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INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA AGUDA

  DIRETRIZES SOBRATI
Introdução

A descompensação do sistema respiratório é responsável pelas
maiores causas de internação na UTI – 50 a 70%

Atualmente, não há classificação para evento dispnéico
intermediário à IRpA

Quadro subjetivo individual e de complexidade nos sinais de
sintomas clínicos


   Necessidade de estabelecer terminologia clínica


                   FERRARI e COLS - 2006.
Definição

A Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA):
trata-se de síndrome caracterizada na
incapacidade do Sistema Respiratória efetuar
adequada trocas gasosas, ou seja, captar
oxigênio e eliminar CO2 da corrente sanguínea,
também designada falência Respiratória.
(Acute Respiratory Failure ).
Fisiopatologia
A ventilação, realização do volume corrente, estabelece a dinâmica
e finaliza a através da intimidade alveolar a perfusão dos gases
para corrente sanguínea, relação V/Q alveolar( V: ventilação Q:
Perfusão ) . Três são os mecanismos que podem levar a falência
do Sistema Respiratório:

                               PaO2     PaCO2        A-a O2

       I      alveolocapilar    <        N ou <         >

      II       Ventilatória     <          <           N

      III          I+II         <          <            >
Causas de IRpA
    Causas                Exemplos

A   Vias Aéreas           Asma, DPOC

B   Parênquima Pulmonar   Pneumonia, SDRA, Fibrose

C   Vascular              Embolia Pulmonar, EAP

D   SNC                   AVC, meningite, encefalite

E   SNP                   Guillain-Barré, Miastenia, Tétano

F   Caixa Torácica e      Trauma, PO tóraco-abdominal
       abdome
Alterações Ventilatória e/ ou
          Respiratória

Efeito sobre a Troca
Gasosa
Efeito na Mecânica
Pulmonar
Efeitos nos
Músculos
Ventilatórios
IRpA - apresentação clínica alarmante
Nível de consciência




   Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
IRpA - apresentação clínica alarmante
Nível de consciência


               Dispnéia




   Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
IRpA - apresentação clínica alarmante
Nível de consciência


               Dispnéia

                Taquipnéia




   Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
Oferta e Demanda de Oxigênio

5% consumido com
trabalho respiratório

IRpA : 25% a 50% de
O2

DC, Perfusão ou
Fluxo (equilíbrio)
IRpA - apresentação clínica alarmante
Nível de consciência


               Dispnéia

                Taquipnéia

                  Taquicardia




   Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
IRpA - apresentação clínica alarmante
Nível de consciência


               Dispnéia

                Taquipnéia

                  Taquicardia

                Gasometria arterial




   Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
Oxigênio


                                   SAT. O2    PaO2
                                               estima
                                                 da
                                    97%      97 mmhg

                                    90%      60 mmhg
PaO2= 104 – (0.27 x idade) ;
                                    80%      45 mmhg
PaO2= 96 - (idade x 0,4 )

 Diminuição de reserva pulmonar:
1 mmhg por ano após 60 anos;
Cálculo de Oxigenoterapia
A oferta de oxigênio é fundamental na hipoxemia, diminuição de O2
sanguíneo, e na hipóxia, diminuição da O2 tecidual. A FiO2, fração
inspirada de oxigênio, ofertada deve ser aquela que proporcione
saturação de O2 ideal para idade, no jovem 96%.


     FiO2 estimada: 20 + 4 x O2 ofertado

Exemplo: Catéter nasal 2l/min. FiO2= ( 20 + 4x2 ) = 28%.

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IRpA - apresentação clínica alarmante
Nível de consciência


               Dispnéia

                Taquipnéia

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                Gasometria arterial


                              Cianose




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               Dispnéia

                Taquipnéia

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                              Cianose


                           Relação PaO2 / FiO2




   Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
Índices Respiratórios
PaO2/FiO2          Indica


  >300          Normalidade


 200-300    Lesão Pulmonar Aguda
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                    (SARA )
IRpA - apresentação clínica alarmante
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                                Análise laboratorial


CBMI – Ventilação Mecânica vol. 1, Relatório do II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica
Acute respiratory distress syndrome: Underrecognition by clinicians
        and diagnostic accuracy of three clinical definitions
  Ferguson, Niall et al. Volume 33(10), October 2005, pp 2228-2234




                    Abordagem SDRA



                    Critérios diagnósticos



concluí que as especificidades clínicas existentes
           variam consideravelmente.
IRpA – Insuficiência Respiratória Aguda



                                    X
  DVM – Desconforto Ventilatório Momentâneo


Ferrari e cols. Revista Intensiva 2006
Valor           Hipótese Diagnóstica
                     Hipó     Diagnó            Tonalidade

    0 – 1,72             Normalidade

    1,73 – 2,4      Desconforto Ventilatório
                                 Ventilató
                      Momentâneo – DVM
  Maior que 2,4    Insuficiência Respiratória
                                 Respirató
                             Aguda
Zona de Penumbra              IRpA
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             TERAPIA INTENSIVA MODERNA - 2006


Realizar :                            Glasgow



Desobstrução : abertura
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- guedel, aspirações;
Oxigenioterapia : catéter,
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Oximetria de pulso :
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avançado – pneumotórax
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Renal: IRA – IRC
Metabólicas: DM ( cetoacidose diabética )
Infecciosa: sepses – meningite – BCP
Outras: transfusões – embolias – aspirações
Considerações Gerais
Necessidade e existência de subclassificação
clínica, que antecede a IRpA,

 Pode ser corrigida com assistência ventilatória não
invasiva e medidas asistênciais.

Dependendo da etiologia e descompensações dos
sistemas orgânicos, pode não evoluir para IOT na
dependência do o nível de consciência e padrão
ventilatório.

Pode ser denominada nova designação e critério de
diagnóstico para aplicação clínica em UTI.
Temos um compromisso em desenvolver,
    com amparo da tecnologia, o melhor de
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Trecho: Tributo do Intensivista

Autor: Prof. Dr. Douglas Ferrari

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  • 2. Introdução A descompensação do sistema respiratório é responsável pelas maiores causas de internação na UTI – 50 a 70% Atualmente, não há classificação para evento dispnéico intermediário à IRpA Quadro subjetivo individual e de complexidade nos sinais de sintomas clínicos Necessidade de estabelecer terminologia clínica FERRARI e COLS - 2006.
  • 3. Definição A Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA): trata-se de síndrome caracterizada na incapacidade do Sistema Respiratória efetuar adequada trocas gasosas, ou seja, captar oxigênio e eliminar CO2 da corrente sanguínea, também designada falência Respiratória. (Acute Respiratory Failure ).
  • 4. Fisiopatologia A ventilação, realização do volume corrente, estabelece a dinâmica e finaliza a através da intimidade alveolar a perfusão dos gases para corrente sanguínea, relação V/Q alveolar( V: ventilação Q: Perfusão ) . Três são os mecanismos que podem levar a falência do Sistema Respiratório: PaO2 PaCO2 A-a O2 I alveolocapilar < N ou < > II Ventilatória < < N III I+II < < >
  • 5. Causas de IRpA Causas Exemplos A Vias Aéreas Asma, DPOC B Parênquima Pulmonar Pneumonia, SDRA, Fibrose C Vascular Embolia Pulmonar, EAP D SNC AVC, meningite, encefalite E SNP Guillain-Barré, Miastenia, Tétano F Caixa Torácica e Trauma, PO tóraco-abdominal abdome
  • 6. Alterações Ventilatória e/ ou Respiratória Efeito sobre a Troca Gasosa Efeito na Mecânica Pulmonar Efeitos nos Músculos Ventilatórios
  • 7. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 8. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 9. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Taquipnéia Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 10. Oferta e Demanda de Oxigênio 5% consumido com trabalho respiratório IRpA : 25% a 50% de O2 DC, Perfusão ou Fluxo (equilíbrio)
  • 11. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Taquipnéia Taquicardia Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 12. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Taquipnéia Taquicardia Gasometria arterial Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 13. Oxigênio SAT. O2 PaO2 estima da 97% 97 mmhg 90% 60 mmhg PaO2= 104 – (0.27 x idade) ; 80% 45 mmhg PaO2= 96 - (idade x 0,4 ) Diminuição de reserva pulmonar: 1 mmhg por ano após 60 anos;
  • 14. Cálculo de Oxigenoterapia A oferta de oxigênio é fundamental na hipoxemia, diminuição de O2 sanguíneo, e na hipóxia, diminuição da O2 tecidual. A FiO2, fração inspirada de oxigênio, ofertada deve ser aquela que proporcione saturação de O2 ideal para idade, no jovem 96%. FiO2 estimada: 20 + 4 x O2 ofertado Exemplo: Catéter nasal 2l/min. FiO2= ( 20 + 4x2 ) = 28%. Máscara facial 5l/min. FiO2=( 20 + 4x5 ) = 40%
  • 15. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Taquipnéia Taquicardia Gasometria arterial Cianose Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 16. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Taquipnéia Taquicardia Gasometria arterial Cianose Relação PaO2 / FiO2 Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 17. Índices Respiratórios PaO2/FiO2 Indica >300 Normalidade 200-300 Lesão Pulmonar Aguda (LPA) <200 Grave Lesão Pulmonar (SARA )
  • 18. IRpA - apresentação clínica alarmante Nível de consciência Dispnéia Taquipnéia Taquicardia Gasometria arterial Cianose Relação PaO2 / FiO2 Raio X simples de tórax Ferrari D. Autílio S.C, Suporte Avançado em Terapia Intensiva – Volume 2.;Set. 2005
  • 19. Consenso Nacional de Ventilação Mecânica Dispnéia – evento principal Cianose Análise laboratorial CBMI – Ventilação Mecânica vol. 1, Relatório do II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica
  • 20. Acute respiratory distress syndrome: Underrecognition by clinicians and diagnostic accuracy of three clinical definitions Ferguson, Niall et al. Volume 33(10), October 2005, pp 2228-2234 Abordagem SDRA Critérios diagnósticos concluí que as especificidades clínicas existentes variam consideravelmente.
  • 21. IRpA – Insuficiência Respiratória Aguda X DVM – Desconforto Ventilatório Momentâneo Ferrari e cols. Revista Intensiva 2006
  • 22. Valor Hipótese Diagnóstica Hipó Diagnó Tonalidade 0 – 1,72 Normalidade 1,73 – 2,4 Desconforto Ventilatório Ventilató Momentâneo – DVM Maior que 2,4 Insuficiência Respiratória Respirató Aguda Zona de Penumbra IRpA
  • 23.
  • 24. Algoritmo da DVM x IRpA TERAPIA INTENSIVA MODERNA - 2006 Realizar : Glasgow Desobstrução : abertura bucal, elevação da língua - guedel, aspirações; Oxigenioterapia : catéter, máscara, VMNI ou VMI; Decúbito : elevação; Oximetria de pulso : instalar. FI – D. O. D. O.
  • 25. Diagnóstico Etiológico Pulmonares: BCP – fibrose – enfisema avançado – pneumotórax Cardiológicas: choque – EAP - IAM Neurológicas: AVC – TCE – Coma Renal: IRA – IRC Metabólicas: DM ( cetoacidose diabética ) Infecciosa: sepses – meningite – BCP Outras: transfusões – embolias – aspirações
  • 26. Considerações Gerais Necessidade e existência de subclassificação clínica, que antecede a IRpA, Pode ser corrigida com assistência ventilatória não invasiva e medidas asistênciais. Dependendo da etiologia e descompensações dos sistemas orgânicos, pode não evoluir para IOT na dependência do o nível de consciência e padrão ventilatório. Pode ser denominada nova designação e critério de diagnóstico para aplicação clínica em UTI.
  • 27. Temos um compromisso em desenvolver, com amparo da tecnologia, o melhor de nós... Trecho: Tributo do Intensivista Autor: Prof. Dr. Douglas Ferrari