O documento compara o processo evolutivo espiritual humano ao polimento natural de pedras em rios, no qual os atritos entre as pedras vão arredondando suas arestas ao longo do tempo. Da mesma forma, as interações humanas ao longo de várias vidas vão suavizando nossas imperfeições espirituais. A escolha entre evoluir por meio da dor dos conflitos ou do amor uns aos outros é de cada um.
AULA 08-06-2022.pptx - provas da existência de Deus
Como as pedras de rio: o polimento espiritual
1.
2. É fácil saber se uma pedra foi retirada de um rio ou se foi quebrada em uma
pedreira. As pedras de pedreira apresentam muitas quinas, são ásperas e
irregulares, agressivas ao tato. As pedras de rio são lisas e roliças, já
sofreram um polimento natural. Ao longo do tempo, a correnteza das águas
vai se encarregando de atirá-las umas contra as outras, para arredondar-lhes
as arestas. Na medida em que vão se tornando polidas, vai sendo reduzido o
atrito entre elas, já não se ferem, deslizam harmoniosamente umas entre as
outras, como esferas lubrificadas de um rolimã.
O processo evolutivo espiritual das criaturas humanas pode ser comparado
ao do burilamento das pedras de rio.
3. O Espírito é criado puro e ignorante. Puro, porque não traz qualquer
tendência para o mal. Ignorante, porque não adquiriu ainda qualquer
conhecimento. Ao longo das reencarnações sucessivas, a correnteza da vida
também nos atira uns contra outros; somos levados a conviver entre
semelhantes. Em nossa infância espiritual, ainda como pedras brutas, essa
convivência é marcada pelo atrito entre nossas arestas. A rusticidade do
homem das cavernas nos mostra o que foram nossas primeiras encarnações;
o instinto animal predominando sobre a razão e o sentimento, a matéria
sobre o Espírito, o estado de guerra como condição permanente.
4. Passaram-se séculos e milênios, abandonamos as cavernas, participamos da
construção, do apogeu e da queda de diferentes impérios, vivenciamos
diversas culturas. Com as conquistas da ciência, domesticamos a natureza,
transformamos a paisagem ao nosso redor, descobrimos como tornar a
existência mais confortável. Observando, no entanto, nosso mundo interior,
nos deparamos com a presença incômoda e persistente de imperfeições
atávicas, paleolíticas. A História nos revela que, mesmo após deixar as
cavernas, o homem conservou traços do troglodita em sua intimidade
espiritual. Pois foi nossa ignorância rústica que, diante da vacilação de
Pilatos, exigiu o martírio do doce Jesus.
5. Foram nosso orgulho e nosso egoísmo que produziram as guerras, os
massacres das Cruzadas, as fogueiras da Inquisição e os horrores da
Escravatura. Ingênuos os que supõem que não estavam lá. Assim, ao longo
desses séculos, avançamos muito mais no progresso material, exterior, do
que a jornada ética, íntima, do Espírito. “A evolução espiritual é contínua,
não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não
aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito
reencarnante”. Viver em sociedade é aspecto essencial desta oportunidade.
Frequentemente nos sentimos inconformados por termos de conviver com
pessoas que nos aborrecem, nos irritam, nos são antipáticas, mas essa
convivência é um dos processos naturais do nosso burilamento.
6. Tais pessoas são indispensáveis: elas nos incomodam exatamente em
nossos pontos mais fracos, mais sensíveis, e nos apontam, portanto, quais
sãos esses pontos, quais são nossas piores arestas: os que precisam de ajuda
incomodam ao nosso egoísmo, os que julgamos melhores que nós nos
ferem a vaidade e o orgulho, e assim por diante. Cada conflito é um alerta e
um roçar polidor de arestas. Quanto mais ásperos somos, mais dolorosos
são os atritos, pois a dor é consequência de nossos atos de desamor para
com o próximo, nesta ou em outras existências.
Diferentemente das pedras, entretanto, a criatura humana, sendo dotada de
inteligência, consciência e livre-arbítrio, pode escolher caminho evolutivo
menos doloroso.
7. Jesus nos aponta o rumo: amarmo-nos uns aos outros. Nenhum de nós foi
criado para sofrer e o amor pode livrar-nos da dor, pois, “ele nos cobre a
multidão dos pecados”
A evolução é lei universal e irrevogável, mas dois caminhos nos são
oferecidos para percorrê-la: dor ou amor. A prática do amor proporciona
polimento indolor em nossas almas, suaviza-nos as arestas, desenvolve-nos
o altruísmos, harmoniza nossa convivência com os semelhantes. A decisão
é sempre nossa.
Muita Paz!
Senhor, refrigera-nos o Espírito, ameniza as dores e sofrimentos de todos
nós.
8. Que possa haver mais esperança em nossos corações; que possa haver mais
fé em nossos espíritos; que possa haver mais entendimento e caridade em
nossas ações, tudo conforme a vontade de Deus, nosso Pai. E que os
mensageiros da boa vontade de Jesus possam derramar o bálsamo que cada
um de nós necessita, para o refazimento da jornada que nos é própria. E,
que, nessa semana que se inicia, possamos vivificar e prender, levando a
todos com quem vamos nos encontrar, a mensagem do trabalho contínuo,
da melhoria, da paz, do amor e da caridade.
Que assim seja!
Graças a Deus!
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