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Núcleo Petrobras
              de Sustentabilidade


               Resenha de
Sustentabilidade – Keeping
     Track of our Changing
              Environment
             Coordenação Técnica
                           2012
KEEPING TRACK OF OUR CHANGING ENVIRONMENT:
From Rio to Rio+20 (1992-2012)
UNEP 1, 2011



INTRODUÇÃO
Essa resenha é uma produção da Coordenação Técnica do Núcleo Petrobras de
Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral. O presente trabalho visa abordar os pontos
principais apresentados no reltório “Keeping Track of Our Changing Environment: From Rio
to Rio+20 (1992-2012)”, publicado em outubro de 2011 pela United Nations Environment
Programme (UNEP).

O relatório foi produzido em Nairobi, pela Division of Early, Warning and Assesment (DEWA),
da UNEP e preparado no âmbito do 5º Global Environment Outlook (GEO-5) . Ele
complementa as informações detalhadas sobre o status e tendências do ambiente global,
assim como as informações sobre as medidas políticas afins.

Segue abaixo uma apresentação dos principais pontos abordados no relatório, selecionados
de acordo com os temas em voga a respeito da sustentabilidade. As questões selecionadas
são consideradas relevantes para o conhecimento de gestores e empresas que se utilizam
desses dados para formulação de abordagens baseadas nos pressupostos da
sustentabilidade.



OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é mostrar como o mundo mundou em duas décadas, desde a
Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio
de Janeiro em 1992, até a Conferência seguinte a ser realizada na mesma cidade,
denominada Rio+20, em 2012.

População e Desenvolvimento Humano
Desde 1992, a população mundial cresceu em uma taxa anual de 1.3%, adicionando
aproximadamente 1.5 bilhões de pessoas ao planeta. Entre 1992 e 2010, a população
mundial passou de cerca de 5.5 bilhões de habitantes para aproximadamente 7 bilhões,
representando um aumento de 26%.




1
    United Nations Environment Programme

                                                                                       |2|
Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento da população mundial tem declinado nas últimas
décadas, caindo de 1.65% por ano nos anos 1990 para 1.2% por ano nos anos 2000. Isso
representa um declínio de 27% na taxa de crescimento entre 1992 e 2010. Há forte
correlação entre a economia de um país e sua taxa de crescimento populacional: países em
desenvolvimento tendem a possuir uma taxa de crescimento populacional de 2 a 3 vezes
mais alta que em países desenvolvidos.




                                                                                    |3|
Esse “declínio no crescimento” significa que a população mundial e sua taxa de crescimento
estão aumentando cada vez mais devagar. De acordo com as Nações Unidas (2011), estudos
apontam que a população mundial poderia se estabilizar em aproximadamente 10 bilhões
de pessoas em 2100.


Megacidades
De acordo com o UN-Habitat, megacidades são metrópoles de alta densidade com pelo
menos 10 milhões de habitantes. O número de megacidades subiu de 10 em 1992 para 21
em 2010, um aumento de 110%, somando em média uma megacidade a cada dois anos.
Quinze das 21 megacidades do mundo estão localizadas nos países em desenvolvimento. A
maior megacidade hoje é Tóquio, que conta com 37 milhões de pessoas, mais que a
população total do Canadá.




                                                                                      |4|
Com as grandes e densas metrópoles vêm os impactos ambientais negativos associados à
vida urbana, como medidas sanitárias, controle de desperdício, qualidade do ar, poluição e
outras preocupações para os residentes e para o meio ambiente. E não são apenas os
fatores antropogênicos que possuem um papel relevante nas megacidades, em
contrapartida o ambiente natural também representa riscos às populações altamente
concentradas, como inundações, deslizamentos de terra, tsunamis e terremotos. (UN
2009b 2, UN Habitat, 2009 3).




2
  UN (2009b). UN-DESA Policy Brief No. 25. United Nations Department of Economic and Social Affairs.
Accessed on Jun 1, 2011 at http://www.un.org/esa/analysis/policybriefs/policybrief25.pdf
3
  UN-HABITAT (2009). Cities and Climate Change Initiative Launch and Conference Report, Oslo

                                                                                                       |5|
Índice de Desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que serve como um quadro de referência ao
desenvolvimento social e econômico, combina três dimensões para medir o progresso:
expectativa de vida, acesso à educação e rendimento nacional bruto. Durante os últimos 20
anos, o IDH cresceu globalmente a 2.5% ao ano, subindo de 0.52 em 1990 para 0.62 em
2010, 19% no total, revelando melhoras substanciais em diversos aspectos do
desenvolvimento humano. Embora tenha progredido, há grandes diferenças em valores e
crescimento que são visíveis entre as regiões, com a África muito atrás.




                                                                                     |6|
PIB per Capita

Apesar de ter ocorrido uma elevação do nível total de bem-estar econômico, nem todos os
países se beneficiaram. O hiato entre os países de rendas mais altas e os de renda mais
baixas continua vasto, com muitos países na Africa, América Latina e Asia ainda abaixo da
média global. Além disso, em muitos países há significantes desigualdades na renda
doméstica. Em economias em ascensão como a China e a Índia, milhões de pessoas têm
deixado a pobreza, mas frequentemente a custos ambientais muito altos.




Eficiência de Recursos

Embora a energia em geral e o uso de material continuem a crescer, há um declínio
simultâneo em emissões, energia e uso de material por unidade de produção, indicando que
estamos nos tornando mais eficientes em nossa produção, uso e disposição de materiais.




                                                                                     |7|
Emissão de CO2

Globalmente, as emissões de CO2 aumentaram cerca de 36% entre 1992 e 2008, saltando de
22 milhões para mais de 30 milhões de toneladas. Grandes diferenças existem entre regiões
e países, com 80% das emissões globais de CO2 sendo geradas por 19 países –
majoritariamente aqueles com altos níveis de desenvolvimento econômico e/ou grandes
populações.




                                                                                     |8|
Gases de Efeito Estufa
Mais de 60% da emissão dos gases de efeito estufa (GEE) advém basicamente de três setores
da economia: o setor de abastecimento de energia, indústria/manufatura e florestas.




Variação de Temperatura
A média anual para a temperatura atmosférica apresenta variações anuais, causadas por
exemplo pelos ciclos tropicais El Niño-La Ninã. Olhando através de um longo período, pode-
se, no entanto, observar um processo lento, porém com aumento constante com picos
ocasionais. O mapa abaixo demonstra como a elevação das temperaturas da década de
2000-2009 foi comparada com a média de temperatura registrada entre 1951 e 1980 (uma
referência comum para estudos climáticos). “O aquecimento mais extremo, em vermelho,
foi no Ártico. Pouquíssimas áreas apresentaram temperaturas mais baixas do que a média,
mostradas em azul” (Voiland, 2010). A última década foi a mais quente registrada desde
1880; foi a mais quente desde os registros anteriores da década de 1990-1999.



                                                                                      |9|
Área Florestal Certificada
O Conselho de Manejo Florestal (FSC, sigla em inglês) e o Programa para o Aval da
Certificação Florestal (PEFC, sigla em inglês) são as duas maiores certificações florestais
mundiais, com pequenas diferenças de abordagens para o gerenciamento e certificação. As
entidades avaliam social e ambientalmente práticas responsáveis de silvicultura. Um
impressionante aumento anual de 20% na taxa de florestas certificadas indica que tanto os
produtores quanto os consumidores estão influenciando ativamente a produção de madeira.
Contudo, em 2010 apenas 10% do total da extensão floresta mundial era gerenciado pelas
práticas do FSC e do PEFC.




                                                                                      | 10 |
Cobertura de Saneamento Básico e Água Potável


Metade das pessoas vivendo em regiões em desenvolvimento não têm acesso a saneamento
básico. No ritmo atual de progresso, em 2049 somente 75% da população global terá acesso
a formas de saneamento básico, como banheiros com descarga.
Todavia, o mundo irá atingir ou até exceder as Metas do Milênio em relação à água potável
em 2015, se as tendências atuais continuarem. Até lá, cerca de 90% da população das
regiões em desenvolvimento terá ganho acesso a fontes de água potável.




Produção de Plástico

Entre os anos de 1992 e 2010, o crescimento total de produção de plástico atingiu 149
milhões de toneladas, correspondendo a um crescimento de cerca de 130% em dezoito
anos, ou 15% anuais. A média de uso do plástico em regiões desenvolvidas atingiu cerca de
100 Kg por ano per capita em 2005, enquanto o consumo em regiões em desenvolvimento é
em aproximadamente 20 Kg.




                                                                                    | 11 |
Número de Acordos Ambientais Multilaterais (AAM)


A maior parte dos países assinaram ao menos nove dos quatorze maiores AAM; 60 países
assinaram todos eles. Apenas uma pequena quantidade de países, territórios ou países em
conflito não assinaram a maioria destes AAM.




                                                                                  | 12 |
Certificações ISO 14001


A Organização Internacional de Padronização (IS0 – International Organization for
Standardization) já desenvolveu mais de 18 500 padrões internacionais em diversas áreas. A
ISO 14000 preocupa-se principalmente com “gestão ambiental”. Com taxas de crescimento
anuais de mais de 30% e 230 000 certificados concedidos em 2009, esse desenvolvimento
demonstra um número crescente de empresas comprometidas em adotar sistemas de
gestão ambiental.




Índice de Produção de Alimentos


A produção global de alimentos continuou a acompanhar e até exceder o crescimento
populacional ao longo das duas últimas décadas. Ganhos em produção vieram
principalmente de melhorias de rendimento e, em menor proporção, de novas terras
agrícolas. Contudo, apesar de ganhos sólidos obtidos em segurança alimentar, milhões em
países em desenvolvimento ainda enfrentam a fome e a desnutrição. Ganhos mais
significativos na produção agrícola serão necessários para a continuidade do crescimento da
população global. Isto exigirá a expansão de terras agrícolas e o uso mais intensivo de
técnicas de produção. Tais práticas carregam impactos negativos para o meio ambiente,
incluindo perda de diversidade e poluição de fertilizantes nitrogenados, dentre outros.



                                                                                      | 13 |
Consumo de energia
Como a população em crescimento aspira ter maiores padrões de vida material, há sempre
uma necessidade crescente por produtos, serviços e energia necessária para prover tudo isto
(consumo de produtos, transporte, viagens, etc.). A quantidade per capita de energia
consumida cresceu ligeiramente até 2008 (+5% desde 1992). Em 2009 decresceu pela
primeira vez em 30 anos (globalmente -2.2%) como resultado da crise econômica e
financeira, com o decréscimo mais visível nos países desenvolvidos.




                                                                                      | 14 |
Oferta de energia primária



Petróleo, carvão e gás dominam a produção de energia para eletricidade e aquecimento,
transporte, uso industrial e outros usos para abastecimento. Sua participação aumentou
ligeiramente nos últimos anos, somando 80%. A quota global de energia sustentável ainda é
modesta comparada a de combustíveis fósseis.




Investimento em energia sustentável



A sustentabilidade do setor de energia – direcionando-se para além das fontes de energia de
carbono e aprimorando a eficiência – é um negócio em rápido crescimento. Investimentos
globais em energia e combustíveis renováveis atingiu novo recorde em 2010, e a margem
sobre o total para os anos anteriores foi grande. Os investimentos totalizaram US$211
bilhões em 2010, 32% a mais dos US$160 bilhões em 2009, e quase cinco vezes e meia sobre
o cenário de 2004. Pela primeira vez, novos investimentos em projetos de energia renovável
em escala-utilitária e empresas em países em desenvolvimento suplantou aquelas de
economias desenvolvidas.




                                                                                      | 15 |
Conclusão


Depois de narrada a história de como nosso meio ambiente mudou desde a primeira
Conferência da Terra, 20 anos atrás, temos agora diante de nós a tarefa de preservar sua
viabilidade para as futuras gerações. A necessidade em focar a atenção e os recursos em
monitoramentos aprimorados e coletâneas de dados ambientais em todos os níveis é
essencial para prover informações confiáveis e relevantes para tomadas de decisões.

A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável é uma oportunidade
de redirecionar o estado de deterioração do meio ambiente e os impactos negativos
experimentados pelas partes mais pobres e mais vulneráveis da sociedade. Ela oferece a
oportunidade de agir diante das promessas da Conferência da Terra em 1992 e seguir
adiante para sua concretização.

O mundo estará observando as ações concretas decorrentes da Conferência; as gerações
futuras dependem destas ações. Finalmente, com o comprometimento e envolvimento de
todos os stakeholders, as promessas vigentes na Agenda 21 poderá tornar-se realidade nas
próximas décadas.




                                                                                   | 16 |
FICHA TÉCNICA


TÍTULO: Keeping Track of Our Changing Environment: From Rio to Rio+20 (1992-2012)
AUTOR: Marília Ferreira
SUPERVISÃO: Lucas Amaral Lauriano; Claudio Boechat
FDC – Núcleo Petrobrás de Sustentabilidade
Belo Horizonte – Abril de 2012
17 Páginas


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
UNEP. Keeping Track of Our Changing Environment: From Rio to Rio+20 (1992-2012).
United Nations Environment Programme, Nairobi. Published October, 2011.




                                                                                    | 17 |

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Keeping Track of Our Changing Environment

  • 1. Núcleo Petrobras de Sustentabilidade Resenha de Sustentabilidade – Keeping Track of our Changing Environment Coordenação Técnica 2012
  • 2. KEEPING TRACK OF OUR CHANGING ENVIRONMENT: From Rio to Rio+20 (1992-2012) UNEP 1, 2011 INTRODUÇÃO Essa resenha é uma produção da Coordenação Técnica do Núcleo Petrobras de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral. O presente trabalho visa abordar os pontos principais apresentados no reltório “Keeping Track of Our Changing Environment: From Rio to Rio+20 (1992-2012)”, publicado em outubro de 2011 pela United Nations Environment Programme (UNEP). O relatório foi produzido em Nairobi, pela Division of Early, Warning and Assesment (DEWA), da UNEP e preparado no âmbito do 5º Global Environment Outlook (GEO-5) . Ele complementa as informações detalhadas sobre o status e tendências do ambiente global, assim como as informações sobre as medidas políticas afins. Segue abaixo uma apresentação dos principais pontos abordados no relatório, selecionados de acordo com os temas em voga a respeito da sustentabilidade. As questões selecionadas são consideradas relevantes para o conhecimento de gestores e empresas que se utilizam desses dados para formulação de abordagens baseadas nos pressupostos da sustentabilidade. OBJETIVO O objetivo deste trabalho é mostrar como o mundo mundou em duas décadas, desde a Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, até a Conferência seguinte a ser realizada na mesma cidade, denominada Rio+20, em 2012. População e Desenvolvimento Humano Desde 1992, a população mundial cresceu em uma taxa anual de 1.3%, adicionando aproximadamente 1.5 bilhões de pessoas ao planeta. Entre 1992 e 2010, a população mundial passou de cerca de 5.5 bilhões de habitantes para aproximadamente 7 bilhões, representando um aumento de 26%. 1 United Nations Environment Programme |2|
  • 3. Ao mesmo tempo, a taxa de crescimento da população mundial tem declinado nas últimas décadas, caindo de 1.65% por ano nos anos 1990 para 1.2% por ano nos anos 2000. Isso representa um declínio de 27% na taxa de crescimento entre 1992 e 2010. Há forte correlação entre a economia de um país e sua taxa de crescimento populacional: países em desenvolvimento tendem a possuir uma taxa de crescimento populacional de 2 a 3 vezes mais alta que em países desenvolvidos. |3|
  • 4. Esse “declínio no crescimento” significa que a população mundial e sua taxa de crescimento estão aumentando cada vez mais devagar. De acordo com as Nações Unidas (2011), estudos apontam que a população mundial poderia se estabilizar em aproximadamente 10 bilhões de pessoas em 2100. Megacidades De acordo com o UN-Habitat, megacidades são metrópoles de alta densidade com pelo menos 10 milhões de habitantes. O número de megacidades subiu de 10 em 1992 para 21 em 2010, um aumento de 110%, somando em média uma megacidade a cada dois anos. Quinze das 21 megacidades do mundo estão localizadas nos países em desenvolvimento. A maior megacidade hoje é Tóquio, que conta com 37 milhões de pessoas, mais que a população total do Canadá. |4|
  • 5. Com as grandes e densas metrópoles vêm os impactos ambientais negativos associados à vida urbana, como medidas sanitárias, controle de desperdício, qualidade do ar, poluição e outras preocupações para os residentes e para o meio ambiente. E não são apenas os fatores antropogênicos que possuem um papel relevante nas megacidades, em contrapartida o ambiente natural também representa riscos às populações altamente concentradas, como inundações, deslizamentos de terra, tsunamis e terremotos. (UN 2009b 2, UN Habitat, 2009 3). 2 UN (2009b). UN-DESA Policy Brief No. 25. United Nations Department of Economic and Social Affairs. Accessed on Jun 1, 2011 at http://www.un.org/esa/analysis/policybriefs/policybrief25.pdf 3 UN-HABITAT (2009). Cities and Climate Change Initiative Launch and Conference Report, Oslo |5|
  • 6. Índice de Desenvolvimento Humano O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que serve como um quadro de referência ao desenvolvimento social e econômico, combina três dimensões para medir o progresso: expectativa de vida, acesso à educação e rendimento nacional bruto. Durante os últimos 20 anos, o IDH cresceu globalmente a 2.5% ao ano, subindo de 0.52 em 1990 para 0.62 em 2010, 19% no total, revelando melhoras substanciais em diversos aspectos do desenvolvimento humano. Embora tenha progredido, há grandes diferenças em valores e crescimento que são visíveis entre as regiões, com a África muito atrás. |6|
  • 7. PIB per Capita Apesar de ter ocorrido uma elevação do nível total de bem-estar econômico, nem todos os países se beneficiaram. O hiato entre os países de rendas mais altas e os de renda mais baixas continua vasto, com muitos países na Africa, América Latina e Asia ainda abaixo da média global. Além disso, em muitos países há significantes desigualdades na renda doméstica. Em economias em ascensão como a China e a Índia, milhões de pessoas têm deixado a pobreza, mas frequentemente a custos ambientais muito altos. Eficiência de Recursos Embora a energia em geral e o uso de material continuem a crescer, há um declínio simultâneo em emissões, energia e uso de material por unidade de produção, indicando que estamos nos tornando mais eficientes em nossa produção, uso e disposição de materiais. |7|
  • 8. Emissão de CO2 Globalmente, as emissões de CO2 aumentaram cerca de 36% entre 1992 e 2008, saltando de 22 milhões para mais de 30 milhões de toneladas. Grandes diferenças existem entre regiões e países, com 80% das emissões globais de CO2 sendo geradas por 19 países – majoritariamente aqueles com altos níveis de desenvolvimento econômico e/ou grandes populações. |8|
  • 9. Gases de Efeito Estufa Mais de 60% da emissão dos gases de efeito estufa (GEE) advém basicamente de três setores da economia: o setor de abastecimento de energia, indústria/manufatura e florestas. Variação de Temperatura A média anual para a temperatura atmosférica apresenta variações anuais, causadas por exemplo pelos ciclos tropicais El Niño-La Ninã. Olhando através de um longo período, pode- se, no entanto, observar um processo lento, porém com aumento constante com picos ocasionais. O mapa abaixo demonstra como a elevação das temperaturas da década de 2000-2009 foi comparada com a média de temperatura registrada entre 1951 e 1980 (uma referência comum para estudos climáticos). “O aquecimento mais extremo, em vermelho, foi no Ártico. Pouquíssimas áreas apresentaram temperaturas mais baixas do que a média, mostradas em azul” (Voiland, 2010). A última década foi a mais quente registrada desde 1880; foi a mais quente desde os registros anteriores da década de 1990-1999. |9|
  • 10. Área Florestal Certificada O Conselho de Manejo Florestal (FSC, sigla em inglês) e o Programa para o Aval da Certificação Florestal (PEFC, sigla em inglês) são as duas maiores certificações florestais mundiais, com pequenas diferenças de abordagens para o gerenciamento e certificação. As entidades avaliam social e ambientalmente práticas responsáveis de silvicultura. Um impressionante aumento anual de 20% na taxa de florestas certificadas indica que tanto os produtores quanto os consumidores estão influenciando ativamente a produção de madeira. Contudo, em 2010 apenas 10% do total da extensão floresta mundial era gerenciado pelas práticas do FSC e do PEFC. | 10 |
  • 11. Cobertura de Saneamento Básico e Água Potável Metade das pessoas vivendo em regiões em desenvolvimento não têm acesso a saneamento básico. No ritmo atual de progresso, em 2049 somente 75% da população global terá acesso a formas de saneamento básico, como banheiros com descarga. Todavia, o mundo irá atingir ou até exceder as Metas do Milênio em relação à água potável em 2015, se as tendências atuais continuarem. Até lá, cerca de 90% da população das regiões em desenvolvimento terá ganho acesso a fontes de água potável. Produção de Plástico Entre os anos de 1992 e 2010, o crescimento total de produção de plástico atingiu 149 milhões de toneladas, correspondendo a um crescimento de cerca de 130% em dezoito anos, ou 15% anuais. A média de uso do plástico em regiões desenvolvidas atingiu cerca de 100 Kg por ano per capita em 2005, enquanto o consumo em regiões em desenvolvimento é em aproximadamente 20 Kg. | 11 |
  • 12. Número de Acordos Ambientais Multilaterais (AAM) A maior parte dos países assinaram ao menos nove dos quatorze maiores AAM; 60 países assinaram todos eles. Apenas uma pequena quantidade de países, territórios ou países em conflito não assinaram a maioria destes AAM. | 12 |
  • 13. Certificações ISO 14001 A Organização Internacional de Padronização (IS0 – International Organization for Standardization) já desenvolveu mais de 18 500 padrões internacionais em diversas áreas. A ISO 14000 preocupa-se principalmente com “gestão ambiental”. Com taxas de crescimento anuais de mais de 30% e 230 000 certificados concedidos em 2009, esse desenvolvimento demonstra um número crescente de empresas comprometidas em adotar sistemas de gestão ambiental. Índice de Produção de Alimentos A produção global de alimentos continuou a acompanhar e até exceder o crescimento populacional ao longo das duas últimas décadas. Ganhos em produção vieram principalmente de melhorias de rendimento e, em menor proporção, de novas terras agrícolas. Contudo, apesar de ganhos sólidos obtidos em segurança alimentar, milhões em países em desenvolvimento ainda enfrentam a fome e a desnutrição. Ganhos mais significativos na produção agrícola serão necessários para a continuidade do crescimento da população global. Isto exigirá a expansão de terras agrícolas e o uso mais intensivo de técnicas de produção. Tais práticas carregam impactos negativos para o meio ambiente, incluindo perda de diversidade e poluição de fertilizantes nitrogenados, dentre outros. | 13 |
  • 14. Consumo de energia Como a população em crescimento aspira ter maiores padrões de vida material, há sempre uma necessidade crescente por produtos, serviços e energia necessária para prover tudo isto (consumo de produtos, transporte, viagens, etc.). A quantidade per capita de energia consumida cresceu ligeiramente até 2008 (+5% desde 1992). Em 2009 decresceu pela primeira vez em 30 anos (globalmente -2.2%) como resultado da crise econômica e financeira, com o decréscimo mais visível nos países desenvolvidos. | 14 |
  • 15. Oferta de energia primária Petróleo, carvão e gás dominam a produção de energia para eletricidade e aquecimento, transporte, uso industrial e outros usos para abastecimento. Sua participação aumentou ligeiramente nos últimos anos, somando 80%. A quota global de energia sustentável ainda é modesta comparada a de combustíveis fósseis. Investimento em energia sustentável A sustentabilidade do setor de energia – direcionando-se para além das fontes de energia de carbono e aprimorando a eficiência – é um negócio em rápido crescimento. Investimentos globais em energia e combustíveis renováveis atingiu novo recorde em 2010, e a margem sobre o total para os anos anteriores foi grande. Os investimentos totalizaram US$211 bilhões em 2010, 32% a mais dos US$160 bilhões em 2009, e quase cinco vezes e meia sobre o cenário de 2004. Pela primeira vez, novos investimentos em projetos de energia renovável em escala-utilitária e empresas em países em desenvolvimento suplantou aquelas de economias desenvolvidas. | 15 |
  • 16. Conclusão Depois de narrada a história de como nosso meio ambiente mudou desde a primeira Conferência da Terra, 20 anos atrás, temos agora diante de nós a tarefa de preservar sua viabilidade para as futuras gerações. A necessidade em focar a atenção e os recursos em monitoramentos aprimorados e coletâneas de dados ambientais em todos os níveis é essencial para prover informações confiáveis e relevantes para tomadas de decisões. A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável é uma oportunidade de redirecionar o estado de deterioração do meio ambiente e os impactos negativos experimentados pelas partes mais pobres e mais vulneráveis da sociedade. Ela oferece a oportunidade de agir diante das promessas da Conferência da Terra em 1992 e seguir adiante para sua concretização. O mundo estará observando as ações concretas decorrentes da Conferência; as gerações futuras dependem destas ações. Finalmente, com o comprometimento e envolvimento de todos os stakeholders, as promessas vigentes na Agenda 21 poderá tornar-se realidade nas próximas décadas. | 16 |
  • 17. FICHA TÉCNICA TÍTULO: Keeping Track of Our Changing Environment: From Rio to Rio+20 (1992-2012) AUTOR: Marília Ferreira SUPERVISÃO: Lucas Amaral Lauriano; Claudio Boechat FDC – Núcleo Petrobrás de Sustentabilidade Belo Horizonte – Abril de 2012 17 Páginas REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: UNEP. Keeping Track of Our Changing Environment: From Rio to Rio+20 (1992-2012). United Nations Environment Programme, Nairobi. Published October, 2011. | 17 |