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Carta Apostólica
         em forma de Motu Proprio
        SUMMORUM PONTIFICUM
Disposições de S.S. o Papa Bento XVI sobre o uso da liturgia romana
               anterior à reforma realizada em 1970

Sempre foi preocupação dos Sumos Pontífices até o tempo presente,
que a Igreja de Cristo ofereça um culto digno à Divina Majestade
"para louvor e glória de seu nome" e "para nosso bem e o de toda sua
Santa Igreja".

Desde tempos imemoriais até o futuro deve ser respeitado o princípio
"segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a
Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais sacramentais,
mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica
contínua. Estes devem manter-se não só para evitar os enganos, mas
também para que a fé seja transmitida em sua integridade, já que a
regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex
credendi)." 1

Entre os Pontífices que expressaram tal preocupação destacam                     os
nomes de São Gregório Magno, quem se preocupou com                                a
transmissão aos novos povos da Europa tanto a fé Católica como                   os
tesouros do culto e a cultura acumulados pelos romanos durante                   os

1 Instrução Geral sobre o Missal Romano, terceira edição típica, 2002, n. 397.
1
séculos precedentes. Temos instruções para a forma da Sagrada
Liturgia tanto do Sacrifício da Missa como do Ofício Divino tal como
eram celebrados na Cidade. Ele fez grandes esforços para promover
monges e monjas, que militavam sob a Regra de São Bento, em todo
lugar junto com a proclamação do Evangelho para que suas vidas
igualmente exemplificassem aquela tão saudável expressão da regra
"Nada, pois, antepor-se à Obra de Deus" (capítulo 43). Desta maneira a
Sagrada liturgia segundo a maneira romana fez fértil não só a fé e a
piedade, mas a cultura de muitos povos. Mais ainda é evidente que a
Liturgia Latina em suas diversas formas estimulou a vida espiritual de
muitíssimos Santos em cada século da Era Cristã e fortalecido na
virtude da religião a tantos povos e fazendo fértil sua piedade.

Entretanto, com o fim que a Sagrada Liturgia possa de modo mais
eficaz cumprir com sua missão, muitos outros Romanos Pontífices no
curso dos séculos vieram a expressar particular preocupação, entre
eles São Pio V é eminente, quem com grande zelo pastoral, segundo a
exortação do Concílio de Trento, renovou o culto em toda a Igreja,
assegurando a publicação de livros litúrgicos corrigidos e "restaurados
segundo as normas dos Pais" e os pôs em uso na Igreja Latina.

É evidente que entre os livros litúrgicos de Rito Romano o Missal
Romano é eminente. Nasceu na cidade de Roma e gradualmente ao
longo dos séculos tomou formas que são muito similares a aquelas em
vigor em recentes gerações.

"Este mesmo objetivo foi açoitado pelos Romanos Pontífices ao longo
dos séculos seguintes, assegurando a colocação em dia, definindo os
ritos e os livros litúrgicos, e empreendendo, do começo deste século,
uma reforma mais geral".2 Foi desta forma em que atuaram nossos
Predecessores Clemente VIII, Urbano VIII, São Pio X3, Bento XV, Pio
XII e o Beato João XXIII.

Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo
expressou o desejo de que com o devido respeito e reverência pela

2 Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus Quintus Annus (4 de dezembro de
    1988), 3: AAS 81 (1989), 899.
3 Cf. ibid.
2
divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de
nossa época.

Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice
Paulo VI em 1970 aprovou para a liturgia da Igreja Latina livros
restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo
foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos
pelos Bispos e pelos sacerdotes e fiéis. João Paulo II revisou a terceira
edição típica do Missal Romano. Desta maneira os Romanos Pontífices
atuaram para que "este edifício litúrgico, por assim dizer,[...]volte
outra vez a aparecer esplêndido em sua dignidade e harmonia". 4

Entretanto, em algumas regiões, um número não pequeno de fiéis
estiveram e permanecem aderidos com tão grande amor e afeto às
formas litúrgicas prévias, e imbuíram profundamente sua cultura e
espírito, que o Sumo Pontífice João Paulo II, movido pela preocupação
pastoral por estes fiéis, em 1984 mediante um indulto especial
Quattuor abhinc annos, desenhado pela Congregação para a Liturgia
Divina, outorgou a faculdade para o uso do Missal Romano publicado
por João XXIII em 1962; enquanto que em 1988 João Paulo II uma vez
mais, mediante o Motu Proprio Ecclesia Dei, exortou aos Bispos a fazer
um uso mais amplo e generoso desta faculdade em favor de todos os
fiéis que o solicitem.

Tendo ponderado amplamente os insistentes pedidos destes fiéis a
nosso Predecessor João Paulo II, tendo escutado também os Padres do
Consistório de Cardeais realizado em 23 de março de 2006, tendo
sopesado todos os elementos, invocado o Espírito Santo e pondo nossa
confiança no auxílio de Deus, pela presente Carta Apostólica,
DECRETAMOS o seguinte:

Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser
considerado como a expressão ordinária da lei da oração (lex orandi)
da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal Romano
promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João

4 Papa Pio X, Carta Apostólica sob a forma de Motu Proprio Abhinc Duos Annos
    (23 de outubro de 1913): AAS 5 (1913), 44-450; cf. Papa João Paulo II, Carta
    Apostólica Vicesimus Quintus Annus (4 de dezembro de 1988), 3: AAS 81, 899.
3
XXIII como a expressão extraordinária da lei da oração (lex orandi) e
em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida honra. Estas
duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira
nenhuma levam a uma divisão na lei da oração (lex orandi) da Igreja,
pois são dois usos do único Rito Romano.

Portanto, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa de acordo com a edição
típica do Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962 e
nunca anulado, como a forma extraordinária da Liturgia da Igreja.
Estas condições estabelecidas pelos documentos prévios Quattuor
abhinc annos e Ecclesia Dei para o uso deste Missal são substituídas
pelas seguintes:

Art. 2. Em Missas celebradas sem o povo, qualquer sacerdote de Rito
Latino, seja secular ou religioso, pode usar o Missal Romano
publicado pelo Beato João XXIII em 1962 ou o Missal Romano
promulgado pelo Sumo Pontífice Paulo VI em 1970, qualquer dia
exceto no Sagrado Tríduo. Para a celebração segundo um ou outro
Missal, um sacerdote não requer de nenhuma permissão, nem da Sé
Apostólica nem de seu Ordinário.

Art. 3. Se Comunidades ou Institutos de Vida Consagrada ou
Sociedades de Vida Apostólica de direito pontifício ou diocesano
desejam ter uma celebração da Santa Missa segundo a edição do
Missal Romano promulgado em 1962 em uma celebração conventual
ou comunitária em seus próprios oratórios, isto está permitido. Se
uma comunidade individual ou todo o Instituto ou Sociedade desejam
ter tais celebrações freqüente ou habitualmente ou permanentemente,
o assunto deve ser decidido pelos Superiores Maiores segundo as
normas da lei e das leis e estatutos particulares.

Art. 4. Com a devida observância da lei, inclusive os fiéis Cristãos que
espontaneamente o solicitem, podem ser admitidos à Santa Missa
mencionada no art. 2.

Art. 5, § 1. Em paróquias onde um grupo de fiéis aderidos à prévia
tradição litúrgica existe de maneira estável, que o pároco aceite seus
pedidos para a celebração da Santa Missa de acordo ao rito do Missal

4
Romano publicado em 1962. Que o pároco vigie que o bem destes fiéis
esteja harmoniosamente reconciliado com o cuidado pastoral
ordinário da paróquia, sob o governo do Bispo e segundo o Cânon
392, evitando discórdias e promovendo a unidade de toda a Igreja.

§ 2. A celebração segundo o Missal do Beato João XXIII pode realizar-
se durante os dias de semana, enquanto que aos Domingos e dias de
festa deve haver só uma destas celebrações.

§ 3. Que o pároco permita celebrações desta forma extraordinária para
fiéis ou sacerdotes que o peçam, inclusive em circunstâncias
particulares tais como matrimônios, funerais ou celebrações
ocasionais, como por exemplo peregrinações.

§ 4. Os sacerdotes que usem o Missal do Beato João XXIII devem ser
dignos e não impedidos canonicamente.

§ 5. Nas Igrejas que não são nem paroquiais nem conventuais, é o
Reitor da Igreja quem concede a permissão acima mencionada.

Art. 6. Nas Missas celebradas com o povo segundo o Missal do Beato
João XXIII, as Leituras podem ser proclamadas inclusive nas línguas
vernáculas, utilizando edições que tenham recebido a recognitio da Sé
Apostólica.

Art. 7. Onde um grupo de fiéis laicos, mencionados no art. 5§1 não
obtém o que solicita do pároco, deve informar ao Bispo diocesano do
fato. Ao Bispo lhe solicita seriamente aceder a seu desejo. Se não
puder prover este tipo de celebração, que o assunto seja referido à
Pontifícia Comissão Ecclesia Dei.

Art. 8. O Bispo que deseje estabelecer provisões para os pedidos dos
fiéis laicos deste tipo, mas que por diversas razões se vê impedido de
fazê-lo, pode referir o assunto à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, que
deveria proporcionar conselho e ajuda.

Art. 9, § 1. Da mesma forma um pároco pode, uma vez considerados
todos os elementos, dar permissão para o uso do ritual mais antigo na


5
administração dos sacramentos do Batismo, Matrimônio, Penitência e
Unção dos Enfermos, conforme sugira o bem das almas.
§ 2. Concede-se aos Ordinários a faculdade de celebrar o sacramento
da Confirmação utilizando o anterior Missal Romano, conforme sugira
o bem das almas.

§ 3. É lícito para sacerdotes em sagradas ordens usar o Breviário
Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962.

Art. 10. É lícito que o Ordinário local, se o considerar oportuno, erija
uma paróquia pessoal segundo as normas do Canon 518 para as
celebrações segundo a forma anterior do Rito Romano ou nomear um
reitor ou capelão, com a devida observância dos requisitos canônicos.

Art. 11. Que a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, ereta em 1988 por João
Paulo II, 5 siga levando adiante sua função. Esta Comissão deve ter a
forma, tarefas e normas de ação que o Romano Pontífice deseje
atribuir.

Art. 12. A mesma Comissão, em adição às faculdades das que
atualmente goza, exercerá a autoridade da Santa Sé para manter a
vigilância sobre a observância e aplicação destas disposições.
Tudo o que é decretado por Nós mediante este Motu Proprio,
ordenamos que seja assinado e ratificado para ser observado a partir
de 14 de Setembro deste ano, festa da Exaltação da Santa Cruz, em que
pese a todas as coisas em contrário.

Dado em Roma, junto a São Pedro, em 7 de julho no Ano do Senhor de
2007, Terceiro de nosso Pontificado.




5 Cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Ecclesia Dei
    (2 de julho de 1988), 6: AAS 80 (1988), 1498.
6
ORDINÁRIO DA MISSA
                      PREPARAÇÃO
                    Orações ao pé do altar

De pé, diante dos degraus do altar, o celebrante começa a Santa Missa,
a qual é o Sacrifício de louvor à glória da Santíssima Trindade,
fazendo o sinal da cruz ( ):
                                                           [De joelhos]

Em nome do Pai,  e do Filho, e    In nómine Patris,  et Filii, et
do Espírito Santo. Amém.           Spíritus Sancti. Ámen.
Subirei ao altar de Deus.          Introíbo ad altáre Dei.
R. Do Deus que alegra a minha      R. Ad Deum qui lætíficat
juventude.                         juventútem meam.

Salmo 42 (Exprime a alegria da alma ao aproximar-se do altar para
unir-se a Deus. Omite-se nas Missas de Defuntos e no Tempo da
Paixão):

Julga-me, ó Deus, e separa a       Júdica me, Deus, et discérne
minha causa de gente não           causam meam de gente non
santa. Livra-me do homem           sancta: ab hómine iníquo et
iníquo e enganador.                dolóso érue me.
R. Tu que és, ó Deus, a minha      R. Quia tu es, Deus, fortitúdo
fortaleza, porque me repeliste?    mea: quare me repulísti, et
7
E porque hei de eu andar triste,    quare tristis incédo, dum
enquanto me aflige o inimigo?       afflígit me inimícus?
Envia a Tua luz e a Tua             Emítte lucem tuam et veritátem
verdade; estas me conduzirão e      tuam: ipsa me deduxérunt et
me levarão ao Teu santo monte       adduxérunt in montem sanctum
e aos Teus tabernáculos.            tuum, et in tabernácula tua.
R. E aproximar-me-ei do altar de    R. Et introíbo ad altáre Dei: ad
Deus, do Deus que alegra a          Deum qui lætíficat juventútem
minha mocidade.                     meam.
Ó Deus, Deus meu, eu Te             Confitébor tibi in cíthara Deus,
louvarei com a cítara. Por que      Deus meus: quare tristis es,
estás triste, minha alma? E por     ánima mea, et quare contúrbas
que me inquietas?                   me?
R. Espera em Deus, porque eu        R. Spera in Deo, quóniam
ainda O hei de louvar, a Ele que    adhuc confitébor illi: salutáre
é a minha salvação e o meu          vultus mei, et Deus meus.
Deus.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao     Glória Patri, et Fílio, et Spíritui
Espírito Santo.                     Sancto.
R. Assim como era no princípio,     R. Sicut erat in princípio, et
seja agora e sempre, e por          nunc, et semper: et in sǽcula
todos os séculos dos séculos.       sæculórum. Ámen.
Amém.
Subirei ao Altar de Deus.           Introíbo ad altáre Dei.
R. Do Deus que alegra a minha       R. Ad Deum qui lætíficat
juventude.                          juventútem meam.
O nosso  auxílio está no nome      Adjutórium  nostrum in nómine
do Senhor.                          Dómini.
R. Que fez o Céu e a Terra.         R. Qui fecit cælum et terram.

Com grande desejo de se purificar, o Celebrante primeiramente, antes
de se aproximar do altar, e depois os fiéis, acusam-se diante de Deus e
dos Santos dos pecados que cometeram e pedem a Deus misericórdia.

Eu me confesso a Deus etc.          Confíteor Deo omnipoténti, etc.
R. Que Deus onipotente tenha        R. Misereátur tui omnípotens
misericórdia de ti, que te perdoe   Deus, et dimíssis peccátis
os pecados e te conduza à vida      tuis, perducát te ad vitam
eterna.                             ætérnam.
Amém.                               Amen.

Os assistentes dizem o Confiteor:
8
Eu pecador me confesso a Deus       Confíteor Deo omnipoténti,
todo-poderoso,à bem-                beátæ Maríæ semper Vírgini,
aventurada sempre Virgem            beáto Michæli Archangelo,
Maria, ao bem-aventurado são        beáto Joánni Baptístæ,
Miguel Arcanjo, ao bem-             sanctis Apóstolis Petro et
aventurado são João Batista,        Paulo, ómnibus Sanctis, et
aos santos apóstolos são Pedro      tibi, pater: quia peccávi nimis
e são Paulo, a todos os Santos      cogitatióne, verbo, et ópere:
e a vós, Padre, porque pequei       [bate-se por três vezes no peito]
muitas vezes, por pensamentos,      mea culpa, mea culpa, mea
palavras e obras,                   máxima culpa. Ídeo précor
[bate-se por três vezes no peito]   beátam Maríam semper
por minha culpa, minha culpa,       Vírginem, beátum Michælem
minha máxima culpa. Portanto,       Archángelum, beátum
rogo à bem-aventurada Virgem        Joánnem Baptístam, sanctos
Maria, ao bem-aventurado são        Apóstolos Petrum et Paulum,
Miguel Arcanjo, ao bem-             omnes Sanctos, et te, pater,
aventurado são João Batista,        oráre pro me ad Dóminum
aos santos apóstolos são Pedro      Deum nostrum.
e são Paulo, a todos os Santos
e a vós, Padre, que rogueis a
Deus Nosso Senhor por mim.
Que Deus onipotente se              Misereátur vestri omnípotens
compadeça de vós, que vos           Deus, et dimíssis peccátis
perdoe os pecados e vos             vestris, perdúcat vos ad vitam
conduza à vida eterna.              ætérnam.
R. Amém.                            R. Ámen.

O celebrante pronuncia sobre si mesmo e sobre os fiéis a fórmula da
absolvição:
Indulgência,  absolvição, e        Indulgéntiam,  absolutiónem, et
remissão dos nossos pecados,        remissiónem peccatórum
conceda-nos o Senhor                nostrórum, tríbuat nobis
onipotente e misericordioso.        omnípotens et miséricors
                                    Dóminus.
R. Amém.                            R. Ámen.

Inclinam-se todos para a recitação dos versículos seguintes:
Se Vos tornardes para nós,          Deus, tu convérsus vivificábis
Senhor, dar-nos-eis a vida.         nos.
R. E o Vosso povo alegrar-se-á      R. Et plebs tua lætábitur in te.
em Vós.
9
Mostrai-nos, Senhor, a Vossa         Osténde nobis, Dómine,
misericórdia.                        misericórdiam tuam.
R. E dai-nos a Vossa salvação.       R. Et salutare tuum da nobis.

Senhor, ouvi a minha oração.         Dómine, exáudi oratiónem
                                     meam.
R. E fazei subir até Vós o meu       R. Et clámor meus ad te
clamor.                              véniat.

O Senhor seja convosco.              Dóminus vobíscum.
R. E com o vosso espírito.           R. Et cum spíritu tuo.

Ao subir ao altar, o celebrante pede a Deus mais uma vez que o
purifique de todos os pecados:
Oremos.                              Orémus.
Lavai-nos, Senhor, de todo o         Aufer a nobis, quǽsumus,
pecado, a fim de merecermos          Dómine, iniquitátes nostras: ut
penetrar de coração puro no          ad Sancta sanctórum puris
Santo dos Santos. Por Cristo         mereámur méntibus introíre. Per
Nosso Senhor. Amém                   Christum Dóminum nostrum.
                                     Ámen.

O celebrante, inclinado, diz a seguinte oração:
Nós vos suplicamos, Senhor,          Orámus te, Dómine, per mérita
pelos méritos de vossos santos,      Sanctórum tuórum, quórum
(beijando o centro do altar) cujas   relíquiæ hic sunt, et ómnium
relíquias aqui se encontram, e       Sanctórum: ut indulgére dignéris
de todos os demais santos, vos       ómnia peccáta mea. Ámen.
digneis perdoar todos os nossos
pecados. Amém.

                       Incensação do altar

Nas Missas solenes o Celebrante deita incenso no turíbulo e abençoa-o
ao mesmo tempo com as palavras seguintes: «Sejas abençoado por
Aquele em honra de Quem vais ser queimado.» Depois incensa o altar.




10
PRIMEIRA PARTE: ANTE-MISSA
                  (Missa dos Catecúmenos)

Pelo canto, pela oração e pela leitura da Palavra Divina,
preparam-se os fiéis para o Sacrifício Eucarístico.

                              Intróito

O celebrante vai para o lado da Epístola, e lê o Introito. Canto solene
de entrada, o Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou
solenidade do dia.
                                                                [De pé]




                        VER MISSA DO DIA




                          Kýrie, Eléison
11
O Kýrie é uma breve ladainha de procedência grega, uma tríplice
invocação das três Pessoas Divinas. O celebrante, no meio do altar,
diz, alternadamente com os assistentes:

Senhor, tende piedade de nós.       S. Kýrie, eléison.
Senhor, tende piedade de nós.       M. Kýrie, eléison.
Senhor, tende piedade de nós.       S. Kýrie, eléison.
Cristo, tende piedade de nós.       M. Christe, eléison.
Cristo, tende piedade de nós        S. Christe, eléison.
Cristo, tende piedade de nós.       M. Christe, eléison.
Senhor, tende piedade de nós.       S. Kýrie, eléison.
Senhor, tende piedade de nós.       M. Kýrie, eléison.
Senhor, tende piedade de nós.       S. Kýrie, eléison.

                        Glória in Excélsis

O Gloria in Excelsis, que os gregos denominam a grande doxologia, é
um cântico de louvor permeado de aclamações e súplicas, dirigido à
Santíssima Trindade. Inicia com as palavras que os Anjos cantaram
no nascimento do Salvador. – Omite-se nas Missas de Defuntos, em
todas do Tempo do Advento, da Septuagésima e da Quaresma e nos
dias feriais sem festa.
Glória a Deus nas alturas e paz     GLORIA IN EXCÉLSIS DEO,
na terra aos homens de boa          Et in terra pax homínibus bonæ
vontade. Nós vos louvamos, Vos      voluntátis. | Laudámus te. |
bendizemos, Vos adoramos e          Benedícimus te. | Adorámus te. |
Vos glorificamos. Nós vos           Glorificámus te. | Grátias ágimus
damos graças, por causa da          tibi propter magnam glóriam
Vossa grande glória, ó Senhor       tuam.| Dómine Deus, Rex
Deus, Rei do céu, Deus Pai          cæléstis, Deus Pater
onipotente. Ó Senhor, Filho         omnípotens. | Dómine Fili
Unigênito de Deus, Jesus Cristo.    unigénite, Jesu Christe. | Dómine
Senhor Deus, Cordeiro de Deus       Deus, Agnus Dei, Fílius Patris. |
e Filho do Pai. Vós que tirais os   Qui tollis peccáta mundi,
pecados do mundo, tende             miserére nobis. | Qui tollis
12
compaixão de nós. Vós que          peccáta mundi, súscipe
tirais os pecados do mundo, ouvi   deprecatiónem nostram. | Qui
a nossa prece. Vós que estais      sedes ad déxteram Patris,
sentado à direita do Pai, tende    miserére nobis. | Quóniam tu
compaixão de nós. Porque só        solus Sanctus. | Tu solus
Vós, Senhor Jesus Cristo, sois     Dóminus. Tu solus Altíssimus,
Santo, só Vós sois o Altíssimo.    Jesu Christe. | Cum Sancto
Com o Espírito Santo,  na         Spíritu  in glória Dei Patris.
glória de Deus Pai. Amém.          Ámen.

O celebrante beija o altar, volta-se ao povo e diz:

O Senhor seja convosco.            V. Dóminus vobíscum.
R. E com vosso espírito.           R. Et cum spíritu tuo.

                              Coleta

O celebrante, diante do missal, recita a COLETA. Breve oração que
resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembléia, votos estes
sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia.

Orémus:



                       VER MISSA DO DIA




O Celebrante saúda a assembléia e depois apresenta a Deus em resumo
os votos e aspirações que a Santa Igreja nos sugere em razão da festa
ou do mistério que celebramos. – Respondamos todos com um Amém
cheio de confiança. Conclusão:
...por todos os séculos dos        ...per ómnia sǽcula sæculórum.
séculos.
R. Amém.                           R. Ámen.

                              Epístola

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Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos apóstolos;
daí o nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento.
As Epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto
valor para a vida cristã.
                                                           [Sentados]


                        VER MISSA DO DIA



Nas Missas solenes, a Epístola é cantada pelo Subdiácono. Nas
rezadas responde-se no fim:

R. Graças a Deus.                   R. Deo grátias.

                    Gradual, Aleluia, Tracto

O Gradual compõe-se geralmente de alguns versículos dum salmo. No
Tempo Pascal, o Gradual é substituído por um Aleluia. – Aleluia é,
em hebraico, uma espécie de interjeição de alegria. E de fato a melodia
dos nossos Aleluias é uma explosão de júbilo, único modo que a alma,
nesses momentos de dulcificante altura espiritual, encontra para se
dirigir a Deus. Junta-se-lhe um versículo do salmo. – Durante a
Septuagésima e a Quaresma, o Aleluia é substituído pelo Tracto. Em
certas Missas diz-se depois do Aleluia (ou do Tracto), a Sequência.




                        VER MISSA DO DIA




                    O Evangelho do Mestre
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Antes de ler ou cantar o Evangelho, o Celebrante diz a oração «Munda
cor meum» e pede a Deus que o abençoe. – Nas Missas solenes é o
Diácono que canta o Evangelho. Recita o «Munda cor» e pede a
benção ao Celebrante. Nas Missas de Defuntos diz-se o «Munda cor»,
mas omite-se a benção.

Senhor onipotente, purificai o      Munda cor meum ac lábia mea,
meu coração e os meus lábios,       omnípotens Deus, qui lábia
Vós que purificastes os lábios do   Isaíæ prophétæ cálculo
Profeta Isaías com um carvão        mundásti igníto: ita me tua grata
em brasa. E dignai-Vos por tal      miseratióne dignáre mundáre, ut
modo purificar-me com a Vossa       sanctum evangélium tuum digne
misericórdia, que possa             váleam nuntiáre.
dignamente anunciar o Vosso         Per Christum Dóminum nostrum.
Santo Evangelho. Por Jesus          Ámen.
Cristo Nosso Senhor. Amém.

Senhor, abençoai-me.                Jube, Dómine, benedícere.
Que o Senhor resida no meu          Dominus sit in corde meo et in
coração e nos meus lábios, para     lábiis meis: ut digne et
que anuncie digna e                 competénter annúntiem
convenientemente o Seu              Evangélium suum.
Evangelho. Amém.                    Ámen.

A leitura ou o canto do Evangelho, que nos recorda sempre um
episódio da vida ou um ponto de doutrina do Salvador, rodeia-se de
certa solenidade. A assembléia conserva-se de pé, por veneração e
respeito para com a palavra de Deus. Nas Missas solenes organiza-se
uma pequena procissão. Incensa-se o Livro dos Evangelhos e
acompanha-se com velas acesas. –Às primeiras palavras, Sequentia,
etc., faz-se o sinal da cruz na testa, na boca e no peito.
                                                            [De pé]
O Senhor seja convosco              Dóminus vobíscum.
R. E com vosso espírito.            R. Et cum spíritu tuo.




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Sequência do santo                   Sequéntia sancti Evangélii 
Evangelho  segundo ...              secúndum ...
R. Glória a Vós, Senhor.             R. Glória tibi, Dómine.




                        VER MISSA DO DIA




No fim, responde-se:
R. Louvor a vós, ó Cristo!           R. Laus tibi, Christe

O celebrante beija o sagrado texto, dizendo:
Que pelas palavras do                Per evangélica dicta deleántur
Evangelho nos sejam perdoados        nostra delícta.
os pecados.



Segue-se a Homilia, ou explicação da Palavra de Deus.
                                                             [Sentados]
                                Credo

A história deste Credo, que chamam de Nicéia, é uma brilhante
afirmação de fé contra as heresias que a Igreja teve de enfrentar no
decorrer dos séculos. É o símbolo triunfante da nossa fé. Diz-se aos
Domingos, nas festas dos Apóstolos e dos Doutores da Igreja, e em
certas festas mais solenes.
                                                             [De pé]

CREIO em um só Deus.                 CREDO IN UNUM DEUM.
Pai, todo poderoso, criador do       Patrem omnipoténtem, factórem
Céu e da Terra, | de todas as        cæli et terræ, | visibílium ómnium
coisas visíveis e invisíveis.        et invisibílium.
Creio em um só Senhor, Jesus         Et in unum Dóminum Jesum
Cristo, | Filho unigênito de Deus.   Christum, | Fílium Dei
                                     unigénitum.

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Nascido do Pai, antes de todos       Et ex Patre natum ante ómnia
os séculos.                          sǽcula.
Deus de Deus, luz da luz, | Deus     Deum de Deo, lumen de
verdadeiro de Deus verdadeiro.       lúmine, | Deum verum de Deo
                                     vero.
Gerado, não feito,                   Génitum, non factum, |
consubstancial ao Pai, | por meio    consubstantiálem Patri: | per
de Quem foram feitas todas as        quem ómnia facta sunt.
coisas.
Que por causa de nós, homens,|       Qui propter nos hómines, | et
e por causa de nossa salvação        propter nostram salútem
desceu dos Céus.                     descéndit de cælis.
[todos se ajoelham]                  [todos se ajoelham]
E SE ENCARNOU POR OBRA               ET INCARNÁTUS EST DE
DO ESPÍRITO SANTO, EM                SPÍRITU SANCTO EX MARIA
MARIA VIRGEM, E SE FEZ               VÍRGINE: | ET HOMO FACTUS
HOMEM.                               EST.
Também por amor de nós foi           Crucifíxus étiam pro nobis: |
crucificado, sob Pôncio Pilatos;     sub Póntio Piláto passus, et
padeceu e foi sepultado.             sepúltus est.
Ressuscitou ao terceiro dia,         Et resurréxit tértia die, secúndum
conforme as Escrituras.              Scriptúras.
Subiu aos Céus, onde está            Et ascéndit in cælum: sédet ad
sentado à direita do Pai.            déxteram Patris.
Donde virá de novo, em sua           Et íterum ventúrus est cum glória
glória, para julgar os vivos e os    judicáre vivos et mórtuos: | cujus
mortos e cujo reino não terá fim.    regni non érit finis.
Creio no Espírito Santo, Senhor      Et in Spíritum Sanctum,
que dá a vida, e procede do Pai      Dóminum et vivificántem: qui
e do Filho.                          ex Patre, Filióque procedit.
Que com o Pai e com o Filho é        Qui cum Patre, et Fílio simul
igualmente adorado e                 adorátur et conglorificátur: qui
glorificado: ele o que falou pelos   locútus est per Prophétas.
profetas.
Creio na Igreja, una, santa,         Et unam, sanctam, cathólicam
católica e apostólica.               et apostólicam Ecclésiam.
Professo um só Batismo, para a       Confíteor unum baptísma in
remissão dos pecados.                remissiónem peccatórum.
Espero a ressurreição dos            Et exspécto resurrectiónem
mortos.                              mortuórum.
E a vida  do século futuro.         Et vitam  ventúri sǽculi.
Amém.                                Ámen.

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SEGUNDA PARTE: SACRIFÍCIO
                           OFERTÓRIO
                Preparação para o Sacrifício

Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício
propriamente dito. O celebrante volta-se ao povo com esta saudação:
O Senhor seja convosco             Dóminus vobíscum.
R. E com vosso espírito.           R. Et cum spíritu tuo.

Orémus:
Segue-se em voz baixa.



                         VER MISSA DO DIA




O Celebrante lê a Antífona do Ofertório, vestígio de um cântico que se
executava outrora durante a procissão das oferendas. Esta procissão
era constituída por todos os fiéis presentes, que levavam ao Sacerdote
pão, vinho e outros dons, símbolos da oblação que fazia cada um de si


18
mesmo. – Todas as orações do Ofertório exprimem este sentimento de
oblação.
                                                        [Sentados]

                  Ofertório do pão e do vinho

Oferece-se pão e vinho, mas tendo em mente Jesus Cristo, em cujo
corpo e sangue vão ser transubstanciados. Coloquemo-nos também na
patena, como hóstias pequenas à beira da grande, ofereçamo-nos com
ela ao Senhor. Ofereçamo-nos sim, e não retiremos dela, durante o dia,
nenhuma partícula da nossa oblação. Oferecimento do pão:
Recebei, santo Pai, onipotente e      Súscipe, sancte Pater,
eterno Deus, esta hóstia              omnípotens ætérne Deus, hanc
imaculada, que eu vosso indigno       immaculátam hóstiam, quam
servo, vos ofereço, ó meu Deus,       ego indígnus fámulus tuus óffero
vivo e verdadeiro, por meus           tibi, Deo meo vivo et vero, pro
inumeráveis pecados, ofensas, e       innumerabílibus peccátis, et
negligências, por todos os que        offensiónibus, et negligéntiis
circundam este altar, e por todos     meis, et pro ómnibus
os fiéis vivos e falecidos, afim de   circumstántibus, sed et pro
que, a mim e a eles, este             ómnibus fidélibus Christiánis
sacrifício aproveite para a           vivis átque defúnctis: ut mihi, et
salvação na vida eterna. Amém.        illis profíciat ad salútem in vitam
                                      ætérnam. Ámen.

A mistura da gota de água no vinho, rito antiquíssimo, simboliza a
união dos fiéis com Cristo, pensamento belamente expresso na
seguinte oração:
Ó Deus,  que                         Deus,  qui humánæ
maravilhosamente criastes em          substántiæ dignitátem mirabíliter
sua dignidade a natureza              condidísti, et mirabílius
humana e mais prodigiosamente         reformásti: da nobis per hújus
ainda a restaurastes, concedei-       áquæ et vini mystérium, éjus
nos, que pelo mistério desta          divinitátis esse consórtes, qui
água e deste vinho, sermos            humanitátis nostræ fíeri dignátus
participantes da divindade            est partíceps, Jesus Christus,
daquele que se dignou revestir-       Fílius tuus Dóminus noster: Qui
se de nossa humanidade, Jesus         tecum vívit et régnat in unitáte
Cristo, vosso Filho e Senhor          Spíritus Sancti Deus: per ómnia

19
Nosso, que sendo Deus                sǽcula sæculórum. Ámen.
convosco vive e reina em união
com o Espírito Santo, por todos
os séculos dos séculos. Amém.

No meio do altar, o celebrante faz o oferecimento do cálice:
Nós vos oferecemos Senhor, o         Offérimus tibi, Dómine, cálicem
cálice da salvação, suplicando a     salutáris, tuam deprecántes
vossa clemência. Que ele suba        cleméntiam: ut in conspéctu
qual suave incenso à presença        divínæ maiestátis tuæ, pro
de vossa divina majestade, para      nostra et totíus mundi salúte,
salvação nossa e de todo o           cum odóre suavitátis ascéndat.
mundo. Amém.                         Ámen.

Depois, inclinando-se diz:
Em espírito de humildade e           In spíritu humilitátis et in ánimo
coração contrito, sejamos por        contríto suscipiámur a te,
vós acolhidos, Senhor. E assim       Dómine: et sic fíat sacrifícium
se faça hoje este nosso              nostrum in conspéctu tuo hódie,
sacrifício em vossa presença, de     ut pláceat tibi, Dómine Deus.
modo que vos seja agradável, ó
Senhor Nosso Deus.

Invoca o Espírito Santo e abençoa as oferendas:
Vinde, ó Santificador, onipotente    Veni, Sanctificátor, omnípotens
e eterno Deus e, abençoai           ætérne Deus: et bénedic  hoc
este sacrifício preparado para       sacrifícium, tuo sancto nómini
glorificar o vosso santo nome.       præparátum.

O celebrante vai à direita do altar e lava as mãos, dizendo os seguintes
versículos do Salmo 25:
Lavo as minhas mãos entre os         Lavábo inter innocéntes manus
inocentes, e me aproximo do          meas: et circúmdabo altáre
vosso altar, ó Senhor.               tuum, Dómine.
Para ouvir o cântico dos vossos      Ut áudiam vocem laudis: et
louvores, e proclamar todas as       enárrem univérsa mirabília tua.
vossas maravilhas.
Eu amo, Senhor, a beleza da          Dómine, diléxi decórem domus
vossa casa, e o lugar onde           tuæ, et locum habitatiónis glóriæ
reside a vossa glória.               tuæ.


20
Não me deixeis, ó Deus, perder      Ne perdas cum ímpiis, Deus,
a minha alma com os ímpios,         ánimam meam, et cum viris
nem a minha vida com os             sánguinum vitam meam.
sanguinários.
Em suas mãos se encontram           In quorum mánibus iniquitátes
iniquidades, sua direita está       sunt: déxtera eórum repléta est
cheia de dádivas.                   munéribus.
Eu, porém, tenho andado na          Ego autem in innocéntia mea
inocência. Livrai-me, pois, e       ingréssus sum: rédime me, et
tende piedade de mim.               miserére mei.
Meus pés estão firmes no            Pes meus stetit in dirécto: in
caminho reto. Eu te bendigo,        ecclésiis benedícam te, Dómine.
Senhor, nas assembléias dos
justos.
Glória ao Pai, ao Filho e ao        Glória Patri, et Fílio, et Spíritui
Espírito Santo. Assim como era      Sancto. Sícut érat in princípio, et
no princípio, agora e sempre,       nunc, et semper: et in sǽcula
por todos os séculos dos            sæculórum. Ámen.
séculos, Amém.

Nesta oração à Santíssima Trindade encontra-se resumido todo o
sentido da Missa e são recomendadas as diferentes intenções do
Sacrifício. Inclinado, ao meio do altar, o celebrante diz:

Recebei, ó Trindade Santíssima,     Súscipe, sancta Trínitas, hanc
esta oblação, que vos               oblatiónem, quam tibi offérimus
oferecemos em memória da            ob memóriam passiónis,
Paixão, Ressurreição e              resurrectiónis, et ascensiónis
Ascensão de Nosso Senhor            Jesu Christi, Domini nostri, et in
Jesus Cristo, e em honra da         honórem beátæ Maríæ semper
bem-aventurada e sempre             Vírginis, et beáti Ioánnis
Virgem Maria, de são João           Baptístæ, et sanctórum
Batista, dos santos apóstolos       apostolórum Petri et Pauli, et
Pedro e Paulo, e de todos os        istórum, et ómnium sanctórum:
Santos; para que, a eles sirva de   ut illis profíciat ad honórem,
honra e a nós de salvação, e        nobis autem ad salútem: et illi
eles se dignem interceder no        pro nobis intercédere dignéntur
céu por nós que na terra            in cælis, quorum memóriam
celebramos sua memória. Pelo        ágimus in terris. Per eúmdem
mesmo Cristo, Senhor Nosso.         Christum Dóminum nostrum.
Amém.                               Ámen.


21
O Celebrante volta-se para os fiéis e convida-os a que orem com ele
para que Deus Se digne aceitar-lhes o sacrifício comum.

Orai irmãos, para que este          Oráte fratres, ut meum ac
sacrifício, que também é vosso,     vestrum sacrifícium acceptábile
seja aceito e agradável a Deus      fíat ápud Deum Patrem
Pai Onipotente                      omnipoténtem.
R. Receba, o Senhor, de vossas      R. Suscípiat Dóminus
mãos este sacrifício, para louvor   sacrifícium de mánibus tuis |
e glória de seu nome, para          ad laudem et glóriam nóminis
nosso bem e de toda a sua           sui, | ad utilitátem quóque
santa Igreja.                       nostram, totiúsque Ecclésiæ
                                    suæ sanctæ.
Amém.                               Ámen.

                              Secreta

Depois diz a Secreta:




                        VER MISSA DO DIA




A Secreta diz-se, como o nome indica, em secreto. No entanto, para
que os fiéis possam corroborar com um amém a toda a ação do
Ofertório que terminou, o Celebrante conclui em voz alta:
...por todos os séculos dos         ...per ómnia sǽcula saeculórum.
séculos.
R. Amém.                            R. Ámen.




22
CÂNON
                     Oblação do Sacrifício

O Cânon constitui a parte central da Missa. Com o Prefácio, começa a
solene oração sacerdotal da Igreja e oblação propriamente dita do
Sacrifício. Curto diálogo introdutório entre o celebrante e a
assembléia, desperta nas almas os sentimentos de ação de graças que
convêm à celebração dos santos mistérios.
                                                              [De pé]
O Senhor seja convosco.            Dóminus vobíscum.
R. E com o vosso espírito.         R. Et cum spíritu tuo.
Corações ao alto.                  Sursum corda.
R. Temo-los para o Senhor.         R. Habémus ad Dóminum.
Demos graças ao Senhor, nosso      Grátias agámus Dómino Deo
Deus.                              nostro
R. É digno e justo.                R. Dignum et justum est.

                             Prefácio



                       VER MISSA DO DIA




                   Prefácio da SS. Trindade
Diz-se nas festas e nas Missas votivas da SS. Trindade ; em todos os
Domingos do ano, menos nas festas que tiverem prefácio próprio.

É verdadeiramente digno, justo,    Vere dignum et justum est,
racional e salutar, que sempre e   ǽquum et salutáre, nos tibi
em toda a parte Vos rendamos       semper et ubíque grátias ágere :
graças, Senhor Santo, Pai          Dómine sancte, Pater
onipotente e Deus eterno ; Que     omnípotens, ætérne Deus : Qui
sois, com o Vosso Filho            cum unigénito Fílio tuo et Spíritu
Unigênito e com o Espírito         Sancto unus es Deus, unus es
Santo, um só Deus e um só          Dóminus : non in uníus

23
Senhor, não na singularidade       singularitáte persónæ, sed in
duma só pessoa, mas na             uníus Trinitáte substántiæ. Quod
Trindade duma só substância.       enim de tua glória, revelánte te,
Porque tudo aquilo que nos         crédimus, hoc de Fílio tuo, hoc
revelastes e cremos da Vossa       de Spíritu Sanco sine differéntia
glória, isso mesmo sentimos,       discretiónis sentímus. Ut in
sem diferença nem distinção, do    confessióne veræ
Vosso Filho e do Espírito Santo,   sempiternǽque Deitátis, et in
de maneira que, confessando a      persónis propríetas, et in
verdadeira e eterna Divindade,     esséntia únitas, et in majestáte
adoramos a propriedade nas         adorétur æquálitas. Quam
Pessoas, a unidade na Essência     laudant Ángeli atque Archángeli,
e a igualdade na Majestade, a      Chérubim quoque ac Séraphim:
qual louvam os Anjos e os          qui non cessant clamáre
Arcanjos, os Querubins e os        quotídie, una voce dicéntes: ...
Serafins, que não cessam de
cantar dizendo a uma só voz: ...

                             Sanctus
                                                         [De joelhos]
Santo, Santo, Santo, é o Senhor    Sanctus, Sanctus, Sanctus,
Deus dos Exércitos. A Terra e o    Dóminus Deus Sábaoth. Pleni
Céu estão cheios da Vossa          sunt cæli et terra glória tua.
glória. Hosana no mais alto dos    Hosánna in excélsis.
Céus.                              Benedíctus, qui venit in nómine
Bendito O que vem em nome do       Domini. Hosánna in excélsis.
Senhor. Hosana nas alturas!

                   Continuação do Cânon

O celebrante, profundamente inclinado, beija o altar e continua a
grande oração sacerdotal.
A vós, Pai clementíssimo, por      Te ígitur, clementíssime Pater,
Jesus Cristo vosso Filho e         per Jesum Christum Fílium
Senhor nosso, humildemente         tuum, Dóminum nostrum,
rogamos e pedimos aceiteis e       súpplices rogámus ac pétimus,
abençoeis estes  dons, estas      uti accépta hábeas, et
 dádivas, estas  santas          benedícas, hæc  dona, hæc 
oferendas ilibadas.                múnera, hæc sancta  sacrifícia
                                   illibáta;


24
Oração por toda a Igreja, em especial pela hierarquia:
Nós Vo-los oferecemos, em            In primis, quae tibi offérimus pro
primeiro lugar, pela vossa santa     Ecclésia tua sancta cathólica:
Igreja católica, à qual vos dignai   quam pacificáre, custódire,
conceder a paz, proteger,            adunáre et régere dignéris toto
conservar na unidade e               orbe terrárum: una cum fámulo
governar, através do mundo           tuo Papa nostro N. et Antístite
inteiro, e também pelo vosso         nostro N. et ómnibus orthodoxis,
servo o nosso Papa..., pelo          atque cathólicae et apostólicae
nosso Bispo..., e por todos os (     fídei cultóribus.
bispos) ortodoxos, aos quais
incumbe a guarda da fé católica
e apostólica.

Momento dos vivos:
Lembrai-vos, Senhor, de vossos       Meménto, Dómine, famulórum,
servos e servas N. e N., e de        famularúmque tuárum N. et N. et
todos os que aqui estão              ómnium circumstántium, quorum
presentes, cuja fé e devoção         tibi fides cógnita est, et nota
conheceis, e pelos quais vos         devótio, pro quibus tibi offérimus:
oferecemos, ou eles vos              vel qui tibi ófferunt hoc
oferecem, este sacrifício de         sacrifícium laudis pro se,
louvor, por si e por todos os        suísque ómnibus: pro
seus, pela redenção de suas          redemptióne animárum suárum,
almas, pela esperança de sua         pro spe salútis, et incolumitátis
salvação e de sua conservação,       suæ: tibíque réddunt vota sua
e consagram suas dádivas a           ætérno Deo, vivo et vero.
vós, o Deus eterno, vivo e
verdadeiro.

Memória dos Santos:
Unidos na mesma comunhão,            Communicántes, et memóriam
veneramos primeiramente a            venerántes, in primis gloriósæ
memória da gloriosa e sempre         semper Vírginis Maríæ,
Virgem Maria, Mãe de Deus e          Genitrícis Dei et Dómini nostri
Senhor Nosso Jesus Cristo, e         Jesu Christi: sed et beáti
também de S. José, o Esposo          Joseph, ejúsdem Vírginis
da mesma Virgem, e dos vossos        Sponsi, et beatórum
bem-aventurados Apóstolos e          Apostolórum ac Mártyrum
Mártires: Pedro e Paulo, André,      tuórum, Petri et Pauli, Andréæ,
Tiago, João e Tomé, Tiago,           Jácobi, Joánnis, Thómæ, Jácobi,
Filipe, Bartolomeu, Mateus,          Philíppi, Bartholómæi, Matthǽi,
25
Simão e Tadeu, Lino, Cleto,         Simónis, et Thaddǽi, Lini, Cleti,
Clemente, Xisto, Cornélio,          Cleméntis, Xysti, Cornélii,
Cipriano, Lourenço, Crisógono,      Cypriáni, Lauréntii,
João e Paulo, Cosme e Damião,       Chrysógoni,Joánnis et Pauli,
e a de todos os vossos santos.      Cosmæ et Damiáni, et ómnium
Por seus méritos e preces,          Sanctórum tuórum; quórum
concedei-nos, sejamos sempre        méritis precibúsque concédas, ut
fortalecidos com o socorro de       in ómnibus protectiónis tuæ
vossa proteção. Pelo mesmo          muniámur auxílio. Per eúmdem
Cristo, Senhor Nosso. Amém.         Christum Dóminum nostrum.
                                    Ámen.

Estendendo as mãos sobre as oblatas, o celebrante diz:
Por isso, vos rogamos, Senhor,      Hanc ígitur oblatiónem servitútis
aceiteis favoravelmente a           nostræ, sed et cunctæ famíliæ
homenagem de servidão que           tuæ, quǽsumus, Dómine, ut
nós e toda a vossa Igreja vos       placátus accípias: diésque
prestamos, firmai os nossos dias    nostros in tua pace dispónas,
em vossa paz, arrancai-nos da       atque ab ætérna damnatióne
condenação eterna, e colocai-       nos éripi, et in electórum tuórum
nos entre os vossos eleitos. Por    júbeas grege numerári. Per
Jesus Cristo, Senhor Nosso.         Christum Dóminum nostrum.
Amém.                               Ámen.

O celebrante abençoa as oblatas dizendo:
Nós vos pedimos, ó Deus, que        Quam oblatiónem tu, Deus, in
esta oferta seja por vós em tudo,   ómnibus, quǽsumus,
abençoada, aproovada,             benedíctam, adscríptam,
ratificada, digna e aceitável a    ratam, rationábilem,
vossos olhos, afim de que se        acceptabilémque fácere dignéris:
torne para nós o Corpo e o         ut nobis Corpus, et Sanguis
Sangue de Jesus Cristo, vosso      fíat dilectíssimi Fílii tui Dómini
diletíssimo Filho e Senhor          nostri Jesu Christi.
Nosso.

                       CONSAGRAÇÃO

O Celebrante chegou ao momento soleníssimo da Missa.
Identificando-se com Cristo, o sacerdote repetindo todos os seus gestos
e palavras vai renovar o Sacrifício da última ceia, sacrifício que o
26
Senhor instituiu para perpetuar sacramentalmente através dos séculos
o Sacrifício redentor do Calvário de modo incruento. Adoremos o
Corpo e o Sangue do Senhor, que o Sacerdote nos vai apresentar.

Ele, na véspera de sua paixão,    Qui prídie quam paterétur,
tomou o pão em suas santas e      accépit panem in sanctas ac
veneráveis mãos, e elevando os    venerábiles manus suas, et
olhos ao céu para vós, ó Deus,    elevátis óculis in cǽlum ad te
seu Pai onipotente, dando-vos     Deum Patrem suum
graças, bençou-o, partiu-o e     omnipoténtem, tibi grátias
deu-o a seus discípulos,          ágens, benedíxit, fregit,
dizendo: Tomai e Comei Dele,      dedítque discipulis suis, dícens:
Todos.                            Accípite, et manducate ex hoc
                                  omnes.

  « Isto é o Meu Corpo »            « Hoc est enim Corpus
                                           meum »

Consagração do Cálice:
De igual modo, depois de haver    Símili modo póstquam cænátum
ceado, tomando também este        est, accípiens et hunc
precioso cálice em suas santas    præclárum Cálicem in sanctas
e veneráveis mãos, e              ac venerábiles manus suas: ítem
novamente dando-vos graças,       tibi grátias agens, benedíxit,
bençou-o e deu-o a seus          dedítque discípulis suis, dícens:
discípulos, dizendo: Tomai e      Accípite, et bíbite ex eo omnes
Bebei Dele Todos.

« Este é o Cálice do meu              « Hic est enim Calix
Sangue, do novo e eterno            Sánguinis mei, novi et
Testamento : mistério de                     ætérni
 fé : que será derramado           testaménti : mystérium
   por vós e por muitos             fídei : qui pro vobis et
    para remissão dos              pro multis effundétur in
        pecados. »                       remissiónem
                                         peccatórum. »



27
Todas as vezes que isto              Hæc quotiescúmque fecéritis, in
fizerdes, fazei-o em memória de      mei memóriam faciétis.
mim.

                       Fórmula da oblação
O celebrante continua depois as orações do Cânon:
Por esta razão, Senhor, nós,         Unde et mémores, Dómine, nos
vossos servos, com o vosso           servi tui sed et plebs tua sancta,
povo santo, lembrando-nos da         eiúsdem Chrísti Fílii tui Dómini
bem-aventurada Paixão do             nostri tam beátæ Passiónis, nec
mesmo Cristo, vosso Filho e          non et ab ínferis Resurrectiónis,
Senhor Nosso, assim como de          sed et in cælos gloriósæ
sua Ressurreição, saindo             Ascensiónis: offérimus præcláræ
vitorioso do sepulcro, e de sua      maiestáti tuæ de tuis donis ac
gloriosa Ascensão aos céus,          datis, hóstiam  puram,
oferecemos à vossa augusta           hóstiam  sanctam, hóstiam 
Majestade, de vossos dons e          immaculátam, Panem 
dádivas, a Hóstia  pura, a          sanctum vítæ ætérnæ, et
Hóstia  santa, a Hóstia            Cálicem  salútis perpétuæ.
imaculada, o Pão  santo da
vida eterna, e o Cálice da
salvação  perpétua.
Sobre estes dons, vos pedimos        Supra quæ propítio ac seréno
digneis lançar um olhar              vultu respícere dignéris; et
favorável, e recebê-los              accépta habére, sicuti accépta
benignamente, assim como             habére dignátus es múnera púeri
recebeste as ofertas do justo        tui justi Abel, et sacrifícium
Abel, vosso servo, o sacrifício de   Patriárchæ nostri Abráhæ: et
Abraão, pai de nossa fé, e o que     quod tibi óbtulit summus
vos ofereceu vosso sumo              sacérdos tuus Melchísedech,
sacerdote Melquisedeque,             sanctum sacrifícium,
Sacrifício santo, Hóstia             immaculátam hóstiam.
imaculada.

Profundamente inclinado, o celebrante diz:
Suplicantes vos rogamos, ó           Súpplices te rogámus,
Deus onipotente, que, pelas          omnípotens Deus, jube hæc
mãos de vosso santo Anjo,            perférri per manus sancti Ángeli
mandeis levar estas ofertas ao       tui in sublíme altáre tuum, in
vosso Altar sublime, à presença      conspéctu divínæ majestátis

28
de vossa divina Majestade, para        tuæ: ut quoquot ex hac altáris
que, todos os que, participando        participatióne sacrosánctum Fílii
deste altar, recebermos o              tui Corpus, et Sánguinem
sacrossanto Corpo, e                  sumpsérimus, omni benedictióne
Sangue de vosso Filho,                cælésti et grátia repleámur. Per
sejamos repletos de toda a             eúmdem Christum Dóminum
bênção celeste e da Graça. Pelo        nostrum. Ámen.
mesmo Jesus Cristo, Nosso
Senhor. Amém.

Momento dos defuntos:
Lembrai-vos, também, Senhor,           Meménto étiam, Dómine,
de vossos servos e servas (NN.         famulórum famularúmque
e NN.), que nos precederam,            tuárum N. et N. qui nos
marcados com o sinal da fé, e          præcessérunt cum signo fídei, et
agora descansam no sono da             dórmiunt in somno pacis.
paz. A estes, Senhor, e a todos        Ipsis, Dómine, et ómnibus in
os mais que repousam em Jesus          Christo quiescéntibus, locum
Cristo, nós vos pedimos,               refrigérii, lucis et pacis, ut
concedei o lugar do descanso,          indúlgeas, deprecamur. Per
da luz e da paz. Pelo mesmo            eúmdem Christum Dóminum
Jesus Cristo, Nosso Senhor.            nostrum. Ámen.
Amém

O celebrante bate no peito, dizendo:
Também a nós, pecadores,               NOBIS QUOQUE
vossos servos, que esperamos           PECCATÓRIBUS, fámulis tuis,
na vossa infinita misericórdia,        de multitúdine miseratiónum
dignai-vos conceder um lugar           tuárum sperántibus, partem
na comunidade de vossos                áliquam, et societátem donáre
santos Apóstolos e Mártires:           dignéris, tuis sanctis Apóstolis
João, Estevão, Matias,                 et Martýribus: cum Joánne,
Barnabé, Inácio, Alexandre,            Stéphano, Matthía, Bárnaba,
Marcelino, Pedro, Felicidade,          Ignátio, Alexándro, Marcellíno,
Perpétua, Águeda, Luzia, Inês,         Petro, Felicitáte, Perpétua,
Cecília, Anastácia, e com todos        Ágatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília,
os vossos Santos. Unidos a             Anastásia, et ómnibus Sanctis
eles pedimos, vos digneis              tuis: intra quorum nos
receber-nos, não conforme              consórtium non æstimátor
nossos méritos, mas segundo a          mériti, sed véniæ, quǽsumus,
vossa misericórdia.Por Jesus           largítor admítte. Per Christum
Cristo Nosso Senhor.                   Dóminum nostrum.
29
DOXOLOGIA FINAL
Por Ele, ó Senhor, sempre criais,   Per quem hæc ómnia Dómine,
santificais, vivificais,          semper bona creas,
abençoais, e nos concedeis         sanctíficas, vivíficas,
todos estes bens.                   benedícis, et præstas nobis.
Por Ele, com Ele e Nele, a       Per  ipsum, et cum  ipso, et
Vós, Deus Pai  onipotente, na      in  ipso, est tibi Deo Patri 
unidade do Espírito Santo,         omnipoténti, in unitáte  Spíritus
toda a honra e toda a glória        Sancti, omnis honor et glória.

O celebrante termina em voz alta:

Por todos os séculos dos            Per ómnia sǽcula sæculórum.
séculos
R. Amém.                            R. Ámen.




                           COMUNHÃO
                           Pater Noster

O Sacrifício já se ofereceu. Deus aceitou-o e vai-Se-nos dar a Si mesmo
em Cristo na Santa Comunhão. O Celebrante prepara-se e recita a
oração do Senhor, e pede a Deus que nos dê o pão de cada dia e as
disposições de caridade para com Ele e o próximo indispensáveis para
bem comungar. Porque receber a Sagrada Eucaristia é estreitar os
laços que nos unem com Jesus e com o Seu corpo místico:
                                                                 [De pé]


30
OREMOS. Instruídos com estes       ORÉMUS. Præcéptis salutáribus
preceitos salutares e com esta     móniti, et divína institutióne
divina doutrina, ousamos dizer:    formáti, audémus dícere:
Pai nosso, que estais nos céus,    Pater noster, qui es in cælis:
santificado seja o Vosso nome,     sanctificétur nomen tuum:
venha a nós o Vosso reino, seja    advéniat regnum tuum: fíat
feita a Vossa vontade, assim na    volúntas tua, sicut in cælo, et in
terra como no céu. O pão nosso     terra. Panem nostrum
de cada dia nos dai hoje, e        quotidiánum da nobis hódie, et
perdoai-nos as nossas dívidas,     dimítte nobis débita nostra, sicut
assim como nós perdoamos aos       et nos dimíttimus debitóribus
nossos devedores. E não nos        nostris. Et ne nos indúcas in
deixeis cair em tentação,          tentatiónem,
R. Mas livrai-nos do mal.          R. Sed líbera nos a malo.

O celebrante diz Ámen em voz baixa, e continua:
Livrai-nos de todos os males, ó    Líbera nos, quǽsumus, Dómine,
Pai, passados, presentes e         ab ómnibus malis, prætéritis,
futuros, e pela intercessão da     præséntibus, et futúris: et
bem-aventurada e gloriosa          intercedénte beáta et gloriósa
sempre Virgem Maria, dos           semper Vírgine Dei Genitríce
vossos bem-aventurados             María, cum beátis Apóstolis tuis
apóstolos, Pedro, Paulo, André e   Petro et Paulo, atque Andréa, et
todos os Santos, dai-nos           ómnibus Sanctis, da propítius
propício a paz em nossos dias,     pacem in diébus nostris: ut ope
para que, por vossa                misericórdiæ tuæ adiúti, et a
misericórdia, sejamos sempre       peccáto simus semper líberi, et
livres do pecado, e preservados    ab omni perturbatióne secúri.
de toda a perturbação. Por         Per eúmdem Dóminum nostrum
nosso Senhor Jesus Cristo,         Jesum Christum, Fílium tuum.
vosso Filho, que, sendo Deus,      Qui tecum vivit et regnat in
convosco vive e reina na           unitáte Spíritus Sanctis Deus,
unidade do Espírito Santo,
Por todos os séculos dos           Per ómnia sǽcula sæculórum.
séculos.
R. Amém.                           R. Ámen.

                       Fração da Hóstia




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Jesus «pacifica todas as coisas com o Seu sangue». – O Celebrante
divide a Hóstia em três partes, e com um pequeno pedaço faz por três
vezes o sinal da cruz sobre o cálice, desejando aos fiéis a paz de Cristo:
A paz  do Senhor  seja             Pax  Dómini  sit semper
sempre convosco.                    vobíscum.
R. E com o vosso Espírito.           R. Et cum spíritu tuo.
Que esta união e consagração         Hæc commíxtio et consecrátio
do Corpo e do Sangue de Nosso        Córporis et Sánguinis Dómini
Senhor Jesus Cristo aproveite        nostri Jesu Christi fíat
para a vida eterna àqueles que       accipiéntibus nobis in vitam
dela participamos. Amém.             ætérnam. Ámen.

                              Agnus Dei

O celebrante bate três vezes no peito, dizendo (Nas Missas de
Defuntos o miserére nobis é substituído por dona eis réquiem e na
última vez ajunta-se sempitérnam : dai-lhes o descanso eterno):

Cordeiro de Deus, que tirais o       Agnus Dei, qui tollis peccáta
pecado do mundo,                     mundi,
R. Tende piedade de nós.             R. Miserére nobis.
Cordeiro de Deus, que tirais o       Agnus Dei, qui tollis peccáta
pecado do mundo,                     mundi,
R. Tende piedade de nós.             R. Miserére nobis.
Cordeiro de Deus, que tirais o       Agnus Dei, qui tollis peccáta
pecado do mundo,                     mundi,
R. Dai-nos a paz.                    R. Dona nobis pacem.

Inclinado, recita a oração seguinte, pela paz da Igreja:
Senhor Jesus Cristo, que             Domine Jesu Christe, qui dixísti
dissestes aos vossos apóstolos:      Apóstolis tuis: Pacem relínquo
"Eu vos deixo a paz, eu vos dou      vobis, pacem meam do vobis: ne
a minha paz": não olheis os          respícias peccáta mea, sed
meus pecados, mas para a fé da       fidem Ecclésiæ tuæ: eámque
vossa Igreja; dai-lhe, a paz e a     secúndum voluntátem tuam
unidade, segundo a vossa             pacificáre et coadunáre dignéris:
misericórdia. Vós que sendo          qui vivis et regnas Deus, per
Deus, viveis e reinais, em união     ómnia sǽcula sæculórum.
com o Espírito Santo, por todos      Ámen.
os séculos dos séculos. Amém.

32
Preparação para a Comunhão
Inclinado sobre o altar, o celebrante recita as duas orações seguintes,
como preparação imediata para a Comunhão, as quais exprimem o
sentido da comunhão e traduzem os sentimentos da alma vai receber o
corpo e o Sangue do Salvador:

Senhor Jesus Cristo, filho de       Dómine Jesu Christe, Fili Dei vivi,
Deus vivo, que por vontade do       qui ex voluntáte Patris,
Pai, cooperando com o Espírito      cooperánte Spíritu Sancto, per
Santo, por vossa morte destes a     mortem tuam mundum vivificásti:
vida ao mundo. Livrai-me, por       líbera me per hoc sacrosánctum
este vosso sacrossanto Corpo e      Corpus et Sánguinem tuum ab
por vosso Sangue, de todos os       ómnibus iniquitátibus meis, et
meus pecados e de todos os          univérsis malis: et fac me tuis
males. E, fazei que eu observe      semper inhærére mandátis, et a
sempre os vossos preceitos, e       te numquam separári permíttas.
nunca me afaste de Vós, que,        Qui cum eódem Deo Patre et
sendo Deus, viveis e reinais com    Spíritu Sancto vivis et regnas
Deus Pai e o Espírito Santo, por    Deus in sǽcula sæculórum.
todos os séculos dos séculos.       Ámen.
Amém.




33
Este vosso Corpo, Senhor Jesus       Percéptio Corpóris tui, Dómine
Cristo, que eu, que sou indigno,     Jesu Christe, quod ego, indígnus
ouso receber, não seja para mim      súmere præsúmo, non mihi
causa de juízo e condenação,         provéniat in judícium et
mas por vossa misericórdia, sirva    condemnatiónem; sed pro tua
de proteção e defesa à minha         pietáte prosit mihi ad tutaméntum
alma e ao meu corpo, e de            mentis et córporis, et ad medélam
remédio aos meus males. Vós,         percipiéndam. Qui vivis et regnas
que sendo Deus, viveis e reinais     cum Deo Patre in unitáte Spíritus
com Deus Pai e o Espírito Santo,     Sancti Deus, per ómnia sǽcula
por todos os séculos dos séculos.    sæculórum. Ámen.
Amém.
                   Comunhão do celebrante

Comungar o Corpo e Sangue do Salvador é unir-se ao seu Sacrifício.
O celebrante genuflecte e pegando depois na sagrada Hóstia, diz:
Receberei o Pão do céu e             Panem cæléstem accípiam, et
invocarei o nome do Senhor:          nomen Dómini invocábo.

Em seguida bate três vezes no peito, dizendo:
Senhor, eu não sou digno, de         Dómine, non sum dignus, ut
que entreis em minha morada,         intres sub tectum meum: sed
mas dizei uma só palavra e a         tantum dic verbo, et sanábitur
minha alma será salva.               ánima mea.
Faz sobre si o sinal da cruz com a sagrada Hóstia, antes de a
comungar:
O Corpo de Nosso Senhor Jesus        Corpus Dómini nostri Jesu
Cristo  guarde a minha alma         Christi custódiat  ánimam
para a vida eterna. Amém.            meam in vitam ætérnam. Ámen.

Recolhe-se por uns instantes, e depois recita os seguintes versículos:
Que retribuirei ao Senhor por        Quid retríbuam Dómino pro
tudo o que me tem concedido?         ómnibus quæ tríbuit mihi?
Tomarei o Cálice da salvação e       Cálicem salutáris accípiam, et
invocarei o nome do Senhor.          nomen Dómini invocábo.
Invocarei o Senhor louvando-O,       Laudans invocábo Dóminum, et
e ficarei livre de meus inimigos.    ab inimícis meis salvus ero.




34
Toma o preciosíssimo Sangue, fazendo antes sobre si o sinal da cruz,
dizendo:
O Sangue de Nosso Senhor              Sanguis Dómini nostri Jesu
Jesus Cristo  guarde a minha         Christi  custódiat ánimam
alma para a vida eterna. Amém.        meam in vitam ætérnam. Ámen.



                       Comunhão dos fiéis

Os fiéis, ou o acólito por eles, recitam o CONFITEOR:
                                                            [De joelhos]

Eu pecador me confesso a Deus         Confíteor Deo omnipoténti,
todo-poderoso,à bem-                  beátæ Maríæ semper Vírgini,
aventurada sempre Virgem              beáto Michǽli Archángelo,
Maria, ao bem-aventurado são          beáto Joánni Baptístæ,
Miguel Arcanjo, ao bem-               sanctis Apóstolis Petro et
aventurado são João Batista,          Paulo, ómnibus Sanctis, et
aos santos apóstolos são Pedro        tibi, pater: quia peccavi nimis
e são Paulo, a todos os Santos        cogitatióne, verbo, et ópere:
e a vós, Padre, porque pequei         mea culpa, mea culpa, mea
muitas vezes, por pensamentos,        máxima culpa. Ídeo precor
palavras e obras, (bate-se por        beátam Maríam semper
três vezes no peito) por minha        Vírginem, beátum Michǽlem
culpa, minha culpa, minha             Archángelum, beátum
máxima culpa. Portanto, rogo à        Joánnem Baptístam, sanctos
bem-aventurada Virgem Maria,          Apóstolos Petrum et Paulum,
ao bem-aventurado são Miguel          omnes Sanctos, et te, pater,
Arcanjo, ao bem-aventurado são        oráre pro me ad Dóminum
João Batista, aos santos              Deum nostrum.
apóstolos são Pedro e são
Paulo, a todos os Santos e a
vós, Padre, que rogueis a Deus
Nosso Senhor por mim.

Voltando-se para os fiéis, o celebrante diz:
Que Deus onipotente se                Misereátur vestri omnípotens
compadeça de vós, e perdoando         Deus, et dimíssis peccátis
os vossos pecados, vos conduza        vestris, perdúcat vos ad vitam
à vida eterna.                        ætérnam.
R. Amém.                              R. Ámen.
35
Indulgência  absolvição, e        Indulgéntiam  absolutiónem, et
remissão dos nossos pecados,       remissiónem peccatórum
conceda-nos o Senhor               nostrórum, tríbuat nobis
onipotente e misericordioso.       omnípotens et miséricors
                                   Dóminus:
R. Amém.                           R. Ámen.

O celebrante volta-se para o altar, genuflecte e voltando-se pra os
assistentes ergue a Hóstia, dizendo:
Eis o Cordeiro de Deus; eis O      Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit
que tira os pecados do mundo.      peccáta mundi.

E em seguida, todos dizem três vezes:
Senhor, eu não sou digno de        Dómine, non sum dignus, ut
que entreis em minha morada,       intres sub tectum meum: sed
mas dizei uma só palavra e a       tantum dic verbo, et sanábitur
minha alma será salva.             ánima mea.

Ao dar a cada fiel a Sagrada Comunhão, diz:
O Corpo e o Sangue de Nosso        Corpus Dómini nostri Jesu
Senhor Jesus Cristo  guarde       Christi  custódiat ánimam tuam
tua alma para a vida eterna.       in vitam ætérnam. Ámen.
Amém.

                             Abluções

O celebrante purifica primeiro o cálice e depois os dedos, e toma as
abluções. Enquanto isso vai dizendo:
Fazei Senhor, que com o            Quod ore súmpsimus, Dómine,
espírito puro, conservemos o       pura mente capiámus, et de
que nossa boca recebeu. E, que     múnere temporáli fiat nobis
desta dádiva temporal, nos         remédium sempitérnum.
venha remédio para a
eternidade.




36
Concedei, Senhor, que vosso         Corpus tuum, Dómine, quod
Corpo e vosso Sangue que            sumpsi, et Sanguis, quem
recebi, me absorvam                 potavi, adhǽreat viscéribus
intimamente, e fazei que,           meis: et præsta; ut in me non
restabelecido por estes puros e     remáneat scélerum mácula,
santos Sacramentos, não fique       quem pura et sancta refecérunt
em mim mancha alguma de             Sacraménta. Qui vivis et regnas
culpa. Vós, que sendo Deus,         in sǽcula sæculórum. Ámen.
viveis e reinais com Deus Pai e
o Espírito Santo, por todos os
séculos dos séculos. Amém.



Limpa o cálice e deixa-o, coberto, no meio do altar.
                                           [Após as abluções, sentados]


                    Antífona da Comunhão

O celebrante passa para o lado direito do altar, e recita a antífona da
Comunhão.




                        VER MISSA DO DIA




                                                               [De pé]
O Senhor seja convosco.             Dóminus vobíscum.
R. E com o vosso espírito.          R. Et cum spíritu tuo.

                         Pós-Comunhão
Orémus:




37
VER MISSA DO DIA




Conclusão:
...por todos os séculos dos           ...per ómnia sǽcula saeculórum.
séculos.
R. Amém.                              R. Ámen.

                           Final da Missa
O celebrante volta ao meio do altar, beija-o, e, voltando-se para os fiéis
saúda-os:
O Senhor seja convosco                Dóminus vobíscum.
R. E com o vosso espírito.            R. Et cum spíritu tuo.
Ide, a Missa acabou.                  Ite, Missa est.
R. Demos graças a Deus.               R. Deo grátias.

Voltando-se para o altar, recita a seguinte oração, a qual é uma súplica
a Santíssima Trindade para que aceite o sacrifício oferecido:
Seja-vos agradável, ó Trindade        Pláceat tibi, sancta Trínitas,
santa, a oferta de minha              obséquium servitútis meæ: et
servidão, afim de que este            præsta, ut sacrifícium quod
sacrifício que, embora indigno        óculis tuæ maiestátis indígnus
aos olhos de vossa Majestade,         óbtuli, tibi sit acceptábile,
vos ofereci, seja aceito por Vós,     mihíque, et ómnibus pro quibus
e por vossa misericórdia, seja        illud óbtuli, sit, te miseránte,
propiciatório para mim e para         propitiábile. Per Christum
todos aqueles por quem ofereci.       Dóminum nostrum. Ámen.
Por Cristo Jesus Nosso Senhor.
Amém.

Beija o altar, volta-se para a assistência, e dá a benção, dizendo:
                                                               [De joelhos]
Abençoe-vos o Deus onipotente,        Benedícat vos omnípotens
Pai, e Filho,  e Espírito Santo.     Deus: Pater, et Fílius,  et
                                      Spíritus Sanctus.
R. Amém.                              R. Ámen.
38
ÚLTIMO EVANGELHO

O celebrante passa para o lado esquerdo do altar e recita, como último
Evangelho, o princípio do Evangelho de S. João que vem recordar a
relação estreita entre o mistério da redenção e a Encarnação do Verbo e
nossa filiação divina em Cristo:
                                                                [De pé]
O Senhor seja convosco.             V.Dóminus vobíscum.
R. E com o vosso espírito.          R. Et cum spíritu tuo.
39
Início do santo Evangelho          Inítium sancti Evangélii 
segundo São João                    secúndum Joánnem.
R. Glória a Vós, Senhor.            R. Glória tibi, Dómine.
No princípio era o Verbo, e o       In princípio erat Verbum et
Verbo estava com Deus, e o          Verbum erat apud Deum, et
Verbo era Deus. Ele estava no       Deus erat Verbum. Hoc erat in
princípio com Deus Todas as         princípio apud Deum. Ómnia per
coisas foram feitas por Ele, e      ipsum facta sunt, et sine ipso
sem Ele nada do que foi feito se    factum est nihil quod factum est;
fez. Nele estava a vida, e a vida   in ipso vita erat, et vita erat lux
era a luz dos homens. E a luz       hóminum; et lux in ténebris lucet,
resplandece nas trevas, e as        et ténebræ eam non
trevas não a compreenderam.         comprehendérunt. Fuit homo
Houve um homem enviado de           missus a Deo cui nomen erat
Deus, cujo nome era João Este       Joánnes. Hic venit in
veio como Testemunha para dar       testimónium, ut testimónium
testemunho da luz, afim de que      perhibéret de lúmine, ut omnes
todos cressem por meio dele.        créderent per illum. Non erat ille
Não era Ele a luz, mas veio para    lux, sed ut testimónium
dar testemunho da luz. Ali          perhibéret de lúmine. Erat lux
estava a Luz verdadeira, a que      vera quæ illúminat omnem
ilumina a todo o homem que          hóminem veniéntem in hunc
vem a este mundo Estava no          mundum. In mundo erat, et
mundo, e o mundo foi feito por      mundus per ipsum factus est et
Ele, e o mundo não O conheceu.      mundus eum non cognóvit. In
Veio para o que era seu, e os       própria venit, et sui eum non
seus não O receberam. Mas, a        recepérunt. Quotquot autem
todos quantos O receberam,          recepérunt eum, dedit eis
deu-lhes o poder de se tornarem     potestátem fílios Dei fíeri; his qui
filhos de Deus, aos que crêem       credunt in nómine ejus, qui non
no seu Nome; os quais não           ex sanguínibus, neque ex
nasceram do sangue, nem do          voluntáte carnis, neque ex volun-
desejo da carne, nem da             táte viri, sed ex Deo nati sunt.
vontade do homem, mas               [ajoelha-se]
nasceram de Deus. (ajoelha-se)      ET VERBUM CARO FACTUM
E o Verbo se fez carne e habitou    EST, ET HABITÁVIT IN NOBIS:
entre nós, e vimos a sua glória,    [de pé]
glória própria do Filho Unigênito   et vídimus glóriam ejus, glóriam
do Pai, cheio de graça e de         quasi Unige]éniti a Patre,
verdade.                            plenum grátiæ et veritátis.
R. Demos graças a Deus.             R. Deo grátias.



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ORAÇÕES NO FIM DA MISSA
De joelhos diante do altar, o celebrante diz com os fiéis as seguintes
preces prescritas pelo papa Leão XIII e por Pio XI enriquecidas de
indulgências. Este último papa mandou que se rezassem pela
conversão da Rússia.
                                                          [De joelhos]

                     Ave Maria (três vezes)

Ave Maria, cheia de graça, o        Ave María, grátia plena,
Senhor é convosco, bendita sois     Dóminus técum, benedícta tu
Vós entre as mulheres e bendito     in muliéribus, et benedictus
é o fruto do vosso ventre, Jesus.   fructus ventris tui Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,           Sancta Maria, Mater Dei, ora

41
rogai por nós pecadores, agora     pro nobis peccatóribus, nunc
e na hora de nossa morte.          et in hora mortis nostræ.
Amém.                              Amém

                          Salve Rainha
Salve Rainha, Mãe de               Salve Regína, Mater
misericórdia, vida, doçura e       Misericórdiae, vita, dulcédo et
esperança nossa, salve!            spes nostra salve.
A Vós bradamos, os degredados      Ad te clamámus, éxsules fílii
filhos de Eva.                     Evæ.
A Vós suspiramos, gemendo e        Ad te suspirámus gementes et
chorando neste vale de             flentes in hac lacrimárum
lágrimas.                          valle.
Eia, pois, advogada nossa,         Eia ergo, advocáta nostra,
esses vossos olhos                 illos tuos misericórdes óculos
misericordiosos a nós volvei.      ad nos converte.
E depois deste desterro,           Et Jesum, benedíctum fructum
mostrai-nos Jesus, bendito fruto   ventris tui, nobis, post hoc
do vosso ventre.                   exsílium, osténde.
Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce      O clemens, o pia, o dulcis
sempre Virgem Maria!               Virgo Maria!
Rogai por nós, Santa Mãe de        Ora pro nobis Sancta Dei
Deus                               Génitrix
R. Para que sejamos dignos das     R. Ut digni efficiámur
promessas de Cristo                promissionibus Christi.
Oremos:                            Orémus:
Deus, nosso refúgio e fortaleza,   Deus, refúgium nostrum et
olhai propício para o povo que a   virtus, pópulum ad te clamántem
Vós clama; e, pela intercessão     propítius réspice; et intercedénte
da gloriosa e imaculada Virgem     gloriósa et imaculáta Vírgine Dei
Maria, Mãe de Deus, de S. José,    Genitríce María, cum beáto
seu Esposo, dos vossos bem-        Joseph, ejus sponso, ac beatis
aventurados Apóstolos S. Pedro     apóstolis tuis Petro et Paulo, et
e S. Paulo e de todos os Santos,   ómnibus sanctis, quas pro
ouvi misericordioso e benigno as   conversióne peccatórum, pro
preces que Vos dirigimos para a    libertáte et exaltatióne sanctæ
conversão dos pecadores, para      Matris Ecclésiæ, preces
a liberdade e exaltação da Santa   effúndimus, miséricors et
Madre Igreja. Pelo mesmo Jesus     benígnus exáudi. Per eúmdem
Cristo Senhor Nosso.               Christum Dóminum nostrum.
R. Amém                            R. Ámen.
São Miguel Arcanjo, defendei-      Sancte Míchaël Archángele,
nos no combate, cobri-nos com      defénde nos in prǽlio; contra

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o vosso escudo contra os            nequítiam et insídias diáboli esto
embustes e ciladas do demônio.      præsídium. Ímperet illi Deus,
Subjugue-o Deus, instantemente      súpplices deprecámur: tuque,
o pedimos. E vós, príncipe da       Prínceps milítiæ cæléstis,
milícia celeste, pelo divino        Sátanam aliósque spíritus
poder, precipitai no inferno a      malígnos, qui ad perditiónem
Satanás e a todos os espíritos      animárum pervagántur in
malignos que andam pelo             mundo, divína virtúte in inférnum
mundo para perder as almas.         detrúde. Ámen.
Amém.
R. Amém                             R. Ámen.

S. Pio X pediu que se ajuntasse três vezes a seguinte jaculatória:
Sacratíssimo Coração de Jesus,      Cor Jesu sacratíssimum,
R. Tende piedade de nós.            R. Miserére nobis.
                                                                [De pé]




              PREPARAÇÃO PARA A SANTA MISSA
                 Oração de São Tomás de Aquino

Ó Deus eterno e todo-poderoso, eis que me aproximo do sacramento
do Vosso Filho único, nosso Senhor Jesus Cristo.

Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, venho à luz da eterna
claridade; pobre e indigente, venho ao Senhor do céu e da terra.

Imploro, pois, a abundância de Vossa imensa liberalidade, para que
Vos digneis curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, iluminar
minha cegueira, enriquecer minha pobreza e vestir minha nudez com
Vossa graça.

Que eu receba o pão do céu, o Reis dos reis e Senhor dos senhores,
com respeito e humildade, contrição e devoção, pureza e fé, propósito
e intenção que convêm à minha salvação. Dai-me receber não só o


43
sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, mas também seu efeito
e sua força, a fim de viver para Vós e em Vós.

Ó Deus de mansidão, dai-me acolher com tais disposições o Corpo
que Vosso Filho único, o Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem
Maria, glorificado na sua ressurreição. Que eu seja incorporado a Seu
corpo místico e contado entre Seus membros.

Que venha a mim o Senhor da glória, e que unido a Ele eu possa dizer
como o apóstolo: não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim!

Ó Pai de bondade e cheio de amor misericordioso, fazei que recebendo
agora Vosso Filho sob o véu do sacramento, possa na eternidade
contemplá-Lo face a face. Ele que convosco vive e reina para sempre,
na unidade do Espírito Santo. Amém.




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AÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA MISSA
                Oração de São Tomás de Aquino

Eu Vos dou graças, ó Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso,
porque sem mérito algum de minha parte, Vos dignastes alimentar-me
a mim pecador e Vosso indigno servo, com o sagrado corpo e precioso
sangue de Vosso Filho Jesus Cristo.

Peço que esta santa comunhão não me seja motivo de condenação,
mas salutar garantia de perdão. Seja para mim armadura da fé, escudo
de boa vontade e libertação de meus vícios. Extinga em mim a
concupiscência e os maus desejos, aumente a caridade e a paciência, a
humildade e a obediência à Vossa santa vontade, e todas as demais
virtudes. Defenda-me contra as ciladas dos inimigos tanto visíveis
como invisíveis. Pacifique inteiramente todas as minhas paixões,
unindo-me firmemente a Vós, Deus uno, trino e verdadeiro, feliz
consumação de meu destino.

E peço que Vos digneis conduzir-me, a mim pecador, àquele inefável
convívio em que Vós, com Vosso Filho e Espírito Santo, sois para os
Vossos santos a luz verdadeira, a plena saciedade e a eterna alegria, a
ventura completa e a felicidade perfeita. Por Cristo, nosso Senhor.
Amém.




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CÂNTICOS
1. Ó Roma eterna, dos Mártires, dos Santos, ó Roma eterna, acolhe os
nossos cantos! Glória no alto ao Deus de majestade, paz sobre a terra,
justiça e caridade!
2. A ti corremos, Angélico Pastor, em ti nós vemos o doce Redentor.
A voz de Pedro na tua o mundo escuta, conforto e escudo de quem
combate e luta. Não vencerão as forças do inferno, mas a verdade, o
doce amor fraterno!
3. Salve, salve Roma! É eterna a tua história, cantam-nos tua glória
monumentos e altares! Roma dos Apóstolos, Mãe e Mestra da
verdade, Roma, toda a cristandade o mundo espera em ti!
4. Salve, salve Roma! O teu sol não tem poente, vence, refulgente, todo
erro e todo mal! Salve, Santo Padre, vivas tanto mais que Pedro!
Desça, qual mel do rochedo, a benção paternal!

                                  

       1. Queremos Deus homens ingratos /Ao Pai supremo, ao
       redentor
Zombam da fé os insensatos / Erguem-se em vão contra o Senhor
                 Da nossa fé, oh! Virgem, o brado abençoai
Queremos Deus que é nosso Rei
Queremos Deus que é nosso Pai
              2. Queremos Deus a sã doutrina / Que nos legou na sua
              cruz
Levar à escola e à oficina/ A lei de Cristo, o amor e luz
3. Queremos Deus na Pátria amada /Amarmos todos como irmãos
Ver a Igreja respeitada / São nossos votos de cristãos


46


1-Cantemos a Jesus Sacramentado, cantemos ao Senhor.
Deus está aqui! Dos Anjos adorado, adoremos a Cristo Redentor.
Glória a Cristo Jesus.
Céus e terra, bendizei ao Senhor.
Louvor e glória a Ti, ó Rei da glória.
Amor pra sempre a Ti, ó Deus de Amor.
2-Unamos nossa voz à dos cantores, do Coro Celestial! Deus está aqui!
Ao brilho dos altares, exaltemos com gozo angelical!
3-Jesus acende em nós a viva chama, do mais fervente amor.
Deus está aqui! Está porque nos ama, como Pai, amigo e benfeitor!

                                   

1. Deus de amor, nós te adoramos neste Sacramento, corpo e sangue
que fizeste nosso alimento. És o Deus escondido, vivo e vencedor, a
teus pés depositamos todo nosso amor.
2. Meus pecados redimiste sobre a Tua cruz, com Teu corpo e com Teu
sangue, ó Senhor Jesus! Sobre os nossos altares, vítima sem par, Teu
divino sacrifício queres renovar.
3. No calvário se escondia Tua divindade, mas aqui também se
esconde Tua humanidade. Creio em ambas e peço, como o bom
ladrão, no Teu Reino, eternamente, Tua salvação.
4. Creio em Ti ressuscitado, mais que São Tomé. Mas aumenta na
minh’alma o poder da fé. Guarda a minha esperança, cresce o meu
amor. Creio em Ti, ressuscitado, meu Deus e Senhor!
5. Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo, realiza, eu Te suplico, este
meu desejo: ver-Te, enfim, face a face, meu divino amigo, lá no céu,
eternamente, ser feliz Contigo.

                                   

1. Levantai-vos, soldados de Cristo /Eia avante na senda da glória,
desfraldai no perdão da vitória,/ o imortal Coração de Jesus (2x)
2. Não nascemos senão para a luta /de batalha amplo campo é a terra
É renhida e constante esta guerra,/ apanágio dos filhos de Adão (x2)

47
3. No combate esforçado, valentes, /não temais ó soldados de Cristo
O triunfo será nunca visto, /se souberdes cumprir sua lei (x2)
4. Amparai-vos no escudo da graça, /fortaleza circunde vossa alma,
Pela fé no Senhor, vossa palma /é segura na eterna mansão (x2)
5. É Jesus nosso Rei soberano,/ seu amor de atrair-nos não cessa
De vencer dá-nos firme promessa /e prepara fiel galardão (x2)
6. Oh! segui deste Rei tão amante /o estandarte divino glorioso
Contra as formas do inferno teimoso /Ele só à vitória conduz (x2)
7. De Jesus Coração sacrossanto, /guardai pura esta santa bandeira
No combate esperança fagueira /do triunfo seguro penhor. (x2)

                                   

1.Honra, Gloria, Louvor sempiterno a Jesus, a Jesus Redentor, Deus
de Deus, Luz de Luz, Verbo Eterno. Cristo Rei do Universo Senhor!
Jesus, Rei e Deus Verdadeiro, o Teu Reino venha a nós!
Obedeça o mundo inteiro ao Poder da Tua voz!
2.Todo o orbe homenagem Lhe renda! Aos Seus pés traga o mundo
cristão, de almas livres a livre oferenda, corações para o Seu Coração!
3.Também nós, brasileiros queremos de Jesus a Realeza aclamar!
De nossa alma os afetos supremos são por Ele, Sua Lei, Seu Altar!
4. A bandeira da Pátria, levai-a, brasileiros aos pés de Jesus.
É a suprema homenagem, curvai-a, é o símbolo da Terra da Cruz!

                                   

1.Jesus Cristo está realmente, de noite e de dia presente no Altar,
esperando que cheguem as almas ansiosas, ferventes, para O visitar
Jesus, nosso Irmão! Jesus, Redentor!
Nós Te adoramos na Eucaristia: Jesus de Maria, Jesus Rei de Amor!
2. Que “Jesus morre misticamente na Missa Sagrada”, é Dogma de Fé.
Cada dia milhares de vezes, Jesus se oferece por nós, Sua Grei.
3. O Brasil, esta terra amada, por Ti abençoada foi logo ao nascer, Sem
Jesus, ó Brasil, Pátria amada, não podes ser grande,
não podes viver!
4. Brasileiros, quereis que esta Pátria, tão grande e tão bela, seja
perenal? Comungai, comungai todo dia.

48
A Eucaristia é vida imortal.




                           Monte Calvário



  MOVIMENTO LITÚRGICO BENEDITIANO

       “Um jovem sacerdote disse-me recentemente: "Hoje
precisamos de um novo movimento litúrgico". Era a expressão
de um desejo que, nos nossos dias, só espíritos voluntariamente
superficiais poderiam descartar. Para aquele sacerdote, o
importante não era a conquista de liberdades novas e
audaciosas: nós já não tomamos todas essas liberdades? Ele
entendeu que nós precisamos de um novo começo, que nasça no
íntimo da liturgia, como queria o movimento litúrgico quando
estava no apogeu de sua verdadeira natureza e não se
preocupava em fabricar textos, inventar gestos e formas, mas
em redescobrir o centro vivo, penetrar no tecido propriamente
dito da liturgia, para que a sua realização nascesse da
substância da liturgia.(...).
   Não podemos "fabricar" um movimento litúrgico desse tipo -
como não podemos "fabricar" nada vivo - mas podemos
contribuir para o seu desenvolvimento, esforçando-nos para

49
assimilar novamente o espírito da liturgia e defendendo
publicamente o que recebemos”.
                            Bento XVI - Joseph Ratzinger




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Motu Proprio de Bento XVI sobre o uso da liturgia romana anterior a 1970

  • 1. Carta Apostólica em forma de Motu Proprio SUMMORUM PONTIFICUM Disposições de S.S. o Papa Bento XVI sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma realizada em 1970 Sempre foi preocupação dos Sumos Pontífices até o tempo presente, que a Igreja de Cristo ofereça um culto digno à Divina Majestade "para louvor e glória de seu nome" e "para nosso bem e o de toda sua Santa Igreja". Desde tempos imemoriais até o futuro deve ser respeitado o princípio "segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais sacramentais, mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica contínua. Estes devem manter-se não só para evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade, já que a regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex credendi)." 1 Entre os Pontífices que expressaram tal preocupação destacam os nomes de São Gregório Magno, quem se preocupou com a transmissão aos novos povos da Europa tanto a fé Católica como os tesouros do culto e a cultura acumulados pelos romanos durante os 1 Instrução Geral sobre o Missal Romano, terceira edição típica, 2002, n. 397. 1
  • 2. séculos precedentes. Temos instruções para a forma da Sagrada Liturgia tanto do Sacrifício da Missa como do Ofício Divino tal como eram celebrados na Cidade. Ele fez grandes esforços para promover monges e monjas, que militavam sob a Regra de São Bento, em todo lugar junto com a proclamação do Evangelho para que suas vidas igualmente exemplificassem aquela tão saudável expressão da regra "Nada, pois, antepor-se à Obra de Deus" (capítulo 43). Desta maneira a Sagrada liturgia segundo a maneira romana fez fértil não só a fé e a piedade, mas a cultura de muitos povos. Mais ainda é evidente que a Liturgia Latina em suas diversas formas estimulou a vida espiritual de muitíssimos Santos em cada século da Era Cristã e fortalecido na virtude da religião a tantos povos e fazendo fértil sua piedade. Entretanto, com o fim que a Sagrada Liturgia possa de modo mais eficaz cumprir com sua missão, muitos outros Romanos Pontífices no curso dos séculos vieram a expressar particular preocupação, entre eles São Pio V é eminente, quem com grande zelo pastoral, segundo a exortação do Concílio de Trento, renovou o culto em toda a Igreja, assegurando a publicação de livros litúrgicos corrigidos e "restaurados segundo as normas dos Pais" e os pôs em uso na Igreja Latina. É evidente que entre os livros litúrgicos de Rito Romano o Missal Romano é eminente. Nasceu na cidade de Roma e gradualmente ao longo dos séculos tomou formas que são muito similares a aquelas em vigor em recentes gerações. "Este mesmo objetivo foi açoitado pelos Romanos Pontífices ao longo dos séculos seguintes, assegurando a colocação em dia, definindo os ritos e os livros litúrgicos, e empreendendo, do começo deste século, uma reforma mais geral".2 Foi desta forma em que atuaram nossos Predecessores Clemente VIII, Urbano VIII, São Pio X3, Bento XV, Pio XII e o Beato João XXIII. Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo expressou o desejo de que com o devido respeito e reverência pela 2 Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus Quintus Annus (4 de dezembro de 1988), 3: AAS 81 (1989), 899. 3 Cf. ibid. 2
  • 3. divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de nossa época. Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice Paulo VI em 1970 aprovou para a liturgia da Igreja Latina livros restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos pelos Bispos e pelos sacerdotes e fiéis. João Paulo II revisou a terceira edição típica do Missal Romano. Desta maneira os Romanos Pontífices atuaram para que "este edifício litúrgico, por assim dizer,[...]volte outra vez a aparecer esplêndido em sua dignidade e harmonia". 4 Entretanto, em algumas regiões, um número não pequeno de fiéis estiveram e permanecem aderidos com tão grande amor e afeto às formas litúrgicas prévias, e imbuíram profundamente sua cultura e espírito, que o Sumo Pontífice João Paulo II, movido pela preocupação pastoral por estes fiéis, em 1984 mediante um indulto especial Quattuor abhinc annos, desenhado pela Congregação para a Liturgia Divina, outorgou a faculdade para o uso do Missal Romano publicado por João XXIII em 1962; enquanto que em 1988 João Paulo II uma vez mais, mediante o Motu Proprio Ecclesia Dei, exortou aos Bispos a fazer um uso mais amplo e generoso desta faculdade em favor de todos os fiéis que o solicitem. Tendo ponderado amplamente os insistentes pedidos destes fiéis a nosso Predecessor João Paulo II, tendo escutado também os Padres do Consistório de Cardeais realizado em 23 de março de 2006, tendo sopesado todos os elementos, invocado o Espírito Santo e pondo nossa confiança no auxílio de Deus, pela presente Carta Apostólica, DECRETAMOS o seguinte: Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser considerado como a expressão ordinária da lei da oração (lex orandi) da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal Romano promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João 4 Papa Pio X, Carta Apostólica sob a forma de Motu Proprio Abhinc Duos Annos (23 de outubro de 1913): AAS 5 (1913), 44-450; cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus Quintus Annus (4 de dezembro de 1988), 3: AAS 81, 899. 3
  • 4. XXIII como a expressão extraordinária da lei da oração (lex orandi) e em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida honra. Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a uma divisão na lei da oração (lex orandi) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano. Portanto, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa de acordo com a edição típica do Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962 e nunca anulado, como a forma extraordinária da Liturgia da Igreja. Estas condições estabelecidas pelos documentos prévios Quattuor abhinc annos e Ecclesia Dei para o uso deste Missal são substituídas pelas seguintes: Art. 2. Em Missas celebradas sem o povo, qualquer sacerdote de Rito Latino, seja secular ou religioso, pode usar o Missal Romano publicado pelo Beato João XXIII em 1962 ou o Missal Romano promulgado pelo Sumo Pontífice Paulo VI em 1970, qualquer dia exceto no Sagrado Tríduo. Para a celebração segundo um ou outro Missal, um sacerdote não requer de nenhuma permissão, nem da Sé Apostólica nem de seu Ordinário. Art. 3. Se Comunidades ou Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica de direito pontifício ou diocesano desejam ter uma celebração da Santa Missa segundo a edição do Missal Romano promulgado em 1962 em uma celebração conventual ou comunitária em seus próprios oratórios, isto está permitido. Se uma comunidade individual ou todo o Instituto ou Sociedade desejam ter tais celebrações freqüente ou habitualmente ou permanentemente, o assunto deve ser decidido pelos Superiores Maiores segundo as normas da lei e das leis e estatutos particulares. Art. 4. Com a devida observância da lei, inclusive os fiéis Cristãos que espontaneamente o solicitem, podem ser admitidos à Santa Missa mencionada no art. 2. Art. 5, § 1. Em paróquias onde um grupo de fiéis aderidos à prévia tradição litúrgica existe de maneira estável, que o pároco aceite seus pedidos para a celebração da Santa Missa de acordo ao rito do Missal 4
  • 5. Romano publicado em 1962. Que o pároco vigie que o bem destes fiéis esteja harmoniosamente reconciliado com o cuidado pastoral ordinário da paróquia, sob o governo do Bispo e segundo o Cânon 392, evitando discórdias e promovendo a unidade de toda a Igreja. § 2. A celebração segundo o Missal do Beato João XXIII pode realizar- se durante os dias de semana, enquanto que aos Domingos e dias de festa deve haver só uma destas celebrações. § 3. Que o pároco permita celebrações desta forma extraordinária para fiéis ou sacerdotes que o peçam, inclusive em circunstâncias particulares tais como matrimônios, funerais ou celebrações ocasionais, como por exemplo peregrinações. § 4. Os sacerdotes que usem o Missal do Beato João XXIII devem ser dignos e não impedidos canonicamente. § 5. Nas Igrejas que não são nem paroquiais nem conventuais, é o Reitor da Igreja quem concede a permissão acima mencionada. Art. 6. Nas Missas celebradas com o povo segundo o Missal do Beato João XXIII, as Leituras podem ser proclamadas inclusive nas línguas vernáculas, utilizando edições que tenham recebido a recognitio da Sé Apostólica. Art. 7. Onde um grupo de fiéis laicos, mencionados no art. 5§1 não obtém o que solicita do pároco, deve informar ao Bispo diocesano do fato. Ao Bispo lhe solicita seriamente aceder a seu desejo. Se não puder prover este tipo de celebração, que o assunto seja referido à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei. Art. 8. O Bispo que deseje estabelecer provisões para os pedidos dos fiéis laicos deste tipo, mas que por diversas razões se vê impedido de fazê-lo, pode referir o assunto à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, que deveria proporcionar conselho e ajuda. Art. 9, § 1. Da mesma forma um pároco pode, uma vez considerados todos os elementos, dar permissão para o uso do ritual mais antigo na 5
  • 6. administração dos sacramentos do Batismo, Matrimônio, Penitência e Unção dos Enfermos, conforme sugira o bem das almas. § 2. Concede-se aos Ordinários a faculdade de celebrar o sacramento da Confirmação utilizando o anterior Missal Romano, conforme sugira o bem das almas. § 3. É lícito para sacerdotes em sagradas ordens usar o Breviário Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962. Art. 10. É lícito que o Ordinário local, se o considerar oportuno, erija uma paróquia pessoal segundo as normas do Canon 518 para as celebrações segundo a forma anterior do Rito Romano ou nomear um reitor ou capelão, com a devida observância dos requisitos canônicos. Art. 11. Que a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, ereta em 1988 por João Paulo II, 5 siga levando adiante sua função. Esta Comissão deve ter a forma, tarefas e normas de ação que o Romano Pontífice deseje atribuir. Art. 12. A mesma Comissão, em adição às faculdades das que atualmente goza, exercerá a autoridade da Santa Sé para manter a vigilância sobre a observância e aplicação destas disposições. Tudo o que é decretado por Nós mediante este Motu Proprio, ordenamos que seja assinado e ratificado para ser observado a partir de 14 de Setembro deste ano, festa da Exaltação da Santa Cruz, em que pese a todas as coisas em contrário. Dado em Roma, junto a São Pedro, em 7 de julho no Ano do Senhor de 2007, Terceiro de nosso Pontificado. 5 Cf. Papa João Paulo II, Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Ecclesia Dei (2 de julho de 1988), 6: AAS 80 (1988), 1498. 6
  • 7. ORDINÁRIO DA MISSA PREPARAÇÃO Orações ao pé do altar De pé, diante dos degraus do altar, o celebrante começa a Santa Missa, a qual é o Sacrifício de louvor à glória da Santíssima Trindade, fazendo o sinal da cruz ( ): [De joelhos] Em nome do Pai,  e do Filho, e In nómine Patris,  et Filii, et do Espírito Santo. Amém. Spíritus Sancti. Ámen. Subirei ao altar de Deus. Introíbo ad altáre Dei. R. Do Deus que alegra a minha R. Ad Deum qui lætíficat juventude. juventútem meam. Salmo 42 (Exprime a alegria da alma ao aproximar-se do altar para unir-se a Deus. Omite-se nas Missas de Defuntos e no Tempo da Paixão): Julga-me, ó Deus, e separa a Júdica me, Deus, et discérne minha causa de gente não causam meam de gente non santa. Livra-me do homem sancta: ab hómine iníquo et iníquo e enganador. dolóso érue me. R. Tu que és, ó Deus, a minha R. Quia tu es, Deus, fortitúdo fortaleza, porque me repeliste? mea: quare me repulísti, et 7
  • 8. E porque hei de eu andar triste, quare tristis incédo, dum enquanto me aflige o inimigo? afflígit me inimícus? Envia a Tua luz e a Tua Emítte lucem tuam et veritátem verdade; estas me conduzirão e tuam: ipsa me deduxérunt et me levarão ao Teu santo monte adduxérunt in montem sanctum e aos Teus tabernáculos. tuum, et in tabernácula tua. R. E aproximar-me-ei do altar de R. Et introíbo ad altáre Dei: ad Deus, do Deus que alegra a Deum qui lætíficat juventútem minha mocidade. meam. Ó Deus, Deus meu, eu Te Confitébor tibi in cíthara Deus, louvarei com a cítara. Por que Deus meus: quare tristis es, estás triste, minha alma? E por ánima mea, et quare contúrbas que me inquietas? me? R. Espera em Deus, porque eu R. Spera in Deo, quóniam ainda O hei de louvar, a Ele que adhuc confitébor illi: salutáre é a minha salvação e o meu vultus mei, et Deus meus. Deus. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Glória Patri, et Fílio, et Spíritui Espírito Santo. Sancto. R. Assim como era no princípio, R. Sicut erat in princípio, et seja agora e sempre, e por nunc, et semper: et in sǽcula todos os séculos dos séculos. sæculórum. Ámen. Amém. Subirei ao Altar de Deus. Introíbo ad altáre Dei. R. Do Deus que alegra a minha R. Ad Deum qui lætíficat juventude. juventútem meam. O nosso  auxílio está no nome Adjutórium  nostrum in nómine do Senhor. Dómini. R. Que fez o Céu e a Terra. R. Qui fecit cælum et terram. Com grande desejo de se purificar, o Celebrante primeiramente, antes de se aproximar do altar, e depois os fiéis, acusam-se diante de Deus e dos Santos dos pecados que cometeram e pedem a Deus misericórdia. Eu me confesso a Deus etc. Confíteor Deo omnipoténti, etc. R. Que Deus onipotente tenha R. Misereátur tui omnípotens misericórdia de ti, que te perdoe Deus, et dimíssis peccátis os pecados e te conduza à vida tuis, perducát te ad vitam eterna. ætérnam. Amém. Amen. Os assistentes dizem o Confiteor: 8
  • 9. Eu pecador me confesso a Deus Confíteor Deo omnipoténti, todo-poderoso,à bem- beátæ Maríæ semper Vírgini, aventurada sempre Virgem beáto Michæli Archangelo, Maria, ao bem-aventurado são beáto Joánni Baptístæ, Miguel Arcanjo, ao bem- sanctis Apóstolis Petro et aventurado são João Batista, Paulo, ómnibus Sanctis, et aos santos apóstolos são Pedro tibi, pater: quia peccávi nimis e são Paulo, a todos os Santos cogitatióne, verbo, et ópere: e a vós, Padre, porque pequei [bate-se por três vezes no peito] muitas vezes, por pensamentos, mea culpa, mea culpa, mea palavras e obras, máxima culpa. Ídeo précor [bate-se por três vezes no peito] beátam Maríam semper por minha culpa, minha culpa, Vírginem, beátum Michælem minha máxima culpa. Portanto, Archángelum, beátum rogo à bem-aventurada Virgem Joánnem Baptístam, sanctos Maria, ao bem-aventurado são Apóstolos Petrum et Paulum, Miguel Arcanjo, ao bem- omnes Sanctos, et te, pater, aventurado são João Batista, oráre pro me ad Dóminum aos santos apóstolos são Pedro Deum nostrum. e são Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, que rogueis a Deus Nosso Senhor por mim. Que Deus onipotente se Misereátur vestri omnípotens compadeça de vós, que vos Deus, et dimíssis peccátis perdoe os pecados e vos vestris, perdúcat vos ad vitam conduza à vida eterna. ætérnam. R. Amém. R. Ámen. O celebrante pronuncia sobre si mesmo e sobre os fiéis a fórmula da absolvição: Indulgência,  absolvição, e Indulgéntiam,  absolutiónem, et remissão dos nossos pecados, remissiónem peccatórum conceda-nos o Senhor nostrórum, tríbuat nobis onipotente e misericordioso. omnípotens et miséricors Dóminus. R. Amém. R. Ámen. Inclinam-se todos para a recitação dos versículos seguintes: Se Vos tornardes para nós, Deus, tu convérsus vivificábis Senhor, dar-nos-eis a vida. nos. R. E o Vosso povo alegrar-se-á R. Et plebs tua lætábitur in te. em Vós. 9
  • 10. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa Osténde nobis, Dómine, misericórdia. misericórdiam tuam. R. E dai-nos a Vossa salvação. R. Et salutare tuum da nobis. Senhor, ouvi a minha oração. Dómine, exáudi oratiónem meam. R. E fazei subir até Vós o meu R. Et clámor meus ad te clamor. véniat. O Senhor seja convosco. Dóminus vobíscum. R. E com o vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. Ao subir ao altar, o celebrante pede a Deus mais uma vez que o purifique de todos os pecados: Oremos. Orémus. Lavai-nos, Senhor, de todo o Aufer a nobis, quǽsumus, pecado, a fim de merecermos Dómine, iniquitátes nostras: ut penetrar de coração puro no ad Sancta sanctórum puris Santo dos Santos. Por Cristo mereámur méntibus introíre. Per Nosso Senhor. Amém Christum Dóminum nostrum. Ámen. O celebrante, inclinado, diz a seguinte oração: Nós vos suplicamos, Senhor, Orámus te, Dómine, per mérita pelos méritos de vossos santos, Sanctórum tuórum, quórum (beijando o centro do altar) cujas relíquiæ hic sunt, et ómnium relíquias aqui se encontram, e Sanctórum: ut indulgére dignéris de todos os demais santos, vos ómnia peccáta mea. Ámen. digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém. Incensação do altar Nas Missas solenes o Celebrante deita incenso no turíbulo e abençoa-o ao mesmo tempo com as palavras seguintes: «Sejas abençoado por Aquele em honra de Quem vais ser queimado.» Depois incensa o altar. 10
  • 11. PRIMEIRA PARTE: ANTE-MISSA (Missa dos Catecúmenos) Pelo canto, pela oração e pela leitura da Palavra Divina, preparam-se os fiéis para o Sacrifício Eucarístico. Intróito O celebrante vai para o lado da Epístola, e lê o Introito. Canto solene de entrada, o Intróito como que enuncia o tema geral da Missa ou solenidade do dia. [De pé] VER MISSA DO DIA Kýrie, Eléison 11
  • 12. O Kýrie é uma breve ladainha de procedência grega, uma tríplice invocação das três Pessoas Divinas. O celebrante, no meio do altar, diz, alternadamente com os assistentes: Senhor, tende piedade de nós. S. Kýrie, eléison. Senhor, tende piedade de nós. M. Kýrie, eléison. Senhor, tende piedade de nós. S. Kýrie, eléison. Cristo, tende piedade de nós. M. Christe, eléison. Cristo, tende piedade de nós S. Christe, eléison. Cristo, tende piedade de nós. M. Christe, eléison. Senhor, tende piedade de nós. S. Kýrie, eléison. Senhor, tende piedade de nós. M. Kýrie, eléison. Senhor, tende piedade de nós. S. Kýrie, eléison. Glória in Excélsis O Gloria in Excelsis, que os gregos denominam a grande doxologia, é um cântico de louvor permeado de aclamações e súplicas, dirigido à Santíssima Trindade. Inicia com as palavras que os Anjos cantaram no nascimento do Salvador. – Omite-se nas Missas de Defuntos, em todas do Tempo do Advento, da Septuagésima e da Quaresma e nos dias feriais sem festa. Glória a Deus nas alturas e paz GLORIA IN EXCÉLSIS DEO, na terra aos homens de boa Et in terra pax homínibus bonæ vontade. Nós vos louvamos, Vos voluntátis. | Laudámus te. | bendizemos, Vos adoramos e Benedícimus te. | Adorámus te. | Vos glorificamos. Nós vos Glorificámus te. | Grátias ágimus damos graças, por causa da tibi propter magnam glóriam Vossa grande glória, ó Senhor tuam.| Dómine Deus, Rex Deus, Rei do céu, Deus Pai cæléstis, Deus Pater onipotente. Ó Senhor, Filho omnípotens. | Dómine Fili Unigênito de Deus, Jesus Cristo. unigénite, Jesu Christe. | Dómine Senhor Deus, Cordeiro de Deus Deus, Agnus Dei, Fílius Patris. | e Filho do Pai. Vós que tirais os Qui tollis peccáta mundi, pecados do mundo, tende miserére nobis. | Qui tollis 12
  • 13. compaixão de nós. Vós que peccáta mundi, súscipe tirais os pecados do mundo, ouvi deprecatiónem nostram. | Qui a nossa prece. Vós que estais sedes ad déxteram Patris, sentado à direita do Pai, tende miserére nobis. | Quóniam tu compaixão de nós. Porque só solus Sanctus. | Tu solus Vós, Senhor Jesus Cristo, sois Dóminus. Tu solus Altíssimus, Santo, só Vós sois o Altíssimo. Jesu Christe. | Cum Sancto Com o Espírito Santo,  na Spíritu  in glória Dei Patris. glória de Deus Pai. Amém. Ámen. O celebrante beija o altar, volta-se ao povo e diz: O Senhor seja convosco. V. Dóminus vobíscum. R. E com vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. Coleta O celebrante, diante do missal, recita a COLETA. Breve oração que resume e apresenta a Deus os votos de toda a assembléia, votos estes sugeridos pelo mistério ou solenidade do dia. Orémus: VER MISSA DO DIA O Celebrante saúda a assembléia e depois apresenta a Deus em resumo os votos e aspirações que a Santa Igreja nos sugere em razão da festa ou do mistério que celebramos. – Respondamos todos com um Amém cheio de confiança. Conclusão: ...por todos os séculos dos ...per ómnia sǽcula sæculórum. séculos. R. Amém. R. Ámen. Epístola 13
  • 14. Leitura ordinariamente extraída das epístolas ou cartas dos apóstolos; daí o nome. Algumas há tiradas dos escritos do Antigo Testamento. As Epístolas do ano litúrgico formam um conjunto doutrinal de alto valor para a vida cristã. [Sentados] VER MISSA DO DIA Nas Missas solenes, a Epístola é cantada pelo Subdiácono. Nas rezadas responde-se no fim: R. Graças a Deus. R. Deo grátias. Gradual, Aleluia, Tracto O Gradual compõe-se geralmente de alguns versículos dum salmo. No Tempo Pascal, o Gradual é substituído por um Aleluia. – Aleluia é, em hebraico, uma espécie de interjeição de alegria. E de fato a melodia dos nossos Aleluias é uma explosão de júbilo, único modo que a alma, nesses momentos de dulcificante altura espiritual, encontra para se dirigir a Deus. Junta-se-lhe um versículo do salmo. – Durante a Septuagésima e a Quaresma, o Aleluia é substituído pelo Tracto. Em certas Missas diz-se depois do Aleluia (ou do Tracto), a Sequência. VER MISSA DO DIA O Evangelho do Mestre 14
  • 15. Antes de ler ou cantar o Evangelho, o Celebrante diz a oração «Munda cor meum» e pede a Deus que o abençoe. – Nas Missas solenes é o Diácono que canta o Evangelho. Recita o «Munda cor» e pede a benção ao Celebrante. Nas Missas de Defuntos diz-se o «Munda cor», mas omite-se a benção. Senhor onipotente, purificai o Munda cor meum ac lábia mea, meu coração e os meus lábios, omnípotens Deus, qui lábia Vós que purificastes os lábios do Isaíæ prophétæ cálculo Profeta Isaías com um carvão mundásti igníto: ita me tua grata em brasa. E dignai-Vos por tal miseratióne dignáre mundáre, ut modo purificar-me com a Vossa sanctum evangélium tuum digne misericórdia, que possa váleam nuntiáre. dignamente anunciar o Vosso Per Christum Dóminum nostrum. Santo Evangelho. Por Jesus Ámen. Cristo Nosso Senhor. Amém. Senhor, abençoai-me. Jube, Dómine, benedícere. Que o Senhor resida no meu Dominus sit in corde meo et in coração e nos meus lábios, para lábiis meis: ut digne et que anuncie digna e competénter annúntiem convenientemente o Seu Evangélium suum. Evangelho. Amém. Ámen. A leitura ou o canto do Evangelho, que nos recorda sempre um episódio da vida ou um ponto de doutrina do Salvador, rodeia-se de certa solenidade. A assembléia conserva-se de pé, por veneração e respeito para com a palavra de Deus. Nas Missas solenes organiza-se uma pequena procissão. Incensa-se o Livro dos Evangelhos e acompanha-se com velas acesas. –Às primeiras palavras, Sequentia, etc., faz-se o sinal da cruz na testa, na boca e no peito. [De pé] O Senhor seja convosco Dóminus vobíscum. R. E com vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. 15
  • 16. Sequência do santo Sequéntia sancti Evangélii  Evangelho  segundo ... secúndum ... R. Glória a Vós, Senhor. R. Glória tibi, Dómine. VER MISSA DO DIA No fim, responde-se: R. Louvor a vós, ó Cristo! R. Laus tibi, Christe O celebrante beija o sagrado texto, dizendo: Que pelas palavras do Per evangélica dicta deleántur Evangelho nos sejam perdoados nostra delícta. os pecados. Segue-se a Homilia, ou explicação da Palavra de Deus. [Sentados] Credo A história deste Credo, que chamam de Nicéia, é uma brilhante afirmação de fé contra as heresias que a Igreja teve de enfrentar no decorrer dos séculos. É o símbolo triunfante da nossa fé. Diz-se aos Domingos, nas festas dos Apóstolos e dos Doutores da Igreja, e em certas festas mais solenes. [De pé] CREIO em um só Deus. CREDO IN UNUM DEUM. Pai, todo poderoso, criador do Patrem omnipoténtem, factórem Céu e da Terra, | de todas as cæli et terræ, | visibílium ómnium coisas visíveis e invisíveis. et invisibílium. Creio em um só Senhor, Jesus Et in unum Dóminum Jesum Cristo, | Filho unigênito de Deus. Christum, | Fílium Dei unigénitum. 16
  • 17. Nascido do Pai, antes de todos Et ex Patre natum ante ómnia os séculos. sǽcula. Deus de Deus, luz da luz, | Deus Deum de Deo, lumen de verdadeiro de Deus verdadeiro. lúmine, | Deum verum de Deo vero. Gerado, não feito, Génitum, non factum, | consubstancial ao Pai, | por meio consubstantiálem Patri: | per de Quem foram feitas todas as quem ómnia facta sunt. coisas. Que por causa de nós, homens,| Qui propter nos hómines, | et e por causa de nossa salvação propter nostram salútem desceu dos Céus. descéndit de cælis. [todos se ajoelham] [todos se ajoelham] E SE ENCARNOU POR OBRA ET INCARNÁTUS EST DE DO ESPÍRITO SANTO, EM SPÍRITU SANCTO EX MARIA MARIA VIRGEM, E SE FEZ VÍRGINE: | ET HOMO FACTUS HOMEM. EST. Também por amor de nós foi Crucifíxus étiam pro nobis: | crucificado, sob Pôncio Pilatos; sub Póntio Piláto passus, et padeceu e foi sepultado. sepúltus est. Ressuscitou ao terceiro dia, Et resurréxit tértia die, secúndum conforme as Escrituras. Scriptúras. Subiu aos Céus, onde está Et ascéndit in cælum: sédet ad sentado à direita do Pai. déxteram Patris. Donde virá de novo, em sua Et íterum ventúrus est cum glória glória, para julgar os vivos e os judicáre vivos et mórtuos: | cujus mortos e cujo reino não terá fim. regni non érit finis. Creio no Espírito Santo, Senhor Et in Spíritum Sanctum, que dá a vida, e procede do Pai Dóminum et vivificántem: qui e do Filho. ex Patre, Filióque procedit. Que com o Pai e com o Filho é Qui cum Patre, et Fílio simul igualmente adorado e adorátur et conglorificátur: qui glorificado: ele o que falou pelos locútus est per Prophétas. profetas. Creio na Igreja, una, santa, Et unam, sanctam, cathólicam católica e apostólica. et apostólicam Ecclésiam. Professo um só Batismo, para a Confíteor unum baptísma in remissão dos pecados. remissiónem peccatórum. Espero a ressurreição dos Et exspécto resurrectiónem mortos. mortuórum. E a vida  do século futuro. Et vitam  ventúri sǽculi. Amém. Ámen. 17
  • 18. SEGUNDA PARTE: SACRIFÍCIO OFERTÓRIO Preparação para o Sacrifício Com o Ofertório, começa a segunda parte da Missa ou Sacrifício propriamente dito. O celebrante volta-se ao povo com esta saudação: O Senhor seja convosco Dóminus vobíscum. R. E com vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. Orémus: Segue-se em voz baixa. VER MISSA DO DIA O Celebrante lê a Antífona do Ofertório, vestígio de um cântico que se executava outrora durante a procissão das oferendas. Esta procissão era constituída por todos os fiéis presentes, que levavam ao Sacerdote pão, vinho e outros dons, símbolos da oblação que fazia cada um de si 18
  • 19. mesmo. – Todas as orações do Ofertório exprimem este sentimento de oblação. [Sentados] Ofertório do pão e do vinho Oferece-se pão e vinho, mas tendo em mente Jesus Cristo, em cujo corpo e sangue vão ser transubstanciados. Coloquemo-nos também na patena, como hóstias pequenas à beira da grande, ofereçamo-nos com ela ao Senhor. Ofereçamo-nos sim, e não retiremos dela, durante o dia, nenhuma partícula da nossa oblação. Oferecimento do pão: Recebei, santo Pai, onipotente e Súscipe, sancte Pater, eterno Deus, esta hóstia omnípotens ætérne Deus, hanc imaculada, que eu vosso indigno immaculátam hóstiam, quam servo, vos ofereço, ó meu Deus, ego indígnus fámulus tuus óffero vivo e verdadeiro, por meus tibi, Deo meo vivo et vero, pro inumeráveis pecados, ofensas, e innumerabílibus peccátis, et negligências, por todos os que offensiónibus, et negligéntiis circundam este altar, e por todos meis, et pro ómnibus os fiéis vivos e falecidos, afim de circumstántibus, sed et pro que, a mim e a eles, este ómnibus fidélibus Christiánis sacrifício aproveite para a vivis átque defúnctis: ut mihi, et salvação na vida eterna. Amém. illis profíciat ad salútem in vitam ætérnam. Ámen. A mistura da gota de água no vinho, rito antiquíssimo, simboliza a união dos fiéis com Cristo, pensamento belamente expresso na seguinte oração: Ó Deus,  que Deus,  qui humánæ maravilhosamente criastes em substántiæ dignitátem mirabíliter sua dignidade a natureza condidísti, et mirabílius humana e mais prodigiosamente reformásti: da nobis per hújus ainda a restaurastes, concedei- áquæ et vini mystérium, éjus nos, que pelo mistério desta divinitátis esse consórtes, qui água e deste vinho, sermos humanitátis nostræ fíeri dignátus participantes da divindade est partíceps, Jesus Christus, daquele que se dignou revestir- Fílius tuus Dóminus noster: Qui se de nossa humanidade, Jesus tecum vívit et régnat in unitáte Cristo, vosso Filho e Senhor Spíritus Sancti Deus: per ómnia 19
  • 20. Nosso, que sendo Deus sǽcula sæculórum. Ámen. convosco vive e reina em união com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. No meio do altar, o celebrante faz o oferecimento do cálice: Nós vos oferecemos Senhor, o Offérimus tibi, Dómine, cálicem cálice da salvação, suplicando a salutáris, tuam deprecántes vossa clemência. Que ele suba cleméntiam: ut in conspéctu qual suave incenso à presença divínæ maiestátis tuæ, pro de vossa divina majestade, para nostra et totíus mundi salúte, salvação nossa e de todo o cum odóre suavitátis ascéndat. mundo. Amém. Ámen. Depois, inclinando-se diz: Em espírito de humildade e In spíritu humilitátis et in ánimo coração contrito, sejamos por contríto suscipiámur a te, vós acolhidos, Senhor. E assim Dómine: et sic fíat sacrifícium se faça hoje este nosso nostrum in conspéctu tuo hódie, sacrifício em vossa presença, de ut pláceat tibi, Dómine Deus. modo que vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus. Invoca o Espírito Santo e abençoa as oferendas: Vinde, ó Santificador, onipotente Veni, Sanctificátor, omnípotens e eterno Deus e, abençoai  ætérne Deus: et bénedic  hoc este sacrifício preparado para sacrifícium, tuo sancto nómini glorificar o vosso santo nome. præparátum. O celebrante vai à direita do altar e lava as mãos, dizendo os seguintes versículos do Salmo 25: Lavo as minhas mãos entre os Lavábo inter innocéntes manus inocentes, e me aproximo do meas: et circúmdabo altáre vosso altar, ó Senhor. tuum, Dómine. Para ouvir o cântico dos vossos Ut áudiam vocem laudis: et louvores, e proclamar todas as enárrem univérsa mirabília tua. vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da Dómine, diléxi decórem domus vossa casa, e o lugar onde tuæ, et locum habitatiónis glóriæ reside a vossa glória. tuæ. 20
  • 21. Não me deixeis, ó Deus, perder Ne perdas cum ímpiis, Deus, a minha alma com os ímpios, ánimam meam, et cum viris nem a minha vida com os sánguinum vitam meam. sanguinários. Em suas mãos se encontram In quorum mánibus iniquitátes iniquidades, sua direita está sunt: déxtera eórum repléta est cheia de dádivas. munéribus. Eu, porém, tenho andado na Ego autem in innocéntia mea inocência. Livrai-me, pois, e ingréssus sum: rédime me, et tende piedade de mim. miserére mei. Meus pés estão firmes no Pes meus stetit in dirécto: in caminho reto. Eu te bendigo, ecclésiis benedícam te, Dómine. Senhor, nas assembléias dos justos. Glória ao Pai, ao Filho e ao Glória Patri, et Fílio, et Spíritui Espírito Santo. Assim como era Sancto. Sícut érat in princípio, et no princípio, agora e sempre, nunc, et semper: et in sǽcula por todos os séculos dos sæculórum. Ámen. séculos, Amém. Nesta oração à Santíssima Trindade encontra-se resumido todo o sentido da Missa e são recomendadas as diferentes intenções do Sacrifício. Inclinado, ao meio do altar, o celebrante diz: Recebei, ó Trindade Santíssima, Súscipe, sancta Trínitas, hanc esta oblação, que vos oblatiónem, quam tibi offérimus oferecemos em memória da ob memóriam passiónis, Paixão, Ressurreição e resurrectiónis, et ascensiónis Ascensão de Nosso Senhor Jesu Christi, Domini nostri, et in Jesus Cristo, e em honra da honórem beátæ Maríæ semper bem-aventurada e sempre Vírginis, et beáti Ioánnis Virgem Maria, de são João Baptístæ, et sanctórum Batista, dos santos apóstolos apostolórum Petri et Pauli, et Pedro e Paulo, e de todos os istórum, et ómnium sanctórum: Santos; para que, a eles sirva de ut illis profíciat ad honórem, honra e a nós de salvação, e nobis autem ad salútem: et illi eles se dignem interceder no pro nobis intercédere dignéntur céu por nós que na terra in cælis, quorum memóriam celebramos sua memória. Pelo ágimus in terris. Per eúmdem mesmo Cristo, Senhor Nosso. Christum Dóminum nostrum. Amém. Ámen. 21
  • 22. O Celebrante volta-se para os fiéis e convida-os a que orem com ele para que Deus Se digne aceitar-lhes o sacrifício comum. Orai irmãos, para que este Oráte fratres, ut meum ac sacrifício, que também é vosso, vestrum sacrifícium acceptábile seja aceito e agradável a Deus fíat ápud Deum Patrem Pai Onipotente omnipoténtem. R. Receba, o Senhor, de vossas R. Suscípiat Dóminus mãos este sacrifício, para louvor sacrifícium de mánibus tuis | e glória de seu nome, para ad laudem et glóriam nóminis nosso bem e de toda a sua sui, | ad utilitátem quóque santa Igreja. nostram, totiúsque Ecclésiæ suæ sanctæ. Amém. Ámen. Secreta Depois diz a Secreta: VER MISSA DO DIA A Secreta diz-se, como o nome indica, em secreto. No entanto, para que os fiéis possam corroborar com um amém a toda a ação do Ofertório que terminou, o Celebrante conclui em voz alta: ...por todos os séculos dos ...per ómnia sǽcula saeculórum. séculos. R. Amém. R. Ámen. 22
  • 23. CÂNON Oblação do Sacrifício O Cânon constitui a parte central da Missa. Com o Prefácio, começa a solene oração sacerdotal da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício. Curto diálogo introdutório entre o celebrante e a assembléia, desperta nas almas os sentimentos de ação de graças que convêm à celebração dos santos mistérios. [De pé] O Senhor seja convosco. Dóminus vobíscum. R. E com o vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. Corações ao alto. Sursum corda. R. Temo-los para o Senhor. R. Habémus ad Dóminum. Demos graças ao Senhor, nosso Grátias agámus Dómino Deo Deus. nostro R. É digno e justo. R. Dignum et justum est. Prefácio VER MISSA DO DIA Prefácio da SS. Trindade Diz-se nas festas e nas Missas votivas da SS. Trindade ; em todos os Domingos do ano, menos nas festas que tiverem prefácio próprio. É verdadeiramente digno, justo, Vere dignum et justum est, racional e salutar, que sempre e ǽquum et salutáre, nos tibi em toda a parte Vos rendamos semper et ubíque grátias ágere : graças, Senhor Santo, Pai Dómine sancte, Pater onipotente e Deus eterno ; Que omnípotens, ætérne Deus : Qui sois, com o Vosso Filho cum unigénito Fílio tuo et Spíritu Unigênito e com o Espírito Sancto unus es Deus, unus es Santo, um só Deus e um só Dóminus : non in uníus 23
  • 24. Senhor, não na singularidade singularitáte persónæ, sed in duma só pessoa, mas na uníus Trinitáte substántiæ. Quod Trindade duma só substância. enim de tua glória, revelánte te, Porque tudo aquilo que nos crédimus, hoc de Fílio tuo, hoc revelastes e cremos da Vossa de Spíritu Sanco sine differéntia glória, isso mesmo sentimos, discretiónis sentímus. Ut in sem diferença nem distinção, do confessióne veræ Vosso Filho e do Espírito Santo, sempiternǽque Deitátis, et in de maneira que, confessando a persónis propríetas, et in verdadeira e eterna Divindade, esséntia únitas, et in majestáte adoramos a propriedade nas adorétur æquálitas. Quam Pessoas, a unidade na Essência laudant Ángeli atque Archángeli, e a igualdade na Majestade, a Chérubim quoque ac Séraphim: qual louvam os Anjos e os qui non cessant clamáre Arcanjos, os Querubins e os quotídie, una voce dicéntes: ... Serafins, que não cessam de cantar dizendo a uma só voz: ... Sanctus [De joelhos] Santo, Santo, Santo, é o Senhor Sanctus, Sanctus, Sanctus, Deus dos Exércitos. A Terra e o Dóminus Deus Sábaoth. Pleni Céu estão cheios da Vossa sunt cæli et terra glória tua. glória. Hosana no mais alto dos Hosánna in excélsis. Céus. Benedíctus, qui venit in nómine Bendito O que vem em nome do Domini. Hosánna in excélsis. Senhor. Hosana nas alturas! Continuação do Cânon O celebrante, profundamente inclinado, beija o altar e continua a grande oração sacerdotal. A vós, Pai clementíssimo, por Te ígitur, clementíssime Pater, Jesus Cristo vosso Filho e per Jesum Christum Fílium Senhor nosso, humildemente tuum, Dóminum nostrum, rogamos e pedimos aceiteis e súpplices rogámus ac pétimus, abençoeis estes  dons, estas uti accépta hábeas, et  dádivas, estas  santas benedícas, hæc  dona, hæc  oferendas ilibadas. múnera, hæc sancta  sacrifícia illibáta; 24
  • 25. Oração por toda a Igreja, em especial pela hierarquia: Nós Vo-los oferecemos, em In primis, quae tibi offérimus pro primeiro lugar, pela vossa santa Ecclésia tua sancta cathólica: Igreja católica, à qual vos dignai quam pacificáre, custódire, conceder a paz, proteger, adunáre et régere dignéris toto conservar na unidade e orbe terrárum: una cum fámulo governar, através do mundo tuo Papa nostro N. et Antístite inteiro, e também pelo vosso nostro N. et ómnibus orthodoxis, servo o nosso Papa..., pelo atque cathólicae et apostólicae nosso Bispo..., e por todos os ( fídei cultóribus. bispos) ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica. Momento dos vivos: Lembrai-vos, Senhor, de vossos Meménto, Dómine, famulórum, servos e servas N. e N., e de famularúmque tuárum N. et N. et todos os que aqui estão ómnium circumstántium, quorum presentes, cuja fé e devoção tibi fides cógnita est, et nota conheceis, e pelos quais vos devótio, pro quibus tibi offérimus: oferecemos, ou eles vos vel qui tibi ófferunt hoc oferecem, este sacrifício de sacrifícium laudis pro se, louvor, por si e por todos os suísque ómnibus: pro seus, pela redenção de suas redemptióne animárum suárum, almas, pela esperança de sua pro spe salútis, et incolumitátis salvação e de sua conservação, suæ: tibíque réddunt vota sua e consagram suas dádivas a ætérno Deo, vivo et vero. vós, o Deus eterno, vivo e verdadeiro. Memória dos Santos: Unidos na mesma comunhão, Communicántes, et memóriam veneramos primeiramente a venerántes, in primis gloriósæ memória da gloriosa e sempre semper Vírginis Maríæ, Virgem Maria, Mãe de Deus e Genitrícis Dei et Dómini nostri Senhor Nosso Jesus Cristo, e Jesu Christi: sed et beáti também de S. José, o Esposo Joseph, ejúsdem Vírginis da mesma Virgem, e dos vossos Sponsi, et beatórum bem-aventurados Apóstolos e Apostolórum ac Mártyrum Mártires: Pedro e Paulo, André, tuórum, Petri et Pauli, Andréæ, Tiago, João e Tomé, Tiago, Jácobi, Joánnis, Thómæ, Jácobi, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Philíppi, Bartholómæi, Matthǽi, 25
  • 26. Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Simónis, et Thaddǽi, Lini, Cleti, Clemente, Xisto, Cornélio, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Cipriano, Lourenço, Crisógono, Cypriáni, Lauréntii, João e Paulo, Cosme e Damião, Chrysógoni,Joánnis et Pauli, e a de todos os vossos santos. Cosmæ et Damiáni, et ómnium Por seus méritos e preces, Sanctórum tuórum; quórum concedei-nos, sejamos sempre méritis precibúsque concédas, ut fortalecidos com o socorro de in ómnibus protectiónis tuæ vossa proteção. Pelo mesmo muniámur auxílio. Per eúmdem Cristo, Senhor Nosso. Amém. Christum Dóminum nostrum. Ámen. Estendendo as mãos sobre as oblatas, o celebrante diz: Por isso, vos rogamos, Senhor, Hanc ígitur oblatiónem servitútis aceiteis favoravelmente a nostræ, sed et cunctæ famíliæ homenagem de servidão que tuæ, quǽsumus, Dómine, ut nós e toda a vossa Igreja vos placátus accípias: diésque prestamos, firmai os nossos dias nostros in tua pace dispónas, em vossa paz, arrancai-nos da atque ab ætérna damnatióne condenação eterna, e colocai- nos éripi, et in electórum tuórum nos entre os vossos eleitos. Por júbeas grege numerári. Per Jesus Cristo, Senhor Nosso. Christum Dóminum nostrum. Amém. Ámen. O celebrante abençoa as oblatas dizendo: Nós vos pedimos, ó Deus, que Quam oblatiónem tu, Deus, in esta oferta seja por vós em tudo, ómnibus, quǽsumus, abençoada, aproovada, benedíctam, adscríptam, ratificada, digna e aceitável a ratam, rationábilem, vossos olhos, afim de que se acceptabilémque fácere dignéris: torne para nós o Corpo e o ut nobis Corpus, et Sanguis Sangue de Jesus Cristo, vosso fíat dilectíssimi Fílii tui Dómini diletíssimo Filho e Senhor nostri Jesu Christi. Nosso. CONSAGRAÇÃO O Celebrante chegou ao momento soleníssimo da Missa. Identificando-se com Cristo, o sacerdote repetindo todos os seus gestos e palavras vai renovar o Sacrifício da última ceia, sacrifício que o 26
  • 27. Senhor instituiu para perpetuar sacramentalmente através dos séculos o Sacrifício redentor do Calvário de modo incruento. Adoremos o Corpo e o Sangue do Senhor, que o Sacerdote nos vai apresentar. Ele, na véspera de sua paixão, Qui prídie quam paterétur, tomou o pão em suas santas e accépit panem in sanctas ac veneráveis mãos, e elevando os venerábiles manus suas, et olhos ao céu para vós, ó Deus, elevátis óculis in cǽlum ad te seu Pai onipotente, dando-vos Deum Patrem suum graças, bençou-o, partiu-o e omnipoténtem, tibi grátias deu-o a seus discípulos, ágens, benedíxit, fregit, dizendo: Tomai e Comei Dele, dedítque discipulis suis, dícens: Todos. Accípite, et manducate ex hoc omnes. « Isto é o Meu Corpo » « Hoc est enim Corpus meum » Consagração do Cálice: De igual modo, depois de haver Símili modo póstquam cænátum ceado, tomando também este est, accípiens et hunc precioso cálice em suas santas præclárum Cálicem in sanctas e veneráveis mãos, e ac venerábiles manus suas: ítem novamente dando-vos graças, tibi grátias agens, benedíxit, bençou-o e deu-o a seus dedítque discípulis suis, dícens: discípulos, dizendo: Tomai e Accípite, et bíbite ex eo omnes Bebei Dele Todos. « Este é o Cálice do meu « Hic est enim Calix Sangue, do novo e eterno Sánguinis mei, novi et Testamento : mistério de ætérni fé : que será derramado testaménti : mystérium por vós e por muitos fídei : qui pro vobis et para remissão dos pro multis effundétur in pecados. » remissiónem peccatórum. » 27
  • 28. Todas as vezes que isto Hæc quotiescúmque fecéritis, in fizerdes, fazei-o em memória de mei memóriam faciétis. mim. Fórmula da oblação O celebrante continua depois as orações do Cânon: Por esta razão, Senhor, nós, Unde et mémores, Dómine, nos vossos servos, com o vosso servi tui sed et plebs tua sancta, povo santo, lembrando-nos da eiúsdem Chrísti Fílii tui Dómini bem-aventurada Paixão do nostri tam beátæ Passiónis, nec mesmo Cristo, vosso Filho e non et ab ínferis Resurrectiónis, Senhor Nosso, assim como de sed et in cælos gloriósæ sua Ressurreição, saindo Ascensiónis: offérimus præcláræ vitorioso do sepulcro, e de sua maiestáti tuæ de tuis donis ac gloriosa Ascensão aos céus, datis, hóstiam  puram, oferecemos à vossa augusta hóstiam  sanctam, hóstiam  Majestade, de vossos dons e immaculátam, Panem  dádivas, a Hóstia  pura, a sanctum vítæ ætérnæ, et Hóstia  santa, a Hóstia  Cálicem  salútis perpétuæ. imaculada, o Pão  santo da vida eterna, e o Cálice da salvação  perpétua. Sobre estes dons, vos pedimos Supra quæ propítio ac seréno digneis lançar um olhar vultu respícere dignéris; et favorável, e recebê-los accépta habére, sicuti accépta benignamente, assim como habére dignátus es múnera púeri recebeste as ofertas do justo tui justi Abel, et sacrifícium Abel, vosso servo, o sacrifício de Patriárchæ nostri Abráhæ: et Abraão, pai de nossa fé, e o que quod tibi óbtulit summus vos ofereceu vosso sumo sacérdos tuus Melchísedech, sacerdote Melquisedeque, sanctum sacrifícium, Sacrifício santo, Hóstia immaculátam hóstiam. imaculada. Profundamente inclinado, o celebrante diz: Suplicantes vos rogamos, ó Súpplices te rogámus, Deus onipotente, que, pelas omnípotens Deus, jube hæc mãos de vosso santo Anjo, perférri per manus sancti Ángeli mandeis levar estas ofertas ao tui in sublíme altáre tuum, in vosso Altar sublime, à presença conspéctu divínæ majestátis 28
  • 29. de vossa divina Majestade, para tuæ: ut quoquot ex hac altáris que, todos os que, participando participatióne sacrosánctum Fílii deste altar, recebermos o tui Corpus, et Sánguinem sacrossanto Corpo, e sumpsérimus, omni benedictióne Sangue de vosso Filho, cælésti et grátia repleámur. Per sejamos repletos de toda a eúmdem Christum Dóminum bênção celeste e da Graça. Pelo nostrum. Ámen. mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém. Momento dos defuntos: Lembrai-vos, também, Senhor, Meménto étiam, Dómine, de vossos servos e servas (NN. famulórum famularúmque e NN.), que nos precederam, tuárum N. et N. qui nos marcados com o sinal da fé, e præcessérunt cum signo fídei, et agora descansam no sono da dórmiunt in somno pacis. paz. A estes, Senhor, e a todos Ipsis, Dómine, et ómnibus in os mais que repousam em Jesus Christo quiescéntibus, locum Cristo, nós vos pedimos, refrigérii, lucis et pacis, ut concedei o lugar do descanso, indúlgeas, deprecamur. Per da luz e da paz. Pelo mesmo eúmdem Christum Dóminum Jesus Cristo, Nosso Senhor. nostrum. Ámen. Amém O celebrante bate no peito, dizendo: Também a nós, pecadores, NOBIS QUOQUE vossos servos, que esperamos PECCATÓRIBUS, fámulis tuis, na vossa infinita misericórdia, de multitúdine miseratiónum dignai-vos conceder um lugar tuárum sperántibus, partem na comunidade de vossos áliquam, et societátem donáre santos Apóstolos e Mártires: dignéris, tuis sanctis Apóstolis João, Estevão, Matias, et Martýribus: cum Joánne, Barnabé, Inácio, Alexandre, Stéphano, Matthía, Bárnaba, Marcelino, Pedro, Felicidade, Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Petro, Felicitáte, Perpétua, Cecília, Anastácia, e com todos Ágatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília, os vossos Santos. Unidos a Anastásia, et ómnibus Sanctis eles pedimos, vos digneis tuis: intra quorum nos receber-nos, não conforme consórtium non æstimátor nossos méritos, mas segundo a mériti, sed véniæ, quǽsumus, vossa misericórdia.Por Jesus largítor admítte. Per Christum Cristo Nosso Senhor. Dóminum nostrum. 29
  • 30. DOXOLOGIA FINAL Por Ele, ó Senhor, sempre criais, Per quem hæc ómnia Dómine, santificais, vivificais, semper bona creas, abençoais, e nos concedeis sanctíficas, vivíficas, todos estes bens. benedícis, et præstas nobis. Por Ele, com Ele e Nele, a Per  ipsum, et cum  ipso, et Vós, Deus Pai  onipotente, na in  ipso, est tibi Deo Patri  unidade do Espírito Santo, omnipoténti, in unitáte  Spíritus toda a honra e toda a glória Sancti, omnis honor et glória. O celebrante termina em voz alta: Por todos os séculos dos Per ómnia sǽcula sæculórum. séculos R. Amém. R. Ámen. COMUNHÃO Pater Noster O Sacrifício já se ofereceu. Deus aceitou-o e vai-Se-nos dar a Si mesmo em Cristo na Santa Comunhão. O Celebrante prepara-se e recita a oração do Senhor, e pede a Deus que nos dê o pão de cada dia e as disposições de caridade para com Ele e o próximo indispensáveis para bem comungar. Porque receber a Sagrada Eucaristia é estreitar os laços que nos unem com Jesus e com o Seu corpo místico: [De pé] 30
  • 31. OREMOS. Instruídos com estes ORÉMUS. Præcéptis salutáribus preceitos salutares e com esta móniti, et divína institutióne divina doutrina, ousamos dizer: formáti, audémus dícere: Pai nosso, que estais nos céus, Pater noster, qui es in cælis: santificado seja o Vosso nome, sanctificétur nomen tuum: venha a nós o Vosso reino, seja advéniat regnum tuum: fíat feita a Vossa vontade, assim na volúntas tua, sicut in cælo, et in terra como no céu. O pão nosso terra. Panem nostrum de cada dia nos dai hoje, e quotidiánum da nobis hódie, et perdoai-nos as nossas dívidas, dimítte nobis débita nostra, sicut assim como nós perdoamos aos et nos dimíttimus debitóribus nossos devedores. E não nos nostris. Et ne nos indúcas in deixeis cair em tentação, tentatiónem, R. Mas livrai-nos do mal. R. Sed líbera nos a malo. O celebrante diz Ámen em voz baixa, e continua: Livrai-nos de todos os males, ó Líbera nos, quǽsumus, Dómine, Pai, passados, presentes e ab ómnibus malis, prætéritis, futuros, e pela intercessão da præséntibus, et futúris: et bem-aventurada e gloriosa intercedénte beáta et gloriósa sempre Virgem Maria, dos semper Vírgine Dei Genitríce vossos bem-aventurados María, cum beátis Apóstolis tuis apóstolos, Pedro, Paulo, André e Petro et Paulo, atque Andréa, et todos os Santos, dai-nos ómnibus Sanctis, da propítius propício a paz em nossos dias, pacem in diébus nostris: ut ope para que, por vossa misericórdiæ tuæ adiúti, et a misericórdia, sejamos sempre peccáto simus semper líberi, et livres do pecado, e preservados ab omni perturbatióne secúri. de toda a perturbação. Por Per eúmdem Dóminum nostrum nosso Senhor Jesus Cristo, Jesum Christum, Fílium tuum. vosso Filho, que, sendo Deus, Qui tecum vivit et regnat in convosco vive e reina na unitáte Spíritus Sanctis Deus, unidade do Espírito Santo, Por todos os séculos dos Per ómnia sǽcula sæculórum. séculos. R. Amém. R. Ámen. Fração da Hóstia 31
  • 32. Jesus «pacifica todas as coisas com o Seu sangue». – O Celebrante divide a Hóstia em três partes, e com um pequeno pedaço faz por três vezes o sinal da cruz sobre o cálice, desejando aos fiéis a paz de Cristo: A paz  do Senhor  seja Pax  Dómini  sit semper sempre convosco. vobíscum. R. E com o vosso Espírito. R. Et cum spíritu tuo. Que esta união e consagração Hæc commíxtio et consecrátio do Corpo e do Sangue de Nosso Córporis et Sánguinis Dómini Senhor Jesus Cristo aproveite nostri Jesu Christi fíat para a vida eterna àqueles que accipiéntibus nobis in vitam dela participamos. Amém. ætérnam. Ámen. Agnus Dei O celebrante bate três vezes no peito, dizendo (Nas Missas de Defuntos o miserére nobis é substituído por dona eis réquiem e na última vez ajunta-se sempitérnam : dai-lhes o descanso eterno): Cordeiro de Deus, que tirais o Agnus Dei, qui tollis peccáta pecado do mundo, mundi, R. Tende piedade de nós. R. Miserére nobis. Cordeiro de Deus, que tirais o Agnus Dei, qui tollis peccáta pecado do mundo, mundi, R. Tende piedade de nós. R. Miserére nobis. Cordeiro de Deus, que tirais o Agnus Dei, qui tollis peccáta pecado do mundo, mundi, R. Dai-nos a paz. R. Dona nobis pacem. Inclinado, recita a oração seguinte, pela paz da Igreja: Senhor Jesus Cristo, que Domine Jesu Christe, qui dixísti dissestes aos vossos apóstolos: Apóstolis tuis: Pacem relínquo "Eu vos deixo a paz, eu vos dou vobis, pacem meam do vobis: ne a minha paz": não olheis os respícias peccáta mea, sed meus pecados, mas para a fé da fidem Ecclésiæ tuæ: eámque vossa Igreja; dai-lhe, a paz e a secúndum voluntátem tuam unidade, segundo a vossa pacificáre et coadunáre dignéris: misericórdia. Vós que sendo qui vivis et regnas Deus, per Deus, viveis e reinais, em união ómnia sǽcula sæculórum. com o Espírito Santo, por todos Ámen. os séculos dos séculos. Amém. 32
  • 33. Preparação para a Comunhão Inclinado sobre o altar, o celebrante recita as duas orações seguintes, como preparação imediata para a Comunhão, as quais exprimem o sentido da comunhão e traduzem os sentimentos da alma vai receber o corpo e o Sangue do Salvador: Senhor Jesus Cristo, filho de Dómine Jesu Christe, Fili Dei vivi, Deus vivo, que por vontade do qui ex voluntáte Patris, Pai, cooperando com o Espírito cooperánte Spíritu Sancto, per Santo, por vossa morte destes a mortem tuam mundum vivificásti: vida ao mundo. Livrai-me, por líbera me per hoc sacrosánctum este vosso sacrossanto Corpo e Corpus et Sánguinem tuum ab por vosso Sangue, de todos os ómnibus iniquitátibus meis, et meus pecados e de todos os univérsis malis: et fac me tuis males. E, fazei que eu observe semper inhærére mandátis, et a sempre os vossos preceitos, e te numquam separári permíttas. nunca me afaste de Vós, que, Qui cum eódem Deo Patre et sendo Deus, viveis e reinais com Spíritu Sancto vivis et regnas Deus Pai e o Espírito Santo, por Deus in sǽcula sæculórum. todos os séculos dos séculos. Ámen. Amém. 33
  • 34. Este vosso Corpo, Senhor Jesus Percéptio Corpóris tui, Dómine Cristo, que eu, que sou indigno, Jesu Christe, quod ego, indígnus ouso receber, não seja para mim súmere præsúmo, non mihi causa de juízo e condenação, provéniat in judícium et mas por vossa misericórdia, sirva condemnatiónem; sed pro tua de proteção e defesa à minha pietáte prosit mihi ad tutaméntum alma e ao meu corpo, e de mentis et córporis, et ad medélam remédio aos meus males. Vós, percipiéndam. Qui vivis et regnas que sendo Deus, viveis e reinais cum Deo Patre in unitáte Spíritus com Deus Pai e o Espírito Santo, Sancti Deus, per ómnia sǽcula por todos os séculos dos séculos. sæculórum. Ámen. Amém. Comunhão do celebrante Comungar o Corpo e Sangue do Salvador é unir-se ao seu Sacrifício. O celebrante genuflecte e pegando depois na sagrada Hóstia, diz: Receberei o Pão do céu e Panem cæléstem accípiam, et invocarei o nome do Senhor: nomen Dómini invocábo. Em seguida bate três vezes no peito, dizendo: Senhor, eu não sou digno, de Dómine, non sum dignus, ut que entreis em minha morada, intres sub tectum meum: sed mas dizei uma só palavra e a tantum dic verbo, et sanábitur minha alma será salva. ánima mea. Faz sobre si o sinal da cruz com a sagrada Hóstia, antes de a comungar: O Corpo de Nosso Senhor Jesus Corpus Dómini nostri Jesu Cristo  guarde a minha alma Christi custódiat  ánimam para a vida eterna. Amém. meam in vitam ætérnam. Ámen. Recolhe-se por uns instantes, e depois recita os seguintes versículos: Que retribuirei ao Senhor por Quid retríbuam Dómino pro tudo o que me tem concedido? ómnibus quæ tríbuit mihi? Tomarei o Cálice da salvação e Cálicem salutáris accípiam, et invocarei o nome do Senhor. nomen Dómini invocábo. Invocarei o Senhor louvando-O, Laudans invocábo Dóminum, et e ficarei livre de meus inimigos. ab inimícis meis salvus ero. 34
  • 35. Toma o preciosíssimo Sangue, fazendo antes sobre si o sinal da cruz, dizendo: O Sangue de Nosso Senhor Sanguis Dómini nostri Jesu Jesus Cristo  guarde a minha Christi  custódiat ánimam alma para a vida eterna. Amém. meam in vitam ætérnam. Ámen. Comunhão dos fiéis Os fiéis, ou o acólito por eles, recitam o CONFITEOR: [De joelhos] Eu pecador me confesso a Deus Confíteor Deo omnipoténti, todo-poderoso,à bem- beátæ Maríæ semper Vírgini, aventurada sempre Virgem beáto Michǽli Archángelo, Maria, ao bem-aventurado são beáto Joánni Baptístæ, Miguel Arcanjo, ao bem- sanctis Apóstolis Petro et aventurado são João Batista, Paulo, ómnibus Sanctis, et aos santos apóstolos são Pedro tibi, pater: quia peccavi nimis e são Paulo, a todos os Santos cogitatióne, verbo, et ópere: e a vós, Padre, porque pequei mea culpa, mea culpa, mea muitas vezes, por pensamentos, máxima culpa. Ídeo precor palavras e obras, (bate-se por beátam Maríam semper três vezes no peito) por minha Vírginem, beátum Michǽlem culpa, minha culpa, minha Archángelum, beátum máxima culpa. Portanto, rogo à Joánnem Baptístam, sanctos bem-aventurada Virgem Maria, Apóstolos Petrum et Paulum, ao bem-aventurado são Miguel omnes Sanctos, et te, pater, Arcanjo, ao bem-aventurado são oráre pro me ad Dóminum João Batista, aos santos Deum nostrum. apóstolos são Pedro e são Paulo, a todos os Santos e a vós, Padre, que rogueis a Deus Nosso Senhor por mim. Voltando-se para os fiéis, o celebrante diz: Que Deus onipotente se Misereátur vestri omnípotens compadeça de vós, e perdoando Deus, et dimíssis peccátis os vossos pecados, vos conduza vestris, perdúcat vos ad vitam à vida eterna. ætérnam. R. Amém. R. Ámen. 35
  • 36. Indulgência  absolvição, e Indulgéntiam  absolutiónem, et remissão dos nossos pecados, remissiónem peccatórum conceda-nos o Senhor nostrórum, tríbuat nobis onipotente e misericordioso. omnípotens et miséricors Dóminus: R. Amém. R. Ámen. O celebrante volta-se para o altar, genuflecte e voltando-se pra os assistentes ergue a Hóstia, dizendo: Eis o Cordeiro de Deus; eis O Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit que tira os pecados do mundo. peccáta mundi. E em seguida, todos dizem três vezes: Senhor, eu não sou digno de Dómine, non sum dignus, ut que entreis em minha morada, intres sub tectum meum: sed mas dizei uma só palavra e a tantum dic verbo, et sanábitur minha alma será salva. ánima mea. Ao dar a cada fiel a Sagrada Comunhão, diz: O Corpo e o Sangue de Nosso Corpus Dómini nostri Jesu Senhor Jesus Cristo  guarde Christi  custódiat ánimam tuam tua alma para a vida eterna. in vitam ætérnam. Ámen. Amém. Abluções O celebrante purifica primeiro o cálice e depois os dedos, e toma as abluções. Enquanto isso vai dizendo: Fazei Senhor, que com o Quod ore súmpsimus, Dómine, espírito puro, conservemos o pura mente capiámus, et de que nossa boca recebeu. E, que múnere temporáli fiat nobis desta dádiva temporal, nos remédium sempitérnum. venha remédio para a eternidade. 36
  • 37. Concedei, Senhor, que vosso Corpus tuum, Dómine, quod Corpo e vosso Sangue que sumpsi, et Sanguis, quem recebi, me absorvam potavi, adhǽreat viscéribus intimamente, e fazei que, meis: et præsta; ut in me non restabelecido por estes puros e remáneat scélerum mácula, santos Sacramentos, não fique quem pura et sancta refecérunt em mim mancha alguma de Sacraménta. Qui vivis et regnas culpa. Vós, que sendo Deus, in sǽcula sæculórum. Ámen. viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Limpa o cálice e deixa-o, coberto, no meio do altar. [Após as abluções, sentados] Antífona da Comunhão O celebrante passa para o lado direito do altar, e recita a antífona da Comunhão. VER MISSA DO DIA [De pé] O Senhor seja convosco. Dóminus vobíscum. R. E com o vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. Pós-Comunhão Orémus: 37
  • 38. VER MISSA DO DIA Conclusão: ...por todos os séculos dos ...per ómnia sǽcula saeculórum. séculos. R. Amém. R. Ámen. Final da Missa O celebrante volta ao meio do altar, beija-o, e, voltando-se para os fiéis saúda-os: O Senhor seja convosco Dóminus vobíscum. R. E com o vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. Ide, a Missa acabou. Ite, Missa est. R. Demos graças a Deus. R. Deo grátias. Voltando-se para o altar, recita a seguinte oração, a qual é uma súplica a Santíssima Trindade para que aceite o sacrifício oferecido: Seja-vos agradável, ó Trindade Pláceat tibi, sancta Trínitas, santa, a oferta de minha obséquium servitútis meæ: et servidão, afim de que este præsta, ut sacrifícium quod sacrifício que, embora indigno óculis tuæ maiestátis indígnus aos olhos de vossa Majestade, óbtuli, tibi sit acceptábile, vos ofereci, seja aceito por Vós, mihíque, et ómnibus pro quibus e por vossa misericórdia, seja illud óbtuli, sit, te miseránte, propiciatório para mim e para propitiábile. Per Christum todos aqueles por quem ofereci. Dóminum nostrum. Ámen. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amém. Beija o altar, volta-se para a assistência, e dá a benção, dizendo: [De joelhos] Abençoe-vos o Deus onipotente, Benedícat vos omnípotens Pai, e Filho,  e Espírito Santo. Deus: Pater, et Fílius,  et Spíritus Sanctus. R. Amém. R. Ámen. 38
  • 39. ÚLTIMO EVANGELHO O celebrante passa para o lado esquerdo do altar e recita, como último Evangelho, o princípio do Evangelho de S. João que vem recordar a relação estreita entre o mistério da redenção e a Encarnação do Verbo e nossa filiação divina em Cristo: [De pé] O Senhor seja convosco. V.Dóminus vobíscum. R. E com o vosso espírito. R. Et cum spíritu tuo. 39
  • 40. Início do santo Evangelho  Inítium sancti Evangélii  segundo São João secúndum Joánnem. R. Glória a Vós, Senhor. R. Glória tibi, Dómine. No princípio era o Verbo, e o In princípio erat Verbum et Verbo estava com Deus, e o Verbum erat apud Deum, et Verbo era Deus. Ele estava no Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio com Deus Todas as princípio apud Deum. Ómnia per coisas foram feitas por Ele, e ipsum facta sunt, et sine ipso sem Ele nada do que foi feito se factum est nihil quod factum est; fez. Nele estava a vida, e a vida in ipso vita erat, et vita erat lux era a luz dos homens. E a luz hóminum; et lux in ténebris lucet, resplandece nas trevas, e as et ténebræ eam non trevas não a compreenderam. comprehendérunt. Fuit homo Houve um homem enviado de missus a Deo cui nomen erat Deus, cujo nome era João Este Joánnes. Hic venit in veio como Testemunha para dar testimónium, ut testimónium testemunho da luz, afim de que perhibéret de lúmine, ut omnes todos cressem por meio dele. créderent per illum. Non erat ille Não era Ele a luz, mas veio para lux, sed ut testimónium dar testemunho da luz. Ali perhibéret de lúmine. Erat lux estava a Luz verdadeira, a que vera quæ illúminat omnem ilumina a todo o homem que hóminem veniéntem in hunc vem a este mundo Estava no mundum. In mundo erat, et mundo, e o mundo foi feito por mundus per ipsum factus est et Ele, e o mundo não O conheceu. mundus eum non cognóvit. In Veio para o que era seu, e os própria venit, et sui eum non seus não O receberam. Mas, a recepérunt. Quotquot autem todos quantos O receberam, recepérunt eum, dedit eis deu-lhes o poder de se tornarem potestátem fílios Dei fíeri; his qui filhos de Deus, aos que crêem credunt in nómine ejus, qui non no seu Nome; os quais não ex sanguínibus, neque ex nasceram do sangue, nem do voluntáte carnis, neque ex volun- desejo da carne, nem da táte viri, sed ex Deo nati sunt. vontade do homem, mas [ajoelha-se] nasceram de Deus. (ajoelha-se) ET VERBUM CARO FACTUM E o Verbo se fez carne e habitou EST, ET HABITÁVIT IN NOBIS: entre nós, e vimos a sua glória, [de pé] glória própria do Filho Unigênito et vídimus glóriam ejus, glóriam do Pai, cheio de graça e de quasi Unige]éniti a Patre, verdade. plenum grátiæ et veritátis. R. Demos graças a Deus. R. Deo grátias. 40
  • 41. ORAÇÕES NO FIM DA MISSA De joelhos diante do altar, o celebrante diz com os fiéis as seguintes preces prescritas pelo papa Leão XIII e por Pio XI enriquecidas de indulgências. Este último papa mandou que se rezassem pela conversão da Rússia. [De joelhos] Ave Maria (três vezes) Ave Maria, cheia de graça, o Ave María, grátia plena, Senhor é convosco, bendita sois Dóminus técum, benedícta tu Vós entre as mulheres e bendito in muliéribus, et benedictus é o fruto do vosso ventre, Jesus. fructus ventris tui Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, Sancta Maria, Mater Dei, ora 41
  • 42. rogai por nós pecadores, agora pro nobis peccatóribus, nunc e na hora de nossa morte. et in hora mortis nostræ. Amém. Amém Salve Rainha Salve Rainha, Mãe de Salve Regína, Mater misericórdia, vida, doçura e Misericórdiae, vita, dulcédo et esperança nossa, salve! spes nostra salve. A Vós bradamos, os degredados Ad te clamámus, éxsules fílii filhos de Eva. Evæ. A Vós suspiramos, gemendo e Ad te suspirámus gementes et chorando neste vale de flentes in hac lacrimárum lágrimas. valle. Eia, pois, advogada nossa, Eia ergo, advocáta nostra, esses vossos olhos illos tuos misericórdes óculos misericordiosos a nós volvei. ad nos converte. E depois deste desterro, Et Jesum, benedíctum fructum mostrai-nos Jesus, bendito fruto ventris tui, nobis, post hoc do vosso ventre. exsílium, osténde. Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce O clemens, o pia, o dulcis sempre Virgem Maria! Virgo Maria! Rogai por nós, Santa Mãe de Ora pro nobis Sancta Dei Deus Génitrix R. Para que sejamos dignos das R. Ut digni efficiámur promessas de Cristo promissionibus Christi. Oremos: Orémus: Deus, nosso refúgio e fortaleza, Deus, refúgium nostrum et olhai propício para o povo que a virtus, pópulum ad te clamántem Vós clama; e, pela intercessão propítius réspice; et intercedénte da gloriosa e imaculada Virgem gloriósa et imaculáta Vírgine Dei Maria, Mãe de Deus, de S. José, Genitríce María, cum beáto seu Esposo, dos vossos bem- Joseph, ejus sponso, ac beatis aventurados Apóstolos S. Pedro apóstolis tuis Petro et Paulo, et e S. Paulo e de todos os Santos, ómnibus sanctis, quas pro ouvi misericordioso e benigno as conversióne peccatórum, pro preces que Vos dirigimos para a libertáte et exaltatióne sanctæ conversão dos pecadores, para Matris Ecclésiæ, preces a liberdade e exaltação da Santa effúndimus, miséricors et Madre Igreja. Pelo mesmo Jesus benígnus exáudi. Per eúmdem Cristo Senhor Nosso. Christum Dóminum nostrum. R. Amém R. Ámen. São Miguel Arcanjo, defendei- Sancte Míchaël Archángele, nos no combate, cobri-nos com defénde nos in prǽlio; contra 42
  • 43. o vosso escudo contra os nequítiam et insídias diáboli esto embustes e ciladas do demônio. præsídium. Ímperet illi Deus, Subjugue-o Deus, instantemente súpplices deprecámur: tuque, o pedimos. E vós, príncipe da Prínceps milítiæ cæléstis, milícia celeste, pelo divino Sátanam aliósque spíritus poder, precipitai no inferno a malígnos, qui ad perditiónem Satanás e a todos os espíritos animárum pervagántur in malignos que andam pelo mundo, divína virtúte in inférnum mundo para perder as almas. detrúde. Ámen. Amém. R. Amém R. Ámen. S. Pio X pediu que se ajuntasse três vezes a seguinte jaculatória: Sacratíssimo Coração de Jesus, Cor Jesu sacratíssimum, R. Tende piedade de nós. R. Miserére nobis. [De pé] PREPARAÇÃO PARA A SANTA MISSA Oração de São Tomás de Aquino Ó Deus eterno e todo-poderoso, eis que me aproximo do sacramento do Vosso Filho único, nosso Senhor Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia; cego, venho à luz da eterna claridade; pobre e indigente, venho ao Senhor do céu e da terra. Imploro, pois, a abundância de Vossa imensa liberalidade, para que Vos digneis curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, iluminar minha cegueira, enriquecer minha pobreza e vestir minha nudez com Vossa graça. Que eu receba o pão do céu, o Reis dos reis e Senhor dos senhores, com respeito e humildade, contrição e devoção, pureza e fé, propósito e intenção que convêm à minha salvação. Dai-me receber não só o 43
  • 44. sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, mas também seu efeito e sua força, a fim de viver para Vós e em Vós. Ó Deus de mansidão, dai-me acolher com tais disposições o Corpo que Vosso Filho único, o Senhor Jesus Cristo, recebeu da Virgem Maria, glorificado na sua ressurreição. Que eu seja incorporado a Seu corpo místico e contado entre Seus membros. Que venha a mim o Senhor da glória, e que unido a Ele eu possa dizer como o apóstolo: não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim! Ó Pai de bondade e cheio de amor misericordioso, fazei que recebendo agora Vosso Filho sob o véu do sacramento, possa na eternidade contemplá-Lo face a face. Ele que convosco vive e reina para sempre, na unidade do Espírito Santo. Amém. 44
  • 45. AÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA MISSA Oração de São Tomás de Aquino Eu Vos dou graças, ó Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, porque sem mérito algum de minha parte, Vos dignastes alimentar-me a mim pecador e Vosso indigno servo, com o sagrado corpo e precioso sangue de Vosso Filho Jesus Cristo. Peço que esta santa comunhão não me seja motivo de condenação, mas salutar garantia de perdão. Seja para mim armadura da fé, escudo de boa vontade e libertação de meus vícios. Extinga em mim a concupiscência e os maus desejos, aumente a caridade e a paciência, a humildade e a obediência à Vossa santa vontade, e todas as demais virtudes. Defenda-me contra as ciladas dos inimigos tanto visíveis como invisíveis. Pacifique inteiramente todas as minhas paixões, unindo-me firmemente a Vós, Deus uno, trino e verdadeiro, feliz consumação de meu destino. E peço que Vos digneis conduzir-me, a mim pecador, àquele inefável convívio em que Vós, com Vosso Filho e Espírito Santo, sois para os Vossos santos a luz verdadeira, a plena saciedade e a eterna alegria, a ventura completa e a felicidade perfeita. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. 45
  • 46. CÂNTICOS 1. Ó Roma eterna, dos Mártires, dos Santos, ó Roma eterna, acolhe os nossos cantos! Glória no alto ao Deus de majestade, paz sobre a terra, justiça e caridade! 2. A ti corremos, Angélico Pastor, em ti nós vemos o doce Redentor. A voz de Pedro na tua o mundo escuta, conforto e escudo de quem combate e luta. Não vencerão as forças do inferno, mas a verdade, o doce amor fraterno! 3. Salve, salve Roma! É eterna a tua história, cantam-nos tua glória monumentos e altares! Roma dos Apóstolos, Mãe e Mestra da verdade, Roma, toda a cristandade o mundo espera em ti! 4. Salve, salve Roma! O teu sol não tem poente, vence, refulgente, todo erro e todo mal! Salve, Santo Padre, vivas tanto mais que Pedro! Desça, qual mel do rochedo, a benção paternal!  1. Queremos Deus homens ingratos /Ao Pai supremo, ao redentor Zombam da fé os insensatos / Erguem-se em vão contra o Senhor Da nossa fé, oh! Virgem, o brado abençoai Queremos Deus que é nosso Rei Queremos Deus que é nosso Pai 2. Queremos Deus a sã doutrina / Que nos legou na sua cruz Levar à escola e à oficina/ A lei de Cristo, o amor e luz 3. Queremos Deus na Pátria amada /Amarmos todos como irmãos Ver a Igreja respeitada / São nossos votos de cristãos 46
  • 47.  1-Cantemos a Jesus Sacramentado, cantemos ao Senhor. Deus está aqui! Dos Anjos adorado, adoremos a Cristo Redentor. Glória a Cristo Jesus. Céus e terra, bendizei ao Senhor. Louvor e glória a Ti, ó Rei da glória. Amor pra sempre a Ti, ó Deus de Amor. 2-Unamos nossa voz à dos cantores, do Coro Celestial! Deus está aqui! Ao brilho dos altares, exaltemos com gozo angelical! 3-Jesus acende em nós a viva chama, do mais fervente amor. Deus está aqui! Está porque nos ama, como Pai, amigo e benfeitor!  1. Deus de amor, nós te adoramos neste Sacramento, corpo e sangue que fizeste nosso alimento. És o Deus escondido, vivo e vencedor, a teus pés depositamos todo nosso amor. 2. Meus pecados redimiste sobre a Tua cruz, com Teu corpo e com Teu sangue, ó Senhor Jesus! Sobre os nossos altares, vítima sem par, Teu divino sacrifício queres renovar. 3. No calvário se escondia Tua divindade, mas aqui também se esconde Tua humanidade. Creio em ambas e peço, como o bom ladrão, no Teu Reino, eternamente, Tua salvação. 4. Creio em Ti ressuscitado, mais que São Tomé. Mas aumenta na minh’alma o poder da fé. Guarda a minha esperança, cresce o meu amor. Creio em Ti, ressuscitado, meu Deus e Senhor! 5. Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo, realiza, eu Te suplico, este meu desejo: ver-Te, enfim, face a face, meu divino amigo, lá no céu, eternamente, ser feliz Contigo.  1. Levantai-vos, soldados de Cristo /Eia avante na senda da glória, desfraldai no perdão da vitória,/ o imortal Coração de Jesus (2x) 2. Não nascemos senão para a luta /de batalha amplo campo é a terra É renhida e constante esta guerra,/ apanágio dos filhos de Adão (x2) 47
  • 48. 3. No combate esforçado, valentes, /não temais ó soldados de Cristo O triunfo será nunca visto, /se souberdes cumprir sua lei (x2) 4. Amparai-vos no escudo da graça, /fortaleza circunde vossa alma, Pela fé no Senhor, vossa palma /é segura na eterna mansão (x2) 5. É Jesus nosso Rei soberano,/ seu amor de atrair-nos não cessa De vencer dá-nos firme promessa /e prepara fiel galardão (x2) 6. Oh! segui deste Rei tão amante /o estandarte divino glorioso Contra as formas do inferno teimoso /Ele só à vitória conduz (x2) 7. De Jesus Coração sacrossanto, /guardai pura esta santa bandeira No combate esperança fagueira /do triunfo seguro penhor. (x2)  1.Honra, Gloria, Louvor sempiterno a Jesus, a Jesus Redentor, Deus de Deus, Luz de Luz, Verbo Eterno. Cristo Rei do Universo Senhor! Jesus, Rei e Deus Verdadeiro, o Teu Reino venha a nós! Obedeça o mundo inteiro ao Poder da Tua voz! 2.Todo o orbe homenagem Lhe renda! Aos Seus pés traga o mundo cristão, de almas livres a livre oferenda, corações para o Seu Coração! 3.Também nós, brasileiros queremos de Jesus a Realeza aclamar! De nossa alma os afetos supremos são por Ele, Sua Lei, Seu Altar! 4. A bandeira da Pátria, levai-a, brasileiros aos pés de Jesus. É a suprema homenagem, curvai-a, é o símbolo da Terra da Cruz!  1.Jesus Cristo está realmente, de noite e de dia presente no Altar, esperando que cheguem as almas ansiosas, ferventes, para O visitar Jesus, nosso Irmão! Jesus, Redentor! Nós Te adoramos na Eucaristia: Jesus de Maria, Jesus Rei de Amor! 2. Que “Jesus morre misticamente na Missa Sagrada”, é Dogma de Fé. Cada dia milhares de vezes, Jesus se oferece por nós, Sua Grei. 3. O Brasil, esta terra amada, por Ti abençoada foi logo ao nascer, Sem Jesus, ó Brasil, Pátria amada, não podes ser grande, não podes viver! 4. Brasileiros, quereis que esta Pátria, tão grande e tão bela, seja perenal? Comungai, comungai todo dia. 48
  • 49. A Eucaristia é vida imortal. Monte Calvário MOVIMENTO LITÚRGICO BENEDITIANO “Um jovem sacerdote disse-me recentemente: "Hoje precisamos de um novo movimento litúrgico". Era a expressão de um desejo que, nos nossos dias, só espíritos voluntariamente superficiais poderiam descartar. Para aquele sacerdote, o importante não era a conquista de liberdades novas e audaciosas: nós já não tomamos todas essas liberdades? Ele entendeu que nós precisamos de um novo começo, que nasça no íntimo da liturgia, como queria o movimento litúrgico quando estava no apogeu de sua verdadeira natureza e não se preocupava em fabricar textos, inventar gestos e formas, mas em redescobrir o centro vivo, penetrar no tecido propriamente dito da liturgia, para que a sua realização nascesse da substância da liturgia.(...). Não podemos "fabricar" um movimento litúrgico desse tipo - como não podemos "fabricar" nada vivo - mas podemos contribuir para o seu desenvolvimento, esforçando-nos para 49
  • 50. assimilar novamente o espírito da liturgia e defendendo publicamente o que recebemos”. Bento XVI - Joseph Ratzinger 50