3. Acima,“D. Maria II”, aos sete anos, já com título de rainha em litografia de Osterwald, o velho, 1826, Paris. Ao lado,“D. Pedro, Duque de Bragança”, após a abdicação, gravura
de C. Legrand e Manuel Luís da Costa, ambas do acervo da Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa. Abaixo, anverso de moedas de 4.000 e 10.000 réis com D. Pedro II em dois
momentos: menino e adolescente, com uniforme de almirante, pertencentes a acervo do Banco Itaú.
“Ksss! Pedro!... Ksss! Miguel!”, caricatura de Daumier, 1833, chez Aubert Galerie, Paris, publicada
no jornal La Caricature, de 11 de julho de 1833, acervo da Biblioteca Nacional de Portugal, Lisboa.
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5. Vista frontal da Konzerthaus, também projetada por Schinkel,
na praça Gendarmenmark, Berlim.
Quatro detalhes neoclássicos da Konzerthaus: as duas estátuas de bronze que ladeiam a escadaria; estátua de mármore de
Schiller, à frente da casa de espetáculos e vista de sua implantação na praça, com a Französischer Dom ao fundo.
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7. 103102
À esquerda, janela de decoração neoclássica externa do Palácio de São Cristóvão e, à direita,
decoração de uma das colunas da sala de vestir de D. Pedro II, prevista ser restaurada em breve.
Fachada atual do Palácio de São Cristóvão. Abaixo, detalhe da
decoração interna e vista da sala de música de D. Pedro II.
8. 135134
Fachada do Teatro Amazonas, a mais importante construção neoclássica de Manaus.
Chama a atenção na sua fachada o fato de seu frontão não ser triangular e sim curvo.
Detalhe de uma das vinte e duas máscaras gregas que decoram o térreo do Teatro Amazonas,
representando Ésquilo, dramaturgo grego e considerado o pai da tragédia.
remunerando a quantidade de bolas de borracha produzidas, somado
ao alto custo dos insumos nos armazéns, resultavam em um regime
de trabalho próximo a escravidão.
Muitos morreram vitimados pelos males da floresta – picadas de
cobras, ataques de animais, febre-amarela, malária, ou complicações
respiratórias devido à exposição à defumação do látex recolhido para
a confecção das bolas de borracha - e outros jamais retornaram à sua
terra de origem, porém, o certo é que quase todos permaneceram vi-
vendo na pobreza.Na contramão da imensa dificuldade a ser vencida
diariamente pelos extrativistas, os senhores da borracha viram seus
lucros aumentarem exponencialmente e um surto de prosperidade
tomou as principais cidades, como Belém do Pará, Porto Velho em
Rondônia e Manaus, a principal cidade da Amazônia.
De 1879 a 1912 a cidade de Manaus enriqueceu e se transfor-
mou. Homens de negócios estrangeiros e alguns brasileiros instala-
ram suas famílias em casas confortáveis e passaram a consumir tudo
que havia de melhor: suas mulheres e filhas usavam a última moda
parisiense e suas casas eram decoradas com mobiliário europeu; os
rapazes, copiando seus pais, usavam ternos de tecido inglês e, assim
como acontecia na região sudeste, eram mandados ao exterior para
completarem seus estudos. A cidade foi urbanizada, foi construído
um porto flutuante para que navios atracassem com maior facilidade,
a navegação à vapor permitiu a interiorização da navegação e a socie-
dade local passou a demandar por mais conforto.
Manaus foi a segunda cidade a ter luz elétrica no país e a primeira
a ter canalização de água e esgoto, tendo sido urbanizada com ruas
largas e praças elegantes. Então uma das cidades mais prósperas do
mundo, conhecida como a “Paris dos Trópicos”, sediou uma socieda-
de sofisticada que exigiu a construção de um teatro.Aprovado por lei
em 1881, vários projetos concorreram ao primeiro prêmio, no valor
de 250 contos de réis, vencido pelo Gabinete Português de Enge-
nharia e Arquitetura, de Lisboa, coordenado pelo arquiteto italiano
Celestial Sacardim.
Os lucros com a comercialização da borracha eram tamanhos que
a moeda que circulava na região não era o réis do Brasil e sim a libra
esterlina, da Inglaterra. Tamanha abundância de recursos pode ser
medida pelo fato de que arquitetos, construtores, marceneiros, pin-
tores e demais profissionais envolvidos na obra do Teatro Amazonas,
o principal testemunho da belle époque manauara, foram todos tra-
zidos do exterior, assim como a maioria dos materiais: os mármores