia, e também não existem
melhoramentos em prescrever mais do que um antipsicótico por vez (HALES;
YUDOFSKY, 2006).
        Ao começar o tratamento, o mais adequado é que os doentes estejam
controlados clinicamente com o medicamento de atuação curta, pois o tempo para
ser alcançado o nível plasmático estável é mais longo com os medicamentos
antipsicóticos de ação prolongada (BECHELLI, 2003).
        Os medicamentos neurolépticos podem ser separados em dois grupos de
acordo com a sua potência. Sendo desta maneira, temos os antipsicóticos de alta
potência (como haloperidol, flufenazina, trifluoperazina, tioxene) e de baixa potência
ou sedativos (como a clorpromazina, tioridazina etc) (SILVA, 2006)
        Na rede pública de Paranaíba são dispensados para o tratamento da
esquizofrenia: Haloperidol, Haldol decanoato, Clorpromazina e Risperidona




3.9.1 Haloperidol Comprimidos




        A maioria dos pacientes esquizofrênicos com psicose aguda vai responder a
uma dose diária entre 10 e 15 mg de haloperidol (ou equivalente) dentro de alguns
dias ou semanas (HALES; YUDOFSKY,2006).


                     Haldol é um medicamento neuroléptico do grupo das butirofenonas.
                     É um bloqueador potente dos receptores dopaminérgicos centrais, e
                     classificado como um neuroléptico incisivo. Como resultado direto do
                     bloqueio dopaminérgico, haldol apresenta uma ação incisiva sobre os
                     delírios e alucinações(provavelmente a nível mesocortical e límbico)
                     e uma ação sobre os gânglios da base (via Nigro-estriatal). Haldol
                     causa sedação psicomotora eficiente, o que explica seus efeitos
                     favoráveis na mania, agitação psicomotora e outras síndromes de
                     agitação. A atividade em nível dos gânglios de base é provavelmente
                     responsável pelos efeitos extrapiramidais (distonia, acatisia e
                     parkinsonismo) (HALOPERIDOL, 2009).


       Absorção e distribuição
34



       A maior parte dos fármacos antipsicóticos sofre uma rápida absorção, porém
incompleta. Mesmo assim, muitas dessas drogas são submetidas a um metabolismo
significativo de primeira passagem. Por imediato, as doses orais de clorpromazina e
tioridazina oferecem uma biodisponibilidade sistêmica de 25 a 35%, já o haloperidol,
que tende a ser menos metabolizado, tem sua disponibilidade sistêmica média de
65%. Os agentes antipsicóticos são, na sua maioria, altamente lipossolúveis e
ligados ás proteínas (92-99%). Podem vir a ter grandes volumes de distribuição
(habitualmente >7 L/Kg). De um modo geral, essas drogas têm uma duração de
ação clínica muito mais prolongada do que se poderia estimar pela sua meia-vida
plasmática, possivelmente pelo acontecimento de serem seqüestradas em
compartimentos lipídicos do corpo e apresentarem afinidade muito alta por
receptores selecionados de neurotransmissores. Isso é comparado á ocupação
prolongada dos receptores dopamínicos D2 no cérebro. Os metabólitos da
clorpromazina podem ser excretados na urina dentro de várias semanas após a
última dose de droga administrada em base crônica. De forma parecida, pode não
ocorrer reincidente completa até dentro de seis semanas ou mais após a suspensão
de muitas drogas antipsicóticas.
      Metabolismo
       Os medicamentos antipsicóticos são, em sua grande parte, quase totalmente
metabolizados por uma variedade de processos. Embora alguns metabólitos reterem
sua atividade, como, por exemplo, a 7-hidroxiclorpromazina e o haloperidol reduzido,
os metabólitos não são considerados tão importantes para a ação desses fármacos.
      Excreção
       Uma quantidade muito pequena dessas drogas é excretada na forma
inalterada, visto que são quase totalmente metabolizadas a substâncias mais
apolares (KATZUNG, 2005).




3.9.1.1 Interações Medicamentosas




      Haloperidol/ Antiinflamatórios Não-Esteróides
        Os    antiinflamatórios    como   Ácido   Mefenânico;   Ácido   Tiaprofêncio;
Celecoxibe; Cetoprofeno; Cetorolaco; Diclofenaco; Diflunisal; Etodolaco tendem a
35



aumentar seu efeito adverso/tóxico do Haloperidol, especialmente a tontura e
confusão mental (BACHMANN et al, 2006 ).
          Os estudos avaliaram o tratamento junto com Haloperidol (5 mg/dia) e
Indometacina (75 mg/dia) para tratar a dor relacionada á osteoartrite, e 6 dentre 11
pacientes apresentaram tontura, cansaço e confusão mental exacerbados
(BACHMANN et al, 2006 ).
         Haloperidol/ Carbamazepina
          A concentração sérica do Haloperidol diminuiu de 50 a 60% após a
administração de Carbamazepina, e sintomas relacionados á concentração
subterapêutica do Haloperidol foi notada durante o uso de carbamazepina
(BACHMANN et al, 2006 ).
         Haloperidol/ Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina
          Os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina como Citalopram;
Escitalopram; Fluoxetina; Fluvoxamina; Paroxetina; Sertralina tendem a diminuir
metabolismo do Haloperidol, através de isoenzimas CYP. Os efeitos vistos tem
possibilidade de serem devidos a inibição da CYP2D6 pelo Inibidor Seletivo da
Recaptação da Serotonina, da qual o haloperidol é um substrato (BACHMANN et al,
2006 ).
         Haloperidol/ Quinidina
          A Quinidina pode aumentar a concentração sérica do Haloperidol. O
mecanismo dessa interação é desconhecido (BACHMANN et al, 2006 ).




3.9.2 Haldol Decanoato Solução Injetável




                       Haldol decanoato é o éster do haloperidol com o ácido decanóico.
                       Trata-se de um neuroléptico de ação prolongada, uma vez que o
                       éster é gradativamente liberado do tecido muscular e, por meio de
                       hidrólise enzimática, o haloperidol penetra na circulação sanguínea.
                       Tal liberação se faz de forma progressiva, permitindo a obtenção de
                       curvas plasmáticas uniformes sem ocorrência de picos irregulares. A
                       administração de uma dose adequada produz efeito terapêutico
                       estável, que permanece durante 4 semanas. Verificou-se que, com o
                       tratamento por Haldol decanoato, a medicação anti-parkinsoniana
                       associada ao tratamento com neurolépticos pode ser reduzida ou
                       mesmo suspensas em certos casos. Em pacientes deprimidos
36



                     foiobservado um efeito de ressocialização (HALDOL DECANOATO,
                     2009).


         Através de sua administração por via intramuscular este medicamento
produz um bloqueio seletivo no sistema nervoso central, por causa de bloqueios
competitivos   dos    receptores   dopaminérgicos   pós-sinápticos,   no   sistema
dopaminérgico mesolímbico e um aumento no intercâmbio da dopamina no nível
cerebral para produzir ação antipsicótica. O haloperidol (Haldol) é um importante
sedativo, antipsicótico, causando: diminuição de iniciativa, redução em demonstrar
afeto, respostas lentas, sonolência, reduz comportamentos agressivos, impulsos e
agitação psicomotora (CARDOSO, 2006).
         Para o início do tratamento em pacientes muito agitados ou agressivos, é
necessário o uso de antipsicóticos por via intramuscular (IM), por causa início de
ação mais rápido. Apenas alguns antipsicóticos tradicionais encontram-se
disponíveis na forma de apresentação injetável, como exemplo haloperidol,
clorpromazina, levomeprazina, dorperidol, zuclopentixol, risperidona, ziprasidona,
olanzapina (PÁDUA et al., 2005).




3.9.3 Clorpromazina




         O emprego da clorpromazina revolucionou o tratamento dos pacientes
esquizofrênicos e já obteve uma melhora de 50-75% e quase 90% destes pacientes
apresentaram algum melhoramento clínico através do uso desse fármaco (SILVA,
2006).
         Após observar os efeitos da clorpromazina em pacientes com esquizofrenia,
notou-se que eles ficavam em estados característicos, e passou a ser conhecido
como síndrome neuroléptica, com aspectos de indiferença emocional. Assim, a
clorpomazina foi administrada a pacientes internados de longo tempo, em hospitais
psiquiátricos. Muitos pacientes apresentaram melhora estimável, e puderam retornar
a sociedade. Os sintomas psicóticos mais destacados na esquizofrenia eram
suavizados após algum tempo de uso da droga (SILVA, 2006).
37



                    A clorpromazina é um derivado alifático. As teorias baseadas na
                    capacidade de antagonizar as ações da dopamina como
                    neurotransmissor nos gânglios da base e nas regões límbicas do
                    proencéfalo tornaram-se mais proeminentes e são apoiadas por
                    inúmeras evidências. O antagonismo da neurotransmissão sináptica
                    mediada por dopamina é uma ação importante dos neurolépticos.
                    (CLORPROMAZINA, 2011).


      Farmacocinética
       A Clorpromazina é rapidamente absorvida por via oral e a sua
biodisponibilidade relativa em relação à via intramuscular é em média de 50%. A
clorpromazina apresenta boa passagem em todos os tecidos, ligando-se fortemente
às proteínas plasmáticas (90%). Possui meia-vida plasmática curta (algumas horas),
mas a eliminação é lenta e prolongada (4 semanas ou mais). Nota-se variações
individuais nas concentrações plasmáticas. A clorpromazina passa pelo efeito de
primeira passagem no trato gastrintestinal e intensa metabolização hepática,
formando metabólitos tanto ativos quanto inativos, com reciclagem êntero-hepática.
A excreção é feita pela urina e pelas fezes, onde aparece principalmente sob a
forma de metabólitos. (CLORPROMAZINA, 2011)




3.9.3.1 Interações Medicamentosas




      Clorpromazina / Haloperidol
       O haloperidol pode aumentar o efeito de prolongamento do QTc (intervalo
corrigido pela freqüência cardíaca) da Clorpromazina. A Clorpromazina é capaz de
diminuir o metabolismo do haloperidol, através de isoenzimas CYP. A concentração
sérica do Haloperidol aumentou 28,5% em um grupo de pacientes do sexo
masculino, quando administrado juntamente com a Clorpromazina. O Haloperidol e a
Clorpromazina são considerados inibidores fracos da CYP2D6 e ambos são
substratos da mesma isoenzima, julgando-se que os efeitos sobre essa isoenzima
colaboram para a interação (BACHMANN et al, 2006).
38



3.9.3.2 Efeitos Colaterais




       Além do efeito terapêutico do medicamento eles causam efeitos colaterais
típicos. Como já foi apresentado, à via dopaminérgica nigroestriatal participa da
regulação da atividade motora. Como conseqüência, ao bloquearem os receptores
dopaminérgicos estriatais, os antipsicóticos típicos tendem a causar o aparecimento
de efeitos adversos extrapiramidais. Incluem, portanto a síndrome de Parkinson,
reações distônicas agudas, acatisia, acinesia e síndrome neuroléptica maligna. A
estimativa desses efeitos é bem elevada, chegando até a 90% em alguns estudos, e
costuma acontecer nas primeiras semanas de tratamento.
       A síndrome de Parkinson tem como características a lentidão dos
movimentos (bradicinesia), tremor variável das extremidades aumentando com a
movimentação e não está presente no sono, imobilidade da expressão facial,
alteração de passo e postura rígida. Reações distônicas agudas também podem
ocasionar como espasmos dos músculos da face, pescoço e língua. A acatisia indica
o estado de desconforto intenso nos membro inferiores, acompanhado de
incapacidade de ficar com as pernas paradas. Porém, o efeito adverso motor mais
temido dos neurolépticos é a discinesia tardia. Ela se mostra através de movimentos
esteriotipados involuntários, principalmente da face, como a sucção com os lábios,
movimentos laterais da mandíbula e movimentos anormais da língua. Outros efeitos
adversos também de origem central são aqueles que comprometem o sistema
neuroendócrino causando ginecomastia, galactorréia e amenorréia (SILVA, 2006).




3.9.4 Risperidona




       A risperidona é um derivado dos benzisoxazoles, diferente da estrutura
química de outros antipsicóticos. Sua potência se caracteriza por bloquear os
receptores serotonérgicos, que podem estar envolvidos nos sintomas negativos da
esquizofrenia. Bloqueia os receptores tipo D2 em menor grau do que o haloperidol. O
bloqueio de D2, é de preferência na via mesolímbica, sendo menor que o bloqueio 5
HT2 (OLIVEIRA et al, 2011).
39



       É um antipsicótico eficaz com leve apresentação de efeitos adversos. Nas
doses habituais, não está associada a sintomas extrapiramidais, comparando-se
com os antagonistas do receptor de dopamina. As evidências confirmam seu papel
como fármaco de primeira linha para pacientes com doença leve a moderada em
seu primeiro episódio (SADOCK B.; SADOCK V, 2007).
       A risperidona mostrou uma resposta significativamente elevada nos
sintomas negativos que o haloperidol e o placebo apenas com a dose de 6 mg/dia.
No tratamento de manutenção, em relação ao haloperidol, os efeitos foram
favoráveis sobre risperidona sobre a sintomatologia negativa. Observou-se que a
risperidona ocasionou uma melhora significativa superior dos sintomas negativos
(FALKAI et al, 2006).
      Efeitos colaterais
       Alguns outros efeitos colaterais comuns à risperidona são insônia, agitação,
sedação, tontura, rinite, hipotensão, ganho de peso e distúrbios menstruais.
galactorréia pode estar presente (OLIVEIRA, 2000).
      Farmacocinética
       A Risperidona é facilmente absorvida. A biodisponibilidade máxima oral da
Risperidona é de 70% e a biodisponibilidade respectiva de um comprimido deste
fármaco é de 94%. A Risperidona, quando absorvida, é rapidamente distribuída. O
volume da distribuição é 1-2 L/kg. A Risperidona é metabolizada no fígado. A
principal via metabólica é a hidroxilação da Risperidona a 9-hidroxi-risperidona pela
enzima CYP 2D6. A Risperidona e seus metabólitos são eliminados praticamente
todos pela urina e em pequena extensão pelas fezes (U. PORTO, 2007).
40



4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS




       Foi feito um levantamento sobre quais os antipsicóticos utilizados no
tratamento da esquizofrenia são distribuídos pela rede pública de Paranaíba-MS,
onde os dados coletados foram direto do CAPS- Centro de Atendimento
Psicossocial.   Este órgão é filiado á Prefeitura Municipal de Paranaíba e Secretaria
Municipal de Saúde, situado na Av. Três Lagoas n° 1491 Centro CEP: 79500-000.
Através da entrevista com a farmacêutica responsável pelo controle e distribuição
dos medicamentos, foi relatado que os medicamentos disponíveis para esquizofrenia
eram   somente    Haloperidol,   Haldol   decanoato   (injetável),   Clorpromazina   e
Risperidona.
41



5 RESULTADOS




        Os resultados apresentados na pesquisa feita sobre os medicamentos da
rede pública de Paranaíba deixam claro que existem poucos medicamentos porém
suficientes usados para o tratamento da esquizofrenia. Os medicamentos
dispensados na rede pública de Paranaíba- MS para o tratamento da esquizofrenia
pertencem à classe dos antipsicóticos típicos e atípicos.
        Como antipsicóticos típicos são dispensados no tratamento da esquizofrenia
os seguintes medicamentos: Clorpromazina e Haloperidol (comprimido e injetável).
Como antipsicóticos atípicos é dispensado no tratamento da esquizofrenia somente
a risperidona que é considerado um medicamento especializado ou de alto custo.
        Como vimos em artigos recentes, os antipsicóticos atípicos, principalmente a
risperidona ou também a olanzapina são as drogas recomendadas como primeira
escolha no tratamento da esquizofrenia, em decorrência dos ensaios clínicos e da
experiência clínica. Porém são dois medicamentos de alto custo.
        No entanto, encontramos dados conflitantes, pois alguns autores dizem que
os antipsicóticos atípicos são mais eficazes que os antipsicóticos típicos, e outras
pesquisas, no entanto demonstram que se houver uma adequação correta da dose
seriam tão eficazes quanto os antipsicóticos atípicos. O que podemos concluir é que
os pacientes esquizofrênicos da rede pública de Paranaíba-MS dispõem de
medicamentos para o tratamento da esquizofrenia (tanto os antipsicóticos típicos
como os atípicos), e que são suficientes para o controle e tratamento dos diversos
subtipos da esquizofrenia, uma vez que diversos estudos correlacionam a eficácia
da associação dos antipsicóticos como uma maneira de controlar os surtos.
42



6 CONSIDERAÇÕES FINAIS




        Os medicamentos antipsicóticos embora não curem, foram estabelecidos
como primeiro tratamento para todo o curso da doença. O uso prolongado em doses
adequadas individualmente permite uma redução no tempo de hospitalização e a
permanência dos doentes por mais tempo em seus lares (PÁDUA et al., 2005).
        Os antipsicóticos utilizados na esquizofrenia na rede pública de Paranaíba
são bastante eficazes, atuando predominantemente nos sintomas positivos
(alucinações e delírios) e em grau neutro menor, nos sintomas negativos (apatia,
embotamento e desinteresse).
        Diante da diversidade e complexidade que é a patologia em si; e também
dos dados das pesquisas que são conflitantes e da necessidade de pesquisas que
trouxessem dados mais conclusivos, uma vez que o índice de erros no diagnóstico
também é alto devido ao grande número de sintomas e da dificuldade em alguns
casos de enquadrar o esquizofrênico em um protocolo correto de medicamento,
podemos dizer que o tratamento da esquizofrenia no município de Paranaíba-MS,
pode ser eficaz com os medicamentos disponibilizados; porém temos que levar em
consideração que existem outras drogas como clozapina, olanzapina, quetiapina,
ziprasidona e mais recente o aripiprazol que também poderiam estar sendo
utilizadas.
        O uso de outros antipsicóticos com ação prolongada seria um exemplo a ser
dado, mas acreditamos que o entrave disso se deve ao fato que a maioria pertence
a classe de medicamentos de alto custo, o que estaria gerando um custo elevado
para o estado.
        Podemos então dizer que os antipsicóticos típicos apesar da difícil adesão
dos pacientes ao tratamento devido aos efeitos extrapiramidais, ainda permanecem
como primeira escolha quando se consideram estritamente questões relativas ao
custo do tratamento.
        Ainda podemos salientar que a saúde mental no sistema único de saúde,
muitas vezes são negligenciados pelos profissionais uma vez que se tratando de
uma patologia incurável e de difícil tratamento, que na maioria das vezes depende
da adesão e colaboração da família no seu controle.
43



        Fica claro então, que o entrave burocrático também afeta o sucesso do
tratamento. Ainda podemos dizer que existem drogas novas, potentes e de ação
prolongada que poderia controlar de forma mais eficiente os diversos quadros da
esquizofrenia que fazem parte da lista de medicamentos de alto custo, portanto
disponível no SUS, mas que são negligenciados ou pela questão do custo, ou ainda,
infelizmente, pela falta de conhecimento, atualização e imprudência de muitos
psiquiatras.
        E por último, não menos importante, as intervenções psicossociais têm sido
utilizadas     como   uma   alternativa   usada   para   o   tratamento   de   pacientes
esquizofrênicos, integrados a farmacoterapia. Essas intervenções têm obtido grande
sucesso, levando elementos da educação sobre a esquizofrenia, apoio a família por
parte dos terapeutas, auxilio em problemas cotidianos, dando suporte a aqueles que
lidam diretamente com o paciente.
        Sua reintegração na sociedade e sua vida “normal” também são trabalhadas
dentro das intervenções, que procura restabelecer ao máximo sua independência e
além de melhorar sua qualidade de vida.
44



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Esquizofrenia e os antipsicóticos dispensados na rede pública de paranaíba ms

  • 1. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS ANA CRISTINA DA CRUZ GARCIA ELAINE FORTUNATO OLIVEIRA ZANINI DOS PASSOS JOSIANE NARA DOMINGUES MARIANO MARIA PAULA DE SANT’ANNA DO CARMO ESQUIZOFRENIA E OS ANTIPSICÓTICOS DISPENSADOS NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA-MS FERNANDÓPOLIS 2011
  • 2. ANA CRISTINA DA CRUZ GARCIA ELAINE FORTUNATO OLIVEIRA ZANINI DOS PASSOS JOSIANE NARA DOMINGUES MARIANO MARIA PAULA DE SANT’ANNA DO CARMO ASPECTOS GERAIS SOBRE A ESQUIZOFRENIA E MEDICAMENTOS DISPENSADOS NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA. Monografia apresentada ao curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das exigências para a conclusão do curso de graduação em Farmácia. Orientadora: Prof.Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira FERNANDÓPOLIS 2011
  • 3. ANA CRISTINA DA CRUZ GARCIA ELAINE FORTUNATO OLIVEIRA ZANINI DOS PASSOS JOSIANE NARA DOMINGUES MARIANO MARIA PAULA DE SANT’ANNA DO CARMO ASPECTOS GERAIS SOBRE A ESQUIZOFRENIA E MEDICAMENTOS DISPENSADOS NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA. Monografia apresentada ao curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como parte das exigências para a conclusão do curso de graduação em Farmácia. Orientadora: Prof.Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira Aprovada em 31 de Outubro de 2011 Examinadores: _____________________________________________ Prof. Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta Curso: Farmácia _____________________________________________ Prof. MSc. Jeferson de Leandro de Paiva Curso: Farmácia _____________________________________________ Prof. Esp.Vanessa Maira Rizzato Silveira Curso: Farmácia
  • 4. Dedico essa minha vitória a meu esposo e minha querida mãe que me apoiaram a todo o momento, amo vocês. (Ana Cristina) Dedico esse trabalho as pessoas que lutaram todos os dias ao meu lado, transmitindo amor, fé, alegria e muita prosperidade. Ao meu esposo Sanderson por ter tido paciência, compreensão e principalmente pelo carinho para comigo. E pelo amor de Deus presente em todos os momentos da minha vida. (Elaine Fortunato) Em primeiro lugar, quero dedicar este trabalho á Deus, por ter me dado forças e me capacitado para chegar até aqui. Em segundo lugar, quero dedicá-lo aos meus pais, que sempre me apoiaram e incentivaram a estudar, e que estão me deixando aquilo que é maior que muitas riquezas: o estudo. E por último quero dedicá-lo ao meu amado esposo Marcos, que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos e não mediu esforços para me ajudar... Amo muito você meu querido. (Josiane Nara) Este trabalho é dedicado a todos os meus familiares e pessoas intimamente ligadas à minha vida, que no período de desenvolvimento deste trabalho me ajudaram com paciência, carinho e compreensão, demonstrando que a superação nos momentos difíceis vale à pena, por estarmos ao lado de quem realmente se importa com nosso sucesso. (Maria Paula)
  • 5. Em primeiro lugar agradeço a Deus, por ter me abençoado e me ajudado a chegar até aqui. Agradeço a nossa querida professora Vanessa Maira Rizzato Silveira pela orientação nesse trabalho. Quero agradecer também a meu amor Claudemir, meus pais, minhas filhas e minha irmã pela força e por terem acreditado em mim. (Ana Cristina) Agradeço primeiramente a Deus, por mesmo eu tendo me afastado dele na maior parte da faculdade Ele nunca me desamparou. Agradeço a toda minha família e principalmente ao meu filho Junior que com seu lindo sorriso me fez tirar forças da onde não tinha e me fez forte com o brilho dos seus olhos, me ajudando a vencer todas as barreiras. Amo você. E á você, Sanderson, meu lindo esposo por ter me ajudado em tudo. A professora Vanessa Maira Rizzato Silveira pelo tempo, paciência, ensino e pela confiança na nossa equipe. E pelas orações da minha querida Mamãe. E agradeço também as minhas companheiras do grupo desse período da faculdade. (Elaine Fortunato) Agradeço a professora Vanessa Maira Rizzato Silveira por seu companheirismo e carinho durante o decorrer do nosso trabalho. Agradeço aos meus pais, que me proporcionaram a oportunidade de estudar, sempre me incentivando e me apoiando em tudo, fazendo o melhor que podiam para que eu pudesse completar o meu curso. Se hoje eu cheguei até aqui, foi porque vocês me educaram e com a graça de Deus vocês me ensinaram tudo o que sou hoje. Amo muito vocês. Agradeço também ao meu amor, meu querido esposo Marcos, que sempre esteve ao meu lado, me ajudando, me apoiando, em todos os momentos; pelo seu amor, carinho e paciência durante todo este tempo de estudo... Amo muito você meu amor... E encerrar agradecendo aos meus amigos, familiares e meus irmãos da minha amada Segunda Igreja Batista, que sempre me apoiaram e oraram por mim, pedindo a benção de Deus sobre a minha vida. A todos, meus sinceros agradecimentos. (Josiane Nara) Agradeço primeiramente a Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem me dado. A minha mãe e ao meu esposo, fiéis companheiros na hora da tribulação. Aos meus irmãos, amigos e familiares pelo incentivo a busca de novos conhecimentos. A todos os professores e professoras que muito contribuíram para a minha formação, em
  • 6. especial a professora Vanessa que nos orientou neste trabalho. Enfim agradeço a todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, para a conclusão deste curso. (Maria Paula)
  • 7. O Senhor é a minha luz e a minha salvação, a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida, de quem me recearei? Salmos: 27.1
  • 8. RESUMO O presente trabalho teve como objetivo mostrar os principais medicamentos antipsicóticos para o tratamento da esquizofrenia distribuído na rede pública de Paranaíba-MS. Os dados foram coletados diretamente do CAPS-Centro de Atendimento Psicossocial, órgão filiado á prefeitura municipal de Paranaíba e secretaria municipal de saúde. Foi feito também uma revisão da literatura sobre a patologia, apresentada de maneira clara e sucinta com objetivo de conhecer mais sobre a doença. Os medicamentos antipsicóticos revelaram um grande avanço no tratamento da esquizofrenia. A psicoterapia passou a ser uma importante aliada na intervenção, auxiliando á adaptação do doente em seu ambiente, revertendo prejuízos sociais e interpessoais. Porém, erros de diagnósticos entre os profissionais da área são frequentes, por ser uma patologia de difícil diagnóstico e também a falta de atualização destes. Também existem dados conflitantes em estudos feitos sobre a melhor forma de tratamento medicamentoso, entre antipsicóticos típicos e atípicos, com um enfoque negativo na parte dos típicos relacionados aos efeitos extrapiramidais. Palavras-Chave: Esquizofrenia. Antipsicóticos. Rede pública.
  • 9. ABSTRACT This study aimed to show the main antipsychotic drugs for the treatment of schizophrenia distributed in public Paranaíba-MS. The data were collected directly from CAPS, Psychosocial Care Center, an agency affiliated with the Municipality of Paranaíba and the municipal health department. It was also made a review of the literature on the pathology, presented clearly and succinctly in order to know more about the disease. Antipsychotic drugs have revealed a breakthrough in the treatment of schizophrenia. Psychotherapy has become an important ally in the intervention, helping the patient will adapt to your environment, changing social and interpersonal losses. However, errors in diagnoses among the professionals are frequent, as it is a difficult to diagnosis and also the lack of update. There are also conflicting data in studies on the best form of drug treatment, including typical and atypical antipsychotics, with a focus on the negative related to the typicalextrapyramidal effects. Keywords: Schizophrenia. Antipsychotics. Public network.
  • 10. LISTA DE TABELAS Tabela 1: Vias dopaminérgicas centrais e suas ações ............................................. 20 Tabela 2: Critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para esquizofrenia ......................... 25
  • 11. LISTA DE ABREVIATURAS  Antipsicótico de Primeira Geração- APG  Antagonistas da Serotonina-Dopamina - ASDs  Antipsicótico de Segunda Geração- ASG  Centro de Atendimento Psicossocial- CAPS  Classificação Internacional de Doenças- CID 10  Ácido desoxirribonucléico- DNA  Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno- DSM-IV-TR  Organização Mundial da Saúde- OMS  Fenciclidina- PCP  Intervalo Corrigido pela Frequência Cardíaca- QTc  Sintomas Extrapiramidais- SEP  Sistema Único de Saúde- SUS
  • 12. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 2 OBJETIVO ............................................................................................................. 16 3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 17 3.1 ASPECTOS GERAIS .......................................................................................... 17 3.2 FISIOPATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA .......................................................... 18 3.3 TEORIAS ETIOLÓGICAS DA ESQUIZOFRENIA ............................................... 19 3.4 SINAIS E SINTOMAS.......................................................................................... 21 3.4.1 Sintomas Positivos e Negativos ................................................................... 23 3.5 SUBTIPOS DA ESQUIZOFRENIA ...................................................................... 23 3.6 FORMAS DE DIAGNÓSTICO ............................................................................. 24 3.7 FORMAS DE TRATAMENTO ............................................................................. 26 3.7.1 Tratamento Farmacológico ........................................................................... 27 3.7.1.1 Antipsicóticos Típicos ................................................................................ 29 3.7.1.2 Antipsicóticos Atípicos ............................................................................... 30 3.8 TRATAMENTO PSICOLÓGICO .......................................................................... 31 3.9 PRINCIPAIS FÁRMACOS ANTIPSICÓTICOS DISTRIBUÍDOS PARA TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA USADO NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA .................................................................................................................................. 32 3.9.1 Haloperidol Comprimidos .............................................................................. 33 3.9.1.1 Interações Medicamentosas ....................................................................... 34 3.9.2 Haldol Decanoato Solução Injetável ............................................................. 35 3.9.3 Clorpromazina ................................................................................................ 36 3.9.3.1 Interações Medicamentosas ....................................................................... 37 3.9.3.2 Efeitos Colaterais ........................................................................................ 38 3.9.4 Risperidona ..................................................................................................... 38
  • 13. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 40 5 RESULTADOS ....................................................................................................... 41 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 42 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
  • 14. INTRODUÇÃO Esquizofrenia é uma psicose crônica idiopática, apresentando-se como um conjunto de diversas doenças com sintomas que se parecem e se justapõem. A esquizofrenia é originada por vários fatores onde fatores genéticos e ambientais se coligam ampliando o risco de aumentar a doença (SILVA, 2006). A esquizofrenia atinge cerca de 1% da população e normalmente inicia antes dos 25 anos de idade, persiste por toda a vida e afeta pessoas de todas as classes sociais (SADOCK B.; SADOCK V, 2007). A incidência mediana de esquizofrenia é de 15,2/100.000 pessoas, sendo que as estimativas podem variar até cinco vezes conforme a área geográfica, de 7,7 a 43,0/ 100.000. A esquizofrenia é mais frequente em homens, sendo a proporção homem: mulher de 1,4: 1 (KAYO, 2010). A esquizofrenia é, mesmo hoje, a doença mental avaliada como a mais incapacitante. Em 1896, foi proposta por Emil Kraepling como Demência Precoce. Somente em 1911 sua característica principal de sintoma foi à desorganização do pensamento. O termo esquizofrenia significa “mente partida” (TEIXEIRA, 2005). Mesmo com a baixa incidência, sendo uma doença de longa duração, acumula-se, ao longo dos anos, uma parcela de indivíduos com esse transtorno, em graus diferentes de comprometimento e necessidades (GIACON; GALERA, 2006). Conforme os autores citados acima a esquizofrenia é um transtorno ocasionado por fatores biopsicossociais que interagem, criando circunstâncias, favoráveis ou não ao aparecimento do transtorno. Os fatores biológicos são ligados á genética ou aqueles devidos a uma lesão ou anormalidade nas estruturas cerebrais e deficiência de neurotransmissores. Os fatores psicossociais são ligados á pessoa, em vista para o psicológico e sua relação com o ambiente social, como por exemplo: ansiedade intensa, estresse elevado, fobia social, causas sociais e emocionais intensos. Pessoas com predisposição podem desenvolver a doença quando estimulados por fatores biológicos, ambientais ou emocionais. A esquizofrenia apresenta sintomas diferentes em múltiplos domínios, de forma muito heterogênea em diferentes indivíduos e também variabilidade nos mesmos indivíduos ao longo do tempo (FALKAI et al., 2006).
  • 15. 14 Em fase aguda, a esquizofrenia pode ser dividida em três grandes grupos: positivos ou psicóticos (delírios e alucinações), negativos embotamento afetivo, diminuição da volição e de desorganização (desorganização conceitual do pensamento, comportamento bizarro). Fora estes três grupos de sintomas existem também os sintomas cognitivos e de humor. É ocasionada na fase crônica da esquizofrenia a perda da capacidade de iniciativa e deterioração cognitiva. Os sintomas de humor e ansiedade apresentam-se especialmente em episódios de transtornos de ansiedade e depressão, prevalecendo o suicídio (KAYO, 2010). Atualmente a esquizofrenia é um dos problemas principais de saúde, causando grandes investimentos no sistema de saúde. Quando há interferência no primeiro episódio do transtorno é possível ter uma oportunidade exclusiva no tratamento da doença, influenciando no seu andamento (GIACON; GALERA, 2006). Dados do Ministério de Saúde advertem que de 0,7% a 1% da população brasileira já passou por um surto de esquizofrenia. Os gastos por ano através do Sistema Único de Saúde (SUS) como hospitalização e tratamento de 131 mil pacientes com esquizofrenia consomem elevadas quantias á saúde pública (LUKASOVA et al., 2007). Por volta de 1% da renda nacional é usada no tratamento de doenças mentais (eliminando os transtornos relacionados às substâncias), sendo que a esquizofrenia resulta por 2,5% de todos os consumos com saúde. A grande parte dos estudos relatou que mais de 75% dos pacientes com esquizofrenia fumam se comparado com menos da metade dos indivíduos com problemas psiquiátricos em geral. Por volta de 30 a 50% das pessoas com esquizofrenia atendem os critérios diagnósticos para excesso ou dependência de álcool. Outras substâncias muito usadas com freqüência são a maconha (cerca de 15 a 25%) e a cocaína (cerca de 5 a 10%). Pacientes dizem que fazem uso destas substâncias para terem mais prazer, diminuindo a depressão e a ansiedade (SADOCK B.; SADOCK V, 2007). Não existe um curso típico da esquizofrenia devido á grande sintomatologia apresentada, que varia de indivíduo para indivíduo (GIACON; GALERA, 2006). Novos episódios de esquizofrenia raramente acontecem antes da adolescência e acima dos 50 anos. A primeira administração hospitalar para homens é mais cedo (média de 25 anos) do que para as mulheres (média de 30 anos). Portanto, para o subgrupo de doentes com história familiar positiva de transtornos psicóticos em parentes de primeiro grau não existiu diferença entre os
  • 16. 15 sexos quanto à idade de início, porém essas demonstraram um começo da doença mais precoce do que outros sem antecedentes familiares (MARI; LEITÃO, 2000). No final da adolescência e no início da vida adulta é uma fase bem conturbada, pois envolve transformações físicas, emocionais, e novas responsabilidades e papéis, do indivíduo, em seu ambiente social. O surgimento da psicose neste período se dá, muitas vezes, pela pressão que o jovem sofre, mediante a essas mudanças (GIACON; GALERA, 2006). Tem-se conhecimento que o atraso em procurar o tratamento tem uma grande influência no prognóstico do paciente, levando a ruptura dos níveis psíquico, físico e da rede social do indivíduo. Consequentemente aumenta o tempo de remissão do quadro agudo sucedendo os episódios psicóticos (GIACON; GALERA, 2006). Diante do que foi apresentado, de uma patologia de grande complexidade, tivemos o intuito de realizar um levantamento de quais medicamentos são utilizados no tratamento da Esquizofrenia no município de Paranaíba-MS, abordando a patologia como um todo e enfocando o tratamento farmacológico, pois representam o fundamental tratamento para esta patologia.
  • 17. 16 2 OBJETIVO Objetivo geral: O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento de dados sobre os medicamentos que são dispensados para o tratamento da esquizofrenia na rede pública do município de Paranaíba-MS e dar ênfase no impacto destes no controle da doença. Objetivos específicos:  Aspectos gerais  Fisiopatologia da esquizofrenia  Teorias etiológicas da esquizofrenia  Sinais e sintomas  Formas de tratamento – Farmacológico e Psicológico
  • 18. 17 3 REVISÃO DA LITERATURA 3.1 ASPECTOS GERAIS A esquizofrenia é uma doença complicada de compreender, saber o que afeta a mente do doente, pois estes doentes por ocasiões são visivelmente pessoas normais, com uma mente confundida por períodos ou consecutivamente, em que eles próprios padecem bastante, pois não se percebe ou têm consciência que socialmente estão a errar e a perturbar o próximo ou os demais á sua volta (LOURENÇO, 2007). Os indivíduos portadores da esquizofrenia doença essa de longa duração, sendo incapacitante, requer em quase todos os casos um acompanhamento familiar sem interrupções, o que acarreta uma dedicação total ao paciente, sempre muito exaustivo (TEIXEIRA, 2005). Ainda segundo o autor citado acima, os doentes esquizofrênicos apresentam recaídas freqüentes, portanto se cumprirem o tratamento tem grandes chances retornarem a sua vida e integrar-se na sociedade, em outros casos contrários nunca chegam a reintegrar-se socialmente. Segundo Shirakawa (2000), “A esquizofrenia é um transtorno de evolução crônica. Costuma comprometer a vida do paciente, torná-lo frágil diante de situações estressantes e aumentar o risco de suicídio”. Os pacientes com esquizofrenia apresentam maiores risco de comportamento suicida. Por volta de um terço deles vai tentar o suicídio e cerca de um em cada 10 vai se matar (HALES; YUDOFSKY, 2006). Já para Ayres (2009), os transtornos psiquiátricos denominados psicose funcional tem características como à perda de capacidade de julgar apropriadamente a realidade em consequência de alterações no campo do pensamento, percepção, emoção, movimento e comportamento. De acordo com Teixeira (2005), a esquizofrenia pode aparecer de forma brusca ou lentamente. Quando se inicia lentamente pode passar alguns meses até que a família ou o próprio doente o perceba e procure um tratamento médico. O paciente permanece mais isolado dos demais, fica desinteressado pelas coisas que
  • 19. 18 gostava desmotivado para tudo, separa-se das pessoas. Quando seu início é brusco, o doente pode apresentar perplexidade, ansiedade e a percepção. A esquizofrenia afeta muito os setores da vida do paciente e têm-se conhecimento que sua reintegração na sociedade, na família e nas atividades profissionais é muito complicada. 3.2 FISIOPATOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA Segundo Neto, Bressan e Filho (2007), as dificuldades de metodologias inseparáveis aos estudos neuropatológicos, os achados incoerentes e o surgimento dos antipsicóticos na década de 1950, fizeram com que as pesquisas passassem a enfocar os neurotransmissores como elementos centrais na gênese da esquizofrenia. A formulação mais simples da hipótese da dopamina na esquizofrenia postula que o transtorno resulta do excesso de atividade dopaminérgica (SADOCK B.; SADOCK V, 2007). Ainda segundo o autor citado acima, ainda que a dopamina receba maior atenção nas pesquisas sobre a esquizofrenia, outros neurotransmissores também têm sido estudados os quais são:  Serotonina: O antagonismo no receptor 5 HT2 foi colocado como importante em reduzir os sintomas psicóticos e abrandar o desenvolvimento de transtornos de movimentos incluídos ao antagonismo de D 2. A atividade da serotonina foi indiciada no comportamento suicida e impulsivo que também pode estar presente em pacientes com esquizofrenia.  Noradrenalina: Através de relatos de administração de fármacos antipsicóticos em longo prazo, nota-se que diminuiu a atividade dos neurônios noradrenérgicos e que os efeitos terapêuticos de alguns fármacos envolvem atividades em receptores α1 e α2.  Gaba: O aminoácido neurotransmissor inibitório ácido ‫-ץ‬aminobutírico (GABA) foi inserido na fisiopatologia da esquizofrenia. Alguns doentes têm perdas de neurônios GABAérgicos no hipocampo. Como conseqüência pode levar á hiperatividade dos neurônios dopaminérgicos e noradrenérgicos.
  • 20. 19  Glutamato: Ao seu respeito, foi colocado como proposta a hiperatividade, a hipoatividade e a neurotoxicidade induzidas por ele. Ele foi incluído porque a ingestão de fenciclidina (PCP), um antagonista do glutamato, produz uma síndrome aguda semelhante é esquizofrenia.  Neuropeptídeos: A colecistocinina e a neurotensina, encontram-se em várias regiões cerebrais implicadas na esquizofrenia, e suas concentrações se tornam alteradas nos estados psicóticos. 3.3 TEORIAS ETIOLÓGICAS DA ESQUIZOFRENIA Nos dias de hoje, existe uma concordância entre muitos investigadores de que o melhor conceito para a esquizofrenia é por ser uma doença de determinantes múltiplos semelhante ao câncer. Os pacientes podem ter uma predisposição genética, mas esse aspecto de vulnerabilidade não é “desencadeado” sem a intervenção de outros fatores. Ainda que a maioria desses fatores seja considerada de caráter ambiental, sendo que não estão codificados no ácido desoxirribonucléico (DNA) e têm potencial para produzir mutações ou influenciar a expressão genética, muito deles são biológicos, mais do que psicológicos e incluem características como lesões no parto ou nutrição (HALES; YUDOFSKY, 2006). A causa da esquizofrenia é desconhecida. Nos últimos dez anos, uma quantidade crescente de pesquisas indicou um papel fiosipatológico para determinar áreas do cérebro, incluindo o sistema límbico, o córtex frontal, o cerebelo e os gânglios basais. Esta quatro áreas são interligadas, porém uma disfunção em uma delas pode arrastar um processo patológico primário em outra (SADOCK B.; SADOCK V, 2007). Dentre os sistemas dopaminérgicos cerebrais nos quais os antipsicóticos atuam, o mesocortical e o mesolímbico são os que mais prováveis se relacionam com a fisiopatologia da esquizofrenia. O bloqueio de receptores dopaminérgicos do sistema nigroestriatal é visto como responsável pelos efeitos extrapiramidais dos neurolépticos, enquanto a ação no sistema túberoinfundibular parece ser responsável pelos efeitos endocrinológicos (SILVA, 2006).
  • 21. 20 Tabela 1 Vias dopaminérgicas centrais e suas ações VIAS FUNÇÕES Relacionada a comportamentos e Mesolímbica emoções. Sua hiperatividade relaciona-se aos sintomas psicóticos positivos. O papel na mediação de sintomas psicóticos Mesocortical ainda é controverso, mas parece que seu bloqueio associa-se a piora de sintomas negativos. Coordenação de movimentos voluntários. Seu bloqueio está associado a distúrbios motores com Nigroestriada acatisia, distonia, tremores, rigidez e acinesia/bradicinesia e em longo prazo pode levar a discinesia tardia. Relacionada à inibição da secreção de prolactina. Tuberoinfundibular Seu bloqueio associa-se a aumento dos níveis desse hormônio. Relacionado com o comportamento Meduloperiventricular alimentar Fonte: Silva, 2006 Ainda segundo o autor citado acima, estudos atuais implicam que os cérebros de alguns pacientes esquizofrênicos são mais leves e menores em se comparando a indivíduos normais. Além disso, as alterações cerebrais mais localizadas têm sido identificadas. Áreas mais consistentemente implicadas são as porções mediais dos lobos temporais, sobretudo hipocampo e giro para-hipocampal. A Diminuição de volume em áreas frontais, tálamo, gânglios da base e corpo caloso têm sido também indicadas (SILVA, 2006).
  • 22. 21 3.4 SINAIS E SINTOMAS Sobre os sinais e sintomas clínicos da esquizofrenia apresentam-se três questões chaves: Em primeiro lugar, não existe um sinal ou sintoma certo, todos os sinais ou sintomas vistos na esquizofrenia ocorrem em outros transtornos psiquiátricos e neurológicos. No entanto, a história do paciente é essencial para diagnosticar o transtorno, e sua existência não pode se confirmar a partir dos resultados de um exame do estado mental, pois estes podem ter variações. Em segundo lugar, os sintomas alteram-se com o passar do tempo. O paciente pode ter alucinações que desaparece e reaparece, e competência variada no comportamento adequado em situações sociais, ou sintomas de transtorno de humor podem ir e vir durante a esquizofrenia. Em terceiro lugar, deve ser analisados o nível de escolaridade do paciente, seu potencial intelectual e filiação cultural e subcultural. Quando há pouca capacidade de se conhecer conceitos abstratos, pode indicar sua escolaridade ou inteligência (SADOCK B.; SADOCK V, 2007). Ainda segundo o autor citado acima, a aparência de uma pessoa com esquizofrenia pode variar desde um indivíduo completamente desleixado, aos gritos e agitado ou até alguém obsessivamente arrumado, silencioso e imóvel. Os sinais e sintomas iniciais da doença aparecem frequentemente no período da adolescência ou no começo da idade adulta. Não obstante, pode aparecer de forma abrupta, e o quadro mais repetido começa de modo astucioso. Sintomas de aproximação da doença pouco característicos, compreendendo perda de energia, iniciativa e interesses, humor depressivo, afastamento, comportamento impróprio, relaxamento com a exterioridade e higiene, podem aparecer e continuar por algumas semanas ou meses antes da manifestação de sinais mais característicos da doença (SILVA, 2006). Os sintomas psicóticos, alucinações e delírios podem ser capazes de afetar a habilidade de trabalho e de relações interpessoais por toda a vida. Essas condições se explicam, pois os pacientes psiquiátricos apresentam menor variabilidade de desempenho diante de mudanças em situações sociais. A esquizofrenia tem como traço fundamental o dano nas funções cognitivas, senso- perceptivas e afetivas das populações afetadas (COSTA; CALAIS, 2010).
  • 23. 22 As alucinações e os delírios são sempre observados em algum momento durante o curso da esquizofrenia. As alucinações visuais incidem em 15%, as auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os pacientes, e os delírios em mais de 90% deles. Aspectos mais característicos da Esquizofrenia são alucinações e delírios, transtornos de pensamento e fala, perturbações das emoções e do afeto, déficits cognitivos e avolição. Os distúrbios do comportamento na esquizofrenia incluem comportamento grosseiramente desordenado e comportamento catatônico. Define-se catatonia como um conjunto de movimentos, posturas e ações complexas involuntárias. Fenômenos catatônicos compreendem estupor, catalepsia, automatismo, maneirismo, esteriotipias, fazer posturas e caretas, negativismo e ecopraxia. Entre 5 e 10% dos pacientes com esquizofrenia encontram-se fenômenos catatônicos. No entanto, esses sintomas não são específicos para esquizofrenia, podendo sobrevir mania (SILVA, 2006). Ainda segundo o mesmo autor, a anedonia ou perda da habilidade de sentir prazer foi colocada como característica central da esquizofrenia. A anedonia física concentra na perda de sentir prazer como admirar a beleza do pôr-do-sol, comer, beber, cantar, e receber uma massagem. A anedonia social envolve a perda de prazeres como estar entra amigos e ficar ao lado de outras pessoas. Pacientes esquizofrênicos se caracterizam pela perda de associações de idéias, alucinações, afeto embotado, riso imotivado ou inapropriado, avolição, alogia, delírios proeminentes, deterioração global do funcionamento, associações frouxas, desorganização da sintaxe, pensamento ilógico e, especialmente, pobre em acontecimentos (GIACON; GALERA, 2006). Os doentes com esquizofrenia demonstraram um déficit cognitivo generalizado, ou seja, eles tendem a desempenharem níveis mais baixos do que controles normais em um grande número de testes cognitivos. Também apresentam múltiplos déficits neuropsicológicos em testes de raciocínio conceitual, complexas velocidade psicomotora, memória de aprendizagem nova e incidental e habilidades motoras, sensoriais e percentuais (SILVA, 2006).
  • 24. 23 3.4.1 Sintomas positivos e negativos O conceito sobre os sintomas positivos e negativos foi formulado originalmente pelo neurologista britânico John Hughlings Jackson (1931). Os sintomas negativos, no entanto, simplesmente representavam uma “dissolução” ou perda da função cerebral (HALES; YUDOFSKY, 2006). Ainda segundo o mesmo autor, os sintomas positivos, incluindo alucinações, delírios, transtorno acentuado e positivo do pensamento formal (manifestado por incoerência acentuada, descarrilamento, tangencialidade ou ilogicidade) e comportamento bizarro ou desorganizado, vêm mostrar distorção ou exagero de funções que estão presentes normalmente. Como exemplo, as alucinações são a distorção ou o exagero da função dos sistemas perceptivos do cérebro, fazendo com que o indivíduo experimente a percepção na ausência de estímulo externo. Os sintomas negativos nos mostram uma deficiência de função mental que normalmente está presente. Um exemplo, é que alguns pacientes exibem alogia. Outros mostram embotamento afetivo, anedonial associalidade, abulia/apatia e comprometimento da atenção. Esses sintomas negativos ou deficitários não são apenas difíceis de tratar como correspondem menos aos neurolépticos do que os positivos como também são os mais devastadores, pois deixam o paciente inerte e desmotivado. O paciente esquizofrênico com sintomas negativos acentuados pode melhorar seu desempenho sob supervisão, mas não consegue mantê-lo quando ela é removida. 3.5 SUBTIPOS DA ESQUIZOFRENIA O DSM-IV-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) reconhece cinco subtipos clássicos de esquizofrenia: 1) paranóide, 2) desorganizada, 3) catatônica, 4) indiferenciada e 5) residual. Os objetivos principais dessa divisão em subtipos são ajudar a validade preditiva, auxiliar o médico a escolher o tratamento e fazer previsões de resultados. Os subtipos são:  Esquizofrenia Paranóide
  • 25. 24 Têm como característica um ou mais delírios e alucinações auditivas freqüentes. Fala e comportamento desorganizado, catatônico e afeto embotado ou impróprio não são acentuados.  Esquizofrenia Desorganizada Suas características são fala e comportamento desorganizados, afeto embotado ou impróprio, porém não satisfaz os critérios para esquizofrenia catatônica. No modo geral, se tiver delírios e alucinações eles são fragmentados, ao contrário de delírios bem-sistematizados do esquizofrênico paranóide.  Esquizofrenia Catatônica É definida como um tipo de esquizofrenia denominada pelos sintomas: imobilidade motora, em evidência a catalepsia ou estupor, agitação e negativismo extremos ou mutismo, peculiaridades dos movimentos voluntários como estereotipias, maneirismos, trejeitos faciais, e ecolalia ou ecopraxia.  Esquizofrenia Indiferenciada O subtipo indiferenciado que é uma categoria residual foi incluído para pacientes que satisfazem os critérios para esquizofrenia, mas não se classifica em subtipos paranóide, desorganizado ou catatônico. Esse subtipo é mais comum entre os diagnósticos.  Esquizofrenia Residual Este tipo de subtipo esquizofrênico é aplicado aos pacientes que não tem mais sintomas psicóticos acentuados, mas que já satisfizeram os critérios da doença e ainda têm evidências da patologia. Podem ser indicadas pelos sintomas negativos ou de forma diminuída crenças bizarras, experiências perceptivas incomuns (HALES; YUDOFSKY, 2006). 3.6 FORMAS DE DIAGNÓSTICOS O diagnóstico de esquizofrenia depende de excluir a doença cerebral orgânica e sua ocorrência de um conjunto de sintomas característicos, que devem ser presentes na maior parte do tempo no último mês ou em um período menos se o episódio foi tratado com sucesso, se acordo com a Classificação internacional de
  • 26. 25 doenças (CID10), ou pelo menos seis meses, segundo os critérios do DSM-IV-TR (FALKAY et al., 2006). Segundo o DSM-IV-TR, a esquizofrenia consiste na apresentação de sintomas positivos e negativos caracterizando pelo menos um mês de duração (exceto quando tratados com sucesso), deterioração no trabalho, nas relações interpessoais ou nos cuidados pessoais, sinais contínuos de perturbação por, pelo menos, seis meses, exclusão de transtorno esquizoafetivo e do humor com características psicóticas, determinando que a perturbação não é por uma condição médica geral ou efeitos fisiológicos diretos de uma substância, e, enfim, se tiver um transtorno autista ou outro global do desenvolvimento, alucinações e delírios proeminentes, devem ser presentes por um período mínimo de um mês. A esquizofrenia é classificada ainda segundo o curso da doença, como é mostrado na tabela (HALES; YUDOFSKY, 2006). Tabela 2 Critérios diagnósticos do DSM-IV-TR para esquizofrenia A. Sintomas característicos: No mínimo dois dos seguintes quesitos, cada qual por uma porção significativa de tempo durante o período de um mês (ou menos, se tratado com sucesso): (1) delírios (2) alucinações (3) fala desorganizada (p. ex., descarrilamento frequente ou incoerência) (4) comportamento acentuadamente desorganizado ou catatônico (5) sintomas negativos, isto é, embotamento afetivo, alogia ou abulia Nota: Apenas um sintoma do Critério A é necessário quando os delírios são bizarros ou as alucinações consistem em vozes que comentam o comportamento ou os pensamentos do indivíduo, ou múltiplas vozes conversando entre si. B. Disfunção social/ocupacional: Por uma porção significativa de tempo desde o início da perturbação, uma ou mais áreas importantes do funcionamento, tais como trabalho, relações interpessoais ou cuidados pessoais, estão acentuadamente abaixo do nível alcançado antes do início (ou quando o início ocorre na infância ou adolescência, incapacidade de atingir o nível esperado de realização interpessoal, acadêmica ou profissional). C. Duração: Sinais contínuos da perturbação persistem pelo período mínimo de seis meses, que deve incluir pelo menos um mês de sintomas (ou menos, se tratados com sucesso) que satisfazem o critério A e pode incluir períodos de sintomas prodrômicos ou residuais. Durantes esses períodos prodrômicos ou residuais, os sinais da perturbação podem ser manifestados apenas por sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no critério A presentes de forma acentuada (p. ex., crenças estranhas, experiências perceptivas incomuns). D. Exclusão de transtorno esquizoafetivo e transtorno do humor. O transtorno esquizoafetivo e o do humor com características psicóticas foram descartados porque (1) nenhum episódio depressivo maior, maníaco ou misto ocorreu concomitantemente aos sintomas da fase ativa; ou (2) se os episódios do humor
  • 27. 26 ocorreram durante os sintomas da fase ativa, sua duração total foi breve com relação á dos períodos ativo e residual. E. Exclusão de substância/condição médica: A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (p. ex., uma droga de abuso, um medicamento) ou uma condição médica geral. F. Relação com um transtorno global do desenvolvimento: Se existe uma história de transtorno autista ou de outro transtorno global do desenvolvimento, o diagnóstico adicional de esquizofrenia é feito apenas se delírios ou alucinações estiverem presentes pelo período mínimo de um mês (ou menos, se tratados com sucesso) Fonte: Hales; Yudofsky, 2006 Ainda de acordo com ao autor citado acima, a esquizofrenia continua a ser um diagnóstico clínico embasado em informações da anamnese e no exame criterioso do estado mental, e não há anormalidades laboratoriais visíveis que sejam possíveis diagnósticas do transtorno. O primeiro passo é obter uma anamnese minuciosa e realizar o exame físico para excluir certas psicoses com causas médicas conhecidas. 3.7 FORMAS DE TRATAMENTO Segundo Falkai et al. (2006), o atendimento da maior parte dos pacientes que sofrem desta doença envolve esforços múltiplos e a abordagem de uma equipe multidisciplinar para minimizar a freqüência, a duração e a gravidade dos episódios; diminuir a morbidade e a mortalidade globais este distúrbio, ajudar a melhorar a função psicossocial, a independência e a qualidade de vida. Ainda segundo o autor citado acima, as metas principais do tratamento se devem a participação do paciente e de todos aqueles que estão juntos no processo de tratamento, a colaboração dos familiares, a coordenação e a cooperação das instituições de tratamento no caso de atendimento integrado e a inclusão de ajuda não-profissional e de sistemas de auto-ajuda.
  • 28. 27 3.7.1 Tratamento Farmacológico Os antipsicóticos representam o fundamental tratamento para portadores de esquizofrenia. O descobrimento dos antipsicóticos de primeira geração (APG), na década de 1950, trouxe grande melhoramento para os doentes com esquizofrenia, no conceito em que tais medicamentos indicaram eficácia no combate aos sintomas psicóticos e, como resultado, probabilidade de tratamento em regime ambulatorial e diminuição da permanência hospitalar, bem como do número de internações (ELKIS; LOUZÃ, 2007). Os antipsicóticos mais antigos, atualmente chamados de antipsicóticos típicos ou de primeira geração tem suas características pelo forte bloqueio dos receptores dopaminérgicos D2 e pelo maior risco de sintomas extrapiramidais (SEP), quando se comparam aos antipsicóticos mais atuais, conhecidos como antipsicóticos atípicos ou de segunda geração (ASG), que além dos receptores de dopamina D 2, apresentam atividade antagonista nos receptores de serotonina 5 HT 2 (KAYO, 2010). Ainda segundo o mesmo autor, não existe até o momento uma evidência que seja favorável ao uso de associação de antipsicóticos no tratamento da esquizofrenia. Assim, quando um paciente não responde ao tratamento com um determinado antipsicótico, os algoritmos de tratamento mais conhecidos recomendam a mudança do antipsicótico. Num primeiro episódio psicótico, o tratamento farmacológico deve ser introduzido com cautela pelo maior risco de desenvolvimento de sintomas extrapiramidais. Recomenda-se a introdução da medicação antipsicótica em baixas doses, seguida de ajuste gradual, sempre com cuidadosa explicação ao paciente (FALKAI et al; 2011). Ao que se refere ao paciente, diversos aspectos são observados, por exemplo, as condições intrínsecas à própria psicopatologia (desorganização, idéias delirantes – principalmente de cunho paranóide – hostilidade, déficit cognitivo, falta de motivação e de iniciativa) e a gravidade da doença. A dificuldade em compreender e distinguir os sintomas e a doença leva muitos pacientes a analisarem que não necessitam de tratamento (BECHELLI, 2003).
  • 29. 28 No momento, não existe precaução particular para a esquizofrenia. Assim, o foco está no tratamento precoce e contínuo, e na reabilitação do paciente. Apesar de não curativas, os fármacos neurolépticos, ou antipsicóticos se constituíram como o tratamento principal para todos os estágios de evolução da doença (PÁDUA, et al 2005). Os pacientes psiquiátricos submetidos ao tratamento com neurolépticos apresentaram uma melhora da sintomatologia, o que permitiu maior interação entre pacientes e profissionais de saúde (CARDOSO E GALERA, 2006). É frequente a teoria de uma linha de sugestões do doente, sem que se leve em conta a complicação dos processos, disposição de sua aplicação, valor e prováveis reações adversas ao medicamento. Como conseqüência, é comum o pequeno grau de aderência individualmente; quando se exigem processos de tratamento ou uso contínuo de medicamento durante um longo período. Dessa maneira, a taxa de aderência gira em torno de 50%. Essa porcentagem fica menor ainda nas terapêuticas longas ou profiláticas, em condições clínicas discretas ou assintomáticas e nas patologias cujas decorrências da interrupção demoram a aparecer. Nos pacientes psiquiátricos á aderência pretende a ser menor (BECHELLI, 2003). O impacto extraordinário do tratamento das doenças mentais com estes medicamentos foi por só um momento. Contrariando as esperanças de benefícios constantes e estáveis, logo se viu que as recaídas e conseqüentes internações tornaram-se mais frequentes. Após a melhoria dos sintomas, os pacientes tomavam seus medicamentos de forma irregular, chegando a interromper o tratamento, demonstrando o uso descontínuo dos neurolépticos prescritos (CARDOSO; GALERA, 2006). Os antipsicóticos têm sido à base no tratamento da esquizofrenia nos últimos cinqüenta anos. Em termos de estrutura química, os antipsicóticos, conhecidos também como neurolépticos, são um grupo heterogêneo de drogas psicoativas (como fenotiazina, tioxantina, butirofenona, difenilbutilpiperidina, benzamida, benzisoxazol e dibenzepina) mais utilizado na fase aguda do tratamento, na terapia de manutenção e na precaução da reincidente esquizofrenia em longo prazo (FALKAI et al, 2006). Altas doses de antipsicóticos convencionais podem ser necessárias para alguns pacientes, porém estudos controlados não apresentaram vantagens nem nas
  • 30. 29 doses de ataque rápido nem em dosagens altas sustentadas. Além disso, as doses mais altas aumentam a possibilidade de efeitos colaterais adversos (HALES; YUDOFSKY, 2006). Nos dias de hoje, em benefício de suas vantagens farmacológicas, especialmente na melhora dos sintomas negativos, qualidade de vida e tolerabilidade, vários autores apreciam os antipsicóticos atípicos como primeira linha no tratamento da esquizofrenia (OLIVEIRA et al, 2011) Ainda segundo o mesmo autor, a adesão dos pacientes é algo importantíssimo, entretanto, de algum modo, negligenciado nos regimes terapêuticos. A adesão aos antipsicóticos é melhor em razão de terem menores quantidades de efeitos colaterais. Em casos diferentes, de dificuldade no uso de medicações orais,ou pela não aceitação do paciente, ou pela dificuldade do controle familiar no uso regular as medicação, pode-se optar pelo uso de antipsicóticos na forma de injetáveis de ação prolongada. 3.7.1.1 Antipsicóticos Típicos Os antipsicóticos foram ao início chamado de neurolépticos, devido a sua capacidade de induzir catalepsia em ratos. A atividade antipsicótica da clorpromazina foi por acaso, e sua atividade era devido ao bloqueio do receptor dopaminérgico D2. Desse modo, foram-se elucidados a hiperatividade dopaminérgica da esquizofrenia, e vários outros antipsicóticos foram introduzidos, como o haloperidol e a flufenazina. As doses de haloperidol e flufenazina eram menores para bloquear o efeito D2 mais intenso, por isso chamados de neurolépticos de alta potência, enquanto aqueles semelhantes a clorpromazina de baixa potência (KAYO, 2010). Já para Silva (2006) os antipsicóticos levam dias a semanas para alcançarem seus efeitos terapêuticos máximos. Eles são divididos conforme as suas potências: halperidol, flufenazina, trifluoperazina, tioxene) alta potência e (clorpromazina, tioridazina) de baixa potência. Além dos efeitos terapêuticos, eles causam efeitos colaterais típicos. A via dopaminérgica nigroestriatal participa da
  • 31. 30 atividade motora. Devido ao bloqueio de receptores dopaminérgicos estriatais, esses antipsicóticos podem produzir o aparecimento de efeitos adversos extrapiramidais. 3.7.1.2 Antipsicóticos Atípicos Na década de 1970 foi descoberta a clozapina, um antipsicótico bastante eficaz que praticamente não se desenvolvia efeitos adversos extrapiramidais. Surgiram outros antipsicóticos diferentes dos convencionais que já existiam, não causando os efeitos extrapiramidais, e por isso foram chamados de áticos (KAYO, 2010). Os antipsicóticos atípicos são fármacos associados à menores acontecimentos de sintomas extrapiramidais. Esses sintomas são os mais perturbadores entre os efeitos colaterais dos antipsicóticos, e o advento desses novos agentes constituiu um grande avanço na psicofarmacoterapia. (OLIVEIRA et al., 2011) Os esforços foram concentrados na busca de antipsicóticos com menos efeitos extrapiramidais e que sejam eficazes também no tratamento dos sintomas negativos da esquizofrenia, levaram aos denominados antipsicóticos atípicos, como exemplo a clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona e mais recente o aripiprazol (SILVA, 2006). Segundo Oliveira (2000), a risperidona ou a olanzapina são as drogas recomendadas como primeira escolha da esquizofrenia, em decorrência dos ensaios clínicos e da experiência clínica acumulada. Ainda segundo o mesmo autor, os antipsicóticos convencionais ainda são de primeira escolha quando se consideram as questões relativas ao custo do tratamento. Isso ainda acontece em nosso meio.
  • 32. 31 3.8 TRATAMENTO PSICOLÓGICO As principais funções cognitivas são: percepção, atenção, memória, linguagem e funções executivas. Partindo da relação entre essas funções que entendemos a grande parte dos comportamentos, desde o mais simples até os complexos, exigindo atividades cerebrais mais formadas (NEUROPSICOLOGIA..., 2006). A intervenção psicossocial em famílias de indivíduos esquizofrênicos tem dois objetivos principais: reduzir, prevenir, os sintomas da esquizofrenia e melhorar a qualidade de vida de todos. Busca-se cooperar para que o paciente tenha o mínimo de incapacidades ligadas á esquizofrenia e para que seus familiares compreendam e lidem melhor com os problemas relacionados à doença do parente, e com emoções ocasionadas por causa desse contato (SCAZUFCA, 2000). Ainda segundo o autor citado acima, a esquizofrenia é uma doença que tende a se manifestar em pessoas biologicamente vulneráveis, em que o ambiente afetivo familiar pode colaborar para ocasionar a doença ou a ter recaídas. A família não é responsável ou culpada pela doença. É necessário reconhecer as dificuldades que a família passa com um de seus membros com grave incapacitação mental. Os programas de intervenções possuem pontos que têm obtido sucesso como: elementos de educação sobre a esquizofrenia, apoio dos terapeutas á família, auxílio nos problemas atuais, negociando soluções e formas de lidar com os problemas, e esclarecimento á família da importância da medicação no tratamento. Componentes psicoeducacionais são utilizados como intervenção, técnicas cognitivo-comportamentais, redução de tensões na família visando solução de problemas e estratégias para situações difíceis. Os programas com familiares se destinam as pessoas que convivem sempre perto do doente, em geral, pais, irmão, cônjuges, e filhos (SCAZUFCA, 2000). A psicoterapia passou a ser uma importante aliada na intervenção, auxiliando á adaptação do doente em seu ambiente, revertendo prejuízos sociais e interpessoais. Tais intervenções criam situações que proporcionam adequação nos relacionamentos (COSTA; CALAIS, 2010). Alguns dos sintomas mais típicos da esquizofrenia envolvendo os relacionamentos interpessoais, são demonstrados por meio de encenações de
  • 33. 32 papéis em terapia (ensaio comportamental) e tarefas de casa nas habilidades sociais, demonstram o fraco contato visual, demora em responder, não tem espontaneidade em situações sociais e não percebe coisas certas e as emoções de outras pessoas (COSTA; CALAIS, 2010). Essas intervenções psicossociais representam importante papel no cuidado de esquizofrênicos, integrados á farmacoterapia, adequadas a cada paciente. A adequação do doente vai depender dele, do curso da doença e como está a sua vida. Como exemplo, doentes que moram com suas famílias podem ir à terapia familiar, e os que vivem sós, tem a opção de estimulação social de programas de hospital-dia e contato com enfermeiros em visitas em casa. Alguns pacientes têm empregos e cuidam de si mesmos outros precisam de 24 horas de atendimento por muitos dias de hospitalização. Esses pacientes precisam de algum tipo de intervenção no início da doença e outras em estágios posteriores, quando houver sintomas alterados. Os benefícios ao paciente são mais independência e participação na vida social (HALES; YUDOFSKY, 2006). As famílias em que o doente é casado ou tem filhos pequenos apresentam problemas no relacionamento do casal e dificuldades dos filhos em entender a doença. A família aprova estas intervenções, pois demonstram sua eficácia na melhora de vida de todos (SCAZUFCA, 2000). 3.9 PRINCIPAIS ANTIPSICÓTICOS DISTRIBUÍDOS PARA TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA USADO NA REDE PÚBLICA DE PARANAÍBA. Os medicamentos antipsicóticos, inseridos no início do ano de 1950, revolucionaram o tratamento da esquizofrenia. Em número, a estimativas são de 2 a 4 vezes maior de pacientes que tem recaídas quando tratados com placebo, comparado aqueles tratados com fármacos antipsicóticos. Estes medicamentos, porém, se atêm aos sintomas da doença, mas não a curam. Os medicamentos antipsicóticos dividem-se em duas classes principais: antagonistas do receptor da dopamina (p. ex., clorpromazina e haloperidol e ASDs (p. ex., risperidona e clozapina) (SADOCK B.; SADOCK V, 2007).
  • 34. 33 Todos os antipsicóticos são elevados ao placebo no tratamento da esquizofrenia. Estudos controlados não confirmaram o uso de um medicamento específico para um subtipo apontado de esquizofrenia, e também não existem melhoramentos em prescrever mais do que um antipsicótico por vez (HALES; YUDOFSKY, 2006). Ao começar o tratamento, o mais adequado é que os doentes estejam controlados clinicamente com o medicamento de atuação curta, pois o tempo para ser alcançado o nível plasmático estável é mais longo com os medicamentos antipsicóticos de ação prolongada (BECHELLI, 2003). Os medicamentos neurolépticos podem ser separados em dois grupos de acordo com a sua potência. Sendo desta maneira, temos os antipsicóticos de alta potência (como haloperidol, flufenazina, trifluoperazina, tioxene) e de baixa potência ou sedativos (como a clorpromazina, tioridazina etc) (SILVA, 2006) Na rede pública de Paranaíba são dispensados para o tratamento da esquizofrenia: Haloperidol, Haldol decanoato, Clorpromazina e Risperidona 3.9.1 Haloperidol Comprimidos A maioria dos pacientes esquizofrênicos com psicose aguda vai responder a uma dose diária entre 10 e 15 mg de haloperidol (ou equivalente) dentro de alguns dias ou semanas (HALES; YUDOFSKY,2006). Haldol é um medicamento neuroléptico do grupo das butirofenonas. É um bloqueador potente dos receptores dopaminérgicos centrais, e classificado como um neuroléptico incisivo. Como resultado direto do bloqueio dopaminérgico, haldol apresenta uma ação incisiva sobre os delírios e alucinações(provavelmente a nível mesocortical e límbico) e uma ação sobre os gânglios da base (via Nigro-estriatal). Haldol causa sedação psicomotora eficiente, o que explica seus efeitos favoráveis na mania, agitação psicomotora e outras síndromes de agitação. A atividade em nível dos gânglios de base é provavelmente responsável pelos efeitos extrapiramidais (distonia, acatisia e parkinsonismo) (HALOPERIDOL, 2009).  Absorção e distribuição
  • 35. 34 A maior parte dos fármacos antipsicóticos sofre uma rápida absorção, porém incompleta. Mesmo assim, muitas dessas drogas são submetidas a um metabolismo significativo de primeira passagem. Por imediato, as doses orais de clorpromazina e tioridazina oferecem uma biodisponibilidade sistêmica de 25 a 35%, já o haloperidol, que tende a ser menos metabolizado, tem sua disponibilidade sistêmica média de 65%. Os agentes antipsicóticos são, na sua maioria, altamente lipossolúveis e ligados ás proteínas (92-99%). Podem vir a ter grandes volumes de distribuição (habitualmente >7 L/Kg). De um modo geral, essas drogas têm uma duração de ação clínica muito mais prolongada do que se poderia estimar pela sua meia-vida plasmática, possivelmente pelo acontecimento de serem seqüestradas em compartimentos lipídicos do corpo e apresentarem afinidade muito alta por receptores selecionados de neurotransmissores. Isso é comparado á ocupação prolongada dos receptores dopamínicos D2 no cérebro. Os metabólitos da clorpromazina podem ser excretados na urina dentro de várias semanas após a última dose de droga administrada em base crônica. De forma parecida, pode não ocorrer reincidente completa até dentro de seis semanas ou mais após a suspensão de muitas drogas antipsicóticas.  Metabolismo Os medicamentos antipsicóticos são, em sua grande parte, quase totalmente metabolizados por uma variedade de processos. Embora alguns metabólitos reterem sua atividade, como, por exemplo, a 7-hidroxiclorpromazina e o haloperidol reduzido, os metabólitos não são considerados tão importantes para a ação desses fármacos.  Excreção Uma quantidade muito pequena dessas drogas é excretada na forma inalterada, visto que são quase totalmente metabolizadas a substâncias mais apolares (KATZUNG, 2005). 3.9.1.1 Interações Medicamentosas  Haloperidol/ Antiinflamatórios Não-Esteróides Os antiinflamatórios como Ácido Mefenânico; Ácido Tiaprofêncio; Celecoxibe; Cetoprofeno; Cetorolaco; Diclofenaco; Diflunisal; Etodolaco tendem a
  • 36. 35 aumentar seu efeito adverso/tóxico do Haloperidol, especialmente a tontura e confusão mental (BACHMANN et al, 2006 ). Os estudos avaliaram o tratamento junto com Haloperidol (5 mg/dia) e Indometacina (75 mg/dia) para tratar a dor relacionada á osteoartrite, e 6 dentre 11 pacientes apresentaram tontura, cansaço e confusão mental exacerbados (BACHMANN et al, 2006 ).  Haloperidol/ Carbamazepina A concentração sérica do Haloperidol diminuiu de 50 a 60% após a administração de Carbamazepina, e sintomas relacionados á concentração subterapêutica do Haloperidol foi notada durante o uso de carbamazepina (BACHMANN et al, 2006 ).  Haloperidol/ Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina Os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina como Citalopram; Escitalopram; Fluoxetina; Fluvoxamina; Paroxetina; Sertralina tendem a diminuir metabolismo do Haloperidol, através de isoenzimas CYP. Os efeitos vistos tem possibilidade de serem devidos a inibição da CYP2D6 pelo Inibidor Seletivo da Recaptação da Serotonina, da qual o haloperidol é um substrato (BACHMANN et al, 2006 ).  Haloperidol/ Quinidina A Quinidina pode aumentar a concentração sérica do Haloperidol. O mecanismo dessa interação é desconhecido (BACHMANN et al, 2006 ). 3.9.2 Haldol Decanoato Solução Injetável Haldol decanoato é o éster do haloperidol com o ácido decanóico. Trata-se de um neuroléptico de ação prolongada, uma vez que o éster é gradativamente liberado do tecido muscular e, por meio de hidrólise enzimática, o haloperidol penetra na circulação sanguínea. Tal liberação se faz de forma progressiva, permitindo a obtenção de curvas plasmáticas uniformes sem ocorrência de picos irregulares. A administração de uma dose adequada produz efeito terapêutico estável, que permanece durante 4 semanas. Verificou-se que, com o tratamento por Haldol decanoato, a medicação anti-parkinsoniana associada ao tratamento com neurolépticos pode ser reduzida ou mesmo suspensas em certos casos. Em pacientes deprimidos
  • 37. 36 foiobservado um efeito de ressocialização (HALDOL DECANOATO, 2009). Através de sua administração por via intramuscular este medicamento produz um bloqueio seletivo no sistema nervoso central, por causa de bloqueios competitivos dos receptores dopaminérgicos pós-sinápticos, no sistema dopaminérgico mesolímbico e um aumento no intercâmbio da dopamina no nível cerebral para produzir ação antipsicótica. O haloperidol (Haldol) é um importante sedativo, antipsicótico, causando: diminuição de iniciativa, redução em demonstrar afeto, respostas lentas, sonolência, reduz comportamentos agressivos, impulsos e agitação psicomotora (CARDOSO, 2006). Para o início do tratamento em pacientes muito agitados ou agressivos, é necessário o uso de antipsicóticos por via intramuscular (IM), por causa início de ação mais rápido. Apenas alguns antipsicóticos tradicionais encontram-se disponíveis na forma de apresentação injetável, como exemplo haloperidol, clorpromazina, levomeprazina, dorperidol, zuclopentixol, risperidona, ziprasidona, olanzapina (PÁDUA et al., 2005). 3.9.3 Clorpromazina O emprego da clorpromazina revolucionou o tratamento dos pacientes esquizofrênicos e já obteve uma melhora de 50-75% e quase 90% destes pacientes apresentaram algum melhoramento clínico através do uso desse fármaco (SILVA, 2006). Após observar os efeitos da clorpromazina em pacientes com esquizofrenia, notou-se que eles ficavam em estados característicos, e passou a ser conhecido como síndrome neuroléptica, com aspectos de indiferença emocional. Assim, a clorpomazina foi administrada a pacientes internados de longo tempo, em hospitais psiquiátricos. Muitos pacientes apresentaram melhora estimável, e puderam retornar a sociedade. Os sintomas psicóticos mais destacados na esquizofrenia eram suavizados após algum tempo de uso da droga (SILVA, 2006).
  • 38. 37 A clorpromazina é um derivado alifático. As teorias baseadas na capacidade de antagonizar as ações da dopamina como neurotransmissor nos gânglios da base e nas regões límbicas do proencéfalo tornaram-se mais proeminentes e são apoiadas por inúmeras evidências. O antagonismo da neurotransmissão sináptica mediada por dopamina é uma ação importante dos neurolépticos. (CLORPROMAZINA, 2011).  Farmacocinética A Clorpromazina é rapidamente absorvida por via oral e a sua biodisponibilidade relativa em relação à via intramuscular é em média de 50%. A clorpromazina apresenta boa passagem em todos os tecidos, ligando-se fortemente às proteínas plasmáticas (90%). Possui meia-vida plasmática curta (algumas horas), mas a eliminação é lenta e prolongada (4 semanas ou mais). Nota-se variações individuais nas concentrações plasmáticas. A clorpromazina passa pelo efeito de primeira passagem no trato gastrintestinal e intensa metabolização hepática, formando metabólitos tanto ativos quanto inativos, com reciclagem êntero-hepática. A excreção é feita pela urina e pelas fezes, onde aparece principalmente sob a forma de metabólitos. (CLORPROMAZINA, 2011) 3.9.3.1 Interações Medicamentosas  Clorpromazina / Haloperidol O haloperidol pode aumentar o efeito de prolongamento do QTc (intervalo corrigido pela freqüência cardíaca) da Clorpromazina. A Clorpromazina é capaz de diminuir o metabolismo do haloperidol, através de isoenzimas CYP. A concentração sérica do Haloperidol aumentou 28,5% em um grupo de pacientes do sexo masculino, quando administrado juntamente com a Clorpromazina. O Haloperidol e a Clorpromazina são considerados inibidores fracos da CYP2D6 e ambos são substratos da mesma isoenzima, julgando-se que os efeitos sobre essa isoenzima colaboram para a interação (BACHMANN et al, 2006).
  • 39. 38 3.9.3.2 Efeitos Colaterais Além do efeito terapêutico do medicamento eles causam efeitos colaterais típicos. Como já foi apresentado, à via dopaminérgica nigroestriatal participa da regulação da atividade motora. Como conseqüência, ao bloquearem os receptores dopaminérgicos estriatais, os antipsicóticos típicos tendem a causar o aparecimento de efeitos adversos extrapiramidais. Incluem, portanto a síndrome de Parkinson, reações distônicas agudas, acatisia, acinesia e síndrome neuroléptica maligna. A estimativa desses efeitos é bem elevada, chegando até a 90% em alguns estudos, e costuma acontecer nas primeiras semanas de tratamento. A síndrome de Parkinson tem como características a lentidão dos movimentos (bradicinesia), tremor variável das extremidades aumentando com a movimentação e não está presente no sono, imobilidade da expressão facial, alteração de passo e postura rígida. Reações distônicas agudas também podem ocasionar como espasmos dos músculos da face, pescoço e língua. A acatisia indica o estado de desconforto intenso nos membro inferiores, acompanhado de incapacidade de ficar com as pernas paradas. Porém, o efeito adverso motor mais temido dos neurolépticos é a discinesia tardia. Ela se mostra através de movimentos esteriotipados involuntários, principalmente da face, como a sucção com os lábios, movimentos laterais da mandíbula e movimentos anormais da língua. Outros efeitos adversos também de origem central são aqueles que comprometem o sistema neuroendócrino causando ginecomastia, galactorréia e amenorréia (SILVA, 2006). 3.9.4 Risperidona A risperidona é um derivado dos benzisoxazoles, diferente da estrutura química de outros antipsicóticos. Sua potência se caracteriza por bloquear os receptores serotonérgicos, que podem estar envolvidos nos sintomas negativos da esquizofrenia. Bloqueia os receptores tipo D2 em menor grau do que o haloperidol. O bloqueio de D2, é de preferência na via mesolímbica, sendo menor que o bloqueio 5 HT2 (OLIVEIRA et al, 2011).
  • 40. 39 É um antipsicótico eficaz com leve apresentação de efeitos adversos. Nas doses habituais, não está associada a sintomas extrapiramidais, comparando-se com os antagonistas do receptor de dopamina. As evidências confirmam seu papel como fármaco de primeira linha para pacientes com doença leve a moderada em seu primeiro episódio (SADOCK B.; SADOCK V, 2007). A risperidona mostrou uma resposta significativamente elevada nos sintomas negativos que o haloperidol e o placebo apenas com a dose de 6 mg/dia. No tratamento de manutenção, em relação ao haloperidol, os efeitos foram favoráveis sobre risperidona sobre a sintomatologia negativa. Observou-se que a risperidona ocasionou uma melhora significativa superior dos sintomas negativos (FALKAI et al, 2006).  Efeitos colaterais Alguns outros efeitos colaterais comuns à risperidona são insônia, agitação, sedação, tontura, rinite, hipotensão, ganho de peso e distúrbios menstruais. galactorréia pode estar presente (OLIVEIRA, 2000).  Farmacocinética A Risperidona é facilmente absorvida. A biodisponibilidade máxima oral da Risperidona é de 70% e a biodisponibilidade respectiva de um comprimido deste fármaco é de 94%. A Risperidona, quando absorvida, é rapidamente distribuída. O volume da distribuição é 1-2 L/kg. A Risperidona é metabolizada no fígado. A principal via metabólica é a hidroxilação da Risperidona a 9-hidroxi-risperidona pela enzima CYP 2D6. A Risperidona e seus metabólitos são eliminados praticamente todos pela urina e em pequena extensão pelas fezes (U. PORTO, 2007).
  • 41. 40 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Foi feito um levantamento sobre quais os antipsicóticos utilizados no tratamento da esquizofrenia são distribuídos pela rede pública de Paranaíba-MS, onde os dados coletados foram direto do CAPS- Centro de Atendimento Psicossocial. Este órgão é filiado á Prefeitura Municipal de Paranaíba e Secretaria Municipal de Saúde, situado na Av. Três Lagoas n° 1491 Centro CEP: 79500-000. Através da entrevista com a farmacêutica responsável pelo controle e distribuição dos medicamentos, foi relatado que os medicamentos disponíveis para esquizofrenia eram somente Haloperidol, Haldol decanoato (injetável), Clorpromazina e Risperidona.
  • 42. 41 5 RESULTADOS Os resultados apresentados na pesquisa feita sobre os medicamentos da rede pública de Paranaíba deixam claro que existem poucos medicamentos porém suficientes usados para o tratamento da esquizofrenia. Os medicamentos dispensados na rede pública de Paranaíba- MS para o tratamento da esquizofrenia pertencem à classe dos antipsicóticos típicos e atípicos. Como antipsicóticos típicos são dispensados no tratamento da esquizofrenia os seguintes medicamentos: Clorpromazina e Haloperidol (comprimido e injetável). Como antipsicóticos atípicos é dispensado no tratamento da esquizofrenia somente a risperidona que é considerado um medicamento especializado ou de alto custo. Como vimos em artigos recentes, os antipsicóticos atípicos, principalmente a risperidona ou também a olanzapina são as drogas recomendadas como primeira escolha no tratamento da esquizofrenia, em decorrência dos ensaios clínicos e da experiência clínica. Porém são dois medicamentos de alto custo. No entanto, encontramos dados conflitantes, pois alguns autores dizem que os antipsicóticos atípicos são mais eficazes que os antipsicóticos típicos, e outras pesquisas, no entanto demonstram que se houver uma adequação correta da dose seriam tão eficazes quanto os antipsicóticos atípicos. O que podemos concluir é que os pacientes esquizofrênicos da rede pública de Paranaíba-MS dispõem de medicamentos para o tratamento da esquizofrenia (tanto os antipsicóticos típicos como os atípicos), e que são suficientes para o controle e tratamento dos diversos subtipos da esquizofrenia, uma vez que diversos estudos correlacionam a eficácia da associação dos antipsicóticos como uma maneira de controlar os surtos.
  • 43. 42 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os medicamentos antipsicóticos embora não curem, foram estabelecidos como primeiro tratamento para todo o curso da doença. O uso prolongado em doses adequadas individualmente permite uma redução no tempo de hospitalização e a permanência dos doentes por mais tempo em seus lares (PÁDUA et al., 2005). Os antipsicóticos utilizados na esquizofrenia na rede pública de Paranaíba são bastante eficazes, atuando predominantemente nos sintomas positivos (alucinações e delírios) e em grau neutro menor, nos sintomas negativos (apatia, embotamento e desinteresse). Diante da diversidade e complexidade que é a patologia em si; e também dos dados das pesquisas que são conflitantes e da necessidade de pesquisas que trouxessem dados mais conclusivos, uma vez que o índice de erros no diagnóstico também é alto devido ao grande número de sintomas e da dificuldade em alguns casos de enquadrar o esquizofrênico em um protocolo correto de medicamento, podemos dizer que o tratamento da esquizofrenia no município de Paranaíba-MS, pode ser eficaz com os medicamentos disponibilizados; porém temos que levar em consideração que existem outras drogas como clozapina, olanzapina, quetiapina, ziprasidona e mais recente o aripiprazol que também poderiam estar sendo utilizadas. O uso de outros antipsicóticos com ação prolongada seria um exemplo a ser dado, mas acreditamos que o entrave disso se deve ao fato que a maioria pertence a classe de medicamentos de alto custo, o que estaria gerando um custo elevado para o estado. Podemos então dizer que os antipsicóticos típicos apesar da difícil adesão dos pacientes ao tratamento devido aos efeitos extrapiramidais, ainda permanecem como primeira escolha quando se consideram estritamente questões relativas ao custo do tratamento. Ainda podemos salientar que a saúde mental no sistema único de saúde, muitas vezes são negligenciados pelos profissionais uma vez que se tratando de uma patologia incurável e de difícil tratamento, que na maioria das vezes depende da adesão e colaboração da família no seu controle.
  • 44. 43 Fica claro então, que o entrave burocrático também afeta o sucesso do tratamento. Ainda podemos dizer que existem drogas novas, potentes e de ação prolongada que poderia controlar de forma mais eficiente os diversos quadros da esquizofrenia que fazem parte da lista de medicamentos de alto custo, portanto disponível no SUS, mas que são negligenciados ou pela questão do custo, ou ainda, infelizmente, pela falta de conhecimento, atualização e imprudência de muitos psiquiatras. E por último, não menos importante, as intervenções psicossociais têm sido utilizadas como uma alternativa usada para o tratamento de pacientes esquizofrênicos, integrados a farmacoterapia. Essas intervenções têm obtido grande sucesso, levando elementos da educação sobre a esquizofrenia, apoio a família por parte dos terapeutas, auxilio em problemas cotidianos, dando suporte a aqueles que lidam diretamente com o paciente. Sua reintegração na sociedade e sua vida “normal” também são trabalhadas dentro das intervenções, que procura restabelecer ao máximo sua independência e além de melhorar sua qualidade de vida.
  • 45. 44 REFERÊNCIAS AYRES, Adriana de Mello. Disfunções cognitivas em sujeitos portadores de esquizofrenia no Brasil: amplitude, gravidade e relação com a demora no acesso ao tratamento médico. 2009. 217 f. Tese (doutorado)- Área de concentração: Psiquiatria, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2009. BACHMANN, Kenneth A. et al.Interações medicamentosas: o novo padrão de interações medicamentosas e fitoterápicas. 2 ed. Barueri: Manole, 2006. BECHELLI, Luiz Paulo de C.. Antipsicóticos de ação prolongada no tratamento de manutenção da esquizofrenia. Parte II. O manejo do medicamento, integração da equipe multidisciplinar e perspectivas com a formulação de antipsicóticos de nova geração de ação prolongada. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2003, vol.11, n.4, pp. 507-515. ISSN 0104-1169. CLORPROMAZINA: COMPRIMIDOS. Responsável técnico: Antonia A. Oliveira. Suzano: Sanofi-aventis, 2011. Bula de remédio. CARDOSO, Lucilene; GALERA, Sueli Aparecida Frari. Adesão ao tratamento psicofarmacológico. Acta Paul Enferm 2006;19(3):343-8. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/ape/v19n3/a15v19n3.pdf>. Acesso em: 25 de jun. 2011. CARDOSO, Lucilene. Perfil demográfico e clínico de pessoas que fazem uso de Decanoato de Haloperidol. 2006. 80 f. Dissertação (mestrado) apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Psiquiátrica, Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2006. COSTA, Naiara Lima; CALAIS, Sandra Leal. Esquizofrenia: intervenção em Instituição Pública de Saúde. Psicol. USP [online]. 2010, vol.21, n.1, pp. 183-198. ISSN 1678-5177. Acesso em:<http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/psicousp/v21n1/v21n1a10.pdf> Disponível em: 21 out. 2011. ELKIS, Hélio; LOUZÃ, Mário Robrigues. Novos antipsicóticos para o tratamento da esquizofrenia. Rev. Psiq. Clín. 34, supl 2; 193-197, 2007.Disponível em:< http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s2/193.html>. Acesso em: 19 jun. 2011
  • 46. 45 FALKAI. Peter et al. Diretrizes da Federação Mundial das Sociedades de Psiquiatria Biológica para o Tratamento Biológico da Esquizofrenia. Parte 1: Tratamento agudo. Disponível em:<http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol33/s1/7.html>. Acesso em: 19 jun.2011 GIACON, Bianca Cristina Ciccone; GALERA, Sueli Aparecida Frari. Primeiro episódio da esquizofrenia e assistência de enfermagem. Rev Esc Enferm USP 2006; 40(2):286-91. Disponível em:< http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/251.pdf>. Acesso em: 08 mai. 2011. HALDOL: comprimidos. Responsável técnico: Marcos R. Pereira. São José dos Campos: Janssen-Cilag, 2009. Bula de remédio. HALDOL DECANOATO: injetável. Responsável técnico: Marcos R. Pereira. São José dos Campos: Janssen-Cilag, 2009. Bula de remédio. HALES, Roberto E.; YUDOFSKY, Stuart C. Tratado de psiquiatria clínica. 4 ed. Porto Alegre: artmed, 2006. KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: guanabara koogan,2005 KAYO, Mônica. Tempo de resposta a tratamento antipsicótico na esquizofrenia de início recente: um estudo randomizado e controlado de 12 semanas. 2010. 97 f. Dissertação (mestrado)- Programa de psiquiatria, Faculdade de medicina da universidade de São Paulo, 2010. LOURENÇO, Isabel. A razão social e a descriminação da Esquizofrenia. Eutanásia – Questões em debate 8º CONGRESSO NACIONAL DE BIOÉTICA.Congresso Nacional da Associação Portuguesa de Bioética,19 e 20 de Outubro de 2007. Disponível em:<http://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/519/1/Com_APB_Porto_07%5b1% 5d.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2011. LUKASOVA, Katerina et al. Percepção de expressões faciais em pessoas com esquizofrenia: movimentos oculares, sintomatologia e nível intelectual. PsicoUSF [online]. 2007, vol.12, n.1, pp. 95-102. ISSN 1413-8271. Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psicousf/v12n1/v12n1a11.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2011. MARI , Jair J; LEITÃO, Raquel J. A epidemiologia da Esquizofrenia. Rev Bras Psiquiatr 2000;22(Supl I):15-7.Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s1/a06v22s1.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2011.
  • 47. 46 Neuropsicologia e as funções cognitivas. Revista Plenamente, 2006. Disponível em:<http://www.plenamente.com.br/artigo.php?FhIdArtigo=66>. Acesso em: 8 out. 2011. NETO, Ary Gadelhe de Alencar Araripe; BRESSAN, Rodrigo Affonseca; FILHO, Geraldo Bussato. Fisiopatologia da Esquizofrenia: aspectos atuais. Ver. Bras. Psiquiatr. [online]. 2007, vol.34, suppl. 2, pp. 198-203. Disponível em:< http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s2/198.html>. Acesso em: 12 out. 2011. OLIVEIRA, Irismar R. Antipsicóticos atípicos: farmacologia e uso clínico. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.1, pp. 38-40. ISSN 1516-4446. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s1/a13v22s1.pdf>. Acesso em: 26 out. 2011. OLIVEIRA, Irismar Reis de. et al. Psicofarmacologia Clínica. 3. Ed. Rio de Janeiro: medbook, 2011. PÁDUA, Analuiza Camozzato de et al. Esquizofrenia: diretrizes e algoritmo para o tratamento farmacológico. 2005. Disponível em:<http://www.ufrgs.br/psiq/Algoritmo%20da%20Esquizofrenia%20final.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2011. SADOCK, Benjamin James; SADOCK, Virginia Alcott.Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica .4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. SCAZUFCA, Marcia. Abordagem familiar em esquizofrenia. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.1, pp. 50-52. ISSN 1516-4446. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 44462000000500017>. Acesso em: 19 ago. 2011. SHIRAKAWA, Itiro. Aspectos gerais do manejo do tratamento de pacientes com esquizofrenia. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2000, vol.22, suppl.1, pp. 56-58. ISSN 1516-4446. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s1/a19v22s1.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2011. SILVA, Regina Cláudia Barbosa da. Esquizofrenia: uma revisão. Psicol. USP [online]. 2006, vol.17, n.4, pp. 263-285. ISSN 1678-5177.Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/pusp/v17n4/v17n4a14.pdf>. Acesso em: 02 mai. 2011
  • 48. 47 TEIXEIRA , Marina Borges. Qualidade de vida de familiares cuidadores do doente esquizofrênico. Rev Bras Enferm 2005 mar-abr; 58(2):171-5. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n2/a08.pdf >. Acesso em: 18 jun. 2011. U.PORTO. Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Risperidona. Disponível em:<http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0708/g64_risperidona/risperidon a_ficheiros/page0006.htm>. Acesso em: 26 out. 2011.