1. FUNDO CRISTÃO PARA CRIANÇAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007
E PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
A BDO International é uma rede mundial de empresas de auditoria denominadas firmas-membro BDO. Cada firma-membro é uma
entidade juridicamente independente em seu próprio país. A rede é coordenada pela BDO Global Coordination B.V., constituída na
Holanda, com sua sede estatutária em Eindhoven (número de registro comercial 33205251) e com um escritório na Boulevard de la
Woluwe 60, 1200 Bruxelas, Bélgica, onde está situado o Escritório Executivo Internacional.
2. FUNDO CRISTÃO PARA CRIANÇAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007
CONTEÚDO
Parecer dos auditores independentes
Quadro 1 - Balanços patrimoniais
Quadro 2 - Demonstração do superávit (déficit)
Quadro 3 - Demonstração das mutações do patrimônio líquido
Quadro 4 - Demonstração dos fluxos de caixa
Notas explicativas às demonstrações contábeis
3.
4. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos Conselheiros e Administradores
Fundo Cristão para Crianças
1.Examinamos os balanços patrimoniais do Fundo Cristão para Crianças, levantados em 31 de
dezembro de 2008 e 2007, e as respectivas demonstrações dos resultados, das mutações do
patrimônio líquido e dos fluxos de caixa correspondentes aos exercícios findos nestas datas,
elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é expressar
uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2.Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil
e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o
volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; b) a
constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as
informações contábeis divulgadas; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis
mais representativas, adotadas pela Administração da Entidade, bem como da apresentação
das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
3.Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e a financeira do
Fundo Cristão para Crianças em 31 de dezembro de 2008 e 2007, os resultados de suas
operações, as mutações de seu patrimônio líquido e os fluxos de caixa referentes aos
exercícios findos nestas datas, de acordo com as práticas contábeis aplicáveis no Brasil.
Belo Horizonte, 13 de março de 2009
Antônio de Pádua Soares Pelicarpo
Sócio-contador
CRC 1MG027739/O-3
BDO Trevisan Auditores Independentes
CRC 2SP013439/O-5 "S" MG
5. FUNDO CRISTÃO PARA CRIANÇAS
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 E 2007
(Valores expressos em reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
O Fundo Cristão para Crianças é uma sociedade civil de caráter filantrópico e sem fins
lucrativos, reconhecida de utilidade pública em âmbitos Federal, Estadual e Municipal. Iniciou
suas atividades no Brasil em 1966.
Com atuação em quatro estados (Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do
Norte), apóia técnica e financeiramente, entidades que desenvolvem programas de
atendimento a crianças, adolescentes, famílias e comunidades carentes e/ou em situação de
risco, urbanas e rurais, creches, escolas e centro de serviços de acordo com as políticas
básicas de atendimento determinadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e
Convenção Internacional dos Direitos da Criança. A ênfase maior do trabalho do FCC está
no processo de educação, com a participação da família e da comunidade.
O FCC atua em 883 comunidades, sediadas em 56 municípios. Assiste 120 mil crianças,
totalizando mais de 48 mil famílias em 102 entidades conveniadas, beneficiando um público
de mais de 233 mil pessoas entre crianças, adolescentes e suas famílias. É mantido
exclusivamente pelo sistema de apadrinhamento e de doações especiais de grupos de
pessoas ou empresas. Em 2008 foram investidos R$ 27 milhões em programas sociais e
atualmente conta com 5.500 voluntários.
O Fundo Cristão é uma Entidade que não faz distinção de raça, cor, credo religioso ou
político.
Sua Administração é composta por uma Assembléia Deliberativa, por um Conselho Fiscal e
por um Órgão de Direção Geral.
A Entidade, em conformidade com o seu estatuto social, não distribui qualquer parcela de
seu patrimônio ou de seu superávit como lucro ou participação em resultados, aplicando
integralmente os seus recursos no País, na manutenção e no desenvolvimento de seus
objetivos refletidos, devidamente, em seus demonstrativos contábeis.
2. APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a Norma Brasileira de
Contabilidade NBCT 10.19 - Entidades Sem Finalidade de Lucros, aprovada pela Resolução
nº 877/00 de 18 de abril de 2000, do Conselho Federal de Contabilidade.
Na elaboração das demonstrações contábeis de 2008, a Entidade adotou pela primeira vez
as alterações na legislação societária introduzidas pela Lei nº 11.638, aprovada em 28 de
6. Fundo Cristão para Crianças
dezembro de 2007 e as respectivas modificações introduzidas pela Medida Provisória nº 449
de 3 de dezembro de 2008.
Em decorrência das mudanças nas práticas contábeis adotadas no Brasil, durante 2008, e
mudanças de prática contábil quanto à contabilização de bens de pequeno valor, as
demonstrações contábeis referentes ao exercício anterior, apresentadas para fins de
comparação, foram ajustadas e estão sendo reapresentadas como previsto na NPC 12 -
Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros.
As demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2007, referente à mudança de prática
quanto ao registro dos bens de pequeno valor e outros ajustes de exercícios anteriores,
foram ajustadas para fins de comparabilidade conforme detalhado a seguir:
Saldos Saldos
Ajustes para comparabilidade das originais Ajustados
demonstrações de 31/12/2007 de 2007 Ajustes de 2007
Imobilizados 5.574.686 (297.614) 5.277.072
Intangíveis 160.753 (14.267) 146.486
Ativo 5.735.439 (311.881) 5.423.558
Reserva de reavaliação 5.162.960 (184.465) 4.978.495
Déficit acumulado (945.867) (127.416) (1.073.283)
Patrimônio Social 4.217.093 (311.881) 3.905.212
Despesas com depreciação (268.733) 35.364 (233.369)
Alienação ou baixas de bens ativo imobilizado (41.555) (346.845) (388.400)
Resultado (310.288) (311.481) (621.769)
Os aspectos relativos à adoção inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08
estão detalhados na nota explicativa nº 3.
Os ativos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação
ocorrer, provavelmente, nos próximos doze meses. Caso contrário, são demonstrados como
não circulantes.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC não era requerida pelas práticas contábeis
adotadas no Brasil até o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, mas a partir do
exercício findo em 31 de dezembro de 2008 foi elaborada pelo método indireto para fins de
sua apresentação comparativa.
2
7. Fundo Cristão para Crianças
3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
3.1. Adoção inicial da Lei nº 11.638/07
A Administração da Entidade optou por elaborar suas demonstrações contábeis de transição
em 1º de janeiro de 2007, que é o ponto de partida para o levantamento de demonstrações
contábeis de acordo com as novas disposições trazidas pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida
Provisória nº 449/08.
As modificações introduzidas pelos referidos normativos caracterizam-se como mudança de
prática contábil; entretanto, conforme facultado pelo Pronunciamento Técnico CPC nº 13 -
Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08 -, aprovado pela
Deliberação CVM nº 565 de 17 de dezembro de 2008, os eventuais ajustes decorrentes com
impacto no resultado poderiam ser efetuados na data de transição contra a conta de lucros e
prejuízos acumulados, no patrimônio líquido, nos termos do art. 186 da Lei nº 6.404/76, sem
efeitos retrospectivos sobre as demonstrações contábeis.
3.2. Sumário das principais práticas contábeis modificadas pela adoção inicial da Lei nº
11.638/07 e Medida Provisória nº 449/08
3.2.1. Ativo intangível
Registra os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
Entidade ou exercidos com essa finalidade.
A Entidade procedeu, na data da transição, à reclassificação de determinados bens do ativo
imobilizado para o ativo intangível, de acordo com as disposições previstas no
Pronunciamento Técnico CPC nº 04 - Ativo Intangível, aprovado pela Deliberação CVM nº
553, com base no disposto na Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08. O montante reclassificado
em 2008 foi de R$114.330 (R$146.486 em 2007).
3.2.2. Ajustes a valor presente
Determinadas contas do ativo e passivo não circulante, bem como do ativo e passivo
circulante, quando relevantes, devem ser ajustadas ao valor presente nas datas das
respectivas transações, com base em taxas que refletem o custo do dinheiro no tempo para
a Entidade, bem como os riscos específicos relacionados aos fluxos de caixa programados
para as contas em questão.
Atualmente, a Entidade não possui nenhuma operação que gere efeito significativo de ajuste
a valor presente.
3
8. Fundo Cristão para Crianças
3.2.3. Valor recuperável dos ativos
Obrigatoriedade de a Entidade analisar, periodicamente, a capacidade de recuperação dos
valores registrados no ativo imobilizado e intangível, com o objetivo de assegurar que:
i. A perda por não-recuperação desses ativos é registrada como resultado de decisões
para descontinuar as atividades relativas aos referidos ativos ou quando há evidência de
que os resultados das operações não serão suficientes para assegurar a realização de
referidos ativos.
ii. O critério utilizado para determinar a estimativa de vida útil remanescente de tais ativos
com o objetivo de registrar a depreciação e amortização, é revisado e ajustado.
A Entidade realizou essa análise e não identificou nenhum ajuste.
3.2.4. Eliminação da reserva de reavaliação
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva
realização ou estornados até o fim do exercício social em que a Lei entrar em vigor.
Em 31 de dezembro de 2008 a Entidade possuía reservas de reavaliação no valor de
R$4.734.158 (R$4.978.495 em 2007) que serão mantidas até sua efetiva realização
conforme definido pela Administração.
3.3. Sumário das principais práticas contábeis
3.3.1. Aplicações financeiras
São demonstradas ao valor de aplicação, acrescidas dos rendimentos auferidos “pro rata
temporis” até a data do balanço.
3.3.2. Imobilizado
Até outubro de 2006, registrado ao custo de aquisição, formação ou construção e corrigido
monetariamente até 31 de dezembro de 1995. A depreciação é calculada pelo método linear.
Os bens imobilizados da Entidade foram reavaliados a valor de mercado, conforme Laudo de
Reavaliação nº 481 de 31 de outubro de 2006. A partir da reavaliação os bens seguem
demonstrados pelos seus valores líquidos de depreciação acumulada até outubro de 2006,
adicionados da reavaliação indicada em laudo. A depreciação dos ativos reavaliados passou
a ser calculada conforme a vida útil remanescente indicada em laudo.
4
9. Fundo Cristão para Crianças
Conforme aprovado em Assembleia Geral Ordinária e Diretoria Nacional em 6 de junho de
2006 a Entidade passou a manter registrados em seu Ativo Imobilizado apenas os bens cujo
valor de custo de aquisição for igual ou superior a R$1.000 (mil reais), sendo os bens
inferiores tratados como despesas do exercício e controlados administrativamente.
3.3.3. Passivo circulante
Estão registrados pelos valores conhecidos e atualizados até a data dos balanços.
3.3.4. Doações
As doações são provenientes do exterior e locais, as quais são apropriadas no momento da
disponibilização do recurso em conta corrente bancária, ou quando do recebimento do bem,
no caso de doações.
3.3.5. Apuração do déficit e superávit
O déficit ou superávit do período é apurado pelo regime contábil de competência.
4. DISPONIBILIDADES
Os saldos das disponibilidades estão representados pelos valores de realização, acrescidos,
quando aplicável, dos rendimentos auferidos até a data do balanço patrimonial. As
aplicações financeiras referem-se a investimentos em CDB. As disponibilidades da Entidade
podem ser assim demonstradas.
2008 2007
Caixa 2.700 2.050
Bancos 17.273 105.136
Aplicações Financeiras 1.196.980 796.307
1.216.953 903.493
5
10. Fundo Cristão para Crianças
5. OUTROS ATIVOS CIRCULANTES
Os saldos da rubrica “Outros ativos circulantes”, estão representados pelos valores
antecipados a diretores e funcionários para fins de custeio a viagens de treinamento,
reuniões do Conselho e outros eventos, adiantamentos concedidos a funcionários em razão
de férias programadas, despesas antecipadas com seguros e outros. Os saldos podem ser
assim sumariados:
2008 2007
Adiantamentos a terceiros 12.463 10.598
Adiantamentos a funcionários 53.134 48.180
Impostos a recuperar - 2.147
Despesas antecipadas 5.182 5.373
70.779 66.298
6. INVESTIMENTOS
Os investimentos da Entidade incluem salas do Edifício Work Center, à Av. Afonso Pena, nº
3.111, em Belo Horizonte - MG, reavaliadas de acordo com Laudo nº 481, em 31 de outubro
de 2006. Os referidos imóveis são alugados a terceiros conforme preços de mercado e suas
rendas revertidas ao objeto social da Entidade.
2008 2.007
Ações 18.373 18.373
Imóveis 743.000 743.000
(Depreciação) (28.221) (15.196)
733.152 746.177
6
11. Fundo Cristão para Crianças
7. IMOBILIZADO
Os bens imobilizados da Entidade foram reavaliados conforme Laudo de Reavaliação
emitido pela empresa Dhisa Auditores Associados, nº 481, datado de 31 de outubro de 2006,
quando suas taxas de depreciação, vida útil remanescente e valores foram ajustados
conforme laudo.
2008 2007
Depreciação Total Total
Custo/Mercado acumulada líquido líquido
Terrenos (i) 1.167.000 - 1.167.000 1.167.000
Edificações (i) 3.776.700 (272.367) 3.504.333 3.630.041
Máquinas e equipamentos 105.492 (15.719) 89.773 68.479
Móveis e utensílios 36.811 (6.860) 29.951 38.738
Veículos 151.000 (20.149) 130.851 158.454
Computadores e periféricos 256.271 (65.613) 190.658 214.360
Total geral 5.493.274 (380.708) 5.112.566 5.277.072
(i) Parte dos terrenos e edificações da Entidade que não constava dos registros do Ativo Imobilizado foi
identificada, avaliada e registrada conforme Laudo nº 481, de 31 de outubro de 2006, sendo assim
adicionada ao patrimônio. Esses imóveis são utilizados para fins sociais em Entidades Conveniadas ao
Fundo Cristão para Crianças.
Os custos de mercado para os imóveis de propriedade da Entidade podem ser assim
sumariados em 31 de dezembro de 2008:
Imóveis avaliados Terrenos Edificações Total avaliado
Imóvel Aerolândia - Fortaleza/CE 465.000 925.600 1.390.600
Imóvel - R. Luiz Guimarães, 261 – Fortaleza/CE 70.000 482.800 552.800
Imóvel - R. Alberto Ferreira, 564 – Fortaleza/CE 150.000 696.000 846.000
Imóvel Caucáia - R. Nova Alvorada, 490 - Fortaleza/CE 155.000 476.300 631.300
Imóvel Governador Valadares - Gov. Val./MG 80.000 447.000 527.000
Salas no Edifício João de Deus - BH/MG 98.000 392.000 490.000
Salas no Edifício Top Center - Fortaleza/CE 149.000 357.000 506.000
Total 1.167.000 3.776.700 4.943.700
Conforme Assembleia Geral Ordinária da Diretoria Nacional de 6 de junho de 2006, em 2007
a Entidade passou a incorporar a seu ativo fixo somente os bens de valor individual superior
a R$1.000. O montante dos bens de valor inferior, registrado no resultado do exercício de
2008 foi de R$38.861 (R$10.959 em 2007).
7
12. Fundo Cristão para Crianças
8. INTANGÍVEIS
Em 2008 a Entidade reclassificou para o Ativo Intangível os direitos que tenham por objeto
bens incorpóreos destinados à manutenção da Entidade ou exercidos com essa finalidade. O
saldo de seus ativos intangíveis pode ser assim demonstrado:
2008 2007
Amortização Total Total
Custo/Mercado acumulada líquido líquido
Softwares 197.568 (83.238) 114.330 146.486
Total geral 197.568 (83.238) 114.330 146.486
9. PROVISÕES PARA DEMANDAS JUDICIAIS
No exercício de 2008 a demanda judicial contra a Entidade, relativa à ação trabalhista
conforme processo 01433-2003-106-03-017, foi encerrada, sendo revertidas as provisões
anteriormente constituídas.
2008 2007
Provisão para demandas judiciais - 194.675
- 194.675
Quanto a esse mesmo processo os saldos de depósitos judiciais residuais referem-se a
valores que aguardam alvará judicial para resgate por parte da Entidade.
10. PATRIMÔNIO SOCIAL
Os resultados dos períodos, quando positivos, são mantidos na rubrica “Superávit
acumulado”, enquanto não aprovados pela Assembleia Deliberativa e, após a sua
aprovação, são transferidos para a conta de Patrimônio Social.
8
13. Fundo Cristão para Crianças
11. RECEITAS COM DOAÇÕES
2008 2007
Subsídios internacionais 18.619.367 20.206.880
Verbas do orçamento operacional 3.184.099 3.677.389
Outras doações recebidas 637 296.873
Doações externas 21.804.103 24.181.142
Subsídios brasileiros 2.656.977 2.673.135
Arrecadações nacionais para custeio 1.711.925 1.638.459
Doações locais 4.368.902 4.311.594
26.173.005 28.492.736
As receitas com doações auferidas pela Entidade são provenientes do Brasil e do exterior,
na forma de subsídios a projetos conveniados e verbas especiais a projetos. Não são
registradas como receitas os presentes às crianças apadrinhadas (DFCs), que são tratados
em contas patrimoniais até sua efetiva entrega aos destinatários.
Essas receitas são proporcionadas pelo sistema de apadrinhamento e outras doações
eventuais. A Entidade possui aproximadamente 9 mil crianças apadrinhadas por brasileiros e
55 mil crianças apadrinhadas por estrangeiros.
12. CONCESSÃO DE GRATUIDADES (REPASSE A PROJETOS CONVENIADOS)
2008 2007
Subsídios - Projetos conveniados 21.263.730 22.868.532
Verbas especiais a projetos 20.611 11.697
21.284.341 22.880.229
As gratuidades convertidas à comunidade carente estão registradas dentro do grupo de
despesas ordinárias.
9
14. Fundo Cristão para Crianças
As verbas e subsídios recebidos foram aplicados em projetos conveniados à Entidade,
firmados e lançados em conta específica de despesa, tendo as seguintes principais
entidades conveniadas: Frente Assist. Criança Carente, APRISCO - Assoc. Prom, ARAI -
Assoc. Rural Assistência, Grupo A. Cr. Ad. Cabana e Região, Proj. Frente Benef. para
Criança, GEDAM, Proj. do Bem-estar Comunitário, Proj. Feliz Jornada, Projeto União,
Associar, GEDECOM, Projeto Criança Feliz, ABITA - Assoc. Benef. de Itaporé, Projeto
Famílias Reunidas, Assoc. Municipal de Assistência, Assoc. Municipal de Assistência, Inst.
Educ. Fraternidade Cristã, ASCAI - Assoc. Cr. Adol. Itaobim, etc.
A finalidade dessas Entidades conveniadas é, principalmente, a de apoiar programas sociais
e de desenvolvimento de acordo com os planos de atividades.
A Entidade mantém controle financeiro e realiza acompanhamento permanente sobre todas
as verbas repassadas aos projetos conveniados. A cada repasse, a respectiva prestação de
contas é obrigatória e, necessariamente, enviada ao FCC no prazo máximo de 20 dias do
mês posterior ao do repasse, viabilizando o acompanhamento da coerência na aplicação das
verbas.
13. GRATUIDADES A REPASSAR
Conforme Resolução nº 188, de 20 de outubro de 2005, em 2006 a Entidade passou a
controlar em contas patrimoniais os efeitos de gratuidades com DFC (Presentes em valores
para repasses a crianças inscritas nos projetos credenciados), mantendo no seu passivo
circulante os valores arrecadados em 2008 para repasse no início do exercício seguinte. Em
31 de dezembro de 2008 o saldo a repassar é de R$137.287 (R$42.424 em 31 de dezembro
de 2007).
O saldo de DFCs repassado no período foi:
2008 2007
DFCs de doações internacionais 4.679.005 4.598.314
DFCs de doações locais 1.137.393 1.058.274
5.816.398 5.656.588
10
15. Fundo Cristão para Crianças
14. DESPESAS GERAIS
O grupo de despesas gerais considera diversas despesas necessárias à operacionalidade
da Entidade, sendo as mais relevantes:
2008 2007
Despesas com viagens 213.157 331.257
Despesas com postais 131.731 329.151
Despesas com telefone 116.381 178.027
Despesas entre escritórios 168.041 380.627
Outras* 818.294 485.193
1.447.604 1.704.255
* Consideradas pulverizadas.
15. DESPESAS COM DEPRECIAÇÃO
Após reavaliação dos bens do ativo imobilizado, conforme laudo emitido pela empresa Dhisa
Auditores Associados, nº 481, em 31 de outubro de 2006, a Entidade passou a registrar os
efeitos da depreciação dos bens reavaliados no resultado do exercício, com base na vida útil
informada no laudo, sendo a reserva correspondente simultaneamente transferida para a
rubrica “Déficit ou Superávit acumulado no Patrimônio Líquido”. Os efeitos da depreciação
correspondentes à reavaliação e ao custo original no resultado do exercício podem ser assim
demonstrados:
2008 2007
Despesas de Depreciações (Custo líquido) 53.924 52.493
Despesas de Amortizações 5.717 1.473
Despesas de Depreciações/Amortização (Custo reavaliado) 172.880 179.403
232.521 233.369
16. SEGUROS
Em 31 de dezembro de 2008, a Entidade mantém cobertura de seguros para as edificações
e veículos imobilizados, considerando-os suficientes para cobrir eventuais sinistros.
11
16. Fundo Cristão para Crianças
17. ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
Em função da isenção tributária quanto ao INSS patronal, por se tratar de Entidade sem fins
econômicos, devidamente regularizada junto aos órgãos normativos, não foram recolhidos
nos períodos de 2008 e 2007 os seguintes valores:
2008 2007
INSS Patronal-Fopag 394.590 373.618
INSS Patronal-Autônomos 66.171 80.488
INSS Patronal-Cooperativas 9.909 14.440
470.670 468.546
18. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Os valores contábeis dos ativos financeiros da Entidade estão compatíveis com os valores
que poderiam ser obtidos na sua negociação, ou, na ausência deles, com o valor presente
líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado.
Durante os períodos de 2008 e 2007 a Entidade não realizou operações com derivativos.
19. INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR AO CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CNAS
Conforme artigo 4º do Decreto nº 2.536, de 6 de abril de 1998 a Entidade deve apresentar ao
Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS as Demonstrações das Origens e
Aplicações de Recursos - DOAR referentes aos seus últimos exercícios, contudo essa
demonstração não é mais requerida pelas práticas contábeis adotadas no Brasil segundo a
Lei 11.638/07. Conforme nota explicativa nº 2 a partir do exercício findo em 31 de dezembro
de 2008 a Entidade passou a elaborar pelo método indireto as Demonstrações dos Fluxos de
Caixa de forma comparativa ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007.
* * *
GERSON PACHECO – DIRETOR NACIONAL INTERINO
ELVIRA MARIA DO AMARAL – CONTADORA – CRC MG 085628/O-7
RA0741 12