O documento descreve a morfologia e fisiologia da soja, incluindo sua classificação, histórico, componentes, características das raízes, caule, folhas, flores e frutos. Detalha também os estádios de desenvolvimento, exigências de temperatura, disponibilidade hídrica e fotoperíodo para o cultivo da soja.
5. Histórico
É resultado de sucessivos processos de melhoramento de
genótipos ancestrais, diferentes dos que se utilizam na
atualidade;
Iniciou-se naturalmente entre espécies selvagens, com a
posterior domesticação dessas;
Direcionar melhoramento genético visando obter as
características mais desejadas;
Altas produtividades, e resistência a pragas e doenças.
6. Componentes
A soja é uma leguminosa;
Proteínas, vitaminas, minerais e fibras;
Proteína proteína animal;
100g de soja fornece a metade da quantidade diária de
proteínas recomendada para um adulto ;
7. Rica em vitaminas A,
C, E e do complexo B;
Rica em minerais
cálcio, fósforo, ferro,
potássio e fibras;
Fitormônios:
isoflavonas
que reduzem as taxas
LDL, diminuindo o
risco de doenças
cardiovasculares;
Fonte: UFRGS
8. Fatores anti-nutricionais – fator anti-tripsina,
presente no estado natural que inibe a absorção das
proteínas;
O consumo per capita diário brasileiro em 2008 era
de menos que 3 gramas, enquanto que no Japão é de
55 gramas, e o FDA recomenda uma ingestão diária de
25 gramas de proteína de soja.
10. Características Gerais
Grande variabilidade genética;
É também influenciada por fatores do meio
ambiente, tais como luz, temperatura e umidade;
Anuais, ciclos podem variar entre 80 a 160 dias;
Hábito de crescimento determinado ou
indeterminado (depende da cultivar);
11. Raízes
Raízes principais e secundárias;
É divido em 3 partes:
1° A radícula do embrião cresce verticalmente para
baixo, desta cresce a raiz principal e dependendo da
temperatura do solo (média de 22 a 27º C )a raiz pode
desenvolver-se 2,5 a 5 cm diários.
Fonte: Sacramento,2010
12. 2° Parte com início do florescimento e formação das
vagens. A raiz principal continua seu crescimento,
podendo alcançar até 75 cm de profundidade e a raízes
laterais continuam se ramificando até os 15 cm da raiz
axial.
3° Período entre a formação das vagens, enchimento de
grãos e a maturação fisiológica, diminuição no
crescimento da raiz principal; por outro lado, há
aumento no desenvolvimento e penetração das raízes
secundárias principais.
13. Na raiz da soja é
encontrado nódulos
resultantes de
bactérias que são
essenciais para o seus
crescimento e
desenvolvimento, pois
são elas que fornecem
nitrogênio fixados no
ar atmosférico e em
troca recebem
hidratos de carbonos.
Fonte:Hungriaetal.2007
Fonte:RevistaCampoeNegócios.
14. Caule
O caule da soja é do tipo herbáceo ereto, pubescente
e ramificado, desenvolve-se a partir do eixo
embrionário, logo depois do início da germinação.
Observação:
[Bot.]- Pubescente é um termo botânico que define
uma parte da planta que é coberta por pelos finos,
curtos e macios.
15. O hipocótilo é a primeira porção desenvolvida do
caule, seguido do epicótilo;
Hipocótilo – Porção entre as raízes e os cotilédones;
Epicótilo – Porção entre os cotilédones e as folhas
primárias ;
Após o epicótilo, são formados os internódios e, em
cada nó, há uma folha e nas axilas destas uma gema
lateral.
16. O tipo de crescimento - determinado e
semideterminado, a gema terminal transforma-se em
uma inflorescência terminal;
Crescimento indeterminado não há transformação da
gema terminal, e o caule continua a se desenvolver
mesmo após o florescimento.
17. Folhas
Ao longo do crescimento – 3 tipos
Cotiledonares ou embrionárias;
Simples ou unifolioladas;
Trifolioladas ou compostas.
18. Germinação e emergência - duas folhas cotiledonares
que se diferem pela forma oval elíptica;
Fonte:EmbrapaSoja
19. As folhas simples ou
unifolioladas possuem
único folíolo, são inseridas
opostamente no primeiro
nó, acima do nó
cotiledonar.
O caule principal ou as
ramificações produz três
folíolos (trifolioladas),
sendo um terminal e dois
laterais, dispostos
alternadamente, de forma
Fonte: FAEF
22. Autógama;
Órgãos masculinos e femininos protegido pela corola;
Pode apresentar flores brancas ou púrpuras;
Inicio da floração dá-se quando a planta possui de 10 a 12
folhas trifolioladas;
23. Fruto
Tipo vagem, achatado,
reto a pouco curvado,
pubescente e deiscente;
A vagem tem de uma a
cinco sementes, contudo,
a maioria das cultivares
apresenta as vagens com
duas ou três sementes.
Fonte: www.olhardireto.com.br
24. Semente
As sementes de soja são lisas, ovais, globosas ou
elípticas. Podem também ser encontradas nas cores
amarela, preta ou verde. O hilo é geralmente marrom,
preto ou cinza.
Fonte: Agrolink
25. Vegetativa (V) e Reprodutiva (R)
Subdivisões da fase vegetativa são designadas
numericamente como V1, V2, V3, até Vn;
Menos os dois primeiros estádios que são designados
como VE (emergência) e VC (estádio de cotilédone);
O último estádio vegetativo é designado como Vn, onde
“n” representa o número do último nó vegetativo formado
por um cultivar específico. O valor de “n” varia em função
das diferenças varietais e ambientais.
Identificação dos estádios de
desenvolvimento
26. Estádi
o
Denominação Descrição
VE Emergencia Cotilédones acima da superfície do solo
VC Cotilédone Cotilédones completamente abertos
V1 Primeiro nó Folhas unifoliadas completamente desenvolvidas
V2 Segundo nó
Primeira folha trifoliolada completamente
desenvolvidas
V3 Terceiro nó
Segunda folha trifoliolada completamente
desenvolvidas
V4 Quarto nó
Terceira folha trifoliolada completamente
desenvolvidas
V5 Quinto nó
Quarta folha trifoliolada completamente
desenvolvidas
V6 Sexto nó
Quinta folha folha trifoliolada completamente
desenvolvidas
V... ... ...
Vn
Enésimo nó
Ante-enésima folha trifoliolada completamente
desenvolvida
Fonte: Fehr e Caviness (1977)
33. A partir de V1, a fotossíntese das folhas em
desenvolvimento é suficiente para a planta se
sustentar;
Entre a abertura dos cotilédones (VC) e o quinto nó
vegetativo formado (V5) uma nova folha se forma a
cada 5 dias;
A partir do estádio V5, a cada 3 dias até logo após o
início da granação das vagens (R5), quando o número
máximo de nós vegetativos é atingido.
35. Estádio Denominação Descrição
R1 Inicio do Florescimento Uma flor aberta em qualquer nó do caule
R2 Florescimento Pleno
Uma flor aberta num dos 2 ultimos nós do caule com folha
completamente desenvolvida
R3 Inicio da formação da vagem
Vagem com 5mm de comprimento num dos 4 ultimos nós do
caule com folha completamente desenvolvida
R4
Vagem completamente
desenvolvida
Vagem com 2 cm de comprimento num dos 4 ultimos dós do
caule com folha completamente dsenvolvida
R5 Inicio do enchimento do grão
Grão com 3mm de comprimento em vagem num dos 4 ultimos
nós do caule com folha completamente desenvolvida
R6 Grão cheio ou completo
Vagem contendo grãos verdes preenchendo as cavidades da
vagem de um dos 4 ultimos nós do caule com folha
completamente desenvolvida
R7 Inicio da maturação Uma vagem normal no caule com coloração madura
R8 Maturação Fisiológica 95% das vagens com coloração madura
Fonte: Fehr e Caviness (1977)
46. Temperatura
Melhor adaptação em locais onde a temperatura oscila entre 20
a 30°C;
Regiões com temperaturas menores que 10°C são impróprias
para o cultivo;
Regiões com temperaturas em torno de 40°C provocam estragos
na floração e diminui a retenção de vagens, efeito é acentuado
na ocorrência de déficit hídrico;
Para a produção de sementes, é indicado o cultivo em regiões
com temperaturas de ar mais amenas inferiores a 22°C soja
com qualidade fisiológica e sanitárias superiores .
47. Disponibilidade Hídrica
PRINCIPAL LIMITAÇÃO NO POTENCIAL DE
RENDIMENTO DA CULTURA !!!
Água constitui 90% do peso da planta;
Necessidade Hídrica varia em torno de 400mm a 800mm
por ciclo;
Importante PRINCIPALMENTE em dois períodos:
Germinação e Emergência;
Floração e Enchimento de grão.
48. Fotoperíodo
Plantas de dias curtos - São as plantas que florescem
quando submetidas à fotoperíodos abaixo do seu
fotoperíodo crítico;
Quando expostas a fotoperíodos maiores que o seu
fotoperíodo crítico, estas plantas crescem, mas não
florescem;
A sensibilidade ao fotoperíodo ainda é uma importante
restrição para uma adaptação mais ampla da soja.